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BRASILEIRO
SNT e Normas Gerais de Circulação
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
SNT e Normas Gerais de Circulação
Sumário
Estêvão Gonçalo
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Sistema Nacional de Trânsito. . ...................................................................................................... 5
Competências................................................................................................................................... 5
Contran............................................................................................................................................... 6
Cetran/Contrandife......................................................................................................................... 7
Jari....................................................................................................................................................... 8
Órgão Máximo Executivo de Trânsito da União (Denatran). . .................................................. 8
PRF...................................................................................................................................................... 9
Órgãos Executivos Rodoviários.................................................................................................. 10
Órgãos Executivos de Trânsito dos Estados (Detran).. ........................................................... 11
Polícias Militares............................................................................................................................ 11
Órgãos Executivos de Trânsito Municipais............................................................................... 11
Normas Gerais de Circulação e Conduta. . ..................................................................................13
Resumo............................................................................................................................................. 24
Questões de Concurso.................................................................................................................. 28
Gabarito............................................................................................................................................42
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Estêvão Gonçalo
Apresentação
Olá!
Eu sou o professor Estêvão, sou Agente de Trânsito do Departamento de Estradas de Roda-
gem do Distrito Federal DER/DF desde 2012 e vou ser seu professor de legislação de trânsito,
o bloco II. Convivo diariamente em contato com o CTB, busquei ampliar meu conhecimento na
fiscalização de pesos e dimensões de veículos de carga, bem como busco sempre capacita-
ção continuada nas diversas áreas de conhecimento do trânsito, inclusive as voltadas para o
ensino desse assunto tão dinâmico.
Como eu sempre digo, a legislação de trânsito é um conteúdo gostoso de estudar e bem
dinâmico e, por mais extenso que possa parecer, você vai conseguir estudar tudo antes da
prova, com tranquilidade. O Código de Trânsito é um tema relativamente simples devido à con-
vivência diária no trânsito.
As aulas serão divididas conforme os capítulos do CTB e, em seguida, veremos as resolu-
ções. Vou contar com você para que leia também a lei propriamente ditas (a letra da lei), pois
é a base do nosso conhecimento, assim como ler as resoluções também vai te ajudar. As duas
leis você encontra facilmente na internet na página “www.planalto.gov.br”, na parte de legisla-
ção, e as resoluções você encontra no site do Denatran, além disso, o Gran Cursos oferece pra
você o Gran Vade Mecum, um apanhado de toda a legislação.
Toda aula contará com parte teórica, um resumo da aula e, ao final, questões para o trei-
namento da banca CEBRASPE (CESPE); há algumas questões de Código de Trânsito de outros
concursos aplicados pela banca, por isso usarei essas questões e, se for o caso, de outras
bancas ou autorais.
Se você precisar falar comigo, use nosso fórum de dúvidas, mas também pode contar com
o meu instagram @dicasctb.
Agora que você já tem noção do que esperar para as aulas, veja como está o nosso plane-
jamento inicial para você gabaritar a parte de CTB:
• Aula 01 – Sistema Nacional de Trânsito e Normas Gerais de Circulação e Conduta.
• Aula 02 – Demais Normas sobre trânsito (art. 68 a 160).
• Aula 03 – Infrações.
• Aula 04 – Penalidades, Medidas Administrativas, Crimes e Disposições.
• Aula 05 – Resoluções para a PRF, parte I.
• Aula 06 – Resoluções para a PRF, parte II.
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Estêvão Gonçalo
Conteúdo do Dia
Antes do conteúdo, farei uma breve introdução, que é muito importante. Nunca pule
esta parte.
Vou começar apresentando o trecho da lei que será abordado no material. Assim, não fi-
carei transcrevendo toda a legislação, mas vou precisar que você leia, ao menos uma vez, os
artigos mencionados.
Nosso conteúdo é extremamente dependente da legislação. Quando for indispensável, vou
transcrevê-la aqui, mas lembre-se de que, para as primeiras aulas, o CTB é nosso material de
apoio principal. Última dica: quando você tiver dúvida com relação a algum termo utilizado no
Código, procure o Anexo I ao final do CTB, lá temos um rol de definições e conceitos que vão
nos ajudar bastante.
O CTB está em atualização, pela Lei n. 14.071/202020, são vários e importantes tópicos,
vou detalhar para você sempre que necessário.
Hoje vou falar com você desde o artigo 1º até o 67. Então vamos diretamente à aula.
Disposições Preliminares
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Estêvão Gonçalo
Obs.: em zonas portuárias, a autoridade poderá celebrar convênios com os órgãos do SNT,
com auxílio dos Municípios e Estados interessados para facilitar a fiscalização e autu-
ação, tanto na área do porto, como em zona alfandegária.
Competências
Mais uma vez, vou reforçar, são muitas competências e a aula ficaria maçante se eu colo-
casse todas aqui. Elas estão lá no CTB, portanto leia todas. Vou destacar as que entendo como
principais e depois explicar como você deve interpretar cada órgão do SNT.
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Contran
Antes de vermos as competências, vamos dar uma olhada na composição do Contran, esta
foi alterada pela Lei n. 14.071/2020, bem como as normas a seguir:
• Ministro de Estado da Infraestrutura (Presidente);
• Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações;
• Ministro de Estado da Educação;
• Ministro de Estado da Defesa;
• Ministro de Estado do Meio Ambiente;
• Ministro de Estado da Saúde;
• Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública;
• Ministro de Estado das Relações Exteriores;
• Ministro de Estado da Economia;
• Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Estamos diante da primeira importante alteração, antes o Contran era presidido pelo Diretor do
Denatran e a composição era de membros do ministério. Hoje a composição é dos próprios
Ministros e o Dirigente do Denatran é o Secretário-Executivo.
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O Contran NÃO julga mais recursos em segunda instância. A Lei n. 14.071/202020 retirou
essa competência do órgão. Lá na frente veremos que esses recursos passarão ao crivo dos
colegiados.
As câmaras temáticas são órgãos técnicos integrados por especialistas que estudam e
oferecem sugestões técnicas sobre temas específicos, são representantes dos órgãos exe-
cutivos e especialistas de segmentos diversos da sociedade. Elas são criadas pelo Contran e
estão vinculadas a este.
A coordenação das Câmaras Temáticas será exercida por representantes do Denatran (ór-
gão máximo executivo da União) ou dos Ministérios representados no Contran. Será definido
no ato de criação de cada Câmara.
Cetran/Contrandife
• Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito das respectivas
atribuições.
• Elaborar normas no âmbito das respectivas competências.
• Responder a consultas relativas à aplicação da legislação e dos procedimentos norma-
tivos de trânsito.
• Indicar um representante para compor a comissão examinadora de candidatos portado-
res de deficiência física à habilitação para conduzir veículos automotores.
• Dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no âmbito dos Municí-
pios.
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Estêvão Gonçalo
Jari
Julgar recursos interpostos pelos infratores.
Solicitar aos órgãos executivos de trânsito e rodoviários informações complementares re-
lativas aos recursos, objetivando uma melhor análise da situação recorrida.
Encaminhar aos órgãos e às entidades executivos de trânsito e rodoviários informações
sobre problemas observados nas autuações e apontados em recursos e que se repitam siste-
maticamente.
As Jari só têm essas três competências e deverão funcionar como órgãos colegiados junto
a cada órgão executivo de trânsito ou rodoviário.
Não há previsão expressa de funcionamento de Jari junto à PRF no CTB. O funcionamento das
Jari na PRF foi estabelecido por resolução do Contran que não cai na sua prova. Cuidado com
as pegadinhas da banca.
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O Denatran já se trata de um órgão executivo, assim as suas competências vão ter sempre
vínculo com a execução de algum tipo de atividade. Além disso, é responsável por manter to-
dos os registros nacionais, veículos, habilitações, infrações e por emitir todos os documentos,
mediante delegação aos órgãos estaduais. A novidade fica por conta da criação do Registro
Nacional Positivo de Condutores.
Os órgãos delegados mencionados acima são justamente esses que emitem documentos
ou realizam procedimentos por delegação do Denatran.
O Denatran ainda pode executar uma intervenção, com aprovação do Contran, em órgãos
executivos estaduais que estejam com alguma deficiência técnica ou legal, assumindo a exe-
cução total ou parcial das atividades até que as irregularidades sejam sanadas.
Por mais que o Contran seja coordenador e o Denatran seja executivo, não leve palavras deco-
radas, pois, dentre as competências deste, há várias vezes o termo “coordenar”. Mas entenda
a missão, que será sempre coordenar a execução de alguma atividade. O Contran, por sua vez,
coordena estruturas, órgãos.
PRF
Chegamos à Gloriosa! Essa, jovem, você tem que saber todas as competências, sem falta:
• Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribui-
ções;
• Realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas com a segu-
rança pública, com o objetivo de preservar a ordem, a incolumidade das pessoas, o pa-
trimônio da União e o de terceiros;
• Executar a fiscalização de trânsito, aplicar as penalidades de advertência por escrito
e multa e as medidas administrativas cabíveis, com a notificação dos infratores e a
arrecadação das multas aplicadas e dos valores provenientes de estadia e remoção de
veículos, objetos e animais e de escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou
perigosas. (Alterado pela Lei n. 14.071/2020);
• Efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços de atendimento,
socorro e salvamento de vítimas;
• Credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas
aos serviços de remoção de veículos, escolta e transporte de carga indivisível;
• Assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário
a adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo cumprimento das normas legais relati-
vas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de construções e instalações não
autorizadas;
• Coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito e suas causas,
adotando ou indicando medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao órgão
rodoviário federal;
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Não é um fato que essas competências vão ser cobradas (apesar de ter sido em 2019),
mas é o seu futuro órgão, ora! Tem que saber tudo sim. Destaque que a PRF tem o termo “pa-
trulhamento” como exclusivo e deve garantir a circulação dos usuários, mas, quando se tratar
de intervenções (obras), a demanda deve ser repassada ao órgão rodoviário.
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Polícias Militares
Farão o policiamento ostensivo e só fiscalizarão mediante convênio.
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A Lei n. 14.071/2020 finaliza as alterações ao capítulo do SNT incluindo uma nova pos-
sibilidade de convênio os agentes policiais da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
poderão estabelecer convênio com o órgão com circunscrição a fim de lavrar autos de infração
nos casos de infrações cometidas nas adjacências do Congresso Nacional ou locais sob sua
responsabilidade, quando estas comprometerem objetivamente os serviços ou colocarem em
risco a incolumidade das pessoas ou o patrimônio das respectivas casas (art. 25-A). Os agentes
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ainda deverão receber treinamento específico, conforme regulamentação do Contran para po-
derem atuar na fiscalização de trânsito.
Jovem, como eu disse, o Sistema Nacional de Trânsito é burocrático, mas certamente ha-
verá poucas, ou nenhuma questão na sua prova. Agora vamos avançar às normas de circula-
ção e conduta, estas, sim, tendem a ser mais exploradas em provas.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
I – a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente sinalizadas;
Isso quer dizer que, se você entrar em uma via que carece de sinalização, você vai transitar
pelo lado direto e o lado esquerdo vai ser a contramão.
I – o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais ve-
ículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as
condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;
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São distâncias de segurança e veja que não há valores definidos porque a distância frontal
segura em uma via de 60 km/h não é a mesma de uma via de 110 km/h, por exemplo. E o bordo
da pista é aquela linha, normalmente branca, à direita, antes do meio-fio ou do acostamento.
II – quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não sinalizado,
terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando
por ela;
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
O mais importante dessa ordem de preferências é o fato de ser um local não sinalizado.
Havendo sinalização, a preferência obedece a ela.
III – quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo sentido, são
as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, quando não
houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao desloca-
mento dos veículos de maior velocidade;
VEÍCULO DE GRANDE PORTE – veículo automotor destinado ao transporte de carga com peso bruto
total máximo superior a dez mil quilogramas e de passageiros, superior a vinte passageiros.
Ou seja, caminhões que pesam, junto com a capacidade de carga, mais de 10 toneladas
(mesmo vazios devem obedecer a essa regra) e ônibus e micro-ônibus com mais de 20 passa-
geiros. Fique ligado porque é permitida a presença de faixas especiais exclusivas à esquerda.
Outra informação importante: a faixa da esquerda não é exclusiva para ultrapassagem, é
também faixa de circulação.
I – o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só poderá ocorrer para que
se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;
Esse é o acesso de garagens e o único caso em que é permito o trânsito de veículos auto-
motores sobre calçadas e passeios. No caso de acostamento, há a possibilidade do seu uso
pelos ciclomotores.
Comboios de autoridades, das forças armadas, ou qualquer outro tipo de comboio com
batedores. Preste atenção, pois o comboio não goza de livre circulação (pelo canteiro central,
por exemplo), tem apenas preferência de passagem.
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III – os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e
operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade no trânsito, gozam de livre circulação,
estacionamento e parada, quando em serviço de urgência, de policiamento ostensivo ou de preser-
vação da ordem pública, observadas as seguintes disposições:
a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermitente estiverem
acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passa-
gem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário;
b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a luz intermitente, deverão aguardar no
passeio e somente atravessar a via quando o veículo já tiver passado pelo local;
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer
quando da efetiva prestação de serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com
os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código;
e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão aplicadas somente quando os veículos es-
tiverem identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermitente;
f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada somente quando os veículos estiverem iden-
tificados por dispositivos regulamentares de iluminação intermitente;
Fique MUITO LIGADO(A), esse inciso recebeu modificações importantes pela Lei n.
14.071/2020. A prioridade agora abrange, além do serviço de urgência, o policiamento osten-
sivo e a preservação da ordem pública.
Agora há uma pequena distinção, no caso da livre parada e circulação, devem ser usados
dispositivos de alarme sonoro E iluminação intermitente. Já no livre estacionamento, somente
a iluminação intermitente permanece.
Os pedestres, agora, ao ouvirem o alarme OU verem as luzes intermitentes devem aguardar
para atravessar a via.
Nos parágrafos 3º e 4º (copiados ao final do artigo) fica estabelecido que o Contran deve
regulamentar o os dispositivos de alarme sonoro e de iluminação intermitente e que, em situa-
ções especiais, a autoridade máxima federal de segurança pública (Ministro da Justiça e Segu-
rança Pública) poderá dispor sobre exceções quanto aos veículos oficiais descaracterizados.
Os cuidados que o profissional que dirige esses veículos deve ter permanecem inalterados
na alínea d. Mesmo com a sirene ligada, a viatura não se torna à prova de acidentes, deve man-
ter a direção defensiva e obedecer às normas do Código de Trânsito.
A diferença desse inciso para o anterior é que agora há apenas livre parada e estaciona-
mento, não circulação. Os tipos de veículos amparados por esse inciso estão definidos em
resolução.
V – a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda, obedecida a
sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Código, exceto quando o veículo
a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda;
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VI – todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de que:
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo;
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de ultrapassar um
terceiro;
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua manobra não
ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário; XI – todo condutor ao efetuar
a ultrapassagem deverá:
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direção do veículo
ou por meio de gesto convencional de braço;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma distância
lateral de segurança;
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando a luz indicadora
de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os cuidados necessários
para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou;
Movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor veloci-
dade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de origem.
XII – os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem sobre os demais,
respeitadas as normas de circulação.
Esse inciso é o último do art. 29 e define prioridade de passagem para os veículos que se
deslocam em trilhos. Com atenção especial às normas de circulação, existem veículos que se
deslocam em trilhos que são capazes de parar diante de um sinal vermelho de parada obrigató-
ria, mas, em geral, trens demandam uma longa distância de frenagem (distância total do início
da frenagem até a parada), isso justifica sua preferência de passagem.
O artigo 29 termina com quatro parágrafos:
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§ 3º Compete ao Contran regulamentar os dispositivos de alarme sonoro e iluminação intermitente
previstos no inciso VII do caput deste artigo.
§ 4º Em situações especiais, ato da autoridade máxima federal de segurança pública poderá dispor
sobre a aplicação das exceções tratadas no inciso VII do caput deste artigo aos veículos oficiais
descaracterizados.
O primeiro informa que as regras para mudança de faixa seguem o mesmo padrão das
regras de ultrapassagem e o segundo estabelece os critérios de responsabilidade dos condu-
tores. Fica definido que os veículos de maior porte serão responsáveis pelos menores e todos
pelos pedestres. Os demais, mencionei lá no inciso VII.
Agora vamos continuar tratando de ultrapassagens, mas, sob outra ótica, o art. 30 trata da
obrigatoriedade de dar passagem.
Se o veículo a ser ultrapassado estiver ocupando a faixa da esquerda, deverá se deslocar
para a faixa à direita, sem acelerar a marcha.
Já no caso das demais faixas, deverá manter-se na que ocupa, sem acelerar a marcha.
Um último detalhe: veículos mais lentos, quando em fila, deverão manter, entre si, distân-
cia suficiente para permitir que os que realizam a ultrapassagem possam se intercalar com
segurança.
Sobre a ultrapassagem de veículos de transporte coletivo de passageiros, quando efetuan-
do embarque ou desembarque, deve-se reduzir a velocidade, com atenção redobrada ou, até
mesmo, parar o veículo e evitar a ultrapassagem.
Essa regra não se trata apenas de veículo de transporte público, mas coletivos em geral. Logo,
ônibus particulares também estão abarcados.
Tratando, enfim, das proibições, temos dois artigos que proíbem as ultrapassagens, os
quais transcrevo:
Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de direção e pista
única, nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas
pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a
ultrapassagem.
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá efetuar ultrapassagem.
Partimos agora para normas de deslocamento lateral. O artigo 35 traz a obrigação de indi-
car, seja com a seta, seja com o gesto de braço, o deslocamento lateral. Em seguida o concei-
tua: consiste em mudanças de faixa, conversões e retornos.
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O artigo 36 é bem simples, o veículo que estiver saindo de uma garagem, um estaciona-
mento, ou lote qualquer deve dar prioridade àquele que já se encontra na via.
A seguir, no artigo 37, lemos um texto um pouco extenso sobre a conversão à esquerda em
via de mão dupla. Caso você não se lembre, a conversão é uma mudança de direção do veículo,
seja para acessar algum lote ou outra pista (uma curva não caracteriza conversão). Existem
as seguintes possibilidades:
Existindo algum tipo de acomodação própria para essas manobras, esse deve ser o local
utilizado. As ilhas consistem justamente nesse tipo de local.
Não havendo qualquer lugar específico para essa manobra, mas com acostamento dispo-
nível, o veículo deve ir para o acostamento à direita primeiro para, em seguida, no momento
mais seguro, realizar a manobra.
O artigo 38 também traz um texto extenso para definir apenas um detalhe: o condutor deve
se aproximar do bordo da pista antes de realizar a manobra de mudança de direção à esquer-
da, para entrar à esquerda, e à direita, para entrar à direita.
Em vias de mão dupla, não é possível se aproximar do bordo pelo lado esquerdo, logo se
deve aproximar da divisão entre um sentido e outro, o eixo da pista ou da linha divisória. Isso,
claro, quando não houver nem ilha, nem acostamento (casos do item anterior).
O condutor deverá sempre prezar pelas regras de preferência, obedecendo à sinalização e
com cuidado especial com relação a ciclistas e pedestres (essa é uma situação muito comum
de acidente).
Veja que existem duas regras para conversão à esquerda em vias de mão dupla, o art. 37 e o
38. Então qual vale? As duas! Sim, elas são parecidas, mas completamente diferentes. Veja
que, para se aplicar a regra do art. 37, a via deve ter acostamento OU local apropriado para
realizar a conversão. Na ausência de acostamento, aplica-se o art. 38.
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para isto determinados,
quer por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais
que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas as características da via, do veículo,
das condições meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas.
Observe que existe a possibilidade de se realizar a manobra em locais não proibidos, com
cuidados em relação à via, ao veículo, às condições meteorológicas e à atenção a pedestres
e ciclistas (locais proibidos por regulamentação não permitem que a manobra seja realizada
independentemente da via ou de outras condições).
Seguimos agora ao uso do sistema de iluminação, vou explicar o uso por tipo de lâmpada.
Muita atenção, pois tivemos novas modificações pela Lei n. 14.071/2020.
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Lâmpadas de posição são conhecidas por “farolete”, a sua função é mostrar a posição
do veículo em situações de embarque, desembarque, carga e descarga durante a noite. NÃO
existe mais o uso dessas lâmpadas sob neblina, cerração ou chuva, agora deve ser feito uso
do farol de luz baixa, que veremos a seguir.
Luz baixa é o farol tradicional do veículo. Seu uso ocorre durante a noite e, durante o dia,
em túneis com iluminação pública. E, agora, em rodovias, de pista simples, fora do perímetro
urbano, mesmo durante o dia, quando o veículo não possuir luzes de rodagem diurna. Além
disso, como já disse antes, também, sob chuva, neblina e cerração.
Luz alta é uma lâmpada forte e ofuscante. Seu uso se dará em dois casos. O primeiro, em
vias não iluminadas, lembrando-se de desligá-lo ao cruzar ou seguir outro veículo. Já o segun-
do, de maneira intermitente (piscando o farol), como forma de alerta para riscos que possam
existir para o condutor do fluxo oposto e como solicitação de passagem para o veículo que
está à frente. Então, atenção, aquele cara que está vindo rápido pela faixa da esquerda e pisca
a luz para o veículo da frente não é um “folgado”, ele está seguindo, à risca, o CTB. O condutor
da frente deve dar passagem.
Pisca-alerta, essas são as lâmpadas, tradicionalmente amarelas (mas a traseira pode ser
vermelha), das setas acesas dos dois lados ao mesmo tempo. O objetivo do pisca-alerta é
justamente alertar para algum tipo de imobilização de emergência. É possível que, em algu-
ma via, se solicite o uso dessas lâmpadas, mas somente devem ser utilizadas por determina-
ção expressa.
Luz de placa, essa é a luz que ilumina a placa traseira e deve permanecer acesa duran-
te a noite.
Os coletivos de passageiros, quando em faixas próprias a eles e as motocicletas, motone-
tas e ciclomotores, deverão utilizar a luz baixa acesa tanto de dia quanto à noite.
O uso do pisca-alerta durante chuvas é indevido. Sob chuva, com a Lei n. 14.071/2020, deve-se
utilizar a luz baixa do farol. Utilizar o pisca-alerta durante uma chuva pode induzir outros con-
dutores a frear bruscamente por receio de uma imobilização.
A banca considerou esse item inicialmente certo, mas ignorou o art. 40, inciso V, alínea b. O pis-
ca-alerta pode ser exigido conforme regulamentação da via, como mencionei anteriormente. A
banca optou por anular a questão.
Anulada.
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Agora, sobre o uso da buzina, em qualquer situação é admitido apenas toque breve, seja
para evitar acidentes, seja para advertir a intenção de ultrapassagem fora das áreas urbanas.
Continuamos avançando e já chegamos à regra do artigo 42. É algo simples: frear brusca-
mente, sem motivo, na via não é permitido.
Seguindo, vemos as condições de segurança para a velocidade desenvolvida com o veícu-
lo. Carga, trânsito, meteorologia, a própria via e o próprio veículo devem ser considerados. Esse
é um conceito abstrato, mas muito importante.
Exemplo: um automóvel que esteja puxando um reboque não pode imprimir a mesma veloci-
dade que poderia se estivesse sem o engate.
Além disso, o condutor não deve obstruir a marcha normal dos demais veículos, sem causa
justificada, em velocidade anormalmente baixa.
Sempre que quiser reduzir a velocidade, deverá se certificar de que é possível fazê-lo sem
risco, salvo em caso de perigo iminente, indicando de forma clara, com antecedência e sina-
lização devida, a redução da velocidade (hoje em dia esse papel indicativo fica com as luzes
de freio).
Em relação a cruzamentos, o CTB dispõe que todos devem, ao se aproximar de destes,
transitar em velocidade moderada, pois, se necessário, devem ser capazes de parar com segu-
rança para dar passagem aos que tenham preferência (pedestres e veículos).
A Lei n. 14.071/2020 incluiu uma norma de circulação totalmente nova (art. 44-A). Diante
do sinal vermelho do semáforo, é livre o movimento de conversão à direita, quando houver
sinalização indicativa que permita, observadas as demais normas do CTB, quanto a cruzamen-
tos e preferência de passagem (eu sei que em alguns locais essa prática já existe, mas sempre
foi tema controverso).
Outra norma clara e simples, apesar de ser comumente descumprida, é do art. 45. Em um
cruzamento, o condutor somente deve iniciar a travessia quando houver certeza de que ele vai
conseguir atravessá-lo completamente antes de o semáforo abrir para o fluxo oposto.
Do artigo 46 ao 49, vamos ver as normas de imobilização, parada, estacionamento, embar-
que e desembarque.
A imobilização temporária de um veículo na via, em caso de emergência, deverá ter imedia-
ta providência de sinalização de advertência.
Seguindo, temos uma norma muito interessante, que, quando eu estava estudando para
concurso, nunca mais esqueci. Sabe aquele papo de “estou dentro do carro, com o motor li-
gado, logo não estou estacionado, estou parado”? Não sei quem inventou isso, mas não leu o
art. 47. A parada, quando o estacionamento for proibido, é única e exclusivamente o tempo
necessário e suficiente para embarque e desembarque de passageiros, independentemente de
o veículo estar ligado ou não. Qualquer outra atividade se torna estacionamento. Operação de
carga ou descarga também é estacionamento.
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Depois de definida a diferença entre parada e estacionamento, basta saber como fazê-los.
Em regra, ao longo da pista, no sentido do fluxo, paralelo ao bordo, junto à guia. Se houver acos-
tamento, os veículos deverão estar fora da pista de rolamento. Para veículos de duas rodas,
em posição perpendicular ao meio fio. Em todos os casos, admite-se exceção regulamentada.
Agora vejamos o § 3º do artigo 48:
Art. 48, § 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do condutor poderá ser feito somente
nos locais previstos neste Código ou naqueles regulamentados por sinalização específica.
Esse parágrafo traz uma norma de difícil interpretação, não havendo qualquer tipo de men-
ção no CTB ao que possa caracterizar o abandono. Concluímos apenas que o estacionamento
somente poderá ser em locais previstos nesse código, ou permitidos por sinalização vertical
(a placa de estacionamento) complementada pela demarcação horizontal (linhas de estacio-
namento), ou, ainda, não proibidos pela sinalização vertical ou horizontal.
Por fim, de acordo com a norma de conduta, no momento do desembarque, todos deverão
se certificar, antes de abrir a porta ou deixá-la aberta, de que o local é seguro e o desembarque
deve ocorrer pelo lado da calçada, exceto o condutor, que sempre desembarca pelo lado es-
querdo. Essa regra não possui uma infração própria tipificada.
Seguimos, agora, tratando das faixas de domínio. Primeiramente é necessário saber o que
são. Novamente, pode-se encontrar a definição exata no ANEXO I do CTB. Em breves palavras,
são trechos à margem das vias rurais (ou seja, não há faixa de domínio urbana), sua extensão é
delimitada por lei e o CTB dá ao órgão com circunscrição sobre a via autonomia de estabelecer
critérios de segurança.
Condomínios com unidades autônomas (há mais de um proprietário dos lotes internos)
deverão implantar e manter a sinalização interna, mediante autorização do ente com cir-
cunscrição.
Sobre a circulação de veículos de tração animal (em regra, carroças), temos a definição do
artigo 52. Serão conduzidos pela direita, junto à guia da calçada ou pelo acostamento, quando
houver. Esse é um dos tipos de veículo que tem circulação pelo acostamento prevista no CTB.
Além dele, também temos bicicletas e ciclomotores. É importante salientar que o órgão com
circunscrição sobre a via pode estabelecer regras de circulação.
Já no caso de os animais não estarem vinculados a veículos (imagine um rebanho de bois,
por exemplo), temos definidas três regras: os animais devem ser conduzidos por um guia, os
rebanhos devem ser separados em grupos que não obstruam o trânsito e, circulando pela pis-
ta de rolamento, os animais devem seguir pelo bordo da pista.
Vejamos agora algumas normas de circulação de motocicletas, motonetas e ciclomotores,
presentes nos art. 54 e 55. Primeiramente, vamos conceituar cada um com base no ANE-
XO I do CTB:
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O Ciclomotor é um veículo de duas ou três rodas que não exceda 50 cilindradas e que a
velocidade máxima seja de 50 km/h.
A Motocicleta é um veículo automotor de duas rodas, com ou sem sidecar, que se dirige na
posição montada.
A Motoneta é um veículo automotor de duas rodas em que o condutor dirige na posição
sentada (estilo lambreta). Vejamos as normas de circulação:
Os condutores devem usar capacete com viseira ou óculos e vestuário de proteção defini-
dos pelo Contran e segurar com as duas mãos o guidom.
Já os passageiros deverão usar capacete e vestuário, seguindo a mesma regra para con-
dutores, e devem estar no carro lateral ou atrás do condutor. O Contran ainda não estabeleceu
o tipo de vestuário e, não se esqueça, o calçado que seja firme nos pés é obrigatório apenas
para os condutores!
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Via coletora – aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de
entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regi-
ões da cidade. Limite máximo não sinalizado: 40 km/h.
Via local – aquela caracterizada por interseções em nível não semaforizadas, destinada
apenas ao acesso local ou a áreas restritas. Limite máximo não sinalizado: 30 km/h.
As vias rurais possuem menos categorias. As rodovias são vias rurais pavimentadas e
estradas são vias rurais não pavimentadas. Já os limites de velocidade são mais complexos,
vou separar item a item:
• Rodovias de pista dupla, limite máximo não sinalizado: 110 km/h para automóveis, ca-
mionetas e motocicletas e 90 km/h para os demais veículos;
• Rodovias de pista simples, limite máximo não sinalizado: 100 km/h para automóveis,
camionetas e motocicletas e 90 km/h para os demais veículos;
• Estradas, limite máximo não sinalizado: 60 km/h para qualquer veículo.
O órgão com circunscrição sobre a via pode estabelecer limites inferiores ou superiores aos
previstos anteriormente.
Existe também limite mínimo previsto, que é metade da velocidade máxima da via. Há uma
exceção, que é caso o veículo encontre-se na faixa da direita. Essa exceção só é prevista no
capítulo de infrações.
O artigo 64 foi recentemente alterado pela Lei n. 14.071. Atualmente, o transporte de crianças
com idade inferior a 10 anos, que não tenham atingido 1,45 m de altura deve ser transportado nos
bancos traseiros, em dispositivos de retenção adequado para cada idade, peso e altura, salvo exce-
ções relacionadas a tipos de veículos específicos regulamentadas pelo Contran.
O uso do cinto de segurança é obrigatório a todos os ocupantes de um veículo, mas o legis-
lador abre a possibilidade de que o Contran regulamente exceções.
Por fim, o último artigo das Normas Gerais de Circulação e Conduta traz a necessidade
de autorização prévia (pela autoridade circunscricional) para a realização de eventos e com-
petições desportivas, em via aberta à circulação. Deverá ser feito o recolhimento prévio dos
valores de custos operacionais, bem como uma garantia financeira contra possíveis danos
(caução ou fiança), também a contratação de seguro contra acidentes.
Atente-se ao fato de que essa norma não se restringe a competições automotivas, mas a qual-
quer competição desportiva em via pública.
Chegamos ao fim do conteúdo teórico da nossa aula. A seguir veremos alguns resumos e,
por fim, uma lista de exercícios.
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RESUMO
Policiais Militares
Fiscalização mediante convênio
DENATRAN
Trânsito da União
DETRAN
Policia Trânsitos dos Estados/DF
Rodoviária DNIT
Federal Orgão Máximo Executivos Rodoviário da União
Consultivo/ DER*
Rodoviário dos Estados e do DF
Normativo: *O nome pode mudar
Normativos
CONTRAN Municipais
CETRAN/CONTRADIFE Jari
Presente em cada Órgão
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Obs.: Pista dupla: 110 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas e 90 km/h para
os demais. Pista simples: 100 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas e 90
km/h para os demais.
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Noite
Dia em túneis
Pista simples
Fora
da área
Dia em rodovias
urbana
Farol
Baixo Sem luz de
rodagem
Embarque e desembarque diurna
Lâmpada de Posição
Carga e descarga Neblina, chuva forte e cerração
Coletivo na
Sistema de exclusiva
Noite Luz de Placa
Iluminação Dia e Noite
Motocicleta,
motoneta e
ciclomotor
Imobilização de emergência
Pisca- alerta
Regulamentação da via
Via não iluminada Cuidado comveículos
cuidao com veículos
Farol
Alto Alerta de risco
Intermitente
Pedir passagem
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/TRF-1ª/TÉCNICO/2017) Na condução de um veículo, ao se aproximar de um
cruzamento não sinalizado, o motorista deverá acelerar para chegar antes do cruzamento,
caso outro motorista esteja sinalizando que irá ultrapassá-lo.
Em um cruzamento sem sinalização, a preferência será do que vier pela DIREITA do condutor
(art. 29, III).
Errado.
Questão que parece complexa, mas é bem simples. O erro está na última afirmação. O CTB
não utiliza as vias urbanas como condição de preferência de passagem em cruzamentos não
sinalizados. Conforme o art. 29, inciso III, as preferências são dos veículos provenientes de
rodovias, dos veículos que estejam circulando por rotatória e, nos demais casos, do que vier
pela direita do condutor.
Errado.
Texto para as questões 4 a 7: Um servidor do STJ, ocupante do cargo de segurança, foi desig-
nado para conduzir veículo utilizado para o transporte de dez magistrados da sede em Brasília
– DF para uma cidade X, distantes 500 km uma da outra, em uma rodovia.
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A questão é anterior à Lei n. 13.281/2016, mas permanece com o mesmo gabarito. Primeiro,
é necessário saber que o veículo em questão, pela quantidade de passageiros, não se enqua-
dra na definição de automóvel ou camioneta (veremos melhor esse assunto em breve). Nesse
caso, independentemente do tipo de rodovia (pista dupla ou pista simples), a velocidade má-
xima, em local sem sinalização, será 90 km/h. Por fim, é necessário saber que a velocidade
mínima não será inferior à metade da máxima, portanto 45 km/h.
Certo.
Exatamente o que o Código prevê no inciso I do art. 40. Lembrando que, com a Lei n. 14.071/2020,
quando o veículo não possuir Luz de Rodagem Diurna, deverá manter o farol baixo acesso, tam-
bém, em rodovias de pista simples, fora do perímetro urbano.
Certo.
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Perfeito. A ultrapassagem será feita pela esquerda, exceto quando o veículo a ser ultrapassado
estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda.
Certo.
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Pela imagem é possível constatar que a via é dotada de acostamento e não tem local próprio
para realizar a conversão. Pelo CTB, nesse caso, independentemente do número de faixas,
para realizar a conversão à esquerda, o condutor deve, primeiro posicionar seu veículo no acos-
tamento e, em seguida, no momento oportuno, fazer a manobra à esquerda.
Errado.
Essa questão, apesar de mencionar infrações, está mais voltada às normas de circulação. De
fato, a ultrapassagem foi irregular, pois conforme o art. 32, o condutor não poderá ultrapassar
veículos em vias com duplo sentido nos trechos em curva. Mas o braço do lado de fora foi uti-
lizado para sinalizar a intenção de ultrapassagem corretamente de maneira prevista pelo CTB,
como vemos no art. 29, XI, c.
Errado.
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Mesmo gozando de livre circulação, a prioridade em cruzamentos deverá ocorrer com veloci-
dade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as normas do CTB, como
está previsto no art. 29, VII, d.
Certo.
Apesar das alterações relativas à velocidade nas rodovias, a velocidade máxima em estradas
permanece a mesma: 60 km/h para qualquer veículo. Lembrando que estradas são vias rurais
não pavimentadas.
Errado.
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Usei essa questão para mostrar que nem todas as regras estão estabelecidas nas normas de
circulação. A parte do CTB relativa a infrações também inclui normas a serem obedecidas,
além das que já estudamos. A primeira parte da questão está no art. 41 do Código, já a última
parte veremos no art. 227, quando estudarmos as infrações.
Certo.
Hoje, o ministério coordenador do SNT é o Ministério da Infraestrutura, mas não saber essa in-
formação não compromete a resolução da questão, pois no CTB está previsto que o Denatran
(órgão máximo executivo de trânsito da união) é subordinado ao ministério. Já o Contran está
VINCULADO.
Errado.
O uso da luz alta em vias iluminadas só poderá ser feito de forma intermitente e brevemente
para advertir a intenção de realizar uma ultrapassagem ou a existência de riscos à frente para
os veículos que estejam no sentido contrário.
Errado.
O artigo 44 do CTB prevê que todo veículo que se aproxima de qualquer cruzamento deve fazê-
-lo com velocidade moderada, de forma a, se necessário, consiga deter seu veículo a fim de dar
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passagem a pedestres ou veículos que tenham a preferência. Essa norma já subsidia a ques-
tão, mas, além disso, no capítulo sobre infrações, no art. 214, V, existe uma infração tipificada
justamente para o desrespeito à situação descrita no item.
Certo.
Na conversão à esquerda em via dotada de acostamento, quando não houver local apropria-
do para a manobra, o condutor deverá, antes de realizá-la, aguardar o momento seguro no
acostamento.
Errado.
Literalidade do art. 1º, § 1º do CTB. Veja que, mesmo uma disposição preliminar, pode ser co-
brada em prova, apesar da baixa probabilidade.
Certo.
Na verdade, esse é um uso regulamentar previsto para a luz alta. Além disso, a troca intermiten-
te da luz alta também pode ser usada para alertar algum tipo de risco à segurança aos veículos
que estejam em sentido contrário.
Errado.
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Os veículos policiais em uso ordinário não têm nenhuma prerrogativa. Agora, em serviço de
urgência, devidamente sinalizados com alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente go-
zam de livre circulação, parada e estacionamento e prioridade de trânsito. Mesmo com a Lei
n. 14.071/2020, esse termo “patrulhamento ordinário” não estaria corretamente enquadrado
nas prioridades, pois foram incluídos, além do serviço de urgência, o policiamento ostensivo
e a preservação da ordem pública, para se tornar correto, o examinador teria que, de alguma
forma, deixar claro que o patrulhamento se enquadraria numa dessas possibilidades.
Errado.
A questão foi adaptada para se adequar à legislação em vigor. Lembrando, quando sem sina-
lização, em rodovias de pista dupla, a velocidade máxima para automóveis é de 110 km/h, já
nas de pista simples, a velocidade máxima será de 100 km/h.
Certo.
Essa é a perfeita descrição do que se deve fazer ao perceber que será ultrapassado, deslocar-
-se à direita, sem acelerar a marcha (art. 30, I).
Certo.
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Aqui mesclamos duas informações (como o Cespe gosta de fazer): primeiro, a imobilização
do veículo na via somente ocorrerá em caso de emergência (não necessidade) e deverá ser
mediante a sinalização apropriada. Segundo, em vias dotadas de acostamento, o veículo não
pode ser estacionado na faixa de rolamento em hipóteses nenhuma. Na aula sobre infrações,
veremos a infração do art. 181, V, que apresenta a infração exata do que se lê aqui.
Errado.
No caso de chuva forte, atualmente, com a Lei n. 14.071/2020, é obrigatório o uso do farol de
luz baixa.
Errado.
A presença de animais na pista é uma situação de risco à segurança, logo corresponde corre-
tamente à previsão de uso da luz alta que estudamos.
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Competências são pouco cobradas, mas ainda assim aparecem, logo não devem ser igno-
radas. Essa competência tem caráter de coordenação, mas trata da execução propriamente
dita, logo é em âmbito mais próximo dos órgãos executores que realizam esse serviço, assim
ficamos com os Cetran/Contrandife. Encontramos no art. 14, VIII do CTB. Pense que o foco do
Contran é coordenador, normativo e consultivo em caráter nacional ou algum tipo de hierarquia
em relação aos demais membros do SNT.
Errado.
Essa é uma competência de coordenação, de controle e com hierarquia sobre os demais mem-
bros do SNT. Está prevista no art. 12, II.
Certo.
Competência normativa sobre uma regra de abrangência comum a todas as Unidades da Fe-
deração, logo está dentro da alçada do Contran (art. 12, X).
Certo.
Trânsito, segundo o CTB, no art. 1º, § 1º consiste no uso das vias por pessoas, veículos e ani-
mais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento,
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carga e descarga. O trânsito não se restringe a veículos. Antigamente o CESPE gostava des-
se conceito.
Errado.
Vamos corrigir item a item: letra a, veículos de tração animal serão conduzidos pelo lado direito
(art. 52). Letra b, rebanhos deverão ser divididos em grupos para não obstruírem o trânsito (art.
53, I). Letra C, correto segundo o art. 53, II. Letra d, não existe qualquer norma que seja parecida
com isso, as regras seguem o que foi mencionado anteriormente. Letra e, à PRF compete a
arrecadação pela remoção de animais, inclusive.
Letra c.
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O item está correto de acordo com a atual norma em vigor. Esses três tipos de veículos pode-
rão desenvolver 110 km/h nessas vias.
Certo.
Essa questão é interessante porque o próprio CTB “cria” o peguinha. O único lugar do Código
inteiro em que a Política Nacional de Trânsito é chamada de Política Nacional de Segurança e
Educação de Trânsito é justamente nas competências da PRF, o porquê, não há.
Certo.
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Todos os itens estão corretos. As afirmativas I, III e IV são, respectivamente, letra de lei dos art.
1º, § 3º, art. 7º e art. 13, CAPUT. Já a afirmativa II é um apanhado geral de diversas competên-
cias do SNT.
Letra e.
Analisando item a item. Letra a, existe sim previsão expressa no art. 27 da necessidade de
haver combustível até o destino. Letra b, segundo o art. 29, I, o trânsito será pela direita, admi-
tidas exceções regulamentadas. Letra c, justamente o oposto, veículos lentos e de maior porte
circulam pela direita, a esquerda é destinada aos veículos mais rápidos e ultrapassagem (art.
29, IV). Letra d, a restrição em pauta se aplica, também, aos acostamentos, segundo o art. 29,
V (nunca tome a exceção por regra, sei que ciclomotores circulam pelo acostamento, mas o
item é letra de lei do inciso mencionado). Por fim, a letra e está correta segundo o art. 29, III, b.
Letra e.
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GABARITO
1. E 14. E 27. C
2. E 15. E 28. E
3. E 16. C 29. C
4. C 17. E 30. C
5. C 18. C 31. E
6. C 19. E 32. E
7. E 20. E 33. c
8. E 21. C 34. C
9. C 22. C 35. C
10. C 23. C 36. e
11. C 24. E 37. e
12. E 25. C
13. C 26. E
Estêvão Gonçalo
Bacharel em Ciências Econômicas, Agente de Trânsito Rodoviário do DER/DF desde 2012 e Instrutor de
Trânsito. Certificado em Identificação Veicular e Documental e Gestão de Trânsito. Ministra, dentro do DER/
DF, capacitação para fiscalização de pesos e dimensões de veículos de transporte de carga.
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