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INTRODUÇÃO AO CÓDIGO DE
TRÂNSITO BRASILEIRO – CTB
LEI 9.503/97.
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Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 2
→1.1 RESOLUÇÕES ................................................................................................................................... 2
→1.2 DELIBERAÇÕES ................................................................................................................................ 5
→1.3 PORTARIAS ..................................................................................................................................... 7
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1. INTRODUÇÃO
Fala concurseiro (a), espero que todos estejam muito bem. Nesta aula introdutória vamos iniciar os
estudos de Legislação de Trânsito.
Nossos estudos serão concentrados na análise do Código de Trânsito Brasileiro – CTB e nas
Resoluções do CONTRAN já atualizadas, de forma didática e sequencial, bem como faremos análise
concomitantemente das infrações e artigos pertinentes ao assunto. Além disso, durante cada aula, será
disponibilizada uma bateria de exercícios com vistas a colaborar com a fixação do conteúdo.
Primeiramente, é importante citar que o Código de Trânsito Brasileiro é uma LEI ORDINÁRIA
considerada um ato normativo primário e que contém, em regra, normais gerais e abstratas. O conceito
extraído do sítio da Câmara dos Deputados nos auxilia nesse momento:
“Norma jurídica elaborada pelo Poder Legislativo em sua
atividade comum e típica, votada mediante processo ordinário e
sujeita à sanção ou ao veto presidencial. A lei, quando
acompanhada do adjetivo 'ordinária', significa que é comum,
habitual. Distingue-se, entre outras, da lei complementar, que
regula dispositivo da Constituição Federal que, por sua vez, é a 'lei
básica' ou 'lei maior'. A lei quando é complementar vem descrito
ao texto da mesma “Lei Complementar ___________ “.
Como ensina o Código de Trânsito Brasileiro, instituído pela Lei n. 9.503/97, por ser uma norma geral
e abstrata em razão da sua natureza ordinária, é uma LEI ORDINÁRIA, e por isso no seu descrever vem apenas:
LEI 9.503/97. Você já compreende aqui que toda a lei que vem apenas no seu descrever: “LEI” é porque é uma
lei ordinária. Dessa feita o CTB é uma lei ordinária e ponto final! Apenas o CTB não é suficiente para normatizar
e regulamentar todas as peculiaridades que circundam o trânsito nas vias terrestres do território brasileiro.
Por isso, visando a complementação e regulamentação desta norma mostra-se necessário a
elaboração de atos normativos, denominados de resoluções e outros mais. Além de ser uma lei ordinária, o
CTB é também uma lei Nacional e por isso vale para a União, Estados e municípios. Com ênfase no que vem
sendo cobrado em cursos e provas específicas internas da PRF, vamos focar também nos demais itens
normativos que temos no Direito de Trânsito: Resoluções, Deliberações e Portarias.
→1.1 RESOLUÇÕES
As RESOLUÇÕES são instrumentos que permitem, aos órgãos de trânsito, o estabelecimento de
normas para a aplicação e especificação das leis previstas pelo Sistema Nacional de Trânsito. Essas resoluções,
junto às diretrizes do Código de Trânsito Brasileiro, orientam os condutores sobre como proceder no trânsito,
indicando quais condutas são consideradas legais ou ilegais. Além disso, dispõem de explanações
pormenorizadas de detalhes mais específicos, tais como uso de equipamentos obrigatórios e detalhamento
de situações do trânsito a nível avançado, como uso de iluminações ou suspensões preparadas, dentre outros
vários assuntos.
O órgão responsável pela edição de resoluções é o Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, que é
o órgão máximo normativo e consultivo do Sistema Nacional de Trânsito.
Vejamos:
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Art. 7º, I, CTB - O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do Sistema e órgão máximo
normativo e consultivo.
Art. 12. Compete ao CONTRAN:
I – Estabelecer as normas regulamentares referidas neste Código e as diretrizes da Política Nacional de
Trânsito.
Vamos exemplificar:
O Código de Trânsito traz a seguinte redação em seu artigo 102:
Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente equipado quando transitar, de modo a evitar o
derramamento da carga sobre a via.
Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mínimos e a forma de proteção das cargas de que trata
este artigo, de acordo com a sua natureza.
Ou seja, o Código de Trânsito traz em seu texto que o veículo de carga deve estar devidamente
equipado, de modo a evitar o derramamento de carga sobre a via, entretanto não estipula quais os requisitos
mínimos de segurança para esse fim.
Por isso, visando regulamentar tal situação, com o objetivo de aplicar a regra estabelecida pelo Código
de Trânsito Brasileiro, o CONTRAN criou a resolução n. 945/2022. Vejamos:
Questão ilustrativa:
01. (CONSULPAM/PREF. JACAREÍ-SP/AG. MOBILIDADE URBANA/2023) A Resolução CONTRAN n.º 912,
de 28 de março de 2022, que revogou a Resolução CONTRAN n.º 14, de 06 de fevereiro de 1998,
estabelece os equipamentos obrigatórios para a frota em veículos em circulação. Assinale, dentre as
alternativas abaixo, a que indica a obrigatoriedade dos equipamentos em veículos para fins de circulação
em vias públicas.
A) Reboques e semirreboques devem dispor de para-choque dianteiro.
B) Motonetas, motocicletas e triciclos devem dispor de registrador instantâneo e inalterável de velocidade e
tempo.
C) Tratores de rodas, de esteira e mistos que desenvolvam velocidade inferior a 60 km/h devem dispor de
velocímetro e registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo.
D) Veículos automotores devem dispor de pala interna de proteção contra o sol (pára-sol) para o condutor.
RESOLUÇÃO: A RES. 912/22 substitui a RES. 14/98 (Assunto nas provas passadas PRF e com certeza nos
próximos concursos que tenham a disciplina Trânsito) vem sendo cobrada constantemente e será tratada no
nosso curso em aula separada. Mas aqui entra uma dica importante para que você acerte a questão pela lógica.
Serve para ver a importância das Resoluções e de acompanhar o professor e equipe em tudo que fazem.
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A) Reboque (aquele que transporta jet-ski (famosa carretinha)) fica impossível se você por um para-choque na
dianteira dele... rsrsrs... Errado.
B) moto com tacógrafo? (medidor de velocidade utilizado em van escolar, ônibus, caminhões grandes etc.).
Errado.
C) trator que circule a mais de 60 km/h, não a menos que isso! Errado.
D) veículos automotores devem ter a pala interna, no mínimo para o condutor. Certa.
GABARITO
Vejam que as bancas estão cobrando as Resoluções de uma forma mais prática,
então é importante que as aulas contenham desenhos em quadro, lousa e imagens
reais para que vocês consigam aprender sem erros e mudar de vida no cargo dos
sonhos.
Letra D
Uma observação muito importante e que irá fazer você se destacar nesse início dos seus
estudos frente aos outros candidatos: A maioria dos cursos online ou mentorias (destaco que
mentoria é aquele processo em que você tira dúvidas e tem acesso ao mentor), ou seja, tudo que
temos hoje são cursos online com nomes “fake”. Nenhum deles têm a qualidade e avanço no
assunto “Resoluções do CONTRAN”, como a Bravus! Temos especialistas de “pista” que são
instrutores e professores experientes no assunto. Dessa feita o único que possui todas as Resoluções com
muita qualidade em aulas e PDFs somos nós! Ficamos felizes em ajudar vocês na realização do sonho de cada
um! Vamos ver a relação de Resoluções atuais, pois todas as Resoluções foram revogadas por modelos novos
e todas serão atendidas aqui no nosso curso. Algumas Resoluções do último concurso foram aglutinadas em
outras ou simplesmente deixaram de existir. Estamos falando de 50 ou mais Resoluções do CONTRAN, que são
uma forma avançada do CTB de se trabalhar algum assunto. Em suma, se você deixar isso para após o edital,
não vai conseguir ter um rendimento bom. O Ideal é você já virar ninja nesses assuntos e não ter dúvidas pós
edital. Fizemos alguns levantamentos de Resoluções para vocês e vejam um simples e rápido comparativo.
Vejam algumas que iremos tratar no nosso curso:
RESOLUÇÕES:
✓ RES. 985/22 – MANUAL BRASILEIRO DE FISCALIZAÇÕES;
✓ RES. 984/22 – IMPLEMENTAÇÃO DO FREE FLOW (LIVRE PASSAGEM);
✓ RES. 977/22 – IDENTIFICAÇÃO VEICULAR;
✓ RES. 969/22 – SISTEMA DE PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS (PIV);
✓ RES. 968/22 – IDENTIFICAÇÃO DE VEÍCULOS;
✓ RES. 967/22 – BAIXA DE VEÍCULOS;
✓ RES. 966/22 – REQUISITOS TÉCNICOS DOS ESPELHOS RETROVISORES DE VEÍCULOS;
✓ RES. 957/22 - DISPÕE SOBRE OS REQUISITOS PARA REGISTRO E LICENCIAMENTO DE VEÍCULO DE COLEÇÃO;
✓ RES. 955/22 - DISPÕE SOBRE O TRANSPORTE DE CARGAS OU BICICLETAS NAS PARTES EXTERNAS DOS VEÍCULOS;
✓ RES. 948/22 - ESTABELECE OS REQUISITOS TÉC. P/ O EMPREGO DE PELÍCULA RETRORREFLETIVA EM VEÍCULOS.
✓ RES. 946/22 – TRANSPORTE DE CARGAS DE SÓLIDOS A GRANEL;
✓ RES. 945/22 – FIXA OS REQUISITOS MÍNIMOS DE SEGURANÇA PARA AMARRAÇÃO DAS CARGAS;
✓ RES. 943/22 - REQUISITOS PARA O TRANSPORTE DE PASSAGEIROS (MOTOTÁXI) E DE CARGAS (MOTOFRETE).
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Prof. Fernando, mas será que as tais Resoluções do CONTRAN são tão importantes assim?
- Vejamos uma avalição da prova de trânsito da PRF em 2021:
Jesus! Quer dizer que na última prova da PRF metade das questões eram sobre Resoluções? Isso
mesmo! E você achando que só o CTB iria salvar a prova! Tivemos 16 questões de CTB e 15 de Resoluções do
CONTRAN. Somando Trânsito (CTB + Resoluções): 26% da prova, português: 17% da prova e Legislação
Especial: 11%; tem-se quase 55% da prova!
→1.2 DELIBERAÇÕES
Além das Resoluções, há também no nosso ordenamento jurídico outros documentos administrativos
ou jurídicos que são aplicados ao CTB. Outro exemplo são as DELIBERAÇÕES, que são consideradas atos
administrativos normativos emanados de órgãos colegiados, nesse caso, o CONTRAN. Órgão que tem como
objetivo principal sanar as dúvidas acerca da aplicação de normas do CTB. Tem-se o uso de deliberações
também nas atribuições do Senado Federal e Congresso Nacional, porém são de longe diferentes do assunto
em voga.
Ressalta-se, portanto, que as deliberações devem sempre obedecer e observar ao regulamento que
está sendo tratado, em conformidade com as normas superiores (CTB, CF e etc).
Como exemplo, podemos citar a DELIBERAÇÃO CONTRAN N. 185/2020, que dispõe sobre a ampliação
e interrupção de prazos de processos e procedimentos afetos aos órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Trânsito. Foi publicada durante a PANDEMIA e seguiu normas do CTB e questões emergências nas quais o país
passou.
Se analisarmos o artigo 2º da deliberação acima mencionada, podemos observar a menção a resolução
que regulamenta tal procedimento. Vejamos:
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Art. 2º O prazo para que o processo de habilitação do candidato permaneça ativo no órgão ou entidade
executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, previsto no art. 2º, § 3º, da Resolução CONTRAN nº
168, de 14 de dezembro de 2004, fica ampliado para 18 (dezoito) meses, inclusive para os processos
administrativos em trâmite.
Outro fator importante na classificação das normas é que as Deliberações podem também revogar
portarias (próximo assunto), revogar ou alterar Resoluções, vejamos como funciona isso:
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão
tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Art. 231, § 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso
Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania
do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo
que cesse o risco.
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→1.3 PORTARIAS
Por fim, ainda temos as PORTARIAS, que diferentes das resoluções e das deliberações, quando
expedidas pelo SENATRAN, consistem em documentos de ato administrativo que contém instruções acerca
da aplicação de leis, regulamentos e autorizações. Em suma, quando se permite algo a alguém no CTB, parte
executiva do trânsito. São aplicações de sanções, credenciamento, integração de municípios ao SNT,
licenciamento de pessoas jurídicas, homologação de equipamentos etc.
Existem as portarias emitidas pelo CONTRAN, para regular prazos e procedimentos, porém são menos
comuns no CTB e tratam de assuntos mais simplórios.
Mas afinal, diante de tantos atos normativos, como posso identificar a hierarquia entre eles? Pensando
nisso, trouxe uma pirâmide de hierarquia entre as normas anteriormente citadas. Nesse caso a pirâmide de
Hans Kelsen focada ao direito de trânsito.
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CF
RESOLUÇÃO
CONTRAN
DELIBERAÇÕES CONTRAN
SENATRAN
PORTARIAS
CONTRAN
Correto!
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03. (PROF. FERNANDO PESSOA/2023) O CTB recebe complementos legais que derivam da Constituição
Federal.
Resolução:
Sim, o CTB e todas as outras leis nacionais recebem a base e os complementos que estão e são da
Constituição Federal.
GABARITO
Vejam que as bancas estão cobrando as Resoluções de uma forma mais prática,
então é importante que as aulas contenham desenhos em quadro, lousa e imagens
reais para que vocês consigam aprender sem erros e mudar de vida no cargo dos
sonhos.
Correto!
05. (PROF. FERNANDO PESSOA/2023) As Resoluções são formas autênticas do SENATRAN regular as normas
constantes no CTB.
06. (PROF. FERNANDO PESSOA/2023) Marcelo deseja abrir uma empresa de vistora veicular, para isso ele
necessitará cumprir os requisitos legais e terá uma portaria do SENATRAN que dará licença de funcionamento
para a pessoa jurídica.
07. (PROF. FERNANDO PESSOA/2023) No CTB uma deliberação é um ato administrativo e pode revogar uma
RESOLUÇÃO do CONTRAN.
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Antes Depois
Forma
§ 2º Incorrem nas mesmas penas do caput deste
Equiparada
artigo: (Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.)
do crime
I – o funcionário público que contribui para o
licenciamento ou registro do veículo remarcado ou
adulterado, fornecendo indevidamente material ou
informação oficial;
II – aquele que adquire, recebe, transporta, oculta,
mantém em depósito, fábrica, fornece, a título
oneroso ou gratuito, possui ou guarda maquinismo,
aparelho, instrumento ou objeto especialmente
destinado à falsificação e/ou adulteração de que
trata o caput deste artigo; ou
– aquele que adquire, recebe, transporta, conduz,
oculta, mantém em depósito, desmonta, monta,
remonta, vende, expõe à venda, ou de qualquer forma
utiliza, em proveito próprio ou alheio, veículo
automotor, elétrico, híbrido, de reboque,
semirreboque ou suas combinações ou partes, com
número de chassi ou monobloco, placa de
identificação ou qualquer sinal identificador veicular
que devesse saber estar adulterado ou remarcado.
Forma
§ 3º Praticar as condutas de que tratam os incisos II
Qualificada
ou III do § 2º deste artigo no exercício de atividade
do Crime
comercial ou industrial:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa
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A lei LEI N. 14.562/2023 resolveu grandes problemas de interpretação, hermenêutica e aplicação do Código
Penal. Haja vista que a formulação antiga do artigo não contribuía com aplicabilidade para quem estava na
condução de veículo com irregularidades penais, a Adulteração de sinal identificador de veículo não existia
segundo a jurisprudência em veículos semirreboques e reboques, pois o caput do 311 antigo tinha descrito
“VEÍCULO AUTOMOTOR” – conforme se ensina no artigo 96, CTB:
O que se demonstra com essa caixa acima é que apenas os veículos de tração (forma física de se colocar
o veículo em movimento) AUTOMOTOR eram incluídos nos crimes do artigo 311, CP e isso agora sofreu grande
mudança. A tabela agora inclui outros tipos de veículos e isso vai de encontro com o que todos que trabalham
na área de fraude veiculares desejavam. Em seguida vamos avaliar o artigo em si e já atualizar a tabela acima
para compreensão do nosso leitor:
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Art. 311. Adulterar, remarcar ou suprimir número de chassi, monobloco, motor, placa de identificação,
ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, elétrico, híbrido, de reboque, de semirreboque
ou de suas combinações, bem como de seus componentes ou equipamentos, sem autorização do órgão
competente:
A técnica LEGO foi desenvolvida para ensinar a aplicação dos artigos dos crimes de trânsito e após isso
foi levada para a aplicação aos artigos do Código Penal e demais legislações. Aqui temos uma aplicação simples
da mesma: Vermelho, azul e verde. São 3 partes você deve sempre compreender que uma comunica com a
outra. Se faltar uma das partes, não temos o crime. Vejamos de forma significativa o que estamos explicando
aqui:
Montaegem do LEGO
REmarcar www.bravuscursos.com.br
Monobloco
Elétrico
Placa de
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Componentes ou
equipamentos
NÚMERO DE CHASSI: Todo veículo que possui registro (coluna verde da tabela acima),
possuem esse registro de uma forma conhecida como Vehicle Indetification Number – VIN.
O Número de Identificação do Veículo (VIN) é um código de 17 dígitos que vem estampado
em locais do veículo e acompanha o registro e documentação. É um número único para cada
veículo e a partir dele se tem os demais itens de identificação do veículo, como placas e
etc. O artigo 311, CP remete a esse código (Chassi), uma vez que o fraudador pode alterar (A.RE.S) o número
de um chassi de um veículo roubado e colocar o número de um veículo que é original e legal. Dessa forma cria-
se o famigerado “CABRITO”. Que nada mais é do que um veículo clonado!
Vamos a um exemplo: O Jhon rouba o seu carro (Seu, meu aluno), que
está registrado em São Paulo, e o leva para o desmanche. No local, ele
e Betinho Adulteram o número do chassi, por exemplo:
Figura 1 - CLONES
98822611BLKD13091 é o número do chassi (VIN) da sua fiat toro. Ao
adulterar o chassi os larápios colocam o número 8 no lugar do último 9 do seu veículo: 98822611BLKD13081,
indicando um outro veículo Fiat toro da mesma cor, mas de Bruno, que está registrado no Acre. A partir daí
teremos dois fiat toro com o mesmo chassi e placa rodando pelo país. Eles fraudam também as placas e
documentos. Dessa forma o veículo parece ser original perante os olhos de um cidadão comum. Eis que se tem
um cabrito!
MONOBLOCO: Junção das partes metálicas do veículo, caracterizado como uma peça única, composto por
teto, assoalho, estruturas etc.
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MOTOR: Todo motor tem número de identificação, o que pode ocorrer é a mesma
ideia do número do chassi. Faz um cabrito do número do chassi, identificando um
carro frio por um quente; dessa feita se criam as placas, documentos (fraudes no
DETRAN), número de motor etc.
QUALQUER SINAL IDENTIFICADOR: cada veículo ao ser criado pode ter itens ou sinais
identificadores próprios, como por exemplo as ETAs: Etiquetas autodestrutíveis. Veja
no seu carro que em alguns lugares existem etiquetas com o número final ou total do
chassi.
Exemplo Prático
Fechamos o LEGO dessa forma. Agora você já entende que só tem o crime do 311, CP quando se tem uma peça
de cada cor. Caso falte uma das peças ou venham com uma peça de cor diferente, não se tem o crime. Vamos
ao teste? Bora! Professor, mas eu tenho medo! -Nada de medo, nossos foguetes são fortes e não têm ré,
afinal, não são foguetes do Elon Musk, mas são do Prof. Fernando Pessoa! Bora!
QUESTÃO 01
(IESES/TER-MA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015/EDITADA)
O crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, possui como conduta adulterar,
remarcar ou retirar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor.
RESPOSTA
Art. 311. Adulterar, remarcar ou suprimir número de chassi, monobloco, motor, placa de identificação,
ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, elétrico, híbrido, de reboque, de semirreboque
ou de suas combinações, bem como de seus componentes ou equipamentos, sem autorização do órgão
competente:
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“adulterar, remarcar ou retirar = SUPRIMIR número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo
automotor.”
GABARITO
CERTO. Vejam que a época a banca deu o gabarito como incorreto, porém
hoje o gabarito está perfeito!
Item correto
✓ Dúvida geral = Condutor que está sem uma das placas veiculares comete o crime do artigo 311, CP?
A lei n. 14.562/23 veio de um Projeto lei número 5.385/19 conforme se tem acesso ainda nos sítios da
Câmara Legislativa:
Conforme se observa, o projeto inicial seria apenas para adicionar veículos não automotores
(semirreboques, entre outros) ao rol de possiblidades de atenção do artigo 311, CP. Ocorre que durante as
tratativas legais o verbo “SUPRIMIR” foi adicionado juntamente com os outros dois já presentes. E dessa
forma, uma interpretação direta, sem o uso da hermenêutica jurídica, pode prejudicar a compreensão e o
entendimento de tal conduta criminosa. Vamos aos fatos!
DO CRIME:
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Adulteração de sinal identificador de veículo. O artigo 311, CP trás consigo uma questão criminosa, que
atenta contra a fé pública quando o agente tenta ludibriar a real identidade do veículo com alguma questão
fraudadora. Em suma, trata-se de uma fraude veicular grave! A hermenêutica jurídica não tem o viés de punir
um fato simples, que inclusive é infração de trânsito, donde o agente perde a placa, ela cai devido a um buraco,
ou o agente se faz “playboy” e quer colocar a placa atrás do banco do carona para deixar o seu carro como um
“Racing car” ou, simplesmente, um “chora boy”. A placa foi furtada, serve de motivo de extorsão (temos casos
recentes registrados onde o larápio leva a placa e pede uma recompensa para devolvê-la ou simplesmente se
perdeu a mesma. Nesses casos pela razoabilidade e simplicidade perto de um crime, não há que se penalizar
alguém como um criminoso.
Extrapola-se o princípio da razoabilidade e ofende-se o princípio da legalidade. De tal maneira que a
simples falta da placa de identificação veicular – PIV não pode ser interpretada com o crime do artigo 311, CP.
✓ Dúvida geral = Condutor que está sem uma das placas veiculares comete o crime do artigo 311, CP?
Não, nesse caso prevalece a infração de trânsito do artigo 230, IV:
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OBS: Existe a possibilidade de sujeito passivo secundário: quando o particular é vítima de crime anterior
(roubo, estelionato, furto etc). Pois após tal crime o agente adultera o veículo e com isso a sua recuperação se
torna menos possível.
Consumação e tentativa = Admite-se a tentativa, uma vez que as condutas dos verbos do crime
admitem serem fracionadas.
Voluntariedade: DOLO/CULPA = DOLO, não se pune tal crime pela forma culposa! O crime só tem a
forma culposa se tiver descrito no artigo “(...) culposo”.
Ação Penal = AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA (APPI).
Crime AFIANÇÁVEL = Nesse caso a fiança deve ser arbitrada pelo juiz e não pelo delegado que recebe
a ocorrência. Visto a regra de aplicabilidade de fiança:
CRIMES AFIANÇÁVEIS
CRIMES INAFIANÇÁVEIS
DELEGADO JUIZ
Hediondos
Tráfico de Drogas
Tortura Pena Máx. priv. Lib. <= 4 Pena Máx. priv. Lib. > 4
Terrorismo
Racismo
Grupos armados
Art. 322,CPP. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos
de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro)
anos.
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá
em 48 (quarenta e oito) horas.
Como a pena do art. 311, CP é de: reclusão, de três a seis anos, e multa. A fiança deve ser determinada em
até 48h pelo juiz responsável.
Jurisprudência
Fita Adesiva
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Crime Impossível
QUESTÃO 02
(CESPE/PRF/2021)
Em uma abordagem durante blitz de rotina em rodovia federal, o policial constatou alteração no chassi do
veículo que estava sendo fiscalizado. Questionado pelo policial, o condutor ofereceu-lhe grande quantia em
dinheiro para que fosse liberado de imediato.
RESPOSTA
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GABARITO
Item correto
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