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Introdução..............................................................................................................................................3
2. Problema............................................................................................................................................4
3. Objectivos:.........................................................................................................................................5
Geral:..........................................................................................................................................5
3.1. Específicos:.....................................................................................................................................5
4.Perguntas de Pesquisa.........................................................................................................................5
5. Justificativa........................................................................................................................................5
6. Hipóteses............................................................................................................................................5
7. Relevância do tema............................................................................................................................6
8. Fundamentação teórica.......................................................................................................................6
8.1 Noção Velocidade..................................................................................................................6
8.2 Velocidade Média.............................................................................................................6
8.3 Velocidade Instantânea....................................................................................................7
Conceito da Velocidade Segundo o Código de Estrada Moçambicano..................................................7
Via pública.............................................................................................................................................8
9. Cronograma........................................................................................................................................9
10. Orçamento......................................................................................................................................10
Bibliografia..........................................................................................................................................11
Legislação............................................................................................................................................11
Manuais................................................................................................................................................11
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Introdução
O presente projecto de Pesquisa tem como tema: Fundamentos do Excesso de Velocidade a
Luz do Código da Estrada no Ordenamento Jurídico Moçambicano, o instituto de excesso de
velocidade, plasmado nº 1 do artigo 30 do código da estrada moçambicano aprovado pelo
Decreto-lei n° 1/2011 de 23 de Março, tem sido objecto de reflexão não só a nível da
academia mas também em outras áreas da vida social e além-fronteiras. Sendo a sua
abordagem pouco profunda em Moçambique, achamos conveniente levar acabo, pois entende-
se que a continuar com aquele preceito legal, estaríamos a ferir o princípio da exclusão da
ilicitude ou da culpa plasmado no código penal moçambicano. Nesta ordem de ideias deve
referir-se que a primeira parte do nº 1 do artigo 30 do código de estrada moçambicano,
preconiza que “considera-se excessiva a velocidade, sempre que o condutor não possa fazer
parar o veículo no Espaço livre visível a sua frente ou exceda os limites de velocidade
fixados em termos legais.
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2. Problema
É de conhecimento geral que conduzir não é um simples acto, um mero movimento físico,
mas o complexo de operações técnicas necessárias e adequadas com vista a pôr e manter o
automóvel em circulação, deste modo os obstáculos nas vias de acesso não são resultados de
um factor isolado, sendo o produto de conjugação de muitos factores dos quais o de maior
risco esta associado com os factores humano. Os obstáculos em questão podem ser
condicionados com o comportamento, acto ou negligência sem o qual o obstáculo não teria
produzido
Entre os vários factores que contribuem para a existência dos obstáculos há sempre uma que
poderá chamar-se principal causa, ou seja, aquela que dentre todas o acidente não teria
acontecido, e para o nosso caso seria o excesso de velocidade.
Este preceito enquadrasse no âmbito de dois ramos de direito, nomeadamente direito privado
e direito público. Quanto ao direito privado enquadra-se concretamente no Código de Estrada
de Moçambique aprovado pelo Decreto-Lei n. 1/2011 de 23 de Março e, no que diz respeito
ao direito público tem seu enquadramento no Direito Penal, na medida em que mexe com a
causa de não exclusão de ilicitude ou da culpa.
Assim surge o nosso problema de pesquisa: o que se pode dizer nos casos em que um
condutor esteja a conduzir dentro dos limites da velocidade recomendada ou estabelecidas
1
Cfr. Art.30 n o1 .REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE; Decreto-lei n. 1/2011 que aprova o código da estrada. in
escolar editora e livreiros ,Lda., Moçambique Maputo 2011.
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por lei, e não possa fazer parar o veículo no espaço livre e visível a sua frente, e disso,
resulte um acidente, termos, esses em que seria muito difícil, para não dizer impossível,
excluir tal condutor da culpa e, essa impossibilidade não estaria violando o princípio da
exclusão da culpa e da ilicitude plasmado no artigo 51 do Código Penal vigente no
Ordenamento Jurídico Moçambicano?
3. Objectivos:
Geral: Analisar os Fundamentos da Penalização por Excesso de Velocidade em
Moçambique;
3.1. Específicos:
Identificar as razões segundo os quais o legislador opta por aquele comportamento em
moçambique;
Explicar os fundamentos do princípio da exclusão da ilicitude e da culpa nos termos
da lei penal moçambicana;
Descrever as consequências da não exclusão da ilicitude nos condutores no caso de
não fazer parar o veículo no espaço livre e visível mesmo estando a uma velocidade
recomendada por lei.
4.Perguntas de Pesquisa
O que dizer naquelas circunstâncias em que os sinais de trânsito recomendam uma
velocidade 60km/h e o condutor passa com uma velocidade de 30km/h e não consegue fazer
parar o veículo no Espaço livre? Que consequências o condutor teria atendendo ao princípio
da exclusão da ilicitude e da culpa?
5. Justificativa
O que nos leva a optar por esta temática, é o facto de o CPP que contem as disposições legais
em alusão, ser actual, o que esta situação aqui por nos aludida pode trazer várias
interpretações, e mais ainda, ao condicionar os efeitos pretendidos pelas normas de direito
fundamental à edição da normatização infraconstitucional regulamentar, resultaria, em termos
práticos, na eliminação dos limites consubstanciados nos direitos fundamentais e na
equiparação do poder estatal ao poder constituinte, com consequente ameaça ao Estado
constitucional.
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6. Hipóteses
Com base o número 1 do artigo 30 do código de estrada o excesso de velocidade é tida
sempre que o condutor não possa fazer parar o veículo no Espaço livre visível a sua
frente, quanto maior for a velocidade, maior será a distancia percorrida pelo condutor
ate que o motorista, tenha a reacção ao se deparar com um incidente na via, com a
freada na repentina de um veiculo afrente uma colisão entre outros,
Optou-se em enquadrar a velocidade excessiva no ordenamento jurídico moçambicano
pelo facto de fazer com que os condutores dentro das vias possam moderar sua
velocidade e fazer a devida gestão da velocidade, fazendo com que os condutores
possam dirigir com uma velocidade segura, evitando incidentes e para sensibilizar as
pessoas sobre os perigos do excesso de velocidade nas vias.
7. Relevância do tema
Trata-se de um tema que tem a ver com as contravenções e penas que caibam segundo a lei,
que no final acabam comprometendo os direitos fundamentais, no sentido de que a sua
limitação deve obedecer aos princípios constitucionais.
8. Fundamentação teórica
Para a física, a velocidade é caracterizada como uma grandeza vectorial, percorrida entre uma
determinada distância, e o tempo gasto num determinado percurso, o tempo é geralmente
medido em segundos (S) e a distância por metros (m), segundo a definição dada ela possui
direcção, modulo e sentido, portanto a velocidade é dividida por duas formas, concretamente3:
Velocidade Média; e
Velocidade Instantâneas.
2
HOLLIDAY, David, et al, Fundamentos Da Física, Vol. 1. Cap.04 Da 7ͣᵃ Ed. Rio De Janeiro: Ltc.1996
3
RAMALHO, Nicolau, Os Fundamentos Da Física 2, Vol. 2.ed 3, Brasil.
7
Muitos confundem a velocidade média com a medida das velocidades, isso é possível se os
intervalos de tempo em que o móvel permanece em cada um das velocidades iguais4.
4
RESNICK, Robert, et al. Física 1.5ed.Rio de Janeiro.
5
PELEGRINI, Alessandra Boquilha Márcio, Mini Manual Compacta de Física, Pág. 23.2ͣ ͣEdição, São Paulo:
2003.
6
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Anexo 1, Glossário do decreto-lei n. 1/2011 De 23 de Março que aprova o
código da estrada. In escolar editora e livreiros, Lda., Moçambique Maputo 2011
8
Segundo o número 1 e 2 do artigo 29 do código de estrada que nos remete aos princípios
gerias da velocidade, afirma que os condutores devem regular a velocidade dos veículos de
modo que, atendendo as características deste veículo, as condições da via rodoviária, o estado
físico e psicológico do condutor, a intensidade de trânsito e a quaisquer outras circunstâncias
especiais, não haja perigo para a segurança e das coisas nem perturbação ou entrave para o
trânsito.
Salvo em caso de perigo eminente, o condutor não pode diminuir subitamente a velocidade do
veículo sem previamente sem se certificar de que dai não resulta perigo para outros utentes na
via pública, nomeadamente para os condutores dos veículos que o sigam7.
Ora isso nos leva a perceber que o legislador pretende com isso ilustrar que
independentemente da situação em que o condutor se encontre, ele deve sempre regular a
velocidade dos veículos, para que quando ele esteja em meio de uma via de transito, não haja
perigo para a segurança das pessoas e perigo eminente para os próprios condutores.
Essa regra, deve ser aplicada para todos os tipos de veículos e de vias públicas existentes em
nosso ordenamento jurídico moçambicano.
Nesses termos, podemos intender que as definições acima, nos trás dois elementos essenciais,
que são o tempo e o Espaço, em que o tempo é a duração em que determina os momentos, os
períodos dos factos ocorridos, enquanto o Espaço é pode se entender como o lugar que um
determinado acto ocorreu. O tempo e espaço têm uma relação de complementaridade.
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Cfr. Número 1, 2 do Artigo 29. REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE; decreto-lei n. 1/2011 De 23 de Março que
aprova o código da estrada. In escolar editora e livreiros, Lda., Moçambique Maputo 2011
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Via pública
A via publica é uma via de comunicação terrestre afecta ao trânsito publico que permite a
livre circulação de veículos e animais com as restrições impostas pelo Código de Estrada,
independentemente da mesma pertencer ao domínio publico ou ao domínio privado8.
Devemos ter um bom conhecimento de todos os elementos que compõem a via publica para
podermos circular com segurança, e os principais elementos que compõem uma via pública
são:
Via de trânsito que e tida como uma zona longitudinal da faixa de rodagem, destinada
a circulação de uma mesma fila de veículos.
Faixa de rodagem- parte da via publica especialmente para a via de trânsitos de os
veículos.
Eixo de faixa de rodagem-linha longitudinal, materializada assim como não, que
divide uma faixa de rodagem em duas partes em que cada uma delas afecta um sentido
de transito
Berma – superfície da via não especificamente destinada ao transito de veículos e que
esta ao lado da faixa de rodagem.
Marcos rodoviários- são constituídos por três elementos básicos que são:
1. Guias rodoviárias que são utilizadas para delimitar mais visivelmente a faixa
de rodagem podendo ser utilizada junto dos bordos da mesma;
2. Linha contínua isto quer dizer que existem linhas que o condutor esta proibido
de pisar ou transpor, e deve transitar a sua direita quando ela fizer a separação
de sentidos de transito;
3. Linha descontínua significa que para o condutor o dever de se manter na via de
trânsito que ela delimita, só pode ser pisada ou transporta se for para fazer
manobras.
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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Anexo 1, Glossário do decreto-lei n. 1/2011 De 23 de Março que aprova o
código da estrada. In escolar editora e livreiros, Lda., Moçambique Maputo 2011
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9. Cronograma
Meses
Fases Actividades
Agosto Setem. Out. Nov. Dez.
10. Orçamento
Bibliografia
Legislação
Manuais
1. DIAS, Jorge De Figueiredo: Direito processual Penal; editor Plátano, vol. I, Coimbra
1974
2. GONÇALVES Manuel Lopes Maia: Código do processo penal em vigor, anotado e
comentado. Editor, livraria Almedina Coimbra 1972.
3. GRECO, Rogério, Curso De Direito Penal.2ͣᵃ Edição. Impeatus. Rio de Janeiro 2003
4. LEITÃO, Luís Manuel Teles de Meneses: Direito Das obrigações: introdução da
constituição das obrigações. Editor Almedina, vol. I, Coimbra 2000.
5. VARELA, Antunes: Das Obrigações em geral, Editor Almedina, 10ª Edição Vol. I
Coimbra 2003.
6. HOLLIDAY, David, et al, Fundamentos Da Física, Vol. 1. Cap.04 Da 7ͣᵃ Ed. Rio De
Janeiro: Ltc.1996.