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Leandro Macedo

PROVAS COMENTADAS

Legislação de Trânsito
40 provas comentadas de concursos anteriores,
totalizando 627 questões

-Editora Ferreira

Rio de Janeiro
2009
Copyright © Editora Ferreira Ltda., 2007-2009

1. ed. 2007; 2. ed 2009

Capa
Bruna Barrozo Luciano

Di agram ação
Dimz Comes dos Santos

Revisão
Fernanda Machtyngier

Esta édição foi produzida em janeiro de 2009, no Rio de janeiro,


com as famílias tipográficas Syntax (9/10,8) e Mimon Pro (12/14), e impressa nos
papéis Chambril 70g/m2 e Caroiína 240g/m2 na gráfica Vozes.

CIP-BRASIL, CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS.. RJ.

M122L
2.ed.
Macedo, Leandro, 1970-
Legislação de trânsito : 40 provas comentadas de concursos anteriores, tolalizando 627 questões / Lean­
dro Macedo. - 2.ed. - Rio de Janeiro : Ed. Ferreira, 2009.
424p. - {Provas comentadas)
ISBN 978-85-7842-050-5
1. Trânsito - Legislação - Brasil - Problemas, questões, exercícios. 2. Serviço público - Brasil - Concursos.
I. Titulo. H. Série.

08-5594.
C D ü : 34:351.81(81)
19.12.08 05.01.09 010339
_____________________________________________________________________

Editora Ferreira
contato® editoraferreira.com.br
www.editoraferreira.com.br

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parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor
(Lei n° 9,610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penai.

Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto n° 1.825,


de 20 de dezembro de 1907.

Impresso no Brasil/Pnnted in Brazil


À minha esposa, Lucíana, e às minhas filhas, Nathália e
Juliana, peíos momentos extremamente prazerosos, peío
equilíbrio que me facultam, pela firmeza nos momentos
tortuosos, e por sempre acreditarem... a Deus, por ter
me propiciado esta união de espíritos tão afins.
Leandro Macedo
Agradecimentos

Meus primeiros agradecimentos vão para o amigo Júlio Pontes, que me


auxiliou na elaboração desta obra e participou na discussão de assuntos contro­
versos; ele se mostrou um apaixonado pela matéria, como eu.
Não posso deixar de agradecer aos meus alunos, que me encorajaram na
confecção deste trabalho.
E por fim, aos amigos Carlos Robson e Luis Gustavo, que sempre acredi­
taram na realização desta obra e no sucesso vindouro.
O autor

V
Apresentação

Como professor e atuante na área, tenho freqüentemente percebido dificul­


dades na compreensão da legislação de trânsito, ainda agravadas pelas constantes
mudanças nas regulamentações de seus dispositivos.
Por isso, há algum tempo venho organizando um material adequado para
desenvolver uma obra de amplo escopo: providenciar auxílio aos estudantes de
legislação de trânsito, em especial aos candidatos a cargos públicos.
Este material visa basicamente a apresentar as noções fundamentais da
legislação de trânsito àqueles que se preparam para concursos públicos em que
a presente matéria é parte integrante do programa.
Procurei não fugir do enfoque dado pelas bancas à disciplina. Desta forma,
em inúmeras passagens desprezei o aspecto científico, para que o conteúdo fosse
mais facilmente apreendido pelo candidato.
As provas resolvidas integram questões de vários concursos públicos
realizados, os quais expressam as diversas filosofias adotadas pelas bancas mais
conhecidas, tais como Cespe/UnB, FCC, Esaf etc.
Sendo uma legislação relativamente nova, encontram-se na doutrina uma
série de lacunas, as quais procurei suprir empregando o conhecimento auferido
em salas de aula como professor, bem como na atividade de fiscalização e na
participação como membro da Comissão de Análise de Defesa de Autuação da
Polícia Rodoviária Federal.
Por fim, estimo que todos obtenham a partir desta obra o resultado espe­
rado, desejando sucesso em suas empreitadas.

Leandro Macedo

Vi!
Lista de abreviaturas utilizadas

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas


ACC - Autorização para Conduzir Ciclomotor
ANTP - Associação Nacional de Transportes Públicos
ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres
APEX - Autorização Provisória Experimental
Art. - Artigo
Arts. - Artigos
CAT - Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito
CETRAN - Conselho Estadual de Trânsito
CF - Constituição Federal
CFC ~ Centro de Formação de Condutores
CNH - Carteira Nacional de Habilitação
CONAMA ~ Conselho Nacional de Meio Ambiente
CONMETRO » Conselho Nacíonai de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industriai
CONTRAN - Conselho Nacíonai de Trânsito
CONTRADIFE - Conselho de Trânsito do Distrito Federal
CRLV ~ Certificado de Registro e Licenciamento do Veiculo
CRV - Certificado de'Regístro de Veículos
CSV - Certificado de Segurança Veicular
CTB - Código de Trânsito Brasileiro
Dec. - Decreto
DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito
DETRAN - Departamento de Trânsito
DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte
DPVAT - Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Auto­
motores de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou não
FUNSET - Fundo Nacíonai de Segurança e Educação de Trânsito
INMETRO - Instituto Nacíonai de Metrologia, Normalização e Qualidade In ­
dustrial
IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
ITL - Instituição Técnica Licenciada
JARI - Juntas Administrativas de Recursos de Infrações
LADV - Licença para Aprendizagem de Direção Veicular
MI - Ministério da Justiça
RENACH - Registro Nacíonai de Condutores Habilitados
RENACOM - Registro Nacional de Cobrança de Muitas
RENAINF - Registro Nacional de Infrações de Trânsito
RENAVAN - Registro Nacional de Veículos Automotores
RENFOR - Rede Nacional de Formação e Habilitação de Condutores
Res. - Resolução ;
SINET - Sistema Nacional de Estatísticas de Trânsito
SNT - Sistema Nacional de Trânsito
Sumário

ob Prova 01 - Agente de trânsito/Prefeítura de Vila Velha/Cespe-UnB/2008......... 1


Prova 02 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008................................. 11
$ ,, Prova 03 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRF da
4a Região/FCC/2007...................................................................... 49
Oh Prova 04 - Técnico Judiciário/Área: Segurança eTransporte/TRT da
2aRegião/FCC/2007...................................................................... 61
Oi' Prova 05 - Técnico de Apoio Especializado/Área: Transporte/
MPU/FCC/2007........................................ ‘ ............................... 71
$ f/i Prova 06 ~ Motorista/Prefeitura Municipal de Vitória/Cespe-UnB/2007....79
fQ Prova 07 - Guarda Municipal de Aracaju-SE/Cespe-UnB/2007................... 93
q Prova 08 ~ Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRF da
Ia Região/FCC/2006......................................................................99
0({ Prova 09 - Procurador Autárquico/Detran-PA/Cespe-UnB/2006............. 105
0K Prova 10 - Oficial de Transporte/TJ-RS/Officium/2006............................ 111
0 K Prova 11 - Motorista/Detran-PA/Cespe-UnB/2006................................. 119
Prova 12 ~ Agente de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Olinda-PE/
Upnet/2006............................................................................... 143
Prova 13 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRT-DF/Cespe-UnB/2005......................................................... 161
Q K Prova 14 ~ Sargento da Polícia Militar-DF/Cespe-UnB/2005..................... 165
0t\ Prova 15 - Corpo de Bombeiros da Polícia Militar-DF/Cespe-UnB/2005.2 .. 169
0 t( Prova 16 - Corpo de Bombeiros da Polícia Militar-DF/Cespe-UnB/2005.1 .. 173
0 /[ Prova 17 - Agente de Transporte e Trânsito/Prefeitura de Nova
Iguaçu-RJ/Cesgranrío/2005 ........ .............................................. 177
ôt\ Prova 18 - Técnico Judiciário/Área: Transporte/TRT-PR/FCC/2004........ 183
0K Prova 19 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRT-SP/FCC/2004................................................................... 191
§ Prova 20 - Técnico fudiciário/Área: Segurança e Transporte/
STM/Cespe-UnB/2004............................................................. 201
Qv Prova 21 - Técnico em Transportes/MPU/Esaf/2004................................205
Qlj- Prova 22 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2004............................. 211

Xi
.5

Prova 23 - Técnico judiciáno/Área: Transporte/TRE-RS/ i


Cespe-UnB/2003 ..........................................................................239 |
' ' Prova 24 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/ 'i
TRT-RN/FCC/2003................................................................... 245
U Prova 25 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRT-MS/FCC/2003 ....................................................................249
O-,' Prova 26 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRT-BÀ/FCC/2003 ................................... -............ ................ 257
■í Prova 27 - Técnico }udiciáriò/Área: Segurança e Transporte/ TRF da
5* Região/FCC/2003............................... .....................................263
: Prova 28 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TJ-DF/Cespe-UnB/2003 ....................................................... . 269
' Prova 29 - Técnico em Transportes/BHTRANS/Fumarc/2003 .....................275
Prova 30 ~ Sargentos Combatentes da Polícia Militar-DF/
Cespe-UnB/2003.............................. ........................................... 285
0 [\ Prova 31 - Curso de Formação de Cabos da Policia Militar-DF/
Cespe-UnB/2003.......................................................................... 291
0 j< Prova 32 - Agente de Trânsito-DF/Cespe-UnB/2003.................................... 297
0 ;í Prova 33 - Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte/Prefeitura
de Salvador-BA/Senasp/2003 ..................................................... 307
0 ;: Prova 34 - Técraco Tudiciário/Área: Segurança e Transporte/TRE-PI/
FCC/2002............................................ ........................................329
0 !\ Prova 35 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002.............................. 345
Prova 36 - Especialista em Transporte/Prefeitura de Araçatuba-SP/
FGV-SP/2002 ..............................................................................383
( ; Prova 37 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRF da
IaRegião/FCC/2001 .................................................................... 385
: ] Prova 38 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRF da
4aRegião/FCC/2000.................................................................... 395
(J K Prova 39 ~ Técnico Judiciáno/Area: Segurança e Transporte/TRF da
2aRegião/Coppe/1999...................................................................401
|]/■
•■

■Prova 40 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TJ-DF/
Cespe-UnB/1997 .........................................................................407

XI!
Prova 01
Agente de trânsito/Prefeitura de Vila Velha/
Cespe-UnB/2008

Acerca dos veículos destinados à prestação de socorro em incêndio e salva­


mento, julgue os Itens a seguir.

558- Os veículos mencionados, quando precedidos de batedores, têm prio­


ridade de passagem, mesmo que as demais normas de circulação sejam
desrespeitadas.

A questão está errada, uma vez que, na prioridade de passagem, não é


possível desrespeitar as normas de circulação. Quanto à possibilidade
de desrespeitar as normas de trânsito, esta só ocorre naqueles veículos
que gozam de prioridade de trânsito, ou seja, os veículos de emergên­
cia, quando necessitam de brevidade no atendimento, e devidamente
identificados.

559- Se os dispositivos de alerta (luzes e sirene) do veiculo de socorro esti­


verem acionados, o agente de trânsito presente no local deve colaborar
para que os demais condutores deixem faixas de rolamento livres para
a passagem desse veiculo.

A questão está correta, uma vez que o examinador descreveu o artigo 29,
VII, a do CTB: “quando os dispositivos estiverem acionados, indicando
a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a
passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se
necessário.” Sendo assim, um agente de trânsito que esteja no local deve
contribuir para que o disposto seja aplicado.

560“ Em situação de incêndio e salvamento, o agente de trânsito deve orien­


tar os pedestres a atravessarem rapidamente a via em que se deu a
ocorrência, para deixá-la livre para a passagem do veiculo de socorro.

Nesta questão o enfoque foi o artigo 29, VII, b do CTB, que nos informa
que os pedestres devem aguardar a passagem dos veículos de emergência
na calçada: “os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro, deverão aguardar
no passeio, só atravessando a via quando o veiculo já tiver passado peto
local”. Questão errada.

1
Provas Comentadas

561- Em qualquer situação, os veículos de socorro devem manter aciona­


dos, quando em curso pelas vias,-os dispositivos de iluminação verme­
lha intermitente, podendo o alarme sonoro ficar desligado.

À questão contraria o disposto no artigo 29, VIL c do CTB, que nos dá a


segumte redação: “o uso de dispositivos de alarme sonoro e de ilumina­
ção vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação
de serviço de urgência”

562- O condutor dos veículos em questão, quando tiver de passar por cruza­
mentos, deve fazê-lo na velocidade em que estava, por ter prioridade de
passagem e para não retardar a prestação do serviço de emergência.

A questão contraria o disposto no artigo 29, VII, d do CTB, que nos dá


segumte redação: “a prioridade de passagem na vía e no cruzamento de­
verá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segu­
rança, obedecidas as demais normas deste Código.”

No que se refere ao uso das luzes e da buzina pelos condutores de veículos em


trânsito, julgue os próximos itens.

563- A troca de luz baixa por luz alta de forma intermitente pode ser usada
para advertir, de eventuais riscos à segurança, os condutores dos veí­
culos que circulam em sentido contrário.

A questão está de acordo com o artigo 40, III, que nos dá a seguinte in­
formação: “a troca de iuz baixa e alta, de forma intermitente e por curto
período de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só pode­
rá ser utilizada para indicar a intenção de ultrapassar o veiculo que segue
à frente ou para indicar a existência de risco à segurança para os veículos
que circulam no sentido contrário.”

564- Quando o veículo estiver imobilizado ou circulando em situação de


emergência, o condutor deve manter o pisca-alerta acionado.

A questão está de acordo com o artigo 40, V do CTB que nos dá a se­
guinte informação: “o condutor utilizara o pisca-alerta nas seguintes si­
tuações: em imobiiizações ou situações de emergência e quando a regu­
lamentação da via assim o determinar ”

Leandro Macedo 2
Prova 01 - Agente de trânsito/Prefeitura de Vila Velha/Cespe*UnB/2008

565- Os condutores de veículos de transporte coletivo que trafegam em faixa


exclusiva estão dispensados de utilizar o farol de luz baixa durante o dia.

A questão está em desacordo com o artigo 40, parágrafo único do CTB,


que nos dá a seguinte informação: "os veículos de transporte coletivo re­
gular de passageiros, quando circularem em faixas próprias a eles desti­
nadas, e os ciclos motorizados deverão utilizar-se de faroi de luz baixa
durante o dia e a noite.”

566- Os condutores de veículos de carga que estão parados para fins de des­
carga dé mercadoria devem manter acesas as luzes de posição.

A questão está em desacordo com o artigo 40, VII do CTB, que nos dá
a seguinte informação: “o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de
posição quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou de­
sembarque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias ” Assim,
verificamos que a exigência por manter a luz de posição acesa só ocorre
á noite.

567- Para evitar acidentes, a buzina deve ser acionada de forma contínua
peío condutor do veículo, como sinal de advertência.

A questão está em desacordo com o artigo 41 do CTB, que nos dá a se­


guinte informação:" o condutor de veicuio só poderá fazer uso de buzina,
desde que em toque breve, nas seguintes situações: I -para fazer as adver­
tências necessárias a fim de evitar acidentes; II -fora das áreas urbanas,
quando for conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito
de ultrapassá-lo”. Então, percebemos que não existe situação prevista que
permita ao condutor acionar a buzina de forma continua.

Ao observar o comportamento dos condutores de motocicletas, motonetas,


ciclomotores e bicicletas, o agente de trânsito.deve procurar assegurar que as
recomendações do Código de Trânsito. Brasileiro (CTB) relativas à condução
desses meios de transporte estejam sendo seguidas. A respeito das recomen­
dações do CTB para esses veículos, iulgue os seguintes itens.
568- Tanto o condutor quanto o passageiro dos veículos mencionados de­
vem usar vestuário de proteção, conforme as especificações do Conse­
lho Nacíonai de Trânsito (CONTRAN),

A questão é reprodução do artigo 54, III do CTB, e portanto está correta.

3 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

569- Nas situações de trânsito lento, e estando o condutor de capacete, o


passageiro desobriga-se de utilizá-lo,

A questão está em desacordo com o artigo 55,1 do CTB, que nos dá a se­
guinte informação: “os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomo-
tores só poderão ser transportados: I -utilizando capacete de segurança”,
Assim, percebemos que não existe nenhum caso em que o capacete pode
ser dispensado, conforme afirma a questão.

570- Os ciclomotores devem circular á direita da pista de rolamento, sendo


vedado o uso desses vpículos nas vias de trânsito rápido.

A questão está de acordo com o artigo 57 do CTB, que nos dá a segumte


informação: “os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da pista
de rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais á direita ou no
bordo direito da pista sempre que não houver acostamento ou faixa pró­
pria a eles destinada, proibida a sua circulação nas vias de trânsito rápido
e sobre as calçadas das vias urbanas.
Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais faixas de
trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo de outro tipo de vei­
culo, os ciclomotores deverão circular pela faixa adjacente à da direita.”

571- Nesses veículos, segundo o CTB, o passageiro deve ser transportado em


assento suplementar, atrás do condutor, ou em carro lateral acoplado.

A questão está de acordo com o artigo 55, II do CTB.

572- As bicicletas podem circular no sentido contrário ao fluxo dos veículos


automotores desde que autorizadas pela autoridade de trânsito com
circunscríção sobre a via e desde que ela seja dotada de ciclofaixa.

A questão está de acordo com o artigo 58, parágrafo único do CTB,


que nos dá a seguinte informação: “nas vias urbanas e nas rurais de pis­
ta dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver
ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a uti­
lização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de
circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veiculos
automotores.
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscríção sobre a via
poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo
dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa.”

Leandro Macedo 4
Prova 01 - Agente de trânsito/Prefeitura de Vila Veiha/Cespe-UnB/2008

O agente de trânsito deve estar capacitado para aplicar multas quando ob­
servar situações descritas peio CTB como sendo gravíssimas. Será conside­
rada uma infração gravíssima quando o condutor

573- dirigir o veiculo sem possuir a Carteira Nacional de Habilitação ou


entregá-lo a uma pessoa nessa condição.

Veja artigo 162,1.

574- dirigir sem usar lentes corretoras de visão, caso lhe tenham sido im ­
postas na concessão ou renovação da licença para conduzir.

Veja artigo 162, VI do CTB.

575- deixar de adotar providências para remover do local o próprio veículo


envolvido em acidente sem vítima.

Veja artigo 178 do CTB.

576- estacionar o veiculo no passeio ou sobre ilhas e refúgios ou sobre divi­


sores de pista de rolamento ou gramados.

Veja artigo 181, V III do CTB.

577- ultrapassar pela contramão outros veículos nas pontes, viadutos ou


túneis.

Veja artigo 203, III do CTB.

A respeito das responsabilidades e das penalidades atribuídas aos envolvi­


dos em situações de desrespeito às leis de trânsito, julgue os itens que se se­
guem.

578- Ao condutor caberão as responsabilidades decorrentes da conservação


do veiculo.

A questão está em desacordo com o artigo 257, § 3° do CTB, que nos dá a


segumte informação: “ao condutor caberá a responsabilidade pelas infra­
ções decorrentes de atos praticados na direção do veículo”. Desta forma,
cabe destacar que e responsabilidade ora mencionada é do proprietário
do veiculo.

5 Legislaçao de Trânsito
Provas Comentadas

579- O embarcador e o proprietário são responsáveis pela infração relativa ao


transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no peso bruto total.

No que se refere à responsabilidade nas infrações de excesso de peso, ora


ela é do transportador, ora é do embarcador, ora é de ambos de forma so­
lidária, nunca do proprietário. Veja abaixo a redação da resolução 108/99
do CONTRAN:
“Art. IoFica estabelecido que o proprietário do veículo será sempre respon­
sável pelo pagamento da penalidade de multa, independente da infração
cometida, até mesmo quando o condutor for indicado como condutor-in-
frator nos termos da lei,'não devendo ser registrado ou licenciado o veículo
sem que o seu proprietário efetue o pagamento do débito de multas, ex-
cetuando-se as infrações resultantes de excesso de peso que obedecem ao
determinado no art. 257 e parágrafos do Código de Trânsito Brasileiro

580- O transportador é responsável pela infração relativa ao transporte de


carga com excesso de peso, quando a carga for proveniente de mais de
um embarcador.

A questão está de acordo com o artigo 257, § 5o do CTB: "o transportador


é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso
de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de mais de um embar­
cador ultrapassar o peso bruto total.”

581- O transportador é responsável pela infração de excesso de peso bru­


to total declarado em fatura com valor acima do limite legal, ficando
isento da respectiva penalidade o embarcador.

Nesta questão temos descrita a situação de responsabilidade solidária do


embarcador e do transportador, uma vez que ambos concorreram para
o cometimento da infração, e portanto a questão está incorreta. Veja a
redação do artigo 257, § 6o, que confirma nossa explanação: “o trans­
portador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela mfração
relativa ao excesso de peso bruto total, se o peso declarado na nota fiscal,
fatura ou manifesto for superior ao limite legal.”

582- Em caso de infração, não sendo imediata a identificação do infrator,


o proprietário do veiculo, principalmente se for pessoa jurídica, será
responsabilizado por essa infração.

A questão contraria o artigo 257, § 7o do CTB, que nos informa que nas
infrações com abordagem o infrator é identificado imediatamente, e nas

Leandro Macedo 6
Prova 01 - Agente de trânsito/Prefeitura de Viia Velha/Cespe-UnB/2008

infrações em que não ocorre a abordagem do veícuio o proprietário tem


15 dias de prazo para indicar o real infrator. Veja a redação abaixo:
“Art 257, § 7°. Não sendo imediata a identificação do infrator, o proprie­
tário do veiculo terá quinze dias de prazo, após a notificação da autuação,
para apresentá-ío, na forma em que dispuser o CONTRAN, ao fim do
qual, não o fazendo, será considerado responsávei pela infração.”

583- Se o veiculo utilizado em uma infração for de propriedade de pessoa


jurídica e o infrator não for identificado após o prazo legal previsto
para essa identificação, o valor da multa aplicada ao proprietário do
veículo será multiplicado pelo número de infrações iguais cometidas
no período de doze meses.

Trata-se da reprodução do artigo 257, § 8°do CTB, que foi regulamentado


pela resolução 151/03 do CONTRAN.

Considerando as disposições existentes com relação à sinalização vertical


nas vias de rolamento, julgue os itens a seguir.

584- A sinalização de regulamentação informa proibições, obrigações e


restrições no uso das vias, e seu desrespeito constitui infração.

Reprodução do item 1.1 da resolução 160/04 do CONTRAN.

585- A sinalização de advertência, cuja finalidade é alertar os usuários para


condições de potencial perigo, apresenta-se com fundo branco e letras
vermelhas.

A questão está em desacordo com o estabelecido no item 1.2.1, que nos


dá a seguinte informação: “a forma padrão dos sinais de advertência é
quadrada, devendo uma das diagonais ficar na posição vertical. A sinali­
zação de advertência estão associadas as cores amarela e preta.”
Constituem exceções:
•quanto á cor:
- o sinai A-24 - Obras, que possui fundo e orla externa na cor laranja;
-o sinal A-14 - Semáforo à Frente, que possui símbolo nas cores preta,
vermelha, amarela e verde;
- todos os sinais que, quando utilizados na sinalização de obras, pos­
suem fundo na cor laranja.
■quanto â forma:
-os sinais A-26a - Sentido Único;
-A-26b - Sentido Duplo;
-A-41 - Cruz de Santo André.

7 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

586- A tarja vermelha na sinalização de regulamentação indica máxima


restrição.

Veja a informação que a resolução 160/04 nos dá a respeito da sinalização


de regulamentação:

587- As placas de indicação, por sua finalidade de ajuda ao correto posi­


cionamento do condutor ao longo do trajeto, devem ser apresentadas
apenas na forma retangular para facilitar a leitura.

Embora a sinalização de indicação tenha por finalidade identificar as


vias e os locais de interesse e orientar condutores de veículos quanto aos
percursos, destinos, distâncias e serviços auxiliares, podendo também
ter como função a educação do usuário, não há a exigência de que seu
formato seja retangular.

588- As placas de identificação de atrativos turísticos são de fundo mar­


rom, com legendas brancas, podendo conter pictogramas.

Veja item 1.3.5 da resolução 160/04 do CONTRAN.

Acerca dos gestos e sinais que um agente ou autoridade de trânsito utiliza na


comunicação com os condutores de veículos, julgue os itens que se seguem.

588- Se o agente de trânsito se posiciona com o braço levantado vertical­


mente, com a palma da mão para a frente, os condutores estão sendo
orientados a dim inuir a marcha.

Quando o agente de trânsito se posiciona com o braço levantado vertical­


mente e com a palma da mão para a frente, representa uma ordem de parada
obrigatória pra todos os veículos, exceto para os que estejam na interseção.

590- O braço estendido horizontalmente com a palma da mão para a fren­


te indica a necessidade de parada para todos os veículos que venham

Leandro Macedo 8
Prova 01 - Agente de trãnsito/Prefertura de Vila Velha/Cespe-UnB/2008

de direções que cortem ortogonalmente a direção indicada pelo bra­


ço estendido.

Trata-se da reprodução do item 6, a da resolução 160/04 do CONTRÀN.

591- O braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para baixo,


fazendo movimentos verticais, indica ordem de parada para todos os
veículos.

O braço estendido horizontalmente, com a paíma da mão para baixo e fa­


zendo movimentos verticais mdica uma ordem de diminuição de marcha.

592- Um agente de trânsito que emite um silvo longo seguido de um breve


está indicando para um condutor que este deve parar seu veiculo.
Ordem de parada de veículo são dois silvos breves.

Sinais Significado Emprego


liberar o trânsito em direção /
um silvo breve siga
sentido indicado pelo agente.
dois silvos breves pare indicar parada obrigatória.
quando for necessário,
um silvo longo diminuir a marcha fazer dimmuír a marcha
dos veículos.

593- Os sinais sonoros, por sí mesmos, asseguram a atenção dos conduto­


res, dispensando, portanto, a utilização de outros sinais, como, por
exemplo, gestos.
Os sinais sonoros somente devem ser utilizados em conjunto com os ges­
tos dos agentes, ao contrário do que afirma a questão.

Ao abordar Combinações para Transporte de Veículos (CTVs), é função do


agente de trânsito verificar se
594- a altura das CTVs que transportam outros veículos não ultrapassa
quatro metros e setenta centímetros.

Entende-se por “combinação para o transporte de veículos” o veiculo ou


combinação de veículos construídos ou adaptados especialmente para o
transporte de automóveis, vans, ônibus, caminhões e similares, o que está
regulamentado na resolução 274/07 do CONTRAN. A altura de 4,70m é
objeto de verificação, uma vez que após esse valor, a critério da autorida­
de com circunscríção sobre a via, poderá ser exigida a AET.

9 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

595- as CTVs em trânsito noturno nas vias de pista dupla têm comprimento
de até vinte e dois metros e quarenta centímetros.

O limite de comprimento das CTVs é de 22,40m, mas o trânsito notur­


no somente é liberado para CTVs de até 19,80m. Porém, em vias com
pista dupla e duplo sentido de circulação, dotadas de separadores físicos,
que possuam duas ou mais faixas de circulação no mesmo sentido, será
admitido o trânsito noturno nas Combinações que apresentem compri­
mento de até 22,40m. Em trechos rodoviários de pista simples também
,, .será permitido o trânsito noturno, quando vazio ou com carga apenas na
plataforma inferior, devidamente ancorada e ativada toda a sinalização
;:j do. equipamento transportador.

596- foram instaladas placas ou lanternas laterais distantes três metros en­
tre si nas CTVs de comprimento superior a dezenove metros e oitenta
' centímetros.

' As CTVs acima de 19,80m devem contar com sinalização especial em sua
traseira, na forma do Anexo III para Combinações com comprimento
superior a 19,80m e estar providas de lanternas laterais, colocadas em
intervalos regulares de no máximo 3,00m entre si, que permitam a sinali­
zação do comprimento total do conjunto. Perceba que embora o gabarito
oficiai esteja certo, não existe a previsão de placas a cada três metros, mas
somente lanternas.

597- as CTVs obedecem aos limites legais de peso estabelecidos pelo CON­
TRAN.

As CTVs, assim como qualquer veiculo, devem obedecer aos limites de peso
estabelecidos pelo CONTRAN, conforme os artigos 99 e 100 do CTB.

Gabarito

558-E 565-E 572-C 579-E 586-E 593-E


559-C 566-E 573-C 580-C 587-E 594-C
560-E 567-E 574-C 58I-E 588-C 595-C
561-E 568-C 575-E 582-E 589-E 596-C
562-E 569-E 576-E 583-C 590-C 597-C
563-C 570-C 577-C 584-C 591-E
564-C 571-C 578-E 585-E 592-E

Leandro Macedo 10
Prova 02
Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

598- Em um posto de fiscalização em rodovia federal, um PRF parou um


veiculo que transportava carga e pediu ao condutor o documento para
comprovação da propriedade e licenciamento do veículo, ao que este
informou que não possuía tal documento, pois o veiculo era novo. In ­
formou, ainda, que o veículo pertencia a uma pessoa jurídica. Diante
dessa situação, assinale a opção correta.
a) O transporte de carga em veículo novo, antes do registro e licencia­
mento, só é permitido se o veiculo tiver sido adquirido por pessoa
física e mediante autorização especial.
b) O PRF deve verificar se o condutor porta a nota fiscal de compra
e venda do veículo ou documento alfandegário, no caso de veiculo
importado,
c) A permissão para o transporte de cargas e pessoas em veículos no­
vos, antes do registro e licenciamento, não se estende aos veículos
inacabados (chassis), razão pela qual, se o condutor estivesse em tal
situação, deveria ocorrer a apreensão imediata.
d) Se o veículo estivesse transportando carga, o PRF deveria se certi­
ficar de que a autorização especial indispensável fora impressa em
duas vias; que a primeira via estava colada no vidro dianteiro do
veiculo e que a segunda estava arquivada no escritório da pessoa
jurídica proprietária do veículo.
e) O condutor, por dirigir veículo que não esteja registrado e devida­
mente licenciado, pratica infração leve, mas está sujeito ás penali­
dades de multa e apreensão, além da remoção do veículo.

Perceba que o artigo Io da resolução 04/98 do CONTRAN faz menção ao


transporte de pessoas e cargas antes do registro e licenciamento, sendo
possível tanto para veículos pertencentes à pessoa física como jurídica,
desde que portem autorização especial Vamos analisar cada uma das al­
ternativas.
a) Encontra-se errada, pois o veículo pode pertencer tanto a pessoa fí­
sica quanto jurídica, para efeito de ser aplicada a excepcíonalidade de
transitar sem placa.

11
Provas Comentadas

b) Encontra-se errada, embora o gabarito oficiai preliminar tenha consi­


derado a resposta certa, pois somente é possível transportar carga ou
pessoas portando autorização especial, nunca nota fiscal. Esta somen­
te é possível em veículos acaÜados e descarregados, conforme o artigo
4o da referida resolução.
c) Encontra-se errada, poís a permissão estende-se aos veículos inacaba­
dos (chassis), do pátio do fabricante ou do concessionário até o local
da indústria encarroçadora.
d) Encontra-se errada, uma vez que a autorização especial será impressa
em (3) três vias, dag quais a primeira e a segunda serão coladas, res­
pectivamente, no vidro dianteiro (pára-brisa), e no vidro traseiro, e a
terceira será arquivada na repartição de trânsito expedidora. E mais,
a “autorização especial” válida apenas para o deslocamento ao muni­
cípio de destino será expedida para o veículo que portar os Equipa­
mentos Obrigatórios previstos pelo CONTRAN (adequado ao típo de
veiculo), com base na Nota Fiscal de Compra e Venda; com validade
de (15) quinze dias transcorridos da data da emissão, prorrogável por
igual período por motivo de força maior.
e) Encontra-se errada, pois veiculo sem registro e licenciamento é infra­
ção de natureza gravíssima, com fulcro no artigo 230, V.

599- Os itens obrigatórios para os ônibus elétricos em circulação incluem


a) protetores das rodas dianteiras.
b) palas internas de proteção contra a luz solar (pára-sol) para os pas­
sageiros.
c) retrorrefletores (catadióptricos) traseiros, de cor vermelha.
d) lanterna de iluminação de placa traseira de cor branca.
e) luzes de posição dianteiras (faroletes) de cor branca ou azul.

Para circular em vias públicas, os veículos deverão estar dotados dos equi­
pamentos obrigatórios regulamentados pelo CONTRAN, a serem consta­
tados pela fiscalização, e em condições de funcionamento. O CONTRAN,
em sua resolução 14/98, estabeleceu os seguintes equipamentos obrigató­
rios para veículos automotores e ônibus elétrico:
1) pára-choques dianteiro e traseiro;
2) protetores das rodas traseiras dos caminhões;
3) espelhos retrovisores interno e externo;
4) limpador de pára-brisa;
5) lavador de pára-brisa;
6) pala interna de proteção contra o sol (pára-sol) para o condutor;

Leandro Macedo 12
Prova 02 - Polícia Rodoviária FederaI/Cespe-UnB/2008

7} faróis principais dianteiros de cor branca ou amarela;


8) luzes de posição dianteiras (faroíetes) de cor branca ou amarela;
9) lanternas de posição traseiras de cor vermelha;
10) lanternas de freio de cor vermelha;
11) lanternas indicadoras de direção: dianteiras de cor âmbar e traseiras
de cor âmbar ou vermelha;
12) lanterna de marcha à ré de cor branca;
13} retrorrefletores (catadióptrico) traseiros de cor vermelha;
14) lanterna de iluminação da placa traseira de cor branca;
15) velocímetro;
16) buzina;
17) freios de estacionamento e de serviço com comandos independentes;
18) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
19) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de emergência, inde­
pendente do sistema de iluminação do veiculo;
20) extintor de incêndio;
21) registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, nos ve­
ículos de transporte e condução de escolares, nos de transporte de
passageiros com mais de dez lugares e nos de carga com capacidade
máxima de tração superior a 19t;
22) cinto de segurança para todos os ocupantes do veiculo;
23) dispositivo destinado ao controle de ruido do motor, naqueles dotados
de motor à combustão;
24) roda sobressalente compreendendo o aro e o pneu, com ou sem câma­
ra de ar, conforme o caso;
25} macaco, compatível com o peso e a carga do veiculo;
26) chave de roda;
27) chave de fenda ou outra ferramenta apropriada para a remoção de ca­
lotas;
28) lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos veículos de carga,
quando suas dimensões assim o exigirem;
29) cinto de segurança para a árvore de transmissão em veículos de trans­
porte coletivo e carga.
De posse destas informações, vamos analisar cada uma das alternativas:
a) Errada. Os caminhões necessitam de protetores das rodas traseiras.
b) Errada. Paia interna de proteção contra o sol é exigida somente para
os condutores.
c) Errada, embora o gabarito preliminar tenha considerado esta a res­
posta, pois catadióptrico é exigido apenas para veículos fabricados a
partir de Io de janeiro de 1990, conforme artigo 2, II da resolução 14.

13 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

d) Certo, veia item 14 acima.


e) Errada, pois as luzes de posição dianteiras (faroletes) são de cor branca
ou amarela.

600- A Resolução n° 32/1998 do CONTRAN aprovou modelos de placa para


veículos de representação de diversas autoridades. Acerca dessas pla­
cas, assinale opção correta.
a) Os prefeitos municipais podem determinar os modelos de placas de
veículos oficiais utilizados por ele e sua equipe, o que se explica pelo
princípio da separação dos poderes.
b) Os modelos de placas dos veículos oficiais de representação de go­
vernador de estado ou do DF serão, necessariamente, diferentes dos
modelos de seus vices.
c) Os modelos de placas de representação para veículos oficiais dos
ministros dos tribunais serão utilizados mediante solicitação dos
presidentes dessas cortes.
d) Nos veículos oficiais utilizados por prefeitos municipais, as placas
terão fundo Yermellio e letras e números em branco, sendo opcio­
nal o emblema da unidade federativa.
e) A resolução mencionada permite que as dimensões das placas de
veiculo oficial sejam livremente escolhidas pela autoridade que uti­
lizará o veiculo.

A questão se refere á resolução 32/98 do CONTRAN, que estabelece mo-


delos de placas para veículos de representação, de acordo com o art. 115, §
3o do Código de Trânsito Brasileiro, nos padrões e modelos estabelecidos
pelo CONTRAN.
Sendo assim, os veículos de representação dos Presidentes dos Tribunais
Federais, dos Governadores. Prefeitos, Secretários Estaduais e Munici­
pais, dos Presidentes das Assembléias Legislativas e das Câmaras Mu­
nicipais, dos Presidentes dos Tribunais Estaduais e do Distrito Federal e
do respectivo chefe do Ministério Público terão placas de fundo preto e
caracteres cinza metálico:
Vamos á análise das alternativas:
a) Errado, pois os modelos das placas são determinados pelo CONTRAN.
b) Errado, pois poderão ser utilizados os mesmos modelos de placas
para os veículos oficiais dos Vice-Governadores e dos Vice-Prefeítos,
assim como para os Ministros dos Tribunais Federais, Senadores e
Deputados, mediante solicitação dos Presidentes de suas respectivas
instituições.

Leandro Macedo 14
Prova 02 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

c) Errado, somente dos tribunais Federais, embora o gabarito preliminar


tenha considerado a questão correta.
d) Errado, terão placas de fundo preto e caracteres cinza metálico.
e) Errado, pois os modelos das placas são determinados pelo CONTRAN.

601- Um veículo parado no leito da via pode atrapalhar o fluxo de veículos,


além de possibilitar a ocorrência de acidentes. Por esse e outros moti­
vos, o CTB prescreve as providências a serem tomadas para a imediata
sinalização de advertência, como estabelecida pelo CONTRAN. Acer­
ca dessas providências, assinale a opção correta.
a) A imobilização de veículo no leito viário, em situação de emergên­
cia, deverá ser sinalizada imediatamente, podendo o veiculo, bem
sinalizado, permanecer na via por, no máximo, uma hora.
b) Na condição citada, o condutor deverá acionar de imediato as luzes de
advertência (pisca-alerta) e colocar o triângulo de sinalização, ou equi­
pamento similar, preso junto ao pára-choque traseiro do veiculo.
c) Na situação considerada, o equipamento de sinalização de emer­
gência deverá ser instalado perpendicularmente ao eixo da via e em
condição de boa visibilidade.
d) Na ausência do triângulo de segurança, a resolução referida indica
a utilização de galhos vegetais para sinalização do veículo imobili­
zado no leito da via, já que ambos os dispositivos cumprem formal­
mente o mesmo objetivo.
e) Ônibus ou caminhões imobilizados temporariamente no leito
viário devem nsar pelo menos dois triângulos para sinalização
dos veículos.

A questão se refere á resolução 36/98 do CONTRAN, que estabelece a


forma de sinalização de advertência para os veículos que, em situação de
emergência, estiverem imobilizados no leito viário, conforme o art. 46 do
Código de Trânsito Brasileiro, que nos dá as seguintes informações:
1) O condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-
alerta) providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou equi­
pamento similar á distância mínima de 30 metros da parte traseira do
veiculo.
2) O equipamento de sinalização de emergência deverá ser instalado per­
pendicularmente ao eixo da via e em condição de boa visibilidade.
Com isso, a resposta correta seria a letra C.

15 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

602- Um caminhão que transportava carga perigosa foi abordado por um


PRF. Durante a abordagem, o PRF constatou irregularidade admi­
nistrativa que ensejava a apreensão do veiculo e seu recolhimento ao
depósito. Diante dessa situação, assinale a opção correta acerca dos
critérios para a realização da apreensão do veículo e seu recolhimento
ao depósito, conforme resolução do CONTRAN.
a) Cabe ao PRF emitir termo de apreensão do veiculo, que discrimina­
rá os equipamentos obrigatórios eventualmente ausentes, o estado
geral da lataria e da pintura, os danos causados por acidente-, se
for o caso, a identificação do proprietário e do condutor, quando
possível, e dados que permitam a precisa identificação do veículo. A
discriminação dos objetos que se encontrem no veículo é opcional.
b) O termo de apreensão do veiculo deve ser preenchido pelo PRF em
duas vias: a primeira via será entregue ao proprietário ou condutor
do veículo apreendido e a segunda, ao órgão ou entidade responsá­
vel pela custódia do veiculo.
c) Por ser documento do proprietário do veiculo, o PRF não deverá
recolher o CRLV.
d) Caso a penalidade aplicada ao abordado pelo PRF tenha sido apli­
cada em razão de infração para a qual seja prevista multa agravada
com fator multiplicador de três vezes, então o prazo da custódia
será de 21 a 30 dias.
e) Desde que o veiculo ofereça condições de segurança para circulação
em via pública, o PRF poderá dispensar sua retenção imediata.

Esta questão diz respeito à resolução 53/98 DO CONTRAN, que esta­


belece critérios em caso de apreensão de veículos e recolhimento aos
depósitos, conforme artigo 262 do Código de Trânsito Brasileiro. Sendo
assim, vamos analisar as alternativas:
a) Errada, pois é necessário especificar os objetos que estão no interior
do veículo.
b) Errada, pois o termo de apreensão deve ser preenchido em três vias,
sendo a primeira destinada ao proprietário ou condutor do veículo
apreendido; a segunda ao órgão ou entidade responsável pela cus­
tódia do veículo; e a terceira ao agente de trânsito responsável pela
apreensão.
c) Errada, pois sempre que um veiculo for apreendido, ele deve ser recolhi­
do o CRLV (trata-se de uma suspensão do licenciamento do veiculo). O
agente de trânsito recolherá o Certificado de Registro e Licenciamento

Leandro Macedo 16
Prova 02 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

de Veícuio (CRLV), contra entrega de recibo ao proprietário ou condu­


tor, ou informará, no Termo de Apreensão, o motivo pelo qual o mesmo
não foi recolhido.
d) Errada, pois o prazo de custódia ficou assim dividido:
I - de 01 (um) a 10 (dez) dias, para penalidade aplicada em razão de
infração para a quai não seja prevista multa agravada;
II - de 11 (onze) a 20 (vinte) dias, para penalidade aplicada em razão
de infração para a qual seja prevista multa agravada com fator multi­
plicador de três vezes;
III -de 21 (vinte e um) a 30 (trinta) dias, para penalidade aplicada em
razão de infração para a quai seja prevista multa agravada com fator
multiplicador de cinco vezes.
e) Certa, pois a não-retenção imediata só ocorre nos seguintes veículos;
veiculo transportando carga perigosa (está no enunciado) ou perecível
e de transporte coletivo de passageiros, desde que ofereça condições
de segurança para transitar na via pública.

603- Acerca do transporte de passageiros em veículos de carga, assinale a


opção incorreta.
a) O transporte de passageiros em veículos de carga, remunerado ou
não, poderá ser autorizado eventualmente e a título precário.
b) A autorização para transporte de passageiros em veículos de carga
não pode ser concedida para viagem cuja data ultrapasse a validade
do CRLV.
c) As migrações internas decorrentes de assentamento agrícola de
responsabilidade do governo e as viagens por motivos religiosos,
quando não houver condições de atendimento por transporte de
ônibus, são hipóteses tratadas como exceção para fins de transporte
de passageiros em veículos de carga.
d) São duas as condições mínimas para a concessão de autorização
para o transporte de pessoas em veículos de carga: carroceria, com
guardas altas em todo o seu perímetro, fabricadas em material de
boa qualidade e resistência estrutural, e cobertura com estrutura
em material de resistência adequada.
e) Para o transporte de passageiros em veículos de carga não poderão
ser utilizados os denominados basculantes e os boiadeiros.

A questão se refere à resolução 82/99 do CONTRAN, que dispõe sobre


a autorização, a titulo precário, para o transporte de passageiros em veí-

17 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

culos de carga. Sendo assim, vamos analisar cada uma das alternativas (o
examinador quer a resposta errada):
a) Certa. O transporte de passageiros em veículos de carga, remunerado
ou não, poderá ser autorizado eventualmente e a título precário, con­
forme o artigo Io da referida resolução.
b) Certa. O prazo da AET que possibilita o referido transporte, é, em
regra, de 01 ano, podendo em alguns casos ser dada por viagens e não
podendo ultrapassar o vencimento do CRLV, ou seja, a autorização de
transporte será concedida para uma ou mais viagens, desde que não
ultrapasse a validade do Certificado de Registro e Licenciamento do
Veicuio-CRLV, conforme o artigo 2, § Ioda referida resolução.
c) Certa. As migrações internas, desde que o veículo seja de proprieda­
de dos migrantes; as migrações internas decorrentes de assentamento
agrícolas de responsabilidade do Governo; as viagens por motivos re­
ligiosos, quando não houver condições de atendimento por transporte
de ônibus; transporte de pessoas vinculadas a obras e/ou empreendi­
mentos agroindustriais, enquanto durar a execução dessas obras ou
empreendimentos, e os de atendimento das necessidades de execução,
manutenção ou conservação de serviços oficiais de utilidade pública,
são tratados como exceção, uma vez que em regra esses transportes
só poderão ser efetuados ora dentro do mesmo estado ou entre mu­
nicípios limítrofes. Além disso, constitui exceção também quanto à
validade da AET, que em regra é de uma ano, e nestes casos poderão
ser dadas por viagens.
d) Errada. As condições do veiculo são:
I - bancos com encosto fixados na estrutura da carroceria;
II - carroceria, com guardas altas em todo o seu perímetro, em mate­
rial de boa qualidade e resistência estrutural;
III -cobertura com estrutura em material de resistência adequada;
e) Certa. Para o transporte de passageiros em veículos de carga não po­
derão ser utilizados os denominados “basculantes” e os “boíadeiros”,
conforme o artigo 6o da resolução 82/99.

604- Resolução do CONTRAN estabelece um calendário determinando os


prazos finais em que os veículos devem renovar o licenciamento anual.
A respeito desse assunto, assinale a opção correta.
a) O órgão executivo de trânsito de um município pode estabelecer
um calendário diverso do definido pelo CONTRAN, desde que não
haja um calendário definido pelo órgão executivo estadual.

Leandro Macedo 18
Prova 02 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

b) O órgão executivo de trânsito de um estado pode estabelecer um ca­


lendário diverso do definido pelo CONTRAN para a renovação do
licenciamento dos veículos registrados sob sua circunscríção, desde
que o prazo final para a renovação seja anterior a Io de julho.
c) Para efeito de autuação e aplicação de penalidades referentes à não-
renovação de licenciamento anual de veículos, quando o veiculo se
encontrar em unidade da Federação diferente daquela em que esti­
ver registrado, serão adotados os prazos estabelecidos pela resolu­
ção pertinente do CONTRAN,
d) De acordo com o referido calendário, o último dia de janeiro è o
prazo final para a renovação do licenciamento dos veículos cujas
placas de identificação terminem em 0 e 1.
e) De acordo com o referido calendário, o último dia de junho é o pra­
zo finai para a renovação do licenciamento dos veículos cujas placas
de identificação terminem em 6.

Esta questão diz respeito à resolução 110/00, que fixa o calendário para
renovação do Licenciamento Anual de Veículos. Sendo assim, vamos
analisar cada uma das alternativas:
a) Errada, uma vez que o licenciamento de veículos automotores é atri­
buição dos DETRANs.
b) Errada, pois os prazos limites adotados peios DETRANs são os da ta­
bela abaixo:
Algarismo final da piaca Prazo final para renovação
1 e2 Até setembro
3,4 e 5 Até outubro
6, 7 e 8 Até novembro
9e0 Até dezembro
c) Certa. As autoridades, órgãos, instituições e agentes de fiscalização de
trânsito e rodoviário em todo o território nacional, para efeito de au­
tuação e aplicação de penalidades, quando o veículo se encontrar fora
da unidade da federação em que estiver registrado, deverão adotar os
prazos estabelecidos na Resolução 110/00 do CONTRAN, conforme
seu artigo 2o,
d) Errada. Final 0: prazo final para licenciamento é 31 de dezembro, final
1: prazo finai para licenciamento é 30 de setembro.
e) Errada. Finai 6: prazo final para licenciamento e 30 de novembro.

19 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

605- A respeito dos dispositivos de segurança para prover melhores con­


dições de visibilidade diurna e noturna em veículos de transporte de
carga, assinale a opção correta.
a) Os veículos de transporte de carga com peso bruto total superior a
4.536 kg, fabricados a partir de 30/4/2001, somente poderão ser co­
mercializados quando possuírem dispositivo de segurança afixado
de acordo com as disposições da resolução do CONTRAN relativa
ao assunto.
b) O registro e o licenciamento de veiculo que esta obrigado a instalar
dispositivo de segurança destinado a prover melhores condições de
visibilidade podem ser realizados mesmo em caso de inobservância
das disposições regulamentares, desde que o proprietário se com­
prometa formalmente a realizar a instalação em, no máximo, 120
dias após a aquisição do veículo.
c) Os requisitos estabelecidos pelo CONTRAN acerca desse assunto, na
inspeção de segurança veicular, são itens de verificação opcional.
d) As exigências estabelecidas pelo CONTRAN para prover melhores
condições de visibilidade diurna e noturna em veículos de trans­
porte de carga estendem-se também aos veículos militares.
e) Sem os referidos dispositivos de segurança afixados, os veículos de
carga apenas podem circular no período matutino.

A questão concerne ás resoluções 128/01 e 132/02, ambas do CON­


TRAN, que estabelecem a obrigatoriedade de utilização de dispositivo
de segurança para prover melhores condições de visibilidade diurna e
noturna em veicuios de transporte de carga. Cabe ressaltar que veículos
de transporte de carga com Peso Bruto Totaí (PBT) superior a 4.536 Kg
fabricados a partir de 30 de abril de 2001 só poderão ser comercializados
quando possuírem os referidos dispositivos de segurança, sendo estas as
condições necessárias para registro e licenciamento. É evidente que os
veicuios militares ficam excluídos destas exigências pela peculiaridade de
seu emprego. Com base no exposto, a alternativa correta é a letra A.
Cabe ressaltar que os veículos de transporte de carga em circulação, com
Peso Bruto Total (PBT) superior a 4.536 Kg, fabricados até 29 de abril de
2001, só poderão ser registrados, licenciados e ter renovada sua licença
anual quando possuírem dispositivo de segurança, ou seja, hoje todos
os veicuios de carga com PBT acima de 4.536 Kg deverão possuir a faixa
refletiva, nos modelos regulamentos pelo CONTRAN.

Leandro Macedo 20
Prova 02 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

606- Assinale a opção correta relativa à sinalização de trânsito.


a) A sinalização vertical, quando classificada de acordo com sua fun­
ção, compreende a sinalização de regulamentação, a sinalização de
perigo e a sinalização de indicação.
b) A sinalização vertical é um subsistema da sinalização viária cujo
meio de comunicação está na posição vertical, normalmente em pla­
ca, fixado ao lado ou suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens
de caráter permanente e, eventualmente, variáveis, por meio de le­
gendas e(ou) símbolos pré-reconhecidos e legalmente instituídos.
c} A forma padrão do sinal de regulamentação é a circular, e as cores
são amarela e preta.
d) A forma padrão dos sinais de perigo é a quadrada, em que nenhu­
ma das bordas fica na posição paralela ao solo.
e) A sinalização horizontal é um subsistema da sinalização viária que
se utiliza de linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados óu
apostos sobre o pavimento das vias, e que não possuem qualquer
poder de regulamentação.

A questão se refere à resolução 160/04 do CONTRAN, que aprova o Ane­


xo IX do Código de Trânsito Brasileiro. Sendo assim, vamos analisar cada
uma das alternativa:
a) Errada. Não existe a sinalização de perigo. A sinalização vertical é clas­
sificada de acordo com sua função, compreendendo os seguintes tipos:
-Sinalização de Regulamentação;
-Sinalização de Advertência;
-Sinalização de Indicação.
b) Certa. É um subsistema da sinalização viária cujo meio de comuni­
cação está na posição vertical, normalmente em placa, fixado ao lado
ou suspenso sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter perma­
nente e, eventualmente, variáveis, através de legendas e/ou símbolos
pré-reconhecidos e legalmente mstítuidos.
c) Errada. A forma padrão do sinal de regulamentação é a circular, e as
cores são vermelha, preta e branca.
d) Errada. Não existe smais de perigo, e sim de advertência.

21 Legislaçao de Trânsito
Provas Comentadas

e) Errada, pois a sinalização horizontal é um subsistema da sinaliza­


ção viária que se utiliza de linhas, marcações, símbolos e legendas,
pintados ou apostos sobre o pavimento das vias. Tem como função
organizar o fluxo de veículos e pedestres; controlar e orientar os des­
locamentos em situações com problemas de geometria, topografia ou
frente a obstáculos; complementar os sinais verticais de regulamen­
tação, advertência ou indicação. Em casos específicos, tem poder de
regulamentação.

607- Com referência aos sinais de trânsito mostrados :nas figuras acima,
julgue os itens que se seguem.
I Em sua forma original, todos os sinais mostrados têm a cor de fun­
do amarela e as bordas na cor preta.
II As figuras 1 e 4 ilustram sinais de advertência.
III O sinal ilustrado na figura 1 alerta o condutor quanto à existência
de obras no leito da via de circulação.
IV O sinal mostrado, na figura 2 faz parte dos sinais de indicação.
V A figura 3 ilustra uma marca de sinalização horizontal.

A quantidade de itens certos é igual a

a) 1.
b) 2,
c) 3.
d) 4.
e) 5.

Para esta questão, temos como base a resolução 160/04 do CONTRAN.


Antes de respondermos, vamos a algumas considerações: são quatro si­
nalizações de advertências, que têm por finalidade alertar os usuários da
via para condições potencialmente perigosas, indicando sua natureza. A

Leandro Macedo 22
Prova 02 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

forma padrão dos sinais de advertência é quadrada, devendo uma das


diagonais ficar na posição vertical. À sinalização de advertência estão as­
sociadas as cores amarela e preta.
Constituem exceções:
-quanto à cor:
-o sinal A-24 - Obras, que possui fundo e orla externa na cor laranja;
- o smal A-14 - Semáforo à Frente, que possui simbolo nas cores preta,
vermelha, amarela e verde;
-todosos smais que, quando utilizados na sinalização de obras, possuem
fundo na cor laranja.
* quanto à forma:
-os sinais A-26a - Sentido Único;
-A~26b - Sentido Duplo; e
-A-41 ~ Cruz de Santo André.
Veia abaixo o significado das sinalizações:
A sinalização 1 significa obras
A sinalização 2 significa sentido único
A sinalização 3 significa cruz de Santo André
A sinalização 4 significa semáforo á frente
Sendo assim, vamos julgar os itens propostos:
I- Errada, pois a sinalização de “obras” e semáforo à frente são exceções
quanto a cor.
II- Certa. Todas as figuras representam sinais de advertência.
III- Certa. Avisa da existência de obras no leito viário.
IV- Errada; é um sinal de advertência.
V- Errada; é uma sinalização vertical de advertência.
Então temos apenas dois itens corretos, letra B.

A
crr~i ^ —i r~-»n p —^ rrm trrry 1 r— »

23 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

608- Considere que a figura acima ilustra o encontro de duas rias e que as
letras indicam faixas de trânsito, as setas menores indicam o sentido
de circulação das respectivas faixas e as setas 1 e 2 indicam, respecti­
vamente, faixas de sinalização horizontal transversal e longitudinal.
Com referência a essas informações e à sinalização horizontal, assina­
le a opção correta.
a) Embora não tenha poder de regulamentação, a sinalização hori­
zontal possui, entre outras, a função de complementar os sinais
verticais de regulamentação, advertência ou indicação.
b) A faixa de sinalização longitudinal deve ser pintada na cor amarela,
c) O local próximo à faixa transversal deve ser sinalizado com o sinal
vertical ao lado.
d) A faixa transversal é denominada linha de retenção e deve ser pin­
tada na cor branca.
e) Para um condutor que esteja na faixa B, a via de circulação C cor­
responde a uma confluência lateral.â direita.

Quanto à questão, temos como base a resolução 160/04 do CONTRAN.


Com relação à figura, fica fácil perceber que o veículo “B” deverá avistar
uma placa de confluência ã direita, que a sinalização horizontal por onde
transitam A e B é branca, e por ser seccionada, permite a transposição de
faixa, e que “C” é obrigado a parar até o limite da linha 1, que é a linha de
“dê a preferência”, porque em sua via há esta sinalização. Vamos analisar
todas as alternativas:
a) Errada. Têm como função organizar o fluxo de veicuios e pedestres;
controlar e orientar os deslocamentos em situações com problemas de
geometria, topografia ou frente a obstáculos; complementar os sinais
verticais de regulamentação, advertência ou indicação. Em casos es­
pecíficos, tem poder de regulamentação.
b) Errada, se o fluxo é no mesmo sentido, deve ser pmtada na cor branca.
c) Errada, pois a situação não é de parada obrigatória, e sim de dar a
preferência.
d) Errada. A sinalização significa linha de “dê a preferência”. As Marcas
Transversais ordenam os deslocamentos frontais dos veicuios e os har­
monizam com os deslocamentos de outros veículos e dos pedestres,
assim como informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a
velocidade e indicam travessia de pedestres e posições de parada. Em
casos específicos, têm poder de regulamentação. De acordo com a sua
função, as marcas transversais são subdivididas nos seguintes tipos: Li­

Leandro Macedo 24
Prova 02 - Policia Rodoviária Federal/Cespe-UríB/2008

nha de Retenção (indica ao condutor o local limite em que deve parar


o veiculo); Linhas de Estímulo à Redução de Velocidade (Conjunto de
linhas paralelas que, pelo efeito visual, induzem o condutor a reduzir a
velocidade do veiculo}; Linha de “Dê a.Preferência” (Indica ao condu-
toro local limite em que deve parar o veiculo, quando necessário, em
locais sinalizados com a píaca R~2); Faixas de Travessia de Pedestres
(Regulamentam o locai de travessia de pedestres); Marcação de Cru­
zamentos Rodocícloviáríos (Regulamenta o local de travessia de ciclis­
tas}; Marcação de Área de Conflito (Assinala aos condutores a área da
pístà em que não devem parar e estacionar os veículos, prejudicando a
circulação); Marcação de Área de Cruzamento com Faixa Exclusiva
(Indica ao condutor a existência.de.faixa(s) exclusiva(s)).
E) Certa. Conforme comentado acima.

609- Em uma capital brasileira foi instalado um aparelho eletrônico que


registra e processa dados decorrentes do fluxo de automóveis em velo­
cidade acima do permitido para o local. Esse equipamento registrou
duas infrações na manhã do dia 12/8/2008, uma praticada por condu­
tor de veículo registrado em nome de repartição consular de carreira
e outra praticada por condutor de veiculo registrado em nome de so­
ciedade de arrendamento mercantil. Diante dessa situação hipotética,
assinale a opção correta.
a) Comprovada a ocorrência de infração por equipamento audiovisu­
al,.aparelho eletrônico ou por outro meio ainda que não seja re­
gulamentado pelo CONTRAN, será lavrado o auto de infração de
trânsito que deverá conter os dados mínimos definidos pelo CTB.
b) O auto de infração, nesse caso, será lavrado posteriormente pela
autoridade de trânsito por anotação em documento próprio.
c) A comprovação da infração ocorrida exige referendo por agente da
autoridade de trânsito.
d) No caso de veículo registrado em nome de repartição consular de
carreira, a notificação da autuação deverá ser remetida ao Ministé­
rio das Relações Exteriores, para as providências cabíveis, passando
a correr os prazos a partir da entrega ao referido ministério.
e) No caso de veiculo registrado em nome de sociedade de arrenda­
mento mercantil, o órgão ou entidade de trânsito deverá encami­
nhar a notificação da autuação diretamente a esta, que, para os fins
da resolução pertinente do CONTRAN, equipara-se ao proprietá­
rio do veiculo.

25 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

A questão diz respeito ao processo administrativo de muita, previsto na


resolução 149/03 do CONTRAN, No enunciado da questão é feita men­
ção a dois proprietários de veicuios que têm tratamento diferenciado na
iegisiação de trânsito:
1) repartição consular de carreira;
2} sociedade de arrendamento mercantil.
De posse dessas informações, vamos analisar as alternativas:
a) Errada. A infração deverá ser comprovada por declaração da autori­
dade ou do agente -da autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico
ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro
meio tecnologícamente disponível, previamente regulamentado pelo
CONTRAN (todos), conforme o artigo 280 parágrafo 2o.
b) Errada. No caso de autuações por sistema de registro de imagens,
existe apenas a necessidade de referendo, uma vez que, em regra, no
registro de imagens, já existem todos os elementos de preeenchímento
do auto de infração. .
c) Certa. Conforme comentado na questão acima.
d) Errada. Nos casos dos veículos registrados em nome de missões di­
plomáticas, repartições consulares de carreira ou representações de
organismos internacionais e de seus integrantes, a Notificação da
Autuação deverá ser remetida ao Ministério das Relações Exteriores,
para as providências cabíveis, passando a correr os prazos a partir do
seu conhecimento pelo proprietário do veículo, conforme artigo 3o, §
4o da resolução 149/03.
e) Errada. Quando o veículo estiver registrado em nome de sociedade
de arrendamento mercantil, o órgão ou entidade de trânsito deverá
encaminhar a Notificação da Autuação diretamente ao arrendatário,
que para os fins desta Resolução equipara-se ao proprietário do veícu­
lo, cabendo-lhe a identificação do condutor infrator quando não for
o responsável pela infração. A arrendadora deverá fornecer ao órgão
ou entidade executivo de trânsito responsável pelo registro do veiculo
todos os dados necessários à identificação do arrendatário, quando
da celebração do respectivo contrato de arrendamento mercantil, sob
pena de arcar com a responsabilidade pelo cometimento da mfração,
além da multa prevista no § 8o do art. 257 do CTB, conforme artigo 4o
da resolução 149/03.

Leandro Macedo
Prova 02 - Policia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

610 - Acerca dos requisitos técnicos de fabricação e instalação de pára-cho­


que traseiro para veículos de carga, assinale a opção correta.
a) Todos os veicuios de carga fabricados no país, importados ou en-
carroçados a partir de l°/7/2004}somente poderão ser registrados e
licenciados se estiverem dotados do pára-choque traseiro que aten­
da ás especificações do CONTRAN.
b) O veiculo de carga com peso bruto total superior a 4.600 kg cujas
características originais da carroçaria forem alteradas, ou em que
for instalado algum tipo de implemento a partir de l°/7/2004, de­
verá atender às especificações constantes do anexo da resolução do
CONTRAN que trata dos requisitos técnicos de fabricação e insta­
lação de pára-choque traseiro para veículos de carga.
c) Estão também sujeitos ao cumprimento dos referidos requisitos es­
tabelecidos pelo CONTRAN os veículos destinados à exportação e
os camínhões-tratores.
d) Os veículos produzidos especialmente para cargas autoportantes
ou outros itens muito longos equiparam-se para os efeitos da apli­
cação dos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN ao veiculo de
carga com peso bruto total superior a 4.600 kg cujas características
originais da carroçaria forem alteradas.
e) Os carros de coleção, a partir de l°/7/2004, somente poderão ser
registrados e licenciados se estiverem dotados do pára-choque tra­
seiro que atenda às especificações de resolução do CONTRAN.

A questão se refere à resolução 152/04 do CONTRAN. que estabelece


os requisitos técnicos de fabricação e instalação de pára-choque traseiro
para veicuios de carga. Antes de partirmos para as alternativas, devemos
fazer alguns comentários: primeiro, os veículos de carga com peso bruto
total (PBT) superior a quatro mil e seiscentos quilogramas fabricados no
país, importados ou encarroçados a partir de Io de julho de 2004 somente
poderão ser registrados e licenciados se estiverem dotados do pára-cho-
que traseiro que atenda às especificações constantes desta Resolução. Em
segundo lugar, ainda que fabricados em data anterior à referida, o veícu­
lo de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro mil e seiscentos
quilogramas cujas características originais da carroçaria forem alteradas,
ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da data
determinada acima, também deverá atender às especificações constantes
desta Resolução.
Não estão sujeitos ao cumprimento desta Resolução os seguintes veículos:
I - inacabados ou incompletos;
II ~ destinados à exportação;
Provas Comentadas

III - cammhoes-tratores;
IV - produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens
muito longos;
V - aqueles nos quais a aplicação do pára-choque traseiro especificado
nesta Resolução seja incompatível com a sua utilização, o órgão máximo
executivo de trânsito da União analisará e decidirá quais veicuios se en­
quadram neste item.
VI - aqueles que possuam carroçaria e pára-choque traseiro incorpora­
dos ao projeto original do fabricante;
VII - viaturas militares;
VIII - de coleção.
Amda quanto ao tema é necessário comentar:
1- que a finalidade desta regulamentação é impedir ou reduzir a extensão
de danos materiais na parte superior do compartimento de passageiros, dos
veículos que se chocarem contra a traseira dos veicuios de carga, evitando ou
minimizando os traumas nas partes superiores dos corpos das vítimas.
2- Os pára-choques traseiros devem atender às condições:
2.1- A altura da borda inferior do pára-choque traseiro, medida com o
veiculo com sua massa em ordem de marcha - Tara será de quatro­
centos milímetros em relação ao plano de apoio das rodas, sendo que
nenhum ponto da borda inferior do pára-choque traseiro poderá exceder
este limite.
2.2- O elemento horizontal do pára-choque traseiro deve ser localizado
de maneira a constituir a extremidade traseira do veículo.
2.3- O comprimento do elemento horizontal do pára-choque traseiro
deve ser no máximo igual á largura da carroçaria ou equipamento ou à
distância entre as bordas externas dos aros das rodas, o que for maior, e
no máximo cem milímetros menor em cada lado.
2.4- A altura da seção do elemento horizontal do pára-choque traseiro
não pode ser inferior a cem milímetros. As extremidades laterais do ele­
mento horizontal do pára-choque não devem possuir bordas cortantes.
O pára-choque deve ser de formato uniforme, retilíneo, sem emendas e
sem furos, constituído de apenas um material.
2.5- O pára-choque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua
altura possa ser variável, de acordo com necessidades eventuais (exemplo:
manobras, operações de carga e descarga).
Para variações acidentais de posição, deve ser previsto um mecanismo de
retorno à posição de trabalho sem interferência do operador.

Leandro Macedo 28
I

Prova 02 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

2.6- O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especifica­


ções do fabricante do veiculo.
2.7- A solda deve ser de material compatível com o do chassi.
2.8- O pára-choque deve ter forma e dimensões projetadas de modo a
permitir, quando instalado, a visualização da sinalização luminosa e da
placa de identificação do veiculo, não prejudicando os requisitos estabe­
lecidos nas especificações de iluminação e sinalização veicular.
2.9- O pára-choque deverá possuir faixas oblíquas, com uma inclinação de
45 graus em relação ao plano horizontal e 50,0 +/- 5,0 mm de largura, nas
cores branca e vermelha refletivas, conforme figura e especificações abaixo:
a) Errada, somente aqueles com PBT acima de 4600 Kg.
b) Certa. Reprodução do artigo Io da resolução.
c) Errada. Caminhão-trator e veicuios destinados ao mercado de expor­
tação não precisam atender aos requisitos desta resolução.
d) Errada. Veicuios com cargas autoportantes também não precisam
atender aos requisitos desta resolução, conforme artigo 2° da mesma.
e) Errada, os veicuios de coleção também não precisam atender aos re­
quisitos desta resolução, conforme artigo 2o da mesma.

611- Julgue os itens a seguir, relativos a conceitos utilizados para a inter­


pretação do CTB.
I Caminhonete — veiculo misto destinado ao transporte de passa­
geiros e carga no mesmo compartimento.
II Ilha — obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado
á ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção.
III Tara — peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria
e equipamento, do combustível, das ferramentas e acessórios, da
roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluído de arrefeci­
mento, expresso em quilogramas.
IV Veiculo de grande porte — veiculo automotor destinado ao trans­
porte de carga com peso bruto total máximo superior a 10.000 kg
e de passageiros, superior a vinte passageiros.
A quantidade de itens certos é igual a
a) 0.
b) 1.
c) 2.
d) 3.
e) 4.

29 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

A questão foi extraída do ANEXO I do CTB. Veja os conceitos abaixo:


CAMINHONETE -veiculo destinado ao transporte de carga com peso
bruto total de até três míl e quinhentos quilogramas.
ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, destinado à
ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção.
TARA - peso próprio do veiculo, acrescido dos pesos da carroçaria e
equipamento, do combustível, das ferramentas e acessórios, da roda
sobressaiente, do extintor de incêndio e do fluído de arrefecimento, ex­
presso em quilogramas.
VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veiculo automotor destinado ao
transporte de carga com peso bruto total máximo superior a dez mil
quilogramas e de passageiros, superior a vinte passageiros.
Com isso, os itens II, III e IV estão corretos; resposta letra D.

612- Acerca da regulamentação do CONTRAN para utilização de sistemas


automáticos não metrológicos de fiscalização, nos termos do CTB, as­
sinale a opção correta.
a) O sistema automático não metrológico de fiscalização não precisa
ter sua conformidade avaliada pelo INMETRO, ou entidade por ele
acreditada.
b) A imagem detectada pelo sistema automático não metrológico de
fiscalização deve permitir a identificação do veículo e, no mínimo,
registrar a placa do veiculo e o dia da infração, não sendo necessá­
rio, portanto, constar o horário da infração.
c) A imagem detectada pelo sistema automático não metrológico de
fiscalização deve permitir a identificação do veículo, mas não é ne­
cessário registrar o local da infração.
d) Compete à autoridade de trânsito com circunscríção sobre a vía
dispor sobre a localização, instalação e operação de sistema auto­
mático não metrológico de fiscalização. Quando utilizado esse tipo
de sistema na fiscalização, é obrigatória a presença da autoridade
ou do agente da autoridade de trânsito no local da infração.
e) Antes de efetivar o uso do sistema para a fiscalização de infrações
decorrentes da inobservância de sinalização, a autoridade de trân­
sito com circunscríção sobre a via deverá verificar se a sinalização
de regulamentação de trânsito exigida pela legislação está em con­
formidade com essa legislação.

Leandro Macedo 30
Prova 02 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

A questão se refere à resolução 165/04, que regulamenta a utilização de


sistemas automáticos não metrológicos de fiscalização., nos termos do §
2o do artigo 280 do Código de Trânsito Brasileiro. Com isso analisare­
mos as alternativas:
a) Errada, pois conforme o artigo 2, í, deve ter sua conformidade avalia­
da pelo Instituto Nacíonai de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial - Inmetro - ou entidade por ele acreditada.
b) Errada. A imagem detectada pelo sistema automático não metrológico
de fiscalização deve permitir a identificação do veiculo e, no mínimo,
registrar a placa do veículo, dia e horário da infração; assim como
conter local da infração identificado de forma descritiva ou codifica­
do e também a identificação do sistema automático não metrológico
de fiscalização utilizado, mediante numeração estabelecida pelo órgão
ou entidade de trânsito com circunscríção sobre a via, conforme seu
artigo 4.
c) Errada. A imagem detectada pelo sistema automático não metrológico
de fiscalização deve permitir a identificação do veiculo e, no mínimo,
registrar a placa do veículo, dia e horário da infração; assim como
conter local da infração identificado de forma descritiva ou codifica­
do e também a identificação do sistema automático nãó metrológico
de fiscalização utilizado, mediante numeração estabelecida pelo órgão
ou entidade de trânsito com circunscríção sobre a via, conforme seu
artigo 4.
d) Errada. Compete à autoridade de trânsito com circunscríção sobre a
via dispor sobre a localização, instalação e operação do sistema auto­
mático não metrológico de fiscalização. Cabe observar que quando
utilizado o sistema automático não metrológico de fiscalização, não é
obrigatória: I - a utilização de sinalização vertical de indicação edu­
cativa prevista no anexo II do CTB; II - a presença da autoridade ou
do agente da autoridade de trânsito no local da infração, conforme o
artigo 5 da referida resolução.
e) Certa. Antes de efetivar o uso do sistema para a fiscalização de in­
frações decorrentes da inobservância de sinalização, a autoridade de
trânsito com circunscríção sobre a via deverá verificar se a sinaliza­
ção de regulamentação de trânsito exigida pela legislação está em
conformidade com a mesma, de acordo com o artigo 7 da referida
resolução.

31
Provas Comentadas

613- Acerca das normas e dos procedimentos para a formação de condu­


tores de veicuios automotores e elétricos, da realização dos exames,
da expedição de documentos de habilitação, dos cursos de formação,
especializados e de reciclagem e outras providências, assinale a opção
correta de acordo com resolução pertinente do CONTRAN.
a) O candidato à obtenção da ACC ou da CNH não precisa ser alfa­
betizado nem possuir documento de identidade ou CPF para obter
êxito na obtenção de sua autorização.
b) Uma pessoa não poderá requerer simultaneamente a ACC e habi­
litação na categoria B, bem como requerer habilitação em A e B
submetendo-se a um único exame de aptidão físícae mental e ava­
liação psicológica, mesmo que considerada apta para ambas.
c) Para a obtenção da ACC e da CNH, o candidato deverá submeter-se
a avaliação psicológica, que, por sua vez, substituí o exame de apti­
dão física e mental.
d) O condutor de veículo automotor, natural de país estrangeiro e nele
habilitado, em estada regular, desde que penalmente imputável no
Brasil, poderá dirigir no território nacional quando amparado por
convenções ou acordos internacionais ratificados e aprovados pela
República Federativa do Brasil.
e) Quando um condutor habilitado em pais estrangeiro cometer in­
fração de trânsito cuja penalidade implique a proibição do direito
de dirigir, a autoridade competente de trânsito não poderá recolher
e reter o documento de habilitação do infrator.

Questão elaborada com base na resolução 168/04 do CONTRAN. Vamos


analisar cada uma das alternativas:
a) Errada. O candidato à obtenção da Autorização para Conduzir Ci-
clomotor - ACC - ou da Carteira Nacional de Habilitação - CNHV
solicitará ao órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal, do seu domicílio ou residência, ou na sede estadual
ou distrital do próprio órgão ou entidade, a abertura do processo de
habilitação para o qual deverá preencher os seguintes requisitos: f -
ser penalmente imputável; II - saber ler e escrever; III - possuir do-

leandro Macedo 32
Prova 02 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

cumento de identidade; IV - possuir Cadastro de Pessoa Física (CPF),


conforme o artigo 2 da referida resolução.
b) Errada. O candidato poderá requerer simultaneamente a ACC e habi­
litação na categoria “B”, bem como a habilitação em “A” e "B” subme­
tendo-se a um único Exame de Aptidão Física e Mental e Avaliação
Psicológica, desde que considerado apto para ambas, conforme o arti­
go 2, § 2o da referida resolução.
c) Errada, pois o exame psicológico também é obrigatório e independen­
te do exame de aptidão física e mental.
d) Certa. A questão encontra amparo na resolução 193/06, artigo Io-
“o condutor de veiculo automotor, natural de país estrangeiro e nele
habilitado, desde que penalmente imputável no Brasil, poderá dirigir
no Território Nacional quando amparado por convenções ou acordos
internacionais, ratificados e aprovados pela República Federativa do
Brasii e, igualmente, pela adoção do Princípio da Reciprocidade, no
prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, respeitada a validade da
habilitação de origem",
e) Errada. Veja o artigo 5: “quando o condutor habilitado em país es­
trangeiro cometer infração de trânsito cuja penalidade implique na.
proibição do direito de dirigir, a autoridade competente de trânsito
tomará as seguintes providências com base no artigo 42 da Conven­
ção sobre Trânsito Viário, celebrada em Viena e promulgada pelo
Decreto n° 86.714, de 10 de dezembro de 1981:1 - recolher e reter o
documento de habilitação, até que expire o prazo da suspensão do
direito de usá-la, ou até que o condutor saia do território nacional, se
a saída ocorrer antes de expirar o citado prazo; II - comunicar à au­
toridade que expediu ou em cujo nome foi expedido o documento de
habilitação a suspensão do direito de usá-lo, solicitando que notifi­
que ao interessado da decisão tomada; III - mdicar no documento de
habilitação que o mesmo não é válido no território nacional, quando
se tratar de documento de habilitação com validade internacional.
Parágrafo úníco. Quando se tratar de missão diplomática, consular
ou a elas equiparadas, as medidas cabíveis deverão ser tomadas pelo
Ministério das Relações Exteriores”

33 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

614 - Josué perdeu o CLRV de seu veículo e dirigiu-se ao departamento de


trânsito do seu estado em busca da emissão de um novo documento de
registro e licenciamento. Diante dessa situação hipotética, assinale a
opção correta.
a) O CRLV, juntamente com a CNH, é documento de porte obrigató­
rio do condutor, razão pela qual Josué agiu corretamente ao procu­
rar o departamento de trânsito estadual para resolver a situação.
b) Não será possível a expedição de uina via original do CRLV diante
da solicitação de Josué, o qual deverá utilizar uma cópia autentica­
da pelo departamento de trânsito.
c) À expedição de documento hábil, ainda que provisório, que per­
mita a Josué dirigir o seu veículo deve ser efetivada pelo órgão de
trânsito em 48 horas.
d) Se Josué vier a dirigir seu veiculo sem o CRLV, estará cometendo
uma infração de trânsito média.
e) Caso Josué dirija o veículo sem o CRLV, ficará, sujeito ao paga­
mento da penalidade de multa, mas não estará sujeito à retenção
do veículo.

A questão tomou por base a resolução 205/06 do CONTRAN. Com isso,


vamos analisar as alternativas:
a) Certa. Está de acordo com o artigo i° da referida resolução.
b) Errada, pois não é mais permitido uso de cópia autenticada.
c) Errado, pois não existe na legislação documento que substitua o
CRLV
d) Errada. Falta de documento de porte obrigatório é infração de nature­
za leve.
e) Errada, pois o artigo 232 do CTB, que trata da falta de documento
de porte obrigatório, prevê a aplicação da medida administrativa de
retenção do veículo.

615- Acerca dos requisitos de segurança necessários à circulação de combi­


nações para transporte de veículos (CTV), estabelecidos na Resolução
n° 274/2008 do CONTRAN, assinale a opção correta.
a) As CTV, construídas e destinadas exclusivamente ao transporte de
veículos, cujas dimensões excedam aos limites regulamentares, não
poderão circular nas vias públicas.

Leandro Macedo 34
Prova 02 - Poiícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

b) O conceito mais completo para CTV é aquele segundo o qual esta


se constitui do veículo ou da combinação de veicuios adaptados
especialmente para o transporte de automóveis, vans, ônibus e ca­
minhões.
c) A circulação de CTV deverá ocorrer obrigatoriamente sempre
do amanhecer ao pôr-do-sol e sua velocidade máxima será de 80
km/h.
d) A AET, expedida pela autoridade competente, terá validade máxi­
ma' de um ano e somente será concedida após vistoria técnica da
CTV, expedida pelo órgão executivo rodoviário da União, que for­
necerá o cadastro aos órgãos e entidades executivas rodoviárias dos
estados, do DF e dos municípios.
e) A partir do momento em que é concedida autorização especial de
trânsito para CTV pelo órgão administrativo, o proprietário e o
condutor do veículo se tornam isentos de eventuais danos que o veí­
culo venha causar à via, á sua sinalização e a terceiros em decorrên­
cia do seu peso bruto total e(ou) das suas demais dimensões.

A questão tomou por base a resolução 274/08 do CONTRAN. Com isso,


vamos analisar as alternativas:
a) Errada. As Combinações para Transporte de Veículos (CTV), cons­
truídas e destinadas exclusivamente ao transporte de outros veicu­
ios, cujas dimensões excedam aos limites previstos na Resolução n°
210/2006 do CONTRAN, só poderão circular nas vias portando Au­
torização Especial de Trânsito (AET), conforme o artigo 1° da referida
resolução.
b) Errada, pois as CTV não são apenas veículos adaptados, mas também
construídos para o transporte de veicuios, e o rol dos veicuios são ape­
nas exemplificativos, e não taxativos, como quis mostrar o examina­
dor. Veja a definição legal: “entende-se por 'combinação para o trans­
porte de veículos' o veículo ou combinação de veicuios, construídos
ou adaptados especialmente para o transporte de automóveis, vans,
ônibus, caminhões e similares”
c) Errada, pois existem três exceções, nas quais é permitido transitar à
noite. O erro da questão seria a palavra sempre, conforme o artigo 4°
da referida resolução.
d) Certa. Reprodução literal do artigo 6o da referida resolução.

35 Legísiação de Trânsito
Provas Comentadas

e) Errada. O proprietário do veiculo, usuário de Autorização Especial


de Trânsito (AET), será responsável pelos danos que o veículo venha
causar â via, á sua sinalização e a terceiros, como também responderá
integralmente pela utilização mdevida de vias que pelo seu gabarito
não permitam o trânsito dessas combinações.

616- Assinale a opção correta acerca do sistema de placas de identificação


de veículos.
a) Após o registro no órgão de trânsito, cada veículo será identificado
por placas dianteira e traseira, afixadas em primeiro plano e inte­
grantes do mesmo, contendo 7 caracteres alfanuméricos individu­
alizados em 2 grupos, sendo o primeiro composto por 3, resultante
do arranjo, com repetição de 26 letras, tomadas três a três, e o se­
gundo composto por 4, resultante do arranjo, com repetição, de 10
algarismos, tomados quatro a quatro.
b) Além dos caracteres, em todos os veículos as placas dianteira e tra­
seira deverão conter, gravados diretamente nas placas, a sigla iden-
tificadora da unidade da Federação e o nome do município de regis­
tro do veículo.
c) As placas dos veicuios automotores de uso dos chefes de missões
diplomáticas deverão conter gravações estampadas na parte central
superior da placa com as letras CD (corpo diplomático).
d) As placas dos veicuios automotores destinados ao uso de peritos es­
trangeiros que trabalham no âmbito de acordo de cooperação in-
ternacíonal residentes no Brasil deverão conter gravações estampa­
das na parte central superior da placa com as letras OI (organismo
internacional).
e) As placas de identificação de veículos terão de ser confeccionadas
por fabricantes credenciados pela PRF.

A questão tomou por base a resolução 231/07 do CONTRAN. Com isso,


vamos analisar as alternativas:
a) Certa. Reprodução do artigo Io da referida resolução.
b) Errada. Uma vez que existem tarje tas com informações distintas da
unidade da federação e município de registro, veja a redação do artigo
Io, § 3°. Além dos caracteres previstos neste artigo, as placas dianteira
e traseira deverão conter, gravados em tarjetas removíveis a elas afi­
xadas, a sigla identificadora da Unidade da Federação e o nome do

Leandro Macedo 36
Prova 02 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

Município de registro do veiculo, exceção feita às placas dos veicuios


oficiais, de representação, aos pertencentes a missões diplomáticas, às
repartições consulares, aos organismos internacionais, aos funcioná­
rios estrangeiros administrativos de carreira e aos peritos estrangeiros
de cooperação internacional.
c) Errada. A sigla correta é CMD.
d) Errada. A sigla correta é Cl
e) Errada. Os fabricantes de placas são credenciados pelos DETRANs.

617- As competências da PRF, no âmbito das rodovias e estradas federais,


não incluem
a) realizar o patrulhamento ostensivo, mediante a execução de ope­
rações relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de
preservar a ordem, a incolumidade das pessoas, o patrimônio da
União e o de terceiros.
b) aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito, as
medidas administrativas decorrentes e os valores provenientes de
estada e remoção de veicuios, objetos, animais e escolta de veículos
de cargas superdimensionadas ou perigosas.
c) realizar o patrulhamento ostensivo das ferrovias federais que mar­
geiam as rodovias federais.
d) integrar-se a outros órgãos e entidades do SNT para fins de arre­
cadação e compensação de multas impostas na área de sua compe­
tência, com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e
à celeridade das transferências de veículos e de prontuários de con­
dutores de uma para outra unidade da Federação.
e) coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de
trânsito e suas causas, adotando ou indicando medidas operacio­
nais preventivas e encaminhando-os ao órgão rodoviário federal.

A questão tomou por base o artigo 20 do CTB e seus incisos (assinale a


alternativa errada):
a) Certa. Artigo 20, II.
b) Certa. Artigo 20, III.
c) Errada. Falta de previsão legal.
d) Certa. Artigo 20, X.
e) Certa. Artigo 20, VII.

37 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

618 - Assinale a opção correta com relação à metodologia de aferição do


peso de veicuios estabelecida em resolução pertinente do CONTRAN.
a) Para efeito da classificação do veículo, o comprimento total é aquele
medido do ponto mais avançado da extremidade dianteira do veí­
culo ao ponto mais avançado da sua extremidade traseira, não in­
cluídos os acessórios.
b) A fiscalização de peso dos veículos deve ser feita por equipamento
de pesagem (balança rodoviária) ou, na impossibilidade, pela veri­
ficação de documento fiscal.
c) Quando o peso verificado estiver acima do peso bruto total ou do
peso bruto total combinado, estabelecido para o veículo, acrescido
da tolerância de 5%, aplicar-se-á a multa somente sobre a parcela
que exceder essa tolerância, desde que não ultrapasse o limite de
10% do peso máximo permitido, sendo, nesse caso, possível que o
veiculo prossiga a viagem depois de efetuado o pagamento.
d) Nos casos em que não for possível, no local da fiscalização, o rema-
nejamento ou transbordo da carga, por ser esta perecível, o veiculo
deverá ser recolhido ao depósito, com a carga, e só serão liberados
o veículo e a carga após sanada a irregularidade e pagas todas as
despesas de remoção e estada.
e) O agente da autoridade de trânsito competente designado para la­
vrar o auto de infração decorrente de excesso de peso não poderá
ser servidor civil celetista.

A questão tomou por base a resolução 258/07 do CONTRAN. Com isso


vamos analisar as alternativas:
a) Errada. Para efeito desta resolução e classificação do veículo, o compri­
mento total é aquele medido do ponto mais avançado da sua extremidade
dianteira ao ponto mais avançado da sua extremidade traseira, inclusos
todos os acessórios para os quais não esteja prevista uma exceção, con­
forme o artigo Io da referida resolução.
b) Certa. Reprodução do artigo 4o da referida resolução.
c) Errada. A alternativa está em desacordo com o artigo 7°., que nos in­
forma: “quando o peso verificado estiver acima do PBT ou PBTC esta­
belecido para o veículo, acrescido da tolerância de 5% (cinco por cento),
aplicar-se-á a multa somente sobre a parcela que exceder essa tolerância”,
O veículo somente poderá prosseguir viagem depois de efetuar o trans­
bordo, respeitado o disposto no artigo 9o desta resoiução.

Leandro Macedo 38
Prova 02 - Poiícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

d) Errada. A critério do agente, observadas as condições de segurança,


poderá ser dispensado o remanejamento ou transbordo de produtos pe­
rigosos, produtos perecíveis, cargas vivas e passageiros, conforme artigo
8o. § 2°.
e) Errada. O agente da autoridade de trânsito competente para iavrar o
auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário ou ceietista ou, ain­
da, policiai militar designàdo pela autoridade de trânsito com jurisdição
sobre a via no âmbito de sua competência, conforme artigo 280 § 4o do
CTB.

619 - Acerca das modificações de veicuios previstas pelo CTB e regulamen­


tadas pelo CONTRAN, assinale a opção correta.
a) As modificações em veículos não se submetem à autorização pré­
via da autoridade responsável pelo registro e licenciamento, desde
que estejam em conformidade com as previsões legais.
b) É vedada a modificação da estrutura original de fábrica de um veicu­
lo movido a gasolina para aumentar a capacidade de carga, visando
o uso do combustível díseí.
ç) Na modificação da suspensão do veículo, podem ser utilizados sis­
temas de suspensão com regulagem de altura.
d) O uso do gás natural veicular como combustível é permitido para
fins automotivos, inclusive para ciclomotores, motonetas, motoci­
cletas e triciclos, desde que os componentes do sistema estejam cer­
tificados pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade.
e) A substituição do chassi ou monobloco de veiculo por outro chassi
ou monobloco pode ser realizada em caso de furto, roubo ou sinis­
tro do veículo.

A questão tomou por base a resolução 262/07 do CONTRAN. Com isso,


vamos analisar as alternativas:
a) Errada. As modificações em veicuios devem ser precedidas de autori­
zação da autoridade responsável pelo registro e licenciamento, confor­
me o artigo 3o da referida resolução.
b) Certa, uma vez que é proibida a modificação da estrutura original de
fábrica dos veicuios para aumentar a capacidade de carga, visando o
uso do combustível Diesel, conforme artigo 5o, parágrafo único.
c) Errada. Na modificação da suspensão, não será permitida a utilização de
sistemas de suspensão com regulagem de altura, conforme artigo 6o,

39 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

d) Errada. É permitido para fins automotivos, exceto para ciclomotores,


motonetas, motocicletas e triciclos, o uso do Gás Natural Veicular -
GNV - como combustível, conforme artigo 7° da referida resolução.
e) Errada. Ficam proibidas:
I - A utilização de rodas/pneus que ultrapassem os limites externos
dos pára-lamas do veiculo;
II - O aumento ou diminuição do diâmetro externo do conjunto pneu/
roda;
III - A substituição do chassi ou monobloco de veiculo por outro chas­
si ou monobloco, nos casos de modificação, furto/roubo ou sinistro de
veicuios, com exceção de sinistros em motocicletas e assemelhados,
conforme artigo 8"

620 - Em uma rodovia federal, João conduzia um automóvel de quatro por­


tas, com cinco lugares, com 4 crianças dentro, todas com menos de
10 anos de idade. Um PRF deu sinal de parada e abordou o citado au­
tomóvel para fiscalização. O veiculo era um táxi em:que João estava
transportando as crianças com autorização dos país, que vinham em
outro automóvel, logo atrás, transportando mais três crianças. Ao ve­
rificar a existência de uma criança com menos de 10 anos de idade no
banco dianteiro do carro, o PRF solicitou que todas as crianças des­
cessem do automóvel e se colocassem uma ao lado da outra. O PRF
verificou que a criança que estava sentada na frente era a mais velha
entre todas, pois tinha 9 anos e 10 meses de idade, mas não era a mais
alta, pois havia uma criança de 9 anos e um mês de idade que possuía
maior estatura. Além do mais, a criança sentada à frente estava usan­
do cinto de segurança, mas as de trás, não. Havia também no táxi uma
criança de 7 anos de idade. Tendo por base essa situação hipotética e
as regras de transporte de menores de 10 anos de idade e de utilização
do dispositivo de retenção para o transporte de crianças em veiculo,
assinale a opção incorreta.
a) Para transitar em veicuios automotores, todas as crianças que esta-
vam no automóvel deveriam estar usando individualmente cinto de
segurança ou sistema de retenção equivalente.
b) O transporte de crianças em veículo automotor sem observância
das normas de segurança especiais estabelecidas no CTB constitui
infração gravíssima.

Leandro Macedo 40
Prova 02 - Polícia Rodoviária Federai/Cespe-UnB/2008

c) Na hipótese de a quantidade de crianças com idade inferior a 10


anos exceder a capacidade de lotação do banco traseiro, o condutor
deveria ter transportado aquela de maior estatura, e não amais ve­
lha, no banco dianteiro, utilizando o cinto de segurança do veiculo
ou dispositivo de retenção adequado ao seu peso e â altura.
d) As exigências relativas ao sistema de retenção, no transporte de
crianças com até 7 anos e meio de idade, também se aplicam à ativi­
dade de transporte autônomo de passageiro (táxi).
e) Se transportar crianças em veiculo automotor sem observância das
normas de segurança, o condutor estará sujeito à penalidade de
multa e à retenção do veiculo até que a irregularidade seja sanada.

A questão tomou por base a resolução 277/08 do CONTRAN. Com isso,


vamos analisar as alternativas:
a) Certa. Para transitar em veículos automotores, os menores de 10 anos
deverão ser transportados nos bancos traseiros usando individual­
mente cinto de segurança ou sistema de retenção equivalente, confor­
me artigo Io
b) Certa. Conforme artigo 168 do CTB.
c) Certa. Para transitar em veicuios automotores, os menores de 10 anos
deverão ser transportados nos bancos traseiros usando individual­
mente cinto de segurança ou sistema de retenção equivalente, confor­
me artigo 2°..
d) Errada. Uma vez que as exigências relativas ao sistema de retenção,
no transporte de crianças com até 7 anos e meio de idade, não se
aplicam aos veicuios de transporte coletivo, aos de aluguel, aos de
transporte autônomo de passageiro (táxi), aos veicuios escolares e
aos demais veículos com peso bruto total superior a 3,5t, conforme
artigo Io, § 3o
e) Certa. Conforme artigo 168 do CTB.

621- Julgue os itens subseqüentes com respeito ao SNT.


I Os órgãos e entidades componentes do SNT respondem, no âmbito
das respectivas competências, objetivamente, por danos causados
aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e ma­
nutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercí­
cio do direito do trânsito seguro.

41 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

II O SNT é o conjunto de órgãos e entidades da União, dos estados,


do DF e dos municípios que tem por finalidade o exercício das ati­
vidades de planejamento, administração, normatização, pesquisa,
registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reci­
clagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema
viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de re­
cursos e aplicação de penalidades.
I II Compõem o SNT: o CONTRAN, os conselhos estaduais de trânsi­
to (CETRAN) e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal (CON-
TRANDIFE), os órgãos e entidades executivos de trânsito da União,
dos estados, do DF e dos municípios, os órgãos e entidades execu­
tivos rodoviários da União, dos estados, do DF e dos municípios, a
PRF, as polícias militares dos estados e do DF e as juntas adminis­
trativas de recursos de infrações.
IV As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados ao CONTRAN,
são integradas por especialistas e têm como objetivo estudar e ofe­
recer sugestões e embasamento técnico sobre assuntos específicos
para decisões daquele colegiado.
A quantidade de itens certos é igual a
a) 0.
b) 1.
c)2.
d) 3.
e) 4.

A questão tomou por base o capitulo II do CTB e valorizou a iiteraiidade.


Com isso, vamos analisar as afirmativas:
I. Certa. Artigo Io, parágrafo 3o do CTB.
II. Certa. Artigo 5o do CTB.
III. Certa. Artigo 7o do CTB.
IV. Certa. Artigo 13 do CTB.

622- Assinale a opção que está em harmonia com as normas gerais de circu­
lação previstas no CTB,
a) Embora seja recomendável que, antes de colocar o veiculo em cir­
culação nas vias públicas, o condutor verifique a existência de com-

Leandro Macedo 42
Prova 02 - Polícia Rodoviária Federai/Cespe-UnB/2008

bustíveí suficiente para chegar ao local de destino, não há no CTB


previsão expressa a esse respeito.
b) O trânsito de veicuios nas vias terrestres abertas à circulação deve
ocorrer pelo lado direito da via, não se admitindo exceções quanto
a isso.
c) Quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circula­
ção no mesmo sentido3são as da esquerda as destinadas ao desloca­
mento dos veicuios mais lentos e de maior porte, quando não houver
faixa especial a eles destinada, e as da direita, destinadas à ultrapas-
sagem e ao deslocamento dos veicuios de maior velocidade.
d) O trânsito de veicuios sobre passeios e calçadas só poderá ocorrer
para que se adentre ouse saía dos imóveis ou áreas especiais de es­
tacionamento e tal restrição não se aplica aos acostamentos.
e) Quando veicuios, transitando por fluxos que se cruzem, se aproxi­
marem de local não sinalizado, terá preferência de passagem, no
caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela.

A questão tomou por base o capitulo III do CTB. Com isso, vamos ana­
lisar as alternativas:
a) Errada. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o
condutor deverá verificar a existência e as boas condições de funcio­
namento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-
se da existência de combustível suficiente para chegar ao local de des­
tino, conforme o artigo 27 do CTB.
b) Errada. A circulação far-se-á peío lado direito da via, admitindo-se as
exceções devidamente sinalizadas, conforme artigo 29,1 do CTB.
c) Errada. Quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de
círcuíação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao desloca­
mento dos veicuios mais lentos e de maior porte, quando não houver
faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas â ultrapas-
sagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade, conforme
artigo 29, IV do CTB.
d) Errada. O trânsito de veículos sobre passeios, caiçadas e nos acosta­
mentos só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis
ou áreas especiais de estacionamento.
e) Certa. Artigo 29, III. Ver questões 18, 63,141 e 294.

43 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

623- Acerca da condução de veicuios de tração animal e da circulação de


animais isolados ou em grupo nas vias, assinale a opção correta de
acordo com o CTB.
a) Os veicuios de tração animal terão de ser conduzidos pelo lado es­
querdo da pista, sempre que não houver faixa especial a eles desti­
nada.
b) Os animais isolados ou em grupos só podem circular nas vias quan­
do conduzidos por um guia, e, para facilitar os deslocamentos, os
rebanhos não devem ser divididos em grupos.
c) Os animais que circularem pela pista de rolamento deverão ser
mantidos junto ao bordo da pista.
d) A circulação de animais sobre pontes de rodovias federais, quan­
do em grupo, só pode ocorrer com total paralisação do trânsito de
veicuios.
e) Compete à PRF, no âmbito das rodovias e estradas federais, aplicar
e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito e os valo­
res provenientes de estada e remoção de veículos e objetos, mas não
os valores provenientes da remoção de animais, pois tal competên­
cia cabe à autoridade de trânsito estadual.

Questão com fundamento no CTB. Vamos analisar as alternativas:


a) Errada. O artigo 247 do CTB nos dá seguinte informação: “deixar de
conduzir pelo bordo da pista de rolamento, em fila única, os veículos
de tração ou propulsão humana e os de tração animal, sempre que não
houver acostamento ou faixa a eles destinados é infração de natureza
média”. Portanto, o erro é a supressão da palavra acostamento.
b) Errada. Os animais isolados ou em grupos só podem circular nas vias
quando conduzidos por um guia, observado o seguinte: para facilitar
os deslocamentos, os rebanhos deverão ser divididos em grupos de ta­
manho moderado e separados uns dos outros por espaços suficientes
para não obstruir o trânsito, conforme o artigo 53,1do CTB.
c} Certa. Artigo 53, II do CTB.
d) Errada, ocorre pelo bordo da pista.
e) Errada. Compete à PRF aplicar e arrecadar as multas impostas por
infrações de trânsito, as medidas administrativas decorrentes e os va­
lores provenientes de estada e remoção de veicuios, objetos, animais e
escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas, con­
forme o artigo 20, III do CTB.

Leandro Macedo 44
Prova 02 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

624- Entre as autoridades públicas apresentadas nas opções a seguir, aque­


la cuja placa em veiculo de representação pessoal usa as cores verde e
amarela da Bandeira Nacional é o
a) presidente de tribunal federal.
b) governador de estado.
c) procurador-geral da República.
d) oficial general das Forças Armadas.
e) prefeito.

Questão montada com base no artigo 115, § 2o, que nos dá a seguinte re­
dação: "as placas com as cores verde e amarela da Bandeira Nacional se­
rão usadas somente pelos veículos de representação pessoal do Presidente
e do Vice-Presidente da República, dos Presidentes do Senado Federai e
da Câmara dos Deputados, do Presidente e dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, dos Ministros de Estado, do Advogado-Geral da União
e do Procurador-Geral da República” Com isso, a resposta correta está
na letra C.

625- José Carlos pretende abrir uma pequena empresa para prestar serviço
de condução de escolares. Para ser condutor de veiculo destinado à
condução de escolares, José Carlos deve satisfazer cumulativamente
alguns requisitos.
A propósito dessa situação hipotética, assinale a opção que reúne os
; requisitos que, segundo o CTB, José Carlos deve preencher.
a) Ter 18 anos, ser habilitado na categoria D, não ter cometido infra­
ção média ou ser reincidente em infrações leves durante os doze
últimos meses, ser aprovado em curso especializado, nos termos de
regulamentação do CONTRAN.
b) Ter 21 anos, ser habilitado na categoria C, não ter cometido infração
gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os seis
últimos meses, ser aprovado em curso especializado, nos termos de
regulamentação do CONTRAN.
c) Ter 25 anos, ser habilitado na categoria D, não ter cometido infra­
ção grave ou ser reincidente em infrações leves durante os doze úl­
timos meses, ser aprovado em curso especializado, nos termos de
regulamentação do CONTRAN.

45 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

d) Ter 21 anos, ser habilitado na categoria D, não ter cometido infra­


ção grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias du­
rante os doze últimos meses, ser aprovado em curso especializado,
nos termos de regulamentação do CONTRAN.
e) Ter 21 anos, ser habilitado na categoria C, não ter cometido infração
grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações leves durante
os seis últimos meses, ser aprovado em curso especializado, nos ter­
mos de regulamentação do CONTRAN.

Questão montada com base no capítulo XIII, que trata da condução de


escolares, que nos dá as seguintes informações:
“Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução de escolares deve
satisfazer os seguintes requisitos:
I - ter idade superior a vinte e um anos;
II -ser habilitado na categoria D;
III -(VETADO)
IV - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser
reincidente em infrações médias durante os doze últimos meses;
V -ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação
do CONTRAN”
Com base no artigo 138 acima, a resposta correta se encontra na letra D.

626- De acordo com o CTB, constitui infração gravíssima


a) atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias.
b) deixar o condutor de prestar socorro á vítima de acidente de trânsi­
to quando solicitado pela autoridade e seus agentes.
c) dirigir veículo com CNH ou permissão para dirigir de categoria in ­
ferior â exigida para a condução do veículo que esteja conduzindo.
d) ter o veiculo imobilizado na via por falta de combustível.
e) estacionar o veículo nas esquinas e a menos de cinco metros do bor­
do do alinhamento da via transversal.

Questão montada com base no capítulo XV, das infrações. Com isso, va­
mos analisar as alternativas:
a) Errada; média, artigo 172 do CTB.
b) Errada; grave, artigo 177 do CTB.
c) Certa; gravíssima, artigo 162, III do CTB.
d) Errada; média, artigo 180 do CTB.
e} Errada; média, artigo 181,1 do CTB.

Leandro Macedo 46
Prova 02 - Policra Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2008

627- De acordo com o CTB, assinale a opção correta acerca das ações penais
por crimes cometidos na direção de veicuios automotores.
a) Em nenhuma hipótese se admite a aplicação aos crimes de trânsito
de disposições previstas na lei que dispõe sobre os juizados espe­
ciais criminais.
b) A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação
para dirigir veiculo automotor pode ser imposta como penalidade
principal, mas sempre de forma isolada, sendo vedada a aplicação
cumulativa com outras penalidades.
c) A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão
ou a habilitação para dirigir veículo automotor tem a duração de
dois anos.
d) Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado
a entregar â autoridade judiciária, em 24 horas, a permissão para
dirigir ou a CNH.
e) Ao condutor de veiculo, nos casos de acidentes de trânsito de que
resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá
fiança, se ele prestar pronto e integral socorro àquela.

A questão dispõe sobre os crimes de trânsito. Vamos analisar cada uma


das alternativas:
a) Errada. A lei 9099/95, que trata dos crimes de menor potencial ofen­
sivo, aplica-se aos crimes que têm pena máxima de até 02 anos, com
exceção da lesão corporal culposa. De outra forma, dos 11 crimes de
trânsito previstos no CTB, apenas o homicídio culposo (302), a lesão
corporal culposa (303) e a embriaguez (306) não são considerados cri­
mes de menor potencial ofensivo. Perceba que embora a lesão corporal
culposa tenha pena máxima de 02 anos, por força da lei 11705/08, o
processo penal correrá na vara criminal.
b) Errada, veja a redação do artigo 292: "a suspensão ou a proibição de
se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veiculo automotor
pode ser imposta como penalidade principal, isolada ou cumulativa­
mente com outras penalidades”.
c) Errada. De dois meses a cinco anos, segundo artigo 293 do CTB.
d) Errada. A resposta seria em 48 horas, conforme artigo 293, parágrafo Io.
E) Certa. Reprodução do artigo 301 do CTB.

47 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

Gabarito

598-B
599-C
600-C
601-C
602-E
603-0
604-C
605-A
606-B
607-B
608-£
609-C
610-B
611-D
612-E
613-D
614-A
615-D
616-A
617-C
618-B
619-B
620-D
621-E
622-E
623-C
624-C
625-D
626-C
627-E

Leandro Macedo
Prova 03
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRF da 4a Região/FCC/2007

546- Com relação á sinalização vertical, â esquerda estão descritas as cores


dos fundos das placas. À direita, os tipos.

I. Marrom-— 1. Indicação de Atrativos Turísticos.


II Branca In<^ caÇão de Identificação de Rodovias e Estradas.
3. Indicação de identificação nominal de Pontes,
III. Verde \ Viadutos, Túneis e Passarelas.
IV. Azul 7 ^ 4. Indicação de Orientação de Destino - Mensagens
de Localidades.
 correlação correta é:

a) 1-4, II-2 , III-l, IV-3.


b) 1-4, II-3, III-l, IV-2.
c) 1-1, II-3, III-4, IV-2 .
d) 1-1, II-2 , III-4, IV-3.
e) 1-1, II-2 , III-3, IV-4.

As cores de fundo das placas constam na Resoíução n° 160/04, ítens 1.3.5.,


1.3.3., 1.3.1., “d”, e 1.3.2., V\ que dispõem, respectivamente, sobre as cores
das placas de atrativos turísticos, das placas educativas, das de Identificação
Nominal de Pontes, Viadutos, Túneis e Passarelas, e das placas de orientação
de destino - mensagens de localidades.

49
Provas Comentadas

547- Com relação à sinalização vertical de indicação de serviços auxiliares, à


esquerda estão indicadas as placas para os condutores. À direita, as suas
denominações.

I. 1. Pedágio

II.

III. 3. Informação Turística

IV . 4. Ponto de Parada

A correlação correta é:

a) 1-3, II-2 , III-4, IY-1. \


b) 1-2,11-4,111-3, IY-1. /
c) 1-2, II-l, III-4, IV-3.
d) 1-1, II-3, III-2, XV-4,
e) 1-2, II-3, ffl-4, IV-i. )

A questão mais uma vez trata da Resolução n° 160/04, no que tange â


sinalização vertical de indicação de serviços auxiliares, prevista no item
1.3.4. Não necessita de maiores explicações, pois foi valorizada a memo­
rização.

Leandro Macedo 50
Prova 03 - Técnico judiciário/Ârea: Segurança e Transporte/TRF da 4a Região/FCC/2007

548- Com relação aos gestos emanados pelos Agentes de Autoridade de Trânsi­
to, à esquerda estão indicados os seus significados. À direita, os sinais

I. Ordem de parada obrigatória 1. Braço estendido horizontal-


para todos os veículos, irtente, com a palma da mão
para baixo, fazendo movimen­
II, Ordem de diminuição de veloci­ tos verticais.
dade.
„2 . Braço levantado, com movi­
III. Ordem de seguir. mento de antebraço da frente
para a retaguarda e a palma da
IV, Ordem de Parada para todos mão voltada para trás.
os veículos que venham de dire­ 3. Braço estendido horizontal­
ções que cortem ortogonalmente- mente com a palma da mão para
a direção indicada pelo braço es­ frente, do lado do trânsito a que
tendido, qualquer que seja o sen­ se destina,
tido do seu deslocamento.
4. Braço levantado verticalmen­
te, com a palma da mão para
frente.

A correlação correta é:

a) 1-4, II-l, III-2 , IV-3.


b) 1-2, II-3, III-4, IV-L
c) 1-2, II-l, III-4, IV-3.
d) 1-3, II-4, III-2, IV-1.
e) 1-4, II-2 , III-3, IV-1.

Questão mais uma vez fundamentada na Resolução n° 160/04, desta vez


tratando de gestos do agente da autoridade de trânsito previstos no item 6
da referida resolução. Vale lembrar que as ordens dos agentes prevalecem
sobre o semáforo, este sobre os demais sinais, e estes sobre as normas de
circulação. Cabe ainda ressaltar que aquele que descumpre as ordens do
agente pode responder por uma infração de natureza grave, por força do
artigo 195 do CTB. Veja os sinaís do agente abaixo:

51 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

Significado Sinal

Ordem de parada obrigatória para


todos os veicuios. Quando executada
em interseções, os veículos que já se
encontrem nela não são obrigados a
parar.

Braço levantado verticalmente, com a


palma da mão para a frente.

Ordem de parada obrigatória para


todos os veículos que venham de
direções que cortem ortogonalmente
a direção indicada pelos braços esten­
didos, qualquer que seja o sentido de
seu deslocamento. í\
Braço levantado horizontalmente, com
a palma da mão para a frente.

Ordem de parada obrigatória para


todos os veículos que venham de di­
reções que cortem ortogonalmente a
direção indicada peio braço estendido,
qualquer que seja o sentido de seu
deslocamento. Braço levantado horizontalmente* com
a palma da mão para a frente, do lado
do trânsito a que se destina.

Leandro Macedo 52
Prova 03 - Técnico Judiciáno/Area: Segurança e Transporte/TRF da 4* Região/FCC/2007

Ordem de diminuição da velocidade.

Braço estendido horizontalmente, com


a palma da mão para baixo, fazendo
movimentos verticais.

Ordem de parada para os veículos


aos quais a luz é dirigida.

Braço estendido horizontalmente,


agitando uma luz vermelha para um
determinado veiculo.

i t f

Ordem de seguir,

Braço levantado, com movimento de


antebraço da frente para a retaguarda e
a palma da mão voltada para trás.

53 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

549- Quanto ao uso de luzes em veicuios, segundo o Código de Trânsito Bra­


sileiro, considere as afirmativas abaixo:

(' I. O condutor deverá utilizar o pisca-alerta para indicar a existência


de risco à segurança para os veicuios que circulara no sentido con­
trário.
ír II. Em vias não iluminadas o condutor deve usar luz baixa, exceto ao
cruzar com outro veiculo.
\ III. O condutor manterá acesas à noite as luzes de posição quando o
veículo estiver parado para fins de carga ou descarga de mercado­
rias.
\y IV. O condutor manterá acesas pelo menos as luzes de posição do veículo
quando sob neblina ou cerração.

É correto o que consta era

a) II e IV, apenas.
b) I, III e IV, apenas.
c) I, II, III, e IV.
d) I, II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.

Analisaremos cada item conforme o CTB, fundamentando-os.


Item I: expõe uma situação não abordada no CTB. A previsão que o código
traz quanto à utilização de pisca-alerta está no artigo 40, inciso V, alíneas
“a” e "b” Caso o condutor utilize o pisca-alerta fora dos casos dispostos
no referido artigo, incorrerá na infração contida no artigo 251, inciso I do
CTB, de natureza média com penalidade de multa. Na presente situação,
seria possível utilizar luzes alta e baixa de forma intermitente.
Item II: situação também não prevista no CTB, tentando confundir o
candidato. Em vias não iluminadas, o condutor deverá utilizar luz alta,
exceto ao cruzar com outros veículos ou ao segui-los, de acordo com seu
artigo 40, inciso II. Caso mantenha a luz alta ao cruzar com outro veículo,
o condutor cometerá a infração exposta no artigo 223 do CTB, de natureza
grave, penalidade de muita e medida administrativa de retenção do veículo
para regularização.
Item III: de acordo com o artigo 40, inciso VII do CTB.
Item IV: de acordo com o artigo 40, inciso IV do CTB.

Leandro Macedo 54
Prova 03 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRF da 4* Região/FCC/2007

550- À esquerda estão descritas as infrações de trânsito previstas no CTB. À


direita, suas naturezas.

I. Transitar em marcha à ré, salvo 1. Leve


na distância necessária a peque­
nas manobras e de forma a não.
V
causar riscos à segurança, \
II. Ultrapassar pela direita, salvo \ 2. Média
quando o veiculo da frente esti- \
ver colocado na fabca apropriada
e der sinal de que vai entrar à es­
querda. 3. Grave
III. Dirigir veiculo sem usar len­
tes corretoras de visão.
IV. Conduzir veículo sem docu- 4 Gravíssima
mentos de porte obrigatório refe­
ridos no CTB.

A correlação correta é:
a) 1-2, II-l, III-3, TV-4.
b) 1-4, II-l, III-3, IV-2.
p) 1-3, II-2, III-4, IV-1.
d) H , II-3, III-2, IV-4.
e) 1-2, II-4, III-l, IV-3.

A infração descrita no item I é a do artigo 194 do CTB, de natureza grave


e de multa.
A infração no ítem II é a do artigo 199 do CTB, de natureza média e pe­
nalidade de multa.
A previsão legal da infração descrita no item III está no artigo 162, inciso
VI, de natureza gravíssima, penalidade de multa e medida administrativa
de retenção do veículo até o saneamento da irregularidade ou apresentação
do condutor habilitado.
A infração do ítem IV está no artigo 232 do CTB, de natureza leve, penali­
dade de multa e medida administrativa de retenção do veiculo até a apre­
sentação do documento. Ver também a resolução n° 205/06, que informa
quais os documentos de porte obrigatório.

55 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

551- O condutor que falsificar ou adulterar o documento de habilitação do


seu veículo estará cometendo infração de trânsito e, portanto, passível
de ser punido com
a) multa e apreensão do veículo,
b) multa, apreensão e remoção do veiculo,
c) multa e suspensão do direito de dirigir.
d) multa e recolhimento do documento de habilitação e dos documentos
do veiculo.
e) multa e remoção do veículo.

A infração descrita na questão está no artigo 234 do CTB e é considerada


de natureza gravíssima. Veja o dispositivo abaixo:
“Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilitação e de identifi­
cação do veículo:
Infração - gravíssima;
Penalidade -multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa -remoção do veiculo.”

552- Quanto à sinalização horizontal, as cores utilizadas nas pinturas de


símbolos de pessoas portadoras de deficiência física, em áreas especiais
de estacionamento ou de parada para embarque e desembarque, são as
a) azul e branca.
b) branca e amarela,
ç) vermelha e branca.
d) amarela e preta.
e) preta e branca.

Questão conforme a resolução n° 160/04, ítem 2.2.6., “b ” Mais uma vez foi
valorizada a memorização.

/ 553- São unidades refletivas fixadas em suporte, destinadas a alertar o con-


dutor do veiculo quando houver alteração do alinhamento horizontal
da via. Trata-se de
a) Dispositivos Delimita dores.
b) Marcadores de Perigo.
c) Marcadores de Alinhamento.

Leandro Macedo 56
Prova 03 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRF da 4* Região/FCC/2007

d) Dispositivos de Canalização.
e) Dispositivos de Proteção Contínua.

Dispositivo previsto na Resolução n° 160/04, item 3.3., sendo apenas um dos


dispositivos de sinalização de alerta, além dos marcadores de obstáculos
e de perigo.

554- Com relação às normas de circulação e conduta, considere:


, I. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocida­
de máxima estabelecida, respeitadas as condições operacionais de
trânsito e da via,
II. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da pista de ro­
lamento, preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no
bordo direito da pista, sempre que não houver acostamento, podendo
os mesmos circular em qualquer via urbana.
III. O estacionamento dos veicuios motorizados de duas rodas será feito
em posição perpendicular à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela,
salvo quando houver sinalização que determine outra condição.
£ correto o que consta em
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e Kl, apenas.
e) III, apenas.

Item I: de acordo com o artigo 62 do CTB. Caso o condutor não cumpra o


previsto nesta norma de circulação, cometerá a infração contida no artigo
219 do CTB, de natureza média e penalidade de multa.
Item II: contém um erro em sua parte final, pois os ciclomotores não podem
transitar em qualquer via, de acordo com o artigo 57 do CTB. Neste vem
expresso que este tipo de veiculo não pode transitar em vias de trânsito
rápido.
Item III: de acordo com o artigo 48, § 2odo CTB. Veja também o artigo 181,
inciso IV do CTB, que trata da infração daquele que estaciona em desacordo
com as posições, comentendo uma infração de natureza média.

57 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

555- É uma penalidade presente no CTB, aplicável às infrações de trânsito


nele previstas:
, . , /i-1 / ;
a} A retenção do veículo.
b) A apreensão do veículo.
c) A remoção do veículo.
d) O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação.
e) O recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual.

As penalidades se encontram no artigo 256 do CTB; as outras alternativas


são medidas administrativas eiencadas no artigo 269 do código. Veja os
dispositivos:
“Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas
neste Código e dentro de sua circunscríção, deverá aplicar, às infrações nele
previstas, as seguintes penalidades:
I. advertência por escrito;
ír-^ A C- A í-l
II. multa; •' ' / ,
III. suspensão do direito de dirigir;
IV. apreensão do veículo;
V. cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI. cassação da Permissão para Dirigir;
VII. freqüência obrigatória em curso de reciclagem.”

“Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das compe­


tências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscríção, deverá
adotar as seguintes medidas administrativas;
I. retenção do veículo; M & £m.
II. remoção do veículo;
III. recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
IV. recolhimento da Permissão para Dirigir;
V. recolhimento do Certificado de Registro;
VI. recolhimento do Certificado de Licenciamento Anuaí;
VIL (VETADO)
VIII.transbordo do excesso de carga;
IX. realização de teste de dosagem de alcooiemia ou perícia de subs
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica;

Leandro Macedo 58
Prova 03 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRF da 4* Região/FCC/2007

X. recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de


domínio.das vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários,
após o pagamento de muitas e encargos devidos.
XI. realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática
de primeiros socorros e de direção veicular ”

Quanto à tração, os veicuios classificam-se em: automotor, elétrico, de


propulsão humana, de tração animal e
a) utilitário.
b) ciclomotor.
c) reboque ou semi-reboque.
d) triciclo.
e) caminhão-trator.

Questão de acordo com o artigo 96, inciso I do CTB. Trata-se de reprodução


literal do dispositivo, não necessitando, assim, de maiores explicações.

Implementar as medidas da Política Nacíonai de Trânsito e do Programa


Nacional de Trânsito é de competência
a) do CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito.
b) das Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal.
c) do órgão máximo executivo de trânsito da União.
d) dos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios, no âmbito de sua circunscríção.
e) dos Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e do Conselho de
Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE.

Competência prevista no artigo.21, inciso X do CTB. Sobre a Política Nacio­


nal de Trânsito, devemos saber que suas diretrizes competem ao CONTAN,
de acordo com artigo 12,1, do CTB (ver resolução n° 166/04), A fiscalização
de seu cumprimento é apreciada pelo Denatran, conforme artigo 19, II, e sua
implementação ficou a cargo dos.órgãos e entidades executivos, executivos
rodoviários e a PRF. Veja artigos 20, VIL 21, X, 22 , XI, e 24, XIV.

59 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

Gabarito

546. D
547. E
548. A
549. E
550. C
551. B
552. A
553. C
554. D
555. B
556. C
557. D

Leandro Mncedo 60
Prova 04
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRT da 2a Região/FCC/2007

534- Quanto à espécie, os veículos classificam-se em: de passageiros, de carga,


misto, de competição, especial, de coleção, e
a) de aluguel.
b) elétrico.
c) de tração.
d) de aprendizagem.
e) de tração animal.

A questão cobrou memorização do artigo 96, inciso II, alíneas “a”, “b”, "c”,
“d”, V , uf” e “g” do CTB.

535- À esquerda estão indicados os sinais sonoros de apito, que são utilizados
em conjunto com os gestos dos Agentes de Autoridade de Trânsito. À
direita, quando estes devem ser utilizados.

Sinais sonoros de apito Utilização


I. um silvo breve . 1. indicar parada obrigatória.
II. dois silvos breves /j 2 . quando for necessário, fazer diminuir a
III. um silvo longo marcha dos veicuios.
\ 3. liberar o trânsito em direção ou sentido
indicado pelo agente.
A correlação correta é
a) 1-1, II-2 , III-3.
b) 1-1, II-3, III-2 .
c) 1-2, II-3, III-l.
d) 1-3, IM , III-2 .
e) 1-3, II-2, III-l.

Assunto tratado pela resolução n° 160/04, ítem 7, que informa os sinais do apito
do agente de trânsito, quando serão empregados e seus significados. Esclarece,
ainda, que deverão ser utilizados em conjunto com os gestos dos agentes. As­
sunto freqüentemente abordado em provas anteriores. Veja abaixo:

61
Provas Comentadas

7. SINAIS SONOROS
Sinais de apito Significado Emprego

liberar o trânsito em direção / sentido


um silvo breve siga
indicado pelo agente

dois silvos breves pare indicar parada obrigatória


diminuir a quando for necessário, fazer diminuir
um silvo longo
marcha a marcha dos veicuios

Os sinais sonoros devem ser utilizados somente em conjunto com os ges­


tos dos agentes.

536- Dentre os Dispositivos Auxiliares existem os Dispositivos de Proteção


Continua, que são elementos colocados de forma contínua e permanente
ao longo da via, para evitar que veículos e/ou pedestres transponham
determinado local e evitar ou dificultar a interferência de um fluxo de
veículos sobre o fluxo oposto.
Um tipo de Dispositivo de Proteção Continua são os
a) dispositivos antiofuscamento.
b) tapumes.
c) cilindros delimitadores.
d) dispositivos luminosos.
e) marcadores de alinhamento.

A questão foi uma inovação nas provas da FCC, pois nunca fora cobrada.
Baseou-se na resolução n° 160/04 do CONTRAN, itens 3 e 3.5. São dispo­
sitivos de proteção contínua:

Tipos de Dispositivo para Fluxo de Pedestres e Ciclistas;


-Gradis de retenção e canalização; gradii maleável e gradii rígido.
-Dispositivos de Contenção e Bloqueio: grade de contenção.

Tipos de Dispositivo para Fluxo Veicular:


-Barreira de concreto;
-Defensa metálica;
-Dispositivos antiofuscamento.

Leandro Macedo 62
Prova 04 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRT da 2* Região/FCC/2007

537- Na classificação da sinalização horizontal existem as marcas transversais


que ordenam os deslocamentos frontais dos veicuios e os harmonizam
com os deslocamentos de outros veículos e dos pedestres, assim como
informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a velocidade e
indicam travessia de pedestres e posições de parada.
Um tipo de marca transversal são as
a) legendas.
b) linhas de bordo.
c} marcas de canalização.
d) inscrições no pavimento.
e) linhas de retenção.

O gabarito está de acordo com a resolução n° 160/04 do CONTRAN, em


seu item 2.2.3, “a”

538- Correlacione os sinais de advertência representados à esquerda com a


denominação correta à direita.
Sinais de advertência Denominação correta

63 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

A correlação correta é
a) 1-1, II-2 , III-3, IV-4.
b) 1-1,11-4, III-2,IV-3.
c) 1-2, II-l, III-3, IV-4.
d) 1-2,11-3, III-4, IV-1.
e) 1-4, II-2, III-l, IV-3.

O gabarito está de acordo com a resolução n° 160/04, que traz a sinaliza­


ção de advertência e seu significado em seu item 1.2.3.

539- À esquerda estão descritas algumas infrações de trânsito previstas no


Código de Trânsito Brasileiro (CTB). À direita estão as suas naturezas.

Infrações de trânsito Natureza

I. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de po­ 1. Leve


sição, quando o veículo estiver parado, para fins de
embarque ou desembarque de passageiros e carga
ou descarga de mercadorias.
2. Média
II. Transitar com o veiculo derramando, lançando
ou arrastando sobre a via, carga que esteja trans­
portando.
III. Conduzir o veiculo sem acionar o limpador de 3. Grave
pára-brisa sob chuva.
IV. Estacionar o veiculo nos acostamentos, salvo
motivo de força maior.
4. Gravíssima

A correlação correta é:
a) 1-1, II-2, III-4, IV-3.
b) 1-1, IT4, III-3, IV-2.
c) 1-2, II-4, III-3, IV-1.
d) 1-3, II-l, III-2, IV-4.
e) 1-4, H-3, III-l, IV-2 .

A questão, bastante comum em concursos realizados pela Fundação Car­


los Chagas, cobrou do candidato memorização das infrações previstas no
CTB, respectivamente nos artigos 249,231, mciso II, alínea “a”, 230, Inciso
XIX, e 181, mciso V.

Leandro Mncedo 64
Prova 04 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRT da 2’ Região/FCC/2007

540. É uma medida administrativa presente no CTB, aplicável ás infrações


de trânsito nele previstas. ^
Trata-se de
a) cassação da Carteira Nacíonai de Habilitação.
b) suspensão do direito de dirigir.
c) freqüência obrigatória em curso de reciclagem.
d) apreensão do veiculo.
e) remoção do veiculo.

A opção correta está prevista no rol de medidas administrativas do artigo


269, inciso II do CTB. As demais opções são penalidades e constam no
artigo 256. Veja-os abaixo:

“Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabele­


cidas neste Código e dentro de sua circunscríção, deverá aplicar, às infra­
ções nele previstas, as seguintes penalidades:
I- advertência por escrito;
II - multa,*
III - suspensão do direito de dirigir;
IV - apreensão do veiculo;
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI ~ cassação da Permissão para Dirigir;
VII - freqüência obrigatória em curso de reciclagem.”

“Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das compe­


tências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscríção, deverá
adotar as seguintes medidas administrativas:
I - retenção do veiculo;
II - remoção do veículo;
III - recolhimento da Carteira Nacíonai de Habilitação;
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
V- recolhimento do Certificado de Registro;
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
VII - (VETADO)
VIU - transbordo do excesso de carga;
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância
entorpecente ou que determine dependência físíca ou psíquica;

65 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas
$
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias ena faixa de
domínio das vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários,
após o pagamento de multas e encargos devidos;
XI - realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática
de primeiros socorros e de direção veicular. (Incluído pela Lei n° 9,602,
de 1998).”

541. Considere as seguintes competências:


I. Aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados - DETRAN -
compete julgar os recursos interpostos contra decisões das JARIS - Jun­
tas Administrativas de Recursos de Infrações.
II. Aos Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN - e ao Conselho de
Trânsito do Distrito Federal - CONTRADIFE compete estabelecer as
normas regulamentadoras referidas no CTB e as diretrizes da Política
Nacional de Trânsito.
III. Ao órgão máximo executivo de trânsito da União, compete expedir:
a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação, os Cer­
tificados de Registro e o Licenciamento Anual, mediante delegação aos
órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal.
É correto o que consta em
a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

O Io item se encontra errado, pois é competência do CETRAN e do


CONTRADIFE ou CONTRAN julgar os recursos interpostos contra de­
cisões das Jaris de acordo com o artigo'289 do CTB, e não dos órgãos e
entidades executivos de trânsito dos Estados. O 2° item está errado, pois
estabelecer as normas regulamentadoras referidas no CTB e as dire­
trizes da Política Nacional de Trânsito é competência do CONTRAN,
prevista no artigo 12, mciso I, e não do CETRAN e do CONTRADIFE.
0 3o item está de acordo com o artigo 19, inciso V II, do CTB. Veja os
dispositivos abaixo:
“Art. 12. Compete ao CONTRAN:

1 -estabelecer as normas regulamentares referidas neste Código e as dire­


trizes da Política Nacional de Trânsito;”

Leandro Macedo 66
Prova 04 - Técnico Judiriáno/Area: Segurança e Transporte/TRT da 2* Região/FCC/2007

“Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será apreciado no prazo
de trinta dias:
I - tratando-se de penalidade imposta peio órgão ou entidade de trânsito
da União:
a) em caso de suspensão do direito de dirigir por mais de seis meses, cas­
sação do documento de habilitação ou penalidade por infrações gravíssi­
mas, peio CONTRAN;
b) nos demais casos, por colegiado especial integrado peio Coordenador-
Gerai da JARI, pelo Presidente da Junta que apreciou o recurso e por mais
um Presidente de Junta;
II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade de trânsi­
to estadual, municipal ou do Distrito Federal, pelos CETRAN E CON-
TRANDIFE, respectivamente.
Parágrafo único. No caso da alínea V do inciso I, quando houver apenas
uma JARI, o recurso sera julgado por seus próprios membros.”
"Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União:
VII -expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação,
os Certificados de Registro e o de Licenciamento Anual mediante delega­
ção aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal.”

542. Em uma via urbana sem passeios, onde a sinalização permitir, a circula­
ção de pedestres deverá ocorrer, sem comprometimento da segurança,

a) com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista de rolamento,


em fila única.
b) com prioridade sobre os veículos, no sentido contrário de desloca­
mento dos veículos, pelos bordos da pista de rolamento.
c) com prioridade sobre os veículos, no mesmo sentido ao deslocamento
dos veículos, pelos bordos da pista de rolamento.
d) nos bordos da pista de rolamento, em fila única, porém com a priori­
dade sendo dos veículos.
e) no sentido-contrário ao de deslocamento dos veicuios, pelos bordos
da pista de rolamento, porém com a prioridade sendo dos veicuios.

Importante o candidato perceber que em uma área rural, o fluxo de pedes­


tre será no sentido contrário ao de veículos, já nas áreas urbanas, o fluxo
^gqde ser nos dois sentidas pela pista de rolamento, quando não houver
Tocai apropriado para o trânsito de pedestres. Veja o artigo 68 do CTB;

67 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

"Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens


apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para cir­
culação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte
da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pe­
destres.
§ IoO ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre
em direitos e deveres.
§ 2o Nas áreas urbanas, quando não .houver passeios ou quando não for
possível a utilização destes, a circulação de pedestres na pista de rolamento
será feita com prioridade sobre os veícuios, peios bordos da pista, em fila
única, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a
segurança ficar comprometida.
§ 3o Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quando não for
possível a utilização dele, a circulação de pedestres, na pista de rolamento,
será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila
única, em sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais
proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar com­
prometida.
§ 4o (VETADO)
§ 5o Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a serem cons­
truídas, deverá ser previsto passeio destinado â circulação dos pedestres,
que não deverão, nessas condições, usar o acostamento.
§ 6o Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para pedestres, o
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via deverá assegurar a devida
sinalização e proteção para circulação de pedestres ”

543. Considere as seguintes afirmativas:


I. Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima
para ônibus nas rodovias será de 90 km/h.
II. Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade m inim a
nas vias urbanas de trânsito rápido não poderá ser inferior a 40 km/h,
respeitando as condições operacionais de transito e da via.
III. Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxi­
ma para automóveis nas estradas será de 70 km/h.
B correto o que consta em
a) I, apenas.

Leandro Macedo 68
Prova 04 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRT da 2a Região/FCC/2007

b) I e IX, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

Assunto sempre abordado em provas, não apresenta grandes dificulda­


des. O Io item está de acordo com o artigo 61, inciso II, alínea “a”, item
2 . O 2 ° item exigiu um pouco mais da atenção do candidato, pois cobrou
0 conhecimento simultâneo de dois artigos do CTB, o 61, § Io, inciso I,
alínea “a” e o 62. Tá o erro do 3° item está expresso no artigo 61, § Io, II,
“b” que nos diz que a velocidade máxima na situação apresentada seria
de 60 Km/h.

544. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir o veiculo de


transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de
produto perigoso, o candidato deverá preencher, entre outros, o seguin­
te requisito:
a) ser maior de dezoito anos.
b) estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria C, quando pre­
tender habilitar-se na categoria E.
c} estar habilitado no mínimo há três anos na categoria B, quando pre­
tender habilitar-se na categoria D.
d) não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser rein­
cidente em infrações médias durante os últimos doze meses.
e) .estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria C, quando pre­
tender habilitar-se na categoria D.

Trata-se da reprodução literal do artigo 145 do CTB, mostrado abaixo:


“Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veiculo
de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de
produto perigoso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos:
1- ser maior de vinte e um anos;
II - estar habilitado:
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um ano na
categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria D; e
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na
categoria E;
III - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser rein­
cidente em infrações médias durante os últimos doze meses;

69 legislação de Trânsito
Provas Comentadas

IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de


prática veicular em situação de risco, nos termos da normatização do
CONTRAN.”

545 . Segundo o CTB, a sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:


a) as normas de circulação e outros sinais prevalecem sobre as ordens
do agente de trânsito.
b) a sinalização vertical de indicação prevalece sobre a sinalização ver­
tical de regulamentação.
c) as indicações do semáforo prevalecem sobre os demais sinais.
d) as demais normas de trânsito prevalecem sobre as indicações dos sinais.
e) as demais normas de trânsito prevalecem sobre as indicações do se­
máforo.

Assunto exaustivamente abordado em provas anteriores. O gabarito está


de acordo com o artigo 89, inciso II do CTB. Devemos interpretar o dispo­
sitivo da seguinte forma, quanto á ordem de preferência:
| Io-As ordens do agente.
I 2o-Semáforo.
\j 3o-Demais sinais.
4o-Normas de Circulação.

Gabarito

534. C
535. D
536. A
537. E
538. D
539. C
540. E
541. B
542. A
543. B
544. D
545. C

Leandro Macedo 70
Prova 05
Técnico de Apoio Especializado/
Área: Transporte/MPU/FCC/2007

523- Aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de sinalização e os


dispositivos e equipamentos de trânsito é de competência
a) da Polícia Rodoviária Federal,
b) dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos municípios.
c) dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
Federal.
d) do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN,
e) dos Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN - e do Conselho de
Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDXFE.

O examinador quis cobrar nesta questão conhecimento sobre competên­


cias no CTB, mais especificamente a expressa no artigo 12, inciso XX, que
teve sua redação cobrada na integra. O artigo se refere às competências do
CONTRAN.

524- Quanto ao uso de luzes em veículo, considere as afirmativas abaixo.


I. O condutor manterá acesos os faróis do veiculo, utilizando luz baixa
durante a noite e durante o dia nos túneis providos de iluminação
pública.
IX. Nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao
cruzar com outro veículo ou ao segui-lo.
III, O condutor utilizará o pisca-alerta no caso de chuva forte ou neblina.
IV. O condutor manterá acesas, à noite, as luzes baixas dos faróis, quan­
do o veículo estiver parado para fins de embarque ou desembarque
de passageiros.
Ê correto o que se afirma em
a) Xe II, apenas.
b) III e IV, apenas,
c} I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

71
Provas Comentadas

A questão exigiu bastante atenção do candidato, pois os conceitos cobra­


dos são parecidos. Sendo assim, analisaremos cada situação exposta para
melhor entendimento.
I. Houve neste item apenas a reprodução literal do artigo 40, inciso I do
CTB, que trata da utilização de luz baixa durante a noite, e durante o dia
em túneis providos de iluminação pública. No caso de o condutor utilizar
os faróis altos, cometerá uma infração de natureza leve prevista no artigo
224 do CTB. Veja abaixo:
“Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá ás seguintes determinações:
I. o condutor manterá acesos os faróis do veiculo, utilizando luz baixa
durante a noite, e durante o dia nos túneis providos de iluminação
pública.”
“Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias providas de
iluminação pública:
Infração -leve;
Penalidade -multa.”
II. Novamente reprodução literal do artigo 40 do CTB, mas dessa vez de
seu inciso II, que prevê que o condutor deve usar luz alta nas vias não
iluminadas, salvo ao cruzar com outros veículos ou ao segui-los.
III. Não há previsão expressa no CTB de utilização de písca-alerta no caso
de forte chuva ou neblina. O uso do písca-alerta se dará nos casos
previstos no artigo 40, inciso V, alíneas "a” e “b” do CTB. O Código,
no seu artigo 40, inciso IV, prevê o uso, sim, de luz de posição, sob
chuva forte, neblina ou cerração.
IV. No artigo 40, inciso V II do CTB vem expresso que em opera­
ção de carga ou descarga, à noite, deve-se ligar a luz de posição.
Inserimos aqui o artigo 40 e incisos, assim como os conceitos de luz
baixa e luz de posição, previstos no ANEXO I do CTB.
“Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações:
í. O condutor manterá acesos os faróis do veiculo, utilizando luz baixa
durante a noite, e durante o dia nos túneis providos de iluminação
pública;
II. Nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar
com outro veiculo ou ao segui-lo;
IV. O condutor manterá acesas pelo menos as luzes de posição do veículo
quando sob chuva forte, neblina ou cerração;
V. O condutor utilizará o písca-alerta nas seguintes situações:
a) em ímobílizações ou situações de emergência.
b) quando a regulamentação da via assim o determinar.

Leandro Macedo 72
Prova 05 - Técnico de Apoio Especializado/Área: Transporte/MPU/FCC/2007

VII. o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o


veiculo estiver parado para fins de embarque ou desembarque de
passageiros e carga ou descarga de mercadorias/1

ANEXO I do CTB:
LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) -luz do veiculo destinada a indicar a presença
e a largura do veiculo.
LUZ BAIXA -facho de luz do veiculo destinada a iluminar a vía diante do
veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos con­
dutores e outros usuários da via que venham em sentido contrário.

525- Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima


para ônibus nas rodovias e nas estradas é de, respectivamente,
a) 60Km/h e 40Km/h.
b) 8 GKm/h e 50Km/h.
c) 90Km/h e 60Km/h.
d) lOOKm/h e 80Km/h.
e) llOICm/h e 60Km/h.
Questão sobre o artigo 61, § 1°, inciso II, alínea “a” do CTB, que prevê a ve­
locidade, em vias não sinalizadas, para ônibus e microônibus de 90 km/h, e
em estradas de 60 km/h, independentemente do tipo de veiculo.

526™ Os sinais de trânsito classificam-se em verticais, horizontais, luminosos,


sonoros, gestos do agente de trânsito e do condutor e
a) marcadores de alinhamento.
b) marcas viárias.
c) dispositivos de segurança.
d) cones e barreiras.
e) dispositivos de sinalização auxiliar.

Trata-se da reprodução literal do artigo 87 do CTB e seus incisos. Veja abaixo:


“Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:
I. verticais;
II. horizontais;
III. dispositivos de sinalização auxiliar;
IV. luminosos;
V. sonoros;
VI. gestos do agente de trânsito e do condutor.’

73 Legislação de Tiánsi^o
Provas Comentadas

527- Correlacione as descrições das infrações de trânsito previstas no CTB


com suas naturezas.

Infrações previstas no CTB Natureza

I. Ultrapassar veiculo em movimento que integre 1. Gravíssima


cortejo, préstito, desfile e formações militares,
salvo com autorização da autoridade de trânsito
2. Grave
ou de seus agentes.
II. Transitar com façol desregulado ou com o fa­
3. Média
cho de luz alta de forma a perturbar a visão de
outro condutor.
4. Leve
III. Utilizar-se de veículo para, em via pública,
demonstrar ou exibir manobra perigosa, arran­
cada brusca, derrapagem ou frenagem com desli­
zamento ou arrastamento de pneus.
IV. Usar o veiculo para arremessar, sobre os pe- :
destres ou veículos, água ou detritos.

A correlação correta é

a) I~l,II-2,UI-3,IV-4.
b) 1-4, II-2, III-I, IV-3.
c) 1-3, II-4, III-2, IV-1.
d) 1-2, II-3, III-4, IV-1.
e) 1-3, II-l, III-2 , IV-4.

Item I: Previsto no artigo 205 do CTB, que tem como penalidade muita.
Natureza leve.
Item II: Previsto no artigo 223 do CTB, que tem como penalidade muita e
medida administrativa de retenção do veiculo para regularização. Natureza
grave.
Item III: Previsto no artigo 175, que tem como penalidade multa, suspen­
são do direito de dirigir e apreensão do veículo, medida administrativa de
recolhimento do documento de habilitação e remoção do veícuío. Natureza
gravíssima.
Item IV: Previsto no artigo 171 do CTB, que tem como penalidade muita.
Natureza média.

Leandro Macedo 74
Prova 05 —Técnico de Apoio Especializado/Área: Transporte/MPU/FCC/2007

528- O condutor que estacionar o veícuio no acostamento, salvo por motivo


de força maior, estará passível de ser punido com:
a) Muita e apreensão do veiculo.
b) Multa apenas.
c) Multa e remoção de veículo.
d) Multa e recolhimento da Permissão para Dirigir ou da Carteira Na­
cional de Habilitação.
e) Advertência por escrito e retenção do veículo.

A alternativa correta é a letra C, por se tratar de infração de natureza íeve,


prevista no artigo 181, inciso VII.

529- Correlacione as placas com a denominação correta.

1 -Pista dividida

2 -Mão dupla adiante

3 -Inicio de pista dupla

4 -Fim de pista dupla

A correlação correta é

a) i-3,n-4,in-i,rv-2.
b) 1-3, II-2, III-l, IV-4.
c) 1-1, II-2 , III-3, IV-4.
d) 1-4, II-l, III-2, IV-3.
e) 1-2, II-3, III-4, IV-1.

A denominação das placas de advertência está prevista na Resolução n° 160/04


no item 1.2.3. Trata-se de simples teste de memorização.

75 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

530- As dimensões recomendadas em metros para os sinais verticais (placas)


de regulamentação de forma circular para as vias urbanas de trânsito rá­
pido, demais vias urbanas, estradas e rodovias, são, respectivamente,
a) 0,75; 0,50; 0,75; 1,00.
b) 0,50; 0,50; 0,50; 0,75.
c) 0,40; 0,50; 0,75; 0,90.
d) 0,50; 0,75; 0,75; 1,00.
e) 0,75; 0,75; 1,00; 1,25.

O examinador valorizou novamente a memorização. A fundamentação


da questão aparece de forma expressa na resolução n° 160/04, item 1.1.3.
Veja abaixo:
1.1.3. Dimensões Recomendadas
a) sinais de forma circular

Via a) Diâmetro b) Tarja c) Orla


Urbana (trânsito rápido) 0,75 0,075 0,075
Urbana (demais vias) 0,50 0,050 0,050
Ruraí (estrada) 0,75 0,075 0,075
Rural (rodovia) 1,00 0,100 0,100

531- Com relação â sinalização vertical, observe as colunas abaixo.

Cor de fundo de placas Tipo

I. Amarela I . Indicação de identificação de municípios.


II. Azul 2. Indicação educativa.
III. Marrom 3. Advertência.
IV. Branca 4. Indicação de atrativos turísticos.

A correlação correta é:
a) 1-3, II-2, III-l, IV-4.
b) 1-4, II-2 , III-l, IV-3.
c) 1-1, II-4, III-2, IV-3.
d) 1-3, II-l, III-4, IV-2.
e) 1-2, II-4, III-3, IV-1.

Leandro Macedo 76
Prova 05 - Técnico de Apoio Especializado/Área: Transporte/MPU/FCC/2007

As cores de fundo das placas estão previstas na resolução n° 160/04 itens


1.2.1, 1.3.1 b, 1.3.3 e 1.3.5, que dispõem sobre como deverão ser as placas
de advertência, as cores das placas de identificação de municípios, as
cores das placas educativas e as cores das placas de atrativos turísticos,
respectivamente.

532- A sinalização horizontal é classificada em marcas longitudinais, marcas


transversais, marcas de canalização, marcas de delimitação e controle
de estacionamento e/ou parada e
a} marcas oblíquas.
b) inscrições no pavimento.
c) marcas de fixação.
d) dispositivos auxiliares.
e} dispositivos de sinalização de alerta.

Questão de acordo com a resolução n° 160/04, ítem 2.2.

533- Correlacione os sinais sonoros de apito que são utilizados em conjunto


com os gestos dos Agentes de Autoridades de Trânsito com os seus sig­
nificados.
I. Um silvo breve / 1. Pare
IX. Dois silvos breves 2 . Diminua a marcha
III. Um silvo longo\ 3. Siga

A correlação correta é:

a) 1-3, II-l, III-2.


b) M,Il-2,.III-3.
c) 1-2,11-3,111-1.
d) M , II-3, III-2.
e) 1-3,11-2,111-1.

Os sinais sonoros estão previstos também na resolução n° 160/04, item 7.


Inserimos aqui o quadro qu se encontra na referida resolução.

77 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

Sinais do apito Significado Emprego


Um silvo breve Siga Liberar o trânsito em direção/
sentido indicado pelo agente.
Dois silvos breves Pare Indicar parada obrigatória.
Um silvo longo Diminuir a marcha Quando necessário, fazer dimi­
nuir a marcha dos veículos.

Gabarito

523. D
524. A
525. C
526. E
527. B
528. C
529. E
530. A
531. D
532. B
533. A

Leandro Macedo 78
Prova 06
Motorista/Prefeitura Municipal de Vitória/
Cespe-UnB/2007

Em 20/4/2007, véspera do 47° aniversário da capital federai, um trágico


acidente entre um ônibus e um veiculo de transporte de passageiros do tipo
van causou a morte de seis pessoas e deixou outras nove feridas. Por volta de
6 h, um ônibus de turismo destinado ao transporte de passageiros saiu de sua
faixa e bateu de frente contra uma van que estava na faixa contrária. Passa­
geiros da van contaram que o motorista do ônibus, além de não prestar nem
solicitar nenhuma forma de socorro, fugiu a pé com a esposa e a filha de três
anos. Todos os feridos e mortos estavam na lotação.
Segundo a Polícia Militar, a van estava com a documentação em dia e
viajava, de acordo com registro do tacógrafo, a 40 km/h — a velocidade má­
xima da via é de 60 km/h — e transportava sua lotação máxima permitida: 16
passageiros, todos adultos.
Correio Braziliense. 20/4/2007. Internet: <www.correioweb.com.br> (com adaptações).

Com referência aos fatos narrados no texto acima, julgue os seguintes itens.

505- Se, ao fim da investigação do acidente, ficar provado que o motorista do


ônibus de turismo possuía carteira nacional de habilitação (CNH) de
categoria inferior à exigida para a condução desse tipo de veículo, sua
CNH será cassada imediatamente.

A questão teve como base o artigo 265 do CTB, mostrando uma violação
expressa no dispositivo, uma vez que é previsto para a situação narrada o
processo administrativo, o qual foi regulamentado peía resolução n° 182/05.
Veja os dispositivos abaixo:
“Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação
do documento de habilitação serão aplicadas por decisão fundamentada da
autoridade de trânsito competente, em processo administrativo, assegurado
ao infrator amplo direito de defesa ”
Resolução n° 182, de 09 de setembro de 2005:
"Art. Io. Estabelecer o procedimento administrativo para aplicação das pe­
nalidades de suspensão do direito de dirigir e cassação da Carteira Nacional
de Habilitação - CNH.

79
Provas Comentadas

Parágrafo único. Esta resolução não se aplica â Permissão para Dirigir de


que tratam os §§ 3o e 4o do art. 148 do CTB.
Art. 2o. As penalidades de que trata esta resolução serão aplicadas pefa
autoridade de trânsito do órgão de registro da habilitação, em processo
administrativo, assegurada a ampia defesa.
Parágrafo único. Os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito
- SNT - que aplicam penalidades deverão prover os órgãos de trânsito de
registro da habilitação das informações necessárias ao cumprimento desta
resolução.
Art. 3° A penalidade de suspensão do direito de dirigir será imposta nos
seguintes casos:
I - sempre que o infrator atingir a contagem de vinte pontos, no período
de 12 (doze) meses;
II - por transgressão às normas estabelecidas no CTB, cujas infrações
prevêem, de forma específica, a penalidade de suspensão do direito de
dirigir.
Art. 4o. Esta resolução regulamenta o procedimento administrativo para a
aplicação da penalidade de cassação da Carteira Nacional de Habilitação
para os casos prevjístos nos incisos I e II do artigo 263 do CTB.
Parágrafo único. A regra estabelecida no inciso III do Art. 263 só será
aplicada após regulamentação específica do CONTRAN.

II - DA SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR


SEÇÃO I - POR PONTUAÇÃO
Art. 5o. Para fins de cumprimento do disposto no mcíso I do Art. 3o desta
resolução, a data do cometímento da mfração deverá ser considerada para
estabelecer o período de 12(doze) meses.
Art. 6o. Esgotados todos os meios de defesa da mfração na esfera adminis­
trativa, os pontos serão considerados para fins de instauração de processo
administrativo para aplicação da penalidade de suspensão do direito de
dirigir.
§ 1° Os órgãos e entidades do SNT que aplicam penalidades deverão co­
municar aos órgãos de registro da habilitação o momento em que os pontos
provenientes das multas por eles aplicadas poderão ser computados nos
prontuários dos infratores.
§ 2o, Se a mfração cometida for objeto de recurso em tramitação na esfera
administrativa ou de apreciação judicial, os pontos correspondentes íica-

Leandro Macedo 80
Prova 06 - Motorista/Prefeitura Municipal de Vitória/Cespe*UnB/2007

rão suspensos até o julgamento e, sendo mantida a penalidade, os mesmos


serão computados, observado o período de doze meses, considerada a data
da infração.
Art. 7o. Será instaurado processo administrativo para aplicação da penali­
dade de suspensão do direito de dirigir quando a soma dos pontos relativos
às infrações cometidas atingir, no período de doze meses, vinte pontos.
§ i°. Será instaurado um único processo administrativo para aplicação da
penalidade de suspensão do direito de dirigir mesmo que a soma dos pontos
referida no caput deste artigo ultrapasse vinte no período de doze meses.
§ 2o. Os pontos relativos às infrações que prevêem, de forma especifica, a
aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir não serão com­
putados para fins da aplicação da mesma penalidade na forma prevista no
inciso I do artigo 3o desta resolução.
SEÇÃO II - POR INFRAÇÃO
Art. 8°. Para fins de cumprimento do disposto no inciso II do Art. 3o desta
resolução, será instaurado processo administrativo para aplicação da pena­
lidade de suspensão do direito de dirigir quando esgotados todos os meios
de defesa da infração na esfera administrativa.

III - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO


Art. 9o. O ato ínstaurador do processo administrativo conterá o nome, qua­
lificação do infrator, a infração com descrição sucmta do fato e indicação
dos dispositivos legais pertinentes.
Parágrafo Ünico. Instaurado o processo, far-se-á a respectiva anotação no
prontuário do infrator, a qual não constituirá qualquer impedimento ao
exercício dos seus direitos.
Art. 10. A autoridade de trânsito competente para impor as penalidades de
que trata esta Resolução deverá expedir notificação ao infrator, contendo,
no mínimo, os seguintes dados:
a identificação do infrator e do órgão de registro da habilitação;
a finalidade da notificação:
dar ciência da instauração do processo administrativo;
estabelecer data do término do prazo para apresentação da defesa;
os fatos e fundamentos legais pertinentes da infração ou das infrações que
ensejaram a abertura do processo administrativo, informando sobre cada
infração:

81 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

n.° do auto;
órgão ou entidade que aplicou a penalidade de muita;
placa do veículo;
tipificação;
data, local, hora;
número de pontos;
somatória dos pontos, quando for o caso.
§ i°. A notificação será' expedida ao infrator por remessa postai, por meio
tecnológico hábil ou por os outros meios que assegurem a sua ciência;
§ 2o, Esgotados todos os meios previstos para notificar o infrator, a notifi­
cação dar-se-á por edital, na forma da lei;
§ 3o. A ciência da instauração do processo e da data do término do prazo
para apresentação da defesa também poderá se dar no próprio órgão ou
entidade de trânsito responsável pelo processo.
§ 4o. Da notificação constará a data do término do prazo para a apresentação
da defesa, que não será inferior a quinze dias contados a partir da data da
notificação da instauração do processo administrativo.
§ 5°. A notificação devolvida por desatualização do endereço do infrator no
RENACH será considerada válida para todos os efeitos legais.
§ 6°, A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repartições con­
sulares de carreira e de representações de organismos internacionais e de
seus integrantes será remetida ao Ministério das Relações Exteriores para
as providências cabíveis, passando a correr os prazos a partir do seu co­
nhecimento pelo infrator.

IV - DA DEFESA
Art. 11. A defesa deverá ser interposta por escrito, no prazo estabelecido,
contendo, no mínimo, os seguintes dados:
I - nome do órgão de registro da habilitação a que se dirige;
II - qualificação do infrator;
III -exposição dos fatos, fundamentação legai do pedido, documentos que
comprovem a alegação;
IV - data e assinatura do requerente ou de seu representante legal.
§ Io. A defesa deverá ser acompanhada de cópia de identificação civil que
comprove a assinatura do infrator;

Leandro Macedo 82
Prova 06 - Motorista/Prefeitura Municipal de Vitória/Cespe-UnB/2007

§ 2° O infrator poderá ser representado por procurador legalmente habi­


litado mediante apresentação de procuração, na forma da lei, sob pena de
não conhecimento da defesa.
Art. 12. Recebida a defesa, a instrução do processo far-se-á através de adoção
das medidas julgadas pertinentes, requeridas ou de ofício, inclusive quanto
á requisição de informações a demais órgãos ou entidades de trânsito.
Parágrafo único. Os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito,
quando solicitados, deverão disponibilizar, em até trinta dias contados do
recebimento da solicitação, os documentos e informações necessários à
instrução do processo administrativo.
V - DO JULGAMENTO
Art. 13. Concluída a análise do processo administrativo, a autoridade do
órgão de registro da habilitação proferirá decisão motivada e fundamen­
tada.
Art. 14. Acolhidas as razões de defesa, o processo será arquivado, dando-se
ciência ao interessado.
Art. 15. Em caso de não acolhimento da defesa ou do seu não exercício no
prazo legal, a autoridade de trânsito aplicará a penalidade.

VI - DA APLICAÇÃO DA PENALIDADE
Art. 16. Na aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir a
autoridade levará em conta a gravidade da infração, as circunstâncias em
que foi cometida e os antecedentes do infrator para estabelecer o período
da suspensão, na forma do art. 261 do CTB, observados os seguintes cri­
térios:
I - Para infratores não reincidentes na penalidade de suspensão do direito
de dirigir no período de doze meses:
de 01 (um) a 03 (três) meses, para penalidades de suspensão do direito de
dirigir aplicadas em razão de infrações para as quais não sejam previstas
multas agravadas;
de 02 (dois) a 07 (sete) meses, para penalidades de suspensão do direito de
dirigir aplicadas em razão de infrações para as quais sejam previstas multas
agravadas com fator multiplicador de três vezes;
de 04 (quatro) a 12 (doze) meses, para penalidades de suspensão do direito
de dirigir aplicadas em razão de infrações para as quais sejam previstas
muitas agravadas com fator multiplicador de cinco vezes.

83 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

II - Para infratores reincidentes na penalidade de suspensão do direito


de dirigir no período de doze meses:
de 06 (seis) a 10 (dez) meses, para penalidades de suspensão do direito de
dirigir aplicadas em razão de infrações para as quais não sejam previstas
multas agravadas;
de 08 (oito) a 16 (dezesseis) meses, para penalidades de suspensão do direito
de dirigir aplicadas em razão de infrações para as quais sejam previstas
multas agravadas com fator multiplicador de três vezes;
de 12 (doze) a 24 (vinte e quatro) meses, para penalidades de suspensão
do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações para as quais sejam
previstas muitas agravadas- com fator multiplicador de cinco vezes.
Àrt. 17. Aplicada a penalidade, a autoridade notificará o infrator utilizando o
mesmo procedimento dos §§ Ioe 2odo Art. 10 desta resolução, para interpor
recurso ou entregar sua CNH no órgão de registro da habilitação, até a data
do término do prazo constante na notificação, que não será inferior a trinta
dias contados a partir da data da notificação da aplicação da penalidade,
Art. 18. Da notificação da aplicação da penalidade constarão, no mínimo,
os seguintes dados:
I. identificação do órgão de registro da habilitação, responsável pela apli­
cação da penalidade;
II. identificação do infrator e número do registro da CNH;
III. número do processo administrativo;
IV. a penalidade aplicada e sua fundamentação legai; data do térmmo do
prazo para interpor recurso junto à TARI.
VII - DO CUMPRIMENTO DA PENALIDADE
Art. 19. Mantida a penalidade pelos órgãos recursais ou não havendo inter-
posíção de recurso, a autoridade de trânsito notificará o infrator, utilizando o
mesmo procedimento dos §§ Ioe 2odo Art. 10 desta resolução, para entregar
sua CNH até a data do término do prazo constante na notificação, que não
será inferior a 48 (quarenta e oito) horas contadas a partir da notificação,
sob as penas da lei.
§ Io, Encerrado o prazo previsto no caput deste artigo, a imposição da
penalidade será inscrita no RENACH.
§ 2o. Será anotada no RENACH a data do micio do efetivo cumprimento
da penalidade.

Leandro Macedo 84
Prova 06 - Motorista/Prefeitura Municipal de Vitóna/Cespe-UnB/2007

§ 3o. Sendo o infrator flagrado conduzindo veículo, encerrado o prazo para


a entrega da CNH, será instaurado processo administrativo de cassação do
direito de dirigir, nos termos do inciso I do artigo 263 do CTB.
Art. 20 . A CNH ficará apreendida e acostada aos autos e será devolvida ao
infrator depois de cumprido o prazo de suspensão do direito de dirigir e
comprovada a realização do curso de reciclagem.
Art. 21. Decorridos dois anos da cassação da CNH, o infrator poderá re­
querer a sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à
habilitação, na forma estabelecida no § 2a do artigo 263 do CTB.

VIII - DA PRESCRIÇÃO
Art. 22. A pretensão punitiva das penalidades de suspensão do direito de
dirigir e cassação de CNH prescreverá em cinco anos, contados a partir
da data do cometimento da mfração que ensejar a instauração do processo
administrativo.
Parágrafo único. O prazo prescricional será interrompido com a notificação
estabelecida na forma do artigo 10 desta resolução.
Art. 23. A pretensão executória das penalidades de suspensão do direito
de dirigir e cassação da CNH prescreve em cinco anos contados a partir
da data da notificação para a entrega da CNH, prevista no Art. 19 desta
resolução.

IX - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS


Art. 24. No curso do processo administrativo de que trata esta resolução
não incidirá nenhuma restrição no prontuário do infrator, inclusive para
fins de mudança de categoria da CNH, renovação e transferência para
outra unidade da Federação, até a notificação para a entrega da CNH, de
que trata o Art. 19.
§ 1° O processo administrativo deverá ser concluído no órgão executivo
estadual de trânsito que o instaurou, mesmo que haja transferência do
prontuário para outra unidade da Federação.
§ 2° O órgão executivo estadual de trânsito que instaurou o processo e apli­
cou a penalidade de suspensão do direito de dirigir ou cassação da CNFI
deverá comumcá-la ao órgão executivo estadual de trânsito para onde foi
transferido o prontuário, para fins de seu efetivo cumprimento.
Art. 25. As defesas e os recursos não serão conhecidos quando interpos­
tos:
I - fora do prazo;

85 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

II -por quem não seja parte legitima.


Parágrafo uníco. O não-conhecimento do recurso não impede a autoridade
de trânsito e as instâncias recursais de reverem de oficio ato ilegal, desde
que não ocorrida a preclusão administrativa.
Art. 26. Na contagem dos prazos, excluir-se-á o dia do inicio e incluir-se-á
o do vencimento, e consíderar-se-ão os dias consecutivos.
A rt 27. A autenticação das cópias dos documentos exigidos poderá ser feita
por servidor do órgão de trânsito, á vista dos originais.
Art. 28. Fica o órgão'máximo executivo de trânsito da União autorizado
a expedir instruções necessárias para o píeno funcionamento do disposto
nesta resolução, objetivando sempre a pratícidade e a agilidade das opera­
ções, em benefício do cidadão usuário dos serviços.
Art. 29. Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federai
terão até o dia 01 de março de 2006 para adequarem seus procedimentos
aos termos da presente resolução.
Art. 30. Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas
às disposições em contrário, em especial a resolução n° 54/98 ”

506- Ao fugir do local do acidente sem “prestar nem solicitar nenhuma forma
de socorro” o motorista do ônibus cometeu crime de trânsito que pode
ser punido com pena de detenção de seis meses a um ano.

0 condutor envolvido que foge do local do acidente sem prestar socorro


responde pelo artigo 304 do CTB, podendo a circunstância ser enquadrada
como aumentativo de pena, caso viesse combinada com o homicídio culposo
ou lesão corporal culposa provocada na direção de veiculo automotor. Veja
os dispositivos a seguir:
“Art. 302. Praticar homicídio culposo na díreção de veiculo automotor:
Penas -detenção de dois a quatro anos e suspensão ou proibição de se obter
a permissão ou a habilitação para dirigir veiculo automotor.
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo
automotor, a pena é aumentada de um terço a metade, se o agente:
1 - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal,
à vitima do acidente;

Leandro Macedo 86
Prova 06 - Motorista/Prefeitura Municipal de Vftória/Cespe-UnB/2007

IV -no exercícío de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo


de transporte de passageiros.
V - estiver sob a influência de álcooi ou substância tóxica ou entorpecente
de efeitos análogos. ('Incluído pela Lei n° 11.275, de 2006).”
"Art. 304. Deixar o condutor do veiculo, na ocasião do acidente, de prestar
imediato socorro à vitima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa
causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas -detenção de seis meses a um ano ou multa, se o fato não constituir
elemento de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do
veiculo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate
de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.”

507- Mencionado no texto, o tacógrafo é um equipamento que, embora não


seja obrigatório para veicuios utilizados no transporte de passageiros, é
muito útil ao condutor, pois permite controlar com precisão a velocidade
desenvolvida pelo veiculo.

O tacógrafo é um equipamento obrigatório para veículos com capacida­


de para mais de 10 passageiros, exceto veicuios registrados na categoria
particular, nos quais seu uso é facultativo, conforme a resolução n° 14/98,
artigo 2o, III, “b”, daí conseguimos extrair o primeiro erro da questão. Ê
importante perceber que o tacógrafo não tem a finalidade de informar a
velocidade do veículo ao condutor, função esta do velocímetro. De outra
forma, o tacógrafo é na verdade uma espécie de “caixa preta” do veículo,
a ser analisada pela perícia em caso de acidente com vitima e fiscalizada
quanto ao seu funcionamento por agentes de trânsito.

508- Considerando-se apenas as informações do texto, não há como saber se


o motorista da van estava devidamente habilitado para conduzir veiculo
destinado ao transporte de passageiros.

Conforme mencionado no texto da questão, a referência é apenas quanto


aos documentos relativos ao veiculo; não há nenhuma menção aos docu­
mentos do condutor.

509- Na situação descrita, o motorista do ônibus, ao transitar com seu veiculo


pela contramão de direção, cometeu infração de trânsito grave, passível
de punição com multa.

87 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

Questão de acordo com o artigo 186,1 do CTB, que exige do candidato


memorização das infrações de trânsito. Veja o dispositivo abaixo:
“Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:
í -vias com duplo sentido de circulação, exceto para ultrapassar outro veí­
culo e apenas pelo tempo necessário, respeitada a preferência do veiculo
que transitar em sentido contrário:
Infração -grave;
Penalidade -multa;”

510- De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), para conduzir seus
veículos, o motorista da van e o do ônibus deveriam ter, respectivamente,
CNH de categorias D e E.

Conforme previsão do CTB em seu artigo 143, mciso IV, tanto o motorista
da van quanto o do ônibus deveriam ser habilitados na categoria D, pois
estavam conduzindo veículos cuja lotação excede a oito lugares (ônibus e
microônibus). Veja o dispositivo abaixo:
“Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obe­
decida a seguinte gradação:
I~ Categoria A -condutor de veiculo motorizado de duas ou três rodas,
com ou sem carro lateral;
II - Categoria B - condutor de veiculo motorizado, não abrangido pela
categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos
quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do
motorista;
III- Categoria C -condutor de veiculo motorizado utilizado em transporte
de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilo-
gramas;
ÍV- Categoria D -condutor de veículo motorizado utilizado no transporte
de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do mo­
torista;
V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que a unidade
tratora se enquadre nas Categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada,
reboque, semi-reboque ou articulada tenha seis mil quilogramas ou
mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a oito lugares, ou,
ainda, seja enquadrado na categoria trailer.”

Leandro A/\ncedo 88
Prova 06 - Motorista/Prefeitura Municipal de Vitória/Cespe-UnB/2007

511- As medidas administrativas e penalidades que forem impostas ao mo­


torista do ônibus não o livrarão da responsabilidade pelo cometimento
de eventuais crimes de trânsito.

A questão teve por base o artigo 256, parágrafo Io do CTB. Veja o dispo­
sitivo abaixo:
“Art. 256 § Io. A aplicação das penalidades previstas neste Código não elide
as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito,
conforme disposições de lei.”

512- De acordo com a resolução pertinente do CONTRAN, para circular em


via pública, os veicuios mencionados no texto — van e ônibus — devem
ter, obrigatoriamente, extintor de incêndio com as seguintes capacidades
mínimas de agente extintor: 2 kg e 4 kg, respectivamente.
A questão trata da resolução n° 157/04 (suspensa pela deliberação 69/08 do
CONTRAN), que fixa especificações para extintores de incêndio. Confor­
me o artigo 4o, parágrafo único, inciso III da referida resolução, o extintor
exigido para os veicuios tratados na questão é o de 4 Kg. Vale lembrar que
a van abordada no enunciado é um microônibus (art. 96, II, ‘V , 8), por
isso a exigência de extmtor de 4 kg.

513- Se, além de adultos, houvesse menores de idade entre os passageiros da


van, todos eles, independentemente da idade, deveriam ter sido acomo­
dados nos bancos de trás do veículo.
O examinador tentou confundir o candidato, pois a obrigação de transporte
no banco traseiro é para os menores de 10 anos, e não para os menores de
idade, conforme o artigo 64 do CTB, com exceções dadas pela resolução
n° 15/98. Veja o dispositivo abaixo:
“Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos devem ser transportadas
nos bancos traseiros, salvo exceções regulamentadas peio CONTRAN.”

514- Na via de trânsito mencionada no texto, a velocidade mínima permiti­


da, em condições normais de circulação, ê de 30 km/h. Entretanto, em
situações excepcionais, essa velocidade poderá ser inferior a 30 km/h.
Como veio expresso no texto que a velocidade máxima da via era de 60
Km/h, então a mínima será de 30 Km/h, por força do artigo 62 do CTB.
Veja abaixo:
“Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior â metade da ve­
locidade máxima estabelecida, respeitadas as condições operacionais de
trânsito e da via.”

89 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

515- Considerando que ambos os veicuios mencionados no texto tenham sido


fabricados em 2001 e se destinassem ao transporte de passageiros apenas
em percurso em que não seja permitido viajar em pé, é correto afirmar
que todos os bancos de ambos os veículos, tanto para passageiros quanto
para condutores, devem ter cinto de segurança.

A questão foi elaborada com base no artigo 105, inciso I do CTB, combinado
com a resolução n° 14/98, artigo 2o, inciso IV. Caso fosse permitido transitar
com passageiro em pé, não seria exigido cmto de segurança,

516- Considerando que a via em que ocorreu o acidente narrado no texto é


uma via com duas faixas de trânsito de sentidos opostos, comumente
conhecida como via de mão dupla, é correto afirmar que as marcações
da sinalização horizontal dessa via são feitas na cor banca.

Conforme a resolução n° 160/04, item 2.2.1. a e a resolução n° 236/07,


itens 4.4.2 e 5, a sinalização horizontal, marcas longitudinais, para o caso
exposto na questão deve ser feita na cor amarela, podendo ser seccionada,
caso seja permitida a ultrapassagem, ou contínua, caso seja proibida a uí-
trapassagem.

Em um posto de fiscalização, um agente da autoridade de trânsito interceptou


um caminhão de carga com peso excedente. Na oportunidade, embora estives­
se chovendo, o veiculo estava com seus limpadores de pára-brisas desligados.

A propósito dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir.

517- Na situação considerada, para o veículo seguir viagem, será exigido o


transbordo da carga com peso excedente às custas do proprietário do
veiculo. Entretanto, o transbordo não livrará o proprietário da multa
aplicável. Se não for possível o transbordo de imediato, o veiculo será
recolhido ao depósito.

A questão teve por base o artigo 275 do CTB e seu parágrafo único. Veja os
dispositivos abaixo, lembrando que, embora o transbordo seja por conta do
proprietário do veículo, a multa será do embarcador ou transportador, por
força da resolução n° 108/99.
“Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é condição para que
o veiculo possa prosseguir viagem e será efetuado às expensas do proprie­
tário do veículo, sem prejuízo da multa aplicável.

Leandro Macedo 90
Prova 06 - Motorista/Prefeitura Municipal de Vitória/Cespe-UnB/2007

Parágrafo único. Não sendo possível desde iogo atender ao disposto neste
artigo, o veículo será recolhido ao depósito, sendo liberado após sanada a
irregularidade e pagas as despesas de remoção e estada.”
Resolução n° 108, de 21 de dezembro de 1999.
“Art. Io, Fica estabelecido que o proprietário do veículo será sempre res­
ponsável pelo pagamento da penalidade de multa, independente da infra­
ção cometida, até mesmo quando o condutor for indicado como condutor-
mfrator nos termos da lei, não devendo ser registrado ou licenciado o ve­
ículo sem que o seu proprietário efetue o pagamento do débito de muitas,
excetuando-se as infrações resultantes de excesso de peso que obedecem ao
determinado no Art. 257 e parágrafos do Código de Trânsito Brasileiro.
Art. 2o. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação”

518- O condutor do caminhão não cometeu infração de trânsito por não ter
ligado o limpador de pára-brisas, pois esse equipamento, além de não ser
obrigatório, pode, ou não, ser usado sob chuva, a depender das condições
de visibilidade da pista e da capacidade visual do motorista,

A exigência do equipamento mencionado na questão está prevista no arti­


go Io, inciso Xda.resolução n° 14/98, e ao deixar de utilizá-lo sob chuva, o
condutor cometerá a infração prevista no artigo 230, inciso XIX do CTB.

Julgue os itens que se seguem, relativos às placas de sinalização vertical cor­


respondentes às figuras acima.

519- As figuras mostradas ilustram três placas de advertência e uma placa de


regulamentação.

Conforme a resolução n° 160/04, as duas primeiras placas apresentadas


são regulamentação, respectivamente R-l e R-8, e as outras duas são de
advertência, respectivamente A-27 e A-44.

91 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

520- Entre as placas mostradas, duas delas alertam o condutor quanto à exis­
tência de condição adversa da pista.

O examinador tentou confundir o candidato quanto à interpretação das


placas de advertência, pois a A-27 se refere a condições adversas da via
(projeção de cascalho) e a A-44 adverte quanto á condição adversa de tempo
(vento lateral).

521- Das placas mostradas, duas têm o fundo pintado em amarelo e as bordas
em preto.

Conforme previsão da resolução n° 160/04, item 1.2.1., as píacas de adver­


tência deverão ter fundo amarelo e bordas em preto. Veja as duas questões
anteriores.

522- A placa em formato circular determina que, no trecho por ela sinaliza­
do, c proibido mudar de faixa ou pista de trânsito da esquerda para a
direita.

A questão está de acordo com a resolução nD160/04, item 1.1.4., que trata
do conjunto de sinais de regulamentação, especificamente da placa R-8.

Gabarito

505. Errado 514. Certo


506. Certo 515. Certo
507. Errado 516. Errado
508. Certo 517. Certo
509. Certo 518. Errado \

510. Errado 519. Errado


511. Certo 520. Errado
512. Errado 521. Certo
513. Errado 522. Certo

Leandro Macedo 92
Prova 07
Guarda Municipal de Aracaju - SE/
Cespe-UnB/2007

No que se refere a noções de legislação de trânsito, julgue os seguintes itens.

495- O Conselho Nacíonai de Trânsito (CONTRAN), com sede no Distrito


Federai, é presidido pelo dirigente do órgão máximo executivo de trânsito
da União e inclui, em sua composição, entre outros, o comandante da
polícia militar e o diretor do departamento de trânsito de cada unidade
da Federação.

A questão se refere ao artigo 10 do CTB e seus incisos, que informam por


quem será presidido o CONTRAN e quai será sua composição. Conforme
a previsão deste artigo, não há menção de que o comandante da polícia mi­
litar e o diretor do departamento de trânsito farão parte dessa composição.
Veja o dispositivo abaixo:
“Art. 10. O Conselho Nacíonai de Trânsito - CONTRAN - com sede no
Distrito Federal e presidido pelo dirigente do órgão máximo,exec utivo de
trânsito da União, tem a seguinte composição: ^ U*vTR / V■ !
III -um representante do Ministério da Ciência e Tecnologia;
IV -um representante do Ministério da Educação e do Desporto;
V -um representante do Ministério do Exército;
VI - um representante do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia
Legal;
VII -um representante do Ministério dos Transportes;
XX - um representante do ministério ou órgão coordenador máximo do
Sistema Nacional de Trânsito;
XXII -um representante do Ministério da Saúde.
X XIII - um representante do Ministério da Justiça. (Incluído pela Lei n°

— -l 11.705, de 2008) “

496- A fim de diminuir a disparidade de força entre o pedestre e o condutor


de veículo automotor, em nenhuma situação será permitido o tráfego de
veículos sobre passeios, calçadas e acostamentos.

93
Provas Comentadas

A questão contraria o artigo 29, V, do CTB, uma vez que em situações espe­
cíficas é permitido o trânsito de veículos automotores nos referidos locais,
conforme mostrado abaixo:
“Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação
obedecerá às seguintes normas:
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos só
poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais
de estacionamento.”

497- De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), as ordens do agente


de trânsito têm prevalência sobre as normas de circulação. Isso significa
dizer que, mesmo em uma rodovia devidamente sinalizada, um agente
de trânsito pode, em caráter excepcional, determinar que o tráfego seja
feito na contramão de direção.

Trata-se de reprodução do artigo 89 do CTB, onde as ordens do agente, além de


prevalência sobre os sinais, têm prevalência sobre as normas de circulação.

498- Pedestre que, embora estando próximo à faixa própria para a travessia
de pedestres, atravessar a via fora da faixa estará cometendo infração
passível de apenação com multa.

A questão é reprodução expressa do artigo 254, V, do CTB e trata de uma


infração de natureza leve e penalidade de multa com valor de 50% do valor
aplicado a infrações leves. Veja o dispositivo abaixo:
"Art. 254. É proibido ao pedestre:
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las
onde for permitido:
II -cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes ou túneis, salvo onde
exista permissão;
III -atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver
sinalização para esse fim;
IV -utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou
para a prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em
casos especiais e com a devida licença da autoridade competente;
V -andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea;
VI -desobedecer à sinalização de trânsito específica.
- Infração -leve;
Penalidade -multa, em 50% (cinqüenta por cento), do valor da infração de
natureza leve.”

Leandro Macedo 94
Prova 07 ~ Guarda Muniapa! de Aracaju - SE/Cespe-UnB/2007

499- Embora as obras de construção civil sejam, normalmente, autorizadas


pelas prefeituras municipais, quando se tratar de obra que possa pertur­
bar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar
em risco sua segurança, também será necessária permissão prévia do
órgão ou da entidade de trânsito com círcunscrição sobre a via.

Assunto pouco abordado em provas, mas de grande importância, pois está


ligado ao principio da fLudez do tráfego. Refere-se ao artigo 95 do CTB, que
informa que qualquer obra ou evento que venha perturbar ou interromper
a livre circulação deverá ter autorização prévia do órgão ou entidade com
círcunscrição sobre a via. Veja o dispositivo abaixo:
“Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a
livre circulação de veicuios e pedestres, ou colocar em risco sua segurança,
será iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade de trânsito com
círcunscrição sobre a via.
§ IoA obrigação de sinalizar é do responsável pela execução ou manutenção
da obra ou do evento.
§ 2o Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito com cir-
cunscrição sobre a via avisará a comunidade, por intermédio dos meios
de comunicação social, com quarenta e oito horas de antecedência, de
qualquer interdição da via, indicando-se os caminhos alternativos a serem
utilizados.
§ 3o Á inobservância do disposto neste artigo será punida com multa que
varia entre cinqüenta e trezentas UFIR, independentemente das cominações
eiveis e penais cabíveis.
§ 4o Ao servidor público responsável pela inobservância de qualquer das
normas previstas neste e nos Arts. 93 e 94, a autoridade de trânsito aplicará
multa diária na base de cinqüenta por cento do dia de vencimento ou remu­
neração devida enquanto permanecer a irregularidade."(grifo nosso)

500- Embora evidencie preocupação com a segurança dos indivíduos, o CTB


admite, em situações excepcionais, que passageiros sejam transportados
em veículos de carga.

Assunto bastante cobrado em provas realizadas pelo Cespe. Questão ex­


traída do artigo 108 do CTB e resolução n° 82/98. Veja as situações excep­
cionais abaixo:
“Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com cir-
cunscrição sobre a via poderá autorizar, a titulo precário, o transporte de

95 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

passageiros em veículo de carga ou misto, desde que obedecidas as condições


de segurança estabelecidas neste Código e pelo CONTRAN.
Parágrafo único. A autorização citada no caput não poderá exceder a doze
meses, prazo a partir do qual a autoridade pública responsável deverá im­
plantar o serviço regular de transporte coletivo de passageiros, em confor­
midade com a legislação pertinente e com os dispositivos deste Código."

501- Para os fins do que dispõe o CTB, todos os veicuios que forem impor­
tados para o uso por consulados e embaixadas serão dispensados tanto
do registro de veículo quanto do licenciamento anual de veículos.

Conforme consta no artigo 3° do CTB, as disposições previstas neste Có­


digo se aplicam a qualquer veículo, independentemente de sua destmação
ou origem, conforme a redação abaixo:
“Art. 3o. Às disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veículo, bem
como aos proprietários, condutores dos veicuios nacionais ou estrangeiros
e às pessoas nele expressamente mencionadas.”

502. Considere a seguinte situação hipotética.


Na rodovia conhecida como Linha Verde, que liga Salvador a Aracaju,
Sérgio, que não era habilitado, conduzia um veículo automotor cuja con­
dução exigia habilitação na categoria C quando avistou, bem ao longe,
uma barreira policial. Ato contínuo, parou o veiculo e entregou sua con­
dução a Júlio, que era habilitado na categoria B. Júlio conduziu o veículo
até Aracaju, não tendo sido parado em nenhuma barreira policial.
Nessa situação, não houve cometimento de infração, já que Júlio não foi
flagrado por nenhum agente de trânsito.

Conforme a previsão do CTB, houve, por parte de Sérgio, o cometimento


da infração elencada no artigo 162, inciso I, que é de natureza gravíssima,
com penalidade de multa e apreensão do veículo. Quanto a Júlio, ocorreu
a infração de natureza gravíssima com penalidade de multa, apreensão
do veiculo e medida administrativa de recolhimento do documento de
habilitação, que consta no inciso III do mesmo artigo. Independentemente
de terem sido ou não abordados por um agente de trânsito, as infrações
foram cometidas. A autuação, caso ocorresse, deveria ter sido lavrada em
flagrante. Quanto à entrega da direção, que e uma infração típica de pro­
prietário, não é possível afirmar que ocorreu, pois a questão não diz quem
é o proprietário do veiculo.

Leandro Macedo 96
Prova 07 - Guarda Municipal de Aracaiu - SE/Cespe-UnB/2007

503- Considere a seguinte situação hipotética.


Na avenida Santos Dumont, em Aracaju, sob chuva de pouca intensida­
de, Júnior, que não é habilitado para a condução de veiculo automotor,
conduzia um automóvel sem acionar o limpador de pára-brisa.
Nessa situação, Júnior cometeu duas infrações: uma gravíssima, por não
estar habilitado; outra grave, por não acionar o limpador de para-brisa
sob chuva. Entretanto, em face do princípio da não~cumulativídade,
a autoridade de trânsito que eventualmente o flagrar somente poderá
aplicar uma penalidade, correspondente á maior infração.

Embora a primeira parte da questão esteja de acordo com os artigos 162,


inciso I e 230, mciso X IX do CTB, a segunda não se ajusta ao artigo 266 do
CTB, que informa a possibilidade de as infrações se acumularem. Assunto
bastante abordado em provas anteriores. Veja os dispositivos abaixo:
“Art. 162. Dirigir veiculo:
I -sem possuir Carteira Nacionaí de Habilitação ou Permissão para Dirigir:
Infração -gravíssima;
Penalidade -multa (três vezes) e apreensão do veiculo.”

“Art. 230. Conduzir o veiculo:


XIX -sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva:
Infração -grave;
Penalidade -multa;
Medida administrativa -retenção do veiculo para regularização.”

“Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infra­


ções, ser-Ihe-ão aplicadas, cumulativamente, as respectivas penalidades.”

504. Considere a seguinte situação hipotética.

Em uma auto-escola, o aluno Mário perguntou a seu colega Lúcio se ele


sabia quais eram todos os equipamentos obrigatórios de que os veículos
automotores atualmente fabricados no Brasil devem estar dotados para
que possam circular em vias públicas. Lúcio informou que não sabia de
todos, mas acreditava que esses equipamentos incluíam, entre outros,
os seguintes: pára-choques dianteiro e traseiro; lanternas de posição
traseiras de cor vermelha; lanterna de iluminação da placa traseira, de
cor branca; velocímetro; buzina; e extintor de incêndio.

97 Legislação de Trânsito
Provas Comentadas

Nessa situação, Lúcio mencionou corretamente alguns equipamentos


obrigatórios previstos em resolução do CONTRAN a respeito dessa
matéria.

A questão cobrou memorização dos equipamentos obrigatórios previstos


na resolução n° 14/98, artigo Io, inciso I do CONTRAN.

Gabarito

495. Errado
496. Errado
497. Certo
498. Certo
499. Certo
500. Certo
501. Errado
502. Errado
503. Errado
504. Certo

Leandro Macedo 98
Prova 08
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRF da Ia Região/FCC/2006

487- Estimular e orientar a execução de campanhas educativas de trânsito, bem


como julgar os recursos interpostos contra decisões das JARI - Juntas
Administrativas de Recursos de Infrações - é de competência
a) dos Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN - e do Conselho de
Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE.
b) dos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados
e do Distrito Federal.
c) da Polícia Rodoviária Federal e das Polícias Militares dos Estados e
do Distrito Federal.
d) dos órgãos e entidades executivos de trânsito do Distrito Federal e
dos municípios.
e) do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN.

A questão está cobrando a literalidade do artigo 14, incisos IV e V, "a” do


CTB. Veja abaixo:
“Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN - e ao
Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE:
IV. estimular e orientar a execução de campanhas educativas de trânsito;
V. juígar os recursos interpostos contra decisões:
a) das JARI;
b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de inaptidão perma­
nente constatados nos exames de aptidão física, mental ou psicológica.”

488- Onde NÃO existir sinalização regulamentadora, as velocidades máximas


permitidas para automóveis nas vias rurais são:
a) Nas rodovias de lOOKm/h e nas estradas de 60Km/h,
b) Nas rodovias de HOKm/h e nas estradas de 60Km/h.
c) Nas rodovias de llOKm/h e nas estradas de 8 QKm/h.
d) Nas rodovias de 120Km/h e nas estradas de 80Km/h.
e) Nas rodovias de 120Km/h e nas estradas de 90Km/h.

99
Provas Comentadas

Importante ressaltar que as velocidades que estão previstas no artigo 61,


§ Io inciso II do CTB são apenas para vias não sinalizadas, como já men­
cionado. No caso acima, tanto automóveis como camioneta e motocicleta,
em rodovias não sinalizadas, têm como limite de velocidade 110 Km/h.

489- Quando um Agente da Autoridade de Trânsito tiver necessidade de di­


minuir a marcha dos veículos em uma via, deverá emitir, em conjunto
com as ordens emanadas por gestos, o seguinte sínai de apito:
a) Um silvo longo e um silvo breve.
b) Dois silvos longos.
c) Dois silvos breves.
d) Um silvo longo.
e) Um silvo breve.

Questão baseada na resolução n° 160/04, item 7. Deve-se emitir um silvo


longo.

490- A sinalização horizontal se apresenta nas cores


a) amarela, verde e branca.
b) amarela, branca, verde e azul.
c) amarela, verde, vermelha e preta.
d) amarela, vermelha, branca, verde e azul.
e) amarela, vermelha, branca, azul e preta.

Questão de acordo com a resolução n° 160/04, item 2.1.2. Veja abaixo a


aplicação das cores:
-Amarela: utilizada na regulação de fluxos de sentidos opostos, na delimi­
tação de espaços proibidos para estacionamento e/ou parada e na marcação
de obstáculos.
-Vermelha: utilizada para proporcionar contraste, quando necessário, entre
a marca viária e o pavimento das ciclofaixas e/ou ciclovias, na parte interna
destas, associada à linha de bordo branca ou â linha de divisão de fluxo de
mesmo sentido e nos símbolos de hospitais e farmácias (cruz).
-Branca: utilizada na regulação de fluxos de mesmo sentido; na delimitação
de trechos de vias, destinados ao estacionamento regulamentado de veículos

Leandro Macedo 100


Prova 08 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRF da 1a Região/FCC/2006

em condições especiais; na marcação de faixas de travessias de pedestres,


símbolos e legendas.
- Azul: utilizada nas pinturas de símbolos de pessoas portadoras de de­
ficiência física, em áreas especiais de estacionamento ou de parada para
embarque e desembarque.
- Preta; utilizada para proporcionar contraste entre o pavimento e a pin­
tura.

491- A placa de advertência denomina-se:

a) Pista dividida,
b) Fim de pista dupla.
c) Início de pista dupla.
d) Mão dupla adiante.
e) Estreitamento de pista ao centro.

Conforme previsão da resolução n° 160/04, ítem 1.2.3, placa À-42a.


A alternativa correta se encontra na letra C.

492- A um condutor que tenha cometido uma infração de trânsito, nos casos
previstos no Código de Trânsito Brasileiro, uma das medidas adminis­
trativas passível de ser adotada pela autoridade de trânsito é: jv^í p
a) O recolhimento da Carteira Nacíonai de Habilitação. 9''^
b) A freqüência obrigatória em curso de reciclagem, p
c) A cassação da Permissão para Dirigir.
d) A suspensão do direito de dirigir.
e) A advertência por escrito.

A alternativa correta, prevista no artigo 269 do CTB, encontra-se na letra


A, que relaciona todas as medidas administrativas admitidas no Código.
As outras alternativas são penalidades elencadas no artigo 256.

101 Legistaçao de Trânsito


Provas Comentadas

493 - Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar habilitado:


a) No mínimo, há dois anos na categoria B e não ter cometido nenhuma
infração gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias ou graves,
durante os últimos vinte e quatro meses.
b) No mínimo, há dois anos na categoria B e não ter cometido nenhuma
infração média, grave ou gravíssima nos últimos doze meses.
c) No mínimo, há um ano na categoria B e não ter cometido nenhuma
infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias,
durante os últimos doze meses.
d) Na categoria B, ser menor de vinte e um anos e não ser reincidente
em infração grave ou gravíssima durante os últimos doze meses.
e) Na categoria B, independentemente do tempo de habilitação, ser
maior de vinte e um anos e não ser reincidente em infração grave ou
gravíssima durante os últimos vinte e quatro meses.

Conforme previsão do artigo 143, § Io do CTB,


“Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obe­
decida a seguinte gradação:
§ Io Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar habilitado no
mínimo há um ano na categoria B e não ter cometido nenhuma infração
grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias, durante os
últimos doze meses.”

494- Um veículo estacionado numa via deverá guardar uma distância entre
o pára-choque e o bordo do alinhamento da via transversal de, no m í­
nimo
a) 1 metro.
b) 2 metros.
c) 3 metros.
d) 4 metros.
e) 5 metros.

Caso o condutor estacione a uma distância inferior à prevista na questão,


estará cometendo a infração do artigo 181, inciso I do CTB, que é de natu­
reza média, penalidade de multa, medida administrativa e remoção. Veja
o dispositivo abaixo:

Leandro Macedo 102


Prova 08 - Técnico J u d ic iá r io / Á r e a : Segurança e Transporte/TRF d a 1* Regiao/FCC/2006

“Art. 181. Estacionar o veiculo:


I. nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento
da via transversal:
Infração -média;
Penalidade -muita;
Medida administrativa -remoção do veicuío.”

103 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Gabarito

487. A
488. B
489. D
490. E
491. C
492. A
493. C
494. E

Leandro Macedo
Prova 09
Procurador Autárquico/Detran - PA/
Cespe-UnB/2006

483- À luz do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), assinale a opção correta.


a) Respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via, em uma
rodovia onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade
mínima para motocicletas é de 55 quilômetros por hora.
b) O condutor que, durante o cumprimento de suspensão do direito de
dirigir, desrespeitar essa punição deve ser punido com a cassação do
documento de habilitação. Nesse caso, visando a incoiumidade dos
usuários do sistema de trânsito, a cassação deve ser imposta suma­
riamente pela autoridade de trânsito.
c) Decorrido um ano da cassação da Carteira Nacional de Habilitação,
o infrator pode requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os
exames necessários á habilitação, na forma estabelecida pelo CON-
TRAN.
d) Pode ser imposta a penalidade de advertência por escrito á infração de
natureza leve, média ou grave, passível de punição com multa, desde
que o infrator não seja reincidente, na mesma infração, nos últimos
doze meses, e que autoridade, considerando o prontuário do infrator,
entenda esta providência como mais educativa.

Opção A: Item correto. Ao analisarmos os artigos 61, § i°, inciso II, alínea
“a”, 62 e 219, do CTB, entendemos que a velocidade permitida para motoci­
cletas em vias não-sínaiizadas é de 110 km/h e que sua velocidade mínima
não poderá ser inferior â metade da máxima, então não poderá ser inferior
a 55 km/h, como exposto na questão, respeitadas as condições operacionais
de trânsito e da via. A questão exigiu o conhecimento de todos os artigos
mencionados.
“Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio
de sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de
trânsito.
§ Io Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima
será de:

105
Provas Comentadas

110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e


motocicletas.
Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior â metade da velocidade
máxima estabelecida, respeitadas as condições operacionais de trânsito e
.da via.”
“Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior á metade da veloci­
dade máxima estabelecida para a via, retardando ou obstruindo o trânsito, a
menos que as condições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo
se estiver na faixa da direita;
Infração -média;
Penalidade - multa.”
Opção B: Item errado. O erro está na parte finai, tendo em vista que a
cassação dar-se-á sempre mediante processo administrativo, conforme já
comentado neste trabalho, e não de forma sumária. Ver artigo 263, inciso
I, do CTB, e Resolução n° 182/05.
Opção C: Item errado. O prazo para requerimento da habilitação após a
cassação é de 2 (dois) anos. Ver artigo 263, § 2o do CTB e artigo 21 da re­
solução n° 182/05.
Opção D: Item errado. O erro está apenas na inclusão das infrações graves.
O restante está de acordo com o previsto no artigo 267 do CTB. A previsão
legal é apenas de infrações de natureza média ou leve.

484- Inserido no CTB sob o Capítulo X IX -DOS CRIMES DE TRÂNSITO -, o A rt


298 prevê que, entre outras, é circunstância que sempre agrava as penalidades
dos crimes de trânsito ter o condutor do veiculo cometido a infração
I. com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco
de grave dano. patrimonial a terceiros.
II. utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas.
III. com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria
diferente da do veículo.
IV. com validade da Carteira de Habilitação vencida há mais de vinte
dias.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens I e IV estão certos.
b) Apenas os itens II e I II estão certos.
c) Apenas os itens I, II e III estão certos.
d) Todos os itens estão certos.

Leandro Macedo 106


Prova 09 - Procurador Autárquico/Detran - PA/Cespe-UnB/2006

Reprodução literal dos incisos I, II e IV do artigo 298 do CTB, que versa


sobre os agravantes. O item IV - com validade da Carteira de Habilitação
vencida hà mais de vinte dias - foi colocado apenas para confundir o can­
didato, pois não está correto.

485- Com referência à sinalização de trânsito, assinale a opção correta à luz


do Anexo II do CTB.
a) Se uma vía com duas faixas de circulação tiver sinalização horizontal
representada por uma linha central e longitudinal seccíonada, de
cor branca, isso significará que as faixas têm sentidos de circulação
opostos e que é permitida a uitrapassagem nos dois sentidos.
b) Os sinais sonoros (sinais de apito) limitam-se a três: um silvo breve
(siga); dois silvos breves (pare) e um silvo longo (diminuir a marcha),
os quais somente devem ser utilizados em conjunto com os gestos dos
agentes da autoridade de trânsito.
c) Os dispositivos auxiliares de sinalização incluem os dispositivos de uso
temporário, que são elementos utilizados para melhorar a percepção
do condutor quanto aos limites do espaço destinado ao rolamento e
a sua separação em faixas de circulação.
d) Os dispositivos auxiliares de sinalização incluem os dispositivos de-
limitadores, os quais incluem os dispositivos mostrados nas figuras
abaixo: cone (figura I) e balizador (figura II).

F ig u ra ! H g ura I I

Opção A: Item errado, pois a cor branca é utilizada na regulação de fluxos


de mesmo sentido. Ver item 2.1.2 da resolução n° 160/04.
Opção B: Item correto. Reprodução Jiteraí do item 7 da resolução n°
160/04.
Opção C: Item errado. Os dispositivos auxiliares se subdividem, de acordo com
suas funções, em oito grupos, dentre os quais existem os Delimitadores e os

107 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

de Uso Temporário. A definição utilizada é a dos Delimitadores, não dos de


Uso Temporário, como está na questão. Ver item 3 da resolução n° 160/04.
Opção D: Item errado. O erro está apenas no fato de que o cone (Figura I)
é um dispositivo de Uso Temporário, não Delimitador, como o baiizador
(Figura II). Ver itens 3.1 e 3.7 da resoíução n° 160/04.

486- Com referência ao uso de luzes em veículos automotores, assinale a opção


correta.
a) De acordo com o dispositivo pertinente do CTB, o písca-alerta pode
ser usado em imobilizações, em situações de emergência ou para
indicar trânsito lento em trechos de rodovia localizados em região
montanhosa ou em área com neblina ou cerração.
b) Conduzir veiculo sem manter acesas pelo menos as luzes de posição
sob chuva forte, neblina ou cerração constitui conduta passível de
punição pelo cometimento de infração grave.
c) Constitui conduta passível de punição com multa pelo cometimento
de infração leve usar as luzes baixa e alta do veículo de forma intermi­
tente, como forma de advertir a outro condutor, uo fluxo de trânsito
contrário, da existência de posto de fiscalização de trânsito na via.
d) Conduzir motocicleta com os faróis apagados é conduta passível de
punição com suspensão do direito de dirigir e multa pelo cometimento
de infração gravíssima.

Opção A: Item errado. A utilização do písca-alerta para indicar trânsito


lento em trechos de rodovia localizados em região montanhosa ou em área
com neblina ou cerração não consta no CTB. Ver artigos 40, inciso V 251,
e ANEXO I do CTB.
“Art. 40. O uso de luzes em veiculo obedecerá às seguintes determinações:
V. O condutor utilizará o písca-alerta nas seguintes situações:
a) em imobilizações ou situações de emergência;
b) quando a regulamentação da via assim o determinar.
VI. durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa a luz de
placa.”
“Art. 251. Utilizar as luzes do veiculo:
I. o písca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de emergência;
II. baixa e alta de forma intermitente, exceto nas segumtes situações:
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro condutor
que se tem o propósito de ultrapassá-lo;

Leandro Macedo 108


Prova 09 - Procurador Autárquico/Detran - PA/Cespe-UrtB/2006

b) em imobiiizações ou situação de emergência, como advertência, utili­


zando pis ca-alerta:
c) quando a sinalização de regulamentação da vía determinar o uso do
pisca-alerta:
Infração -média;
Penalidade -multa.
Art. 252. Dirigir o veiculo:
I. com o braço do lado de fora;
II. transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre
os braços e pernas;
III. com incapacidade física ou mental temporária que comprometa a
segurança do trânsito;
IV. usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utili­
zação dos pedais;
V. com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamen-
tares de braço, mudar a marcha do veículo, ou acionar equipamentos
e acessórios do veiculo;
VI. utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora
ou de telefone celular;
Infração -média;
Penalidade -multa ”
Opção B: Item errado. A mfração é de natureza média. Ver artigos 40, inciso
IV, e 250, inciso II, do CTB.
“Art. 40. O uso de luzes em veiculo obedecerá às seguintes determinações:
IV. o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de posição do veiculo
quando sob chuva forte, neblina ou cerração;
V. o condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
a) em imobiiizações ou situações de emergência;
b) quando a regulamentação da via assim o determinar.”
“Art. 250. Quando o veicuío estiver em movimento:
II. deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição sob chuva
forte, neblina ou cerração.
Infração -média;
Penalidade -multa.”

109 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Opção C: Item errado. A infração é de natureza média, conforme os artigos


40, inciso III, e 251, inciso II do CTB.
“Art. 40.0 uso de luzes em veiculo obedecerá às seguintes determinações:
III. a troca de iuz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período
de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser
utilizada para indicar a intenção de ultrapassar o veiculo que segue à
frente ou para indicar a existência de risco à segurança para os veicuios
que circulam no sentido contrário ”
“Art. 251. Utilizar as luzes do veicuio:
II. baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes situações:
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro condutor
que se tem o propósito de uitrapassá-io;
b) em imobilizações ou situação de emergência, como advertência, utili­
zando pisca-alerta;
c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar o uso do
pisca-alerta: :
Infração -média;
Penalidade -multa.”
Opção D: Item correto, reprodução literal do artigo 244, inciso IV do
CTB.
“Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e cidomotor:
IV. com os faróis apagados;
Infração -gravíssima;
Penalidade -multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa -Recolhimento do-documento de habilitação.”

Gabarito

483. A
484. C
485. B
486. D

Leandro Macedo 110


Prova 10
Oficial de Transporte/Tribunal de Justiça - RS/
0fficium/2006

467- Um condutor, antes de colocar seu veiculo em circulação nas vias públicas,
deverá verificar se
a) o limpador de pára-brisa está funcionando em pelo menos 3 veloci­
dades.
b) os equipamentos obrigatórios existem e se estão em boas condições
de funcionamento.
c) o tanque de combustível está cheio.
d) as estradas ou rodovias estão em bom estado de conservação,
e) as polícias rodoviárias federal ou estadual estão fazendo blitz, para
não correr o risco de levar uma multa.

Reprodução do artigo 27 do CTB.

468- Em qual das situações abaixo o condutor do veiculo deverá utilizar o


pisca-alerta?
a) Ao realizar ultrapassagem em local sem visibilidade.
b) Ao trafegar sob chuva intensa.
c) Ao acompanhar cortejos fúnebres ou festivos,
d) Ao ocorrerem imobilizações ou situações de emergência,
e) Ao trafegar sob forte nevoeiro.

Ver artigos 40, inciso V, alínea V\ e 251, inciso I, que trazem a sanção para
o uso indevido do pisca-alerta.

469- As vias abertas á circulação classificam-se, de acordo com sua utilização,


em vias urbanas e vias rurais. As vias rurais subclassificam-se em
a) vias arteriais e vias locais.
b) vias de trânsito rápido e rodovias.
c) vias coletoras e estradas.
d) rodovias e estradas.
e) vias coletoras e vias locais.

111
Provas Comentadas

Classificação prevista no artigo 60, inciso II, e aproveitamos para relembrar


o conceito que o ANEXO I nos traz de rodovia (via rural pavimentada) e
estrada (via rural não pavimentada).

470- No caso de fabricação artesanal ou de modificação de veiculo, ou, ainda,


quando ocorrer substituição de equipamento de segurança especificado
pelo fabricante, qual dos documentos abaixo será exigido para licencia­
mento e registro do veiculo?
a) Certificado de Segurança Veicular expedido por instituição técnica
credenciada por órgão ou entidade de metrologia legal, conforme
norma elaborada pelo CONTRAN.
b) Liberação Provisória expedida pelo órgão competente - DETRAN ~
para transitar com o veículo.
c) Comprovante de pagamento de taxa para modificação de caracte­
rísticas ou fabricação artesanal, conforme norma estabelecida pelo
DETRAN.
d) Fotografia da alteração do veículo, conforme norma estabelecida pela
Prefeitura do Município.
e) Documento do fabricante ou modificador, descrevendo o veiculo ou
a modificação, com fotos, e declarando, sob as penas da lei, que o
veículo está apto para rodar.

Reprodução do artigo 106 do CTB. Ver também a resolução n° 232/07,


que trata dos procedimentos que a Instituição Técnica Licenciada (ITL) e
Entidade Técnica Pública ou Paraestatal (ETP) tomarão para expedição do
Certificado de Segurança Veicular (CSV).

471- Os veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros deverão


conter, em local facilmente visível, inscrição indicativa de
a) comprimento total, altura, largura e peso bruto total.
b) altura, lotação, tara e peso bruto total combinado ou capacidade
máxima de tração.
c) tara, peso bruto total, peso bruto total combinado ou capacidade
máxima de tração e lotação.
d) potência, lotação e peso bruto total.
e) lotação, tara, largura, comprimento e altura.

Determinação expressa no artigo 117 do CTB. Ver também as infrações


previstas nos artigos 230, mciso XXI, e 237 do CTB. Hoje o assunto está
regulamentado pela deliberação 64/08 do CONTRAN, que revogou a re­
solução 49/98 do CONTRAN.

Leandro Macedo 112


Prova 10 - Oficial de Transporte/Tribunal de Justiça - Rs/0fficium/2006

472- A expedição de novo Certificado de Registro de Veiculo é obrigatória


quando
a) o proprietário do veiculo considerá-la necessária,
b) tiverem transcorrido 10 dias a partir da compra do veiculo.
c) o proprietário do veículo renovar sua Carteira Nacional de Habilitação.
d) for transferida a propriedade do veículo.
e) o proprietário emprestar seu veiculo a outra pessoa.

Condição prevista no artigo 123, inciso I do CTB,

473- O condutor que possuir Carteira Nacional de Habilitação categoria C


estará habilitado a dirigir
a) motocicletas, triciclos, tratores e caminhões.
b) ônibus eveicuios de carga com peso bruto total superior a 3.500 quilos.
c) veicuios de carga com peso bruto total superior a 3.500 quilos.
d) motocicletas, triciclos, veicuios de passeio e veículos de carga com
peso bruto total de 3.500 quilos ou mais.
e) veículos de transporte de passageiros cuja lotação exceda a 8 lugares,
excluído o do motorista.

Item de acordo com a literalidade do exposto no artigo Í43, inciso III do


CTB.

474- Assinale a alternativa que indica incorretamente a infração cometida


por um motorista e o número de pontos a ela correspondente.
a) Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança.
Infração: leve - 3 pontos.
b) Parar o veiculo afastado da guia da calçada (meio-fio) de 50 centíme­
tros a 1 metro.
Infração: média - 4 pontos.
c) Parar o veiculo sobre a faixa de pedestre na mudança de sinal luminoso.
Infração: média - 4 pontos.
d) Deixar o condutor de prestar socorro â vítima de acidente de trânsito
quando solicitado pela autoridade e seus agentes.
Infração: grave - 5 pontos.
e) Dirigir veiculo sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar
de audição, de prótese física ou as adaptações do veículo impostas por
ocasião da concessão ou da renovação da licença para conduzir.
Infração: gravíssima - 7 pontos.

113 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

A opção A apresenta a-infração prevista no artigo 167 - grave.


A opção B também está incorreta: ver artigo 182, inciso II - a mfração
prevista é de natureza leve.
As opções seguintes, corretas, estão previstas, respectivamente, nos artigos
183,177 e 162, inciso V, todos do CTB.

475- Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna da frase abaixo


Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, sempre que a penalidade de
multa for imposta a condutor, a mesma poderá ser paga até a data do
vencimento expressa na notificação, p o r......... do seu valor.
a) 30%
b) 50%
c) 60%
d) 70%
e) 80%

Regra prevista no artigo 284, caput, do CTB.

476- A cassação da Carteira Nacional de Habilitação ocorrerá quando:


a) suspenso o direito de dirigir, o infrator autorizar outra pessoa a dirigir
o seu veiculo.
b) o condutor dirigir seu veículo na contramão de direção por mais de
500 metros, sob neblina ou chuva.
c) o condutor estiver dirigindo sob efeito de qualquer substância entor­
pecente ou que determine dependência física ou psíquica.
d) o condutor transportar crianças em veículo automotor sem obser­
vância das normas de segurança ^especiais estabelecidas no Código
de Trânsito Brasileiro.
e) suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo.

As condições para a cassação estão estabelecidas no artigo 263 do CTB. A


situação que mostra a alternativa correta consta no inciso I.

477- Assinale a alternativa que preenche corretamente e respectivamente as


lacunas do texto abaixo.
A velocidade máxima permitida para cada via será indicada por meio
de sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições

Leandro Macedo 114


Prova 10 - Oficial de Transporte/Tribunai de justiça - RS/Officium/2006

de trânsito. Nas vias urbanas onde não existir sinalização regulamen­


tadora, a velocidade máxima será de:
quilômetros por hora nas vias coletoras;
. quilômetros por hora nas vias de trânsito rápido;
...4.?.... quilômetros por hora nas vias arteriais;
ÀV....quilômetros por hora nas vias locais.
a) 30 - 80 - 60 - 40
b) 30 - 40 - 80 - 60
c) 40 - 80 - 60 ~ 30
d) 40 - 60 - 80 - 30
e) 80 - 60 - 30 - 40

Ver artigo 61, § Io, inciso I do CTB. Ver comentários da questão 429.

478- Qual a idade m inim a permitida para que crianças possam ser transpor­
tadas no banco dianteiro direito de um veículo de passageiros?
a) 7 anos.
b) 8 anos.
c) 9 anos.
d) 10 anos.
e) 12 anos.

Ver artigo 64 e resolução n° 15, artigo 1°, do CTB. Vide comentário da


questão 105. Questão cobrada com bastante freqüência.

479- É permitido o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nas áreas


envidraçadas dos veículos em movimento?
a) Não.
b) Não, salvo nos veículos que possuam espelhos retrovisores em ambos
os lados.
c) Não, mesmo que as cortinas ou persianas sejam translúcidas.
d) Sim, desde que as cortinas ou persianas sejam translúcidas.
e) Sim, nos veiculos de carga.

Quanto ao uso de cortinas em veiculos, podemos vislumbrar algumas


possibilidades:
1) Cortinas abertas - sempre permitido.

115 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

2) Cortinas fechadas - Sempre permitido em veículos parados, e em veícu­


los em movimento apenas se possuir retrovisores em ambos os lados.
À questão na verdade é uma reprodução íiteraí do artigo 111, inciso II do
CTB. Caso descumpra o dispositivo, responde por uma mfração de natu­
reza grave, conforme artigo 230, XVII do CTB.

480- Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas


da frase abaixo.
Dentre os diferentes requisitos exigidos para um condutor de veiculo
destinado ao transporte de escolares, incluem-se os seguintes: ter idade
superior a ......... anos e ser habilitado na categoria...........
a) 18 - C
b) 18 - D
c) 18 - E
d) 21 - C
e) 21 - D

Requisitos expressos no artigo 138, incisos I e II; as outras exigências estão


nos mcisos seguintes, que são: não ter cometido nenhuma infração grave
ou gravíssima, ser reincidente em infrações médias durante os 12 últimos
meses e também ser aprovado em curso especializado. Questão cobrada
com bastante freqüência.

481- A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) será conferida ao condutor


no término de 1 ano, desde que o mesmo não tenha cometido nenhuma
infração de natureza grave ou gravíssima ou não seja reincidente em
infração média. Ocorrendo uma das situações descritas, o condutor é
obrigado a
a) aguardar 15 dias para, então, solicitar a sua CNH.
b) aguardar 1 ano e realizar novamente as provas teórica e prática.
c) freqüentar novamente as aulas práticas.
d) realizar novamente os exames teórico, médico e psicotécnico.
e) reiniciar todo o processo de habilitação.

Ver artigo 148, §§ 3oe 4o do CTB.


“Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de direção veicular, pode­
rão ser aplicados por entidades públicas ou privadas credenciadas pelo
órgão executivo de transito dos Estados e do Distrito Federai, de acordo
com as normas estabelecidas pelo CONTRAN.

Leandro Macedo 116


Prova 10 - Oficial de Transporte/Tribunal de Justiça - RS/Officium/2006

§ Io A formação de condutores deverá incluir, obrigatoriamente, curso


de direção defensiva e de conceitos básicos de proteção ao meio ambiente
relacionados com o trânsito.
§ 2o Ao candidato aprovado será conferida Permissão para Dirigir, com
validade de um ano.
§ 3o A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao condutor no
término de um ano, desde que o mesmo não tenha cometido nenhuma
infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente em infração
média.
§ 4o A não-obtenção da Carteira Nacíonai de Habilitação, tendo em vista
a incapacidade de atendimento do disposto no parágrafo anterior, obriga
o candidato a reiniciar todo o processo de habilitação.
§ 5o O Conselho Nacional de Trânsito -CONTRAN - poderá dispensar
os tripulantes de aeronaves que apresentarem o cartão de saúde expedido
peías Forças Armadas ou peio Departamento de Aeronáutica Civil, res­
pectivamente, da prestação do exame de aptidão física e mental.”
Perceba que após ciência de indeferimento do pedido de obtenção da
CNH, não há impedimento legai algum para que seja reiniciado o pro­
cesso de obtenção da nova permissão para dirigir.

482- (adaptada) Quanto ao cinto de segurança nos assentos voltados para


frente das caminhonetes e veículos de uso misto, é exigido nos assentos
dianteiros próximos às portas o tipo três pontos, com ou sem retrator;
nos assentos dianteiros intermediários, o tipo três pontos, com ou sem
retrator, ou tipo subabdominal; já nos assentos traseiros, laterais e inter­
mediários, quando existentes, o tipo três pontos, com ou sem retrator,
ou tipo subabdominal.

Questão que teve por base a literalídade, sendo reprodução do ítem 3.1.2
do anexo da resolução n° 48/98.

117 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Gabarito

467. B
468. D
469. D
470. A
471. C
472. D
473. C
474. A
475. E
476. E
477. C
478. D
479. B
480. E
481. E
482. Certo

Leandro Macedo 118


Prova 11
Motorista/Detran - PA/Cespe-UnB/2006

442- Considere que um condutor» em um dia de chuva fraca, tenha dirigido


seu veículo sem acionar o limpador de pára-brisa porque esse dispo­
sitivo estava com defeito. Á propósito dessa situação, assinale a opção
correta.
a) Nessa situação, o condutor cometeu infração leve, por ter dirigido sob
chuva fraca.
b) Se, em vez de fraca, a chuva tivesse sido forte, o condutor teria come­
tido infração gravíssima.
c) Se o condutor não tiver posto em risco a vida de nenhum pedestre,
ele não terá cometido infração.
d) Nessa situação, o condutor poderia ter sofrido a medida administra­
tiva de retenção do veículo para regularização.

Não acionar o iimpador de pára-brisa sob chuva é infração de natureza


grave, passível de multa e de retenção do veiculo para regularização. Não
importando se a chuva é fraca ou forte ou se põe em risco a vida de algum
pedestre, a conduta é tipificada no artigo 230; seria no inciso X IX do CTB,
se o limpador funcionasse e o condutor não ligasse, mas como o equipa­
mento obrigatório estava inoperante, devemos tipificar a infração no inciso
IX, que é mais específico.

443- De acordo com o teor dos conceitos e definições previstos no Anexo I do


CTB — Lei n° 9.503/1997 —, assinale a opção correta.
a) Denomina-se caminhonete o veículo misto destinado ao transporte
de passageiros e carga no mesmo compartimento.
b) Denomina-se camioneta o veículo destinado ao transporte de carga
com peso bruto total de até três m il e quinhentos quilogramas.
c) Veículo de carga é o veículo que, embora seja destinado ao transporte
de carga, pode transportar dois passageiros, incluído o condutor.
d) Veiculo conjugado identifica a combinação de veículos em que o
primeiro é um veículo automotor e os demais são reboques ou equi­
pamentos de trabalho agrícola, construção, terraplenagem ou pavi­
mentação.

119
Provas Comentadas

Opção A: Item errado. A definição utilizada foi de camioneta, não de


caminhonete. Ver ANEXO I do CTB. O examinador tentou confundir o
candidato.
Opção B: Item errado. A definição utilizada foi de caminhonete, não de
camioneta. Ver ANEXO I do CTB.
Opção C: Item errado. O certo seria “exclusive o condutor” Ver ANEXO I
do CTB.
Opção D: Item correto; é a própria definição de Veículo conjugado presente
no ANEXO I do CTB,

444- Em uma rodovia onde não existir sinalização regulamentadora da velo­


cidade máxima permitida,
a) a velocidade mínima permitida para automóveis será de 60 quilôme­
tros por hora.
b) a velocidade máxima para camionetas será de 110 quilômetros por
hora.
c) a velocidade máxima para ônibus e microônibus será de 80 quilôme­
tros por hora.
d) a velocidade máxima para caminhões será de 90 quilômetros por
hora.

Opção A: Item errado. O correto seria 55 quilômetros por hora, conforme


previsão dos artigos 61, § Io, inciso II, alínea “a \e 62, ambos do CTB.
Opção B: Item correto. Ver artigo 61, § Io, inciso II, alínea “a” do CTB.
Opção O. Item errado. O correto seria 90 quilômetros por hora, de acordo
com os artigos 61, § Io, inciso II, alínea “a”, e 62, ambos do CTB.
Opção D: Item errado. O correto seria 80 quilômetros por hora, conforme
artigos 61, § Io, inciso II, alínea “a", e 62, ambos do CTB.

445- Lauro dirigia segurando, ao mesmo tempo, o volante de seu automóvel


e uma criança de um ano de idade em seu colo, quando foi interceptado
por Joaquim, agente da autoridade de trânsito que constatou tal fato e
que comprovou que Lauro, momentos antes de ser barrado, trafegava
em excesso de velocidade correspondente â infração grave. Além de tudo
isso, Lauro estava trafegando na contramão de direção em um trecho em
que era permitido ultrapassar mas em que não havia nenhum veículo
circulando nem na mão nem na contramão de direção. Com relação a
essa situação hipotética, assinale a opção incorreta.

Leandro Macedo 120


Prova 1 1 - Motoristã/Detran - PA/Cespe-UnB/2006

a) Na situação descrita, Lauro cometeu infração gravíssima por dirigir


com a criança no próprio colo.
b) Ao dirigir seu automóvel na contramão de direção, Lauro cometeu
infração média passível de punição com multa.
c) Na situação descrita, entre outras providências, Joaquim deveria
aplicar a medida administrativa de retenção do veiculo de Lauro até
que a irregularidade no transporte da criança fosse sanada,
d) Por terem sido cometidas infrações com gravidades diferentes, Joa­
quim deveria desprezar as infrações mais leves e autuar Lauro pelo
cometimento da infração de maior gravidade, já que as infrações não
são cumulativas.

Opção A: Item correto. Lauro cometeu a infração prevista no artigo 168


do CTB, que prevê ainda retenção até que o problema seja resolvido. Ver
ainda artigo 64 do CTB e resolução n° 277/08, que regulamentam como
deve ser o transporte de crianças em veículos.
"Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos devem ser transportadas
nos bancos traseiros, salvo exceções regulamentadas pelo CONTRAN.”
“Art. 168. Transportar crianças em veiculo automotor sem observância
das normas de segurança especiais estabelecidas neste Código:
Infração -gravíssima;
Penalidade -multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até que a irregularidade seja
sanada.”
Opção B: Item errado. Transitar pela contramão pode ser mfração grave
(via com duplo sentido) ou gravíssima (via com sentido único), não mé­
dia. Ver artigo 186, mcisos I e II do CTB,
Opção C. Item correto, de acordo com a medida administrativa prevista
para o artigo 168 do CTB.
Opção D: Item errado. Infrações diferentes são cumulativas, independente
se são de natureza leve, média, grave ou gravíssima, de acordo com o artigo
266 do CTB.

446- De acordo com o inciso V do artigo 162 do CTB, o condutor que dirigir
veiculo, estando a validade da sua Carteira Nacional de Habilitação
vencida há mais de trinta dias, estará sujeito a
I. penalidade de multa pelo cometimento de infração gravíssima.
II. medida administrativa de recolhimento da Carteira Nacional de
Habilitação.

121 Legísíaçao de Trânsito


Provas Comentadas

III. medida administrativa de retenção do veículo até a apresentação de


condutor habilitado.
IV. penalidade de suspensão do direito de dirigir.
A quantidade de itens certos é igual a
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
Os itens I, II e III estãò de acordo com a penalidade e as medidas admi­
nistrativas previstas para o referido artigo. A penalidade de suspensão do
direito de dirigir não é prevista para o artigo 162, V do CTB.

447- Assinale a opção correta de acordo com o CTB.


a) Os sinais de trânsito classificam-se em: verticais; horizontais; dispo­
sitivos de sinalização auxiliar; luminosos; sonoros; gestos do agente
de trânsito e do condutor.
b) As linhas pintadas sobre o pavimento das vias para separar as faixas
de circulação (permissão de ultrapassagem, por exemplo) são um
exemplo de dispositivo de sinalização auxiliar.
c) As normas de circulação prevalecem sobre todos os sinais de trânsito;
depois delas, as ordens do agente da autoridade de trânsito prevalecem
sobre todos os demais sinais.
d) Como forma de garantir a segurança de condutores e pedestres, o
CTB prevê que, em nenhuma situação, a velocidade mínima poderá
ser inferior â metade da velocidade máxima estabelecida para a vía.

Opção A: Item correto. Reprodução literaí do artigo 87 do CTB.


“Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:
I. verticais;
II. horizontais;
III. dispositivos de sinalização auxiliar;
IV. luminosos;
V. sonoros;
VI. gestos do agente de trânsito e do condutor.”
Opção B: Item errado. São um exemplo de sinalização horizontal Ver item
2 da resolução n° 160/04.
Opção C. Item errado. A ordem de prevalência não está de acordo com o
artigo 89 do CTB.

Leandro Macedo 122


Prova 11 - Motorista/Oetran - PA/Cespe-UnB/2006

Opção D: Item errado. Não só existe essa norma - artigo 62 do CTB - como,
em certos casos, sanção - artigo 219 do CTB.

448- Com relação às normas gerais de circulação, assinale a opção correta.


a) Era um cruzamento de duas vias sinalizado com semáforo, mesmo
que a indicação luminosa lhe seja favorável, o condutor deve parar
se houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar seu veículo na
área do cruzamento e, com isso, obstruir ou Impedir a passagem do
trânsito transversal.
b) A troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto perío­
do de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, pode ser
utilizada para indicar a existência de posto de fiscalização para os
veículos que circulam no sentido contrário.
c) Por medida de segurança, o CTB proíbe toda e qualquer ultrapassa-
gem de veículos em vias com duplo sentido de direção e pista única,
em trechos em curvas, em aclives sem visibilidade suficiente, em pas­
sagens de nível, em pontes e viadutos e em travessias de pedestres.
d) Sempre que o condutor perceber que outro veículo que o segue tem o
propósito de ultrapassá-lo, deverá deslocar-se para a faixa da direita,
sem acelerar a marcha.

Opção A: Item correto, de acordo com a norma de circulação prevista no


artigo 45 do CTB.
‘‘Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável,
nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade
de ser obrigado a imobilizar o veiculo na área do cruzamento, obstruindo
ou impedindo a passagem do trânsito transversal.”
Opção B: Item errado. Não existe previsão para utilização da troca de luz
.baixa e alta com o intuito apresentado na questão, pois o uso de luz baixa e
alta de forma intermitente com fim diverso do exposto no artigo 40, inciso
III do CTB será infração de trânsito prevista no artigo 251, inciso II do
CTB, de natureza média.
Opção C: Item errado. Existe a exceção de quando houver sinalização que per­
mita a ultrapassagem, conforme prevê a parte final do artigo 32 do CTB.
“Art. 32.0 condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido
de direção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem.visibilidade
suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pe­
destres, exceto quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem.”

123 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Opção D: Item errado. Não é sempre que o condutor deverá se deslocar,


apenas se ele estiver circulando pela faixa da esquerda, conforme prevê o
artigo 30, item I do CTB.

449- Próximo a uma faixa para travessia de pedestres com sinalização se-
mafórica que estava com sinal vermelho para os veicuios e verde para
pedestres, Lucas estava no exercício da função de agente da autoridade de
trânsito e não havia pedestres, A fim de evitar interrupção desnecessária
do trânsito de veicuios, Lucas ordenou, com gestos e sinal de apito, que
os condutores desobedecessem ã sinalização semafórica e continuassem
trafegando com seus veicuios, Paulo, que era o condutor com o veiculo
mais próximo à faixa, por ser recém-habilitado e inexperiente no trân­
sito, sentiu-se inseguro por acreditar que cometeria infração ao avançar
o sinal vermelho e não atendeu á ordem dada por Lucas. Com referência
a essa situação hipotética, assinale a opção correta,
a) Na situação descrita, Paulo agiu de maneira acertada e não poderá
ser punido, se provar que realmente é recém-habilitado.
b) Na situação descrita, Paulo agiu de maneira incorreta, tendo cometido
infração de natureza grave, passível de punição com multa.
c) Na situação descrita, mesmo que Paulo não fosse um condutor com-
provadamente inexperiente, ele teria agido de maneira acertada ao
desobedecer á ordem de Lucas.
d) O CTB proíbe taxativamente que agentes da autoridade de trânsito
tomem decisões semelhantes à adotada por Lucas ao ordenar a deso­
bediência á sinalização semafórica.
Opção A: Item errado. Paulo desrespeitou as ordens do agente, pois estas têm
prevalência sobre as normas de circulação e outros sinais. Não faz diferença
se eíe é recém-habilitado. Ver artigos S9, inciso I, e 195, ambos do CTB.
Opção B: Item correto. Pauío cometeu a infração prevista no artigo 195 do
CTB, pois desobedeceu ás ordens do agente cometendo uma infração de
natureza grave e penalidade de multa.
Opção C; Item errado. Independente de ser mexpenente, eíe desobedeceu ao
agente. Ver artigos 89, inciso I, e 195, ambos do CTB. Não excludente no CTB.
Opção D: Item errado. Não existe tal proibição. Ver definição de “gestos de
agentes” no ANEXO I do CTB.
GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de braço adotados
exclusivamente peíos agentes de autoridades de trânsito nas vias, para
orientar, indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres ou emitir
ordens, sobrepondo-se ou completando outra sinalização ou norma cons­
tante deste Código.

Leandío Macedo 124


Prova 11 - Motorista/Detran - PA/Cespe-Un8/2006

450- De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e com a Lei n°


830/2003, que alterou a redação do art. 61 do CTB, assinale a opção
correta.
a) A referida lei limitou em 80 km/h avelocidade máxima permitida nas
rodovias.
b) Nas vias urbanas consideradas arteriais, será permitida a velocidade
máxima de 40 km/h.
c) As velocidades estabelecidas para as rodovias poderão ser alteradas
quando existir sinalização no local.
d) A velocidade m ínima nas rodovias não poderá ser inferior a 30% da
velocidade máxima permitida.

A referida íeí inseriu a motocicleta nos tipos de veículos que em rodovia


não-sínalizada podem atingir até 110 km/h. Agora vamos analisar as al­
ternativas:
Alternativa A: Errada. Dependendo da espécie de veiculo, a velocidade
máxima pode ser de até 110 km/h, se a via não estiver sinalizada de acordo
com o artigo 61, § Io, inciso II, alínea “a” do CTB.
Alternativa B: Errada. A velocidade correta seria de 60 km/h, conforme o
artigo 61, § Io, inciso I, alínea “b” do CTB.
Alternativa C: Certa. De acordo com o § 2° do artigo 61 do CTB, sempre que
a sinalização permitir, as velocidades poderão ser superiores ou inferiores
às estabelecidas para vias não-smalizadas.
Alternativa D: Errada. O valor correto seria 50%. Ver artigos 62 e 219 do CTB.

451- Os diversos sinais de trânsito existentes obedecem a uma ordem de


prevalência que todos os condutores devem respeitar. Assinale a opção
correta quanto a essa ordem de prevalência.
a) As indicações luminosas, como os semáforos, por exemplo, prevalecem
sobre os demais sinais.
b) As normas de trânsito prevalecem sobre as indicações de sinais.
c) As ordens do agente de trânsito prevalecem sobre as normas de cir­
culação e outros sinais.
d) As indicações horizontais e verticais prevalecem sobre os demais
sinais.

As ordens do agente de trânsito têm prevalência sobre as normas de circu­


lação e outros smais, conforme exposto no artigo 89 do CTB.

125 Legislaçao de irânsito


Provas Comentadas

452- Assinale a opção correta quanto aos equipamentos veiculares conside­


rados obrigatórios de acordo com a legislação de trânsito.
a) Os veicuios de carga com peso bruto total superior a 4.536 kg são
dispensados de registrador de velocidade.
b) O cinto de segurança é obrigatório, exceto nos veículos destinados ao
transporte de passageiros com permissão de viajar era pé.
c) Os veicuios importados, principalmente os destinados aos serviços
públicos, ficam isentos de atender a todos os requisitos definidos era
lei.
d) Em algumas situações especiais, os veicuios poderão transitar sem o
dispositivo destinado ao controle de ruído.

Alternativa A: Errada. Ver artigo 105, inciso II do CTB.


“Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veicuios, entre outros a serem
estabelecidos pelo CONTRAN:
II. para os veículos de transporte e de condução escolar, os de transporte
de passageiros com mais de dez lugares e os de carga com peso bruto
total superior a quatro mil, quinhentos e trinta e seis quilogramas,
equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e
tempo.”
Alternativa B: Certa. De acordo com o previsto no artigo 105, inciso I.
“Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veicuios, entre outros a serem
estabelecidos pelo CONTRAN:
I. cinto de segurança, conforme regulamentação específica do CON­
TRAN, com exceção dos veículos destinados ao transporte de passa­
geiros em percursos em que seja permitido viajar em pé.”
Alternativa C: Errada. Não existe na Legislação de Trânsito Brasileira tal
previsão, conforme artigo 105, § 3o do CTB.
Alternativa D; Errada. O dispositivo é de uso obrigatório, conforme prevê
o artigo 105, inciso V do CTB.

453- A respeito do transporte de escolares, assinale a opção correta.


a) Nesse tipo de transporte, é exigida, no mínimo, a habilitação na ca­
tegoria C.
b) É obrigatória a instalação, no veículo, de equipamento registrador
instantâneo inalterável de velocidade e tempo.

Leandro Macedo 126


Prova 1 1 - Motonsta/Detran - PA/Cespe~UnB/2006

c) É obrigatório o cinto de segurança para os que viajarem sentados,


dispensando-se o uso dos que viajarem em pé.
d) Poderão ser conduzidos veículos sem identificação externa, desde que
atendam aos requisitos de segurança para os passageiros.

Alternativa A: Errada. É exigida habilitação na categoria D. Conforme


exposto no artigo 138, inciso II do CTB.
“Art. 138. O condutor de veiculo destinado à condução de escolares deve
satisfazer os seguintes requisitos:
I. ter idade superior a vinte e um anos;
II. ser habilitado na categoria D;
III. (VETADO)
IV. não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser rein­
cidente em infrações médias durante os doze últimos meses;
V ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação
do CONTRAN ”
Alternativa B: Certa. De acordo com o previsto nos artigos 136, inciso IV;
e 105, inciso II, ambos do CTB.
Alternativa C: Errada. De acordo com o previsto no artigo 105, inciso I do
CTB. Não pode um veículo de escolares conduzir passageiros em pé.
Alternativa D: Errada. É obrigatória a identificação estabelecida no inciso
III do artigo 136 do CTB.

454- Acerca da prática de crime de trânsito previsto no CTB, assinale a opção


correta,
a) O dano potencial, para duas ou mais pessoas agrava, as penalidades
para o condutor, o mesmo não acontecendo quando o dano patrimo­
nial ocorre contra terceiros,
b) Quando a profissão ou atividade exige cuidados especiais com o trans­
porte de passageiros ou de carga, as penalidades são atenuadas.
c) Caso o veículo utilizado tenha sido adulterado em seus equipamen­
tos, as penalidades não serão agravadas, desde que o condutor tenha
respeitado os limites de velocidade prescritos pelo fabricante.
d) A prática do crime de trânsito acarreta a suspensão ou a proibição
da obtenção de habilitação para dirigir veículo automotor, por um
periodo que varia entre dois meses e cinco anos.

127 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Alternativa A: Errada. O inciso I do artigo 298 estabelece uma das situa­


ções agravantes para as penalidades dos crimes de trânsito, a saber: dano
potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano
patrimonial a terceiros. Depreende-se que o dano patrimonial contra ter­
ceiros está abrangido pela norma.
Alternativa B: Errada. É também situação agravante, conforme previsão
do artigo 298, inciso V do CTB. Como já mencionado, não há situação
atenuante no CTB.
Alternativa C. Errada. Ê condição agravante de acordo com o artigo 298,
inciso VI do CTB, uma vez que se a alteração causar risco á segurança,
pouco importa se o condutor respeitou os limites de velocidade.
Alternativa D: Certa. Entendemos que não necessariamente “a prática de
crime de trânsito acarreta a suspensão ou a proibição da obtenção de habi­
litação para dirigir veiculo automotor”, pois combinando os artigos 292 e
294 do CTB chegamos à conclusão de que essa é uma faculdade que o juiz
possui, mas de acordo com o devido processo legal, não necessariamente
acontecerá. Acho que o que o examinador queria realmente aferir nessa
questão era o período da suspensão, estabelecido no artigo 293, caput In­
serimos aqui os artigos abordados na questão para melhor entendimento,
‘Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habi­
litação para dirigir veiculo automotor pode ser imposta como penalidade
principal, isolada ou cumulativamente com outras penalidades.”
“Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo
necessidade para a garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida
cauteiar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público ou ainda me­
diante representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada,
a suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo automotor,
ou a proibição de sua obtenção.
Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cauteiar,
ou da que indeferir o requerimento do Ministério Público, caberá recurso
em sentido estrito, sem efeito suspensivo.”
“Art. 29S. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes
de trânsito ter o condutor do veiculo cometido a mfração:
I. com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco
de grave dano patrimonial a terceiros;
II. utilizando o veiculo sem placas, com placas falsas ou adulteradas:
III. sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

Leandro Macedo 128


Prova 11 - Motorista/Detran - PA/Cespe-UnB/2006

IV. com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria


diferente da do veiculo;
V. quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o
transporte de passageiros ou de carga;
VI. utilizando veiculo em que tenham sido adulterados equipamentos ou
características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento
de acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações
do fabricante;
VIL sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a
pedestres.”

455- Considerando a prática do crime de trânsito tipificado como homicídio


culposo, assinale a opção correta.
a) A pena imputada é aumentada caso o condutor deLxe de prestar so­
corro à vítima do acidente, quando possa fazê-lo sem risco pessoal.
b) Eventuais penas podem ser eliminadas quando o condutor participar
de disputa ou competição não autorizada, desde que não resulte em
dano à incolumídade pública ou privada.
c) A pena imputada é atenuada quando o profissional, no exercício
de suas funções, estiver conduzindo veículo de transporte de pas­
sageiros.
d) A pena por trafegar em velocidade incompatível com a segurança pode
ser atenuada na proximidade de hospitais, em face da existência de
ambulâncias.
Alternativa A: certa. Aumentativo de pena previsto no artigo 302, paragrafo
único, mciso III, do CTB.
“Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas -detenção, de dois a quatro anos, esuspensão ou proibição de se obter
a permissão ou a habilitação para dirigir veiculo automotor.
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo
automotor, a pena é aumentada de um terço a metade, se o agente:
I. não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
II. praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
III. deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal,
à vítima do acidente;
IV. no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veiculo
de transporte de passageiros;

129 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

V. estiver soba influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecente


de efeitos análogos.”
Alternativa B: Errada. O fato de uma competição não autorizada não re­
sultar em dano à incolumídade pública ou privada não pode eliminar a
pena prevista para o artigo 302 do CTB, caso ocorra um homicídio culposo
praticado na direção de veiculo automotor.
Alternativa C: Errada. Não há caso de atenuantes no CTB, como já falado.
Para os crimes previstos nos artigos 302 e 303 do CTB, a pena poderá ser
aumentada ou agravada, conforme a circunstância, e para os outros, ela
será somente agravada, de acordo com o CTB.
Alternativa D: Errada. Atenuante totalmente sem fundamento. O crime
estará tipificado normalmènte no artigo 311 do CTB.
“Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas pro­
ximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de
passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas -detenção, de seis meses a um ano, ou multa.” :

456- Na implementação de medidas administrativas, a autoridade de trânsito


a) terá de obter autorização do IBAMA para restituir os animais reco­
lhidos aos proprietários.
b) poderá solicitar a realização de teste de dosagem de aicoolemia ou subs­
tância que determine dependência física ou psíquica nos condutores.
c) só poderá recolher a carteira nacional de habilitação depois que os
agentes comunicarem o fato á autoridade de trânsito local.
d) deverá aguardar o responsável pelo carregamento do veiculo de carga
para efetuar eventuais ações de transbordo de excesso de carga.

Alternativa A: Errada. A referida autorização prévia não existe, pois não


há previsão no CTB. O tratamento do assunto está expresso no artigo 269,
inciso X, e ainda no § 4o do CTB.
Alternativa B: Certa. Medida administrativa prevista no artigo 269,
inciso IX.
Alternativa C: Errada. A condição apresentada é infundada. Ver artigo 272
do CTB. Quando houver previsão, é possível o recolhimento da CNH ou
Permissão, mediante recibo, assim como no caso de suspeita de inauten-
ticidade.
Alternativa D: Errada. Condição também sem previsão legal, conforme o
artigo 275 do CTB. O transbordo será feito às expensas do proprietário, não

Leandro Macedo 130


Prova 11 - Motorista/Detran - PA/Cespe-Un8/2006

fazendo menção o CTB quanto à presença deste no iocaí do transbordo.


Caso não possa ser feito o transbordo, o veículo será levado a depósito. Veja
alguns dispositivos sobre o assunto:
“Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das compe­
tências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscríção, deverá
adotar as seguintes medidas administrativas:
I. retenção do veículo; ^ ^ ^
II. remoção do veiculo; M /r r
III. recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
IV. recolhimento da Permissão para Dirigir;
V. recolhimento do Certificado de Registro;
VI. recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
VII. (VETADO)
VIII.transbordo do excesso de carga;
IX. xealização de teste de dosagem de aicoolemia ou perícia de substân
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica;
X. recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de
domínio das vias de circulação, restítuindo-os aos seus proprietários,
após o pagamento de muitas e encargos devidos.
XI. realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática
de primeiros socorros e de direção veicular. (Incluído pela Lei n° 9.602,
de 1998)
§ IoA ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas
e coercitivas adotadas pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão por
objetivo prioritário a proteção â vida e à incolumidade física da pessoa.
§ 2o As medidas administrativas previstas neste artigo não elidem a apli­
cação das penalidades impostas por infrações estabelecidas neste Código,
possuindo caráter complementar a estas,
§ 3oSão documentos de habilitação a Carteira Nacional de Habilitação e a
Permissão para Dirigir.
%4o Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X o disposto nos
arts. 271 e 328, no que couber.
Art. 270. O veiculo poderá ser retido nos casos expressos neste Código.
§ Io Quando a irregularidade puder ser sanada no local da infração, o veí­
culo será liberado tão logo seja regularizada a situação.

131 Legisiaçao de Trânsito


Provas Comentadas

§ 2oNão sendo possível sanar a falha no local da infração, o veículo poderá


ser retirado por condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento
do Certificado de Licenciamento Anual, contra recibo, assinalando-se ao
condutor prazo para sua regularização, para o que se considerará, desde
logo, notificado.
§ 3o O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao condutor
no órgão ou entidade aplicadores das medidas administrativas, tão logo o
veiculo seja apresentado à autoridade devidamente regularizado.
§ 4o Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o ve-
icuio será recolhido ao depósito, aplicando-se neste caso o disposto nos
parágrafos do art. 262.
§ 5oA critério do agente, não se dará a retenção imediata, quando se tratar
de veiculo de transporte coletivo transportando passageiros ou veículo
transportando produto perigoso ou perecível, desde que ofereça condições
de segurança para circulação em via pública.”
“Art. 272.0 recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e da Permis­
são para Dirigir dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste
Código, quando houver suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.”
“Art. 275.0 transbordo da carga com peso excedente é condição para que o
veículo possa prosseguir viagem e será efetuado às expensas do proprietário
do veiculo, sem prejuízo da muita aplicável.
Parágrafo único. Não sendo possível desde logo atender ao disposto neste
artigo, o veículo será recolhido ao depósito, sendo liberado após sanada a
irregularidade e pagas as despesas de remoção e estada.”

457- Os sinais sonoros que são emitidos pelos agentes de trânsito por meio
de silvos de apito precisam ser prontamente entendidos e obedecidos,
sob pena de causar tumultos desnecessários no iluxo de veicuios. Com
referência ao significado desses sinais, julgue os itens abaixo.
I. Um silvo breve significa pare e é empregado para uma ordem de
parada de um veiculo.
II. Dois s ü y o s breves significam um pedido para que os motoristas
estejam a postos, prontos para se deslocarem.
III. Um silvo longo significa dim inuir a marcha e é empregado quando
for necessário fazer diminuir a marcha dos veicuios.
Assinale a opção correta.
a) Nenhum item está certo.
b) Apenas o item I está certo.

Leandro Macedo 132


Prova 11 - Motorista/Detran - PA/Cespe-UnB/2006

c) Apenas o item XXI está certo.


d) Todos os itens estão certos.

Questão sobre o item 7 da resolução n° 160/04.


Item I: Errado. Um silvo breve significa siga e é empregado com o objetivo
de liberar o trânsito na direção/sentido mdicado peio agente.
Item II: Errado. Dois silvos breves significam a ordem de pare, indicando
assim parada obrigatória.
Item III: Correto.
Lembre-se de que os siívos são conjugados com os gestos do agente.

458- Em relação â sinalização vertical, assinale a opção correta. (Questão


anulada).
a) As placas de advertência definem restrições no uso da via, devendo
ser obedecidas.
b) As placas de indicação têm formato e cores definidos, orientando e
fornecendo localizações aos condutores.
c) As placas de advertência são todas retangulares e de cor única, inde­
pendentemente de sua finalidade.
d) A maioria das placas de regulamentação são de formato circular,
podendo definir proibições ou permissões no uso das vias.
O Cespe não expôs o motivo da anulação. O gabarito preliminar apresentava
como correta a opção D. A questão é sobre o item 1 da resolução n° 160/04.
Vamos analisar as alternativas:
Alternativa A: O que define as restrições do uso da via, devendo ser obe­
decida, é a sinalização de regulamentação, não a de advertência, como
apresentado. Item errado.
Alternativa B: As placas de indicação posicionam o condutor ao longo do
seu deslocamento, ou com relação a distâncias ou amda aos locais de des­
tino. Têm cores e formatos variados, dependendo da sua finalidade. Item
errado. Ver ítem 1.3.1.
Alternativa C: Constituem exceções: quanto à cor: o sinal A-24 - Obras que
possui fundo e orla externa na cor laranja; o sinal A-14 - Semáforo à Frente
que possui símbolo nas cores preta, vermelha, amarela e verde; todos os
sinais que, quando utilizados na sinalização de obras, possuem fundo na cor
laran|a. Amda constituem exceções, quanto â forma, os sinais A-26a - Sentido
Único, A-26b - Sentido Duplo e A-41 - Cruz de Santo André. Item errado.
Alternativa D: A opção aparentemente está de acordo com o-previsto nos
itens i.i e 1.1.1.

133 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

459- Ainda a respeito de placas de sinalização, assinale a opção correta.


(Questão anulada).
a) Por exemplo, as que fazem parte do patrimônio histórico podem
apresentar tamanhos de letra diferentes.
b) As placas educativas têm a função de educar os usuários das vias
quanto ao comportamento adequado e, ainda, são utilizadas em
campanhas educativas.
c) As placas para pedestres são voltadas para prestar um serviço de
orientação adicional para os pedestres e são de responsabilidade das
prefeituras locais.
d) As placas de atrativos turísticos indicam os diversos pontos de inte­
resse e, a exemplo das placas para pedestre, são de responsabilidade
do órgão dejturismo-local,

O Cespe não expôs o motivo da anulação. O gabarito preliminar apresentava


como correta a opção A. Vamos analisar as alternativas:
Alternativa A: Está de acordo com o item 1.3.2, alínea “c” que estabelece
as dimensões mínímas da altura das letras das placas diagramadas e ainda
acrescenta que em áreas protegidas por legislação especial (patrimônio
histórico, arquitetônico etc.) as referidas placas podem apresentar altura de
letra inferior, desde que atenda os critérios de legibilidade. Apesar de ser
uma questão que cobrou o previsto no rodapé da página, entendemos que
ainda assim está correta, não apresentando motivo para anulação.
Alternativa B: As placas educativas têm a função de educar os usuários
da via quanto ao seu comportamento adequado e seguro no trânsito. Não
têm ligação direta com campanhas educativas. Isso é pura invenção do
examinador.
Alternativa C: As placas para pedestres estão na alínea “b” do item 1.3.4,
pois são um tipo de Placas de Serviços Auxiliares. Assim, por fazer parte
do sistema de sinalização, o órgão ou entidade de trânsito com circuns-
cnção sobre a via é responsável pela implantação da sinalização, por força
do artigo 90, § Io do~CTB", éTíaõ~necessanamente a prefeitura local, como
estabelecido na questão. Ver também artigos 21, inciso III, e 24, inciso III,
ambos do CTB.
Alternativa D: As placas de Atrativos Turísticos estão previstas no item 1.3.5
da resolução n° 160/04. Pelo mesmo motivo exposto acima, é incorreto afir­
mar que as mesmas são de responsabilidade do órgão de turismo local.

Leandro Macedo 134


Prova 11 - Motonsta/Detran - PA/Cespe-UnB/2006

Na sinalização horizontal, a cor


a) amarela é utilizada na regulação de fluxos de sentidos opostos e na
marcação de obstáculos.
b) vermelha é utilizada na regulação de fluxos de mesmo sentido e na
marcação de símbolos e legendas.
c) branca é utilizada para proporcionar contraste entre a marca viária
e o pavimento das ciclovias.
d) preta é utilizada nas pinturas de símbolos de pessoas portadoras de
deficiência física, em áreas especiais de estacionamento.

Questão sobre o item 2.1.2 da resolução n° 160/04.


Alternativa A: Correta,
Alternativa B: Errada. A cor vermelha é utilizada para proporcionar con­
traste, quando necessário, entre a marca viária e o pavimento das ciclofaixas
e/ou ciclovias, na parte interna destas, associada â linha de bordo branca
ou de Unha de divisão de fluxo de mesmo sentido e nos símbolos de hos­
pitais e farmácias (cruz). A cor que deveria ser utilizada para a definição
apresentada seria a branca.
Alternativa C: Errada. Ver comentário da alternativa "B”, acima.
Alternativa D: Errada. A cor preta é utilizada para proporcionar contraste
entre o pavimento e a pintura. A cor azul é que é utilizada nas pinturas de
símbolos de pessoas portadoras de deficiência física, em áreas especiais de
estacionamento ou de parada para embarque e desembarque.

Nenhum veiculo automotor poderá sair de fábrica, ser licenciado ou


transitar nas vias abertas â circulação sem estar equipado com extintor
de incêndio definido pelo CONTRAN. De acordo com essa obrigatorie­
dade, assinale a opção correta.
a) Nas caminhonetes e caminhões com peso bruto total de até 6 ton, o
extintor com carga de pó químico deverá ser de 2 kg.
b) Nos ônibus e microônibus, reboques e semi-reboques de passageiros,
o extintor de gás carbônico deverá ser de 3 kg.
c) Nos veículos de carga para transporte de líquidos ou gases inflamáveis,
o extintor com carga de pó químico deverá ser de 8 kg.
d) Nos caminhões com peso bruto total superior a 6 ton, o extintor com
carga de pó químico deverá ser de 10 kg.

135 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Questão sobre a resolução n° 157/04 - alterada pela resolução n° 223/07-,


mais precisamente envolvendo os incisos de I a IV do parágrafo único do
artigo 4o,
Alternativa A: Errada. O peso correto seria de 1 kg.
Alternativa B: Errada. O peso correto seria de 4 kg.
Alternativa C: Correta. De acordo com o inciso IV.
Alternativa D: Errada. O peso correto seria de 2 kg.
Saiba que a resolução 157/04 do CONTRAN está suspensa pela delibe­
ração 69/08 do mesmo Conselho. Entendo que o CONTRAN deverá se
posicionar muito em breve a fim de especificar os padrões de extintores de
incêndio exigíveis ou dispensar da obrigatoriedade de portá-los.

462-?' O CTB formula regras para veiculos que transitam nas vias terrestres, dis-
— pondo sobre limites de peso e dimensões. Nesse sentido, considerando uma
unidade tratora com peso bruto de até 57 ton, assinale a opção correta.
a) Á unidade poderá ter, no máximo, oito eixos,
b) O comprimento máximo poderá ser de 19,80 m. 1
c) Não há obrigatoriedade de conjugação dos freios.
d) O acoplamento dos veiculos rebocados deverá ser manual.

Questão envolvendo a resolução n° 210/06, especificamente seu artigo 2o.


§ 1°, alínea “i”. A redação do enunciado da questão está imprecisa, pois as
exigências referem-se á combinação de veiculos de carga, com mais de duas
unidades, incluída a unidade tratora.
Alternativa A: Errada. O número máximo de eixos seria 7. Ver item 1 da
referida alínea.
Alternativa B: Correta. De acordo com o item 2.
Alternativa C: Errada. A unidade deverá estar equipada com sistema de
freios conjugados entre si e com a unidade tratora atendendo ao estabelecido
pelo CONTRAN. Ver item 4.
Alternativa D: Errada. O acoplamento dos veiculos rebocados deverá ser
do tipo automático, conforme N B R11410/11411, e deve estar reforçado com
correntes ou cabos de aço de segurança. Ver item 5.

463- A respeito do significado das ordens emanadas por gestos de agentes da


autoridade de trânsito, assinale a opção correta.
a) O braço levantado verticalmente, com a palma da mão para frente, é
uma ordem para parada obrigatória de todos os veiculos.

Leandro Macedo 136


Prova 11 - Motorista/Detran - PA/'Cespe-UnB/2006

b) O braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para frente,


é uma ordem para diminuir a velocidade.
c) O braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para baixo,
fazendo movimentos verticais, é uma ordem de parada para os veicuios
que estejam na mesma direção do braço estendido.
d) O braço levantado, com movimento de antebraço da frente para a re­
taguarda e a palma da mão voltada para trás, é uma ordem de parada
obrigatória para todos os veicuios.

Questão sobre o item 6, alínea “a” da resolução n° 160/04.


Alternativa A: Correta.
Alternativa B: Errada. O braço estendido horizontalmente, com a palma
da mão para frente, significa ordem de parada para todos os veicuios que
venham de direções que cortem ortogonalmente a direção indicada pelo
braço estendido, qualquer que seja o sentido de seu deslocamento.
Alternativa C. Errada. Esta sinalização é uma ordem de diminuição de
velocidade.
Alternativa D: Errada, Esta sinalização é uma ordem de seguir.

464- Com referência aos gestos dos condutores, as opções a seguir apresentam
propostas de associação entre ação a ser adotada pelo condutor e descrição
do gesto. Assinale a opção que apresenta associação correta.
a) Diminuir a marcha — braço esquerdo estendido, para fora do veiculo,
com a mão fechada.
b) Dobrar á esquerda — braço esquerdo estendido, com movimentos
verticais.
c) Dim inuir a marcha e parar — braço estendido para cima.
d) Dobrar à esquerda — braço esquerdo estendido lateralmente (para
fora do veículo).

Questão sobre o item 6, alínea "b” da resolução n° 160/04.


Alternativa A: Errada. A sinalização correta seria manter o braço esquerdo
estendido, fazendo movimentos verticais.
Alternativa B: Errada. O correto seria manter o braço esquerdo estendido
lateralmente para fora do veículo.
Alternativa C. Errada. O correto seria manter o braço esquerdo estendido,
fazendo movimentos verticais.
Alternativa D: Correta. É exatamente a sinalização ilustrada na Resolução.

137 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

465- Nos veículos novos e usados, com prévia autorização da autoridade


competente, poderão ser realizadas modificações. A respeito da assertiva
anterior, assinale a opção correta.
a) As alterações na suspensão poderão ser efetuadas, desde que destina­
das ao incremento de carga do veículo.
b) A modificação da estrutura original de fábrica para aumentar a lotação
será permitida nos veículos com motor a óleo diesel.
c) A alteração da cor predominante do veículo dependerá da autorização
do órgão executivo de trânsito do estado ou do Distrito Federai.
d) Os danos de grande monta ocorridos nos componentes estruturais
poderão ser reparados,para que o veículo volte a circular, desde que
os reparos sigam as especificações do fabricante.

Alternativa A: O disposto contraria o artigo 5o, parágrafo único da reso­


lução n° 25/98.
“Art. 5o Somente serão registrados, licenciados e emplacados com motor
alimentado a óleo diesel, os veicuios autorizados conforme a Portaria n°
23, de 6 de junho de 1994, baixada pelo extinto Departamento Nacional de
Combustíveis (DNC), do Ministério de Minas e Energia.
Parágrafo único. Fica proibida a modificação ou transformação da estrutura
original de fábrica dos veicuios para aumentar a capacidade de carga ou
lotação, visando obter o benefício que trata o caput deste artigo ”
Alternativa B: Q disposto contraria o artigo 5o, parágrafo único da reso­
lução n° 25/98.
Alternativa C: Correta. A modificação de uma característica de fábrica do
veiculo deve ser precedida de prévia autorização da autoridade competente,
conforme exposto no artigo 98, caput do CTB. Assunto regulamentado
pela resolução n° 25/98. Veja os dispositivos abaixo:
CTB:
"Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autoriza­
ção da autoridade competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no veiculo
modificações de suas características de fábrica.
Parágrafo único. Os veicuios e motores novos ou usados que sofrerem altera­
ções ou conversões são obrigados a atender aos mesmos limites e exigências de
emissão de poluentes e ruído previstos pelos órgãos ambientais competentes
e pelo CONTRAN, cabendo à entidade executora das modificações e ao pro­
prietário do veículo a responsabilidade peio cumprimento das exigências.”

Leandro Macedo 138


Prova 11 - Motorista/Detran - PA/Cespe-UnB/2006

Resolução 25/98:
“Art. Io, Nos veiculos e motores novos ou usados, mediante prévia auto­
rização da autoridade competente, poderão ser realizadas as seguintes
modificações:
L Espécie;
II. Tipo;
III. Carroçaria ou Mono bloco;
IV. Combustível;
V. Modelo/versão; _
VI. Cor; -- —-- --------- ^ N* ^
VII. Capacidade/Po tência/cilindrada;
VIII.Eixo suplementar;
IX. Estrutura;
X. Sistemas de segurança.
Art. 2° Quando a alteração envolver quaisquer dos itens do artigo anterior,
exigir-se-á Certificado de Segurança Veicular (CSV) expedido por entidade
credenciada peio INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normali­
zação e Qualificação conforme regulamentação específica.
Parágrafo único. A alteração da cor predominante do veiculo dependerá
somente da autorização do órgão executivo de trânsito dos Estados e do
Distrito Federal.
Art. 3o. Em caso de modificações do veiculo, os órgãos executivos de trânsito
dos Estados e do Distrito Federal deverão fazer constar no campo de ob­
servações do Certificado de Registro de Veículos (CRV) e do Certificado de
Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV) a expressão “VEÍCULO M O ­
DIFICADO”, bem como os: itens modificados e sua nova configuração.
Art. 4°. O número do Certificado de Segurança Veicular (CSV) deverá ser
inserido nos dados cadastrais dos veiculos automotores cadastrados no
sistema de Registro Nacional de Veiculos Automotores (RENAVAM), da
Base de índice Nacional (BIN), em campo próprio.
Art. 5° Somente serão registrados, licenciados e emplacados com motor
alimentado a óleo dieseí os veícuios autorizados conforme a Portaria n°
23, de 6 de junho de 1994, baixada peio extinto Departamento Nacional de
Combustíveis (DNC), do Ministério de Minas e Energia.
Parágrafo único. Fica proibida a modificação ou transformação da estrutura
original de fábrica dos veiculos para aumentar a capacidade de carga ou
lotação, visando obter o benefício de que trata o caput deste artigo.

139 Legisíação de Trânsito


Provas Comentadas

Art. 6o, A destmação e a capacidade de carga ou passageiros dos veículos


fabricados ou montados originalmente com motor do ciclo diesel serão es­
pecificadas por órgão competente do Ministério da Indústria, do Comércio
e do Turismo, cujos modelos e características constarão em documento de
certificação de fabricação veicular.
Art. 7o, Não serão permitidas modificações da suspensão e do chassi do
veiculo classificado como misto ou automóvel
Art, 8o. Fica autorizada, para'fins automotivos, a utilização do Gás Metano
Veicular (GMV) como combustível.
§ Io Os componentes do sistema deverão estar certificados no âmbito do
Sistema Brasileiro de Certificação (SBC).
§ 2o Para assegurar o cumprimento da certificação compulsória, deverão
ser estabelecidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualificação (INMETRO) mecanismos adequados para a verificação,
acompanhamento e fiscalização do mercado.
§ 3oPor ocasião do registro dos veicuios automotores que utilizarem como
combustível o gás metano veicular (GMV) será exigido:
I. Certificado de Segurança Veicular (CSV) expedido por entidade cre­
denciada pelo INMETRO, conforme regulamentação específica;
II. Licença para Uso da Configuração de Veículo ou Motor (LCVM)
expedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA), conforme o disposto na Lei n° 8.723,
de 23 de outubro de 1993.
Art. 9o. Por ocasião do acidente de trânsito, os órgãos fiscalizadores deverão
especificar no Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito (BOAT) a
situação do veículo envolvido em uma das seguintes categorias:
I. dano de pequena monta, quando o veículo sofrer danos que não afetem
a sua estrutura ou sistemas de segurança;
II. danos de média monta, quando o veículo sinistrado for afetado nos
seus componentes mecânicos e estruturais, envolvendo a substituição
de equipamentos de segurança especificados pelo fabricante, e que,
reconstituído, possa voltar a circular;
III. danos de grande monta ou perda total, quando o veiculo for enqua­
drado no inciso III, artigo i° da resolução 11/98 do CONTRAN, isto
é, sinistrado com laudo de perda total.
Art. 10. Em caso de danos de média e grande monta, o órgão fiscaiizador
responsável pela ocorrência deverá comunicar o fato ao órgão executivo de

Leandro Macedo 140


Prova 1 1 - Motorista/Detran - PA/Cespe-UnB/2006

trânsito dos Estados ou do Distrito Federai onde o veiculo for licenciado,


para que seja providenciado o bloqueio no cadastro do veículo.
Parágrafo único. Em caso de danos de média monta, o veículo só poderá
retornar à circulação após a emissão do Certificado de Segurança Veicular
(CSV), emitido por entidade credenciada pelo INMETRO.
Art. 11. O proprietário do veiculo automotor, de posse do Boletim de
Ocorrência de Acidente de Trânsito (BOAT) de grande monta, poderá no
prazo de até 60 (sessenta) dias confirmar esta condição ou não através de
um laudo pericial.
Parágrafo único. Quando não houver a confirmação do dano de grande
monta através de um laudo pericial, o proprietário do veiculo automotor
levará este laudo ao órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito
Federal onde o veículo estiver licenciado, para que seja providenciado o
desbloqueio no cadastro do veículo, após cumprido o procedimento previsto
no parágrafo único do artigo 10 desta resolução.
Art. 12. Fica revogada a resolução n° 775/93 do CONTRAN.
Art. 13. Esta resolução entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após a data
de sua publicação.”
Alternativa D: Errada. Veja os artigos 10 e 11 da resolução n° 25/98, que nos
mostra que os veículos com média e grande monta não podem circular.

[466^ Em face da necessidade de uniformizar os procedimentos que tratam da


obrigatoriedade de utilização de dispositivos refletivos de segurança em
veicuios de carga com peso total bruto acima de 4,5 ton, o DENATRAN
estabeleceu que
a) para veicuios de carroceria do tipo furgão, os dispositivos, que devem
ser afixados nos cantos superiores e inferiores da traseira, não preci­
sam demonstrar a forma e dimensão da carroceria do veiculo.
b) em veículos com carroceria do tipo tanque devido ao seu formato, os
dispositivos de segurança deverão ser aplicados no bordo superior,
acompanhando o perfil da carroceria.
c) em veicuios com carroceria do tipo guincho, guindaste ou transporte
de lixo, os dispositivos de segurança deverão ser afixados verticalmen­
te na borda superior da traseira dos mesmos.
d) em veículos de combinações de carga do tipo cegonheiras e outros
mais longos e largos, os dispositivos deverão ser afixados em todas
as unidades tracionadas, nas laterais e na traseira.

141 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

A questão foi formulada tendo por base as resoluções n01128/01 e 132/02,


que em seu ANEXO, item 1, estabelecem:
Os dispositivos deverão ser afixados nas laterais e na traseira do veículo,
ao longo da borda inferior, alternando os segmentos de cores vermelha e
branca, dispostos horizontalmente, distribuídos de forma uniforme e co­
brindo, no mínimo:
33,33% (se fabricado antes de 30/04/01) ou 50% (se fabricado após 30/04/01)
da extensão das bordas laterais, o que torna as alternativas A e C erradas,
e 80%(oítenta por cento) das bordas traseiras dos veiculos da frota em cir­
culação;
O pára-choque traseiro dos veiculos deverá ter suas extremidades delinea­
das por um dispositivo de cada lado;
Os cantos superiores e inferiores das laterais e da traseira da carroceria dos
veiculos tipo baú» Container e afins deverão ser delineados por dois dispo­
sitivos de cada lado, afixados junto às bordas horizontais e verticais, e o
seu comprimento maior deverá estar na vertical, o que torna a alternativa
D correta.
A alternativa “B” está errada, pois os dispositivos refletivos deverão, no cami-
nhão-tanque, ser colocados ao longo do diâmetro horizontal do tanque.

( S
Gabarito

442. D 455. A
443. D 456. B
444. B 457. C
445. D 458. Anulada
446. C 459. Anulada
447. A 460. A
448. A 461. C
449. B 462. B
450. C 463. A
451. C 464. D
452. B 465. C
453. B 466. D
454. D

Leandro Macedo 142


Prova 12
Agente de Trânsito e Transporte/
Prefeitura de Olinda - PE/Upnet/2006

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, assinale a alternativa que


melhor expressa o conceito de vias terrestres.
a) São vias terrestres urbanas os logradouros, as ruas, as avenidas, as
estradas e as rodovias, e vias terrestres rurais são os caminhos e as
passagens, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais
e as circunstâncias especiais.
b) São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradou­
ros, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo
órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as
peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.
c) São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradou­
ros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão
seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição
sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias
especiais.
d) São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradou­
ros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão
seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição
sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias
especiais, salvo as vias internas pertencentes aos condomínios cons­
tituídos por unidades autônomas. ~ ~ ~~
e} São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradou­
ros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão
seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição
sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias
especiais, salvo as praias abertas à circulação pública.

O item C é a pura reprodução do artigo 2odo CTB; mais uma vez foi cobrada
a íiteraíidade da iei Ver também seu parágrafo único, abaixo, que dá uma
abrangência maior ao conceito de vias terrestres.
”Art. 2o. São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logra­
douros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu
Provas Comentadas

uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscríção sobre elas,


de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terres­
tres as praias abertas à circulação pública e as vias internas pertencentes
aos condomínios constituídos por unidades autônomas.”

423- Compõem o Sistema Nacíonai de Trânsito


a) o Conselho Nacional de Trânsito, os Conselhos Estaduais de Trânsi­
to, o Conselho de Trânsito do Distrito Federal, os órgãos e entidades
executivos de trânsito da União, dos Estados> do Distrito Federal e dos
Municípios, os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a Polícia Rodoviária
Federal, as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal e as
Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI.
b) o Conselho Nacíonai de Trânsito, os Conselhos Estaduais de Trânsito,
os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, os órgãos e entidades execu­
tivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, a Polícia Rodoviária Federal, as Polícias Militares dos
Estados e do Distrito Federal e as Juntas Administrativas de Recursos
de Infrações.
c) o Conselho Nacional de Trânsito, os Conselhos Estaduais de Trân­
sito, o Conselho de Trânsito do Distrito Federal, um representante
do Ministério dos Transportes, um representante do Ministério do
Exército, a Polícia Rodoviária Federal, as Polícias Militares dos Es­
tados e do Distrito Federal e as Juntas Administrativas de Recursos
de Infrações - JARI.
d) o Conselho Nacional de Trânsito, os Conselhos Estaduais de Trânsi­
to, o Conselho de Trânsito do Distrito Federal, os órgãos e entidades
executivos de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Munícipios, a Polícia Rodoviária
Federal e as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações.
e) o Conselho Nacional de Trânsito, os Conselhos Estaduais de Trânsito,
um representante do Ministério dos Transportes, os órgãos e entidades
executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, a Polícia Rodoviária Federal, as Polícias Militares dos
Estados e do Distrito Federal e as Juntas Administrativas de Recursos
de Infrações.

Leandro Macedo 144


Prova 12 - Agente de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Olinda - PE/Upnet/2006

O item A é uma simples reprodução do artigo 7o que trata da composição


do Sistema Nacional de Trânsito. As outras alternativas estão incompletas
ou erradas. Veja o artigo 7o do CTB na integra:
“Art. 7° Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e
entidades:
I. o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), coordenador do Sis­
tema e órgão máximo normativo e consultivo;
II. os Conselhos Estaduais de Trânsito (CETRAN) e o Conselho de
Trânsito do Distrito Federal (CONTRANDIFE), órgãos normativos,
consultivos e coordenadores;
III. os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
IV. os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
V. a Polícia Rodoviária Federal;
VI. as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
VII. as juntas Administrativas de Recursos de Infrações (JARI).”

424- O Código de Trânsito Brasileiro atribuiu várias competências aos órgãos e


entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circuns-
criçao. Assinale a alternativa que expressauma dessas competências.
a) A implantação ea operação do sistema de sinalização, dos dispositivos
e dos equipamentos de controle viário, mesmo que em rodovias ou
estradas de âmbito estadual.
b) A coleta de dados estatísticos e a elaboração de estudos sobre os aci­
dentes de trânsito e suas causas.
c) A coleta de dados estatísticos e a elaboração de estudos sobre o desen­
volvimento da circulação e da segurança de ciclistas.
d) A fiscalização, a autuação e a aplicação das penalidades e medidas ad­
ministrativas cabíveis relativas a infrações por dimensões dos veiculos,
bem como a notificação e a arrecadação das multas que aplicar.
e) O credenciamento dos serviços de veiculos de propulsão humana e de
tração animai.

A opção A está errada devido à sua parte finai (mesmo que em rodovias ou
estradas de âmbito estadual), pois ai caberia ao órgão ou entidade executi­
va rodoviária estadual, conforme os artigos 21, inciso III e 24, inciso III.

145 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

A opção B está de acordo com o artigo 24, mciso IV, enquanto a C, com o
inciso II, que é na verdade atribuição de todos os órgãos executivos e exe­
cutivos rodoviários e da PRF, a fim de que seja informado mensalmente ao
DENATRAN, que tem como atribuição fazer a estatística gerai de acidente
de trânsito no pais.
Segundo a banca a alternativa D também não estaria correta; ver inciso VIII
do artigo 24, pois o mesmo teria sido reproduzido de forma incompleta.
E “credenciar serviços de veiculo de propulsão humana e de tração ani­
mal” não é competêncja estabelecida no CTB; a autorização mencionada
no artigo 24, X V II e XVIII, é relativa ao condutor (para que possa condu­
zir) e ao veículo (para que possa transitar), não havendo previsão no CTB
quanto aos serviços efetuados por tais veicuios.

425- O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedece a


várias normas. Assinale a alternativa que expressa uma dessas normas.
a) O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal
entre o seu e os demais veicuios, bem como em relação ao bordo da
pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veiculo e as condições climáticas.
b) A circulação far-se-á pelo lado direito da via, sem quaisquer exceções.
c) Quando houver veículos transitando por fluxos que se cruzem, ao se
aproximarem de local não sinalizado, dar-se-á passagem preferencial,
no caso de rotatória, àquele que estiver em via reta.
d) Quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação
no mesmo sentido, são as da esquerda destinadas ao deslocamento
dos veículos mais lentos e de maior porte, e as da direita, destinadas
â ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade,
salvo quando houver faixa especial a eles destinada.
e) Os veicuios destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polí­
cia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias poderão
fazer uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha
intermitente, mesmo quando não estiverem em efetiva prestação de
serviço de urgência.

Reprodução do artigo 29, inciso II, mais uma vez foi explorada a literalida-
de. Na alternativa A é importante ter atenção na parte final do inciso, pois
traz algumas exceções. A fácil identificação dos erros presentes nas outras
alternativas pode ser observada, no mesmo artigo, nos incisos I; III, alínea
“b” IV e VII, todos do CTB.

Leandro Macedo 146


Prova 12 - Agente de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Olinda - PE/Upnet/2006

426- Quanto ao uso de luzes por veículos terrestres, é correto afirmar.


a) O condutor deve manter acesos os faróis do veículo, utilizando luz
alta durante a noite e luz baixa durante o dia nos túneis providos de
iluminação pública.
b) Nas vias não iluminadas, o condutor deve sempre usar luz alta.
c) A utilização do pisca-alerta somente pode ocorrer para indicar situ­
ações de emergência.
d) O condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o
veículo estiver parado para fins de embarque ou desembarque de
passageiros e carga ou descarga de mercadorias.
e) Os veículos de transporte coletivo regular de passageiros, quando cir­
cularem em faixas próprias a eles destinadas, e os ciclos motorizados
deverão utilizar-se de farol de luz alta durante a noite ebaixa durante
o dia.

Questão sobre o artigo 40 do CTB. A opção correta - letra D - está de


acordo com o inciso VII. O erro das opções A, B, C e E pode ser observado,
respectivamente, nos Incisos I, II, V e no parágrafo úmco do mesmo artigo.
Ver também artigos 223; 250; e 251, inciso II, alíneas “b” e “c” Veja o artigo
40 do CTB na integra:
“Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determina­
ções:
I. o condutor manterá acesos os faróis do veiculo, utilizando luz baixa
durante a noite e durante o dia nos túneis providos de iluminação
pública;
II. nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar
com outro veículo ou ao segui-lo;
III. a troca de íuz baixa e alta, de forma mtermítente-e-por curto período
de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser
utilizada para indicar a intenção de ultrapassar o veiculo que segue à
frente ou para indicar a existência de risco â segurança para os veículos
que circulam no sentido contrário;
IV. o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de posição do veículo
quando sob chuva forte, neblina ou cerração;
V. o condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
a) em imobiiizações ou situações de emergência;
b) quando a regulamentação da via assim o determinar.

147 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

VI. durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa a íuz de


placa;
VII. o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o
veículo estiver parado para fins de embarque ou desembarque de
passageiros e carga ou descarga de mercadorias.
Parágrafo único. Os veículos de transporte coletivo regular de passageiros,
quando circularem em faixas próprias a eles destinadas, e os ciclos mo­
torizados deverão utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e a noite.”

427- Indique a opção que apresenta a correta classificação das vias abertas à
circulação.
a) Vias urbanas que compreendem as vias de trânsito rápido, arteriais,
coletoras e estradas, e vias rurais que compreendem as vias locais e
as rodovias.
b) Vias urbanas que compreendem as vias arteriais, coletoras e locais, e
vias rurais que compreendem as rodovias e estradas.
c) Vias urbanas que compreendem as vias de trânsito rápido, arteriais,
coietoras e locais, e vias rurais que compreendem as rodovias e es­
tradas.
d) Vias urbanas que compreendem as vias de trânsito rápido, arte­
riais, coletoras, locais e estradas, e vias rurais que compreendem
as rodovias.
e) Vias urbanas que compreendem as vias de trânsito rápido, arteriais,
coietoras, locais e rodovias, e vias rurais que compreendem as es­
tradas.

Essa classificação é estabelecida no artigo 60 do CTB; trata-se da reprodução


literal do dispositivo.

428- De acordo com as normas gerais de circulação e conduta expressas no


Código de Trânsito Brasileiro,
a) os usuários das vias terrestres devem abster-se de obstruir o trânsito ou
tomá-lo perigoso, atirando, depositando ou abandonando na via objetos
ou substâncias ou, ainda, nela criando qualquer outro obstáculo, salvo
se ameaçados de atropelamento pelo condutor de um veículo.
b) o uso da buzina só poderá ser feito, desde que em toque breve, para
as advertências necessárias a fim de evitar acidentes, ou quando fora
das áreasurbanas for conveniente advertir um condutor de u m p erigó
iminente. '

Leandro Macedo 148


Prova 12 - Agente de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Olinda - PE/Upnet/2006

c) nunca um condutor deverá frear bruscamente seu veículo.


d) o embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da calçada,
inclusive para o condutor.
e) nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o
veículo deverá ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo
da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas
as exceções devidamente sinalizadas.

O ítem correto - letra E - está de acordo com o artigo 48 do CTB. O erro


das quatro primeiras alternativas pode ser observado ao confrontá-las,
respectivamente, com os artigos 26, inciso II; 41; 42; e 49, parágrafo único.
Literalidade das normas de circulação.

429- Assinale a alternativa que indica, em regra, as velocidades máximas nas


respectivas vias de trânsito.
a) Sessenta quilômetros por hora, nas vias locais.
b) Quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras.
c) Cento e dez quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido.
d) Oitenta quilômetros por hora, para automóveis, camionetas e moto-
-y—r>"T cícletas nas rodovias.
/* -■ Cinqüenta quilômetros por hora, nas estradas.

O gabarito está de acordo com o artigo 61, § Io, inciso I, alínea “c” do CTB.
Ver incisos I e II do parágrafo citado. Veja o conteúdo do referido artigo:
“Art. 61. Â velocidade máxima permitida para a via será mdicada por meio
de sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de
trânsito.
§ Io Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima
será de:
I. nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
II. nas vias rurais:
a) nas rodovias:
I) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas'
e motocicletas;

149 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

2} noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus;


3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veicuios;
b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.
§ 2oO órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre
a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores
ou inferiores aquelas estabelecidas no parágrafo anterior.”

430- Marque a alternativa que relaciona corretamente a classificação dos sinais


de trânsito.
a) Verticais, horizontais, luminosos e sonoros,
b) Verticais, horizontais, luminosos, sonoros e gestos do agente de trân­
sito e do condutor.
c) Horizontais, luminosos, sonoros, dispositivos de sinalização auxiliar
e gestos do agente de trânsito e do condutor.
d) Horizontais, luminosos, sonoros, dispositivos de sinalização auxiliar,
H 5 í/(l í? A L
gestos do agente de trânsito e do condutor e verticais.
e) Luminosos, sonoros, dispositivos de sinalização auxiliar, gestos do
agente de trânsito e horizontais.

Classificação estabelecida no artigo 87 do CTB. Trata-se de reprodução


literal.

431- De acordo com o artigo 89 do Código de Trânsito Brasileiro, a sinalização


de trânsito íerá a seguinte ordem de prevalência;
a) Indicações do semáforo, indicações dos sinais, ordens do agente de
trânsito e demais normas de circulação e outros sinais.
b) Ordens do agente de trânsito, indicações dos sinais, indicações do
semáforo e demais normas de trânsito.
c) Ordens do agente de trânsito, indicações do semáforo, indicações dos
sinais e demais normas de trânsito.
d) Indicações dos sinais, indicações do semáforo, ordens do agente de
trânsito e demais normas de trânsito.
e) Ordens do agente de trânsito, indicações do semáforo, demais normas
de trânsito e indicações dos sinais.

A ordem de prevalência para a sinalização de trânsito está estabelecida no


artigo 89 do CTB:
Io - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros
sinais;

Leandro Macedo 150


Prova 12 - Agente de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Olinda - PE/Upnet/2006

2o - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;


3o - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.

432- Quanto à classificação dos veiculos, pode-se afirmar que são veiculos
a) de passageiros, dentre outros: a motocicleta, o caminhão, a cami­
nhonete.
b) de carga, dentre outros: a motocicleta, o caminhão, o carro de mão,
c) de passageiros, dentre outros: o trator de esteira, a bicicleta, a mo­
toneta.
d) de competição, dentre outros: a bicicleta, a motoneta, o ônibus.
ej quanto à categoria, apenas os oficiais, os de representação diplomática,
os particulares e os de aluguel.

Vamos analisar cada uma das alternativas confrontando-as com o artigo


96, II do CTB, que trata da classificação quanto a espécie:
a) a motocicleta (passageiro ou carga), o caminhão (carga), a caminhonete
(carga).
b) a motocicleta (passageiro ou carga), o caminhão (carga), o carro de mão
(carga).
c) o trator de esteira (tração), a bicicleta (passageiro), a motoneta (passa­
geiro ou carga).
d) a bicicleta (passageiro), a motoneta (passageiro ou carga), o ônibus (pas­
sageiro).
e) quanto à categoria, apenas os oficiais, os de representação diplomática,
os particulares e os de aluguel (faltou o de aprendizagem).

433- A expedição de novo Certificado de Registro de Veículo é obrigatória,


quando
a) houver transferência da propriedade do veiculo, salvo se o novo pro­
prietário for conjugue do anterior.
b) o proprietário se deslocar para outro Município distinto de seu do­
micilio ou residência.
c) houver qualquer alteração na característica do veículo.
d) houver qualquer mudança na categoria do veiculo, salyo a alteração
de aluguel para particular.
e) houver, â exceção da cor, qualquer alteração na característica do
veículo.

151 Legislação dn Trânsito


Provas Comentadas

Questão envolvendo o artigo 123 do CTB. Vamos analisar cada uma das
alternativas:.
a) A expedição de novo Certificado de Registro de Veiculo é obrigatória
em qualquer transferência de propriedade.
b) Não é deslocamento que enseja a expedição de novo registro, e sím a
mudança de endereço entre municípios.
c) É o item correto.
d) A expedição de novo Certificado de Registro de Veículo é obrigatória
em qualquer mudança de categoria.
e) A expedição de novo Certificado de Registro de Veiculo é obrigatória
em qualquer mudança de característica.

434- O condutor de veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares,


de emergência ou de produto perigoso deve atender a requisitos especí­
ficos. Indique a alternativa que apresenta dois desses requisitos.
a) Ser maior de dezoito anos e estar habilitado, no mínimo, há dois anos
na categoria B.
b) Ser maior de vinte e um anos e não ter cometido nenhuma infração
grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante
os últimos dez meses.
c) Ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de
prática veicular em situação de risco, nos termos da normatização do
CONTRAN e ser maior de dezoito anos.
d) Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser
reincidente em infrações médias durante os últimos doze meses e ser
maior de vinte e um anos.
e) Ser maior de vinte e um anos e estar habilitado, no mínimo, há um
ano na categoria B.

Questão a respeito do artigo 145 do CTB. O gabarito envolve os incisos I e III.


Alternativa A: Errada, o condutor deve ser maior de 21 anos.
Alternativa B: Só apresenta um requisito.
Alternativa C. A única informação correta é a exigência do curso de espe­
cialização.
Alternativa D: Certo.
Alternativa E: Requisito para habilitação seria somente o descrito, mais
dois anos de categoria B.

Leandro Macedo 152


Prova 12 - Agente de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Olinda - PE/Upnet/2006

435- Segundo a Resolução n° 149/2003 do Conselho Nacional de Trânsito, é


correto afirmar.
a) O auto de infração vale como notificação da autuação quando colhi­
da a assinatura do condutor e a infração for de responsabilidade do
condutor, ou quando for de responsabilidade do proprietário e este
estiver conduzindo o veiculo.
b) Salvo disposição em contrário, após a verificação da regularidade do
Auto de Infração, a autoridade de trânsito expedirá, no prazo máximo
v j. de 15 (quinze) dias contados da data do cometimento da infração, a
r,uJ Notificação da Autuação dirigida ao proprietário do veículo, na qual
deverão constar, no mínimo, os dados definidos no artigo 280 do
Código de Trânsito Brasileiro e em regulamentação específica.
c) Na Notificação da Autuação constará a data do término do prazo para
a apresentação da Defesa da Autuação pelo proprietário do veiculo
ou pelo condutor infrator devidamente identificado, que não será
inferior a 30 (trinta) dias contados a partir da data da notificação da
autuação. ” “
d) Nos casos dos veicuios registrados em nome de missões diplomáticas,
repartições consulares de carreira ou representações de organismos
internacionais e de seus integrantes, a Notificação da Autuação deve­
rá ser remetida ao Ministério dos Transportes, para as providências
cabíveis, passando a correr os prazos a partir do seu conhecimento
pelo proprietário do veículo.
e) Quando o veículo estiver registrado em nome de sociedade de arrenda­
mento mercantil, o órgão ou entidade de trânsito deverá encaminhar
a Notificação da Autuação diretamente ao condutor mfrator, que,
para os fins dessa Resolução, se equipara ao proprietário do veiculo,
cabendo-lhe a remessa ao arrendatário do veiculo.

A alternativa correta - letra A - está de acordocom o artigo 2°, § 5o, da


resolução n° 149/03. Os erros das outras alternativas são osseguintes:
B: 30 ao invés de 15 - artigo 3o-,
C; 30 ao invés de 15 - artigo 3°( § 2o;
D: Ministério dos Transportes ao invés de Ministério das Relações Exte­
riores - artigo 3o, § 4o; e
E: “Condutor infrator” ao invés de “arrendatário” e “cabendo-lhe a remessa
ao arrendatário” ao invés de “cabendo-lhe a identificação do condutor in­
frator, quando não for o responsável pela infração” ~ artigo 4°,

153 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

436- Segundo a resolução n° 149/2003 do Conselho Nacional de Trânsito, nas


hipóteses em que não haja identificação do condutor infrator, a Notifi­
cação de Autuação deve ser acompanhada de formulário que contenha,
dentre outros, os seguintes dados;
a) A identificação do órgão ou entidade de trânsito responsável pela
autuação, campos para o preenchimento da identificação do condutor
infrator: nome, números do registro do documento de habilitação, de
identificação e do CPF, a placa e a cor do veículo e o número do Auto
de Infração,
b) A identificação do órgão ou entidade de trânsito responsável pela
autuação, a identificação do agente ou autoridade responsável pela
autuação, a placa do veículo e o número do Auto de Infração.
c) A identificação do agente ou autoridade responsável pela autuação, a
data do término do prazo para a identificação do condutor infrator,
placa do veículo e o número do Auto de Infração.
d) A identificação do órgão ou entidade de trânsito responsável pela
autuação, campos para o preenchimento da identificação do condutor
infrator: nome, números do registro do documento de habilitação, de
identificação e do CPF, a placa e a cor do veículo e número do Auto
de Infração. ----
e) A identificação do órgão ou entidade de trânsito responsável pela
autuação, a placa do veículo e o número do Auto de Infração.

A opção correta - letra E - está de acordo com a resoíução n° 149/03, artigo


5o, incisos I e VI. O erro das alternativas A e D está em “a cor do veículo”,
enquanto o das opções B e C encontra-se em "a identificação do agente ou
autoridade responsável pela autuação”, Veja a transcrição do artigo 5o da
referida resoíução:
“Art. 5o-Sendo a infração de responsabilidade do condutor, quando este
não for identificado no ato do cometimento da infração, deverá fazer parte
da Notificação da Autuação o Formulário de Identificação do Condutor
Infrator contendo, no mínimo:
♦identificação do órgão ou entidade de trânsito responsável peia autuação;
♦ campos para o preenchimento da identificação do condutor infrator:
nome, números do registro do documento de habilitação, de identificação
e do CPF;
♦campo para preenchimento da data da identificação do condutor infrator;
♦campo para a assinatura do proprietário do veiculo;
♦campo para a assinatura do condutor infrator;

Leandro Macedo 154


Prova 12 - Agente de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Olinda - PE/Upnet/2006

♦placa do veículo e número do Auto de Infração;


♦data do término do prazo para a identificação do condutor infrator;
♦ esclarecimento das conseqüências da não identificação do condutor in­
frator;
♦instrução para que o Formulário de Identificação do Condutor Infrator
seja acompanhado de cópia reprográfica legível do documento de habilita­
ção, além de documento que comprove a assinatura do condutor infrator,
quando esta não constar do referido documento;
♦esclarecimento de que a identificação do condutor infrator só surtirá efeito
se estiver corretamente preenchida, assinada e acompanhada de cópia
legível dos documentos relacionados no inciso IX;
♦ endereço para onde o proprietário deve encaminhar o Formulário de
Identificação do Condutor Infrator;
♦esclarecimento sobre a responsabilidade nas esferas cível, administrativa e
penal, pela veracidade das informações e dos documentos fornecidos.”

De acordo com a Resolução n° 141/2002, do Conselho Nacional de


Trânsito, o comprovante da infração por excesso de velocidade poderá
ser emitido por aparelho, por equipamento ou por qualquer outro meio
tecnológico medidor de velocidade, com dispositivo registrador de ima­
gem que deverá permitir a identificação do local, da marca e da placa e
da marca do veiculo e conter:
a) A velocidade mínima da via, a velocidade do veiculo medida pelo apa­
relho, pelo equipamento ou por qualquer outro meio tecnológico, a
identificação e data de verificação do aparelho, do equipamento ou de
qualquer outro meio tecnológico, o locál, a data e a hora da infração e
a identificação do agente de trânsito, quando se tratar de aparelho, de
equipamento ou de qualquer outro meio tecnológico do tipo estático,
portátil ou móvel.
b) A velocidade regulamentar da via, a velocidade do veículo medida pelo
aparelho, pelo equipamento ou por qualquer outro meio tecnológico, a
data de verificação do aparelho, do equipamento ou de qualquer outro
meio tecnológico, o local, a data da infração e a identificação do agente
de trânsito, quando se tratar de aparelho, de equipamento ou de qual­
quer outro meio tecnológico do tipo estático, portátil ou móvel.
c) A velocidade regulamentar da via, a velocidade do veículo medida pelo
aparelho, pelo equipamento ou por qualquer outro meio tecnológico> a
identificação e data de verificação do aparelho, do equipamento ou de

155 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

qualquer outro meio tecnológico, o local, a data e a hora da infração e


a identificação do agente de trânsito, quando se tratar de aparelho, de
equipamento ou de qualquer outro meio tecnológico do tipo estático,
portátil ou móvel.
d) a velocidade máxima da via, a velocidade do veículo medida pelo
aparelho, pelo equipamento ou por qualquer outro meio tecnológico,
a identificação e data de verificação do aparelho, do equipamento'ou
de qualquer outro meio tecnológico, o local e a hora da infração e a
identificação do agente de trânsito.
e) À velocidade regulamentar da via, a velocidade do veículo medida pelo
aparelho, pelo equipamento ou por qualquer outro meio tecnológico, a
identificação e data de verificação do aparelho, do equipamento ou de
qualquer outro meio tecnológico, o local, a data e a hora da infração.

De acordo com o artigo 12, §1° da resolução n° 141, a alternativa C é a úni­


ca completa, mas tal resolução foi revogada pela de número 146/03, o que
torna todas as alternativas erradas. Para que o item “C” continue correto,
é necessário suprimir a exigência do agente no radar estático, pois confor­
me o artigo 3o, §1° da resolução n° 146/03, esta não é exigida nem no radar
estático nem no fixo com registrador de imagem.

438- Á luz do artigo 2o, caput, da resolução n° 082/98 do Conselho Nacional


de Trânsito, é autorizado, em regra, o uso de veiculo de carga para trans­
porte de passageiros eventualmente, e a título precário, nas seguintes
hipóteses:
a) Entre localidades de origem e destino que estiverem situadas em um
mesmo município, entre municípios limítrofes e entre municípios de
um mesmo Estado, exclusivamente, quando não houver linha regular
de ônibus.
b) Entre localidades de origem e destino que estiverem situadas em um
mesmo município, entre municípios limítrofes e entre municípios de
um mesmo Estado, quando não houver linha regular de ônibus ou as
linhas existentes não forem suficientes para suprir as necessidades
daquelas comunidades.
c) Exclusivamente entre localidades de origem e destino que estiverem
situadas em xim mesmo município e entre municípios limítrofes,
quando não houver linha regular de ônibus ou as linhas existentes
não forem suficientes para suprir as necessidades daquelas comu­
nidades.

Leandro Macedo 156


Prova 12 - Agente de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Olinda - PE/Upnet/2006

d) Entre localidades de origem e destino que estiverem situadas em um


mesmo município, entre municípios limítrofes e entre municípios de
um mesmo Estado, quando não houver linha regular de ônibus ou táxi
ou as linhas existentes de ônibus não forem suficientes para suprir as
necessidades daquelas comunidades.
e) Exclusivamente entre localidades de origem e destino que estiverem
situadas em um mesmo município, quando não houver Unha regular
de ônibus ou as linhas existentes não forem suficientes para suprir as
necessidades daquelas comunidades.

Artigo 2oda resolução n° 82/98, que traz também a condição para que seja
dada a autorização, a título precário, para transporte de passageiros em
veiculo de carga. Ver comentários â questão 108.

439- Indique a alternativa que relaciona corretamente as infrações de trânsito,


conforme o grau de gravidade.
a) São infrações leves, dentre outras, dirigir sem atenção ou sem os cui­
dados indispensáveis à segurança; deixar o condutor ou passageiro
de usar o cinto de segurança.
b) São infrações graves, dentre outras, deixar o condutor ou passageiro
de usar o cinto de segurança; estacionar o veiculo afastado da guia
da calçada (meio-fio) de cinqüenta centímetros a um metro.
c) São infrações gravíssimas, dentre outras, dirigir veículo sem possuir
Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para dirigir; fazer ou
deixar que se faça reparo em veiculo na via pública, salvo nos casos
de impedimento absoluto de sua remoção e sem que o veículo esteja
devidamente sinalizado em pista de rolamento de rodovias e vias de
trânsito rápido.
d) São infrações leves, dentre outras, dirigir sem atenção ou sem os cuida­
dos indispensáveis à segurança; deixar o condutor de prestar socorro
â vítima de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e
seus agentes.
e) São infrações graves, dentre outras, deixar o condutor ou passageiro
de usar o cinto de segurança; deixar o condutor de prestar socorro
à vítima de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e
seus agentes.

A opção correta - letra E - apresenta as infrações graves presentes nos artigos


167 e 177.
Opção A: 169 (leve) e 167 (grave).

157 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Opção B: 167 (grave) e 181, inciso II (leve).


Opção C: 162, mcíso I (gravíssima) e 179, inciso I (grave).
Opção D: 169 (leve) e 177 (grave). ^
6fl ^ ***% c 'k j J J - ,
440- Leia atentamente as seguintes sentenças: ^ c
3t/*i ^ J -* ■ Sujf,
\i1. Crime: cometer homicídio culposo na direção de veículo automotor -
pena: detenção, de dois a quatro anos, esuspensão ou proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veiculo automotor.
^2. Crime: afastar-se o condutor do veiculo do local do acidente, para
'J fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída
~ pena: detenção, de sèís meses a um ano, ou multa.
3. Crime: conduzir veiculo automotor, na via pública, sob a influência
de álcool ou substância de efeitos análogos, expondo a dano potencial
t a incolumidade de outrem - pena: detenção, de seis meses a um ano,
ou multa.
4. Crime: participar, na direção de veículo automotor, em via pública,
de corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada
\j pela autoridade competente, desde que resulte dano potencial à
incolumidade pública ou privada - pena: detenção, de seis meses a
dois anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão
ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Diante do exposto, assinale a alternativa que enumera as sentenças cor­
retas quanto à correspondência entre as espécies de crime de trânsito
e as suas respectivas penas, de acordo com o disposto no Código de
Trânsito Brasileiro.
a) 1, 2, 3 e 4.
b) 1, 2 e 3.
c) 2, 3 e 4.
d) 1,2 e 4.
e) 1, 3 e 4.

Os cnmes dos itens 1, 2 e 4 são os previstos, respectivamente, nos artigos


302, 305 e 308 do CTB. O crime do item 3, previsto no artigo 306, tem
pena de detenção, de seis meses a três anos, muita e suspensão ou proibi­
ção de se obter a permissão ou a habilitação para dingir veiculo automo­
tor. Perceba que a redação do artigo 306 do CTB foi alterada pela Lei n°
11.705/08, que passa ser a seguinte:

Leandro Macedo 158


Prova 12 - Agente de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Olinda - PE/Upnet/2006

“Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com con­
centração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) deci-
gramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoatíva que
determine dependência: (Redação dada pela Lei n° 11.705, de 2008)
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proi­
bição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veiculo auto­
motor.
Parágrafo único. O Poder Executivo Federai estipulará a equivalência
entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do crime
tipificado neste artigo. (Incluído pela Lei ng 11.705, de 2008)”

441- Com amparo na resolução n° 160/2004 do Conselho Nacional de Trân­


sito, assinaie a alternativa que apresenta a correta correspondência entre
o sinal de regulamentação e o seu significado.

CONSERVE-SE À DIREITA

PASSAGEM OBRIGATÓRIA

PESO M Á X IM O PERMITIDO POR EIXO

PESO BRUTO TOTAL M ÁXIM O PERMITIDO

CIRCULAÇÃO EXCLUSIVA DE ÔNIBUS

Item 1.1.4 da resolução n° 160,que regulamentou o ANEXO II. A opção


correta é a placa R-32 (letra E).

159 Legislaçao de Trânsito


Provas Comentadas

Opção A\placa R-24b - passagem obrigatória;


Opção S: placa R-23 - conserve-se à direita;
Opção C: placa R-14 - peso bruto total máximo permitido; e
Opção D: peso máximo permitido por eixo.

Gabarito

422. C
423. A
424. B eC
425. A
426. D
427. C
428. E
429. B
430. D
431. C
432. B
433. C
434. D
435. A
436. E
437. C
438. B
439. E
440. D
441. E

Leandro Macedo 160


Prova 13
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRT - DF/Cespe-UnB/2005

Julgue os itens a seguir, referentes á legislação de trânsito brasileira.


413- Embora não seja passível de punição, o ato de trafegar com veiculo sem
extintor de incêndio constitui infração passível de punição com a medida
administrativa de retenção do veiculo para regularização.

Além da redação infeliz da banca (“Embora não seja passível de punição (...)
constitui infração passível de punição (...)”), que por si só já deixa a ques­
tão errada, não há maiores dificuldades em resolvê-la, já que o extintor de
incêndio é equipamento obrigatório, previsto na resolução n° 14/98, artigo
Io, inciso I, item 20. Já conduzir o veículo sem equipamento obrigatório é
infração prevista no artigo 230, inciso IX do CTB. Entendemos que o exa­
minador quis dizer “embora não seja prevista sanção, deveria ser aplicada a
medida administrativa”, afirmação errada, conforme explicação anterior.

414“ A sinalização de trânsito apresenta a seguinte ordem de prevalência: I.


as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros
sinais; II. as indicações do semáforo sobre os demais sinais; III. as indi­
cações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.

Ordem de prevalência totalmente de acordo com a prevista no artigo 89


do CTB.

415- O gesto ilustrado na figura abaixo corresponde a uma ordem de parada


obrigatória para todos os veículos e, se for executado em uma interseção,
também os veículos que iá se encontrarem nela serão obrigados a parar.

Quando a referida ordem for executada em interseções, os veículos que


já se encontram nela não são obrigados a parar. Ver resolução n° 160/04,
item 6, “a”.

161
Provas Comentadas

416- Em um trecho de uma via de mão dupla em que seja permitida a ultra-
passagem em ambos os sentidos, o leito da via deverá ser sinalizado com
faixa simples seccionada.

Entendo que o gabarito oficial esteja errado, já que o leito da via, nesse caso,
não deverá ser sinalizado com faixa simpies seccionada, mas poderá, haja
vista que a resoíução n° 160/04, no seu item 2.2.1, "a” também prevê a pos­
sibilidade da sinalização via Linhas de Divisão de Fluxos Opostos do tipo
Dupla seccionada. Mas da questão podemos entender outro posicionamento
da banca, já que a mesma nunca faz distinção entre deverá e poderá.

417- Nas interseções e suas proximidades, o condutor poderá efetuar ultra-


passagem, desde que se certifique de que poderá executá-la sem perigo
para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar
com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.

Não existe exceção para a situação apresentada, ou seja, a ultrapassagem


é sempre vedada nas interseções e suas proximidades. Ver artigos 33 do
CTB, que trata da proibição expressa da ultrapassagem em interseções e
suas proximidades, e 202, inciso II, também do CTB, que se refere à san­
ção, cominando uma penalidade de natureza grave.

418- Sempre que estiverem trafegando, os veículos destinados a socorro de


incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de
trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre
circulação, estacionamento e parada.

Os privilégios são aceitos apenas quando os referidos veicuios estão “em


serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamen-
tares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente”, e não “sempre
que estiverem trafegando”, como afirma a questão. Venartigos 29, inciso VII
e o 222, ambos do CTB que tratam da sanção para esses veículos.

419- Em uma via rodoviária, a sinalização vertical ilustrada na figura abaixo


eqüivale a uma ordem de parada para os veículos automotores.

A sinalização apresentada é de advertência, que tem por finalidade alertar


os usuários da via para condições potencialmente perigosas, indicando sua

Leandro Macedo 162


Prova 13 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRT - DF/Cespe-UnB/2005

natureza. A placa ilustrada não equivaíe â ordem de parada para o condutor


que a avistar. O examinador tentou confundir o candidato com a piaca “Dê
a Preferência”, que é de regulamentação. Ver resolução n° 160/04, item 1.2,
e placa A-41 do item 1.2.3.

420/ Considere a seguinte situação hipotética.


Joaquim envolveu seu veículo em um acidente com vítima, à qual não
prestou ou providenciou socorro, mesmo estando apto a fazê-lo.
Nessa situação, Joaquim estará sujeito às penalidades de multa e suspen­
são do direito de dirigir. Esta, entretanto, deverá ser aplicada por deci­
são fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo
administrativo, assegurado a Joaquim amplo direito de defesa.

A infração está tipificada no artigo 176 do CTB, enquanto a penalidade de


suspensão do direito de dirigir é aplicada somente após o processo admi­
nistrativo, conforme artigo 265 do CTB e sua regulamentação, previstos
na resolução n° 182/05 do CONTRAN.

[421/ Considere a seguinte situação hipotética.


Em uma via, um condutor de veículo automotor ultrapassou um ciclista,
sem guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao
realizar a ultrapassagem.
Nessa situação, se, adicionalmente, não tiver reduzido a velocidade do
próprio veículo de forma compatível com a segurança do trânsito, o
condutor será passível de punição com duas muitas, pelo cometimento
de duas infrações de trânsito.

O condutor cometeu as infrações previstas nos artigos 201 (média) e 220,


inciso XIII (grave) do CTB, respectivamente. Ele será punido em ambas,
com base no artigo 266 do CTB.

163 Legisiação de Trânsito


Provas Comentadas

Gabarito

413. Errado
414. Certo
415. Errado
416. Certo
417. Errado
418. Errado
419. Errado
420. Certo
421. Certo

Leandro Macedo 164


Prova 14
Sargento da Polícia Militar - DF/Cespe-UnB/2005

Julgue os itens seguintes à luz do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e, no


que couber, dos anexos Xe II do referido código, que tratam, respectivamente,
dos conceitos e das definições adotados para efeito do CTB e da sinalização.

403- Considere a seguinte situação hipotética.


Cristina, condutora recém-habilitada, temerosa de provocar aciden­
te de trânsito, trafegava com velocidade reduzida em um trecho com
muitas curvas e, com a intenção de sinalizar sua baixa velocidade aos
outros condutores, mantinha o pisca-alerta do seu veiculo ligado. Nessa
situação, Cristina cometeu infração de trânsito relativamente ao pisca-
alerta, já que o CTB não prevê o uso do pisca-alerta para o fim preten­
dido por Cristina.

O item está de acordo com os artigos 40, inciso V, e 251, inciso I, ambos
do CTB. Cristina cometeu infração de natureza média, uma vez que o uso
do pisca-alerta pode se dar em três situações: imobiiizações, situações de
emergência e quando a sinalização da via determinar.

404- Considere a seguinte situação hipotética.


Em determinado momento, Lúcio, devidamente habilitado para a con­
dução de veiculo automotor, dirigia seu veiculo ameaçando pedestres
que estavam atravessando a via e foi interceptado por um agente da au­
toridade de trânsito. Nessa situação, o agente deverá autuar Lúcio pelo
cometimento de infração de trânsito gravíssima. Além disso, Lúcio de­
verá sofrer a imposição de medida administrativa denominada suspen­
são do direito de dirigir, medida essa de caráter sumário, em face da
situação de risco aos pedestres.

O erro está na afirmativa de que a suspensão tem caráter suipaxio. pois


a mesma dar-se-á mediante processo administrativo. Ver artigo 265 do
CTB e resolução 182/05. Quanto à mfração, está expressa no artigo 170 do
CTB.
“Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via
pública, ou os demais veicuios:

165
Provas Comentadas

Infração -gravíssima;
Penalidade -multa e suspensão do direito de dingír;
Medida administrativa -retenção do veiculo e recolhimento do documento
de habilitação ”

405- Considere a seguinte situação hipotética.


Paulo, condutor devidamente habilitado, quando dirigia seu veículo
automotor foi abordado por agente da autoridade de trânsito, oportu­
nidade em que este constatou o cometimento de duas infrações de trân­
sito: uma de natureza grave e outra, média.
Nessa situação, de acordo com princípio adotado pelo CTB, o agente
deveria autuar Paulo pelo cometimento de apenas uma infração, que,
no caso, seria a de maior gravidade.

As infrações, em regra, são cumulativas, independente de sua natureza


leve, média, grave ou gravíssima. Ver artigo 266 do CTB, sempre explora­
do em provas. :

406- Considere a seguinte situação hipotética.


Em uma viagem, ao conduzir uma camioneta por um longo trecho de
uma rodovia que não contava com sinalização regulamentadora rela­
tivamente à velocidade máxima permitida para a via, Manuel trafegou
com velocidade máxima 15% superior à permitida para o referido tre­
cho. Nessa situação, Manuel cometeu infração de natureza grave, passí­
vel de punição com muita. Entretanto, se, em vez de 15%, a velocidade
desenvolvida por Manuel tivesse sido mais de 20% superior à permitida,
ele teria cometido infração de natureza gravíssima, passível de punição
com multa e com suspensão do direito de dirigir.

O gabarito oficial está de acordo com o artigo 218 do CTB antes da Lei n°
11.334, de 2006, que o alterou. Hoje o item estaria errado conforme a nova
redação, pois até 20% a natureza seria média, acima de 20% até 50%, natu­
reza grave, e acima de 50%, infração de natureza gravíssima.

407- Nas vias de pista dupla urbanas e rurais, a circulação de bicicletas deve
ocorrer, quando não houver cíclovia, dclofaixa ou acostamento, ou quan­
do não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento,
com preferência sobre os veiculos automotores. O ciclista deve trafegar
no sentido de circulação oposto àquele regulamentado para a via, a fim

Leandro Macedo 166


Prova 14 - Sargento da Policia Militar - DF/Cespe-UnB/2005

de visualizar toda a movimentação da via e, com isso, evitar riscos à


própria vida.

O trânsito de ciclista deverá ser feito no mesmo sentido de circulação regu­


lamentado para a via, podendo excepcionalmente, se o trecho for dotado de
ciclofaixa, ocorrer no sentido contrário. Ver artigo 58 do CTB.

408- Considere a seguinte situação hipotética.


Em periodo diurno, Júnior, devidamente habilitado, trafegava com sua
motocicleta em uma via pública e mantinha o farol aceso, oportunida­
de em que foi abordado por um agente da autoridade de trânsito. Nessa
situação, não caberia ao agente da autoridade de trânsito autuar Júnior
pelo cometimento de infração relativamente ao fato de manter aceso o
farol durante o dia, já que essa providência está de acordo com disposi­
tivo contido no CTB.

O exposto está em consonância com o CTB, e aquele que transitar com os


faróis apagados, mesmo de dia, responde por uma infração de trânsito de
natureza gravíssima, prevista no artigo 244, inciso IV do CTB,

409- Considere a seguinte situação hipotética.


Jorge, morador de Brasília, foi notificado de autuação pelo cometimen­
to de infração de trânsito em via pública dessa cidade. Inconformado,
Jorge interpôs recurso contra a autuação, que foi indeferido pela Junta
Administrativa de Recursos de Infrações (JARI). Nessa situação, caso
queira recorrer da decisão da JARI, caberá a Jorge interpor recurso di­
rigido ao CONTRAN, órgão ao qual compete julgar os recursos inter­
postos contra decisão da mencionada JARI.

A infração foi cometida em via pública da cidade de Brasília, logo a in-


terposição do 2a recurso será perante o CONTRANDIFE. Ver artigo 289,
inciso II do CTB.

410- Considere a seguinte situação hipotética.


Hipólito conduzia seu veículo automotor e, quando já esta­
va em uma interseção, um agente da autoridade de trânsito,
mediante gesto representado na figura abaixo, executou uma
ordem de parada obrigatória para todos os veículos. Nessa si­
tuação, Hipólito não seria obrigado a parar, porquanto já se
encontrava na interseção.

167 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

O gesto significa ordem de parada obrigatória para todos os veículos, mas


quando executada em interseção, os veículos que já se encontram nela não
são obrigados a parar. Ver item 6, a), da resolução n° 160/04.

411- Em face do risco que as ultrapassagens pela direita representam para a


segurança dos usuários da via pública (pedestres e condutores), o CTB
é taxativo em proibir, sem exceções, esse tipo de ultrapassagem.

Existe, no CTB, possibilidade de ultrapassar veiculo pela direita sem co­


meter infração de trânsito, bastando para isso que o veículo a ser ultra­
passado esteja sinalizando o propósito de entrar â esquerda. Ver artigos
29, inciso IX, e 199, ambos do CTB, que se referem a uma infração de
natureza média.

412- Em Brasília, o veículo especialmente destinado à condução coletiva de


escolares somente pode circular nas vias com autorização emitida pelo
órgão executivo de trânsito do DF, mediante atendimento a requisitos que
incluem, entre outros, cintos de segurança em número igual à lotação.
Os requisitos que devem ser satisfeitos pelo condutbr dessa espécie de
veiculo incluem idade superior a 21 anos e habilitação na categoria D.

Item de acordo com o Capítulo X III do CTB, que versa sobre a condução
de escolares. Ver artigos 136, capuL inciso VI, e 138, incisos I e II, ambos
do CTB.

Gabarito

403. Certo
404. Errado
405. Errado
406. Certo .(/ . ■

■■
. J <■
407. Errado "
408. Certo
409. Errado
410. Certo
411. Errado
412. Certo

Leandro Macedo 168


Prova 15
Corpo de Bombeiros da Polícia Militar - DF/
Cespe-UnB/2005.2

Com referência à legislação de trânsito, julgue os itens seguintes.

393- De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), apenas a inob­


servância de preceito elencado no capítulo XV do CTB (Das Infrações)
dará causa à lavratura de auto de infração.

Constitui infração de trânsito a inobservância de qualquer preceito do CTB,


da legislação complementar ou das resoluções do CONTRAN, conforme
expresso no artigo 161 do CTB.

394- Sempre que um condutor tiver de decidir sobre que sinalização de trân­
sito cumprir em primeiro lugar, ele deve seguir â seguinte ordem de
prevalência:
I. as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
II. as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e
outros sinais;
III. as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.

A ordem de prevalência da sinalização não está de acordo com o artigo 89


do CTB, como visto anteriormente neste trabaiho, assunto freqüentemente
cobrado em provas. A nosso ver, vaie relembrar esse assunto de tanta im­
portância nas provas de Legislação de Trânsito.
A ordem de prevalência para a sinalização de trânsito está estabelecida no
artigo 89 do CTB:
Io; as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros
sinais;
2o: as indicações do semáforo sobre os demais sinais;
3o; as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.

169
Provas Comentadas

( 395-) A sinalização horizontal — subsistema da sinalização viária que se utiliza


V—/ de linhas, marcações, símbolos e legendas, pintados ou apostos sobre o
pavimento das vias —(naq)tem poder de regulamentação, à semelhança
das placas da sinalização vertical de advertência.

A sinalização horizontal tem como função organizar o fluxo de veículos


e pedestres; controlar e orientar os deslocamentos em situações com pro­
blemas de geometria, topografia ou frente a obstáculos; complementar os
sinais verticais de regulamentação, advertência ou indicação. Em casos
específicos, tem poder de regulamentação, conforme expresso no item 2
da resolução n° 160/04-

396- Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem


de pedestre, será dada preferência aos pedestres que não tenham con­
cluído a travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando
a passagem dos veículos. Nesse caso, se o condutor, por meio de alguma
forma de ameaça, tentar induzir os pedestres a apressarem a travessia,
ele estará sujeito à multa pelo cometimento de infração gravíssima.

A conduta poderia ser tipificada no artigo 214, inciso II do CTB, que se


refere ao veículo que não der preferência de passagem ao pedestre quando
a sinalização estiver favorável a este, o que já tornaria a questão certa, pois
trata-se de infração de natureza gravíssima. Mas como o examinador se uti­
lizou das palavras “ameaça” e "pedestre”, é possível, também, enquadrá-lo no
artigo 170 do CTB, que se refere a ameaçar pedestres, infração também de
natureza gravíssima. De qualquer forma, a questão estaria correta.

397- Adaptada - Quanto ao cinto de segurança nos assentos, voltados para


frente, dos veículos para o transporte de escolares, é exigido no assento do
condutor o do tipo três pontos, com ousem retrator, e nos demais assentos,
o do tipo três pontos, com ou sem retrator, ou do tipo subabdominal.

Trata-se da reprodução literal do item 3.1.4 do anexo da resolução n°


48/98.

398- Constituiinfração grave não dar preferência de passagem nas interseções


com sinalização de regulamentação de Dê a Preferência.

Reprodução literal do artigo 215, inciso II do CTB, que nos informa que é uma
infração de natureza grave com penalidade de multa. Veja o dispositivo:
“Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem:
I. em interseção não sinalizada:
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória;

Leandro Macedo 170


Prova 15 - Corpo de Bombeiros da Polícia Militar - DF/Cespe-UnB/2005.2

b) a veiculo que vier da direita;


II. nas interseções com sinalização de regulamentação de Dê a Preferência:
Infração -grave;
Penalidade * multa.”

399- Ressalvada excepcionalidade prevista no CTB, se o condutor fizer uso do


facho de luz alta dos faróis em vías providas de iluminação pública, ele
será passível de punição com multa pelo cometimento de infração leve.

Trata-se da reprodução literal da infração prevista no artigo 224 do CTB.


“Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vías providas de
iluminação pública:
Infração -leve;
Penalidade -multa."

400- Considere a seguinte situação hipotética.


A capital da República será alvo de campanha educativa que conterá a se­
guinte orientação quanto ao uso da buzina: “Em Brasília, é proibido usar
buzina”. Nessa situação, a proibição objeto da orientação irá de encontro ao
teor do CTB, que prevê situação e forma específicas para o uso da buzina.

As condições para o uso da buzina, que é um equipamento obrigatório em


veículos, estão previstas nos artigos 41 e 227 do CTB, que nos trazem as situ­
ações de uso e as infrações, o que tornaria a questão correta. Cabe ressaltar
que se um estado ou o DF quiser proibir o uso de buzina em determinado
local, será possível fazê-lo apenas através de piacas de regulamentação,
nunca através de leis que versam sobre trânsito e transporte, uma vez que
somente a União pode legislar sobre o tema, conforme o artigo 22, XI da
Constituição Federal. Veja. os dispositivos que tratam do uso devido da
buzina e suas restrições:
"Art. 41. O condutor de veiculo só poderá fazer uso de buzina, desde que
em toque breve, nas seguintes situações:
I. para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II. fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor
que se tem o propósito de ultrapassá-lo.”
“A rt 227. Usar buzina:
I. em situação que não a de simples toque breve como advertência ao
pedestre ou a condutores de outros veicuios;

171 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

II. prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;


III. entre as vinte e duas e as seis horas;
IV. em locais e horários proibidos pela sinalização;
V. em desacordo com os padrões e freqüências estabelecidas pelo CON­
TRAN:
Infração -leve;
Penalidade -multa.”

401- O estacionamento dos veículos motorizados de duas rodas deverá ser feito
em posição diagonal à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela, em um ân­
gulo de 45 graus entre as retas que passem sobre o veiculo e sobre a referida
guia, salvo quando houver sinalização que determine outra condição.

De acordo com o § 2o do artigo 48 do CTB, o estacionamento dos veicuios


motorizados de duas rodas será feito em posição perpendicular à guia da
calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver sinalização que de­
termine outra condição.

402- Recentemente, o CONTRAN, mediante a análise dos dados de acidentes


de trânsito registrados no pais e a consulta ao Conselho Nacional de Segu­
ros Privados, comprovou a pouca ocorrência de incêndios em acidentes,
razão por que deliberou por alterar o texto do CTB, no sentido de tornar
facultativo o porte de extintor de incêndios nos veículos automotores.

A referida alteração não ocorreu e o extintor de incêndio continua como


equipamento obrigatório em veicuios automotores, de acordo com a reso­
lução 14/98, artigo Io, inciso I, item 20.

Gabarito

393. Errado
394. Errado
395. Errado
396. Certo
397. Certo
398. Certo
399. Certo
400. Certo
401. Errado
402. Errado

Lenndro Macedo 172


Prova 16
Corpo de Bombeiros da Polícia Militar - DF/
Cespe-UnB/2005.1

Acerca das infrações de trânsito, julgue os seguintes itens.


385- Constitui infração administrativa de trânsito o fato de um condutor
envolver-se em acidente de trânsito por falta de cuidado ao dirigir.

A conduta de se envolver em acidente de trânsito não configura mfração,


uma vez que as infrações envolvendo acidente de trânsito, seja ele com
vítima ou sem vítima, se configuram quando o condutor deixa de tomar as
providências legais após o acontecimento. Porém, quanto ao fato de dirigir
por falta de cuidado, existe o enquadramento legal do artigo 169 do CTB.

386- Constitui crime de trânsito a prática de homicídio culposo na direção


de veículo automotor, e, por isso, é circunstância agravante desse crime
o fato de a lesão ocorrer sobre faixa de trânsito destinada a pedestres.

O crime é tipificado no artigo 302 do CTB, enquanto o agravante é previsto


no artigo 298, inciso VII do CTB.

387- Para recorrer de uma multa de trânsito que lhe foi imposta, um moto­
rista precisa previamente depositar o valor da multa perante a admi­
nistração.

O pagamento prévio só é necessário para a interposição do 2orecurso obri­


gatoriamente conforme artigo 288, § 2o do CTB. O primeiro recurso pode
ser interposto, no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor, conforme
artigo 286 do CTB.

Sobre a legislação de trânsito, julgue os itens que se seguem.


388- As rodovias que cruzam o perímetro urbano do Distrito Federal são con­
sideradas vias urbanas, para fins de aplicação da legislação de trânsito.

Rodovia é via rural pavimentada. Esta é a definição constante do anexo I


do CTB, não importando se a mesma cruza ou não perímetro urbano.

173
Provas Comentadas

389- A velocidade máxima nas estradas do Distrito Federal é de 60 km/h, para


quaisquer veículos, salvo se houver sinalização específica que indique
velocidade máxima diversa.

Em estradas não sinalizadas, a velocidade máxima permitida é de 60 Jkm/h,


independente do tipo de veículo. Ver artigo 61, § Io, além do inciso II, alínea
“b”, do mesmo parágrafo do CTB.

Cada um dos itens a seguir é composto por uma situação hipotética ocorri­
da durante uma blitz realizada pela PMDF, seguida de uma assertiva a ser
julgada.
390- Ura cabo da PMDF determinou a parada de um automóvel cujo condutor
não portava CNH e identificou-se como major do Exército brasileiro.
Nessa situação, é Yedado ao referido cabo autuar o major por infração de
trânsito, pois um oficial das Forças Armadas somente pode ser autuado
por oficiais de patente igual ou superior.

A vedação citada não existe. Ver artigos 3o e 280 do CTB, além do caput
do artigo 5o da Constituição, que nos díz que todos são iguais perante a
lei, e mais, conforme o artigo 280 do CTB, o agente de trânsito é obrigado
a lavrar o auto de infração, pois trata-se de um ato administrativo de
natureza vmcuiada.

391- O condutor de um dos automóveis abordados na blitz identificou-se como


promotor de justiça e afirmou que os policiais não poderiam revistar
o seu carro sem sua autorização porque o veículo é uma extensão do
domicílio e, portanto, é protegido pela regra constitucional da inviola­
bilidade domiciliar. Nessa situação, o argumento do referido promotor
é juridicamente equivocado.

Interpretação equivocada do artigo 5o, mciso XI da Constituição Federai,


pois veículos, quando utilizados como meio de locomoção, não podem ser
considerados como "casa” No CTB há embasamento, de forma implícita,
para que se possa fiscalizar o interior de um veiculo durante uma blitz, pois
há equipamentos obrigatórios no interior do mesmo e o agente de trânsito
é competente para realizar tal ato. E mais: a prerrogativa de não ser fisca­
lizado violaria, também, o principio da igualdade, conforme colocado na
questão anterior.

Leandro Macedo
Prova 16 - Corpo de Bombeiros da Polícia Militar - DF/Cespe-UnB/2005.1

392- O condutor de um dos automóveis abordados na blitz identificou-se como


embaixador de um país europeu. Nessa situação, o policial deve abster-se
de autuar o referido condutor porque o Código de Trânsito Brasileiro
confere imunidade aos diplomatas que servem no Brasil.

À imunidade citada não existe perante o CTB. Ver artigos 3oe 280 do CTB.
O diferenciai do embaixador é que ele não é notificado diretamente, e sím
via ministério das relações exteriores, conforme artigo 282, § 2o do CTB.

175 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Gabarito

385. Errado
386. Certo
387. Errado
388. Errado
389. Certo
390. Errado
391. Certo
392. Errado

Leandro A/\acedo
Prova 17
Agente de Transporte e Trânsito/Prefeitura de
Nova Iguaçu - RJ/Cesgranrio/2005

370- Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com vistas à


segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à educação para
o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento é um dos objetivos básicos do:
a) Sistema Nacional de Trânsito.
b) Conselho Nacional de Trânsito.
c) Conselho Estadual de Trânsito.
d) Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
e) Departamento de Trânsito.

Esse é um dos três objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito, es­


pecificamente o previsto no artigo 6o, inciso I do CTB.

371- As luzes do pisca-alerta deverão ser utilizadas pelo condutor de veículo


nas seguintes situações:
I. em imobilizações;
II. em situações de emergência;
III. quando a regulamentação da via assim determinar;
IV. durante a noite, em circulação.
Estão corretas as situações:
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

Ver artigos 40, inciso V, e 251, que trazem a sanção para o descumprimento
da norma, referentes a infrações de natureza média.

177
Provas Comentadas

372- Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade nas vias


urbanas de trânsito rápido será, no máximo, de quantos quilômetros
por hora?
a) 100
b) 80
c) 60
d) 50
e) 40

Ver artigo 61, § 1°. inciso I, alínea “a", Ver comentários à questão 429.

373- O motorista de veiculo destinado à condução de escolares deve satisfazer


a vários requisitos, entre eles ser habilitado em que categoria?
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E

Ver artigo 138, inciso II; há ainda outras exigências, como ser maior de 21
anos, não ser reincidente em infrações graves ou gravíssimas ou reincidente
em infrações médias durante os 12 últimos meses, além de ser aprovado
em curso específico.

374- Quantos dias após a divulgação do resultado do exame escrito sobre


legislação de trânsito ou de direção veicular o candidato poderá repetir
o exame, no caso de reprovação?
a) 5 (cinco).
b) 10 (dez).
c) 15 (quinze).
d) 20 (vinte).
e) 30 (trinta).

Prazo estabelecido no artigo 151 do CTB.

Leandro Macedo 178


Prova 17 - Agente de Transporte e Trânsito/Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ/Cesgranrio/2005

375- Dirigir veiculo sem possuir Carteira Nacional de Habilitação ou permis­


são para dirigir constitui infração gravíssima sujeita a
a) multa (cinco vezes).
b) prisão em flagrante.
c) apreensão do veiculo.
d) retenção do documento do veiculo.
e) recolhimento do documento de identidade.

A unica opção correta é a alternativa C, pois a outra penalidade aplicada


também é a muita (três vezes) - que não consta nas alternativas. Ver artigo
162, inciso I.

376- O fato de o condutor de veiculo envolvido em acidente com vitima deixar


de identificar-se ao policial e de lhe prestar as informações necessárias à
confecção do boletim de ocorrência constitui infração gravíssima. Qual
a medida administrativa aplicada neste caso?
a) Retenção do veiculo.
b) Remoção do veiculo.
c} Recolhimento do Certificado de Registro.
d) Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação.
e) Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual.

A alternativa D é a única medida administrativa prevista para o artigo 76,


neste caso, reiatíva à infração do inciso V.

377- Constitui infração gravíssima estacionar um veiculo


a) em pista de rolamento e estradas, rodovias, vias de trânsito rápido e
vias dotadas de acostamento.
b) em área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veiculos
e pedestres.
c) ao lado de outro veículo, em fila dupla.
d) no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres.
e) afastado da guia da calçada (meio-fio) mais de um metro.

A alternativa A apresenta a única infração de estacionamento que é de


natureza gravíssima. Todas as outras alternativas apresentam incisos com
infrações de natureza grave, respectivamente: XII, XI, VIII e III.

179 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

378- Não sendo imediata a identificação do infrator, quantos dias, após a


notificação de autuação, terá o proprietário do veículo para apresentar
o condutor do mesmo, na forma em que dispuser o CONTRAN, para
não ser considerado responsável pela referida infração?
a) 3 (três).
b) 5 (cinco).
c) 10 (dez).
d) 15 (quinze).
e) 30 (trinta).

Prazo previsto no artigo 257, § 7o do CTB. Ver também resolução n° 149,


artigo 3o, § 2a,

379- Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, a concentração de quantos


decigramas de álcool por litro de sangue comprova que o condutor se
acha impedido de dirigir veiculo automotor?
a) 2 (dois).
b) 3 (três).
c) 4 (quatro).
d) 5 (cinco).
e) 6 (seis).

Com a nova redação dada ao CTB pela Lei n° 11.705/08, regulamentada


pelo Decreto n° 6.488/08, para que seja constatada a embriaguez, para efei­
tos de autuação, o limite passa para 2 decigramas de álcool por litro de
sangue. Quanto ao crime de trânsito, referente a embriaguez, este limite
permanece (6 decigramas de álcool por litro de sangue).

380- Qual o prazo máximo (em dias) para expedição de notificação de au­
tuação, após o qual um auto dê infração será arquivado, e seu registro
considerado insubsístente?
a) 30
b) 60
c) 90
d) 100
e) 120

O gabarito oncial claramente vai de encontro ao previsto no artigo 281 do


CTB, paragrafo único, mcíso II, que teve nova redação dada pela Lei n°

Leandro Macedo 180


Prova 17 - Agente de Transporte e Trânsito/Prefeitura de Nova Iguaçu - RJ/Cesgranno/2005

9.602/98, a qual alterou o prazo previsto de 60 para 30 dias. A alternativa


correta seria a A.

381- Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, uma pessoa poderá ser pena­
lizada com suspensão da habilitação para dirigir veiculo automotor, por
um período que pode variar de:
a) 1 a 48 meses.
b) 2 a 60 meses.
c) 3 a 24 meses.
d) 3 a 60 meses.
e) 6 a 36 meses.

Ao analisar as alternativas, o candidato deve perceber que se trata da sus­


pensão penal, aplicada pela autoridade judiciária, não pela autoridade de
trânsito. A duração da suspensão de que a questão trata é a pena relativa
aos crimes de trânsito que está prevista no artigo 293, caput. A suspensão
administrativa pode ser aplicada quando prevista na infração cometida ou
quando o condutor atingir a contagem de vinte pontos, num período de 12
meses, em seu prontuário, podendo seu prazo variar de 1 a 12 meses ou de
6 a 24 meses, se fizer referência à primeira ou à segunda suspensão, respec­
tivamente. A penalidade de suspensão está regulamentada na resolução n°
182/05 do CONTRAN.

382- De que modo deve ser feito o transporte de criança com até 10 anos de
idade em veiculo automotor?
a) Somente no banco traseiro do veiculo, acomodada em dispositivo de
retenção afixado ao cinto de segurança.
b) No banco traseiro, no colo de um adulto, ambos com o mesmo cinto
de segurança.
c) No banco traseiro, sem cinto de segurança para não acarretar lesões
á criança.
d) No banco dianteiro, utilizando o cinto de segurança de três pontos.
e) No banco dianteiro, utilizando o cínto de segurança.

O tema é, hoje, regulamentado pela resolução n° 277/08 do CONTRAN,


que nos mostra algumas impropnedades no gabarito oficial (alternativa
“A”)
i- O transporte de criança, em casos excepcionais, pode ser feitos no banr
co dianteiro: na hipótese de a quantidade de crianças com idade inferior a
dez anos exceder a capacidade de lotação do banco traseiro, será admitido

181 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

o transporte daquela de maior estatura no banco dianteiro, utilizando o


cinto de segurança do veículo ou dispositivo de retenção adequado ao seu
peso e altura, e nos veicuios dotados exclusivamente de banco dianteiro,
o transporte de crianças com até dez anos de idade poderá ser realizado
neste banco, utilizando-se sempre o dispositivo de retenção adequado ao
peso e altura da criança.
2- Existe criança com menos de 10 anos que deve usar cinto obrigatoria­
mente, e não dispositivo de retenção equivalente, veja a regra: crianças com
até um ano de idade deverão utilizar, obrigatoriamente, o dispositivo de re­
tenção denominado “-bebê conforto ou conversível”; crianças com idade su­
perior a um ano e inferior ou igual a quatro anos deverão utilizar, obrigato­
riamente, o dispositivo de retenção denominado "cadeirinha”; crianças com
idade superior a quatro anos e inferior ou igual a sete anos e meio deverão
utilizar o dispositivo de retenção denominado “assento de elevação”; e por
fim; crianças com idade superior a sete anos e meio e inferior ou igual a dez
anos deverão utilizar o cinto de segurança do veículo.

De acordo com CTB, seus anexos e suas resoluções, julgue:


383- (adaptada) Quanto ao encosto de cabeça, nos automóveis esportivos do
tipo dois mais dois ou nos modelos conversíveis é facultado o uso do
encosto de cabeça nos bancos traseiros.

Trata-se da reprodução do artigol0, § 2o da resolução n° 44/98.

384- (adaptada) Quanto ao cinto de segurança nos assentos, voltados para


frente, dos automóveis conversíveis, é exigido o tipo três pontos, com
ou sem retrator, ou do tipo subabdomínal.

Trata-se da reprodução do item 3.1.1.7 do anexo da resolução n° 48/98.

Gabarito

370. A 378. D
371. C 379. E
372. B 380.^ A
373. D 381. B
374. C 382. A
375. C 383. Certo
376. D 384. Certo
377. A

Leandro Macedo 182


Prova 18
Técnico Judiciário/Área: Transporte/TRT-PR/
FCC/2004

356- Diante da situação ilustrada abaixo, o condutor de um veículo oficiai,


que está transportando um magistrado, deve saber que

a) pode parar pelo tempo estritamente necessário para o desembarque


do passageiro.
b) não pode parar, nem mesmo para o desembarque do passageiro.
c) pode fazer uma rápida parada, desde que o condutor permaneça no
veículo.
d) pode fazer uma rápida parada, desde que o motor do veículo perma­
neça ligado,
e) pode fazer uma rápida parada, desde que seja acionada a sinalização
de emergência (pisca-alerta),

Como a placa (R-6c) significa proibido parar eestacionar, nem mesmo o desem­
barque de passageiro poderá ser feito, já que o mesmo é considerado parada de
acordo com o ANEXÕI do CTB. Ver item 1.L4 da resolução n° 160/04.

357- Um condutor, tendo recebido uma notificação de autuação por infração


de trânsito por avanço ao semáforo vermelho, pretende recorrer. Existem
as seguintes possibilidades de defesa:
a) }ari e Detran.
b) Jari e Denatran.
c) Defesa da autuação, Jari e Cetran.
d) Detran e Denatran.
e) Defesa prévia, Detran e Contran.

183
Provas Comentadas

Existem dois institutos no processo administrativo de aplicação de penalidade:


aquele em que épossível fazer a defesa antes que a penalidade seja aplicada (defe­
sa prévia ou defesa de autuação, ou ainda defesa do cometimento da infração) e
aqueles após a aplicação da penalidade (Ioe 2orecursos). Na defesa de autuação,
o pleiteante pode tanto contestar a consistência (verdade) do auto de infração
quanto a sua irregularidade (legalidade); na defesa prévia, em regra, está sendo
contestado um ato do agente de trânsito para seu superior hierárquico, quê é a
autoridade de trânsito. No Iorecurso, o penalizado pode contestara penaÜdade
aplicada, que é um ato da autoridade; sendo assim no Io recurso está sendo
contestado um ato da autoridade para um colegíado chamado TAR1 (ver artigo
17 do CTB), e neste caso, a administração tem a oportunidade de controlar os
atos de suas autoridades de trânsito. Já no 2orecurso, o suposto infrator pode
contestar os atos da JARI ora para o CONTRAN, ora para um coiegiado especial
da JARI, ora pela própria JARI, em caso de penalidade aplicada por órgão ou
entidade federal. No caso de penalidade aplicada pelo estado ou pelo município,
será julgado CETRAN ou CONTRANdife. Ver resolução n° 149/03, artigo 3o,
§ 2o, além dos artigos 285 e 288 do CTB.

358- Um condutor, ao visualizar as placas de sinalização educativas ilustradas


abaixo, deve saber que

USE O CINTO
DE SEGURANÇA

a) indicam comportamentos adequados que devem ser adotados sempre.


b) indicam comportamentos adequados que devem ser adotados apenas
nas proximidades das placas.
c) devem ser obedecidas apenas na presença dos agentes de trânsito.
d) apenas indicam comportamentos recomendados.
e) indicam alguma situação de risco na vía.

As placas ilustradas são educativas e estão presentes no item 1.3,3 da reso­


lução n° 160/04. Têm a função de educar os usuários da vía quanto ao seu
comportamento adequado e seguro no trânsito epodem conter mensagens
que reforcem normas gerais de circulação e conduta. Assim, as restrições
apresentadas para que sejam obedecidas (apenas nas proximidades das
placas ou na presença de agentes de trânsito) são infundadas.

Leandro Macedo 184


Prova 18 - Técnico Judiciário/Área: Transporte/TRT-PR/FCC/2004

359- O proprietário de ura veiculo encontra um grupo de amigos que está


bebendo festivamente em um bar. Na alegria do encontro, ele acaba
reunindo-se aos amigos e bebendo algumas cervejas. Ao sair, já embria­
gado, ele entrega a direção do seu veiculo a um amigo que não bebeu,
mas que está com a validade de habilitação vencida há 30 dias. Nessa
situação, o proprietário do veiculo está cometendo uma infração
a) gravíssima, com penalidade de multa, suspensão do direito de dirigir
e remoção do veículo.
b) grave, com penalidade de multa e apreensão do veiculo.
c) grave, com penalidade de multa, recolhimento da Carteira Nacional
de Habilitação e retenção do veículo.
d) gravíssima, com penalidade de multa, recolhimento da Carteira Na­
cional de Habilitação e retenção do veículo.
e) gravíssima, com penalidade de multa e suspensão do direito de
dirigir.

Na situação apresentada existem dois fatos típicos: o primeiro ocorre quando


o proprietário entrega a direção a uma pessoa com a habilitação vencida; o se­
gundo quando essa pessoa dirige com o documento vencido, devendo portanto
ser lavrados dois autos de infração. Com isso, quero consignar que o condutor
responde com fulcro no 162, V, e o proprietário com base no artigo 163, ambos
do CTB. Sendo assim, a questão fica sem resposta, uma vez que é perguntada a
mfração cometida pelo proprietário, e dentre as alternativas, temos a mfração
cometida peio condutor, na letra D. Veja os dispositivos que tratam do tema:
“Art. 162. Dirigir veículo:
III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir de
categoria diferente da do veículo que esteja conduzindo:
Infração - gravíssima;
Penalidade ~ multa (três vezes) e apreensão do veiculo;
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação.
V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais de
trinta dias:
Infração -gravíssima;
Penalidade -multa;
Medida administrativa -recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação
e retenção do veicuío até a apresentação de condutor habilitado.”
“Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições previstas
no artigo anterior:

185 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Infração -as mesmas previstas no artigo anterior;


Penalidade -as mesmas previstas no artigo anterior;
Medida administrativa -a mesma prevista no inciso III do artigo anterior
(recolhimento do documento de habilitação).”

360™ Um condutor deveícuio está transportando autoridades. Deve saber-que


esse tipo de veiculo
a) pode ultrapassar o limite de velocidade regulamentado em situações
de urgência.
b) goza de livre circulação, estacionamento e parada.
c) deve circular em obediência às regras de trânsito.
d) pode ultrapassar o limite de velocidade regulamentado apenas no
período noturno.
e) pode ultrapassar o limite de velocidade regulamentado em situações
de urgência, desde que acione as luzes de emergência (pisca-alerta).

Em nenhum momento o CTB estabelece algum tipo de privilégio para veí­


culo que esteja transportando autoridades, portanto, todos devem respeitar
as normas de trânsito conforme o artigo 3odo CTB. Perceba que veículos de
autoridades, somente quando precedidos de batedores, gozam de prioridade de
passagem, devendo todas as demais normas de circulação ser respeitadas.
“Art. 3o. As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer veiculo, bem
como aos proprietários, condutores dos veicuios nacionais ou estrangeiros
e às pessoas nele expressamente mencionadas "

361- Um condutor, ao receber uma notificação de autuação por infração de


trânsito classificada como leve ou média, desde que não seja em reinci­
dência, deve saber que a penalidade
a) poderá ser convertida em prestação de serviço à comunidade,
b) de multa pode ter o seu valor reduzido â metade.
c) é passível de remissão.
d) poderá ser convertida em fornecimento de uma cesta básica.
e) de muita poderá ser convertida em advertência.

Questão extraída do artigo 267, caput do CTB. Veja abaixo:


“Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à
infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não
sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses,
quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta
providência como mais educativa.”

Leandro Macedo 186


Prova 18 - Técnico Judiriáno/Area: Transporte/TRT-PR/F:CC/2004

362- Ura condutor deve saber que, para a fiscalização eletrônica de velocidade
em via pública, é obrigatória a existência de sinalização
a) horizontal associada às placas de regulamentação.
b) de regulamentação associada às placas educativas.
c) de regulamentação associada âs placas de advertência.
d) de regulamentação, apenas.
e) de regulamentação, de advertência e educativa.

O gabarito oficiai está de acordo com a redação originai da resolução n°


146/03. Hoje a alternativa correta seria a B, dada a inclusão do artigo 5o na
resolução citada pela resolução n° 214/06.

363- Um condutor deve saber que o estacionamento sobre o passeio é


a) permitido em frente ás edificações públicas.
b) proibido.
c) permitido para as operações de embarque e desembarque de autori­
dades.
d) permitido para as operações de carga e descarga de documentações
importantes.
e) proibido apenas no período diurno.

Infração prevista no artigo 181, inciso VIII do CTB.

364- Na situação ilustrada abaixo, relativa a uma rodovia, um condutor deve


saber que a ultrapassagem é

p<n(ura „ .
amareia B ^

*—> A

a) proibida nos dois sentidos apenas se houver placas de regulamenta­


ção.
b) permitida apenas no sentido de A para B.
c) permitida nos dois sentidos.
d) proibida nos dois sentidos.
e) permitida apenas no sentido de B para A.

A figura apresentada é o próprio exemplo da resolução n° 160/04, item


2.2.1, "a” A ultrapassagem é permitida de B para A (em virtude da linha
seccionada) e proibida de A para B (em virtude da Unha continua).

187 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

365- A parada no meio de um cruzamento é proibida

a) apenas se existir a placa educativa, conforme exemplo indicado na


figura.
b) apenas se existir a pintura amarela, conforme exemplo indicado na
figura.
c) em qualquer situação.
d) apenas se existir pintura amarela combinada com placas educa­
tivas.
e) Apenas nos horários de pico.

A questão teve por base o artigo 45 do CTB e a infração do artigo 182, VII,
que nos diz que é proibido parar na área de cruzamento de vias, prejudican­
do a circulação de veicuios e pedestres, o que responde por uma infração
de natureza média e penalidade de multa. A questão apresenta uma figura
de Marcação de Área de Conflito, que está presente no item 2.2.3, “f” da
resolução n° 160/04. Esse tipo de marca transversal assinala aos condutores a
área da pista em que não devem parar e estacionar os veicuios, prejudicando
a circulação. A simples presença dessa sinalização horizontal já impede a
parada no cruzamento em qualquer situação. Veja o dispositivo do CTB de
onde foi extraída a questão, onde se tem uma vedação expressa de parada
em cruzamentos:
“Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja favorável,
nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver possibilidade
de ser obrigado a imobilizar o veiculo na área do cruzamento, obstruindo
ou impedindo a passagem do trânsito transversal.”

Leandro Macedo 188


Prova 18 - Técnico Judiciáno/Área: Transporte/TRT-PR/FCC/2004

366- Uma placa de regulamentação tem validade

a) a partir do trecho da via onde o condutor tenha visibilidade da placa.


b) a partir da seção da via aonde ela está posicionada.
c) 100 m antes do local onde a placa está posicionada.
d) 100 m depois do local onde a placa está posicionada.
e) 300 m depois do local onde a placa está posicionada.

Embora não venha de forma expressa no CTB, conforme resoíução n° 180/05


do CONTRAN, em regra a sinalização obriga a partir da seção da via onde
ela está posicionada.

367- Um condutor de veiculo oficial foi convocado para fazer uma viagem
urgente. Ao receber o veículo, verifica que os pneus estão excessivamente
desgastados. Nessa situação, o procedimento correto é:
a) Comunicar ao supervisor para efetuar a troca dos pneus ou a substi­
tuição do veículo para realizar a viagem.
b) Calibrar os pneus com pressão um pouco abaixo do normal e seguir
viagem com cuidado.
c) Calibrar os pneus com pressão um pouco acima do normal e seguir
viagem com cuidado.
d) Ignorar o problema, para evitar problemas com a supervisão, e seguir
a viagem com cuidado.
e) Seguir a viagem, mas sem ultrapassar a velocidade de 80 Km/h.

O condutor deverá agir de acordo com o estabelecido no artigo 27 do CTB,


haja vista que a resolução n° 14/98, artigo Io, I, item 18 estabelece como equipa­
mentos obrigatórios para veículos automotores pneus que ofereçam condições
mínimas de segurança. Importante ressaltar que o examinador tenta de forma
reiterada verificar se o candidato tem a idéia de que os veicuios oficiais devem
respeitar, como qualquer outro veiculo, as normas de circulação e conduta
do CTB. Veja a redação do artigo 27, sem discriminação:
“Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o con­
dutor devera verificar a existência e as boas condições de funcionamento
dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência
de combustível suficiente para chegar ao local de destino.”

189 Legtslação de Trânsito


Provas Comentadas

368- Todo condutor de veiculo automotor deve saber que a sinalização vertical
de regulamentação tem por finalidade
a) alertar aos usuários para condições potencialmente perigosas na via.
b) informar aos usuários das condições, proibições, obrigações ou res­
trições no uso das vias.
c) educar condutores e pedestres quanto ao comportamento adequado
no trânsito.
d) orientar aos usuários da via sobre os destinos e locais de interesse.
e) orientar aos usuários da via sobre o comportamento adequado.

Trata-se da reprodução literal do item 1.1 da resolução n° 160/04 do


CONTRAN.

369- Um condutor de veículo oficial deve saber que, no entroncamento de


uma via com uma çotatória, em local não sinalizado, terá preferência
de passagem o veículo
a) que chegar primeiro.
b) que estiver se aproximando pela via.
c) que estiver circulando pela rotatória.
d) de maior porte.
e) oficial.

Esta preferência está estabelecida no artigo 29, inciso III, alínea “b” Ver
também artigo 215, inciso I, alínea “a”

Gabarito

356. B 363. B
357. C 364. E
358. A 365. C
359. D 366. B
360. C 367. A
361. E 368. B
362. 0 ' 369. C
£

Leandro Macedo 190


Prova 19
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRT-SP/FCC/2004

336- O órgão máximo normativo e consultivo do Sistema Nacional de Trânsito é


a) a Ciretran - Circulação Regional de Trânsito.
b) o Denatran - Departamento Nacional de Trânsito.
c) o Detran - Departamento Estadual de Trânsito.
d) o Contrandife - Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
e) o Contran - Conselho Nacional de Trânsito.

De acordo com o artigo 7°, inciso I do CTB, que define a composição do


Sistema Nacional de Trânsito. A questão cobrou apenas memorização.
"Art. 7o, Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e
entidades:
I. o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), coordenador do Sis­
tema e órgão máximo normativo e consultivo;
II. os Conselhos Estaduais de Trânsito (CETRAN) e o Conselho de
Trânsito do Distrito Federai (CONTRANDIFE), órgãos normativos,
consultivos e coordenadores;
III. os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
IV. os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
V. a Polícia Rodoviária Federal;
VI. as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
VII. as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações (JARI).”

337- Compete ao órgão executivo de trânsito do Municipío a responsabilidade


pela regulamentação do uso e circulação da via pública, estabelecendo res­
trições e limitações, as quais são transmitidas aos condutores por meio
a) de decreto municipal.
b) dos dispositivos de sinalização regulamentados.
c) de lei municipal.
d) de portaria do diretor de trânsito.
e) de normas técnicas.
Provas Comentadas

São competências dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Mu­


nicípios planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos,
além de implantar, manter e operar o sistema de sinalização. Assim, as
regulamentações dos municípios são transmitidas aos condutores através
da sinalização. Cabe ainda ressaltar que não existe impedimento legal para
que os prefeitos se utilizem do decreto para regulamentar o trânsito, evi­
dentemente sem inovar na ordem jurídica, mas essa não é a forma como as
informações são transmitidas aos condutores, conforme perguntado. Ver
artigo 24, incisos II e III.

338- Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, as vias rurais classificam-


se em:
a) Estradas e rodovias.
b) Rodovias e auto-estradas.
c) Estradas e vias expressas.
d) Vias de trânsito rápido e rodovias.
e) Vias expressas, estradas e rodovias.

Classificação estabelecida no artigo 60, inciso II do CTB; questão básica


de memorização.

339- Quando não houver sinalização regxilamentadora, a velocidade máxima


em uma via de trânsito rápido é de
a) llOKm/h.
b) lüOKm/h.
c) 9QKm/h.
d) 70Km/h.
e) 80Km/h.

Ver artigo 61, § Io, inciso I, alínea “a” do CTB. Assunto já tratado nesse tra­
balho, mas vale lembrar que o CTB regulamenta a velocidade máxima em
vias não sinalizadas, podendo essas velocidades sofrer variações de acordo
com as condições operacionais da via.

340- Respeitadas as condições operacionais do trânsito, a velocidade mínima


para um automóvel em uma via NÃO poderá ser inferior
a) a três quartos da velocidade máxima estabelecida.
b) a dois terços da velocidade máxima estabelecida.

Leandro Macedo 192


Prova 19 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRT-SP/FCC/2004

c) a um quarto da velocidade máxima estabelecida


d) á metade da velocidade máxima estabelecida.
e) à velocidade máxima fixada para os ônibus e caminhões.

Trata-se de reprodução literal do artigo 62 do CTB. Veja o art. 219, que se


refere à infração correspondente à norma em questão.

341- No período noturno, o condutor de um veiculo parado para fms de em­


barque de passageiros deverá manter
a) acesos os faróis baixos.
b) acesos os faróis altos.
c) acesas as luzes de posição.
d) acesas as luzes de emergência.
e) acesas as luzes internas.

Ver artigo 40, inciso VII do CTB, que traz a norma de circulação; e o art.
249 do CTB, que traz a infração prevista para o caso de infringir a norma.
Veja os dispositivos abaixo:
“Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determina­
ções:
VIL o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o
veiculo estiver parado para fins de embarque ou desembarque de
passageiros e carga ou descarga de mercadorias.”

“Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as iuzes de posição, quando o


veículo estiver parado, para fins de embarque ou desembarque de passageiros
e carga ou descarga de mercadorias:
Infração -média:
Penalidade - muita.”

342- É permitido ultrapassar o semáforo em luz vermelha apenas quando


a) houver uma ordem emanada por um agente de autoridade de trân­
sito.
b) o veiculo estiver transportando valores.
c) o veiculo estiver transportando autoridades.
d) o veículo estiver circulando no período noturno.
e) o veiculo estiver efetuando uma conversão á direita.

193 Legislaçao de Trânsito


Provas Comentadas

Como as ordens do agente de trânsito têm prevalência sobre as normas de


circulação, semáforo e outros sinais, configura-se, assim, caso legalmente
previsto para ultrapassar sinal vermelho. Ver artigo 89, inciso I do CTB,
situação exaustivamente cobrada em prova.

343- A placa R6c, conforme figura, sinaliza que é

a) permitida uma rápida parada, desde que o motor do veículo perma­


neça ligado.
b) proibido estacionar, mas é permitido o embarque e desembarque de
passageiros.
c) proibido estacionar, mas é permitida a carga e descarga de mercado­
rias.
d) permitida uma rápida parada, desde que o condutor permaneça no
veículo.
e) proibido parar e estacionar o veiculo.

É o próprio significado da placa. Ver item 1.1.4 da resolução n° 160/04.

344- A placa A15, conforme figura, sinaliza que

a) a parada é opcional.
b) adiante há um locai de parada obrigatória.
c) deve-se parar imediatamente o veículo.
d) deve-se dar preferência aos demais veículos, sem a necessidade de
parar.
e) deve-se tomar cuidado, parando o veiculo apenas se necessário.

A placa significa parada obrigatória à frente; letra B. Ver item 1.2.3 da Re­
solução n° 160/04.

Leandro Macedo 194


P ro v a 19 - Técnico J u d ic iá r io / Á r e a : S e g u ra n ç a e Transporte/TRT-SP/FCC/2004

345- Observe a placa representada abaixo.

USE O CINTG
DE SEGURANÇA

É uma placa
a) de orientação.
b) de regulamentação.
c) de advertência.
d) educativa.
e) de recomendação.

A placa apresentada é um exemplo de píacas educativas, presentes no item


1.3.3 da resolução n° 160/04.

346- A cor branca na sinalização horizontal NÃO é utilizada para


a) linhas de retenção.
b) delimitação de vagas de estacionamento.
c) delimitação de áreas de proibição de estacionamento.
d) separação de fluxos de mesmo sentido.
e) faixas de travessia de pedestres.

A cor que deve ser utilizada para a opção C é a amarela, conforme item 2.Í.2
da Resolução n° 160/04. Todas as outras alternativas estão corretas.

347- A ordem de prevalência da sinalização obedece a seguinte regra:


a) A sinalização horizontal prevalece sobre a sinalização vertical.
b) As indicações do semáforo prevalecem sobre os demais sinais.
c) As normas de circulação prevalecem sobre as ordens do agente de
trânsito.
d) A sinalização de orientação prevalece sobre a sinalização de indicação.
e) As normas gerais de conduta e de circulação prevalecem sobre os
dispositivos de sinalização.
;i‘■>•
;J. ; -;■.
A alternativa B é a única que está de acordo com o artigo 89 do CTB, mais
especificamente com seu mcíso II.

195 Legísiaçao de Trânsito


Provas Comentadas

348- O licenciamento anual de um veiculo deve ser efetuado por seu proprie­
tário perante
a) a Secretaria da Fazenda do Estado.
b) a Prefeitura Municipal.
c) o órgão municipal de transito.
d) o Comando de Policiamento de Trânsito.
e) o órgão executivo de trânsito do Estado,

Veja o artigo 22, inciso III do CTB, transcrito abaixo:


“Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados
e do Distrito Federai, no âmbito de sua círcunscrição:
III. vistoriar, inspecionar quanto às condições de segurança veicular,
registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar veiculos, expedindo o
Certificado de Registro e o Licenciamento Anual, mediante delegação
do órgão federal competente.”

349- Uma pessoa em cuja CNH conste habilitação na categoria “D” NÃO pode
conduzir
a) veiculos motorizados de duas ou três rodas.
b) veiculos motorizados, cujo peso bruto total não exceda a três m il e
quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares,
excluído o do motorista.
c) veículos motorizados utilizados em transportes de carga, cujo peso
bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas.
1 d) veiculos motorizados utilizados no transporte de passageiros, cuja
lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista,
e) na via pública, tratores de roda ou de esteira destinados à movimen­
tação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplanagem,
de construção ou de pavimentação.

Um condutor habilitado na categoria D pode conduzir veículos auto­


motores e elétricos utilizados no transporte de passageiros cuja lotação
exceda a 08 (oito) lugares e todos os veiculos abrangidos nas categorias
“B” e “C”, de acordo com o anexo I da resolução n° 168/04. Assim, não
estão abrangidos os veiculos de duas ou três rodas, relacionados com a
categoria “A”,

Leandro Macedo 196


w Prova 19 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRT-SP/FCC/2004

350- É uma penalidade prevista no Código de Trânsito Brasileiro:


a) Retenção do veiculo.
b) Suspensão do direito de dirigir.
c) Remoção do veículo.
d) Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação.
e) Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual.

Letra B. A penalidade está prevista no artigo 256, inciso III. As outras


alternativas apresentam medidas administrativas elencadas no artigo 269,
respectivamente nos incisos 1, II, III e VI.

351- A penalidade de suspensão do direito de dirigir pode ser aplicada ao


condutor que
a) atingir, no mínimo, 22 pontos.
b) estiver circulando numa via coletora em velocidade acima de 20% da
estabelecida.
c) atingir, no mínimo, 15 pontos.
d) estiver circulando numa via arterial em velocidade acima de 20% da
estabelecida,
e) atingir, no mínimo, 25 pontos.

O gabarito oficial está de acordo com a redação antiga do artigo 218 do


CTB, que foi alterado pela Lei n° 11.334/06. Além disso, de acordo com
o artigo 261, § Io do CTB, a suspensão do direito de dirigir será aplicada
sempre que o infrator atingir a contagem de vinte pontos. Assim, hoje a
questão estaria sem opção correta, pois a suspensão seria aplicada acima
dos 50% de excesso.

352- O prazo para expedição, pelo órgão de trânsito, da notificação da autu­


ação por infração de trânsito é de
a) 15 dias.
b) 20 dias.
c) 30 dias.
d) 40 dias.
e) 60 dias.

Ver artigo 281, parágrafo único, inciso II do CTB e resolução n° 149/03,


artigo 3o.

197 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

353- A penalidade aplicada a uma infração leve ou média pode ser substituída,
desde que não seja em reincidência na mesma infração nos últimos doze
meses
a) pela freqüência a um curso de reciclagem, sobre legislação de trânsito.
b) pela doação de uma cesta básica à comunidade carente.
c) por uma multa com abatimento de dois terços do vaior.
d) por uma multa com abatimento da metade do valor.
e) por uma advertência por escrito.

Ver artigo 267, caput do CTB, cuja literalidade foi cobrada.

354- Um proprietário de veiculo que teve o seu recurso relativo a uma infração
de trânsito indeferido pela JARI municipal pode interpor novo recurso
para apreciação por meio do
a) Cetran - Conselho Estadual de Trânsito.
b) Contran - Conselho Nacional de Trânsito.
c) Detran ~ Departamento Estadual de Trânsito.
d) Denatran - Departamento Nacional de Trânsito.
e) Prefeito Municipal.

É competência do Cetran, estabelecida no artigo 14, inciso V, alínea “a”, e


também expressa no artigo 289, II do CTB.

355- É um crime no trânsito


a) dirigir veículo automotor, em via pública, quando o direito de dirigir
estiver cassado, gerando perigo de dano.
b) dirigir em velocidade acima de 20% do limite regulamentado.
c) circular peia contramão de direção.
d) transportar em veículo destinado ao transporte de passageiros, com
carga excedente.
e) conduzir motocicleta, transportando passageiro sem o capacete de
segurança.

A alternativa A é a reprodução do artigo 309 do CTB. As demais alterna­


tivas apresentam tão-somente infrações de trânsito, previstas, respectiva­
mente, nos artigos 218, mciso II (ou III), 186, inciso I (ou II), 248, e 244,
inciso II, todos do CTB. Quanto ao crime do artigo 309, perceba quais são
os elementos necessários para sua ocorrência:

Leandro Macedo 198


Prova 19 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRT-SP/FCC/2004

1) condutor cassado ou sem possuir habilitação;


2) crime de via pública;
3) crime de perigo em concreto, ou seja, deve vir consignado à condução
perigosa, ainda que não ocorra o dano;
4) necessário o elemento subjetivo “doío”, ou seja, na situação anterior
deve o condutor ter pelo menos assumido o risco de produzir um resul­
tado, nunca uma imprudência envolvida.
Veja a redação do dispositivo abaixo:
“Art. 309. Dirigir veiculo automotor, em via pública, sem a devida Per­
missão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de di­
rigir, gerando perigo de dano:
Penas -detenção, de seis meses a um ano, ou multa.”

199 Legislaçao de Trânsito


Provas Comentadas

Gabarito

336. E
337. B
338. A
339. E
340. D
341. C
342. A
343. E
344. B
345. D
346. C
347. B
348. E
349. A
350. B
351. D
352. C
353. E
354. A
355. A

Leandro Macedo
Prova 20
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
STM/Cespe-UnB/2004

Era cada um dos itens a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de
uma assertiva a ser julgada com base no Código de Trânsito Brasileiro (CTB),

326- Determinado dia, valendo-se da sua condição de motorista de uma


ambulância, José, pouco antes de iniciar seu trabalho, usou o referido
veiculo para locomover-se até um estabelecimento bancário. Lá chegan­
do, a fim de ganhar tempo e não se atrasar para o serviço, estacionou a
ambulância em local proibido devidamente sinalizado. Nessa situação,
José cometeu infração de trânsito passível de punição com multa, pois
não se configurou a excepcionalidade relativa à prestação de serviço de
urgência prevista no CTB.

A excepcionalidade só é prevista para esse tipo de veiculo quando o mesmo


estiver em serviço de urgência e devidamente identificado por dispositivos
regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente. Ver
artigo 29, inciso VII do CTB, que trata das normas de circulação relativa
a veiculos de urgência, e o artigo 181, inciso XVIII do CTB, que trata de
infrações relativas a estacionamento irregular, que no caso se trata de uma
infração de natureza média, penalidade de multa e medida administrativa de
remoção, isso porque o veiculo mencionado na questão não está em serviço
de urgência. Vaie lembrar que a medida administrativa de remoção é aplicá­
vel a quase todas as infrações de estacionamento irregular, com exceção de
estacionar na contramão. Cabe ainda ressaltar que quanto aos veiculos de
emergência, quando os mesmos deixam de ligar as luzes vermelhas durante
a prestação de serviço respondem por uma infração de natureza média, por
força do artigo 222 do CTB.

327- Em atividade de fiscalização, um agente da autoridade de trânsito cons­


tatou que um condutor cometeu infrações que configuraram situação
passível de aplicação da penalidade de cassação do documento de habi­
litação. Nessa situação, a fim de não se pôr em risco a vida de usuários
do sistema viário público, a aplicação da penalidade deveria ter ocorrido
imediatamente.

201
Provas Comentadas

As penalidades, aplicáveis às infrações de trânsito, previstas no artigo


256 do CTB, não são aplicadas de forma imediata, sumária, mas somente
após o devido processo legal, via processo administrativo no qual são
assegurados todos os meios de defesa. Ver a resolução n° 182/05, que
trata do processo administrativo para imposição das penalidades de
suspensão do direito de dirigir e de cassação da Carteira Nacional de
Habilitação, lembrando sempre que a referida resolução não trata de
cassação e nem suspensão de permissão para dirigir, de acordo com o
artigo I o, O referido artigo surgiu para regulamentar o processo quando
o condutor ainda possuir a permissão para dirigir, o que nos remete ao
artigo 148 do CTB, §§ 3o e 4o,

328- Lucas, ao trafegar com seu veículo, cometeu, ao mesmo tempo, duas
infrações de trânsito passíveis de punição com multa: uma delas por
ultrapassagem em local proibido e a outra por fazê-lo em velocidade
superior à permitida no local. Nessa situação, Lucas deve ser punido
cumulativamente, isto é, deve fazer face ao pagamento de duas m ul­
tas. :

A questão está totalmente de acordo com o previsto no artigo 266 do


CTB, que trata da possibilidade de aplicação de várias penalidades de­
correntes de infrações diferentes, questão cobrada com muita freqüência
em concursos. As infrações que Lucas cometeu constam nos artigos
218, que prevê as infrações por excesso de velocidade, e 203, inciso V,
205, 211, todos do CTB, que trazem as infrações por ultrapassagem em
local proibido.

329- Ao trafegar em determinada rodovia, um condutor percebeu que come­


çara a chover, mas por acreditar que a chuva não persistiria, optou por
não acionar os limpadores de pára-brisas. Nessa situação, o condutor
cometeu infração de trânsito classificada como grave.

Esta mfração está tipificada no artigo 230 do CTB, inciso XIX.


“ArL 230, X IX Conduzir veiculo sem acionar o limpador de pára-brisa
sob chuva:
Infração -grave;
Penalidade -muita;
Medida administrativa -retenção do veículo para regularização;”

Leandro Macedo 202


Prova 20 - Técnico Judiciário/Area: Segurança e Transporte/STM/Cespe'UnB/2004

Com base no CTB, julgue os itens a seguir.

330- Sempre que possível, quando for sair de uma rodovia, o condutor deve
diminuir a marcha de seu veiculo apenas quando alcançar a pista de desa­
celeração ou local próprio para tal, pois fazê-lo antes disso pode atrapalhar
o fluxo do tráfego e pôr em risco a própria vida e a de terceiros.
Questão mais ligada à direção defensiva do que à legislação de trânsito,
uma vez que as questões de legislação de trânsito são facilmente tipificadas
e as de direção defensiva são mais de ordem prática. Ainda assim, podemos
tipificá-la no artigo 26,1.
“Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
I. abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o
trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos
a propriedades publicas ou privadas."

331- Embora transitar com o veículo em velocidade inferior â metade da


velocidade máxima estabelecida para a via constitua infração, o CTB
prevê excepcíonalidades em que tal preceito poderá ser descumprido.

A norma de circulação está prevista no artigo 62 do CTB, enquanto a in­


fração, com suas exceções, em seu artigo 219. Veja as exceções expressas
nos artigos abaixo:
Art. 62: exceção: “respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via”.
Art. 219: exceção: “a menos que as condições de tráfego e meteorológicas
não o permitam, salvo se estiver na faixa da direita”

Considerando as placas de sinalizaçao vertical ilustradas nas figuras acima,


julgue os itens que se seguem.

332- Entre as placas ilustradas, apenas as de forma circular, I e III, corres­


pondem a placas de regulamentação.

203 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

A placa da figura II (R-2) “Dê a Preferência” também é uma placa de regula­


mentação, constituindo assim exceção quanto á forma, assim como aquela
de parada obrigatória, que tem a forma de octógono, pois as placas de regu­
lamentação, em regra, são círculares. Ver resolução n° 160/04, item 1.1.4.

333- A placa ilustrada na figura I determina que os veicuios trafeguem à di­


reita (conserve-se à direita).

O significado correto é que ônibus, caminhões e veicuios de grande porte


devem se manter à direita. Ver pfaca R-27, prevista no item 1.1.4 da reso­
lução n° 160/04.

334- Se desconsiderar a mensagem contida na placa ilustrada na figura IV, o


condutor não cometerá infração expressamente capitulada no CTB, mas
atentará contra as recomendações de direção defensiva relativamente à
condição adversa da via.

A sinalização de advertência tem por finalidade alertar os usuários da via


para condições potencialmente perigosas, indicando sua natureza. O des­
respeito a ela não constitui infração. Ver resolução n° 160/04, itens 1.2, e
placa A-27 do item 1.2.3.

335- Do ponto de vista prático, a sinalização horizontal eqüivale à sinalização


vertical de advertência, ou seja, a sua inobservância não sujeita o condutor
ã penalidade.

Assertiva totalmente sem fundamento, pois a sinalização horizontal pode


ter força de regulamentação, conforme item 2 da resolução n° 160/04.

Gabarito

326. Certo 331. Certo


327. Errado 332. Errado
328. Certo 333. Errado
329. Certo 334. Certo
330. Certo 335. Errado

Leandro Macedo 204


Prova 21
Técnico em Transportes/MPU/Esaf/2004

316- Julgue as afirmações a seguir, verdadeira(s) ou falsa(s), e assinale a opção


que contém a seqüência correta.
( ) Compete à Junta de Recurso de Infração (JARI) julgar os recursos
interpostos pelos infratores e solicitar, aos órgãos e entidades exe­
cutivos de trânsito e executivos rodoviários, informações comple-
mentares relativas ao recurso, objetivando uma melhor análise da
situação recorrida,
( ) Compete ao Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) julgar
os recursos interpostos contra a decisão da Junta de Recurso de
Infração (JARI) e dos órgãos e entidades executivos estaduais nos
casos de inaptidão permanente, constatados nos exames de aptidão
física, mental e psicológica.
( ) Com a finalidade de viabilizar um programa de controle de emissões
de poluentes veiculares, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CO-
NAMA) criou em 1986, em caráter nacional, o Programa de Controle
da Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE).
( } É infração do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), relacionada ao
meio ambiente, transitar com veículo com descarga livre ou silen­
ciador do motor de explosão defeituoso, deficiente ou inoperante.
( ) O cidadão, no trânsito, tem de ser maior de 18 anos e inscrito no
Cadastro de Pessoa Física (CPF).
a) V, F, V, F, V
b) V, V, F, V, V
c) V, F, V, V, V
d) V, F, V, V, F
e) F, V, F, V, F

Afirmativa 1: V - Artigo 17, incisos I e II, competência da JARI.


Afirmativa 2: F - Artigo 14, inciso V.
Afirmativa 3: V - Proconve (Programa de Controle de Poluição do Ar por
Veicuios Automotores), criado pela resolução do Conama n° 018/1986.
Afirmativa 4: V - artigo 230, inciso XI. O veiculo será retido até regulari­
zação.

205
Provas Comentadas

Afirmativa 5: F - O CTB não define o que é cidadão. Embora esteja expres­


so que para obtenção da habilitação uma pessoa deva ter mais de 18 anos
(penalmente imputável) e possuir CPF, esta não é a definição de cidadão.

317- Assinale a opção que contém os significados corretos das sinalizações


verticais representadas abaixo.

a) Interseção em círculo e peso máximo limitado.


b) Sentido circular obrigatório e peso máximo permitido por eixo.
c) Sentido circular obrigatório e peso máximo permitido.
d) Sentido circular permitido e carga máxima limitada.
e) Interseção em circulo e carga máxima permitida.

Resolução n° 160/04, item 1.1.4, placas R-33 e R17. Questão básica de me­
morização de sinais de advertência.

318- Assinale a opção que contém o correto significado da sinalização vertical


representada abaixo.

b) Passagem sinalizada para pedestres.


c) Área escolar.
d) Passagem sinalizada de escolares.

Resolução n° 160, item 1.2.3, placa A-32. Questão de simples memorização


de sinais de advertência.

319- Assinale a opção que contém o correto significado da sinalização vertical


representada abaixo.

Leandro Macedo 206


Prova 21 - Técnico em Transportes/MPU/Esaf/2004

a) Início de pista dupla.


b) Fim de pista dupla.
c) Interseção em círculo.
d) Pista dividida,
e) Entrançamento oblíquo à direita e à esquerda.

Resolução n° 160/04. item 1.2.3, placa A~42c.

320- Sobre a disputa de corrida por espírito de emulação, marque a opção


correta,
a) Constituí infração gravíssima.
b) Constitui infração grave.
c) Constitui infração média.
d) Constitui infração leve.
e) Não constituí infração.
Ver artigo 173 do CTB, com penalidade de multa (três vezes), suspensão
do direito de dirigir, apreensão e medida administrativa de recolhimento
do documento de habilitação e remoção do veículo.

321- Acerca da utilização de veículo automotor para arremessar água ou


detritos sobre pedestres e/ou veículos, marque a opção correta.
a) Constitui infração gravíssima.
b) Constituí infração grave.
c) Não constitui infração.
d) Constituí infração leve.
e) Constitui infração média.

Ver artigo 171 do CTB.

322- Sobre o uso indevido, no veículo, de aparelho de alarme ou que produ­


za sons e ruídos que perturbem o sossego público, em desacordo com
as normas fixadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN),
marque a opção correta.
a) Constituí infração gravíssima.
b) Constituí infração grave.
c) Constitui infração média.
d) Constitui infração leve.
e) Não constitui infração.

Infração prevista no artigo 229 do CTB. Ver também a resolução


n° 37/98.

207 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

323- Ácerca das vias arteriais, marque a opção correta.


a) Via arterial é aquela destinada a coletar e distribuir o trânsito que
tenha necessidade de entrar ou de sair das vias de trânsito, dentro das
regiões da cidade.
b) A via arterial não é pavimentada e, quando não sinalizada, a veloci­
dade máxima permitida será de 60 km/h para todos os veicuios.
c) A Yia arterial destina-se a coletar e distribuir o trânsito que tenha
necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido.
d) A via arterial caracteriza-se por interseções em nível, geralmente
controlada por semáforo, cora acessibilidade aos lotes Hndeiros e às
vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da
cidade.
e) Via arterial é uma vía rural pavimentada.

È a própria definição presente no Anexo I. Definições de vias são freqüen­


temente cobradas em questões de prova.

324- São equipamentos obrigatórios no automóvel


a) pára-choques (dianteiro e traseiro), rádio, buzina, espelhos retrovi­
sores (interno e externos) e cinto de segurança.
b) limpador de pára-brisa, pala interna de proteção contra o sol, buzina
e catadióptrico.
c) velocímetro, hodômetro, buzina, catalisador e catadióptrico.
d) pára-choque traseiro, pára-brisa, limpadores de pára-brisa, ar-con-
dicíonado e buzina.
e) velocímetro, luzes de posição dianteira (de cor branca ou amarela),
buzina, pala interna de proteção contra o sol, retrovisores (interno
e externos), pára-choques (dianteiro e traseiro) e lavador de pára-
brisa.

Questão sobre a resolução n° 14/98 do CONTRAN, que trata de equipamentos


obrigatórios, mais precisamente em seu artigo I o, inciso I, veja questão 185:
Alternativa A: Errada, devido ao rádio.
Alternativa B: Foi considerada errada, pois a pala de proteção contra o sol
só é obrigatória para os condutores. Apresenta os itens 4, 6,13 e 16.
Alternativa C: Errada, devido ao hodômetro e ao catalisador.
Alternativa D: Errada, devido ao ar-condicionado.

Leandro Macedo 208


Prova 21 - Técnico em Transportes/MPU/Esaf/2004

Alternativa E: Pelo gabarito oficiai está correta, mas lembre-se de que a pala
interna só é exigivel ao condutor. Apresenta os itens 15, 8, 16, 6, 3, 1 e 5.

325- Dirigir o veículo com a Carteira Nacional de Habilitação(CNH) vencida


há mais de 30 dias implica
a) multa (3 Yezes o valor), apreensão do veículo e recolhimento do do­
cumento de habilitação.
b) multa, recolhimento da CNH e retenção do veiculo até a apresentação
de condutor habilitado.
c) multa e retenção do veiculo até a correção da irregularidade.
d) multa.
e) recolhimento da CNH.

Infração prevista no artigo 162, inciso V do CTB.

209 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Gabarito
i
316. D «
317. B 1
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318. A #
319. D
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Leandro Macedo 210


Prova 22
Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2004

Os condutores habituados a se comportar mal ao volante foram surpreendi­


dos em 1997 por uma legislação mais rigorosa que a anterior, que passou a
não mais tolerar a conduta agressiva, prevendo até prisão para alguns delitos
e também multas onerosas. Considerando o sistema de pontuação negativa
adotado pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), julgue os itens a seguir.
256- As infrações são classificadas, de acordo com a sua gravidade, nas se­
guintes categorias e correspondentes perdas de pontos: gravíssima — 7
pontos; grave — 6 pontos; média — 5 pontos; leve — 3 pontos.

As pontuações são, respectivamente, 7,5,4 e 3 para as infrações de natureza


gravíssima, grave, média e leve, conforme a previsão do CTB em seu artigo
259, incisos I, II, III, e IV.

257- Se após obter sua Carteira Nacional de Habilitação (ÇNH) um jovem


motorista, no decorrer de um mês, cometer duas infrações de natureza
gravíssima, uma de natureza grave e 5 de natureza média, sua CNH será
automaticamente cassada pelo órgão competente.

De acordo com o artigo 261, § I o do CTB, a suspensão do direito de diri­


gir - e não a cassação - será aplicada sempre que o infrator atingir a con­
tagem de vinte pontos. Já a aplicação de penalidades, seja de suspensão,
cassação ou outra qualquer prevista, só é possível após o devido processo
legai, nunca de forma automática como a questão menciona. A resolução
n° 182/05 estabelece o respectivo processo para essas duas penalidades.

258- O período de suspensão do direito de dirigir pode variar de 1 mês a 1


ano, desde que o motorista não seja reincidente na infração que originou
a penalidade.

Na época da prova era possível apontar apenas um erro, pois o processo


administrativo de suspensão do direito de dirigir amda não havia sido
regulamentado. A questão não fez menção ao prazo de doze meses para
caracterizar o que seria reincidência. Com a entrada em vigor da resolu­
ção n° 182/05, é possível apontar outro erro, pois temos a informação de

211
Provas Comentadas

que o evento considerado para caracterização da reincidência, na situação


apresentada, é a penalidade, não a infração. Sendo assim, reponde pela
segunda suspensão aquele que for reincidente, no período de doze meses,
na penalidade de suspensão. Veja os dispositivos:
“Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será aplicada, nos
casos previstos neste Código, pelo prazo mínimo de um mês até o máxi­
mo de um ano e, no caso de reincidência no período de doze meses, pelo
prazo mínimo de seis meses até o máximo de dois anos, segundo critérios
estabelecidos pelo CONTRAN.
§ IoAlém dos casos previstos em outros artigos deste Código e excetuados
aqueles especificados no art. 263, a suspensão do direito de dirigir será
aplicada sempre que o infrator atingir a contagem de vinte pontos, prevista
no art. 259.
§ 2° Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Carteira Nacíonai
de Habilitação será devolvida a seu titular imediatamente após cumprida
a penalidade e o curso de reciclagem ”
Resolução n° 182/05:
“Art. 16. Na aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir, a
autoridade levará em conta a gravidade da infração, as circunstâncias em
que foi cometida e os antecedentes do infrator para estabelecer o perío­
do da suspensão, na forma do art. 261 do CTB, observados os seguintes
critérios:
I. Para infratores não reincidentes na penalidade de suspensão do direito
de dirigir no período de doze meses:
a. de 01 (um) a 03 (três) meses, para penalidades de suspensão do
direito de dirigir aplicadas em razão de infrações para as quais não
sejam previstas multas agravadas;
b. de 02 (dois) a 07 (sete) meses, para penalidades de suspensão do
direito de dirigir aplicadas em razão de infrações para as quais sejam
previstas multas agravadas com fator multiplicador de três vezes;
c. de 04 (quatro) a 12 (doze) meses, para penalidades de suspensão do
direito de dirigir aplicadas em razão de infrações para as quais sejam
previstas multas agravadas com fator multiplicador de cinco vezes.
II. Para infratores reincidentes na penalidade de suspensão do direito de
dirigir no período de doze meses:

Leandro Macedo 212


Prova 22 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2004

a. de 06 (seis) a 10 (dez) meses, para penalidades de suspensão do


direito de dirigir aplicadas em razão de infrações para as quais não
sejam previstas multas agravadas;
b. de 08 (oito) a 16 (dezesseis) meses, para penalidades de suspensão do
direito de dirigir aplicadas em razão de infrações para as quais sejam
previstas multas agravadas com fator multiplicador de três vezes;
c. de 12 (doze) a 24 (vinte e quatro) meses, para penalidades de sus­
pensão do direito de dirigir aplicadas em razão de infrações para as
quais sejam previstas multas agravadas com fator multiplicador de
cmco vezes.”

259- Para fins de cassação, o motorista que ainda estiver com a Permissão
para Dirigir terá o número de pontos reduzido pela metade, ou seja, sua
permissão será cassada quando ele atingir 10 pontos.

Não existe a previsão legal da cassação da habilitação em virtude do acú­


mulo de pontos, como ocorre com a suspensão. Segundo os artigos 261 e
263, ambos do CTB, este seria o primeiro erro da questão. Um outro erro
refere-se à aplicação das penalidades de suspensão e cassação na vigência
da permissão, uma vez que isso não é possível; saiba que o artigo 264
do CTB, que tratava da respectiva cassação da Permissão, foi vetado, e
nas razões do veto podemos extrair a informação de que a suspensão da
Permissão regulada nos §§ 3o e 4o do artigo 148 do CTB tratou da ma­
téria de forma adequada. Entendemos que o mesmo deveria ter ocorrido
com o inciso VI do artigo 256 do CTB, que apresenta as penalidades,
pois é citada a cassação da Permissão para Dirigir. O CONTRAN, de
forma sábia, tornou a vedação acima expressa na resoíução n° 182/05,
que regulamentou o processo administrativo da cassação da CNH, não
da Permissão para Dirigir, conforme exposto em seu artigo Io, parágrafo
único, que transcrevemos;
“Art. Io. Estabelecer o procedimento administrativo para aplicação das pe­
nalidades de suspensão do direito de dirigir e cassação da Carteira Nacio­
nal de Habilitação ~ CNH.
Parágrafo único. Esta resolução não se aplica à Permissão para Dirigir de
que tratam os §§ 3o e 4a do art. 148 do CTB.”
Perceba que a permissão foi devidamente tratada nos referidos artigos, e
por isso é importante o candidato fazer a leitura da questão 59,c.

213 legislação de Trânsito


Provas Comentadas

260- Do motorista infrator pode ser exigida a participação em curso de recicla­


gem, a qualquer tempo, entre outras hipóteses, se for constatado que ele está
pondo em risco a segurança do trânsito.

A expressão "a qualquer tempo”, como está no item, faz referência a todas
as hipóteses possíveis de aplicação do curso de reciclagem, o que torna o
item errado. Essa foi a justificativa oficial do Cespe por ter mudado o ga­
barito preliminar, que era Certo. A banca não fez referência à questão do
pode/deve, mas sím ao problema de ambigüidade que a expressão causou
por estar em local indevido. Ver artigo 268 do CTB, que trata do curso de
reciclagem. Pela leitura do artigo entendemos que a condição de o condu­
tor ser submetido a curso de reciclagem a qualquer tempo seria a constata­
ção de estar colocando em risco a segurança do trânsito. O erro da questão
está na expressão “entre outras hipóteses”, que nos dá o entendimento de
que há várias hipóteses de obrigatoriedade de curso de reciclagem a qual-
quer tempo, o que não é verdade.
“Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma esta­
belecida peio CONTRAN:
I. quando, sendo contumaz, for necessário á sua reeducação:
II. quando suspenso do direito de dirigir:
III. quando se envolver em acidente grave para o qual haja contribuído,
independentemente de processo judiciai;
IV. quando condenado judicialmente por delito de trânsito;
V. a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está colocando
em risco a segurança do trânsito;
VI. em outras situações a serem definidas pelo CONTRAN ”

Uma das preocupações do policial rodoviário federal ao chegar a um local de


acidente de trânsito com vítima é preservar O local para que se realize a perí­
cia, a fim de identificar e responsabilizar o verdadeiro culpado pelo acidente.
Com relação à preservação do local de um acidente de trânsito, julgue os itens
seguintes.
261- Constitui crime modificar o estado do lugar, das coisas ou das pessoas
para eximir de responsabilidade o verdadeiro culpado do acidente.

De acordo com o artigo 312 do CTB, que trata do crime de “inovar artifi-
ciosamente”, ou seja, alterar algum fator da “cena” do acidente com espírito

Leandro Macedo 214


Prova 22 - Polfcia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2004

perverso, visando a se eximir da responsabilidade, de modo a prejudicar a


administração da justiça, enganando aquele que é a sua presença no local
do acidente (agente, policial, perito ou juiz). Ainda dentro do contexto, es­
tamos nos referindo a acidente com vítima. Enfim, a questão está correta,
uma vez que está expressa a intenção de eximir-se de responsabilidade.
Veja o dispositivo na íntegra:
"Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico
com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparató­
rio, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de
pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Pena -detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não inicia­
dos, quando da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o
processo aos quais se refere ”

262- Não constitui crime alterar o local do acidente para que haja socorro de
vítimas.

A atitude não pode ser caracterizada como o crime de inovar artificio­


samente, previsto no artigo 312 do CTB e analisado na questão anterior,
pois caso o condutor deixe de prestar socorro à vítima podendo fazê-lo,
mesmo que para isso tenha de desfazer o local do acidente, ele deverá
fazê-lo, caso contrário estará cometendo outro crime previsto no CTB,
em seu artigo 304. Com isso, a situação descrita na questão não confi­
gura crime algum, lembrando sempre do dever prioritário do Sistema
Nacional de Trânsito que é a defesa da vida (artigo Io, § 5° do CTB). E
mais, quanto à infração administrativa, tem-se na omissão de socorro
do condutor envolvido uma infração de natureza gravíssima, por força
do artigo 176,1 do CTB.

263- Não constitui crime alterar a posição de veículo acidentado para evitar
que ocorra outro acidente.

A atitude não pode ser caracterizada como inovar artificiosamente, pois


não existe dolo, ou melhor, não está expressa a vontade de enganar. Sendo
assim, não há de se falar em crime de trânsito previsto no CTB. Ver co.-
mentáríos das questões 262 e 263.

215 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

No tocante à Carteira Nacional de Habilitação (CNH), segundo o Código


de Trânsito Brasileiro (CTB) e respectivas resoluções, julgue os itens subse­
qüentes.
264- O condutor com mais de 65 anos de idade deve renovar seus exames de
aptidão física e mental a cada 4 anos.

O exame de aptidão física e mental será preliminar e renovávei a cada três


anos para condutores com maís de sessenta e cinco anos de idade. Ver
artigo 147, § 2o do CTB, que trata disso. É importante observar também o
§ 4o do mesmo artigo,-que traz a possibilidade de diminuição desse prazo
caso haja indícios de deficiência física, mental, ou de progressividade de
doença que possa diminuir a capacidade para conduzir o veículo. Veja os
dispositivos abaixo:
“Art. 147.0 candidato à habilitação deverá submeter-se a exames realizados
peio órgão executivo de trânsito, na seguinte ordem:
I. de aptidão física e mental;
II. (VETADO)
III. escrito, sobre legislação de trânsito;
IV. de noções de primeiros socorros, conforme regulamentação do
CONTRAN;
V. de direção veicular, realizado na via pública, em veículo da categoria
para a qual estiver habilitando-se.
§ IoOs resultados dos exames e a identificação dos respectivos examinadores
serão registrados no RENACH.
§ 2o O exame de aptidão física e mental será preliminar e renovávei a cada
cmco anos, ou a cada três anos para condutores com mais de sessenta e cinco
anos de idade, no local de residência ou domicílio do examinado.
§ 3o O exame previsto no § 2o incluirá avaliação psicológica preliminar e
complementar sempre que a ele se submeter o condutor que exerce ativi­
dade remunerada ao veículo, incluindo-se esta avaliação para os demais
candidatos apenas no exame referente à primeira habilitação.
§ 4oQuando houver indícios de deficiência física, mental ou de progressivi­
dade de doença que possa diminuir a capacidade para conduzir o veiculo,
o prazo previsto no § 2o poderá ser diminuído por proposta do perito exa­
minador.
§ 5o O condutor que exerce atividade remunerada ao veiculo terá essa
informação incluída na sua Carteira Nacional de Habilitação, conforme
especificações do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN”

Leandro Macedo 216


Prova 22 - Polícia Rodoviána Federai/Cespe-UnB/2004

265- O CTB oportuníza o prazo de 30 dias, contados da data do vencimento


da CNH, para a renovação da habilitação. A infração de trânsito estará
caracterizada quando o condutor estiver dirigindo com a CNH vencida
além do prazo exigivei para a renovação.

Exatamente o que é previsto no artigo 162, inciso V do CTB, que trata da in­
fração de dirigir com a CNH vencida há mais de 30 dias, o que é de natureza
gravíssima, com penalidade de multa e conforme previsão do artigo referen­
te à medida administrativa de recolhimento da CNH e retenção do veículo
até a apresentação de condutor habilitado. Ainda com relação ao prazo de
30 dias de validade após o vencimento, o mesmo aplica-se à Permissão para
Dirigir, não por força do CTB, que se apresentou omisso neste aspecto, mas
por força do artigo 34, §4° da resolução n° 168/04 do CONTRAN. Veja os
dispositivos que tratam do assunto:
“Art. 162 do CTB, Dirigir veiculo:
V com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida há mais
de trinta dias:
Infração -gravíssima;
Penalidade -multa;
Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacional de Ha­
bilitação e retenção do veículo até a apresentação de condutor habi­
litado."
Resolução n° 168/04:
“Art. 34, § 4o. Para efeito de fiscalização, fica concedida a mesma tolerância
estabelecida no art. 162, inciso V do CTB ao condutor portador de Permis­
são para Dirigir, contada da data do vencimento do referido documento,
aplicando-se a mesma penalidade e medida administrativa.”

266- São requisitos para o condutor obter a CNH: idade miníma de 18 anos,
conclusão do primeiro ciclo do ensíno fundamental e carteira de iden­
tidade ou equivalente.

A questão apresentou um erro técnico em sua redação, uma vez que os


requisitos são para obtenção da Permissão para dirigir, que estão presen­
tes nos incisos do artigo 140 do CTB e no artigo 2o da resolução n° 168/04
do CONTRAN. É condição necessária para habilitar-se ser penalmente
imputávei (em regra, a idade mínima de 18 anos), além de saber ler e es­
crever, não sendo exigida a conclusão de qualquer ciclo de ensíno. O ulti­

217 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

mo requisito é possuir documento de identificação (identidade, carteira de


trabalho, passaporte, etc) e CPF, e cabe ressaltar que este dispositivo existe
por força do artigo 159 do CTB, que faz a exigência das informações que
devem constar no documento de habilitação. Veja os dispositivos abaixo:
“Art. 140. A habilitação para conduzir veiculo automotor e elétrico será
apurada por meio de exames que deverão ser realizados junto ao órgão
ou entidade executivos do Estado ou do Distrito Federai, do domicílio ou
residência do candidato, ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão,
devendo o condutor preencher os seguintes requisitos:
I. ser penalmente itnputável;
II. saber ler e escrever;
III. possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
Parágrafo único. As informações do candidato à habilitação serão cadas­
tradas no RENACH.”
Resolução n° 168/04
“Art. 2°, O candidato à obtenção da Autorização para .Conduzir Ciclomo-
tor - ACC da Carteira Nacíonai de Habilitação - CNH solicitará ao
órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federai,
do seu domicílio ou residência, ou na sede estadual ou distrital do próprio
órgão ou entidade, a abertura do processo de habilitação para o qual deve­
rá preencher os seguintes requisitos:
I. ser penalmente imputável;
II. saber ler e escrever;
III. possuir documento de identidade;
IV. possuir Cadastro de Pessoa Física - CPF”

267- Para habilitar-se à condução de veiculo automotor, o interessado tem de


submeter-se aos seguintes exames: de aptidão física e mental, de legis­
lação de trânsito (escrito), de noções de primeiros socorros e de direção
veicular, sendo utilizado neste último um veiculo da categoria para a
qual o condutor quer se habilitar.

Apesar de o número de exames estar incompleto, a questão não está


errada, uma vez que todos os exames mencionados são exigências para
a obtenção da permissão para dirigir. De outra forma, perceba que em
provas do modelo CESPE, quando uma questão estiver incompleta, saiba
ela está certa. A questão está de acordo com o artigo 147 e seus incisos
I, III, IV e V do CTB. que tratam dos requisitos para obtenção da ha­

Leandro Macedo 218


Prova 22 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2004

bilitação. A resolução n° 168, de 2004, que regulamentou o processo de


habilitação, faz menção à exigência de um curso teóríco-técnico, dentro
do qual está inclusa a legislação de trânsito, de primeiros socorros, de
direção defensiva, Noções de Proteção e Respeito ao Meio Ambiente e de
Convívio Social no Trânsito e Noções sobre Funcionamento do Veículo
de duas e quatro rodas, cujo conteúdo pode ser visto no ANEXO II da
referida resolução.

268- Cópias autenticadas da CNH e da Permissão para Dirigir são coq|ide-


radas documentos válidos quando se está conduzindo um veículo auto­
motor. I
r
De acordo com artigo 159, § 5o do CTB, só se admitirá o porte dos refe­
ridos documentos no original, além do artigo i°, inciso I da resolugão n°
205/06 do Contran, que trata dos documentos de porte obrigatório.Veja os
dispositivos abaixo:
“Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo vimco e
de acordo com as especificações do CONTRAN, atendidos os pré-requisitos
estabelecidos neste Código, conterá fotografia, identificação e CPF.do con­
dutor. terá fé pública e eqüivalerá a documento de identidade er^t todo o
território nacional. >
■9

§ 5o A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para Dirigir so­


mente terão validade para a condução de veículo quando apresentadas em
original.” " '•
Resolução n° 205/06: '^
“Art. Io, Os documentos de porte obrigatório do condutor do veículo são:
I. Autorização para Conduzir Ciclomotor - ACC Permissão para
Dirigir ou Carteira Nacional de Habilitação - CNH no ordinal”

269- Após os exames de habilitação, o candidato aprovado recebe uma permis­


são para conduzir veiculos por dois anos. Ao final desse período; a CNH
será expedida se o condutor não houver cometido nenhuma infração de
natureza grave ou gravíssima, ou se não for reincidente em infração de
natureza média.
j
A validade da Permissão para Dirigir, de acordo com o artigo 148,c § 2o do
CTB, é de apenas um ano. Com exceção do prazo de validade, a parte final
da questão está de acordo com o exposto no referido artigo.

219 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Considerando a terminologia e a tipificação de veicuios automotores, bem


como os requisitos para que estes circulem em vías públicas, julgue os itens
subseqüentes.
270- O CTB classifica os veicuios em: automotores, elétricos, de propulsão
humana, de tração animal, reboques e semí-reboques.

A classificação acima refere-se ã tração dos veicuios, prevista no artigo 96, indso
I do CTB. Embora a questão não tenha especificado de quai classificação estaria
tratando, o assunto versa, sim, sobre possíveis classificações de veículos. Ver
questão 147.

271- Os veículos elétricos não^são automotores e, portanto, o seu condutor,


ao atropelar um pedestre, não comete crime de trânsito, sendo julgado
apenas conforme o Código Penal.

Questão polêmica, pois o CTB, em muitos de seus dispositivos, refere-se


a veículos automotores e elétricos como se fossem coisas distintas, como
nos artigos 96, I, 120, 130, 140, por exemplo. Porém, é possível perceber,
pela definição de veículo automotor, que existem alguns veicuios elétricos
que são automotores. Então ficamos assim: quanto a veículos elétricos, al­
guns são automotores (que não transitam sobre trilho), outros não são, e
dentre aqueles que transitam sobre trilhos, citamos o bonde como exem­
plo. Sendo assim, o que torna a questão errada é o fato de o examinador
afirmar que veicuios elétricos não são automotores, uma vez que depende,
simplesmente de onde transitam, se sobre trilhos ou não. Veja os conceitos
do ANEXO I do CTB:
“BONDE -veiculo de propulsão elétrica que se move sobre trilhos.
VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão que
circule por seus próprios meios, e que serve normalmente para o trans­
porte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária de veículos
utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo compreende
os veicuios conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre
trilhos (ônibus elétrico).”

272- Características, especificações básicas, configuração dos veicuios e


condições essenciais para registro, licenciamento e circulação serão
estabelecidas pelo Sistema Nacional de Trânsito por intermédio do
CONTRADIFE.

A padronização, que é dos objetivos básicos do SNT, é alcançada atra­


vés de normas de âmbito nacional, então tudo aquilo que necessita ser

Leandro Macedo 220


Prova 22 - Polícia Rodoviána Federal/Cespe-UnB/2004

padrão, necessariamente deve ser regulamentado pelo CONTRAN, pois


é eie quem faz as normas de âmbito nacional. Então, é certo que as ca­
racterísticas, especificações básicas, configuração dos veículos e condições
essenciais para registro, licenciamento e circulação, como devem ser pa­
dronizadas, serão necessariamente regulamentadas pelo CONTRAN. Ver
artigo 97 do CTB.

273- Um veículo só poderá transitar pela via pública quando atender aos
requisitos e condições de segurança estabelecidos no CTB e em normas
do DETRAN.

A padronização, que é dos objetivos básicos do SNT, é alcançada através


de normas de âmbito nacional. Assim, tudo que necessita ser padrão, ne­
cessariamente deve ser regulamentado pelo CONTRAN, pois é ele quem
faz as normas de âmbito nacional. Então, é certo que requisitos e condi­
ções de segurança, como devem ser padronizadas serão, necessariamente
regulamentadas pelo CONTRAN. Ver artigo 103 do CTB.

274- O CONTRAN reconhece como acessórios os sistemas de segurança para


veículos automotores que, pelo uso de bloqueio elétrico ou mecânico ou
por meio de dispositivo sonoro, visem dificultar o seu roubo ou furto,
O dispositivo sonoro do sistema poderá emitir sons contínuos ou inter­
mitentes de advertência por período superior a 1 minuto, desde que não
ultrapasse 3 minutos.

A duração máxima para esse tipo de som é de 1 (um) minuto. Ver artigos
Io e 2o, inciso II da resolução n° 37/98.

O CTB, em seu art. 311, censura a conduta de trafegar em velocidade incompa­


tível com a segurança nos locais considerados pelo legislador como perigosos,
elegendo essa conduta como criminosa e impondo-lhe a pena de detenção de 6
meses a 1 ano ou multa. Acerca desse assunto, julgue os itens que se seguem.
275- Velocidade incompatível é aquela desenvolvida acima da máxima per­
mitida para o local de acordo com a sinalização das placas.

Velocidade incompatível não se confunde com velocidade abaixo da mí­


nima ou acima da máxima permitida, que são de caráter puramente obje­
tivo, ou seja, apenas podem ser comprovadas através de um equipamento
hábil, que necessariamente é o radar. A velocidade incompatível é aquela
que cai na subjetividade do agente, ou testemunhas, pois é necessário que

221 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

se ateste, segundo o senso comum, que uma pessoa, estava incompatível


com a segurança do trânsito. Veja o dispositivo:
“Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas pro­
ximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de
passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas -detenção, de seis meses a um ano, ou multa.”

276- O CTB indica os locais próximos a escolas, estações de embarque e de­


sembarque de passageiros, logradouros estreitos e hospitais como locais
considerados perigosos.

Todos os locais enumerados são citados no caput do artigo 311 do CTB,


que trata do crime.

277- Para a consumação do delito tipificado no referido artigo, é necessário


que ocorra dano, ou seja, que as pessoas sejam lesíonadas ou mortas em
virtude da velocidade incompatível.

O crime é consumado com o ato do condutor de “trafegar em velocidade


incompatível (...) gerando perigo de dano”, ou seja, não é necessário que al­
gum dano efetivamente ocorra, basta o perigo de dano para que haja puni­
ção pelo artigo 311 do CTB. Trata-se de um crime de perigo em concreto,
e não crime de dano, e o CTB possui apenas dois: artigo 302 (homicídio
culposo) e o 303 (lesão corporal culposa).

278- A prova da velocidade incompatível pode ser feita por testemunhas, não
se exigindo a prova de radares ou equivalentes.

De acordo com o artigo 291 do CTB, existe a possibilidade de serem apli­


cadas as disposições do Código de Processo Penal no que couber, enqua­
drando-se o disposto na questão. Como o CTB não veda esta disposição
do CPP (arts. 167 e 168), e possível aplicá-la. Veja a questão 275 e o artigo
291 do CTB abaixo:
“Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, pre-
.. vistos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do
Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso,
bem como a Lei n° 9.099, de 26 de setembro de 1995. no que couber.

Leandro Macedo 222


Prova 22 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2004

§ Io Apiica-se aos crimes de trânsito de íesão corporaí culposa o dispos­


to nos arts. 74, 76 e 88 da Lei n° 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto
se o agente estiver: (Renumerado do parágrafo uníco peia Lei n° 11.705,
de 2008)
I -sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psícoativa que
determine dependência; (Incluído peia Lei n° 11,705, de 2008)
II -participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição au­
tomobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de
veiculo automotor, não autorizada peía autoridade competente; (Incluí­
do pela Lei n° 11.705, de 2008)
III - transitando em velocidade superior á máxima permitida para a
via em 50 km/h (cinqüenta quüômetros por hora). (Incluído pela Lei n°
11.705, de 2008)
§ 2° Nas hipóteses previstas no § Io deste artigo, deverá ser instaurado
inquérito policial para a investigação da infração penal. (Incluído peia Lei
n° 11.705, de 2008)”

279- Ter domínio do veículo significa que o condutor tem o controle do


mesmo, podendo, assim, detê-lo quantas vezes for necessário, diante de
obstáculos previsíveis.

Item de acordo com a norma de circulação prevista no artigo 28 do CTB.


Mais uma vez foi cobrada de modo simples a iiteralidade da iei. A ques­
tão está de acordo com o exposto no referido artigo. Vale lembrar que a
previsão da infração caso o condutor seja flagrado dirigindo sem atenção
está prevista no artigo 169 do CTB, que é uma infração de natureza leve e
penalidade de multa.

Os efeitos do álcool sobre condutores de veicuios automotores têm dado causa


a sérios prejuízos advindos de acidentes de trânsito. Com relação à embria­
guez no trânsito, julgue os itens a seguir.
280- A conduta de dirigir veículo automotor sob a influência de álcool em
nível superior ao permitido não configura, necessariamente, crime pe­
rante alei brasileira, sendo punida administrativamente como infração
gravíssima, com penalidade de multa e suspensão do direito de dirigir.
Para ser enquadrada na categoria de crime, a embriaguez do condutor
deve expor a dano potencial a incolumidade de outrem.

223 Legisiação de Trânsito


Provas Comentadas

Questão considerada correta pelo gabarito oficiai, que, hoje, não mais en­
contra amparo no nosso ordenamento, em virtude da mudança proferida
pela Lei n° 11705/08, que diferenciou o crime da embriaguez da infração de
trânsito apenas pela concentração de a álcool no sangue, sendo irrelevante
o fato de a pessoa gerar ou não o perigo de dano, ou seja, o embriagado,
ao dirigir com índice de aicooíemia acima do permitido, representa um
perigo real (crime de perigo em abstrato). Hoje a questão estaria errada.
Ver questões 40, 53,a e 125.

281- A embriaguez pode- ser constatada por provas técnicas e periciais,


como exame de sangue e teste em bafômetro e, ainda, por prova tes­
temunhai.

Questão extraída do artigo 277 do CTB, que trata do condutor envolvido


em acidente e sobre ele caia a suspeita de estar sob a influência de álcooL
Interessante observar que a prova testemunhai, embora não seja conside­
rada uma forma possível de comprovar uma infração de trânsito (entre
o estado e o particular deve haver supremacia nas alegações, e nunca a
igualdade), é uma das formas vislumbradas pelo Código de Processo
Penal, capaz de comprovar a ocorrência de um crime.

Com referência a velocidade, julgue os itens subseqüentes.


282- Considere a seguinte situação hipotética.
Paulo, em uma via urbana arterial desprovida de sinalização regula-
mentadora de velocidade, conduzia seu automóvel a 60 km/h, veloci­
dade indicada em radar eletrônico instalado adequadamente no local
onde se realizava uma blitz.
Nessa situação, por estar trafegando a uma velocidade 50% superior
ã máxima permitida na via, Paulo cometeu uma infração de natureza
gravíssima.

Em via arterial desprovida de sinalização a velocidade máxima per­


mitida é de 60 km/h, portanto não houve excesso, conforme artigo 61,
§ 1°, I, "b" Ver questão 32.

283- O CTB define 4 tipos de vias urbanas e limites de velocidade diferen­


tes para cada uma delas. As rodovias e estradas são consideradas vias
rurais.

Leandro Macedo 224


Prova 22 - Poiícia Rodoviána Federal/Cespe-UnB/2004

Os quatro tipos de via urbana a que a questão se refere: as vias de trânsito


rápido, arterial, coletora e local. Quanto ás rurais, há as pavimentadas
(rodovias) e as não-pavimentadas (estradas).

284- O excesso de velocidade é causa de aumento de pena nos delitos de trân­


sito.

Quanto ao aumento de pena nos delitos de trânsito, no CTB, só há de for­


ma expressa os referentes ao homicídio culposo e â lesão corporal culposa,
constantes no artigo 302, parágrafo único. Existem amda as agravantes
genéricas, expressas no artigo 298 do CTB, que se aplicam a todos os delitos
de trânsito.

285- A velocidade máxima permitida para cada tipo de via, quando indicada
por sinalização, poderá determinar velocidades superiores ou inferiores
aos limites estabelecidos, de acordo com as suas características técnicas
e as condições de trânsito.

Trata-se de reprodução do artigo 61, § 2° do CTB, no qual vem expresso


que o órgão ou entidade com circunscnção sobre a via pode estabelecer
velocidades diferentes de acordo com as peculiaridades da via.

286- Considere a seguinte situação hipotética. Joana conduzia sua camio­


neta em uma rodovia com condições normais de circulação, em um
trecho que não apresentava regulamentação de velocidade. Cuida­
dosa com a carga frágil que transportava — louças de porcelana —,
desenvolvia uma velocidade de 50 km/h. Nessa situação, Joana transgre­
diu o estabelecido no CTB.

Em rodovia não sinalizada, a velocidade máxima permitida para camio­


neta é de 110 km/h e a mínima, como é a metade da máxima perdida, é
de 55 km/h. Sendo assim, como as condições da carga não possibilitam
transgredir o disposto no artigo 62 do CTB, a questão está correta. Questão
polêmica, mas de grande importância para que o candidato saiba o posi­
cionamento da banca. Realmente se trata de transgressão ao estabelecido
no artigo 62 do CTB, que trata do assunto. Porém, não é prevista a sanção
do artigo 219 do CTB, uma vez que não está obstruindo o trânsito. Ver
questão 50, e.

225 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

287- Considere a seguinte situação hipotética. Por meio de equipamento de


detecção provido de registrador de imagem, verificou-se que um veicu­
lo transitava em velocidade superior à máxima permitida para o local.
Posteriormente, constatou-se que o veiculo estava registrado em nome
de uma representação de organismo internacional. Nessa situação, a
autoridade de trânsito deverá remeter, no prazo máximo de 30 dias,
contados da data do cometimento da infração, a Notificação da Autuação
ao proprietário do veiculo, na qual deverão constar a tipificação, o local,
a data e a hora do cometimento da infração.

Errado, pois a notificação é dirigida ao Ministério das Relações Exteriores e


não ao proprietário do veículo, conforme artigo 282, § 2°. Veja o dipositívo
abaixo:
“Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao proprietário
do veiculo ou ao infrator, por remessa postai ou por qualquer outro meio
tecnológico hábil, que assegure a ciência da imposição da penalidade.
§ 2o A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repartições con­
sulares de carreira e de representações de organismos internacionais e de
seus integrantes será remetida ao Ministério das Relações Exteriores para
as providências cabíveis e cobrança dos valores, no caso de multa,”

d.

PRÓXIMOS 2 Km

Figura I Figura II Figura III

As placas de sinalização vertical são classificadas de acordo com as suas fun­


ções, podendo ser de regulamentação, advertência e indicação. Com relação
à sinalização e considerando as figuras I, II e III acima, julgue os itens a
seguir.
288- A sinalização de regulamentação visa informar aos usuários as condições,
proibições, obrigações ou restrições no uso das vias, por isso, suas men­
sagens são imperativas e seu desrespeito constitui infração de natureza
média. O formato desse tipo de sinalização é circular, de fundo branco,
tarja e orla vermelhas, símbolo e letras de cor preta.

Leandro Macedo 226


Prova 22 - Policia Rodoviána Federal/Cespe-UnB/2004

O desrespeito à sinalização de regulamentação constitui, sim, infração,


mas não necessariamente de natureza média. Como exemplo, podemos
citar o artigo 208 do CTB, que se refere ao desrespeito à placa de parada
obrigatória e constitui mfração de natureza gravíssima. O formato apre­
sentado está correto, porém apresenta duas exceções, a saber: placa R-l,
Parada Obrigatória; e R-2, Dê a Preferência. Ver resolução n° 160/04, itens
1.1 e 1.1.1.

289- A figura I exemplifica uma sinalização de advertência, que tem caráter


de recomendação e cuja finalidade é advertir acerca da prioridade de
estacionamento no local para ambulâncias.

A figura apresentada é exemplo de sinalização de regulamentação com infor­


mação complementar. Significa'"Estarionamento regulamentado para ambu­
lâncias”, como podemos ver na resolução n° 160/04, item 1.1.4, placa R-6b.

290- A frase da placa ilustrada na figura II tem o objetivo de orientar os


condutores quanto à condição perigosa da via, sendo dispensável, pois
traduz o significado do símbolo nela impresso.

O significado da placa apresentada - A-la - é curva acentuada à esquerda.


Assim, a frase não a substitui. Ver item 1.2.3 da resolução n° 160/04.

291- A figura III ilustra uma sinalização de regulamentação vertical que adverte
os condutores de veículos a respeito da ultrapassagem proibida, nos dois
sentidos da via, nos próximos 2.000 m.

A placa da figura III é um exemplo de placa de informação complementar


de advertência e significa que o condutor encontrará fluxo nos dois sentidos
nos próximos 2 km. Ver itens 1.2.1 e X.2.5 da resolução n° 160/04.

Julgue os itens a seguir quanto a regras de circulação de veículos à luz da legis­


lação de trânsito brasileira.
292- A circulação deve ser feita sempre pelo lado direito da via, admitidas as
exceções devidamente justificadas ou sinalizadas.

Item anulado, pois a inclusão da expressão “devidamente justificadas” tor­


nou o item ambíguo. Essa foi a justificativa do Cespe para ter anulado a
questão. Suprimindo o item a questão estaria correta, conforme o artigo
29.1 do CTB.

227 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

293- Em uma rodovia, ao sentir sono, o condutor de um veículo automotor


deve imediatamente estacionar o veiculo no acostamento, sinalizando
adequadamente. /_5

O acostamento é destinado à parada ou estacionamento de veículos em caso


de emergência. Sono, como qualquer outro sintoma de caráter puramente
subjetivo, não pode ser apontado como característica emergencial ou de força
maior que justifique o estacionamento no acostamento. O condutor será au­
tuado com a infração prevista no artigo 181, inciso VII do CTB, que é uma
infração de natureza leve com penalidade de muita e medida administrativa
de remoção. Colocaremos aqui a definição de acostamento encontrada no
anexo I do CTB.
“ACOSTAMENTO -parte da via diferenciada da pista de rolamento des­
tinada à parada ou estacionamento de veiculos, em caso de emergência, e
à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado
para esse fim.” ,':V !•

294- Em um cruzamento não sinalizado de uma via coletora com uma arterial,
terá preferência de passagem o veículo que vier pela èsquerda de um dos
dois condutores envolvidos.

A ordem de preferência de passagem em locais não sinalizados está prevista


no artigo 29, inciso III do CTB. A não ser que uma das vias seja uma rodovia,
não importa a sua classificação para saber qual veiculo terá preferência. Para
o exemplo da questão, a preferência será do veiculo que vier pela direita, e não
esquerda, do condutor, como o examinador tentou confundir o candidato.
Veja questões 07,18,141 e 263. Ver alínea “c” do inciso citado.
“Art. 29. O trânsito de veiculos nas vias terrestres abertas â circulação obe­
decerá âs seguintes normas:
III. quando veiculos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproxima­
rem de locai não smalizado, terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aqueíe que estiver
circulando por ela;
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
cj nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.”

295- O condutor de um veiculo automotor que estiver circulando pela faixa


central de uma via de três faixas, ao perceber que outro veículo à sua
retaguarda tem o propósito de ultrapassá-lo, deve deslocar-se para a
faixa da direita, sem acelerar a marcha.

Leandro Macedo 228


Prova 22 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2004

Ele deve apenas se manter na faixa na qual está circulando, sem acelerar a
marcha, conforme nos informa o artigo 30, inciso II do CTB. A situação
descrita na questão estaria correta se o veículo a ser ultrapassado estivesse
na esquerda. Inserimos o artigo mencionado para melhor entendimento.

“Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito
de ultrapassá-lo, deverá:
I. se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa
da direita, sem acelerar a marcha;
II. se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual
está circulando, sem acelerar a marcha.
Parágrafo único. Os veicuios mais lentos, quando em fila, deverão manter
distância suficiente entre si para permitir que veicuios que os ultrapassem
possam se intercalar na fila com segurança.”

296- Considere a seguinte situação hipotética. Cristina, que conduzia seu


automóvel em uma rodovia com duplo sentido de direção e pista única,
provida de acostamento, precisava fazer uma conversão à esquerda, para
acessar a entrada de sua chácara, em um trecho onde não havia sinali­
zação específica para retorno.
Nessa situação, Cristina deveria aguardar no acostamento, à direita,
para cruzar a pista com segurança.

O item está de acordo com o previsto no artigo 37 do CTB. Vale lembrar que
a situação exposta apenas é cabível no caso de não haver local apropriado
para retorno. Caso descumpra o exposto, o condutor responde por uma
infração de natureza grave, conforme artigo 204 do CTB.

297- Considere a seguinte situação hipotética. Antônio, ao constatar a indica­


ção do semáforo autorizando-o a atravessar uma via arterial pela faixa
de pedestres, percebeu a aproximação de uma ambulância devidamente
identificada, com alarme sonoro e iluminação intermitente acionados.
Nessa situação, de acordo com o CTB, Antônio poderá atravessar a via
normalmente, pela faixa, uma vez que a prioridade referida no Código
para as ambulâncias exclui as faixas de travessia de pedestres,

Antônio deverá aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veiculo já


tiver passado pelo local, conforme define o artigo 29, inciso VII, alínea “b” do
CTB. As ambulâncias terão prioridade de passagem apenas quando em serviço
de urgência devidamente identificadas. Veja os dispositivos a seguir:

229 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

“Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obe­
decerá às seguintes normas:
VIL os veicuios destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de po­
lícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além
de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento
e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identifica­
dos por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições:
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio,
só atravessando á via quando o veículo já tiver passado pelo local;”
Ver questões 43, b e c

298- Não havendo linha regular de ônibus, o transporte remunerado de pas­


sageiros em veículos de carga, entre localidades de origem e destino que
estiverem situadas em municípios limítrofes de um mesmo estado, poderá
ser autorizado eventualmente e a título precário, desde que cumpra os
requisitos estabelecidos pelo CONTRAN. 1

Este transporte é possível, pois está prevista sua ocorrência no artigo 108 do
CTB. A resolução n° 82/98 estabelece as condições para tal. É importante
observar que o transporte pode ser remunerado ou não, e pode ser feito entre
municípios de um mesmo estado, dentro de um município e entre municípios
limítrofes de estados diferentes. Veja comentários da questão 105.

Todo veículo deve ser registrado perante órgão executivo de trânsito do es­
tado ou do Distrito Federal. Para obter o Certificado de Registro de Veiculo
(CRV), é preciso estar com o carro em ordem e submetê-lo a vistorias obri­
gatórias. No tocante á expedição do CRV e de outros certificados, julgue os
itens seguintes.

299” Considere a seguinte situação hipotética. João é proprietário de um


automóvel fabricado no ano de 1970, que, com o passar do tempo, teve
algumas de suas características originais de fabricação alteradas. Nessa
situação, João poderá obter Certificado de Originalidade para fins de
registro de veículo de coleção.

O veiculo de coleção deve conservar suas características originais de fa­


bricação conforme exposto no anexo I do CTB, que tambem já previa a
exigência de os veicuios serem fabricados há mais de 30 anos. A resolução

Leandro Macedo 230


Prova 22 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2004

n° 56/98, quando publicada, trouxe a modificação do prazo de 30 para 20


anos de fabricação, que posteriormente teve seu texto alterado pela reso­
lução n° 127/01, que novamente definiu que o veículo fosse fabricado há
mais de 30 anos. Então ficou assim: para registrar o veiculo como de cole­
ção, além dos trinta anos de fabricação com suas características originais,
há outras exigências, a saber: conservar suas características originais de
fabricação, integrar uma coleção, apresentar Certificado de Originalida­
de reconhecido peio Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN.
Desta forma, o que torna a questão errada é o fato de suas características
terem sido alteradas.

300- Ê obrigatória, para a expedição do CRV, a apresentação da nota fiscal


fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou documento equivalente,
expedido por autoridade competente.

Documento exigido-de acordo com o artigo 122, inciso I do CTB. Veja o


dispositivo abaixo;
“Art. 122. Para a expedição do Certificado de Registro de Veículo o órgão
executivo de trânsito consultará o cadastro do RENAVAM e exigirá do
proprietário os seguintes documentos:
I. nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou documento
equivalente expedido por autoridade competente;
II. documento fornecido pelo Ministério das Relações Exteriores, quando
se tratar de veícuio importado por membro de missões diplomáticas,
de repartições consulares de carreira, de representações de organismos
internacionais e de seus integrantes.”

301- Ao ser transferida a propriedade do veículo, o CRV acompanha o veiculo,


segundo a regra de que o acessório segue o principal.

A transferência de propriedade é uma das situações em que é obrigatória


a expedição de novo Certificado de Registro de Veiculo, e será obrigatória
também quando o proprietário mudar o Município de domicílio ou residên­
cia, quando for alterada qualquer característica e houver mudança de cate­
goria, conforme o artigo 123, inciso I do CTB. Nestes casos, o CRV anterior
“morre” e “nasce” um novo, ou seja, o CRV não acompanha o veículo nos
casos de novo registro expressos no artigo 123 do CTB.

231 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

302- Será obrigatória a expedição de novo CRV quando, entre outras hipóteses,
for alterada qualquer característica do veículo.

Ver artigo 123, inciso IV do CTB. Questão novamente literal, vide questão 301.

303- O comprovante de quitação de débitos relativos a tributos, encargos e


multas é documento exigido para a expedição de novo CRV.

De acordo com o artigo 124, inciso VIII do CTB.


“Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Registro de Veículo
serão exigidos os seguintes documentos:
VIII.comprovante de quitação de débitos relativos a tributos, encargos
e muitas de trânsito vinculados ao veículo, independentemente da
responsabilidade pelas infrações cometidas.”

304- Quando o proprietário de um veiculo mudar de residência no mesmo


município, deverá comunicar, no prazo máximo de 15 dias, o novo en­
dereço e aguardar o novo licenciamento para alterar o Certificado de
Licenciamento Anual.

O prazo é de trinta dias, conforme prevê o artigo 123, § 2° do CTB.


“Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de
Veicuio quando:
§ 2° No caso de transferência de domicílio ou residência no mesmo Mu­
nicípio, o proprietário comunicará o novo endereço num prazo de trinta
dias e aguardará o novo licenciamento para alterar o Certificado de Licen­
ciamento Anual.”
Cabe ressaltar que quando a mudança é entre municípios, deve-se fazer a
expedição de um novo documento (CRV).

Acerca das resoluções do CONTRAN, julgue os itens que se seguem.


305- Considere a seguinte situação hipotética. Um motorista conduzia
um veiculo automotor sem o comprovante de pagamento do Seguro
Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veicuios Automoto­
res de Vias Terrestres (DPVAT). Ao ser abordado por um agente de
trânsito, portava a CNH, o Certificado de Registro e Licenciamento
Anual (CRLV) e o comprovante do pagamento atualizado do Imposto
Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Nessa situação, o

Leandro Macedo 232


Prova 22 - Polícia Rodoviána Federal/Cespe-UnB/2004

motorista terá praticado uma infração de trânsito de natureza leve e


estará sujeito à penalidade de multa, além da retenção do veículo até
a apresentação do documento, como medida administrativa.

Questão que na época deste concurso estava certa, mas hoje o DPVAT não
é mais documento de porte obrigatório, por força da resolução n° 205/06.
Os únicos documentos de porte obrigatório são a habilitação e o Certificado
de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV), ambos no original. Com a
revogação da resolução n° 13/98 pela de n° 205/06, não se admite mais cópia
autenticada pela repartição de trânsito que o expediu. Questão muito pro-
váve! de ser cobrada em concursos. Veja os artigos do CTB e as resoluções
pertinentes ao assunto: artigos 133; 159, §1°; 232; artigo Io da resolução n°
205/06; e Resolução n° 61/98. Veja comentários da questão 89.

306- Para circular em vias públicas, os veículos automotores produzidos a


partir de 1°/1/1999 devem ser dotados, como equipamentos obrigatórios,
de encosto de cabeça em todos os assentos, exceto nos assentos centrais,
e cinto de segurança graduável e de três pontos em todos os assentos,
podendo, nos assentos centrais, o cinto ser do tipo subabdominal.

Quanto ao cinto de segurança, ver artigo 105, inciso I do CTB e resolução


n° 48/98, item 3, além dos artigos 65 e 167 do CTB. Referente ao encosto
de cabeça, ver artigo 105, inciso III do CTB e resolução n° 44/98, artigo Io
e seu § Io, Ver aínda artigo 230, mciso IX do CTB, resolução n° 44/98 na
integra e os requisitos do CONTRAN para cintos de segurança, expressos
na resolução n° 48/98:
Resolução 44/98:
“Art. Io. Os automóveis nacionais ou importados deverão ser dotados,
obrigatoriamente, de encosto de cabeça nos assentos dianteiros próximos
às portas e nos traseiros laterais, quando voltados para frente do veiculo.
§ Io A aplicação do encosto de cabeça nos assentos centrais é facultativa.
§ 2° Nos automóveis esportivos do tipo dois mais dois ou nos modelos con­
versíveis é facultado o uso do encosto de cabeça nos bancos traseiros.
Art. T , Os automóveis, nacionais ou importados, produzidos a partir de Io
de janeiro de 1999, com código marca/modelo deferido pelo órgão máximo
executivo de trânsito da União até 31 de dezembro de 1998, deverão ser
dotados, obrigatoriamente, de encosto de cabeça nos assentos dianteiros
próximos às portas, sendo facultada sua instalação nos demais assentos.
Art. 3o. O disposto no art. Ioaplica-se ao desenvolvimento de novos projetos,
a partir de Io de janeiro de 1999.

233 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Parágrafo único. Não se considera como projeto novo a derivação de um


mesmo modelo básico de veiculo.
Art. 4o Para efeito de aplicação do encosto de cabeça, serão aceitos os
resultados de ensaios emitidos por órgãos credenciados pela Comunida­
de Européia ou Estados Unidos da América, de conformidade com os
procedimentos oficiais lá adotados, na falta de padronização nacional,
bem como os testes feitos no Brasil por órgãos oficiais competentes ou
outros por eles credenciados, de acordo com os procedimentos europeus
ou americanos.
Art. 5°. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação ”
Resolução n° 48/98:
“3 - REQUISITOS
3.1 -Da instalação nos assentos voltados para frente.
3.1.1 -Automóveis e mistos deles derivados:
3.1.1.1 -Nos assentos dianteiros próximos às portas, o tipo três pontos, com
retrator. Os veicuios produzidos a partir de Iode janeiro de 1999 deverão
ser dotados nos assentos dianteiros próximos às portas, de cintos do tipo
três pontos graduável, com retrator.
3.1.1.2 -Nos assentos dianteiros intermediários, o do tipo três pontos, com
ou sem retrator, ou do tipo subabdominal.
3.1.1.3 -Nos assentos traseiros laterais, o do tipo três pontos, com ou sem
retrator, ou do tipo subabdominal.
3.1.1.4 -Os veicuios dotados de assentos traseiros laterais ajustáveis no sen­
tido longitudinal produzidos a partir de Iode janeiro de 1999 deverão ser
dotados de cintos do tipo três pontos graduável, com ou sem retrator.
3.1.1.5 - Os veicuios produzidos a partir de l°/l/99 nos assentos traseiros
laterais que não se enquadrem no item 3.1,1.4 deverão ser dotados de cmtos
do tipo três pontos, com ou sem retrator.
3.1.1.6 -Nos assentos traseiros intermediários, o do tipo três pontos, com
ou sem retrator, ou do tipo subabdominal.
3.1.1.7 -Nos assentos dos automóveis conversíveis, o tipo três pontos, com
ou sem retrator, ou do tipo subabdominal.
3.1.1.8 - Nos assentos individuais dianteiros é facultada a instalação de
cintos de segurança do tipo suspensório.
3.1.2 -Caminhonetes e veículos de uso misto:

Leandro Macedo 234


Prova 22 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2004

3.1.2.1 - Nos assentos dianteiros próximos às portas, o tipo três pontos,


com ou sem retrator.
3.1.2.2 -Nos assentos dianteiros intermediários, o do tipo três pontos, com
ou sem retrator, ou tipo subabdommaí.
3.1.2.3 -Nos assentos traseiros, laterais e intermediários, quando exis­
tentes, o do tipo três pontos, com ou sem retrator, ou do tipo subabdo-
minai.
3.1.3 -Caminhões:
3.1.3.1 -Nos assentos próximos às portas e assentos intermediários, o tipo
três pontos, com ou sem retrator, ou do tipo subabdominal.
3.1.4 -Veicuios para o transporte de escolares:
3.1.4.1 - No assento do condutor, o do tipo três pontos, com ou sem
retrator.
3.1.4.2 -Nos demais assentos, o do tipo três pontos, com ou sem retrator,
ou do tipo subabdominal.
3.1.5 - Nos veicuios fabricados a partir de Io de janeiro de 1984 até 16 de
setembro de 1985, é admitida a instalação de cintos do tipo três pontos
sem retrator.
3.1.6 -Para os veicuios nacionais ou importados anteriores ao ano/modelo
de 1984, fabricados até 31 de dezembro de 1983, serão admitidos os cintos
de segurança cujos modelos estejam de acordo com as normas anteriores
em vigor.
3.2 - Da instalação nos assentos que não estejam voltados para a frente
do veículo.
3.2.1 -Cintos de segurança do tipo subabdommaí.”

307- Considere a seguinte situação hipotética. Em um veículo esportivo dotado


de bancos exclusivamente dianteiros, um motorista transportava seu filho
de 8 anos de idade. No trajeto, pai e filho usavam cinto de segurança.
Nessa situação, por ter praticado uma infração de trânsito de natureza
gravíssima, o motorista ficará sujeito â penalidade de multa, além da
retenção do veiculo.

Não ha que se falar em infração, já que o motorista conduzia seu veiculo


de acordo com o artigo Io, § Io da resolução n° 277/08. Caso houvesse
banco traseiro, sena aplicada a infração descrita no artigo 168 do CTB;
que trata da infração de transporte de crianças sem observância das nor­
mas de segurança. Ver também artigos 65 e 167 do CTB.

235 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

308- Considere a seguinte situação hipotética. Um indivíduo conduzia um


quadriciclo motorizado e portava o capacete de segurança, com viseira,
afixado na lateral do veículo. Nessa situação, o condutor não perpetrou
nenhuma infração de trânsito, eis que portava o capacete obrigatório
consigo.

O capacete tem de estar devidamente afixado á cabeça pelo conjunto‘for­


mado pela cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar, para que seu uso
seja considerado correto. Ver artigos Io, § Io, e 4o da resolução n° 203/06
(alterada pelas resoluçpes 257/07 e 270/08).

309- A carga transportada em-veiculos destinados ao transporte de passa­


geiros, do tipo ônibus, não precisa ser acomodada em compartimento
próprio, separado dos passageiros, desde que haja espaço físico suficiente
para garantir a segurança no compartimento dos passageiros.

Em ônibus, a carga só poderá ser acomodada no bagageíro conforme prevê


a resolução n° 26/98. Ver artigo 109 do CTB e resolução n° 26/98, artigos Io
e 2o, Ver também artigo 248 do CTB.
“Art. 109. O transporte de carga em veiculos destinados ao transporte de
passageiros só pode ser realizado de acordo com as normas estabelecidas
pelo CONTRAN/'
Resolução 26/98 do CONTRAN:
“Art. Io. O transporte de carga em veiculos destinados ao transporte de
passageiros, do tipo ônibus, microônibus, ou outras categorias, está auto­
rizado desde que observadas as exigências desta resolução, bem como os
regulamentos dos respectivos poderes concedentes dos serviços.
Art. 2o, A carga só poderá ser acomodada em compartimento próprio,
separado dos passageiros, que no ônibus é o bagageiro”

310- Considere a seguinte situação hipotética. Um motorista deslocava-se


da sua residência para o trabalho, quando ocorreu uma pane mecânica
no seu veículo automotor, que ficou imobilizado no leito viário. Nessa
situação, o motorista deverá providenciar a imediata sinalização de
advertência, sendo suficiente para isso a colocação do triângulo de sina­
lização, ou equipamento similar, á distância mínima de 50 m da parte
traseira do veículo.

Leandro Macedo 236


Prova 22 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2004

O condutor devera acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-aierta)


providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou equipamento
similar à distância raimma de 30 metros da parte traseira do veiculo. Ver
artigo 46 do CTB e o artigo Io da resolução n° 36/98 do CONTRAN.

311- Considere a segumte situação hipotética. Em um acidente automobilísti­


co ocorrido em rodovia federal, um policial rodoviário federai verificou
que o condutor de um dos veículos envolvidos no sinistro havia falecido.
Nessa situação, será obrigatória a realização de exame de alcoolemia
na vítima de morte.

Na época da prova, essa determinação estava prevista na resolução n°


81/98, revogada peia resolução n° 206/06, que tem esse dispositivo expresso
no artigo 3o, o quai nos confirma que a questão, apesar da mudança na
legislação, continua correta. Cabe observar que a resolução n° 206/06 re­
gulamentou a Lei n° 11.225/06, que foi alterada pela Lei n° 11.705/08, sendo
assim, é prudente que o candidato observe que a qualquer momento saíra
uma resolução revogando a 206/06 do CONTRAN.

312- A comprovação de que o condutor de um veículo automotor encontra-se


impedido de dirigi-lo, sob suspeita de ter utilizado substância entor­
pecente, poderá ocorrer mediante exame clínico realizado por policial
rodoviário federal.

A comprovação poderá ocorrer mediante exame clínico realizado por


médico da Polícia Judiciária, não por policial rodoviário federal. Ver artigo
Io. inciso III da resolução n° 206/06.

313- Considere a seguinte situação hipotética. Após uma colisão, um dos


motoristas envolvidos no sinistro teve o seu veiculo automotor conside­
rado irrecuperável, mediante laudo pericial, o que o levou a retirá-lo de
circulação. Nessa situação, o proprietário do veiculo deverá requisitar
a sua baixa no órgão de trânsito responsável, até 15 dias após tomar
conhecimento da sua condição mediante o laudo, sob pena de incorrer
em infração de trânsito de natureza grave.

Item de acordo com o artigo 126 do CTB, regulamentado pela resolução


n° 11/98. Ver artigos I o, inciso I, e 6°, da mesma. Observe que o artigo 6o
teve nova redação dada pela resolução n° 179/05. Quanto à infração de
natureza grave, esta vem expressa no artigo 240 do CTB.

237 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

314- É proibida a aplicação de película refletiva nas áreas envidraçadas dos


veicuios automotores.

Questão de acordo com o artigo 111, inciso III do CTB. Ver também artigo
230, mciso XVI do CTB. Película refletiva é expressamente proibida, e as
não-refletivas são permitidas a partír de determinados índices de transpa­
rência, conforme a resolução n° 254/07 do CONTRAN.

315- Considere a seguinte situação hipotética. O proprietário de um veículo


sinistrado, com laudq pericial de perda total, transferiu o seu domicílio
de Luziânia - GO para Brasília - DF, levando consigo o referido veiculo.
Nessa situação, por ocasião da transferência de domicílio interestadual,
o proprietário deverá providenciar a realização de vistoria no veículo
sinistrado junto ao Departamento de Trânsito correspondente ao novo
domicílio.

Quando ocorrer transferência de domicílio do proprietário, a vistoria em


veiculo sinistrado com laudo pericial de perda total não é realizada. Ver
artigo 3o da resolução n° 5/98 do CONTRAN.

Gabarito

256. Errado 271. Errado 286. Certo 301. Errado


257. Errado 272. Errado 287. Errado 302. Certo
258. Errado 273. Errado 288. Errado 303. Certo
259. Errado 274. Errado 289. Errado 304. Errado
260. Errado 275. Errado 290. Errado 305. Certo
261. Certo 276. Certo 291. Errado 306. Certo
262. Certo 277. Errado 292. Anulada 307. Errado
263. Certo 278. Certo 293. Errado 308. Errado
264. Errado 279. Certo 294. Errado 309. Errado
265. Certo 280. Certo 295. Errado 310. Errado
266. Errado 281. Certo 296. Certo 311. Certo
267. Certo 282. Errado 297. Errado 312. Errado
268. Errado 283. Certo 298. Certo 313. Certo
269. Errado 284. Errado 299. Errado 314. Certo
270. Certo 285. Certo 300. Certo 315. Errado

Leandro Macedo 238


Prova 23
Técnico Judiciário/Área: Transporte/
TRE-RS/Cespe-UnB/2003

Considerando as normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) acerca de


habilitação, circulação e condução, Julgue os itens abaixo.

234- Os requisitos que o condutor de veiculos destinados ao transporte de es­


colares deve satisfazer incluem a habilitação na categoria D e a aprovação
em curso especializado, nos termos da regulamentação do CONTRAN.

Os requisitos apresentados estão expressamente expostos nos incisos II


e V do artigo 138, que versa sobre o assunto, assim como no artigo 145,
todos do CTB.

235- Em via pública, apenas os condutores habilitados nas categorias D ou E po­


derão conduzir trator de roda, trator de esteira, trator misto ou equipamento
automotor destinado à movimentação de cargas ou execução de trabalho
agrícola, de terraplenagem, de construção ou de pavimentação.

Os referidos veiculos podem ser conduzidos na via pública por condutor


habilitado nas categorias C, D ou E. Ver artigo 144 do CTB.

236- A todo portador de CNH de categoria E será permitida a condução de


qualquer um dos veiculos correspondentes âs categorias de A a D.

O condutor está apto a conduzir todos os veiculos abrangidos pelas catego­


rias “B”, “C” e “D” mas não está apto a conduzir veículos da categoria "A”.
Ver anexo I da resolução n° 168, de 2004, do CONTRAN.

Com referência aos limites de velocidade estabelecidos pelo CTB, julgue os


itens seguintes.

237- Nas rodovias onde não houver sinalização regulamentadora, a velocidade


máxima será de: 110 km/h para automóveis e camionetas; 80 km/h para
ônibus e microônibus; 90 km/h para os demais veículos.
Primeiro erro: as duas últimas velocidades estão invertidas, numa tentativa
de confundir o candidato. Tá o segundo erro está no fato de que a velocidade
de 110 km/h também vaie para a motocicleta. Ver artigo 61, § I o, inciso II,
alínea “a” itens 2 e 3.

239
Provas Comentadas

Limites em rodovias não sinalizadas:


110 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas.
90 km/h para ônibus e microônibus.
80 km/h para os demais veículos.

238- Com o objetivo de não prejudicar o fluxo de trânsito, em nenhuma si­


tuação será permitido que se trafegue com velocidade mínima inferior
à metade da velocidade máxima permitida.

O erro da questão é possível de ser constatado tanto no artigo 62 quanto


no 219, ambos do CTB, pois os dois possuem excludentes para as situações
apresentadas. O artigo 62,- que estabelece essa norma de circulação, prevê
que devem ser respeitadas “ás condições operacionais de trânsito e da via”
O artigo 219, no qual está a possível sanção para tal atitude, amda apresenta
excludentes: “a menos que as condições de tráfego e meteorológicas não o
permitam, salvo se estiver na faixa da direita”

Acerca das normas previstas no CTB para a circulação de veicuios e para a


sinalização de trânsito, julgue os itens que se seguem.
239- Considerando a figura I abaixo, que ilustra o encontro das vías X e Y e
na qual as setas indicam o sentido de circulação, caso fosse necessário,
em algum ponto antes do encontro das vias, alertar os usuários da via
X quanto à existência da via Y, isso seria corretamente feito com a placa
ilustrada na figura II.
A placa correta para a situação é a A-13a: confluência à esquerda, uma
sinalização de advertência prevista no item 1.2.3 da resolução n° 160/04.

240- A placa ilustrada na figura II abaixo adverte o condutor da existência,


adiante, de uma via lateral á esquerda.

É exatamente o significado da placa A-7a. Ver item 1.2.3 da resolução n°


160/04.

241- Na figura I, as marcas triangulares no leito da via Y correspondem ã


mesma regulamentação contida na placa ilustrada na figura III.

Questão envolvendo a resolução n° 160/04. As marcas apresentadas na


figura I são as linhas de “Dê a Preferência”, sinalização horizontal prevista
no item 2.2.3, alínea “c”. O item citado, no seu caput, expressa que as marcas
transversais - das quais as linhas de “Dê a Preferência” fazem parte em
casos específicos, têm poder de regulamentação. Este é um exemplo claro

í.eandro Macedo 240


Prova 23 - Técnico Judiciário/Área: Transporte/TRE-RS/Cespe-UnB/2003

de que a sinalização horizontal tem este poder - ver também item 2, caput,
em sua parte íinal -, pois indica exatamente o estabelecido pela placa de
regulamentação R-2, “Dê a Preferência” prevista no item 1.1.4.

242- O cruzamento de uma via com uma estrada de ferro é sinalizado com a
placa de advertência ilustrada na figura IV, que significa Cruzamento
de Vias.
O cruzamento de uma vía com uma estrada de ferro pode ser sinalizado
pelas placas A-39, passagem de nivel sem barreira, A-40, passagem de
nível com barreira, ou A-41, Cruz de Santo Andre, dependendo do caso.
Ver item 1.2.3 da resolução n° 160.

Figura: I Figura: II Figura: III Figura: IV

Julgue os itens subseqüentes, relativos às normas de circulação previstas


no CTB.
243- Considere a seguinte situação hipotética. Aproveitando-se do seu ho­
rário de descanso para o almoço e desejando fazer algumas apostas,
o motorista de um hospital dirigiu uma ambulância até uma agência
lotérica e, lá chegando, estacionou o referido veiculo em local sinali­
zado com a placa ilustrada na figura abaixo.
Nessa situação, o motorista não cometeu nenhuma infração, já
que, segundo o CTB, os veículos de polida, os de fiscalização e
operação de trânsito e as ambulândas gozam de prioridade de
trânsito e de livre circulação, estadonamento e parada.
A prerrogativa que os referidos veículos têm só pode ser utilizada quan­
do efetivamente em serviço de urgência e devidamente identificados por
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha
intermitente. Ver artigo 29, mciso VII. O motorista cometeu a infração
prevista no artigo 181, inciso XIX.

244- Considere a seguinte situação.


Em uma faixa de pedestres com sinalização semafórica, um motorista,
ao ver que o sinal abrira — ficara verde — para ele, acionou a buzina
do seu veículo, para acelerar a travessia de pedestres que ainda esta-
vam sobre a faixa.

241 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Nessa situação, o motorista agiu de acordo com o CTB, já que utilizou a


buzina para fazer uma advertência necessária a fim de evitar um acidente.

A utilização da buzina não está de acordo com as situações previstas no ar­


tigo 41, já que, no caso, será dada preferência aos pedestres que não tenham
concluído a travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando
a passagem dos veicuios. Ver parágrafo único do artigo 70 do CTB, -que
trata das normas de circulação. Veja também o artigo 214, II, que se refere
a uma infração de natureza gravíssima.

245- Na atualidade, é comum, nas rodovias brasileiras, o tráfego de vários


caminhões sob a forma de comboio, de modo a dificultar a tentativa de
ultrapassagem seguida do roubo de carga. Entretanto, em que pese seu
objetivo louvável, essa prática, conforme o CTB, configura infração.

Esta é uma infração às normas de circulação e conduta, prevista no pará­


grafo único do artigo 30 do CTB. Os condutores poderão ser enquadrados
na infração prevista no artigo 192 do CTB, por não guardarem distância de
segurança, constituindo assim uma infração de natureza grave.

246- Considere a seguinte situação.


No horário noturno e em uma vía provida de iluminação pública, um
motorista conduzia seu Yeículo com a luz alta acionada e mantinha o
braço esquerdo do lado de fora, quando foi parado por um agente de
fiscalização de trânsito.
Nessa situação, o condutor responderá, cumulativamente, por duas in­
frações de trânsito.

O condutor cometeu as infrações previstas nos artigos 252,1 (com braço do


lado de fora - natureza média), e 224 (luz alta em via provida de iluminação
pública - natureza leve). Por força do artigo 266, responderá por ambas.

247- Como forma de preservar a integridade dos passageiros, o CTB não prevê
a possibilidade de que estes sejam transportados em veículos de carga.

Existe sim exceção para tal regra, estabelecida no artigo 108 e regulamentada
pela resolução n° 82/98. Excepcionalmente, onde não haja linha regular de
ônibus ou haja falta de linhas regulares, o orgão com circunscríção sobre a
via pode autorizar este transporte. Importante amda ressaltar que aquele que
descumpre o disposto responde por uma infração de natureza gravíssuna,
por força do artigo 230, II.

Leandro Macedo 242


Prova 23 - Técnico Judiciário/Área: Transporte/TRE-RS/Cespe-UnB/2003

248- Respeitado o princípio da reciprocidade, veículos licenciados no exterior


não poderão deixar o território brasileiro sem prévia quitação de débitos
de multa por infrações de trânsito e sem o ressarcimento de danos que
seus condutores tiverem causado a bens do patrimônio público.

Regra estabelecida no parágrafo único do artigo 119. Questão literal.

249- Poderá ser punido com pena de detenção o condutor que, para fugir da
responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída, fuja do local
de acidente.

Crime previsto no artigo 305 do CTB, com pena de detenção, de seis meses a
um ano, ou muita. Não pede maiores reflexões, pois é cópia do dispositivo.

250- Sempre que um condutor realizar uma ultrapassagem pela direita, estará
cometendo uma infração passível de punição com muita.

Se o veiculo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à


esquerda, a ultrapassagem ocorrerá peia direita. Yer artigos 29, inciso DC, e
199, Quando ocorre a infração, esta é considerada de natureza média.

251- O condutor que deixa de guardar distância de segurança entre o seu


veiculo e aquele á sua frente comete infração grave, passível de punição
com multa.

Infração prevista no artigo 192 do CTB. Trata-se da reprodução literal do


dispositivo.

252- Considere a seguinte situação hipotética.


Na noite de uma sexta-feira, após as 22h, Sandro dirigiu seu automóvel
até a residência de Marcela, sua namorada, para, em seguida, ambos
irem a ura cinema. Entretanto, chegando lá, Sandro optou por não des­
cer do veículo, fazendo uso, de forma prolongada e sucessiva, da buzina
para chamar a atenção de Marcela.
Nessa situação, Sandro cometeu duas infrações de trânsito.

Sandro cometeu sim duas infrações: artigo 227, inciso II (buzinar entre 22h
e 06h), e o mesmo artigo, inciso III (uso de forma prolongada e sucessiva),
ambas de natureza leve. As infrações são independentes e cumulativas com
base no artigo 266.

243 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

253- Em um cruzamento de duas vias, não épermitida a ultrapassagem, mesmo


que as condições de tráfego sejara favoráveis a isso.

Norma prevista no artigo 33 do CTB, Existe sanção, para o condutor que


a infringir, estabelecida no artigo 202 do CTB, inciso II. Veja a redação
do dispositivo:
“Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá
efetuar ultrapassagem.”
“Art. 202. Ultrapassar outro veiculo:
I. peio acostamento;
II. em interseções e passagens de nível;
Infração -grave;
Penalidade -multa.”

De acordo com os conceitos e as definições adotados pelo CTB, julgue os


itens a seguir.
254- De acordo com o CTB, tara corresponde ao peso próprio do veículo*
acrescido dos pesos de carroceria e equipamentos, do combustível, das
ferramentas eacessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio
e do fluido de arrefecimento, expresso em quilogramas.
Esta é exatamente a definição de tara, presente no anexo I do CTB.

255- Do ponto de vista da terminologia adotada pelo CTB, um veículo auto­


motor destinado ao transporte de carga com peso bruto total máximo
superior a 10.000 kg e um ônibus com capacidade superior a vinte
passageiros são considerados veículos de grande porte.
Reprodução literal da definição de veiculo de grande porte, estabelecida
no anexo I do CTB.

Gabarito

234. Certo 242. Errado 250. Errado


235. Errado 243. Errado 251. Certo
236. Errado 244. Errado 252. Certo
237. Errado 245. Certo 253, Certo
238. Errado 246. Certo 254. Certo
239. Errado 247, Errado 255. Certo
240. Certo 248. Certo
241. Certo 249. Certo

Leandro Macedo 244


Prova 24
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRT - RN/FCC/2003

226- Considere as placas de sinalização abaixo:

I II III

As placas I, II e III, respectivamente, indicam


a) lombada, ultrapassagem proibida e via lateral á esquerda.
b) depressão, proibido virar à direita ebifurcação em “Y” invertida.
c) pista irregular, proibido mudar de faixa de trânsito e confluência â es­
querda.
d) pista em obras, trânsito proibido para pedestres e confluência à es­
querda.
e) lombada, proibido seguir em frente e bifurcação em “Y”.

A base da questão é a resolução n° 160/04. Ver item 1.1.4, placas R-8a e


R~8b, e item 1.2.3, placas A-17 e A-13a.

227- Considere as seguintes afirmações:


I. Nos túneis providos de iluminação pública, tanto durante a noite
como durante o dia, o condutor deve manter acesas as luzes dos
faróis altos.
II. Nas rodovias, onde não existir sinalização regulamentadora, a ve­
locidade máxima para os ônibus é de 90 km/h.
III. Crianças com idade inferior a dez anos podem ser transportadas
nos bancos dianteiros, desde que utilizem cinto de segurança.
IV. A cor azul na sinalização horizontal é utilizada em pintura de
símbolos em áreas especiais de estacionamento ou de parada para
embarque e desembarque.

245
Provas Comentadas

Estão corretas APENAS


a) I e II.
b) I e IV.
c) II eIII.
d) Ile lV .
e) III e IV.

Vamos analisar cada item e fundamentar nossa análise:


L Nos túneis providos de iluminação pública, tanto durante a noite como
durante o dia, o condutor deve manter acesas as luzes dos faróis altos.
Item errado, a exigência é do farol baixo, conforme artigo 40,1do CTB.
II. Nas rodovias, onde não existir sinalização regulamentadora, a velo­
cidade máxima para os ônibus é de 90 km/h. Item certo, por força do
artigo 61, § I o, II, “a”, 2.
III. Crianças com idade inferior a dez anos podem ser transportadas nos
bancos dianteiros, desde que utilizem cinto de segurança. Item errado,
por força do artigo 64 do CTB.
IV. A cor azul na sinalização horizontal é utilizada em pintura de símbolos
em áreas especiais de estacionamento ou de parada para embarque
e desembarque. Item certo, expresso no item 2.1.2 da resolução n°
169/04 do CONTRAN.

228- Quando um condutor cometer simultaneamente duas infrações de trân­


sito,
a) terá o seu veiculo recolhido ao pátio do órgão de trânsito.
b) terá o seu documento de habilitação apreendido.
c) será aplicada apenas uma multa, mas com o valor dobrado.
d) a multa será aplicada apenas â infração mais grave.
e) serão aplicadas as duas penalidades.

Reprodução literal do artigo 266 do CTB.

229- As vias urbanas abertas à circulação, de acordo com a sua utilização,


classificam-se em locais, coletoras, arteriais e
a) preferenciais,
b) rodovias.
c) estradas.

Leandro Macedo 246


Prova 24 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRT - RN/FCC/2003

d) de trânsito rápido.
e) rurais.

Reprodução do artigo 60,1 do CTB.

230- Dois veicuios vão se cruzar numa área não sinalizada, O primeiro está
circulando por uma rotatória e o segundo está circulando pela via "A”
que termina na rotatória. Terá direito de passagem o condutor que estiver
circulando
a) pela rotatória.
b) pela via A.
c) pela direita do outro condutor.
d) no veículo de maior porte.
e) com velocidade mais alta.

Situação facilmente tipificada no artigo 29, III, “b” do CTB. Veja também
o artigo 215, que trata da infração.

231- Aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de sinalização e os


dispositivos e equipamentos de trânsito, compete
a) ã Polícia Rodoviária Federai.
b) aos CETRAN - Conselhos Estaduais de Trânsito.
c) ao CONTRAN - Conselho Nacional de Trânsito.
d) ao CONTRANDIFE - Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
e) às Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal.

Reprodução literal do artigo 12, XI do CTB.

232- As placas que têm por finalidade informar aos usuários as condições,
proibições, obrigações ou restrições no uso das vias fazem parte do grupo
de sinalização vertical de
a) orientação.
b) regulamentação.
c) advertência.
d) indicação.
e) educação.

Reprodução do item 1.1 da resolução n° 160/04 do CONTRAN.

247 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

233-À ultrapassagem pela direita é permitida quando o veiculo precedente


a) for uma motocicleta.
b) estiver muito lento.
c) se negar a dar passagem pela esquerda.
d) for um ônibus.
e) estiver sinalizando conversão à esquerda.

Trata-se da reprodução literal do artigo 29, IX do CTB.

Gabarito

226. C
227. D
228. E
229. D
230. A
231. C
232. B
233. E

Leandro Macedo 248


Prova 25
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRT - MS/FCC/2003

207- O trânsito de veicuios sobre passeios é permitido para


a) motocicletas.
b) ambulâncias.
c) veicuios policiais.
d) entrada e saída dos imóveis.
e) veículos transportando autoridades.

Questão que teve por base o artigo 29, V do CTB, pertencente ao capítulo
que trata das normas de circulação e conduta. Veja o dispositivo abaixo:
“Art. 29. Q trânsito de veicuios nas vias terrestres abertas â circulação
obedecerá às seguintes normas:
V. o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos só
poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais
de estacionamento.”

208- O condutor de veiculo parado no embarque e desembarque de passageiros,


em período noturno, deverá manter acesas as luzes
a) baixas dos faróis.
b) altas dos faróis.
c) de posição.
d) de emergência.
e) internas.
Questão que teve por base.o artigo 40, VII do CTB. Veja os casos em que
é exigido o uso dessas luzes e as infrações pertinentes, conforme os artigos
40, IV e VII, 249 e 250, todos do CTB:
“Artigo 40.0 uso de luzes em veiculo obedecerá às seguintes determinações:
IV. o condutor manterá acesas pelo menos as luzes de posição do veículo
quando sob chuva forte, neblina ou cerração;
VII. o condutor manterá acesas, â noite, as luzes de posição quando o
veiculo estiver parado para fins de embarque ou desembarque de
passageiros e carga ou descarga de mercadorias.”

249
Provas Comentadas

“Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as íuzes de posição, quando o


veículo estiver parado, para fins de embarque ou desembarque de passageiros
e carga ou descarga de mercadorias:
Infração -média;
Penalidade -multa.”
“A rt 250. Quando o veiculo estiver em movimento:
II. deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição sob chuva
forte, neblina ou cerração;
Infração -médià;
Penalidade -multa.”

209- A imobilização de um veiculo em operações de carga e descarga de mer­


cadorias é considerada como
a) parada.
b) estacionamento.
c) parada, se houver cartão de estacionamento rotativo.
d) infração, era qualquer hipótese.
e) estacionamento, se houver cartão de estacionamento rotativo.

Questão que tomou por base o parágrafo único do artigo 47 do CTB, no


qual vem expresso que a operação de carga e descarga é considerada esta­
cionamento.

210- O uso de capacete em motocicletas è obrigatório para


a) condutores e passageiros.
b) condutores, apenas,
c) -condutores e passageiros, desde que adultos.
d) condutores e passageiros com até 7 anos de idade.
e) condutores e passageiros, apenas em rodovias.

Temos a obrigatoriedade expressa para condutores e passageiros nos artigos


54 e 55, ambos do CTB; a infração vem expressa no artigo 244 do CTB e
a regulamentação do tema ficou com as resoluções nos 20/98 e 203/06 do
CONTRAN.

211- A velocidade máxima permitida para automóveis, em vias arteriaisj sem


sinalização regulam entadora, é
a) 40 km/h.

Leandro Macedo 250


Prova 25 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRT - MS/FCC/2003

b) 50 km/h.
c) 60 km/h.
d) 70 Jkm/h.
e) 80 km/h.

Temos a obrigatoriedade expressa para condutores e passageiros nos


artigos 54 e 55, ambos do CTB; a infração vem expressa no artigo 244 do
CTB e a regulamentação do tema ficou com a resolução 203/06 (alterada
pelas 257/07 e 270/08) do CONTRAN.

212- Respeitadas as condições operacionais do trânsito, a velocidade mínima


para automóveis, em qualquer via pública, NÃO poderá ser inferior
a) à velocidade máxima fixada para ônibus e caminhões.
b) a dois terços da velocidade máxima estabelecida.
c) a um quarto da velocidade máxima estabelecida.
d) a três quartos da velocidade máxima estabelecida.
e) à metade da velocidade máxima estabelecida.

Trata-se da reprodução literal do artigo 62 do CTB.


“Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da ve­
locidade máxima estabelecida, respeitadas as condições operacionais de
trânsito e da via”

213- O uso do cinto de segurança por passageiros com doze anos de idade é
a) opcional nas cidades e obrigatório nas rodovias,
b ) opcional, em qualquer situação.
c) obrigatório no banco dianteiro e opcional no traseiro.
d) obrigatório em qualqueír situação.
e) obrigatório, apenas se os cintos forem de três pontos.

Não existe a possibilidade de não usar o cinto, uma vez que o número de
cintos de um veículo é, em regra, igual à sua lotação. O assunto é tratado
no artigo 105, I do CTB, que também nos dá uma exceção, em que não
será exigido o cinto de segurança, que seria nos veículos de transporte de
passageiro, no percurso em que seja permitido viajar em pé. Sobre cinto
de segurança temos os artigos 65, 105,1, 167 do CTB; temos também as
resoluções nDI 15/98 e 48/98 do CONTRAN.

251 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

214- As categorias de habilitação estabelecidas na legislação de trânsito são


a) A, B, C, D e E.
b) A, B, C e D.
c) I, II, III, IV e V.
d) I, II, III e IV.
e) profissional e amador.

Reprodução literal do artigo 143 do CTB. Sobre o tema, veja também a


resolução n° 168/04 do CONTRAN.

215- NÃO é uma penalidade estabelecida no Código de Trânsito Brasileiro:


a) Advertência por escrito.
b) Remoção do veículo.
c) Multa.
d) Cassação da Carteira Nacional de Habilitação.
e) Apreensão do veiculo.

O artigo em que vêm expressas as penalidades é o 256 do CTB, e as me­


didas administrativas vêm no artigo 269. O examinador tentou medir o
conhecimento do candidato com relação aos referidos artigos. Sendo assim,
as alternativas A, C, D e E são penalidades, e na alternativa B temos uma
medida administrativa.

216- As infrações de trânsito são classificadas em


a) iniciais e reincidentes.
b) primárias e secundárias.
c) leves, médias, graves e gravíssimas.
d) leves, graves e crimes de trânsito.
e) grupos I, II, III e IY.

Reprodução literal do artigo 259 do CTB. Sobre o tema, ver também o artigo
258, bem como a resolução n° 136/02 do CONTRAN.

Diante da placa R-25b os condutores devem

a) reduzir a velocidade, uma vez que há situação de perigo.


b) parar á direita para a fiscalização de trânsito.
c) circular apenas pela faixa da direita da pista.

Leandro Macedo 252


Prova 25 - Técnico Judidáno/Ârea: Segurança e Transporte/TRT - MS/FCC/2003

d) saber que há uma curva fechada à direita.


e) virar à direita.

O significado do símbolo é: “ vire à direita” sem maiores elucubrações. Veja


resolução n° 160/04 do CONTRAN.

218- Diante da placa A-12 um condutor ê advertido de que


adiante há

a) interseção em circulo (rotatória),


b) retorno obrigatório.
c) trecho com pista escorregadia.
d) curva acentuada.
e) rua sem saída.
Reprodução do que vem expresso no item 1.2.3, placa A-12, da resolução
n° 160/04 do CONTRAN. Não confundir com a placa de regulamentação
abaixo, que nos indica o sentido de circulação na rotatória.

219- Na sinalização horizontal, a cor amarela é utilizada para


a) separar as faixas de tráfego no mesmo sentido.
b) separar fluxos de tráfego opostos.
c) demarcar os bordos da pista.
d) proporcionar contraste entre o pavimento e a pintura.
e) marcar o ponto de parada em cruzamentos.
Reprodução literal do item 2.1.2 da resolução n° 160/04.

220- Um ciclista montado em sua bicicleta


a) pode circular em uma passarela.
b) pode circular no sentido do tráfego inverso ao regulamentado para
os veículos automotores.
c) pode circular sobre o passeio.
d) deve cumprir as regras gerais de transito estabelecidas para os veículos.
e) deve cumprir as regras gerais de trânsito estabelecidas para os pedestres.

253 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

O ciclista montado em sua bicicleta não se equipara ao pedestre, portanto


não pode transitar em locais próprios a este, devendo circular, em regra,.no
sentido do fluxo dos veicuios. Sendo assim, deve cumprir as regras gerais
de trânsito. Veja os dispositivos do CTB que tratam do tema;
“Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bi-
cicíetas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciciofaixa, ou acosta­
mento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista
de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via,
com preferência sobre os veicuios automotores.
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via
poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos
veicuios automotores, desde que dotado o trecho com ciciofaixa.
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo órgão ou
entidade com circunscrição sobre a via, será permitida a circulação de
bicicletas nos passeios.”
“Artigo 68, § i° .O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se
ao pedestre em direitos e deveres.”

221- A notificação de uma infração de trânsito deve ser emitida pela autori­
dade de trânsito no prazo máximo de
a) 15 dias.
b) 30 dias.
c) 40 dias.
d) 50 dias.
e) 60 dias.

O prazo vem expresso no artigo 281, parágrafo único, II do CTB. Veja


também a regulamentação do processo administrativo para aplicação de
penalidades nas resoluções nos Í49/03 e 182/05, ambas do CONTRAN.

222- Um recurso de infração de trânsito, indeferido em primeira instância


pela JARI municipal, pode ser objeto de novo recurso dirigido
a) à Polícia Rodoviária Federal.
b) ao Contrandife - Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
c) ao Detran - Departamento Estadual de Trânsito.
d) ao Contran - Conselho Nacional de Trânsito.
e) ao Cetran - Conselho Estadual de Trânsito.

Reprodução literal do artigo 14, V, “a”, e 289, II. ambos do CTB. O segundo
recurso de infrações cometidas no município ou no estado será sempre julgado
no CETRAN; se no Distrito Federal, no CONTRANDIFE.

Leandro Macedo 254


Prova 25 -Técmco Judiciáno/Ârea: Segurança e Transporte/TRT - MS/FCC/2003

223- A circulação pelo acostamento de uma rodovia é permitida para


a) acesso a imóveis, exclusivamente.
b) situações em que a via esteja congestionada.
c) veículos que apresentarem problemas mecânicos,
d) veicuios que transportarem autoridades,
e) motocicletas.

Questão extraída do artigo 29, V. A infração correspondente se encontra


no artigo 193 do CTB. Veja os dispositivos abaixo:
“Art. 29, V. O trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamen­
tos só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas
especiais de estacionamento”
“Art 193. Transitar com o veiculo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias,
ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros centrais e divisores
de pista de rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados e
jardins públicos:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (três vezes).”

224- Um condutor está dirigindo em uma rodovia quando começa a chover.


O procedimento correto é
a) acender os faróis altos, mesmo durante o dia.
b) ligar o limpador de pára-brisa e reduzir a velocidade.
c) acender as luzes de emergência e reduzir a velocidade.
d) parar o veículo no acostamento até a chuva passar.
e) manter a velocidade e redobrar a atenção.

Questão muito interessante, pois, embora aparentemente simples, sua


fundamentação está de forma esparsa dentro do CTB. Vejamos quais os
critérios a considerar ao regular a velocidade, no artigo 43 (que não fala
expressamente em chuva, mas em condições meteorológicas), e a exigência
do acionamento do limpador de pára-brisa sob chuva, expresso no artigo
230, XIX do CTB.
“Art. 43. Ao regular a. v«Íocidade, o condutor deverá observar constante­
mente as condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições me:
teorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo aos limites máximos
de velocidade estabelecidos para a via, além de:”

255 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

“Art. 230. Conduzir veiculo:


XIX. sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva:
Infração -grave;
Penalidade -muita;
Medida administrativa -retenção do veículo para regularização.”

225- Um condutor está dirigindo em uma área residencial desconhecida e


com pouco movimento. Ao se aproximar de uma esquina não sinalizada
deve
a) atravessar normalmente.
b) reduzir a velocidade e.atravessar piscando os faróis.
c) reduzir a velocidade e atravessar buzinando.
d) buzinar e atravessar.
e) parar e apenas atravessar com segurança.
O gabarito está em desacordo com o CTB, que de forma expressa, no artigo
44, define a norma de circulação, e no artigo 220, IV, pune quem a descum-
prir. Portanto, a obrigatoriedade está em reduzir. Outras precauções podem
ser encontradas no manual de direção defensiva, que não é objeto deste
trabalho. Veja os dispositivos do CTB que tratam do assunto:
“Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do
veículo deve demonstrar prudência especial transitando em velocidade
moderada, de forma que possa deter seu veiculo com segurança para dar
passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência.
“Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veiculo de forma compatível
com a segurança do trânsito:
IV. ao aproximar-se de ou passar por interseção não sinalizada;
Infração -grave;
Penalidade - multa.”

Gabarito

207. D 214. A 221. B


208. C 215. B 222. E
209. B 216. C 223. A
210. A 217. E 224. B
211.C 218. A 225. E
212. E 219. B
213. D 220. D

Leandro Macedo 256


Prova 26
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRT - BA/FCC/2003

Diante de uma placa R-l, posicionada em um cruza­


mento, o condutor deve

a) reduzir a marcha e parar o veículo apenas se houver outro veiculo nas


imediações.
b) parar totalmente o veiculo e aguardar a oportunidade para efetuar a
travessia do cruzamento.
c) reduzir a marcha, verificar a aproximação de outros veículos e passar
pelo cruzamento.
d) reduzir a marcha, buzinar levemente e passar pelo cruzamento.
e) parar o veiculo, buzinar e passar pelo cruzamento.

À placa em questão é de “parada obrigatória”, presente na resolução


n° 160/04, item 1.1.4. Sua desobediência constitui infração de natureza
gravíssima, conforme o artigo 208 do CTB.

Em um local sinalizado com a placa R-6c, um condutor


está impedido de estacionar

a) e parar o veiculo, mas admite-se uma rápida parada sobre o passeio


para embarque e desembarque de passageiros.
b) o veiculo, mas admitem-se rápidas paradas para embarque e desem­
barque de passageiros.
c) o veiculo, mas admitem-se rápidas paradas para operações de embar­
que/desembarque ou de carga/ descarga.
d) e parar o veiculo, mesmo para operações de embarque e desembarque
de passageiros.
e) o veículo, mas admitem-se rápidas paradas para carga e descarga de
mercadorias.

257
Provas Comentadas

A presente placa é de “proibido parar e estacionar” presente na resolução


n° 160/04, ítem 1.1.4. Caso pare (tempo para embarque e desembarque de
passageiro, conforme o anexo I do CTB) ou estacione, o condutor responderá
peia infração prevista no artigo 181, inciso XIX, de natureza grave, com
medida administrativa de remoção do veiculo. Veja o dispositivo abaixo:
“Art. 181. Estacionar o veículo:
XIX. em iocais e horários de estacionamento e parada proibidos peia sina­
lização (placa -Proibido Parar e Estacionar):
Infração -grave;
Penalidade -multa;
Medida administrativa -remoção do veículo.”

198- Diante da placa R-10, posicionada em um cruza­


mento, um condutor entende que é proibido

a) o trânsito de qualquer veiculo automotor.


b) acender os faróis.
c) o trânsito apenas de automóveis.
d) estacionar.
e) parar e estacionar.

A placa significa proibido trânsito de veicuios automotores. Ver resolução


n° 160/04. ítem 1.1.4. Caso o condutor transite em local proibido, estará
incorrendo na infração do artigo 187 do CTB, que é de natureza média e
penalidade de multa. Veja o dispositivo:
“Art. Transitar em iocais e horários não permitidos peia regulamentação
estabelecida pela autoridade competente:
I. para todos os tipos de veicuios:
Infração -média;
Penalidade -multa.3’

199- As infrações de trânsito são classificadas, segundo a gravidade, em


a) grupos I, II, III e IV.

Leandro Macedo 258


Prova 26 - Técnico judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRT-BA/FCC/2003

b) leves, médias, graves e gravíssimas.


c) .leves, graves e muito graves.
d) leves, médias e graves.
e) leves, graves e crimes de trânsito.

Classificação prevista no artigo 258 do CTB.

200- A sinalização vertical de advertência tem por finalidade


a) indicar a existência de serviços de apoio.
bí informar aos usuários das proibições, obrigações ou restrições no uso
das vias.
c) alertar aos usuários da via para condições potencialmente perigosas.
d) alertar aos usuários da existência de radares para controle de veloci­
dade na via.
e) educar condutores e pedestres quanto ao seu comportamento no
trânsito.

Cópia do item 1.2. da resolução n° 160/04.

201- A sinalização semafóríca pode ser de


a} indicação, apenas.
b) regulamentação e de indicação.
c) regulamentação, apenas.
d) indicação e de advertência.
e) regulamentação e de advertência.

Esta classificação está prevista no item 4 da resolução n° 160/04.

202- O estacionamento de veículos sobre o passeio é


a) proibido em qualquer situação.
b) permitido apenas para embarque e desembarque de autoridades.
c) permitido apenas para embarque e desembarque de passageiros.
d) permitido apenas para carga e descarga de mercadorias.
e) permitido apenas em frente a escolas para embarque e desembarque
de alunos.

259 Legisiação de Trânsito


Provas Comentadas

É infração prevista no artigo 181, inciso VIII do CTB, que não menciona
qualquer exceção. Veja abaixo:
“Art. 181. Estacionar o veiculo:
VIII. no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre cídovía ou cicio­
faixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao iado ou sobre canteiros centrais,
divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou
jardim público:
Infração -grave;
Penalidade -multa;
Medida administrativa -remoção do veículo.”

203- A conversão à direita em um cruzamento com semáforo é permitida


a) sempre.
b) em qualquer situação, desde que não haja faixa para travessia de
pedestres.
c) apenas na luz verde.
d) em qualquer situação, desde que não haja conflito com veículos e
pedestres.
e) em qualquer situação, mas apenas no período noturno.

Há uma série de variantes para a situação apresentada. Sendo assim, pela


análise das alternativas, fica cíaro que, em primeiro lugar, independentemen­
te de qualquer variante, não é permitido avançar sinal vermelho do semáforo
para realizar uma conversão. Ocorrerá a infração prevista no artigo 208 do
CTB (avanço de smal vermelho, mfração de natureza gravíssima). Além
disso, deve-se observar se a conversão é permitida, para que não responda
por uma infração de natureza grave por força do artigo 207 do CTB.

204- O prazo máximo previsto na legislação para que a autoridade de trânsito


proceda à expedição da notificação de uma infração de trânsito é
a) 90 dias.
b) 60 dias.
c) 50 dias.
d) 40 dias.
e) 30 dias.

Leandro Macedo 260


Prova 26 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRT-BA/FCC/2003

Ver artigo 281, parágrafo único, inciso II do CTB, conforme já mencionado,


e também artigo 3o da resolução n° 149/03.

205- Quando um proprietário de veículo muda de domicílio, a responsabili­


dade pela atualização do endereço perante o Detran é
a) do próprio Detran.
b) do proprietário no prazo máximo de trinta dias.
c) da Prefeitura Municipal.
d) do proprietário no prazo máximo de sessenta dias.
e) do proprietário, mas sem prazo estabelecido.

Prazo previsto no § 2o do artigo 123 do CTB. Caso não o faça, o proprie­


tário cometerá a infração do artigo 241 do CTB, que é de natureza leve e
penalidade de multa.

206™ Um condutor está dirigindo na faixa da esquerda de uma via com três
faixas de tráfego, no limite da velocidade regulamentada. Apesar da ve­
locidade, ele percebe um outro veículo que o segue piscando os faróis,
pedindo passagem. Nessa situação, deve-se
a) anotar a placa do outro veículo e informar à autoridade de trânsito.
b) acelerar para não permitir a ultrapassagem.
c) sinalizar para que o outro veículo faça a ultrapassagem pela sua di­
reita.
d) continuar o trajeto normalmente, pois já está no limite da veloci­
dade.
e) sinalizar, mudar de faixa e permitir a ultrapassagem.

Caso não cumpra o estabelecido na opção £, o condutor cometerá infração


prevista no artigo 198 do CTB, que é de natureza média e penalidade de
multa. A conduta é a de dar passagem, na situação descrita, independente
das velocidades imprimidas. Veja o dispositivo abaixo, que não nos dá
exciudente alguma:
“A rt 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitado:
Infração -média;
Penalidade -multa.”

261 legísiação de Trânsito


Provas Comentadas

Gabarito

196. B
197. D
198. A
199. B
200. C
201. E
202. A
203. C
204. E
205. B
206. E

Leandro Macedo 262


Prova 27
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRF da 5a Região/FCC/2003

186- Diante de uraa placa R-23, um condutor deve

a) conservar o seu veículo à direita da pista.


b) fazer a conversão à direita,
c) permitir a ultrapassagem de outros veículos.
d) parar o veículo para fiscalização.
e) conservar o seu veiculo à esquerda da pista.

Questão de acordo com a resoiuçao n° 160/04, item 1.1.4.

Diante de uma placa A-40, um condutor entende que


adiante há

a) uma porteira para acesso à propriedade particular.


b) um trecho de via interditado.
c) obras na pista.
d) uma passagem de nível com barreira.
e) uma rua sem saída.

Mais uma questão relativa à resolução n° 160/04, agora cobrando o item 1.2.3.

188- A seqüência de cores em um foco semafóríco destinado á travessia de


pedestres é
a) vermelho, verde, verde-píscante e vermelho-piscante.
b) vermelho, verde e amarelo.
c) vermelho, verde e amarelo-piscante.
d) vermelho, verde e verde-piscante.
e) vermelho, verde e vermelho-piscante.

As cores estão previstas na resolução n° 160/04, no item 4.1.2., “a”.

263
Provas Comentadas

189- Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, as vias urbanas são classifica­


das em
a) vias expressas, arteriais I, arteriais II, coletoras e locais.
b) vias expressas, coletoras e locais.
c) vias de trânsito rápido, arteriais, coletoras e locais.
d) comerciais e residenciais.
e) principais e secundárias.

À classificação das vias urbanas está prevista no artigo 60, inciso I do CTB,
que subdivide as vias abertas â circulação em vias rurais e urbanas. Veja as
classificações abaixo:
“Art. 60. Às vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização, classi-
íicam-se em:
I. vias urbanas:
a) via de trânsito rápido;
b) via arterial;
c) via coletora;
d) via local;
II. vias rurais:
a) rodovias;
b) estradas.”

190- A velocidade máxima permitida para os automóveis em uma rodovia,


quando não houver sinalização específica, é
a) 80 km/h.
b) 90 km/h.
c) 100 km/h.
d) 110 km/h.
e) 120 km/h.

Sempre que não houver sinalização, a velocidade nas vias abertas á circu­
lação será a estabelecida no artigo 61, § I o, incisos I e II do CTB. Lembran­
do que, assim como os automóveis, as camionetas e motocicletas também
respeitarão a velocidade máxima de 110 km/h.

Leandro Macedo 264


Prova 27 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRF da 5a Região/FCC/2003

191- Transitar pela contramão de direção em uma vía com sentido único de
circulação representa uma infração
a) leve.
b) média.
c) grave.
d) muito grave.
e) gravíssima.

Conforme o artigo 186, inciso II do CTB, a infração exposta na questão é


de natureza gravíssima e penalidade de multa. Veja que se o trânsito, em­
bora na contramão, fosse feito em vias com dupio sentido, a infração seria
de natureza grave, de acordo com o artigo 186,1 do CTB.

192- A suspensão do direito de dirigir será aplicada ao condutor que atingir


o total de
a) 30 pontos,
b) 25 pontos.
c) 20 pontos.
d) 18 pontos.
e) 15 pontos.

Além de outros casos, a suspensão se dará quando o infrator atingir 20


pontos, conforme a previsão do artigo261, § I odo CTB. Veja o dispositivo
abaixo:
“Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será aplicada,
nos casos previstos neste Código, pelo prazo mínimo de um mês até o má­
ximo de um ano e, no caso de reincidência no período de doze meses, pelo
prazo mínimo de seis meses até o máximo de dois anos, segundo critérios
estabelecidos pelo CONTRAN.
§ I oAlém dos casos previstos em outros artigos deste Código e excetuados
aqueles especificados no art. 263, a suspensão do direito de dirigir será
aplicada sempre que o infrator atingir a contagem de vinte pontos, prevista
no art. 259.”

265 Legislação de Trânsito

I
Provas Comentadas

193- No caso de venda de um veículo, o prazo máximo para a transferência de


propriedade perante o órgão de trânsito (Detran) é
a) 15 dias.
b) 30 dias.
c) 45 dias.
d) 60 dias.
e) 90 dias.

A questão cobrou do candidato a memorização de prazo para transferên­


cia de propriedade e abordou os artigos 123,1,134 e 273, todos do CTB.

"Art. 123. Será obrigatória á expedição de novo Certificado de Registro de


Veicuio quando:

I. for transferida a propriedade;


II. o proprietário mudar o Município de domicílio ou residência;
. III. for alterada qualquer característica do veículo; :
IV. houver mudança de categoria.
§ I o No caso de transferência de propriedade, o prazo para o proprietário
adotar as providências necessárias à efetivação da expedição do novo Cer­
tificado de Registro de Veiculo é de trinta dias, sendo que nos demais casos
as providências deverão ser imediatas.”
"Art. 134. No caso de transferência de propriedade, o proprietário antigo
deverá encaminhar ao órgão executivo de trânsito do Estado, dentro de
um prazo de trinta dias, cópia autenticada do comprovante de transferên­
cia de propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se
responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suas reinci­
dências até a data da comunicação”
“Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-á mediante
recibo, além dos casos previstos neste Código, quando:
I. houver suspeita de mautentiddade ou adulteração;
II. se, alienado o veiculo, não for transferida sua propriedade no prazo
de trinta dias.”

Leandro Macedo 266


Prova 27 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRF da 5* Região/FCC/2003

194- O uso do cinto de segurança por um passageiro adulto no banco trasei­


ro de um automóvel é
a) obrigatório era qualquer situação.
b) opcional.
c) obrigatório nas rodovias e opcional nas cidades.
d) obrigatório nas cidades e opcional nas rodovias.
e) obrigatório, desde que o cinto seja do tipo “3 pontos”.

O uso do cinto de segurança é sempre obrigatório, salvo nos casos regula­


mentados peio CONTRAN; o que modifica é como ele será, se de 2 ou 3
pontos, conforme prevê a resolução n° 48/98. A infração peia falta de cinto
de segurança no caso de adulto é a prevista no artigo 167 do CTB, que é de
natureza grave, penalidade de multa e medida administrativa de retenção
até a colocação do cinto pelo infrator.

195- Um condutor verifica, antes de iniciar uma viagem, que os pneus do seu
veículo estão desgastados. Nessa situação, a atitude correta é
a} realizar a viagem, porém com velocidade reduzida.
b) providenciar a substituição dos pneus antes da viagem.
c) passar antes pelo borracheiro para “riscar” os pneus.
d) realizar a viagem, porém utilizando uma pressão menor nos pneus.
e) realizar a viagem, porém utilizando uma pressão maior nos pneus.

Trazendo a questão para o CTB, poderemos fundamentá-la no artigo 27,


que diz que antes de colocar o veículo em circulação o condutor deverá
verificar suas condições. Veja também a resolução n° 14/98, artigo I o, inci­
so I, item 18. Caso não tome as providências antes de realizar a viagem, o
condutor pode responder por equipamento obrigatório ineficiente (pneu
careca), por força do artigo 230, IX do CTB.

267 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Gabarito

186. A
187. D
188. E
189. C
190. D
191. E
192. C
193. B
194. A
195. B

Leandro Macedo
Prova 28
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
Tribunal de Justiça-DF/Cespe-UnB/2003

181- Considerando as normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) acer­


ca de habilitação, circulação e condução, assinale a opção correta.
a) Considere a seguinte situação.
Um pedestre, ao ingressar inadvertidamente em uma via pública,
próximo a cruzamento sem sinalização para a passagem de pedes­
tres, deu causa à colisão entre dois veiculos.
Nessa situação, à luz do CTB, nenhuma penalidade poderá ser im­
posta ao pedestre, em razão de a ele não se aplicar a legislação de
trânsito.
b) Considerando que, para o presente concurso, é exigido que o candi­
dato tenha carteira nacional de habilitação (CNH) de categoria C, D
ou E, é correto afirmar que o candidato portador de CNH de catego­
ria E poderá conduzir qualquer um dos veiculos correspondentes às
categorias de A a E.
c) Considerando que, para o presente concurso, é exigido que o can­
didato tenha CNH de categoria C, D ou E, é correto afirmar que, de
acordo com essa exigência, todos os candidatos ao concurso devem
ter 21 anos de idade e podem conduzir veiculo destinado ao trans­
porte de escolares.
d) Considere a seguinte situação.
Com o objetivo de impressionar seus amigos, um motorista utilizou
seu veiculo para, em via pública, realizar sucessivas manobras pe­
rigosas, consistentes em arrancadas bruscas, seguidas de frenagens
igualmente bruscas e de longas derrapagens.
Nessa situação, o motorista, mesmo que não tenha posto em risco a
vida de outras pessoas, cometeu infração gravíssima, sujeita a multa,
suspensão do direito de dirigir e apreensão do veiculo.
e) Como forma de garantir a integridade e a segurança da CNH, o CTB
permite que o condutor porte apenas a sua cópia, desde que esta te­
nha sua autenticidade devidamente reconhecida em cartório.

269
Provas Comentadas

Alternativa A: Errada. Ao pedestre se aplica sim a legislação de trânsito.


Ver artigos 3o (“às pessoas nele expressamente mencionadas” - pedestre,
por exemplo), 26, inciso I, e 254, inciso III, todos do CTB.
Alternativa B: Errada. Não abrange a categoria A. Ver ANEXO I da reso­
lução n° 168/04.
Alternativa C: Errada. O candidato habilitado na categoria C não necessita
possuir 21 anos, além de não poder conduzir veiculo destinado ao trans­
porte de escolares. Ver artígo 143, § Io, e 138, inciso II do CTB.
Alternativa D: Certa. O motorista cometeu a infração prevista no artígo 175.
Alternativa E: Errada. Na época do concurso, a resolução que tratava do
assunto era a de n° 13/98, que se encontra revogada hoje pela de n° 205.
Mas a regra quanto ao porte da CNH foi mantida: exclusivamente no ori­
ginal. Ver artígo Ioda resolução n° 205/06, além dos artigos 133 e 159, § 1°,
ambos do CTB.

182- Na figura ao lado, é representa­


do um conjunto de trechos de
vias, identificados pelos núme­
ros de 1 a 6. Nelas, as setas in­
dicam o sentido de circulação,
e as faixas de trânsito da via
número 4 passam sobre a via
número 1, formando um viaduto. Acerca da circulação de veículos auto­
motores apenas nos trechos de vias indicados, assinale a opção correta.
a) Ao trafegar na via número 1, o condutor será obrigado a dar a prefe­
rência de passagem apenas em um dos pontos da via.
b) Em nenhuma hipótese, os condutores que trafegarem na vía número
4 poderão mudar de faixa de trânsito,
c) No conjunto de trechos de vias mostrado, há exatamente quatro pon­
tos em que os condutores de veículos automotores são obrigados a
dar preferência de passagem.
d) Ligados por um trecho da via número 1, os trechos de nú­
meros 3 e 5 formam o que é conhecido como rotatória ou
interseção em circulo, comumente assinalada com a placa
ao iado.
e) Ao lado, è reproduzida a placa de regulamentação Duplo
Sentido de Circulação, que corresponde à situação exem­
plificada pela via de número 4.

Leandro Macedo 270


Prova 28 - Técnico Judiciáno/Ârea: Segurança e Transporte/TJ-DF/Cespe-UnB/2003

Alternativa A\Errada. Se a vias são desprovidas de sinalização, e como não


há rodovia ou rotatória na figura mencionada, vale a norma de circulação
prevista no artigo 29, inciso III, aiínea “c”: terá preferência de passagem o
veiculo que vier pela direita do condutor. Assim, o condutor que estiver
trafegando pela via 1 deverá dar preferência aos condutores das vias 3 e 6.
Alternativa B: Achei o item confuso. Considerando que a linha desenhada
na via 4 é do tipo contínua, realmente não há íocais para mudança de faixa,
apenas para sair da via. Porém, de acordo com o gabarito oficial, existe sim,
pelo menos, algum locai para mudar de faixa de trânsito. Imagino que o
examinador tentou averiguar a percepção do candidato quanto ao percurso.
Alternativa C: Certa. De acordo com a norma de circulação mencionada
na alternativa A, são quatro os pontos nos quais os condutores devem dar
a preferência: nas interseções das vias 1 e 3; 1 e 6; 4 e 2; e 5 e 4.
Alternativa D: Errada. A configuração das vias não caracteriza necessaria­
mente uma rotatória. Entendo que o examinador deveria especificar, uma
vez que não temos uma definição do que seria uma rotatória no CTB, mas
eie quis confundir o candidato. Quanto â sinalização, existem duas placas
muito parecidas, sendo que uma é de regulamentação e a outra de adver­
tência. A de regulamentação se refere ao sentido de circulação na rotatória
(placa R-33, constante no item 1.1.4 da resolução n° 160), que é diferente
da placa ilustrada na questão, que é de advertência, e significa interseção
em circulo (placa A-12, item 1.2.3 da resolução n° 160).
Alternativa E: Errada. A placa ilustrada (A-25) significa mão dupla adiante.
Ver resolução n° 160, item 1.2.3. Duplo sentido seria a placa abaixo:

183- Os fragmentos de texto dos itens a seguir compõem um texto completo,


que relata uma sucessão de eventos hipotéticos, que podem constituir
infrações de trânsito.
L Daniel* devidamente habilitado, era motorista e proprietário de
um microônibus com capacidade para vinte passageiros. Certa
ocasião, Daniel, desejando descansar por alguns dias, afastou-se
de sua atividade de motorista e incubiu seu irmão, Charles, porta­
dor de CNH de categoria C, de conduzir o referido veiculo durante
o período de afastamento.

271 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

II. Charles, na condução do microônibus, envolveu-se em um acidente de


trânsito que, embora tenha sido de pouca gravidade, causou ferimen­
tos em um pedestre. Essencialmente, o acidente foi causado pelo fato
de que Charles, ao aproximar-se de determinado ponto e realizar uma
conversão, descuidou-se e não sinalizou que faria a conversão.
III. Imediatamente após o acidente, Charles prestou os primeiros so­
corros ao pedestre e solicitou atendimento médico especializado.
IV. Tendo percebido que não acionara a luz indicadora (seta) de seu
veículo, Charles dirigiu-se rapidamente ao microônibus e acionou
a luz indicadora, de modo que ela passasse a indicar a direção da
conversão efetivamente realizada.
V. Após isso, Charles, enquanto aguardava a chegada de uma autori­
dade de trânsito, providenciou a retirada do veículo da via pública
para evitar que este atrapalhasse o tráfego.
Com relação aos eventos apresentados nos itens acima constituírem in­
frações de trânsito, assinale a opção correta.
a) Na situação I, não houve o cometimento de nenhuma infração de
trânsito, tendo em vista que a habilitação de Charles é compatível
com o tipo de veiculo de propriedade de Daniel.
b) Na situação II, Charles cometeu uma infração gravíssima ao não
acionar a luz indicadora de direção.
c) Embora tenha agido de modo acertado na situação III, na situação
IV Charles cometeu uma infração grave, quando alterou um dos ele­
mentos do local da ocorrência do acidente.
d) Na situação V, foi louvável a intenção de Charles quanto ao fluxo do
tráfego; entretanto, apesar disso, ele cometeu infração de trânsito.
e) Em face do principio da excludêncía — multa maior elimina multa
menor —, Charles será apenado somente com uma multa, corres­
pondente a uma infração de natureza gravíssima.

Alternativa A: Errada. Houve o cometimento das infrações previstas nos


artigos Í62, inciso III, e 164, na referência ao inciso III do artigo 162, já
que para conduzir o referido veiculo é necessária habilitação na categoria
D. Ver artigo 143, inciso IV.
Alternativa B: Errada. À infração é grave; ver artigo 196 do CTB.
Alternativa C: Errada. Charles cometeu a infração prevista no artigo 176,
inciso III, que é gravíssima. A atitude configura amda crime de trânsito
previsto no artigo 312 do CTB, se configurada a intenção de prejudicar a
administração da justiça.
Alternativa D: Certa. Ele cometeu a infração citada na alternativa anterior.
Se após o acidente a posição do veiculo configurasse perigo para o trânsito

Leandro Macedo 272


Prova 28 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TJ-DF/Cespe-UnB/2003

no local, aí sim Charles deveria adotar providências, podendo fazê-lo, para


evitar o perigo, e isto não seria caracterizado como infração, pois se não
o fizesse, estaria infringindo o previsto no artigo 176, inciso II do CTB.
Então podemos inferir do exposto que a necessidade de preservar o locai
está amparada por três excludentes: a necessidade de prestar socorro e
evitar perigo, ou quando determinado por um agente de trânsito.
Alternativa E: Errada. As infrações cometidas são cumulativas. Ver artígo
266 do CTB.

184- Considerando as determinações do CTB e as resoluções do Conselho


Nacional de Trânsito (CONTRAN), assinale a opção correta.
a) Como forma de proteger os passageiros, o CTB proíbe que estes se­
jam transportados, em qualquer hipótese, em veículos destinados ao
transporte de cargas.
b) Aparelhos automotores destinados a puxar ou arrastar maquinaria
de qualquer natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de constru­
ção ou pavimentação não serão submetidos a registro e licenciamen­
to, mesmo que lhes seia facultado trafegar nas vias.
c) Em razão da fragilidade das crianças, não se admite a hipótese de
que as menores de dez anos de idade sejam transportadas nos bancos
dianteiros dos veicuios automotores.
d) Com o objetivo de evitar interferências no funcionamento dos rada­
res, o CONTRAN veda expressamente que os condutores de veicuios
automotores mantenham o farol baixo de seus veicuios aceso duran­
te o dia, em rodovias.
e) De acordo com resolução do CONTRAN, em caminhões, ônibus e
microônibus, será facultativo o uso de espelho retrovisor interno,
quando tais veículos portarem espelhos retrovisores externos es­
querdo e direito.

Alternativa A: Errada. Existe exceção para essa regra, conforme prevê o


CTB em seu artígo 108 e a resolução n° 82/98. O que é terminantemente
proibido segundo o artígo 6o da mencionada resolução é o transporte de
passageiros em veículos de carga denominados "basculantes” ou “boiadei-
ros”, questão cobrada com bastante freqüência em concursos. Veja comen­
tário da questão 105.
Alternativa B: Errada. Se lhe é facultado transitar nas vias, estará sujeito ao
registro e licenciamento na repartição competente, devendo receber nu­
meração especial. Ver artígo 115, § 4o do CTB.
Alternativa C: Errada. Existe exceção para o artigo 64 do CTB, e as exceções
que o CONTRAN regulamentou foram os casos que a resolução n° 15/98

273 Legislaçao de Trânsito


Provas Comentadas

nos trouxe, a exempio da alternativa A, tema muito abordado em questões


de concurso. Veja comentário à questão 102.
Alternativa D: Errada. Taí proibição não existe. Pelo contrário, a resolução
n° 18/98 recomenda o uso, nas rodovias, de farol baixo aceso durante o dia.
Alternativa E: Certa. Questão de acordo com a resolução n° 43/98, que
alterou a 14/98.

185- Os equipamentos obrigatórios para que veículos automotores possam


circular em vias públicas incluem
a) amortecedores — dianteiros e traseiros — e pala interna de proteção
contra o Sol (pára-sol) para o condutor.
b) lâmpada de iluminação interna e chave de roda.
c) chave de roda e limpador de pára-brisa.
d) lâmpada de iluminação interna e pala interna de proteção contra o
Soi (pára-sol) para o condutor.
e) amortecedores — dianteiros e traseiros — e limpador de pára-brisa.

Questão sobre a resolução n° 14/98, artigo Io, inciso I . :


Antes de analisarmos a questão, faz-se necessário definirmos do que é
constituído um veiculo. Na constituição de veículo encontramos sua par­
tes essenciais (ligadas aos preceitos de construção veicular, relacionados a
itens de segurança do veículo, como amortecedores, por exemplo), equi­
pamentos obrigatórios (determinados pelo CONTRAN) e os acessórios
de veículos (que é uma deliberação do proprietário do veiculo, como som,
por exemplo). Veja questão 324.
Alternativa A: Errada. Amortecedores não são equipamentos obrigatórios
e sim parte essencial. A paia interna para o condutor sim, item 6.
Alternativa B: Errada. Lâmpada de iluminação também não é item
obrigatório; é acessório. Chave de roda sim, item 26.
Alternativa C: Certa. Itens 26 e 4.
Alternativa D: Errada. O primeiro item não, e o segundo sim, como já
comentado.
Alternativa E: Errada. O primeiro item não, e o segundo sim, como já co­
mentado.

Gabarito

181. D 183. D 185. C


182. C 184. Errado

Leandro Macedo 274


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1
Prova 29
w-

Técnico em Transportes/BHTRANS/
Fumarc/2003

166- Nos termos do Código de Trânsito Brasileiro, incluem-se entre as vias


terrestres, EXCETO;
a) ruas, avenidas.
b) rodovias.
c) logradouros, caminhos.
d) praias não abertas à circulação pública.

Ver artigo 2o e seu parágrafo único do CTB. Consideram-se também


vias terrestres as praias abertas à circulação. Veja o conteúdo do artigo
2° do CTB:
“Art. 2o, São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logra­
douros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu
uso regulamentado peio órgão ou entidade com circunscrição sobre elas,
de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terres­
tres as praias abertas â circulação pública e as vias internas pertencentes
aos condomínios constituídos por unidades autônomas."

167- São atribuições do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, EX­


CETO:
a) Coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, objetivando a
integração de suas atividades.
b) D irim ir conflitos sobre círcunscrição e competência de trânsito no
âmbito dos Municípios.
c) Aprovar os dispositivos de sinalização e os dispositivos e equipa­
mentos de trânsito.
d) Estabelecer as diretrizes da Política Nacional de Trânsito.

A única alternativa que não se refere a uma competência do CONTRAN


é a “B” que faz menção a uma atribuição do CETRAN/CONTRANDIFE,

275
Provas Comentadas

prevista no artigo 14, inciso IX. As alternativas A, C e D estão de acordo


com o artígo 12, incisos II, XI e I, respectivamente, que trata das atribui­
ções do CONTRAN. Quando se fala em competências, é importante sem-
pre reparar em que âmbito está se tratando, desse modo ficará mais fácil
memorizar as competências e resolver as questões. Sempre que o candida­
to se deparar com a palavra “nacional” é importante que ele perceba que
provavelmente estará envolvida uma atribuição do CONTRAN, uma vez
que a palavra nacional dá ídéia de padronização do SNT, que é conseguida
através de normas do CONTRAN. Veja quadro comparativo das compe­
tências do CONTRAN e CETRAN:

Art. 12 - CONTRAN Art. 14- CETRAN/CONTRANDIFE


I - estabelecer normas deste código; II - elaborar normas no âmbito de sua
competência;
II - coordenar os órgãos do SNT; V - JULGAR:
a) recurso contra decisão das TARI;
b) recurso por maptidão permanente
nos exames de aptidão física, men­
tal e psicológica contra decisão dos
DETRANS.
IV - criar câmaras temáticas; VI - mdicar representante para com­
por comissão examinadora de candi­
datos portadores de deficiência física
â habilitação para conduzir veicuios
automotores;
V e VI - estabelecer seu regimento inter­ VIII - coordenar órgãos no estado e
no eas diretrizes para funcionamento do reportar-se ao CONTRAN;
CETRAN e CONTRANDIFE e jARI;
XI - aprovar dispositivos de sinaliza­ IX - dirimir conflitos sobre competên­
ção; cia no âmbito municipal;
XII - apreciar recursos interpostos contra XI - designar junta especial no caso
as decisões de instâncias inferiores, na de deferir V, b.
forma deste código;
XIII - avocar processos sobre conflitos
de competências;
XIV - dirimir conflitos sobre competên­
cia no âmbito da U, E e DF.

Leandro Macedo 276


Prova 29 - Técnico em Transportes/BHTRANS/Fumarc/2003

168- Com base nas normas gerais de circulação e conduta, é correto afirmar,
EXCETO:
a) A circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exce­
ções devidamente sinalizadas.
b) O condutor não poderá efetuar ultrapassagem nas interseções e suas
proximidades.
c) A operação de carga ou descarga não é considerada estacionamento.
d) Nas vias não iluminadas, o condutor deve usar luz alta, exceto ao
cruzar com outro veículo ou ao segui-lo.

A alternativa "C” está em desacordo com o estabelecido no artigo 47, pará­


grafo único do CTB. As normas das alternativas A, B e D estão, na seqüência,
nos artigos 29, inciso I, 33 e 40, inciso II.

169- No que se refere á circulação de pedestres na pista de rolamento, serão


observadas as seguintes disposições, EXCETO:
a) Nas interseções e em suas proximidades, onde não existam faixas
de travessia, os pedestres devem atravessar a via na continuação da
calçada.
b) Onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via deverá ser
feito em sentido perpendicular ao de seu eixo.
c) Os pedestres terão prioridade de passagem mesmo que não tenham
iniciado a travessia e haja mudança do semáforo liberando a passa­
gem dos veículos.
d) Os pedestres deverão utilizar as faixas ou passagens a eles destina­
das, sempre que estas existirem numa distância de até cinqüenta me­
tros deles.

A alternativa “C” vai de encontro ao artigo 70, parágrafo único do CTB;


a previsão é relativa aos pedestres que não tenham terminado a travessia,
ao contrário do que menciona a questão. As disposições das alternativas
A, B e D estão, respectivamente, nos artigos 69, inciso III, 69, inciso I e 69,
caput. Veja questões 02, item III e 43, b e c. Veja o artigo 69 na integra;
"Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará precauções de
segurança, levando em conta, principalmente, a visibilidade, a distância e
a velocidade dos veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele
destinadas sempre que estas existirem numa distância de até cinqüenta
metros dele, observadas as seguintes disposições:

277 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

I. onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via deverá ser


feito em sentido perpendicular ao de seu eixo;
II. para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou delimita­
da por marcas sobre a pista:
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das luzes;
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o semáforo ou o
agente de trânsito interrompa o fluxo de veículos.
III. nas interseções e em suas proximidades, onde não existam faixas de
travessia, os pedestres devem atravessar a vía na continuação da cal­
çada, observadas as seguintes normas:
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de que podem
fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos;
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres não deverão
aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar sobre ela sem neces­
sidade.”

170- O direito de solicitar aos órgãos ou entidades do Sistema Nacional de


Trânsito sinalização, fiscalização e implantação de equipamentos de
segurança, bem como de sugerir alterações em normas relativas a trân­
sito, é assegurado:
a) apenas a agentes públicos.
b) apenas a entidades públicas.
c) apenas a autoridades de trânsito.
d) a todo cidadão ou entidade civil.

Questão elaborada com base no artigo 72 do CTB. Veja a questão 145 aci­
ma. Veja na íntegra o capítulo que trata do cidadão:
“Capítulo V -Do Cidadão:
Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de solicitar, por escrito,
aos órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito, sinalização, fisca­
lização e implantação de equipamentos de segurança, bem como sugerir al­
terações em normas, legislação e outros assuntos pertinentes a este Código.
Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trân­
sito têm o dever de analisar as solicitações e responder, por escrito, dentro
de prazos mínimos, sobre a possibilidade ou não de atendimento, esclare­
cendo ou justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao
solicitante quando tal evento ocorrerá.

Leandro Macedo 278


Prova 29 - Técnico em Transportes/BHTRANS/Fumarc/2003

Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer quais as atri­


buições dos órgãos e entidades pertencentes ao Sistema Nacional de Trân­
sito e como proceder a tais solicitações"

171- No que se refere â sinalização de trânsito, è correto afirmar, EXCETO:


a) Os sinais de trânsito classificam-se em: verticais, horizontais, dispo­
sitivos de sinalização auxiliar, luminosos, sonoros e gestos do agente
de trânsito e do condutor.
b) Ê facultativa a identificação das entradas e saídas dos locais destina­
dos a postos de gasolina, oficinas, estacionamentos ou garagens de
uso coletivo.
c) A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência: as ordens do
agente de trânsito, sobre as normas de circulação e outros sinais; as
indicações do semáforo, sobre os demais sinais; as indicações dos
sinais, sobre as demais normas de trânsito.
d) É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e respectivos suportes,
ou junto a ambos, qualquer tipo de publicidade, inscrições, legendas e
símbolos que não se relacionem com a mensagem da sinalização.

Não existe faculdade para a identificação mencionada, mas ela deve existir.
Ver artigo 86 do CTB, que foi regulamentado pela resolução n° 38/98, Às al­
ternativas A, C e D estão de acordo com os artigos 87,89 e 82, na seqüência.
A questão abordou assuntos cobrados com bastante freqüência em provas,
como a prevalência entre sinalização. Veja comentário da questão 100.

172- Constitui infração gravíssima, punível com multa (cinco vezes) e apreen­
são do veículo:
a) Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão
para Dirigir cassada ou com suspensão do direito de dirigir.
b) Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança,
c) Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança.
d) Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias.

Item A: Item de acordo com o previsto no artigo 162, inciso II do CTB.


Item B: Artigo 167 - grave, com retenção do veículo até colocação do cinto
pelo infrator.
Item C: Artigo 169 - leve.
Item D: Artigo 172 - média.

279 Legislação de Transito


Provas Comentadas

173- As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com sua gra­
vidade, nas categorias abaixo mencionadas, em relação ás quais são
computados os seguintes números de pontos, EXCETO:
a) gravíssima ~ sete pontos.
b) grave - seis pontos,
c) média - quatro pontos.
d) leve - três pontos.

São cinco pontos. Ver artígo 259, inciso II do CTB.


Gravíssima: 7 pontos;'
Grave: 5 pontos;
Média:4 pontos;
Leve: 3 pontos.

174- No que se refere à imposição de penalidades, é correto afirmar, EXCE­


TO:
a) A responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na
direção do veículo caberá ao condutor.
b) A aplicação das penalidades previstas no Código de Trânsito Brasi­
leiro não afasta as punições originárias de ilícitos penais decorrentes
de crimes de trânsito, conforme disposições de lei.
c) São previstas no Código de Trânsito Brasileiro as penalidades de ad­
vertência por escrito, multa, suspensão do direito de dirigir, apreen­
são do veiculo, cassação da Carteira Nacional de Habilitação, cassa­
ção da Permissão para Dirigir e freqüência obrigatória em curso de
reciclagem.
d) Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infra­
ções, ser-lhe-á aplicada apenas a penalidade correspondente à infra­
ção de maior gravidade.

As penalidades são cumulativas de acordo com o artigo 266 do CTB. As


opções A, B e C estão expressas, respectivamente, nos artigos 257, § 3o,
256, §1°, e 256.

175- É INCORRETO afirmar que o recolhimento da Carteira Nacional de


Habilitação e da Permissão para Dirigir:
a) É uma das medidas administrativas previstas no Código de Trânsito
Brasileiro.

Leandro Macedo 280


Prova 29 - Técnico em Transportes/BHTRANS/Fumarc/2003

b) Ocorre mediante recibo.


c) B aplicável se, alienado o veiculo, não for transferida sua proprieda­
de no prazo de trinta dias.
d) Ocorre quando há suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.

A situação exposta na opção C seria o caso de recolhimento do Certificado


de registro e não da CNH, conforme prevê o artigo 273, inciso II do CTB.
A opção A está de acordo com o artigo 269, incisos III e IV, enquanto as
opções C e D, com o artigo 272. Veja os casos de recolhimento da CNH,
conforme o CTB:
“Art. 272.0 recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e da Permis­
são para Dirigir dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste
Código, quando houver suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.”
Perceba que tanto os documentos de habilitação quanto CRV e CRLV
podem ser recolhidos por suspeita de adulteração ou inautenticidade ou
quando vencidos, que o documento de habilitação é considerado vencido
após 30 dias da data expressa no documento, que o CRLV e tido como
vencido quando está em desacordo com o calendário de licenciamento do
veículo, o qual é montado levando-se em consideração o final de placa, e
por fim, que CRV vencido é aquele em que não foi transferida a proprieda­
de em 30 dias da data do fechamento do recibo de compra e venda.

São normas aplicáveis ao processo administrativo, EXCETO:


a) Quando ocorre infração prevista na legislação de trânsito, é lavrado
auto de infração.
b) Se o auto de infração for considerado inconsistente ou irregular, será
arquivado e seu registro julgado insubsístente.
c) No caso de penalidade de multa, esta poderá ser paga até a data do
vencimento expressa na notificação, por oitenta por cento do seu
valor.
d) Não é considerada válida a notificação devolvida por desatualização
do endereço do proprietário do veiculo.

Conforme está expresso no artigo 282, § Io, do CTB, será considerada váli­
da a notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietário.
As alternativas A, B e C, corretas, têm previsão legal nos artigos 280, 281,
parágrafo único, inciso I, e 284 do CTB.

281 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

177- O prazo para apresentação de recurso pelo responsável pela infração,


contado da data da notificação da penalidade, não será inferior a
a) trinta dias.
b) vinte dias.
c) quinze dias.
d) dez dias.

Prazo expresso no artigo 282, § 4° do CTB. Quanto a prazos em processos


administrativos de aplicação e penalidades, o candidato deve saber que em
regra eles são de 30 dias, havendo três exceções:
1} prazo para o autuado entrar com a defesa prévia e para apresentação do
real infrator é de 15 dias;
2} prazo para a autoridade de trânsito enviar o recurso a JARI é de 10 dias
úteis.
Sendo assim, a resposta correta é a alternativa A.

178- O Código de Trânsito Brasileiro determina o depósito mensal, na conta


de fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação de trân­
sito, do seguinte percentual do valor das multas de trânsito arrecada­
das:
a) 5%.
b) 10%.
c) 15%.
d) 20%.

A multa de trânsito, embora não tenha uma definição legai expressa no


CTB, pode ser definida como uma receita não tributária de arrecadação
vinculada, ou seja, tem destinação específica expressa em lei. Veja abaixo o
dispositivo que trata do assunto:
“Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será
aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenharia de tráfego, de cam­
po, policiamento, fiscalização e educação de trânsito.
Parágrafo único. O percentual de cinco por cento do valor das multas de
trânsito arrecadadas será depositado, mensaimente, na conta de fundo de
âmbito nacional destinado à segurança e educação de trânsito”
Com isso, a alternativa correta seria a letra A.

Leandro Macedo 282


Prova 29 - Técnico em Transportes/BHTRANS/Fumarc/2003

179- Considerados os conceitos e definições constantes do Anexo I do Códi­


go de Trânsito Brasileiro, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Ciclofaixa - parte da pista de rolamento destinada à circulação ex­
clusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica.
b) Conversão - movimento em ângulo, à esquerda ou à direita, de mu­
dança da direção originai do veiculo.
c) Passagem de nível - todo cruzamento de nivel entre uma via e uma
linha férrea ou trilho de bonde com pista própria.
d) Via arterial - aquela caracterizada por acessos especiais com trânsi­
to livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes
lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.

A definição apresentada na alternativa D foi referente à via de trânsito rá­


pido. A definição correta para via arterial, de acordo com o anexo I, seria
aquela caracterizada por interseções em nivel, geralmente controlada por
semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e
locais, possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade.

180-- Nos termos do já citado Anexo I, o obstáculo físico, colocado na pista de


rolamento, destinado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma inter­
seção, identifica-se como
a) acostamento.
b) ilha.
c) bordo da pista.
d) canteiro central.

Trata-se da definição de ilha extraída do anexo I.

283 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Gabarito

166. V
167. B
168. C
169. C
170. D
171. B
172. A
173. B
174. D
175. C
176. D
177. A
178. A
179. D
180. B

Leandro Macedo 284


Prova 30
Sargentos Combatentes da Polícia Militar - DF/
Cespe-UnB/2003

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB),

152- o tráfego de veiculos em uma via interna de um condomínio constitu­


ído por unidades autônomas é regulamentado pelas normas regimen­
tais do próprio condomínio, por tratar-se de propriedade privada.

De acordo com o parágrafo único do artigo 2o, as vias internas pertencen­


tes aos condomínios constituídos por unidades autônomas são considera­
das vias terrestres, E recorrendo ao artigo Io, caput: o trânsito de qualquer
natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação,
rege-se por este Código. Como para o CTB, tráfego é sinônimo de trânsito,
o que regulamenta o tráfego nas referidas vias é o próprio, não normas do
próprio condomínio, como mencionado na questão.

153- os prejuízos causados a um veículo automotor em razão da existência de


grande quantidade de buracos em uma rodovia federal resultantes da
falta de manutenção são responsabilidade de órgão ou entidade compo­
nente do Sistema Nacíonai de Trânsito (SNT).

Questão referente ao § 3o do artigo l u do CTB, de onde extraímos que os


órgãos e entidades componentes do Sistema Nacíonai de Trânsito respon­
dem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente por danos
causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução
e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercí­
cio do direito do trânsito seguro. Na verdade temos insculpido no CTB
uma reprodução do artigo 37, parágrafo 6o da Constituição, no qual ficou
expresso, que no que se refere á responsabilidade civil do Estado (pecu­
niária), este respondera objetivamente, sendo adotada a teoria do risco
do serviço (administrativo), ficando evidente que os cidadãos dividem os
ônus e bônus dos serviços prestados pelo estado, independentemente da
culpa ou dolo de quem efetivamente prestou o serviço.

285
Provas Comentadas

154- a PMDF, em ação relativa ao trânsito, cuidará prioritariamente da pro­


teção do patrimônio das pessoas, principalmente se veiculo oficial esti­
ver envolvido.

A prioridade das ações dos órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao


Sistema Nacional de Trânsito, que mcluí a PM dos Estados e do Distrito
Federai, está estabelecida no § 5o do artigo Io do CTB, que é a defesa* da
vida, neia incluída a preservação da saúde e do meio ambiente, e é diferen­
te do que a questão afirma. Além disso, independe o fato de um veiculo
oficial estar envolvido,-.

155- cada unidade da Federação tem dois representantes no Conselho Na­


cional de Trânsito (CONTRAN). No caso do Distrito Federal, eles re­
presentam a PMDF e o governo do DF.

0 CONTRAN é composto por representantes de oito ministério (alterado


peia Lei n° 11.705/08), mais o diretor do DENATRAN, conforme estabele­
cido no artigo 10 do CTB. Veja a composição do CONTRAN:
1 -Presidente - diretor do DENATRAN
2-Ministérío da lustiça
3-'Minísténo dos Transportes
4-Ministério da Saúde
5-Mimstérío do Meio Ambiente
6-Minístérío da Defesa
7-Ministério da Educação
8-Minísténo da Ciência e Tecnologia
9-Mimstério das Cidades

Em cada um dos itens seguintes, é apresentada uma situação hipotética re­


lativa a trânsito. Julgue se cada uma dessas situações está de acordo com as
normas gerais de circulação e conduta do CTB.

156- Em um dia chuvoso, Pedro dirigiu seu veículo por uma rodovia e sentiu
que o pneu dianteiro esquerdo do veícuio estava furado. Estacionou no
acostamento, trocou o pneu furado pelo reserva e, como o pneu substi­
tuído estava muito avariado, decidiu deixá-lo no próprio acostamento,
tomando o cuidado de não impedir a circulação na pista de rolamento.

Leandro Macedo 286


Prova 30 - Sargentos Combatentes da Poiícia Militar - DF/Cespe-UnB/2003

O fato de Pedro ter deixado o pneu avariado no acostamento - indepen­


dente de não impedir a circulação na pista de rolamento - não só fere uma
norma geral de circulação e conduta, como também constitui infração.
Ver artigos 26, incisos I e II, e 172, ambos do CTB, abaixo:
“Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias;
Infração -média;
Penalidade -muita.”

157- Antônio dirigiu seu veiculo por uma via urbana e, por alterar seu itine­
rário por outro mais longo que o original, consumiu todo o combustí­
vel do seu veículo, que foi estacionado em local apropriado.

O CTB expressamente prevê que o condutor deve se assegurar da existência


de combustível suficiente para chegar ao local de destino. Não importa se,
caso fique sem combustível, estacione em local apropriado, pois o fato gera­
dor da infração ocorre quando o combustível acaba antes de chegar ao des­
tino. Ver artigos 27 (norma de circulação e conduta) e 180 (infração quando
o combustível acaba) do CTB. Constitui infração de natureza média.

158- Miguel saiu da estrada que dá acesso à chácara de um amigo seu e, antes
de ingressar na rodovia para voltar à cidade em que reside, deu prefe­
rência a duas motocicletas que por lá passavam.

Miguel procedeu de acordo com o CTB, uma vez que o seu artigo 36 nos
dá seguinte informação:
“O condutor que for ingressar numa via, procedente de um lote lindeiro
a essa via, deverá dar preferência aos veicuios e pedestres que por ela
estejam transitando.”

159- Joaquim levou sua irm ã Joana para a faculdade em sua nova motocicle­
ta, equipada com carro lateral acoplado, sendo que apenas ele utilizava
capacete de segurança, haja vista a proteção adicional que esse equipa­
mento extra dá ao passageiro do veículo.

Condutor e passageiro de motocicleta - inclusive estando este em carro


lateral - devem utilizar capacete de segurança. Ver artigos 54, inciso I, 55,
inciso I, 244, mcisos I e II, do CTB, e artigo Io da resolução n° 203/06 (al­
terada pela 257/07 e 270/08). Veja comentário da questão 98.

287 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Os membros de uma família reuniram-se para um churrasco em uma pequena


chácara localizada na zona rural de um município brasileiro. Após beberem mui­
ta cerveja, José, filho do proprietário da chácara, e o chacareiro discutiram, cau­
sando uma grande confusão, que só terminou com a intervenção do proprietário,
que deu razão ao seu empregado e repreendeu publicamente o filho embriaga­
do. Completamente descontrolado, José, que é maior de idade e tem habilitação
para dirigir, conduziu seu próprio veículo pela estrada que dá acesso â chácara,
totalmente sem sinalização de trânsito, a 60 km/h. Já em via urbana de entrada
da cidade, igualmente sem sinalização e considerada de trânsito rápido, acelerou
para 100 km/h. Nesse momento, sentindo-se tonto, enjoado, freou bruscamente o
veículo e o parou com apenas’as rodas direitas no acostamento, abriu a porta do
veículo sem cautela alguma e correu para o matagal à direita da via.

Em face dessa situação hipotética, julgue os itens subseqüentes à luz do CTB.

160- José não excedeu a velocidade máxima permitida antes de alcançar a via
urbana.

José estava na velocidade máxima permitida em estradas não sinalizadas,


de acordo com o artigo 61, § Io, inciso II, alínea “b” dò CTB. Veja comen­
tário da questão 429.

161- José excedeu a velocidade máxima permitida em Yia urbana.

A velocidade máxima permitida seria de 80 km/h em vias de trânsito rápi­


do, conforme o artigo 61, § Io, inciso I, alínea “a” do CTB, Veja comentário
da questão 429.

162- A freada executada por José não constitui infração ao CTB, pois trata-
va-se de questão de segurança, haja vista o fato de ele sentir-se tonto e
enjoado.

A conduta de José está tipificada na norma de circulação expressa no ar­


tigo 42 do CTB. O fato de ele se sentir tonto e enjoado não pode ser aceito
como justificativa para ele frear bruscamente o veiculo em uma via de
trânsito rápido, dada a subjetividade do motivo.

163- Nas últimas três ações de José, ele cometeu pelo menos duas infrações
às normas do CTB.

Parar com apenas as rodas direitas no acostamento caracteriza estacionar


na pista de rolamento de via dotada de acostamento - artigo 181, inciso V

Leandro Macedo 288


Prova 30 - Sargentos Combatentes da Poiícla Militar - DF/Cespe-UnB/2003

do CTB. Além disso, abrir a porta sem cauteía alguma fere a norma esta­
belecida no artígo 49 do CTB.

164- José cometeu três infrações gravíssimas.

As três infrações gravíssimas são:


Ia: Artigo 165 do CTB - dirigir sob a influência de álcool.
2a: O artígo 218 do CTB em vigor na época previa infração gravíssima para
quando a velocidade fosse superior à máxima em mais de 20% em rodovias,
vias de trânsito rápido e arteriais. Hoje, com a nova redação dada ao artigo
pela Lei n°l 1.334/06, quando a velocidade for superior á máxima permitida
em mais de 20% e inferior a 50%, a infração é de natureza grave, conforme
o artigo 218, inciso II, do CTB. É de suma importância que se mencione que
tanto na redação anterior à lei quanto na posterior é imperioso que a veloci­
dade seja medida por instrumento ou equipamento hábil.
3a: Artígo 181, V - estacionar na pista de rolamento das estradas, das rodo­
vias, das vias de trânsito rápido e das vías dotadas de acostamento.

165- José cometeu crime de trânsito para o qual está estipulada pena de de­
tenção,

José cometeu o crime previsto no artigo 306 do CTB, uma vez que a
questão, embora não especifique a concentração de álcool por litro de
sangue, afirma que o condutor está embriagado. Desta forma, ainda que
dirigisse prudentemente, responderia pelo crime do artigo 306 do CTB,
que é um crime de perigo em abstrato, ou seja, com presunção absoluta de
perigo (a situação perigosa, hoje, é estar embriagado na direção), conforme
a Lei n° 11.705/08.

289 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Gabarito

152. Errado
153. Certo
154. Errado
155. Errado
156. Errado
157. Errado
158. Certo
159. Errado
160. Certo
161. Certo
162. Errado
163. Certo
164. Certo
165. Certo

Leandro Macedo 290


Prova 31
Curso de Formação de Cabos da
Polícia Militar - DF/Cespe-UnB/2003

Com relação ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT), julgue os itens a seguir.

137- Um dos objetivos do SNT é a fixação da padronização de critérios téc­


nicos, financeiros e administrativos para a execução das atividades de
trânsito.

Este é um dos objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito e está


eiencado no artigo 6o, inciso II do CTB. Quanto aos objetivos básicos, pre­
sentes no artigo 3o, entendo que a padronização é o mais difícil de ser
alcançado, uma vez que vivemos em um país com uma complexidade cul­
tural diversificada e com dimensões absurdas. É pertinente comentarmos
que estamos falando da padronização em uma estrutura extremamente
complexa, que é o SNT, em que temos órgãos e entidades na União, Esta­
dos, DF e Municípios, e que a forma mais rápida de fazer este complexo
trabalhar de forma padronizada é através de um fluxo permanente de in­
formações e de norma de âmbito nacional, que devem ser aplicadas por to­
dos os entes da federação, em detrimento da autonomia que estes detêm.

138- A PMDF é a única instituição policial militar das Unidades Federativas


a compor o SNT.

As Polícias Militares de todos os Estados e do Distrito Federal compõem o


Sistema Nacional de Trânsito. Ver artigo 7o, inciso VI do CTB.

139- No Distrito Federal (DF), compete à PMDF a coleta de dados estatísti­


cos e a elaboração de estudos relativos a acidentes de trânsito.

Esta não é uma competência estabelecida pelo CTB para as Polícias Mi­
litares dos Estados e do Distrito Federal - artigo 23; é uma competência
comum aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos estados e do Dis­
trito Federal - artigo 22, inciso IX - e dos Municípios ~ artigo 24, mciso
IV no âmbito de suas respectivas círcunscrições. Como no caso específico
do Distrito Federai seu órgão ou entidade executivos de trânsito exercem
cumulativamente as competências relativas a órgão ou entidade munici­
pal, caberá àquele realizar tais trabalhos. Ver artigo 24, § Io do CTB.

291
Provas Comentadas

Cada um dos itens abaixo apresenta uma situação hipotética de trânsito. Jul­
gue se cada uma dessas situações está em consonância com as normas gerais
de circulação e conduta do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

140- Em um dia chuvoso, um condutor dirige seu veículo à máxima velocida­


de permitida para a via, por um percurso superior a 1 km, mantendo dis­
tância de 1 m do veiculo que vai á frente, até que consegue ultrapassá-lo.
O referido condutor desobedeceu à norma de circulação prevista no artigo
29, inciso II. Existe ainda sanção para taí conduta de acordo com o artigo
192 do CTB, de natureza grave, uma vez que deixou de guardar distância
de segurança frontal. Perceba que esta distância de segurança é variável,
pois depende da velocidade, do peso do veiculo e das condições meteo­
rológicas, mas o examinador explicitou uma situação absurda para que o
candidato pudesse avaliar.

141- Um condutor dirige seu veiculo até chegar a uma rotatória não sina­
lizada, onde dá preferência de passagem para dois veiculos lentos que
circulam por ela.

O condutor obedeceu ao previsto no artigo 29, inciso III, alínea “b”. Há in­
fração prevista para o não-cumprimento desta norma no artigo 215, inciso
I, alínea “a” do CTB, de natureza grave. Ver questões 07,18, 63, 294.

142- João dirige seu veiculo por uma rodovia plana e tranqüila e, ao aproxi­
mar-se de um veiculo que trafega lentamente e seguindo trajetória tor­
tuosa, dá um toque breve na buzina para avisar ao condutor do veiculo
lento que vai ultrapassá-lo.

A conduta de João foi correta, já que ele se encontrava em uma rodovia, ou


seja, fora das áreas urbanas, e é possível utilizar buzina com este propósito
no referido iocal, conforme previsto no artigo 41, inciso II do CTB. Ver
também artigo 227 do CTB, que trata das infrações de buzina, todas de
natureza leve.

143- Pedro dirige seu veículo á noite por uma rodovia e vê, parada no acosta­
mento do outro lado da via, uma viatura da Polícia Rodoviária Federal;
com a intuição de que se trata de uma armadilha preparada por mar­
ginais, liga o písca-alerta e começa a sinalizar, com alternância de luz
alta e baixa, para os condutores de veiculos que trafegam em sentido
contrário, com a intenção de avisá-los.

Leandro Macedo 292


Prova 31 - Curso de Formaçao de Cabos da Policia Militar - DF/Cespe-UnB/2003

A intuição de Pedro não é motivo justo para a utilização das luzes do veículo
como mencionado. Dada a subjetividade do exposto, perceba que é possível,
sim, utilizar as luzes mencionadas em situação de emergência, porém a situ­
ação de emergência deve ser de caráter objetivo, ou seja possivei de ser com­
provada. Ver artigos 40, incisos III e V, e 251, ambos do CTB, que trata de
infrações de natureza média.

144- Alguns amigos, após obterem autorização expressa da confederação


desportiva municipal, organizaram, sem outras providências, uma cor­
rida de automóveis em que seria vencedora a equipe de pilotos que con­
seguisse dar mais voltas no percurso — formado por ruas e avenidas do
município — em menos tempo.

O que torna a questão errada é a expressão “sem outras providências”, uma


vez que apenas foi realizada uma das providências que devem ser ado­
tadas para competições: a que consta no inciso I do artigo 67. A questão
não fala sequer em permissão da autoridade de trânsito com circunscrição
sobre a via. Veja artigos 67 (condições), 174 (infrações administrativas) e
308 (crime de trânsito) do CTB, que tratam do assunto:
“Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus ensaios,
em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas mediante prévia
permissão da autoridade de trânsito com circunscríção sobre a via e de­
penderão de:
I. autorização expressa da respectiva confederação desportiva ou de
entidades estaduais a ela filiadas;
II. caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via;
III. contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de terceiros;
IV. prévio recolhimento do valor correspondente aos custos operacio­
nais em que o órgão ou entidade permissionána incorrerá.
Parágrafo unico. A autoridade com circunscrição sobre a vía arbitrará os
valores mínimos da caução ou fiança e do contrato de seguro.”
“Art. 174. Promover, na via, competição esportiva, eventos organizados,
exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles par­
ticipar, como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com cir-
cunscrição sobre a via:
Infração - gravíssima;

293 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Penalidade -multa (cinco vezes), suspensão do direito de dirigir e apreen­


são do veiculo;
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e re­
moção do veículo.
Parágrafo úmco. As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos con­
dutores participantes”
“Art. 308. Participar, na direção de veiculo automotor, em via pública, de
corrida, disputa ou competição automobilística não autorizada pela auto­
ridade competente, desde que resulte dano potencial â incolumidade pú­
blica ou privada:
Penas -detenção, de seis meses a dois anos, muita e suspensão ou proibição
de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor,”

Com relação aos direitos do cidadão no CTB, julgue o item que se segue.

145- Uma faixa de pedestres em determinada via pública próxima de sua re­
sidência em razão do elevado número de atropelamentos lá ocorridos,
então ele deverá fazê-lo, por escrito e exclusivamente, à PMDF, que terá
a obrigação de analisar a solicitação e de respondê-la, também por es­
crito, no prazo máximo de quinze dias úteis.

A solicitação poderá ocorrer sempre, pois se trata de um direito constitu­


cional estabelecido, o qual fora reproduzido no CTB em seus artigos 72
e 73, mas a questão está errada, uma vez que não deve ser direcionada a
PM, e sim ao órgão competente para sinalizar a via, que na área urbana é
o executivo de trânsito do município e na área rural é o executivo rodoviá­
rio. Embora o prazo para resposta seja de 15 dias, eie não está expresso no
CTB, e sim na Lei n° 9.051/95 (onde é possível verificar outro erro, uma
vez.que a lei não faz menção a diàs úteis, como na questão).

Julgue os itens subseqüentes, relativos a algumas classificações presentes no


CTB.

146- Os gestos do agente de trânsito e do condutor são considerados sinais


de trânsito, sendo que os primeiros têm prevalência sobre as normas de
circulação e outros sinais.

Certa. Questão de acordo com os artigos 87, inciso VI, e 89, inciso I, ambos
do CTB. A questão de prevalência de sinais de trânsito é cobrada de forma

Leandro Macedo 294


Prova 31 - Curso de Formação de Cabos da Polícia Militar- DF/Cespe-UnB/2003

muito freqüente em provas. Aquele que desobedece ao agente responde


peío art. 195 do CTB, que trata de infrações de natureza grave.

147- Veículo automotor, ônibus e veículo particular são possíveis classifica­


ções para os veículos.

Veiculo automotor é classificação de veicuios quanto ã tração; ônibus,


quanto à espécie; e particular, quanto à categoria. Ver artigo 96, inciso I,
alínea “a” inciso II, alínea "a”, item 9, e inciso III, alínea “c”, todos do CTB.
Ver questão 270.

148- Se Marcos está habilitado para conduzir veículo motorizado com 2,500
kg brutos totais e com capacidade para transportar sete passageiros,
então ele está habilitado na categoria C,

O veiculo citado pode ser dirigido por condutor habilitado na categoria B,


pois, conforme o CTB, veículo de carga até 3.500 Kg ou de passageiro que
transporta até 8 passageiros, exclusive o motorista, enquadram-se nesta
categoria. Ver artigo 143, incisos II e III do CTB.

José e Geraldo, maiores de idade que não possuem habilitação para dirigir,
resolveram participar de um racha com os automóveis de seus pais, sem o co­
nhecimento deles. Durante o racha, realizado na avenida principal da cidade
em que residem, o veículo conduzido por Geraldo, que não utilizava cinto de
segurança, desgovernou-se e atropelou Maria, que ficou gravemente ferida.
Desesperados com o ocorrido, os dois jovens fugiram sem prestar socorro à
vítima, que faleceu no hospital algumas horas após identificar as placas dos
veículos conduzidos por José e Geraldo.

Com relação à situação hipotética apresentada acima, julgue os itens a seguir,


à luz do CTB.

149- Na situação apresentada, podem ser registradas, pelo menos, quatro in­
frações gravíssimas.

Quatro infrações gravíssimas: 162, inciso I (José e Geraldo sem habilita­


ção), relativa aos condutores; 164, inciso I, relativa aos país dos condutores
(permitir que os filhos dirijam sem habilitação); 174 (participar de com­
petição não autorizada); e 176, inciso I do CTB (omissão de socorro dô
condutor envolvido).

295 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

150- Em certos casos, um policiai militar pode lavrar o auto de infração re­
lativo â situação apresentada.

Desta forma, entendemos que o examinador, ao se referir “em certos ca­


sos”, fazia menção ao fato de o agente estar ou não presente no local da
infração ou da polícia militar ter ou não convênio com o órgão de trânsito
com circunscrição sobre a via, ou ainda se o policiai é ou não portariado
pela autoridade de trânsito para trabalhar como agente de trânsito, o que
torna o gabarito correto.

151- Se, após o devido processo legal, Geraldo for condenado por homicídio
culposo pela morte de Maria, a pena será aumentada de, no mínimo,
dois terços.

O gabarito preliminar foi dado como correto, mas foi alterado tendo em
vista que, de acordo com os incisos I (sem CNH) e III (omissão de socor­
ro) do parágrafo único do artigo 302 do CTB, a pena é aumentada de um
terço, no mínimo, á metade, no máximo, cabendo ao juiz decidir qual o
aumento que será atribuído em razão dos dois aumentativos de pena pre­
sentes na situação hipotética apresentada.

Gabarito

137. Certo
138. Errado
139. Errado
140. Errado
141. Certo
142. Certo
143. Errado
144. Errado
145. Errado
146. Certo
147. Certo
148. Errado
149. Certo
150. Certo
151. Errado

Leandro Macedo 296


Prova 32
Agente de Trânsito - DF/Cespe-UnB/2003

Acerca do regime jurídico e das competências do Departamento de Trânsito


do Distrito Federal (DETRAN/DF), julgue os itens a seguir.

109- (adaptada) Para efeito de aplicação do encosto de cabeça, serão aceitos


os resultados de ensaios emitidos por órgãos credenciados pela Comu­
nidade Européia ou Estados Unidos da América, de conformidade com
os procedimentos oficiais lá adotados, na falta de padronização nacio­
nal, bem como os testes feitos no Brasil por órgãos oficiais competentes
ou outros por eles credenciados, de acordo com os procedimentos euro­
peus ou americanos.

Trata-se da reprodução literal do artigo 4o da resolução n° 44/98.

110- O DETRAN/DF exerce cumulativamente as competências que o Código


de Trânsito Brasileiro (CTB) atribui aos órgãos executivos de trânsito
de níveís estadual e municipal.

A afirmativa está expressa no CTB no artigo 24, § Io, Como sabemos, o


Distrito Federai não pode ser dividido em Município, de acordo com arti­
go 32 e parágrafos da Constituição Federal, razão pela qual se acumulam
as competências do Estado e do Município nesta entidade política.

111- Ao DETRAN/DF compete o policiamento e a fiscalização do trânsito


nas vias urbanas e nas rodovias que cruzam o território do Distrito Fe­
deral (DF).

Errada. Quanto ao policiamento ostensivo no CTB, conforme definido


no anexo I, ficou a cargo da polícía militar, que pode fiscalizar somente
mediante convênio. Já a fiscalização de trânsito nas rodovias federais que
cruzam o território do Distrito Federai é executada pela Polícía Rodoviá­
ria Federal ou pelo órgão ou entidade executivo rodoviário federal; a res­
ponsabilidade pelas rodovias estaduais e municipais ficou com o órgão
executivo rodoviário, com circunscrição sobre a via. Ver artigos 21, 22 e
23, todos do CTB.

297
Provas Comentadas

Com referência a conceitos e definições adotados pela legislação de trânsito


brasileira, julgue os itens subseqüentes.

112- Praças são logradouros públicos; motonetas são motocicletas de baixa


potência; caminhonete e camioneta são termos sinônimos.

Questão elaborada com base nos conceitos e definições do anexo I do


CTB. Apesar de não estar expresso, pode haver a interpretação de "que
praças são logradouros públicos, mas motonetas e motocicletas, e cami­
nhonete e camioneta, têm definições totalmente distintas. Na motoneta
o condutor permanece em posição sentada, enquanto que ao conduzir
uma motocicleta o condutor permanece em posição montada. Camio­
neta é veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga no
mesmo compartimento, e caminhonete é um veículo destinado ao trans­
porte de carga com PBT de até 3.500 Kg.

113- Vias urbanas são estradas pavimentadas que cortam o perímetro ur­
bano e vias rurais são estradas não pavimentadas que cortam áreas
rurais.

As definições estão em desacordo com o anexo I. Vias rurais são divididas


em estradas e rodovias, sendo estradas vias rurais não pavimentadas, e
rodovias, vias rurais pavimentadas. Vias urbanas são ruas, avenidas, vielas
ou caminhos e similares abertos á circulação pública, situadas na área ur­
bana, caracterizadas principalmente por possuírem imóveis edificados ao
longo de sua extensão. Ainda quanto às vias urbanas, estas classificam-se
em vía de trânsito rápido, arterial, coletora e local.

Quanto às regras que regulam a circulação de veículos, julgue os itens se­


guintes.

114- Se dois veículos estiverem prestes a se cruzar em uma rotatória não si­
nalizada, localizada em uma via urbana coletora, a preferência de pas­
sagem será do veiculo que estiver circulando pela rotatória.

Item de acordo com a norma de circulação presente no artigo 29, inciso III,
alínea “b” do CTB; é interessante ver também artigo 215. inciso I, alínea
“b”, pois aquele que descumpre o dispositivo responde por uma infração
de natureza grave. Veja comentário das questões 07 e 63.

115^) Os veiculos precedidos por batedores têm prioridade de passagem e gozam


de livre circulação, podendo atravessar sinais vermelhos, desrespeitar faixas
de pedestres e ultrapassar o limite de velocidade da via.

Leandro Macedo 298


Prova 32 - Agente de Trânsito - DF/Cespe-UnB/2003

O examinador quis aferir se o candidato conhecia a diferença entre os


conceitos de prioridade de trânsito eprioridade de passagem; por prioridade
de trânsito devemos entender a possibilidade que os veicuios de emergência
têm de desrespeitar as normas de trânsito, de forma autorizada, quando
necessitem de brevidade no atendimento (urgência). Quanto à prioridade
de passagem, esta é apenas uma das espécies da prioridade de trânsito, e
é usufruída tanto por veículos de emergência, quando em atendimento,
quanto por veículos precedidos de batedores, quando o fluxo de um veiculo
qualquer se cruza com o dos referidos veículos, aí se dá a prioridade de
passagem, respeitadas as demais normas de circulação.
Os referidos veicuios terão prioridade apenas de passagem, não de trânsi­
to. Isto signiáca dizer que entre eles e outros veicuios a prioridade é deles,
não podendo desrespeitar as normas de circulação e conduta, pois caso
pudesse, seria prioridade de trânsito. Ver artigos 29, incisos VI, VII, e 189
do CTB, Aquele que deixa de dar passagem tanto a veículo precedido de
batedores quanto a veículo de emergência responde por uma infração de
natureza gravíssima.

116- Se um agente de trânsito ordenar aos condutores dos veículos parados em


frente a um semáforo com sinal vermelho que desconsiderem a indicação
do semáforo e sigam adiante, esses condutores não deverão obedecer a
esse comando porque a ordem de um agente de trânsito não pode preva­
lecer sobre a sinalização da via nem sobre as regras gerais de trânsito.

Questão em desacordo com o previsto no artigo 89, inciso I do CTB. As


ordens dos agentes de trânsito prevalecem sobre todas as outras normas
de circulação e sinais. No caso de desobediência às ordens emanadas pela
autoridade ou por seus agentes, há a previsão da infração do artigo 195 do
CTB. Ver questões 15 e 52, c.

Preocupada com os riscos que o grande fluxo de veicuios poderia causar às


crianças, a associação dos moradores de uma determinada quadra residencial
contratou pedreiros para instalar dois quebra-molas próximo ao parque in­
fantil existente na quadra. Considerando a situação hipotética descrita acima,
julgue os itens a seguir.

117- A implantação dos quebra-molas exigiria prévia autorização do Con­


selho de Trânsito do Distrito Federal (CONTRANDIFE), por ser este o
órgão consultivo em matéria de trânsito no território do DF.

A autorização é da autoridade de trânsito com circunscrição sobre â


via. Ver artigos 94, parágrafo único do CTB e I o da resolução n° 39/98.
Veja comentário da questão 57,c.

299 Legislaçao de Trânsito


Provas Comentadas

118- Se os quebra-molas fossem instalados indevidamente, haveria a prática


do crime de obstrução de via pública, definido no CTB e apenado tão-
somente com multa.

A conduta não é tipificada como crime no CTB, mas sim como infra­
ção. A coíocação de ondulação transversal sem permissão prévia da au­
toridade de trânsito com circunscrição sobre a vía sujeitará o infrator
às penalidades previstas no § 3odo art. 95 do Código de Trânsito Brasilei­
ro, conforme a resolução n° 39/98. Veja comentário da questão 57, c.

Acerca da habilitação para dirigir e do processo de habilitação, julgue os iíens


subseqüentes.

119- Aos candidatos aprovados em todos os exames de habilitação é conferida


uma permissão para dirigir, com validade de um ano, que permite ao seu
titular dirigir apenas nas vias urbanas sob jurisdição do órgão executivo de
trânsito que emitiu o documento.

A restrição apresentada quanto aos locais permitidos onde o condutor


com permissão para dirigir possa conduzir um veículo é infundada, pois
a mesma é válida em todo o território nacional, conforme o artigo 159. Ver
artígo 148, § 2o do CTB.

120- Embora possam votar, os analfabetos maiores de dezoito anos que se­
jam penalmente imputáveís não podem obter permissão para dirigir.

Certo. Conforme os artigos 140, inciso II do CTB, e 2° da resolução n°


168/04, não há a exigência de que o candidato â habilitação tenha o ensino
fundamental ou qualquer nível escolar, apenas que saiba ler e escrever (alfa­
betizado), exigência esta pertinente, já que o futuro condutor irá se deparar
em seu dia-a-dia com sinalizações que exijam o mínimo de entendimento e
leitura. Ver artigo 14, § Io, inciso II, alínea “a” da Constituição Federal.

121- Para que possa obter CNH, o titular de uma permissão para dirigir que
cometer uma infração de natureza grave durante a vigência da permis­
são terá de reiniciar todo o processo de habilitação.
Certo. Questão de acordo com o artigo 148, §§ 3oe 4odo CTB, que se refere
ao cometimento de infrações de natureza gravíssima, grave e â reincidên­
cia em infração de natureza média durante a vigência da permissão. Veja
comentário da questão 59, b.

122- A cópia da CNH autenticada por um cartório competente não serve


como documento válido de habilitação, mesmo que acompanhada por
um documento original de identidade que tenha fé pública.

Leandro Macedo 300


Prova 32 - Agente de Trânsito - DF/Cespe-UnB/2003

A afirmativa está de acordo com o artigo 159, § 5o do CTB, no qual te­


mos a informação de que o documento de habilitação é válido somente
no original. Caso seja flagrado com a xerox, o condutor responderá pelo
artigo 232 do CTB, mfração de natureza leve, conforme expresso na re­
solução n° 205/06 do CONTRAN.

123- No Brasil, para que um estrangeiro com visto de turista possa conduzir
automóveis de maneira regular, é necessário que eie se apresente pre­
liminarmente a um órgão executivo de trânsito e obtenha autorização
para dirigir veiculo automotor.

O estrangeiro, para conduzir veículo no Brasil, deverá verificar se seu pais


tem acordo com o Brasil, se é habilitado no estrangeiro, se a habilitação
está na validade. Enfim, após conferir as situações expostas, e sendo tudo
favorável, poderá dirigir por até 180dias após obter levar ao DETRAN sua
habilitação, com sua tradução oficial, e um documento de identificação.
Perceba que o que torna a questão errada é a generalização, pois o exami­
nador fez menção a qualquer estrangeiro, independente da origem e de ser
habilitado ou não. Ver resolução n° 193/06.

Acerca das infrações de trânsito, das penalidades a elas cominadas e da sua


notificação, julgue os itens que se seguem,

124- Dirigir com CNH cassada ou vencida constitui infração considerada


gravíssima. Em ambos os casos, as penalidades administrativas são
idênticas,

Realmente trata-se de duas infrações de natureza gravíssima, porém suas


penalidades são diferentes. Conduzir veiculo com a habilitação cassada ou
suspensa tem como penalidade, além da multa agravada em cinco vezes,
a apreensão; já conduzir veiculo com a validade da habilitação vencida há
mais de 30 dias tem como penalidade apenas a multa. Ver o artigo 162,
incisos II e V do CTB.

125- O condutor que, ao receber ordem de um agente de trânsito, se nega a


realizar teste em aparelho de ar alveolar para avaliar a concentração
de álcool em seu organismo, não apenas pratica infração administra­
tiva, mas também comete críme de desacato.

Com a nova redação do artigo 277 do CTB, dada pela Lei n° 11.705/08, o
tratamento do tema mudou, ficando consignada a intolerância do Estada
com o embriagado. Então, hoje, ao flagrar um condutor com suspeita de
estar embriago, surgem as seguintes possibilidades:

301 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

1) Foi submetido a testes e exames e constatada a embriaguez - será


autuado pelo agente de trânsito com tipificação-no artigo 165 do CTB.
Com índices acima de 6dg de álcool por litro de sangue, será, também,
encaminhado a delegacia.
2) Caso se recuse a fazer testes e exames - será autuado peio agente de
trânsito cora tipificação no artigo 277 do CTB, Por haver indícios de come-
tímento de um crime, será encaminhado à delegacia. Entendo que a socie­
dade esteja precisando viver este momento de reflexão de suas condutas ir­
responsáveis no trânsito, embora, evidentemente, a Lei n° 11.705/08 atente
contra a razoabilidade.e proporcionalidade. A lei está punindo aquele que
entende, por exemplo, ser o bafômetro uma medida vexatória, da mesma
forma que aquele que tomou duas garrafas de "caninha da roça” e está,
efetivamente, colocando em risco a segurança do trânsito.
3) Caso o agente não disponha de nenhum recurso para autuação (testes e
exames que possam ser oferecidos), ele poderá declarar que o condutor está
embriagado, mostrando todos os indícios em um “termo de constatação
de embriaguez” Observe que houve um delegação de técnicos (peritos)
para os agentes de trânsito. Entendo ser aceitável esta delegação, caso haja
treinamento específico para essa atividade; caso isso não aconteça, seria
criado um estado policial, pautado na arbitrariedade.
Note que a Lei n° 11.705/08, embora tenha gerado uma economia absurda
para o Estado, em virtude da diminuição dos índices de acidentes de trânsito
envolvendo álcool, é extremamente contestável, por deixar o cidadão refém
do Estado. Em virtude disso tramita, hoje, no Supremo Tribunal Federal, a
ADI 4103 (Ação Direta de Inconstitucionalidade), contestando toda a lei.
Concluímos o assunto informando ao candidato que para efeitos de con­
curso público, enquanto a lei estiver vigendo, continua aplicável e passável
de cobrança, por mais absurdo que lhe pareça. Quanto à possibilidade de
responder por crime em caso de recusa ao bafômetro, esta inexiste, pois
o crime de desobediência (e não desacato) somente se configura se não
houver sanção administrativa. Ver questões 40 e 53,a, 280.

126- Não constitui infração de trânsito o fato de um automóvel trafegar sem


chaves de fenda, desde que contenha outro instrumento adequado para
a remoção de calotas.

Em primeiro lugar, devemos destacar que a chave de fenda e equipamento


obrigatório apenas naqueles veiculos que possuem calotas, podendo ser
substituída por outro equipamento que possa removê-las. Ver artigo Io,
inciso I, item 27 da resolução n° 14/98.

Leandro Macedo 302


Prova 32 - Agente de Trânsito - DF/Cespe-UnB/2003

Cabe ressaltar que caso não possua a chave de fenda ou equipamento si­
milar para remoção das calotas, o condutor responde pela falta do equi­
pamento obrigatório, constituindo infração de natureza grave, conforme
o artigo 230, IX.

127- Aplicada uma penalidade pela autoridade de trânsito competente, o in­


frator deve ser notificado da aplicação. Se a notificação não for recebida
pelo infrator em decorrência da desatualização do endereço do proprie­
tário do veículo perante o órgão executivo de trânsito, ainda assim a
notificação será considerada válida para todos os efeitos,

Questão de acordo com o artigo 282, § I o do CTB. Cabe ainda ressaltar


que aquele que deixa de atualizar cadastro de registro de veículo, quando
muda de endereço no mesmo município, no prazo de 30 dias, responde
por uma infração de natureza leve, por força do artígo 241 do CTB. Por
fim, deve o candidato perceber a lacuna deixada pelo legislador, que não
prevê outras formas de notificação quando o suposto mfrator não estiver
em casa, como por exemplo vía edital. Veja questão 176.

Júlia conduzia sua bicicleta pelo bordo direito de uma via coletora de mão
dupla, seguindo no sentido de circulação da via, quando foi ultrapassada pelo
automóvel conduzido por Tibério.
Considerando a situação hipotética acima, julgue os itens seguintes.

128- Tibério teria cometido infração de trânsito se, durante a ultrapassa­


gem, houvesse guardado apenas 60 cm de distância lateral entre o seu
automóvel e a bicicleta conduzida por Júlia.

A infração é prevista no artigo 201 e fere a norma de circulação prevista no


artigo 29, inciso XI, alínea “b" do CTB. Infração de natureza média.

129- Júlia conduzia sua bicicleta de maneira irregular, pois, para que o ciclis­
ta tenha a possibilidade de enxergar os veículos que dele se aproximam,
o CTB determina que os ciclistas devem conduzir-se sempre no sentido
contrário ao do fluxo dos veículos automotores.

Júlia observava a norma estabelecida no artigo 58, parágrafo único do


CTB. Conduzir bicicleta no sentido contrário ao fluxo de veicuios é uma
exceção à regra e só é admitido em trecho dotado de ciclofaixa com auto­
rização da autoridade de trânsito competente.

303 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Sabendo que o CTB determina que é infração punível com multa deixar de
manter acesa a luz baixa, à noite, quando o veiculo estiver em movimento,
julgue os itens a seguir.

130- É obrigatório para os motoristas de automóveis manter as luzes acesas


no período que vai das 18h às 6h, pois esse é o período legalmente defi­
nido como noite.

À delimitação dos horáríosímposta pela questão está errada. A defini­


ção de noíte no anexo I é do nascer ao pôr-do-sol. Ver também artigos
40, inciso I, e 250, íncíso I, alínea “a", ambos do CTB. Ao deixar de
ligar as luzes, o motorista responde, em regra, por infração de natureza
média.

131- Embora a Polícia Militar do Distrito Federal (PM/DF) não faça parte
do Sistema Nacional de Trânsito, se um agente da PM/DF identificar
um automóvel trafegando com faróis apagados à meia-noite, ele pode
multar o condutor, pois a competência para multar é inerente ao poder
de polícia.

A Polícia Militar do Distrito Federal e dos Estados faz parte do Sistema


Nacional de Trânsito. Quanto a multar, o agente da autoridade de trânsito
somente autua (lavra o auto), quem multa é a autoridade de trânsito com
jurisdição sobre a via (aplica penalidade for força do artigo 256). Ver arti­
gos 7o, inciso VI, 280, § 4°> e 281, ambos do CTB. Quanto â possibilidade
de multar, todos aqueles que têm como prerrogativa funcionai o poder
de polícia, perceba que o poder de polícia administrativo é gênero, onde
poder de polícia de trânsito é uma espécie, que está nas atribuições da au­
toridade de trânsito ou pessoas por ela designados (agente de trânsito). De
outra forma, é necessário ser designado pela autoridade de trânsito, para
que possa usufruir da prerrogativa de poder de polícia de trânsito e autuar
por infrações de trânsito cometidas.

132- Se um agente de trânsito identificar que um automóvel de representação


diplomática trafega à noite com os faróis apagados, ele poderá autuar o
condutor, independentemente da nacionalidade deste.

A banca considerou a questão correta, mesmo com o uso da expressão


“poderá”. Entendemos que o item estaria correto se a palavra utilizada fos­
se “deverá”, já que não existe a discrícíonariedade do agente para autuar ou

Leandro Macedo 304


Prova 32 - Agente de Trânsito - DF/Cespe-UnB/2003

não o condutor, independente da nacionalidade deste, ocorrendo uma


infração de trânsito. Ver artigos 3o, 40, inciso 1,250, inciso I, alínea “a” e
280, todos do CTB.

Acerca da utilização de aparelhos, equipamentos ou outros meios tecnoló­


gicos para a comprovação de infração por excesso de velocidade, julgue os
itens abaixo.

Se a legislação brasileira dispusesse que a utilização de aparelho do tipo


móvel apenas poderia ocorrer era vias onde não houvesse variação de
velocidade em trechos menores que d^ojjuilôm etros, essa disposição
se aplicaria tanto aos aparelhos portáteis quanto àqueles que podem ser
temporariamente instalados em suportes adequados.

Esse dispositivo existe e está em vigor, embora em desacordo com o ar­


tigo 5o, § Io da resolução n° 146/03, pois só se aplica ao radar tipo móvel.
Veja o dispositivo:

“Art 5o § Io, A fiscalização de velocidade com medidor do tipo móvel só


pode ocorrer em vias rurais e urbanas de trânsito rápido sinalizadas com
a píaca de regulamentação R-19, conforme legislação em vigor, e onde não
ocorra variação de velocidade em trechos menores que 5 (cinco) km.”

Q 3 4 j Na utilização de radares fixos para fins de comprovação de infração


por excesso de velocidade, não è obrigatória a presença da autoridade
de trânsito ou de seu agente no local da infração.

De acordo com o estabelecido no artigo 3o, § I o da resolução n° 146/03.


“Não é obrigatória a presença da autoridade ou do agente da autoridade de
trânsito, no local da infração, quando utilizado o medidor de velocidade
fixo ou estático com dispositivo regístrador de imagem que atenda aos
termos do §2° do art. Io desta resolução”
O CESPE deu a a questão como certa, embora incompleta, pois não
é o fato de tirar foto por sí só que dispensa a presença do agente e da
autoridade, é a foto com todos os elementos indispensáveis à lavratura do
auto de infração, previsto no artigo 280 do CTB: A velocidade medida;
local, data e hora do cometimento da infração; ou seja, as informações
necessárias para dar consistência ao auto de infração.

305 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

/l35r- Se não houver sinalização vertical de regulamentação de velocidade


nos quatrocentos metros que antecedem um determinado ponto de
uma via urbana arterial localizada em Brasília, será irregular que o
DETRAN/DF determine a instalação, nesse ponto, de qualquer tipo
de equipamento para a comprovação de infração por excesso de ve­
locidade.

A instalação do equipamento neste ponto estaria em desacordo com o esta­


belecido no anexo III da resolução n° 146/03, pois trata-se de uma via arterial
onde a velocidade máxima, em tese, seria de 60 Km/h. Sendo assim, entre
lOOm e 300m deveria ter a sinalização. Veja o referido anexo:

Velocidade Intervalo de Distância


Regulamentada (metros)
(km/h) Via Urbana Via Rural
V > 80 400 a 500 1000 a 2000

V < 80 100 a 300 300 a! 1000


ÍÍ36- A legislação brasileira não limita a utilização de radares portáteis
somente á fiscalização das vias rurais e das vias urbanas de trânsito
rápido.

Essa restrição só existe para a fiscalização de velocidade com medidor do


tipo móvel. Ver artigo 5o, § I o da resolução n° 146/03 do CONTRAN.

Gabarito

109. Certo 119. Errado 129. Errado


110. Certo 120. Certo 130. Errado
111. Errado 121. Certo 131. Errado
112. Errado 122. Certo 132. Certo
113. Errado 123. Errado 133. Errado
114. Certo 124. Errado 134. Certo
115. Errado 125. Errado 135. Certo
116. Errado 126. Certo 136. Certo
117. Errado 127. Certo
118. Errado 128. Certo

Leandro Macedo 306


Prova 33
Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte/
Prefeitura de Salvador - BA/Senasp/2003

89- Conforme determina a resolução n° 13/98, são documentos de porte


obrigatório do condutor do veiculo:
I. Autorização, permissão para dirigir ou Carteira Nacional de Ha­
bilitação, válidos, exclusivamente no original, assim como em.có-
pias autenticadas pelo órgão competente.
II. Certificado de Registro de Licenciamento Anual - CRLV no origi­
nal, ou cógisLautentica.da pela repartição de trânsito que o expediu.
III. Comprovante de pagamento atualizado do Imposto sobre Proprie­
dade de Veículos Automotores, conforme normas estaduais, inclu­
sive do Distrito Federal.
IV. Comprovante de pagamento do Seguro Obrigatório de Danos
Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres -
DPVAT, exclusivamente no original.

a) A opção I está correta.


b) As opções I e II estão corretas.
c) As opções I, II e IV estão corretas.
d) As opções II e III estão corretas.
e) As opções I e IV estão corretas.

O gabarito estava de acordo com a resolução n° 13/98, revogada peía reso­


lução n° 205/06, em vigor, que estabelece, no seu artigo I o, os documentos
de porte obrigatório atualmente:
I. Autorização para Conduzir Ciclomotor - ACC Permissão para
Dirigir ou Carteira Nacional de Habilitação ~ CNH no original;
II. Certificado de Registro e Licenciamento Anual - CRLV no
original;
III. Sempre que for obrigatória a aprovação em curso especializado,
o condutor deverá portar sua comprovação até que essa informa­
ção seja registrada no RENACH e incluída em campo específico
da CNH. O artigo 145 do CTB nos informa quais ós veículos que
exigem do condutor o curso de especialização como condição
para conduzi-lo, e a resolução n° 285/08 sua carga horária.

307
Provas Comentadas

Observação: As cópias não serão mais admitidas devido à dificuldade de ve­


rificar sua autenticidade/legibilidade durante a fiscalização. Com isso, os De­
partamentos Estaduais de Trânsito dos Estados e do Distrito Federai deverão
expedir vias originais do CRLV, com número de ordem, desde que solicitadas
pelo proprietário do veículo. A penalidade para quem estiver conduzindo ve­
ículo sem os documentos de porte obrigatório está definida no artigo 232 do
Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que prevê muita de R$53,20, três pontos
na CNH e a retenção do veículo até a apresentação do documento.

90- Marque a alternativa em que a competência administrativa e de fis­


calização está corretamente relacionada e de acordo com a resolução
n° 66/98:
I. Estacionar veiculos em viadutos, pontes e túneis - Competência do
Estado.
II. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de combustível - Com­
petência do Estado.
III. Estacionar veiculos impedindo a movimentação de outro veículo -
Competência do Município. :
IV. Transitar com o farol desregulado ou com o facho de luz alta de
forma a perturbar a visão de outro condutor - Competência do
Município.
V. Estacionar veiculos na contramão de direção - Competência do Es­
tado.

Questão sobre a resolução n° 66/98 (alterada pela resolução n° 121/01), extre­


mamente extensa e de difícil assimilação, que estabelece as competências
do estado e do município.
Para entendermos melhor as competências de Estado e Município, podemos
tentar resumi-ias com a leitura do artigo 22, V e VI c/c art. 24, VI e VII do
CTB, que foram as diretrizes para facção da referida resolução. Sendo assim,
é possível visualizar que com exceção das competências sobre as infrações
relativas a circulação, parada e estacionamento, que são de competência do
Município, todas as outras serão do Estado; essa é a regra. Com isso, a maior
parte do problema já está resolvida, restando apenas extrair da resolução n°
66/98 as exceções, que se referem ás competências comuns, a saber:
i 3-Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança.
2a - Transportar crianças em veiculo automotor sem observância das
normas de segurança especiais estabelecidas no Código de Trânsito Bra­
sileiro.

Leandro Macedo 308


Prova 33 - Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Salvador - BA/Senasp/2003

3a -Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança.


4a -Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via públi­
ca, ou os demais veículos.
5a -Disputar corrida por espirito de emulação.
6a -Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito
quando solicitado pela autoridade e seus agentes.
7a - Deixar de dar passagem aos veicuios precedidos de batedores, de so­
corro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de
trânsito e âs ambulâncias, quando em serviço de urgência e devidamente
identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e ilumi­
nação vermelha intermitentes,
8a -Desobedecer às ordens emanadas da autoridade competente de trân­
sito ou de seus agentes,
9a -Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto regulamentar de
braço ou iuz indicadora de direção de veículo, o início da marcha, a rea­
lização da manobra de parar o veículo, a mudança de direção ou de faixa
de circulação.
10a - Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem sinalização
ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar às áreas destinadas à passa­
gem de veículos ou evadir-se para não efetuar o pagamento do pedágio.
11a -Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial.
12a - Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de sinal luminoso,
cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer outro obstáculo, com exceção
dos veículos não motorizados.
13a -Transitar com o veiculo com lotação excedente.
14a - Retirar do local veiculo legalmente retido para regularização, sem
permissão da autoridade competente ou de seus agentes.
15a - Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor sem usar capacete de
segurança com víseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as
normas e especificações aprovadas peio CONTRAN.
16a - Dirigir o veículo utilizando-se de fones nos ouvidos conectados à
aparelhagem sonora ou de telefone celular.
Não entendemos o motivo da anulação, tendo em vista que a única alter­
nativa certa é a da letra C, pois todas as outras estão invertidas. Ver reso­
lução n° 66/98, código da infração 547-9.

309 legislação de Trânsito


Provas Comentadas

91- Ainda sobre competência administrativa e de fiscalização de acordo


com a resolução n° 66/98, está corretamente relacionada:
a) Dirigir veicuios sem possuir Carteira Nacional de Habilitação ou
Permissão para dirigir - Competência do Município.
b) Dirigir veículos com validade da Carteira Nacional de Habilitação
vencida há mais de trinta dias - Competência da União.
c) Atirar do veículo ou abandonar na via pública objetos ou substância
- Competência do Estado.
d) Disputar corrida por espirito de emulação - Competência do M u­
nicípio.
e) Deixar o condutor de usar o cinto de segurança - Competência do
Estado.

As competências das infrações das opções A, B e C são, respectivamente,


do estado, estado e município. Entendemos que as alternativas D e E estão
corretas, já que a competência de ambas é tanto do estado quanto do mu­
nicípio, conforme a resolução n° 66/98, códigos de infração 518-5 e 524-0.
Yide comentário da questão 90.

i 924 Assinale a alternativa incorreta.

Referente aos Limites de pesos e dimensões para circulação de veículos


em vias terrestres, é imperativo observar:
As dimensões autorizadas para veículos com ou sem carga são: lar­
gura máxima - 2,40ra; altura máxima - 4,60m.
b) O comprimento total de veicuios simples é 14m e veículos com rebo­
que 19,80m.
c) As dimensões autorizadas para veículos com ou sem carga são: lar­
gura máxima - 2,60m; altura máxima - 4,40m.
d) O comprimento total de veicuios articulados é l£ r15íh. i ^
e) Os limites máximos de peso bruto total e peso bruto transmitido por
eixo de veículo, nas vias públicas o peso bruto total por unidade ou
combinações de veículos é 45 T.

Questão sobre a resolução n° 210. A alternativa A está em desacordo com


o artigo 1°. incisos I e II, pois houve ai uma tentativa do examinador em
ludibriar o candidato de modo que confundisse os valores corretos escul­
pidos no art. Io, que são: largura máxima 2,60m e aitura máxima 4,40m. É
importante que se frise que na questão ora analisada era cobrada a opção
incorreta, portanto a letra A. Não há erro na opção B, pois seus limites
estão de acordo com o mesmo artigo anterior, inciso III, alíneas “a” e “e”

Leandro Macedo 310


Prova 33 - Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Salvador - BA/Senasp/2003

A ietra C está de acordo com os limites permitidos no artigo 1°, incisos I


e II, da resolução n° 210. O limite da ietra D é de 19,80 metros, ver artigo
Io, inciso III, alínea “f” O limite mencionado pela questão está previsto
na resolução n° 12/98, revogada pela resolução n° 210. O valor correto da
opção E seria de 57 T, de acordo com o artigo 2o, § i°, alíneas “g” e “i”. O
limite mencionado na questão era o mencionado na Resolução n° 12.

93- As autoridades de trânsito e as autoridades policiais terão acesso ás or­


dens de serviços, ao controle informatizado e às listagens, sempre que
a) os solicitarem, não podendo, entretanto, retirá-los do estabeleci­
mento.
b) os solicitarem, podendo retirá-los do estabelecimento com autoriza­
ção da repartição de trânsito.
c} os solicitarem, podendo retirá-los do estabelecimento com autoriza­
ção do CONTRAN.
d) os solicitarem, podendo retirá-los do estabelecimento independente
de autorização.
e) os solicitarem, podendo, entretanto, retirá-íos do estabelecimento se
o órgão for municipal.

Você deve estar se perguntando a que se refere a questão, pois faltou no


enunciado a informação das pessoas que estariam sendo fiscalizadas. A
questão, sem dúvida foi extraída do artigo 330 do CTB. Veja sua redação:
“Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem reformas ou recuperação
de veículos e os que comprem, vendam ou desmontem veículos, usados ou
não, são obrigados a possuir livros de registro de seu movimento de entra­
da e saída e de uso de placas de experiência, conforme modelos aprovados
e rubricados pelos órgãos de trânsito.
§ 4o As autoridades de trânsito e as autoridades policiais terão acesso aos
livros sempre que o solicitarem, não podendo, entretanto, retirá-los do
estabelecimento.”
Quanto à resposta: Reprodução do artigo 330, § 4o do CTB. Embora o re­
ferido artigo não mencione em momento algum que o controle de entrada
e saída de veículos do estabelecimento deva ser armazenado por meios
informatizados, também poderá ser feito dessa forma. É importante res­
saltar que o dispositivo se refere somente à autoridade de trânsito, e não
agente da autoridade e/ou autoridade policial (delegado de polícia), porém
é possível que mediante delegação da autoridade o agente possa fiscalizar,
caso contrário o dispositivo seria inócuo.

311 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

A resolução n° 248/08 que regulamentou a autuação da pessoa jurídica,


quando se refere ao artigo 330 do CTB, faz menção as seguintes infrações,
todas de natureza gravíssima e de competência exclusiva dos DETRANs:
Não executar a escrituração livro de registro de entrada/saída e de uso
placa de experiência; atrasar a escrituração de livro de registro de entrada
e saída e de uso placa de experiência; fraudar a escrituração de livro de
registro entrada/saída e de uso de placa de experiência; recusar a exibição
do livro de registro de entrada/saída e de uso de placa de experiência.

94- Segundo regulamentação da resolução do CONTRAN n° 17/98, con­


siderando o §7° do artigo 257 que rege o trânsito no Brasil, não sendo
imediata a identificação cio infrator, o proprietário do veiculo terá o
prazo máximo de quantos dias, após a notificação da situação, para não
ser considerado responsável pela infração?
a) 05 dias.
b) 15 dias.
c) 30 dias. :
d) 10 dias.
e) 20 dias.

A referência já está no enunciado da questão ora analisada: artigo 257, §


7o: 15 dias para a apresentação do real infrator. Ver também resolução n°
149/03, que revogou a mencionada resolução, artigo 3o>§ 2o,

95- Assinale a afirmativa incorreta conforme a resolução n° 35/98 do art. 5o


do CONTRAN.

Para feitos de aferição de buzinas serão reconhecidos os resultados de


ensaios emitidos, por órgão credenciado pelo INMETRO, também ou­
tros países, para medição de pressão sonora, buzina similar
a) ensaios de Órgãos Brasileiros reconhecidos pelo INMETRO.
b) ensaios efetuados por órgãos Eranceses ou Ingleses.
c) ensaios efetuados por Órgãos Alemães.
d) ensaios efetuados por Órgãos Israelenses.
e) ensaios efetuados por órgãos Portugueses.

Veja o conteúdo da resolução n° 35/98, de muita relevância para provas do


Cespe/UnB:

L^nndro Macedo 312


Prova 33 - Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Saivador- BA/Senasp/2003

“Art. Io, Todos os veicuios automotores, nacionais ou importados, produ­


zidos a partir de 01/01/1999, deverão obedecer, nas vias urbanas, o nivel
máximo permissivel de pressão sonora emitida por buzina ou equipamen­
to similar, de 104 decibéis -dB(A), conforme determinado no Anexo.
Art. 2° Todos os veículos automotores, nacionais ou importados, produ­
zidos a partir de Io de janeiro de 2002, deverão obedecer o nível mínimo
permissívei de pressão sonora emitida por buzina ou equipamento similar,
de 93 decibéis -dB(A), conforme determinado no Anexo.
Art. 3o. Excetuam-se do disposto nos artigos Io e 2o desta resolução os ve­
ículos de competição automobilística, reboques, semi-reboques, máquinas
de tração agrícola, máquinas industriais de trabalho e tratores.
Art. 4o, A buzina ou equipamento similar, a que se refere o Art. Io,
não poderá produzir sons contínuos ou intermitentes, assemelhado
aos utilizados, privativamente, por veículos de socorro de incêndio e
salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e ambu­
lância.
Art. 5o, Serão reconhecidos os resultados de ensaios emitidos por órgão
credenciado pelo INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Norma­
lização e Qualificação, pela Comunidade Européia ou pelos Estados Uni­
dos da América.”
Quanto à resposta, basta examinar o conteúdo do artigo 5o para perceber
que não existe menção aos “Órgãos Israelenses”,

96- Assinale a alternativa em que a fiscalização de trânsito, medidas ad­


ministrativas, penalidades e arrecadação de multas estejam afetadas a
competência do Município:
a) Dirigir veiculo sem possuir Carteira Nacional de Habilitação ou
permissão para dirigir.
b) Conduzir o veiculo com defeito no sistema de iluminação, de sinali­
zação ou com lâmpadas queimadas.
c) Conduzir o veículo sem equipamento obrigatório ou estando este
ineficiente ou inoperante.
d) Conduzir o veiculo com equipamento obrigatório em desacordo com
o estabelecido pelo CONTRAN.
e) Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veiculo,
salvo nos casos devidamente autorizados.

3'13 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Resolução u° 66. Ás quatro primeiras alternativas trazem competências do


estado. A única municipal é a última. Ver código da infração 694-7. Vide
comentário da questão 90.

97- Todos os veículos automotores, nacionais ou importados, produzidos a


partir de I o de janeiro 2002, deverão
a) obedecer ao nrvei mínimo permissível de pressão sonora emitida por
buzina ou equipamento similar de 104 decibéis - dB (A).
b) obedecer ao nível mínimo permissível de pressão sonora emitida por
buzina ou equipamento similar, de 93 decibéis - dB (A).
c) obedecer ao nível máximo permissívei de pressão sonora emitida por
buzina ou equipamento similar de 93 decibéis - dB (A),
d) obedecer ao nível máximo permissível de pressão sonora emitida por
buzina ou equipamento similar de 104 decibéis - dB (A).
e) obedecer ao nível máximo permissível de pressão sonora emitida por
buzina ou equipamento similar de 106 decibéis-dB (A).

A alternativa está de acordo com a resolução n° 35/98, artigo 2o; foi cobra­
da do candidato apenas a literaiidade do referido artigo. Veja comentário
da questão 95.

98- Conforme determina a resolução de n° 20/1998, são requisitos adequa­


dos na utilização do capacete de segurança:
a) Se não tiver viseira transparente diante dos olhos, o condutor não
deverá utilizar óculos de proteção.
b) O capacete deverá estar afixado na cabeça do modo que o condutor
desejar, para que seu uso seja considerado correto.
c) Na fabricação dos capacetes de segurança não devem ser observadas
as prescrições constantes das Normas Brasileiras: NBR 7471, NBR
7472 e NBR 7473.
d) Os condutores e passageiros de motocicletas, motonetas, ciclomotores,
triciclos e quadriciclos motorizados só poderão circular utilizando ca­
pacetes de segurança que melhor lhes convier porque não existe norma-
tívização legal sobre a matéria.
e) NDA.

A resolução n° 20/98 foi revogada pela resolução n° 203/06 (alterada pelas


resoluções n05257/07 e 270/008). O grande detalhe das resoluções que tra­
tam do adequado uso do capacete é que nelas foram esclarecidas algumas

Leandro Macedo 314


Prova 33 - Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Salvador - BA/Senasp/2003

situações, dentre as quais a obrigatoriedade de condutor e passageiro utili­


zarem além do capacete a viseíra ou óculos de proteção. Além disso, ficou
evidente que para o CONTRAN o capacete é equipamento obrigatório da
motocicleta, motoneta, ciciomotor, triciclo motorizado e quadricicio mo­
torizado.Veja seu novo conteúdo:
‘Art. I o, É obrigatório, para circular na vias públicas, o uso de capacete
pelo condutor e passageiro de motocicleta, motoneta, ciciomotor, triciclo
motorizado e quadncicio motorizado.
§ I o O capacete tem de estar devidamente afixado à cabeça peio conjunto
formado peia cmta jugular e engate, por debaixo do maxilar inferior.
§ 2° O capacete tem de estar certificado por organismo acreditado peio
Instituto Nacíonai de Metrologia, Normalização e Qualidade Industriai -
INMETRO, de acordo com regulamento de avaliação da conformidade
por ele aprovado.

Art. 2o. Para fiscalização do cumprimento desta resolução, as autoridades de


trânsito ou seus agentes devem observar a aposição de dispositivo refletivo
de segurança nas partes laterais e traseira do capacete, a existência do selo
de identificação da conformidade do INMETRO, ou etiqueta mterna com a
logomarca do INMETRO, podendo esta ser afixada no sistema de retenção,
sendo exigiveis apenas para os capacetes fabricados a partir de Io de agosto
de 2007, nos termos do § 2o do art. Io e do anexo desta resolução”

Parágrafo único. A fiscalização de que trata o caput deste artígo será im­
plementada a partir de I ode junho de 2008. (Redação dada peia resolução
270/08 do CONTRAN)

Art. 3°, O condutor e o passageiro de motocicleta, motoneta, ciciomotor,


triciclo motorizado e quadrícicio motorizado, para circular na vía púbii-
ca, deverão utilizar capacete com víseira, ou na ausência desta, óculos de
proteção.
§ I o Entende-se por óculos de proteção aquele que permite ao usuário a
utilização símuítânea de óculos corretivos ou de sol.
§ 2o Fica proibido o uso de óculos de sol, óculos corretivos ou de segu­
rança do trabalho (EPI) de forma singular, em substituição aos ócuios de
proteção de que trata este artigo.
§ 3o Quando o veiculo estiver em circulação, a viseira ou ócuios de prote­
ção deverão estar posicionados de forma a dar proteção totaí aos olhos.
§ 4oNo período noturno, é obrigatório o uso de víseira no padrão cristal.

315 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

§ 5o É proibida a aposição de película na viseira do capacete e nos óculos


de proteção.
Art. 4o, Dirigir ou conduzir passageiro sem o uso do capacete implicará
nas sanções previstas nos incisos I e II do art. 244, do Código de Trânsito
Brasileiro.
Parágrafo umco. Dirigir ou conduzir passageiro com o capacete fora das
especificações contidas no artigo 2° desta resolução incidirá o condutor
nas penalidades do inciso X do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro.
(Redação dada pela resplução 257/07 do CONTRAN)
Art. 5o, Esta resolução entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data
de sua publicação, revogando os artigos I o; 2o; e 4o da resolução n° 20, de
17 de fevereiro de 1998.”
Quanto à resposta, ficaria assim:
Altenmtíva A: Contraria o disposto no artigo 3o da resolução n° 206/06.
Alternativa B: Contraria o disposto no artigo I o, § Io da resolução n°
206/06.
Alternativa C: Contraria o disposto no anexo da resolução n° 206/06, o que
foge aos padrões do Cespe/UnB, que sempre valoriza o conhecimento da
legislação.
Alternativa D: Contraria o disposto no artigo Io, § 2° da resolução n° 206/06.
Alternativa £:Éa resposta Somente por exclusão poderíamos encontrá-la.

99- O condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-


alerta), providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou
equipamento similar à distância mínima de
a) 10 metros da parte traseira do veiculo.
b) 40 metros da parte traseira do veiculo.
c) 20 metros da parte traseira do veiculo.
d) 15 metros da parte traseira do veiculo.
e) 30 metros da parte traseira do veiculo.

Distância estabelecida no artigo I o da resolução n° 36/98, que trata de si­


nalização de advertência para os veículos em situação de emergência que
estiverem imobilizados na via. Vale frisar que a resolução se refere à dis­
tância mínima que o triângulo ou equipamento similar (com as mesmas
características técnicas, como por exemplo de visibilidade a longas distân­

Leandro Macedo 316


Prova 33 - Agente de Fiscalizaçao de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Salvador - BA/Senasp/2003

cias) deve estar da traseira do veiculo, podendo o condutor, se julgar mais


seguro, aumentá-la. Perceba que antes de colocar o triângulo o condutor
deve ligar o pisca-alerta, pois caso não sinalize o veiculo devidamente, res­
ponderá por uma infração de natureza grave, com fundamento no artigo
225 do CTB. Veja o conteúdo da resoíução n° 36/98, tão explorada em
concursos:
“Ari. 1°. O condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência
(pisca-alerta) providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou
equipamento similar á distância mínima de 30 metros da parte traseira do
veículo.
Parágrafo único. O equipamento de sinalização de emergênda deverá ser ins­
talado perpendicularmente ao eixo da via, e em condição de boa visibilidade.
Art. 2o. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.”

100- Para os postos de gasolina e abastecimentos de combustíveis, oficina e/


ou garagens de uso coletivo instalados em esquinas de vias urbanas, a
calçada será mantida inalterada até uma distância mínima de
a) 1,5 metro para cada lado, contados a partir do vértice do encontro
das vías.
b) 2 metros para cada lado, contados a partir do vértice do encontro
das vías.
c) 5 metros para cada lado, contados a partir do vértice do encontro
das vias.
d) 4 metros para cada lado, contados a partir do vértice do encontro
das vias.
e) NDA.

Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas, estacionamentos ou


garagens de uso coletivo deverão ter suas entradas e saídas devidamente
identificadas, na forma regulamentada pelo CONTRAN, de acordo com
o artigo 86 do CTB, que nos remete para a resolução n° 38/98 do CON­
TRAN. Ver artigo 2° da resolução n° 38/98, abaixo, que também se refere
â distância mínima. Importante ressaltar que se trata de área urbana, pois
em área rural normas do DNIT predominam. Veja a referida resolução:
“Art. Io. A identificação das entradas e saídas de postos de gasolina e abas­
tecimento de combustíveis, oficinas, estacionamentos e/ou garagens de
uso coletivo far-se-á:

317 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

I. Em vias urbanas:
a) Postos de gasolina e de abastecimento de combustíveis:
1. as entradas e saídas deverão ter identificação física, com rebaixamen­
to da guia (meio-fio) da calçada, deixando uma rampa com decli-
vidade suficiente à livre circulação de pedestres e/ou portadores de
deficiência;
2. nas quinas do rebaixamento serão aplicados zebrados nas cores preta
e amarela;
3. as entradas e saídas serão obrigatoriamente identificadas por sinali­
zação vertical e horizontal.
b) Oficinas, estacionamentos e/ou garagens de uso coletivo: as entradas e
saídas, além do rebaixamento da guia (meio-fio) da calçada, deverão
ser identificadas pela instalação, em locais de fácil visibilidade e au­
dição aos pedestres, de dispositivo que possua sinalização com luzes
intermitentes na cor amarela, bem como emissão de sinal sonoro.
II. Nas vias rurais: deverá estar em conformidade com as normas de
acesso elaboradas pelo órgão executivo rodoviário ou entidade de
trânsito com círcunscrição sobre a via.
Parágrafo único. Nas vias urbanas, a sinalização mencionada no presente
artigo deverá estar em conformidade com o Plano Diretor Urbano (PDU), o
Código de Posturas ou outros dispositivos legais relacionados ao assunto.
Art. 2o. Para os postos de gasolina e abastecimento de combustíveis, ofici­
nas e/ou garagens de uso coletivo instalados em esquinas de vias urbanas,
a calçada será mantida inalterada até a uma distância mínima de 5 metros
para cada lado, contados a partir do vértice do encontro das vias.
Art. 3o, Esta resolução entra em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua
publicação.”

101- Os cintos de segurança afixados nos veículos deverão observar o se­


guinte objetivo:
a) Fixar os requisitos mínimos para instalação» especificação e proce­
dimentos de ensaios de cintos de seguranças.
b) Instalação nos assentos voltados para frente.
c) Observar nos assentos dianteiros próximos às portas o tipo três pon­
tos, com retrator.
d) Afixar nos assentos dianteiros intermediários o do tipo três pontos,
com ou sem retrator, ou do tipo subabdominal.
e) NDA.

Leandro Macedo 318


Prova 33 - Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Salvador - BA/Senasp/2003

Pura reprodução literal do item 1 do anexo da resolução n° 48. As opções


B, C e D citam requisitos, e não o objetivo, estabelecidos no item 3 do refe­
rido anexo. Veja seu conteúdo:
“CINTO DE SEGURANÇA EM VEÍCULOS AUTOMOTORES
1 - OBTETIVO
Fixar os requisitos mínimos para instalação, especificação e procedimen­
tos de ensaios de cintos de segurança.
2 - APLICAÇÃO
Aplica-se aos automóveis, caminhonetes, camionetas, caminhões, veicu­
ios de uso misto e aos veicuios de transporte de escolares.
3 - REQUISITOS
3.1 -Da instalação nos assentos voltados para frente.
3.1.1 -Automóveis e mistos deles derivados:
3.1.1.1 - Nos assentos dianteiros próximos às portas, o tipo três pontos,
com retrator. Os veicuios produzidos a partir de 1° de janeiro de 1999 de­
verão ser dotados nos assentos dianteiros próximos às portas de cintos do
tipo três pontos graduável, com retrator.
3.1.1.1.1 - Será admitida a graduação que permita no minímo uma posi­
ção alternativa de ancoragem na fixação superior do cinto de segurança à
coluna.
3.1.1.1.2 - A graduação também poderá ser atendida pela montagem da
fixação superior do cinto de segurança junto ao encosto do banco ou pelo
ponto de afivelamento do cinto de segurança ancorado na forma da legis­
lação pertinente. Nestes dois casos, o cinto movimenta-se simultaneamen­
te ao ajuste do banco no sentido longitudinal.
3.1.1.2 -Nos assentos dianteiros intermediários, o do tipo três pontos, com
ou sem retrator, ou do tipo subabdominal.
3.1.1.3 -Nos assentos traseiros laterais, o do tipo três pontos, com ou sem
retrator, ou do tipo subabdominal.
3.1.1.4 - Os veículos dotados de assentos traseiros laterais ajustáveis no
sentido longitudinal produzidos a partir de Io de janeiro de 1999 deverão
ser dotados de cintos do tipo três pontos graduável, com ou sem retrator.
3.1.1.4.1 -observar o disposto no item 3.1.1.1.1
3.1.1.4.2 -observar o disposto no item 3.1.1.1.2

319 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

3.1.1.5 -Os veicuios produzidos a partir de 1/1/99 nos assentos traseiros la­
terais que não se enquadrem no item 3.1.1.4 deverão ser dotados de cintos
do tipo três pontos, com ou sem retrator.
3.1.1.6 -Nos assentos traseiros intermediários, o do tipo três pontos, com
ou sem retrator, ou do tipo subabdominal.
3.1.1.7 -Nos assentos dos automóveis conversíveis, o tipo três pontos, com
ou sem retrator, ou do tipo subabdominal.
3.1.1.8 - Nos assentos individuais dianteiros é facultada a instalação de
cintos de segurança do tipo suspensório.
3.1.2 -Caminhonetes e veículos de uso misto:
3.1.2.1 - Nos assentos dianteiros próximos ás portas, o tipo três pontos,
com ou sem retrator.
3.1.2.2 -Nos assentos dianteiros intermediários, o do tipo três pontos, com
ou sem retrator, ou tipo subabdominal.
3.1.2.3 -Nos assentos traseiros, laterais e intermediários, quando existen­
tes, o do tipo três pontos, com ou sem retrator, ou do tipo subabdominal.
3.1.3 -Caminhões:
3.1.3.1 -Nos assentos próximos às portas e assentos intermediários, o tipo
três pontos, com ou sem retrator, ou do tipo subabdominal.
3.1.4 -Veicuios para o transporte de escolares:
3.1.4.1 -No assento do condutor, o do tipo três pontos, com ou sem retrator.
3.1.4.2 -Nos demais assentos, o do tipo três pontos, com ou sem retrator,
ou do tipo subabdominal.
3.1.5 - Nos veicuios fabricados a partir de Io de janeiro de 1984 até 16 de
setembro de 1985, é admitida a instalação de cintos do tipo três pontos
sem retrator.
3.1.6 - Para os veicuios nacionais ou importados anteriores aos ano/mo­
delo de 1984, fabricados até 31 de dezembro de 1983, serão admitidos os
cintos de segurança cujos modelos estejam de acordo com as normas an­
teriores em vigor.
3.2 -Da instalação nos assentos que não estejam voltados para a frente do
veículo:
3.2.1 -Cintos de segurança do tipo subabdommai.
3.3 -Da especificação:
3.3.1 -O cinto de segurança deverá atender à norma NBR 7337.

léandro Macedo 320


Prova 33 - Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Saivador- BA/Senasp/2003

3.4-Do método de ensaio:


3.4.1 -O método de ensaio do cm to de segurança deverá atender à norma
NBR 7338.
3.4.2 -Também serão reconhecidos os resultados de ensaios realizados por
órgãos credenciados pela Comunidade Européia, ou peíos Estados Uni­
dos" (grifos nossos)

102- A distância mínima entre duas ondulações sucessivas, em vias urbanas,


deverá ser de
a) 30 metros.
b) 50 metros.
c) 40 metros.
d) 60 metros.
e) 20 metros.

Á questão cobrou apenas memorização do candidato da distância que está


de acordo com a resolução n° 39/98, artigo 12°, § Io, Veja o conteúdo quan­
to às distâncias da referida resolução:
"Art. 10. Recomenda-se que as ondulações transversais do TIPO II. nas
rodovias, sejam precedidas da pintura de linhas de estímulo à redução
de velocidade, calculadas de acordo com a velocidade operacional da via,
conforme previsto no item 2.2 do ANEXO II do Código de Trânsito Bra­
sileiro.
Art. 11. Durante a fase de implantação das ondulações transversais, pode­
rão ser colocadas faixas de pano, informando sua localização, como dis­
positivo complementar de sinalização.
Art. 12. A colocação de ondulações transversais próximas às esquinas, em
vias urbanas, deve respeitar uma distância mínima de 15m do alinhamen­
to do meio-fio da via transversal.
§ Io A distância mínima entre duas ondulações sucessivas, em vias ur­
banas, deverá ser de 50m, e nas rodovias, entre ondulações transversais
sucessivas, deverá ser de lOOm.
§ 2o Numa seqüência de ondulações implantadas em série, em rodovias,
recomenda-se manter uma distância máxima de 200m entre duas ondula­
ções consecutivas.”

321 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

103- Numa seqüência de ondulações implantadas em série, era rodovias,


recomenda-se manter uma distância máxima de
a) 300 metros entre duas ondulações consecutivas.
b) 100 metros entre duas ondulações consecutivas.
c) 400 metros entre duas ondulações consecutivas.
d) 50 metros entre duas ondulações consecutivas.
e) 200 metros entre duas ondulações consecutivas.

A exemplo da questão anterior, cobrou-se a memorização da distância


de acordo com a resolução n° 39/98. artigo 12, § 2°, Ver comentário á
questão 102.

104- O órgão ou entidade responsável pela apreensão do veículo fixará o pra­


zo de custódia, tendo em vista as circunstâncias da infração e obedeci­
dos os critérios abaixo:
I. De l(um) a 10(dez) dias, para penalidade aplicada em razão de in­
fração para a qual não seja prevista multa agravada;
II. De ll(onze) a 20(vinte) dias, para penalidade aplicada em razão da
Infração para a qual não seja prevista multa agravada;
III. De 21(vinte e ura) a 30(trinta) dias, parapenalidade aplicada em
razão de infração para a qual seja prevista multa agravadacom
fator multiplicador de cinco vezes.
a) Somente a opção I está correta.
b) Somente a opção II está correta.
c) Somente as opções I e III estão corretas,
d) Somente a opção III está correta.
e) Estão corretas as opções I, II e III.

Quanto â apreensão do veículo, cabem alguns comentários pela incidência


em provas de concursos públicos; o primeiro é que não é medida admi­
nistrativa e sim penalidade, e em virtude disso não pode ser aplicada por
agente de trânsito, mas somente pela autoridade de trânsito; o segundo
comentário se refere ao prazo máximo que um veiculo pode ficar apreen­
dido ser de 30 dias, podendo ser deflagado um processo de leilão se não
reclamado por seu proprietário num prazo de 90 dias; e o terceiro é quanto
à definição, visto que devemos entender apreensão de veiculo como uma

Leandro Macedo 322


Prova 33 - Agente de Fiscalizaçao de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Salvador - BA/Senasp/2003

privação de bem, sujeita a um devido processo legai, em que o direito de


transitar na via pública (licenciamento) é suspenso temporariamente, e em
virtude disso sofre uma medida administrativa em caráter completar, que
é o recolhimento do CRLV]
Claramente, o gabarito correto para a questão é a alternativa C. Após uma
pequena leitura da resolução n° 53/98, art. 3o. inciso II, percebemos que
houve um equivoco no gabarito oficial. O item II está errado,indo deen­
contro ao estabelecido na resolução n° 53/98, emseu artigo 3o, inciso II.
Veja seu conteúdo:
"Art. 1° O procedimento e os prazos de custódia dos veicuios apreendidos
em razão de penalidade aplicada obedecerão ao disposto nesta resolução.
Art. 2o, Caberá ao agente de trânsito responsável pela apreensão do veiculo
emitir Termo de Apreensão de Veiculo, que discriminará:
I. os objetos que se encontrem no veiculo;
II. os equipamentos obrigatórios ausentes;
III. o estado gerai da latana e da pintura;
IV. os danos causados por acidente, se for o caso;
V. identificação do proprietário e do condutor, quando possível;
VI. dados que permitam a precisa identificação do veiculo.
§ i° O Termo de Apreensão de Veiculo será preenchido em três vias, sendo
a primeira destinada ao proprietário ou condutor do veiculo apreendido;
a segunda ao órgão ou entidade responsável pela custódia do veículo; e a
terceira ao agente de trânsito responsável pela apreensão.
§ 2o Estando presente o proprietário ou o condutor no momento da apre­
ensão, o Termo de Apreensão de Veículo será apresentado para sua assina­
tura, sendo-lhe entregue a primeira via; havendo recusa na assinatura, o
agente fará constar tal circunstância no Termo, antes de sua entrega.
§ 3o O agente de trânsito recolherá o Certificado de Registro e Licencia­
mento de Veículo (CRLV), contra entrega de recibo ao proprietário ou
condutor, ou informará, no Termo de Apreensão, o motivo pelo qual não
foi recolhido.
Art. 3o, O órgão ou entidade responsável pela apreensão do veiculo fixará
o prazo de custódia, tendo em vista as circunstâncias da infração e obede­
cidos os critérios a seguir:

323 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

I. de 01 (um) a 10 (dez) dias, para penalidade aplicada em razão de in­


fração para a qual não seja prevista multa agravada;
II. de 11 (onze) a 20 (vinte) dias, para penalidade aplicada em razão de
infração para a qual seja prevista muita agravada com fator multipli­
cador de três vezes;
III. de 21 (vinte e um) a 30 (trinta) dias, para penalidade aplicada em
razão de infração para a quai seja prevista multa agravada com fator
multiplicador de cinco vezes.
Art. 4o. Em caso de veiculo transportando carga perigosa ou perecível e de
transporte coletivo de passageiros, aplicar-se-á o disposto no § 5° do art.
270 do Código de Trânsito Brasileiro.
Art. 5o. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação."

105- Marque a opção que corresponde ao previsto na resolução n° 15/1998.

Na hipótese do transporte de menores de 10 anos exceder à capacidade


de lotação do banco traseiro
í I . não será admitido o transporte daquele de maior estatura no ban-
co dianteiro, observadas as demais disposições desta resolução.
II. será admitido o transporte daquele de maior estatura no banco
dianteiro, observadas as demais disposições desta resolução.
| III. será admitido o transporte daquele que está acompanhado pelo
seu representante legal,
í- IV. será admitido o transporte daquele que está acompanhado do seu
representante legal com autorização judicial.
a) Estão corretas as opções I e III.
b) Estão corretas as opções I e IV.
c) Estão corretas as opções III e IV.
d) Está correta a opção I.
Está correta a opção II.

Esta resolução foi revogada pela 277/08 do CONTRAN, mas o gabarito


não sofre alteração. Veja comentários da questão 57, letra d.

Leandro Macedo 324


Prova 33 - Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte/Prefeitura de Salvador - BA/Senasp/2003

106- Assinale a alternativa em que a Competência de Fiscalização de Trân­


sito, medidas administrativas, penalidades e arrecadação de multas se­
jam do Estado.
a) Usar o veiculo para arremessar água ou detritos sobre os pedestres
ou veículos.
b) Atirar do veiculo ou abandonar na via pública objetos ou substâncias.
c) Estacionar o veiculo nos acostamentos, salvo motivo de força maior.
d) Ter seu veiculo imobilizado na via por falta de combustível.
e) Conduzir o veiculo sem ter sido submetido à inspeção de segurança
veicular, quando obrigatória.

Resolução n° 66/98 do CONTRAN. As quatro primeiras competências são


do Estado, e somente a última é do município. Ver código da mfração 662-
9. A única competência do Estado mencionada na questão, de acordo com
a resolução n° 66, é a da opção E. Vide comentário da questão 90.

107- Conforme a resolução n° 66/98 do CONTRAN, na tabela de distribui­


ção de competência, fiscalização de trânsito, aplicação das medidas ad­
ministrativas e arrecadação de multas, assinale a alternativa que seja de
competência do Estado e Município, simultaneamente.
a) Entregar a direção á pessoa que não possua Carteira Nacional de Ha­
bilitação ou permissão para dirigir.
b) Parar o veículo na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das
vias de trânsito rápido e das demais vias dotadas de acostamento.
c) Estacionar o veiculo em locais e horários de estacionamento e para­
da proibida pela sinalização (placa - proibido parar e estacionar}.
d) Desobedecer ás ordens emanadas da autoridade competente de trân­
sito ou seus agentes.
e) NDA.

Resolução n° 66/98 do CONTRAN. Ver código da mfração 5S3-5. Às com­


petências das infrações previstas nas opções A, B e C são, respectivamente;
Estado, Município e Município. Mesmo que o candidato não recordasse as
competências comuns conseguiria resolver a questão se reparasse a abran­
gência da redação da opção D. Vide comentário da questão 90.

325 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

108- Marque a opção que corresponde ao previsto na resolução n° 82/1998.


Sobre a autorização, a título precário, para o transporte de passageiros
em veiculos de carga.
I. O número máximo de pessoas admitidas no transporte será cal­
culado na base de 35dm2 (trinta e cinco decimetros quadrados) do
espaço útil da carrocería por pessoa, excluindo o encarregado da
cobrança de passagem e atendimento aos passageiros.
II. Para o transporte de passageiros em veículos de carga não poderão
ser utilizados os denominados “bascuíantes’ e os “boíadeiros”.
III. As autoridades com circunscrição sobre as vias a serem utilizadas
no percurso pretendido não são competentes para autorizar, per­
mitir e fiscalizar o transporte de passageiros em veículos de carga,
por meio de seus órgãos próprios.
IV. Pela inobservância ao disposto nesta resolução, fica o proprietário,
ou o condutor do veículo, conforme o caso, sujeito às penalidades
aplicáveis simultânea ou cumulativamente, e independente das de­
mais infrações previstas na legislação de trânsito.
a) Estão corretas as opções I e III.
b) Estão corretas as opções I e II.
c) Estão corretas as opções II e IV.
d) Estão corretas as opções II e III.
e) Estão corretas as opções I e IV.

Onde não houver linha regular de ônibus, a autoridade com círcunscrição


sobre a via poderá autorizar, a título precário, o transporte de passageiros
em veiculo de carga ou misto, desde que obedecidas as condições de segu­
rança estabelecidas neste Código e peio CONTRAN. A autorização citada
acima não poderá exceder a doze meses, prazo a partir do qual a autori­
dade pública responsável deverá implantar o serviço reguiar de transporte
coletivo de passageiros, em conformidade com a legislação pertinente e
com os dispositivos do CTB.
Quanto à resolução do CONTRAN que regulamentou o disposto, foi in­
serida a possibilidade de ser autorizado o transporte naqueles municípios
em que as linhas existentes sejam insuficientes, e quanto â espécie de vei­
culos, o CONTRAN faz menção apenas a veiculos de carga.
Claramente, o gabarito correto para a questão sena a alternativa C, pois foi
cobrada a literalidade da resolução. O item I está incorreto, pois “excluindo”
deveria ser alterado para “incluindo-se”, Ver artigo 5o da resolução n° 82.

Leandro Macedo 326


Prova 33 - Agente de Fiscalização de Trânsito e Transporte/Prefeitura de 5alvador - BA/Senasp/2003

O item II está de acordo com o artígo 6o. A inserção do “não”, no ítem III,
tomou-o errado. Ver artígo 7° da resolução. Já o ítem IV é reprodução do
artigo 8o, portanto, os itens corretos são: II e IV. Questão muito freqüente
em concursos, razão pela quai decidimos transcrever a referida resolução:
"Art. Io, O transporte de passageiros em veicuios de carga, remunerado
ou não, poderá ser autorizado eventualmente e a título precário, desde
que atenda aos requisitos estabelecidos nesta resolução.
Art. 2o. Este transporte só poderá ser autorizado entre localidades de ori­
gem e destino que estiverem situadas em um mesmo município, muni­
cípios limítrofes, municípios de um mesmo Estado, quando não houver
linha regular de ônibus ou as linhas existentes não forem suficientes para
suprir as necessidades daquelas comunidades.
§ Io A autorização de transporte será concedida para uma ou mais via­
gens, desde que não ultrapasse a validade do Certificado de Registro e
Licenciamento do Veiculo - CRLV.
§ 2o Excetua-se do estabelecido neste artígo a concessão de autorização
de trânsito entre localidades de origem e destino fora dos limites de juris­
dição do município, nos seguintes casos:
I. migrações internas, desde que o veiculo seja de propriedade dos mi­
grantes;
II. migrações internas decorrentes de assentamento agrícola de res­
ponsabilidade do Governo;
III. viagens por motivos religiosos, quando não houver condições de
atendimento por transporte de ônibus;
IV. transporte de pessoas vinculadas a obras e/ou empreendimentos
agro industriais, enquanto durar a execução dessas obras ou em­
preendimentos;
V. atendimento das necessidades de execução, manutenção ou conser­
vação de serviços oficiais de utilidade pública.
§ 3o Nos casos dos incisos I, II e III do parágrafo anterior, a autorização
será concedida para cada viagem, e, nos casos dos incisos IV e V, será
concedida por período de tempo a ser estabelecido pela autoridade com­
petente, não podendo ultrapassar o prazo de um ano.
Art. 3o. São condições mínimas para concessão de autorização que os
veicuios estejam adaptados com:
I. bancos com encosto, fixados na estrutura da carroceria;

327 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

II. carroceria, com guardas altas em todo o seu perímetro, em material


de boa qualidade e resistência estrutural;
III. cobertura com estrutura em material de resistência adequada;
Parágrafo único. Os veículos referidos neste artigo só poderão ser utiliza­
dos após vistoria da autoridade competente para conceder a autorização
de trânsito.
Àrt. 4o. Satisfeitos os requisitos enumerados no artigo anterior, a autori­
dade competente estabeiecerá no documento de autorização as condições
de higiene e segurança, definindo os seguintes elementos técnicos*.
I - o número de passageiros (lotação) a ser transportado;
II -o local de origem e de destino do transporte;
III -o itinerário a ser percorrido;
IV -o prazo de validade da autorização.
Art. 5o, O número máximo de pessoas admitidas no transporte será cal­
culado na base de 35dm2(trinta e cinco decimetros quadrados) do espaço
útil da carroceira por pessoa, incluindo-se o encarregado da cobrança de
passagem e atendimento aos passageiros.
Art. 6o. Para o transporte de passageiros em veicuios de carga não pode­
rão ser utilizados os denominados “basculantes” e os “boiadeiros”
Art. 1°. As autoridades com circunscrição sobre as vias a serem utilizadas
no percurso pretendido são competentes para autorizar, permitir e fisca­
lizar esse transporte, por meio de seus órgãos próprios.
Art. 8o Pela inobservância ao disposto nesta resolução, fica o proprie­
tário, ou o condutor do veiculo, conforme o caso, sujeito às penalidades
aplicáveis simultânea ou cumulativamente, e independentemente das de­
mais infrações previstas na legislação de trânsito.
Art. 9o. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação”

Gabarito

89. D 94. B 99. E 104. E


90. Anulada 95. D 100. C 105. E
91. D 96. E 101. A 106. E
92. A 97. B 102. B 107. D
93. A 98. E 103. E 108. E

Leandro Macedo 328


Prova 34
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRE-PI/FCC/2002

61- O uso de capacete em motoddetas é obrigatório para condutores


a) e passageiros em qualquer situação,
b) e opcional para passageiros.
c) e passageiros apenas nas rodovias.
d) em qualquer situação e para passageiros apenas nas rodovias.
e) e apenas para passageiros adultos.

Ver artigos 54, inciso I; 55, inciso I; 244, incisos I e II, do CTB, e resolução n°
203/06 do CONTRAN. Ê importante ressaltar que tanto o capacete quanto
a viseira ou óculos de proteção são obrigatórios para condutor e passageiro,
conforme o artigo 3o da resoíução n° 203/06 (alterada pela 270/08).

62- Quando não houver sinalização específica, as velocidades máximas em ro­


dovias, respectivamente para automóveis, ônibus e caminhões, serão de
a) 100 km/h, 80 km/h e 80 km/h.
b) 100 km/h, 90 km/h e 90 km/h.
c) 110 km/h, 90 km/h e 80 km/h.
d) 110 km/h, 80 km/h e 80 km/h.
e) 120 km/h, 90 km/h e 80 km/h.

Questão de acordo com o artígo 61, § Io, inciso I do CTB. Cabe ao candi­
dato memorizar o referido artigo e não terá problemas em resoiver qual­
quer questão do típo que possa aparecer. Veja o dispositivo abaixo:
“Art. 61. A veiocídade máxima permitida para a via será indicada por meio
de sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de
trânsito.
§ Io Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima
será de:
I. nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vías de trânsito rápido;
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;

329
Provas Comentadas

d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais.


II. nas vias rurais:
a) nas rodovias:
1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e
motocicletas;
2) noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus:
3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos.
b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.
§ 2o O órgão ou entidáde de trânsito ou rodoviário com círcunscrição so­
bre a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades supe­
riores ou inferiores àquelas estabelecidas no parágrafo anterior”

63- Numa rotatória, a preferência de passagem é do veículo


a) que se aproximar pela direita.
b) que estiver circulando por ela.
c) que chegar primeiro.
d) de maior porte.
e) que estiver desenvolvendo maior velocidade.

A questão se refere à preferência de passagem em via não sinalizada, uma


vez que se houve sinalização, a preferência será determinada por ela.
Quando o conflito é entre uma rotatória e uma reta, ambas não sinaliza­
das, o mesmo e dirimido com fulcro no artigo 29, inciso III, alínea “b” do
CTB, que nos mostra que no caso de rotatória, terá preferência aquele que
estiver circulando por ela, e artigo 215, inciso I, alínea “a” do CTB, que
indica ser a infração de natureza grave, sujeito à penalidade de multa. Veja
questões 07,18.141 e 294.

64- As infrações de trânsito classificam-se, segundo a natureza, em


a) crimes de trânsito, médias e leves.
b) crimes de trânsito, graves e leves.
c) grupos I, II, I II e IV.
d) grupos I, II e III.
e) gravíssimas, graves, médias e leves.

A classificação está estabelecida no artigo 258 do CTB, conforme visto


anteriormente.

Leandro Macedo 330


Prova 34 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRE-PI/FCC/2002

65- À sinalização de trânsito que prevalece sobre as demais é a


a) sinalização vertical de advertência.
b) semafórica.
c) sinalização vertical de regulamentação.
d) ordem do agente de trânsito,
e) sinalização horizontal.

De acordo com o artigo 89, inciso I do CTB, em primeiro íugar temos as


ordens do agente; em segundo o semáforo; em terceiro os demais sinais; e
em quarto as normas de circulação.

66- A atualização do endereço de um proprietário de veículo que muda de


residência de um Estado para outro deve ser feita em até trinta dias. A
responsabilidade por essa atualização é
a) do Detran do Estado de origem.
b) do próprio proprietário.
c) do Detran do Estado de destino.
d) da Prefeitura de origem.
e) da Prefeitura de destino.

Todas as providências ligadas à regularização do veículo, assim como de


seus documentos, é de responsabilidade de seu proprietário. Veja a redação
do dispositivo abaixo:
“Art. 257, § 2°, Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela in­
fração referente â prévia regularização e preenchimento das formalidades
e condições exigidas para o trânsito do veiculo na via terrestre, conser­
vação e inalterabilídade de suas características, componentes, agregados,
habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida,
e outras disposições que deva observar”

67- A idade mínim a para a condução de veículos de transporte coletivo, de


transporte escolar, de emergência e de produtos perigosos é de
a) 18 anos.
b) 20 anos.
c) 21 anos,
d) 22 anos.
e) 25 anos.

331 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

São três os requisitos exigidos pelo artigo 145 do CTB para condução dos
referidos veiculos, e um exigido pelo CONTRAN, a saber:
I -ser maior de vinte e um anos;
II - não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser
reincidente em infrações médias durante os últimos doze meses;
III - ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de
prática veicular em situação de risco, nos termos da normatização do
CONTRAN.
IV- Não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação
da CNH, pena decorrente de crime de trânsito, bem como não estar
impedido judicialmente devexercer seus direitos (resolução 285/07).

68- A autoridade de trânsito deve, obrigatoriamente, expedir a notificação


de uma autuação por infração de trânsito no prazo máximo de
a) 15 dias.
b) 30 dias.
c) 45 dias.
d) 60 dias.
e) 90 dias.

Prazo estabelecido no artigo 281, parágrafo único, inciso II do CTB. Ver


também artigo 3o da resolução n° 149/03, lembrando que esse prazo é para
entrega da notificação à empresa responsável pelo seu envio, e não â resi­
dência de quem deva ser notificado. Inseriremos aqui os artigos mencio­
nados para melhor entendimento.
“Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência estabelecida
neste Código e dentro de sua círcunscrição, julgará a consistência do auto
de infração e aplicará a penalidade cabível
Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu registro julgado
msubsistente:
I. se considerado inconsistente ou irregular;
II. se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a notificação da
autuação."
Resolução n° 149/03 do CONTRAN:
“Art. 3°, À exceção do disposto no § 5o do artigo anterior, após a verifica­
ção da regularidade do Auto de Infração, a autoridade de trânsito expedi*

Leandro Macedo 332


Prova 34 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRE-PI/FCC/2002

rá, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data do cometimento


da infração, a Notificação da Autuação dirigida ao proprietário do veiculo,
na qual deverão constar, no mínimo, os dados definidos no art. 280 do
CTB e em regulamentação específica.
§ Io Quando utilizada a remessa postal, a expedição se caracterizará peia
entrega da Notificação da Autuação pelo órgão ou entidade de trânsito â
empresa responsável por seu envio.”

69- Em um trecho de via sinalizado com a placa (R6a) é permitido


a) parar o veículo pelo tempo estritamente necessário para embarque e
desembarque de passageiros.
b) carregar e descarregar mercadorias.
c) estacionar o veiculo, desde que o condutor permaneça no seu interior.
d) estacionar o veiculo, desde que o motor permaneça ligado.
e) parar em fila dupla pelo tempo estritamente necessário para embar­
que e desembarque de passageiros.

A píaca nos diz que é proibido estacionar, sendo, no entanto, permitido


parar. Logo, devemos ver o significado de parada segundo o CTB. Ver
resolução n° 160/04, item 1.1.4, placa R-6a. Ver também as definições de
estacionamento e parada presentes no anexo I do CTB.
Anexo I do CTB:
“ESTACIONAMENTO - ímobilização de veículos por tempo superior ao
necessário para embarque ou desembarque de passageiros."
“PARADA -ímobilização do veiculo com a finalidade e pelo tempo estrita­
mente necessário para efetuar embarque ou desembarque de passageiros.”

70- As placas de sinalização vertical de advertência têm fundo


a) azul e símbolos e legendas brancos.
b) branco e símbolos e legendas pretos.
c) vermelho e símbolos e legendas pretos.
d) verde e símbolos e legendas brancos.
e) amarelo e símbolos e legendas pretos.

Configuração estabelecida na resolução n° 160/04, ítem 1.2.1.

333 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

71- Em uma rodovia de pista única e mão dupla de circulação, a proibição


da ultrapassagem de veículos nos dois sentidos é sinalizada pela linha
a) simples seccíonada na cor branca.
b) simples seccíonada na cor amarela,
c) dupla contínua na cor amarela.
d) dupla, sendo a contínua na cor amarela e a seccionada na cor branca.
e) dupla, sendo a contínua na cor branca e a seccionada na cor amarela.

Duplo sentido: cor amarela.


Ultrapassagem proibidà: linha contínua.
Ver resolução n° 160/04, item 2.2.1, “a”,

/ 72r- O registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo (tacógrafo)


é um equipamento obrigatório para
a) os táxis.
b) os automóveis.
c) as motocicletas.
d) os veicuios de transporte escolar.
e) os veículos utilitários leves.

O registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo (tacógrafo) é


um instrumento instalado em veículos automotores para registro contínuo,
instantâneo, simultâneo e inalterável, em disco diagrama, de dados sobre
a operação dos veículos e de seus condutores.
O instrumento pode ter períodos de registro de 24 horas, em um único
disco, ou de 7 dias em um conjunto de 7 discos de 24 horas cada um.
Neste caso, o registrador troca automaticamente o disco após as 24 horas
de utilização de cada um.
O registrador de velocidade deverá fornecer os seguintes registros: distância
percorrida pelo veiculo; velocidade do veículo; tempo de movimentação
do veículo e suas interrupções; abertura do compartimento de que aloja
o disco diagrama. Poderá ainda, dependendo do modelo, fornecer outros
tempos, como direção efetiva, disponibilidade e repouso do motorista.
Por fim, os veicuios em que é exigido o tacógrafo são escolares, de
transporte de produtos perigosos, coletivo de passageiro com mais de 10
(dez) lugares e de carga com capacidade máxima de tração acima de 19
toneladas. É necessário ressaltar que em coletivos de passageiros com mais
de dez lugares da categoria particular o uso do tacógrafo é facultativo, e
se o veiculo tiver capacidade máxima de tração abaixo de 19 toneladas, o

Leandro Macedo 334


Prova 3 4 -Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRE-PI/FCC/2002

tacógrafo poderá ser exigido, se o veiculo for fabricado a partir de I o de


janeiro de 1999 e cumulativamente tiver PBT acima de 4536 Kg.

Para conduzir motociclos, é necessária a habilitação na categoria


a) A.
b) B.
c) C.
d) D.
e) E.

Ver artigo 143, inciso I do CTB, além do anexo I da resolução n° 168/04. É


conveniente mostrar como o CONTRAN tratou do assunto:
Resolução n° 168/04, anexo I:
Tabela de correspondência e prevalência das categorias
CATEGORIA ESPECIFICAÇÃO
Todos os veículos automotores eelétricos, de duas ou três rodas,
“A’
com ou sem carro iateraí.
Veiculos automotores e elétricos, de quatro rodas, cujo peso
bruto totaí não exceda a três mii e quinhentos quilogramas
e cuja lotação não exceda a 08 (oito) iugares, excluído o do
"B"
motorista, contemplando a combinação de unidade acoplada,
reboque, semi-reboque ou articulada, desde que atenda à lotação
e capacidade de peso para a categoria.
Todos os veiculos automotores e elétricos utilizados em
transporte de carga cujo peso bruto total exceda a três mii e
quinhentos quilogramas, tratores, máquinas agrícolas ede mo­
“C” vimentação de cargas, motor-casa, combinação de veículos em
que a unidade acoplada, reboque, serru-reboque ou articulada,
não exceda a 6.000 kg de PBT e, todos os veiculos abrangidos
pela categoria “B”
Veiculos automotores e elétricos utilizados no transporte de
“D” passageiros cuja lotação exceda a 08 (oito) iugares, e todos os
veiculos abrangidos nas categorias “B” e “C”.
Combinação de veiculos automotores eelétricos, em que a unida­
de tratora seenquadre nas categorias “B", “C” ou “D”; cuja unidade
acoplada, reboque, semi-reboque, articulada, ou ainda com mais
“E”
de uma unidade tracionada, tenha seis mil quilogramas ou mais,'
de peso bruto total, enquadrados na categoria trailer, e todos os
veiculos abrangidos pelas categorias “B”, “C” e “D”

335 legislação de Trânsito


Provas Comentadas

74- À ultrapassagem de um veículo pelo seu lado direito é


a) permitida apenas quando o outro veículo for um caminhão.
b) permitida apenas quando o outro veículo for um ônibus.
c) proibida era qualquer situação.
d) permitida apenas quando o outro veiculo estiver sinalizando para
realizar uma conversão à esquerda.
e) permitida apenas quando o outro veiculo estiver trafegando em me­
nor velocidade.

Temos como regra a proibição de ultrapassar peía direita, e como exceção


apenas uma circunstância, prevista no artígo 29, inciso IX do CTB, na qual
a ultrapassagem será feita pela direita se o veículo a ser ultrapassado mos­
trar o propósito de entrar à esquerda.

75- Os danos causados aos cidadãos por ação, omissão ou erro na execução
de projetos e serviços que não assegurem o direito a um trânsito seguro
são responsabilidade exclusiva
a) dos órgãos executivos rodoviários dos Estados e da União.
b) das Polícias Rodoviárias Estaduais e Federal.
c) dos componentes do Sistema Nacional de Trânsito, no âmbito das
respectivas competências.
d) dos Departamentos Estaduais de Trânsito - Detran.
e) dos órgãos municipais de trânsito.

Questão extremamente simples, uma vez que cada órgão ou entidade tem
suas atribuições delineadas peio CTB. De outra forma, as competências
dos órgãos e entidades componentes dos Sistema Nacíonai de Trânsito
(SNT) estão restritas a limites territoriais. Sendo assim, fica fácil, apurar
responsabilidades dentro do SNT uma vez que as responsabilidades não
se confundem. Como exemplo, poderia citar o caso de um condutor que
sofre um acidente em uma rodovia federai, caso em que o órgão ou enti­
dade a ser acionada é aquele responsável por sinalizar a tal rodovia, hoje
o DNIT (órgão executivo rodoviário da União). Ê extremamente simples
que a responsabilidade de forma gerai é do SNT de proporcionar um trân­
sito mais seguro.

76- Os objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito são, dentre outros,


a) rever periodicamente toda a legislação de trânsito.

Leandro Macedo 336


Prova 34 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRE-PI/FCC/2002

b) estabelecer as penalidades para condutores infratores.


c) promover o intercâmbio com os sistemas de trânsito de outros países,
d) fixar os valores das multas e demais penalidades por infração de
trânsito.
e) estabelecer diretrizes para a segurança, fluidez, conforto, defesa am­
biental e educação para o trânsito.

Questão de acordo com o artigo 6o do CTB, que traz os objetivos básicos


do SNT. Á resposta é seu inciso X. Com relação às diretrizes da política
nacional de trânsito, veja resolução n° 166/04.
“Art. 6°, São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito:
I. estabelecer diretrizes da Polítíca Nacional de Trânsito, com vistas à
segurança, â fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à educação
para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
II. fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização de critérios
técnicos, financeiros e administrativos para a execução das ativida­
des de trânsito;
III. estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de informações entre
os seus diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar o processo deci-
sório e a integração do Sistema.3’

Os veicuios para atendimento de emergências; bombeiros, polícia e am­


bulâncias, dentre outros, têm prioridade de trânsito
a) em quaisquer situações.
b) quando em serviço de urgência e desde que estejam utilizando dis­
positivos luminosos e sonoros.
c) apenas quando precedidos de batedores.
d) apenas nas vias urbanas.
e) apenas nas vias congestionadas.

A questão trata do artigo 29, inciso VII do CTB, que informa também que
os referidos veicuios gozam de livre circulação, estacionamento e parada,
desde que em serviço de urgência e devidamente sinalizados. Reparem
que não é uma coisa ou outra, e sim uma coisa e outra. As outras opções
estão todas infundadas no CTB, portanto, erradas.

337 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

78- A operação de carga e descarga é equiparada


a) ao estacionamento sobre o passeio.
b) à Ímobilização do veículo por falta de combustível.
c) ao estacionamento do veiculo.
d) à parada do veículo.
e) à operação de embarque e desembarque de passageiros.

A questão é relativa ao artígo 47, parágrafo único do CTB, que informa


que a operação de carga e descarga será considerada estacionamento. Vale
lembrar que o veiculo ha operação de carga e descarga deverá estar po­
sicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da via e junto à guia da
calçada, salvo as exceções devidamente sinalizadas, conforme artigo 48,
capuU do CTB. Caso haja acostamento, os veicuios deverão ser posiciona­
dos fora da pista de rolamento, conforme § í° do artígo 48 do CTB, Inse­
riremos aqui tais artigos para melhor entendimento.
“Art. 47. Quando proibido o estacionamento na vía, a parada deverá res­
tringir-se ao tempo indispensável para embarque ou desembarque de pas­
sageiros, desde que não interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou a
locomoção de pedestres.
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regulamentada
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e é considerada es­
tacionamento.
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamen­
tos, o veiculo deverá ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bor­
do da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as
exceções devidamente sinalizadas.
§ Io Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, estacionados
ou em operação de carga ou descarga deverão estar situados fora da pista
de rolamento.”

79- O condutor, ao ingressar em uma via, saindo de um lote lindeiro, deve­


rá dar preferência
a) aos pedestres e aos demais veicuios em circulação.
b) aos pedestres e apenas aos veículos de transporte coletivo.
c) apenas aos pedestres.
d) aos pedestres e apenas aos veicuios que estejam se aproximando pelo
seu lado direito.
e) aos pedestres e apenas aos veículos que estejam se aproximando pelo
seu lado esquerdo.

Leandro Macedo 338


Prova 34 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRE-PI/FCC/2002

Questão literal referente ao artigo 36 do CTB, que trata da norma de circula­


ção que informa qual procedimento deverá ser tomado ao sair de lote lindei-
ro. Como podemos constatar nesta questão, seja qual for a banca examina­
dora, é fundamental que o candidato tenha o conhecimento da literalidade
da lei. Inseriremos aqui o artigo referente à norma de circulação,
“Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de um lote
Undeíro a essa via, deverá dar preferência aos veículos e pedestres que por
ela estejam transitando.”

80- O condutor, ao entrar em um túnel, devera acender os faróis baixos do


veiculo
a) ou, alternativamente, as luzes de posição.
b) ou, alternativamente, as luzes de emergência.
c) apenas se o tunel não tiver iluminação artificiai,
d) em qualquer situação,
e) apenas no período noturno.

A norma de circulação abordada na questão é a prevista no artigo 40, in­


ciso I do CTB. É importante ressaltar que a exigência é de luz baixa seja
qual for o período do dia. Caso o condutor faça uso do facho de luz alta dos
faróis em via provida de iluminação pública, estará cometendo a mfração
prevista no artigo 224 do CTB, que é de natureza leve e penalidade de
muita. Veja os dispositivos que tratam do assunto:
“A rt 40.0 uso de luzes era veiculo obedecerá às seguintes determinações:
I. o condutor manterá acesos os faróis do veiculo, utilizando luz baixa, du­
rante a noite e durante o dia nos túneis providos de iluminação pública.”
"Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias providas de
iluminação pública:
Infração -leve;
Penalidade -multa.”

81- As luzes de emergência (pisca-alerta) devem ser utilizadas pelos condu­


tores
a) em operações de carga e descarga em locais proibidos.
b) na circulação abaixo da velocidade mínima permitida.
c) na circulação sob chuva ou garoa.
d) na circulação sob neblina intensa.
e) nas imobiiizações ou situações de emergência.

339 Legislaçao de Trânsito


Provas Comentadas

Novamente a norma de circulação prevista no artigo 40, inciso V, alíneas


“a” e “b” do CTB, que traz os casos em que o condutor poderá utilizar o
pisca-aierta (situação de emergência, imobilização ou quando a sinaliza­
ção da via determinar). Caso o condutor o utilize fora dos casos previstos
na norma de circulação, estará cometendo a infração prevista no artigo
251, inciso I do CTB, que é de natureza média e penalidade de multa.

82- Em áreas urbanas, o condutor do veículo pode acionar a buzina para


a) chamar a atenção de outra pessoa na rua.
b) alertar os demais usuários da via de uma situação de risco de acidente.
c) avisar a alguém dentro da residência de sua chegada.
d) apressar os pedestres que ainda não concluíram a travessia da via.
e) forçar a passagem sobre outros veiculos,

Conforme a previsão da norma de circulação do artigo 41, incisos I e II


do CTB, o condutor só poderá fazer uso de buzma para fazer advertên­
cias necessárias a fim de evitar acidentes, e fora da área urbana quando
tiver a intenção de ultrapassar outro veículo, desde que em toque breve em
ambas as situações. Caso utilize a buzina fora dos casos previstos, estará
cometendo a infração prevista no artigo 227 e incisos, que é de natureza
leve e penalidade de multa. Ver também a resolução n° 35/98, que trata do
nível máximo de pressão sonora que podera ser emitido por buzina. Veja
os dispositivos abaixo:
“Art. 41. O condutor de veiculo só poderá fazer uso de buzma, desde que
em toque breve, nas seguintes situações:
I. para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes;
II. fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condu­
tor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.”
“Art. 227. Usar buzina:
I. em situação que não a de simples toque breve como advertência ao
pedestre ou a condutores de outros veiculos;
II. prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III. entre as vinte e duas e as seis horas;
IV. em locais e horários proibidos pela sinalização;
V. em desacordo com os padrões e freqüências estabelecidas pelo CON­
TRAN:
Infração -leve;
Penalidade -multa.”

Leandro Macedo 340


Prova 34 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRE-PI/FCC/2002

83- Para a circulação de um veiculo que sofreu alterações em suas caracte­


rísticas originais é necessária a obtenção de um certificado de seguran­
ça emitido
a) por um mecânico de confiança do proprietário.
b) por uma concessionária credenciada pelo fabricante do veículo.
c) pelo fabricante do veículo.
d) pelo Departamento Estadual de Trânsito - Detran.
e) por instituição credenciada pelo Inmetro.

Perceba que a condição para que qualquer veículo transite na via é que o
mesmo seja seguro, tanto é que veículo só pode ser fabricado para transi­
tar na via se o fabricante comprovar ao DENATRAN que os seus veicuios
são seguros, devendo inclusive seus ensaios que atestam a segurança dos
mesmos ficar disponíveis a este órgão. Quando o proprietário mexe em
qualquer ítem do veiculo que possa torná-lo inseguro (altera caracterís­
tica), a responsabilidade de providenciar o CSV (certificado de segurança
veicular) passa a ser dele.
O CSV deve ser emitido por instituição credenciada peio Inmetro para que
possa ter validade, de acordo com o artígo 106 do CTB. Vale lembrar que
qualquer alteração de característica deve ser precedida de autorização da
autoridade competente. Caso não obtenha a prévia autorização, o condu­
tor estará cometendo a infração prevista no artigo 230, inciso VII do CTB,
que é de natureza grave, penalidade de multa e medida administrativa de
retenção para regularização. Observar também a resolução n° 262/67, que
trata das modificações de veículos. Veja os dispositivos abaixo:
“Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia auto­
rização da autoridade competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no
veículo modificações de suas características de fábrica.
Parágrafo único. Os veículos e motores novos ou usados que sofrerem altera­
ções ou conversões são obngados a atender aos mesmos limites e exigências de
emissão de poluentes e ruído previstos pelos órgãos ambientais competentes
e pelo CONTRAN, cabendo á entidade executora das modificações e ao pro­
prietário do veiculo a responsabilidade pelo cumprimento das exigências.11
“Art. 103. O veículo só poderá transitar peia via quando atendidos os re­
quisitos e condições de segurança estabelecidos neste Código e em normas
do CONTRAN.

341 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

§ I o Os fabricantes, os importadores, os montadores e os encarroça-


dores de veicuios deverão emitir certificado de segurança, indispensá­
vel ao cadastramento no RENAVAM, nas condições estabelecidas pelo
CONTRAN.
§ 2° O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e a periodicidade
para que os fabricantes, os importadores, os montadores e os encarroça-
dores comprovem o atendimento aos requisitos de segurança veicular, de­
vendo, para isso, manter disponíveis a qualquer tempo os resultados dos
testes e ensaios dos sistemas e componentes abrangidos pela legislação de
segurança veicular” .
“Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modificação de veícu­
lo ou, ainda, quando ocorrer substituição de equipamento de segurança
especificado pelo fabricante, será exigido, para licenciamento e registro,
certificado de segurança expedido por instituição técnica credenciada por
órgão ou entidade de metrologia legal, conforme norma elaborada pelo
CONTRAN.”
“Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Registro de Veículo
serão exigidos os seguintes documentos: !
V. comprovante de procedência e justificativa da propriedade dos com­
ponentes e agregados adaptados ou montados no veículo, quando houver
alteração das características originais de fábrica.”
“Art. 230. Conduzir o veiculo:
VIL com a cor ou característica alterada;
Infração -grave;
Penalidade -multa;
Medida administrativa -retenção do veículo para regularização.”

84- Para construir um estabelecimento comercial com acesso á faixa de do­


mínio de uma rodovia estadual é necessária a autorização do
a) ôrgão ou entidade com jurisdição sobre a via.
b) Conselho Estadual de Trânsito - Cetran.
c) Departamento Nacional de Trânsito - Denatran.
d) Departamento Estadual de Trânsito ~ Detran.
e) ôrgão municipal de trânsito.

Embora o examinador tenha utilizado a palavra jurisdição em vez de circuns­


crição, que seria a correta, a opção A está de acordo com o artigo 95, caput do
CTB. Veja também os artigos 24, inciso IX, e 21, inciso IX, ambos do CTB.

Leandro Macedo 342


Prova 34 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRE-PI/FCC/2002

“Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a


livre circulação de veiculos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança,
será iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade de trânsito com
círcunscrição sobre a via.”
"Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União,
dos Estados, do Distrito Federai e dos Municípios, no âmbito de sua cir-
cunscrição:
IX. fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, aplicando as
penalidades e arrecadando as multas nele previstas;”
“Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Muni­
cípios, no âmbito de sua círcunscrição:
IX. fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, aplicando as
penalidades e arrecadando as muitas nele previstas.”

85- A velocidade máxima numa via arterial em que NÃO haja sinalização
específica é
a) 50 km/h.
b) 60 km/h.
c) 70 km/h.
d) 80 km/h.
e) 90 kra/h.

Questões sobre velocidades permitidas em vias não sinalizadas são muito


recorrentes em concursos, conforme já'constatado neste trabalho. A opção
correta, de acordo com o artigo 61, § Io, inciso I do CTB, é a ietra B.

86- A sinalização de trânsito deve ser respeitada


a) obrigatoriamente nos dias úteis e opcionalmente nos domingos e fe­
riados.
b) em quaisquer situações.
c) apenas pelos condutores de veículos.
d) apenas no período diurno.
e) obrigatoriamente no período diurno e opcionalmente no noturno.

Devemos ficar com a melhor resposta dentre as alternativas, pois existe


no CTB, mais especificamente em seu artigo 89, a possibilidade de des­
respeitar a sinalização para cumprir as ordens do agente. Em qualquer
outro caso, a mesma deve ser respeitada. Devemos nos adaptar à forma de
cobrança das bancas.

343 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

87- A cor amarela na sinalização horizontal é utilizada para


a) delimitar os limites do passeio.
b) indicar os locais de travessia de pedestres.
c) separar fluxos de sentidos opostos.
d) separar fluxos de mesmo sentido.
e) delimitar os limites da pista.

A questão está de acordo com a resoíução nQ160/04, item 2.1.2.

SS~ A sinalização vertical, que tem por finalidade informar aos usuários das
condições, proibições, obrigações ou restrições no uso da via, é a de
a) regulamentação.
b) educação.
c) orientação.
d) advertência.
e) indicação.

Novamente uma questão sobre a resolução n° 160/04, item 1.1.

Gabarito

61. A 75. C
62. C 76. E
63. B 77. B
64. E 78. C
65. D 79. A
66. B 80. D
67. C 81. E
68. B 82. B
69. A 83. E
70. E 84. A
71. C 85. B
72. D 86. B
73. A 87. C
74. D 88. A

Leandro Macedo 344


Prova 35
Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

37- Considere que o condutor de um caminhão de carga ori­


ginário de Ponta Porã, ao aproximar-se de uma área de
fiscalização localizada na BR-463, avistasse o sínai de re­
gulamentação vertical reproduzido em preto e branco na
figura ao lado. Nessa situação, o condutor do veículo de carga deverá
posicioná-lo para pesagem obrigatória, (adaptada)

De acordo com a resolução n° 160/04, que alterou o anexo II do CTB, não


existe sinalização de regulamentação para pesagem. Existe a obrigatorieda­
de imposta pela norma, de forma expressa no artigo 209 do CTB, que diz
que aquele que deixa de submeter o veículo a pesagem responde por uma
mfração de natureza grave.
O candidato deve estar se perguntando, em uma Rodovia Federal, ao me
deparar com uma balança rodoviária, como saberei se devo ou não subme­
ter o meu veículo à pesagem obrigatória. A resposta é: depende da regula­
mentação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, no exemplo
exposto, do DNIX

38- Considerando que o CTB determina que compete â PRF, no âmbito das ro­
dovias e estradas federais, aplicar e arrecadar as multas impostas por infra­
ções de trânsito, é correto afirmar, com base no referido código, que o poli­
cial rodoviário federal pode multar um motorista por excesso de velocidade
e, para conferir celeridade ao procedimento, receber em mãos o dinheiro
relativo á multa, oferecendo ao infrator recibo devidamente assinado.

O artigo 20, III do CTB, que trata das competências da PRF, nos informa
que compete à Polícia Rodoviána Federal (órgão), e não ao policial, arre­
cadar multas.

39- Considere a seguinte situação hipotética, Um policial rodoviário federal


identificou que um carro movía-se além da velocidade máxima permi­
tida na via e ordenou ao condutor que parasse. Porém, essa ordem não
foi obedecida e o policial, embora não tivesse conseguido identificar o
motorista, anotou a placa do veiculo. Nessa situação, com base no CTB, o
policial não deve lavrar auto de infração, mas lavrar ocorrência policial,
para que a autoridade competente possa apurar a autoria da infração.

345
Provas Comentadas

Errada, pois a situação descrita se refere exatamente ao artigo 195 do CTB,


a saber:

“Art. 195. Desobedecer ás ordens emanadas da autoridade competente de


trânsito ou de seus agentes:
Infração -grave;
Penalidade -multa ”

Ainda quanto á questão, dois comentários devem ser feitos: primeiro


que não há de se falar em ocorrência policial, crime de desobediência, se
existe para ela sanção administrativa, e no caso descrito, existe o artigo
195 do CTB. Em segundo lugar, o CTB faz a previsão de autuações sem
abordagens, exigindo contudo que se preencham alguns campos do auto
de infração para que se mantenha a consistência (presunção de veraci­
dade) do mesmo, a saber: tipificação, data, local e hora do cometimento
da infração e placa, marca e espécie do veículo, conforme artigo 280,
parágrafo 3o,

40- Se um agente de trânsito constatar que ura condutor apresenta oito de-
cigramas de álcool por litro de sangue, ele deve recolher o documento
de habilitação desse condutor e reter seu veículo até que se apresente
um outro condutor habilitado para conduzir o automóvel.

Trata-se da descrição do artigo 165 do CTB, recentemente alterado peía


Lei n° 11.705, de 2008, regulamentada peio decreto 6.488, de 2008. Para
que um condutor seja enquadrado na infração da embriaguez, a concen­
tração de álcool no sangue é de 2dgse no bafômetro (etilômetro) será de
0,1 mg de álcool por litro de ar expirado.
Perceba que as medidas administrativas do artigo 165 permaneceram inal­
teradas, porém a penalidade de suspensão, quando aplicada, será por doze
meses, conforme a nova redação.
Enfim, aquele que for flagrado embriagado terá seu veiculo retido e reco­
lhido seu documento de habilitação. Ver questões 53, a, e 125 e 280.

41- Considere a seguinte situação hipotética. Gustavo, motorista devida­


mente habilitado, levou seu primo Wilson a um churrasco na casa de
um amigo comum, onde o primeiro bebeu um pouco além da conta. Po­
rém, apesar de ter consciência de que Wilson não tinha Carteira Nacio­

Leandro Macedo 346


Prova 35 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

nal de Habilitação (CNH) nem Permissão para Dirigir, Gustavo sabia


que o primo tinha habilidade para dirigir e, percebendo que seus refle­
xos estavam alterados pelo álcool, Gustavo repassou a Wilson as chaves
do carro e pediu que ele os levasse de volta para casa. Nessa situação,
Gustavo incorreu não apenas na prática de uma infração gravíssima às
leis de trânsito, mas também em um crime que pode ser punido com
pena restritiva de liberdade.

A questão sob o ponto de vista técnico foi muito bem bolada, uma vez que
o examinador conseguiu descrever o crime do artigo 310 e a infração de
trânsito do artigo 163 na mesma questão. O detalhe que merece comen­
tário é a respeito do elemento subjetivo dolo, uma vez que o crime do 310
exige, para sua ocorrência, a vontade expressa de entregar a direção a uma
pessoa que não tenha condições de dirigir (Gustavo sabia que Wilson era
inabilitado), cometendo, assim, o crime do 310. Quanto à ocorrência da
infração de trânsito, o agente deve autuar (ato administrativo enunciativo
de natureza vinculada) sem valorar os elementos subjetivos (dolo e culpa)
da conduta. Desta forma, fica fácil perceber que a questão está correta.

42- Se o condutor de um veiculo no Brasil for flagrado, por um agente de


trânsito, dirigindo sob a influência de álcool em nível igual a 0,001 kg
por dm3 de sangue, ele estará sujeito ao pagamento de multa no valor
de 900 UFIR.

A influência de álcool em nivel igual a 0,001 kg por dm3de sangue está acima
dos 2dg referidos no decreto 6488/08. Veja comentários da questão 40.

Texto III - As ações de respeito para com os pedestres


♦ Motorista, ao primeiro sinal dõ entardecer, acenda os faróis. Procu­
re não usar a meia-luz.
♦ Não use faróis auxiliares na cidade.
♦ Nas rodovias, use sempre os faróis ligados. Isso evita 50% dos atropela­
mentos. Seu carro fica mais visível aos pedestres.
♦ Sempre, sob chuva ou neblina, use os faróis acesos.
♦ Ao se aproximar de uma faixa de pedestres, reduza a velocidade e
preste atenção. O pedestre tem a preferência na passagem.
♦ Motorista, atrás de uma bola vem sempre uma criança.

347 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

* Nas rodovias, não dê sinal de luz quando verificar um trabalho de ra­


dar da polícia. Você estará ajudando um motorista irresponsável, que
trafega em alta velocidade, a não ser punido.
* Esse motorista, não sendo punido hoje, poderá causar uma tragédia
no futuro.
* Não estacione nas faixas de pedestres.

43- À luz das informações contidas no texto III e da legislação de trânsito,


julgue os itens a seguu\
a) A propósito do incremento da segurança do trânsito advindo do
adequado uso dos faróis dos veiculos, conforme referido no terceiro
tópico, é correto afirmar que, exceto ao cruzar e seguir outros veícu­
los, o uso de luz alta à noite é obrigatório nas vias não iluminadas,
urbanas ou rurais.

Veja o dispositivo legai que originou a questão ora trabalhada.


“Art. 40, O uso de luzes em veiculo obedecerá ás seguintes determinações:
II. nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cru­
zar com outro veiculo ou ao segui-lo.”

b) A par da recomendação aos motoristas contida no terceiro tópico —


cuja inobservância, durante o dia, não caracteriza infração de trân­
sito —, os pedestres devem observar a regra, também desprovida de
sanção, de que devem circular pelos bordos da pista, na ausência de
acostamento, em fila única, no sentido contrário ao deslocamento de
veiculos.

Esta recomendação vem expressa na resolução n° 18/98. A regra que se


refere aos procedimentos do pedestre está no artigo 68, e as infrações, no
artigo 254, ambos do CTB, onde verificaremos que não existe sanção para
o pedestre que descumpre o exposto. Perceba que a norma regulamenta o
sentido e forma que o pedestre deve transitar nos bordos das vias, porém
não prevê sanção para o descumprimento desta norma, ou de outra forma,
todas as sanções para o pedestre estão relacionadas á travessia irregular da
via. Vejamos agora as disposições legais:
“Art. 68. Ê assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens
apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para cir­
culação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte

Leandro Macedo 348


Prova 35 —Polícia Rodoviána Federal/Cespe-UnB/2002

da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pe­
destres.
§ 3oNas vias rurais, quando não houver acostamento ou quando não for pos­
sível a utilização dele, a circulação de pedestres, na pista de rolamento, será
feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em
sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais proibidos pela
sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida."
“Art. 254. É proibido ao pedestre:
I. permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las
onde for permitido;
II. cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, saivo
onde exista permissão;
III. atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando hou­
ver sinalização para esse fim;
IV. utilizar-se da vía em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito,
ou para a prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares,
salvo em casos especiais e com a devida licença da autoridade com­
petente;
V. andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrâ­
nea;
VI. desobedecer á sinalização de trânsito específica;
Infração -leve;
Penalidade -multa, em 50% (cinqüenta por cento) do valor da infra­
ção de natureza leve.”

c} Não é absoluta a preferência, referida no quinto tópico, dos pedestres


que atravessam a via sobre as faixas delimitadas para esse fim, já que,
havendo sinalização semafórica no local, eles só poderão atravessar a
via quando o sinal luminoso autorizar. Entretanto, é absoluta a pre­
ferência em faixas onde não estejam posicionados agentes de trânsito
nem semáforos, requerendo-se, contudo, que os pedestres dêem um
sinal de advertência aos motoristas antes de iniciarem a travessia.

Questão quase perfeita, na qual o examinador colocou o erro apenas no


seu finai, ao dizer “requerendo-se, contudo, que os pedestres dêem um
sinal de advertência aos motoristas antes de iniciarem a travessia”. Impor­

349 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

tante ressaltar que são previstos no anexo II (resolução n° 160/04) gestos


dos condutores e dos agentes, não sendo previstos gestos dos pedestres. A
pergunta que o candidato deve fazer neste momento é em quais situações
o pedestre tem a preferência e quando não tem essa preferência:
1- Preferência de passagem do pedestre: quando estiver na faixa, quando
o foco de pedestre estiver verde, quando o foco de pedestre estiver ver­
melho e a travessia já tiver iniciado; idosos, gestantes, deficientes físicos e
crianças, ainda que não haja faixa. Quanto a vías sem sinalização para o
pedestre, este somente terá a preferência se já houver iniciado a travessia
ou se estiver numa via para onde se dirige o veículo.
2- Não terá a preferência de passagem se o foco estiver vermelho, ou consi­
derando uma vía não sinalizada se ainda não tiver iniciado a travessia.

d) O procedimento de advertência descrito no sétimo tópico, embora


moralmente reprovável, não caracteriza infração de trânsito.

Veja o sétimo tópico: "Nas rodovias, não dê sinal de luz quando verificar
um trabalho de radar da polícia. Você estará ajudando um motorista ir­
responsável, que trafega em alta velocidade, a não ser punido”. Essa con­
duta constitui infração do artigo 251 do CTB, que nos diz que somente
pode-se usar a luz alta e baixa de forma intermitente nas ultrapassagens
ou situações de emergência.

e) Se a faixa de pedestres estiver localizada em uma esquina, o condutor


que desobedecer à ultima recomendação do texto não cometerá du­
pla infração, hajam vista as infrações relativas às condutas descritas
no tipo ínfracional “estacionar o veículo” não serem cumulativas.

Ao cometer dupla infração, o condutor responderá por ambas, conforme


o artigo 266 do CTB. Veja:
“Art. 266. Quando o mfrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infra­
ções, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as respectivas penalidades.”
Você sabia que...
♦ ser atropelado a uma velocidade de 60 km/h eqüivale a uma queda do
11° andar de um prédio; a uma velocidade de 80 km/h, a uma queda do
20° andar; e já a 120 km/h, a uma queda do 45° andar?
+ a maior parte dos acidentados tem idade inferior a 35 anos?
♦ o acidente de trânsito é a maior causa de morte de jovens do sexo mas­
culino?

Leandro Macedo 350


Prova 35 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

♦ estimativas indicam que o Brasil gasta mais de R$ 10 bilhões por ano


em conseqüência de acidentes de trânsito?
♦ os veículos destinados a transporte de escolares só podem circular
com autorização do órgão executivo estadual?
♦ é proibido dirigir com calçado que não esteja preso ao pé, como o chinelo?
i

44- À luz do CTB e das informações contidas no texto acima, juigue os itens
a seguir.
a) Considerando que um atropelamento tenha ocorrido em uma estra­
da sem sinalização vertical, quando o veiculo se deslocava à veloci­
dade máxima permitida para aquela espécie de via, então o pedestre
terá experimentado o impacto de uma queda do décimo primeiro
andar de um prédio.;

Conforme o artigo 61, II, “b” do CTB, em estradas sem sinalização a velo­
cidade máxima será 60 Km/h, e conforme o texto, o impacto a esta veloci­
dade corresponde a uma queda do 11° andar.

b) Ao conduzir um veículo com a maior das velocidades referidas no


primeiro tópico do texto, o condutor estará, necessariamente, incor­
rendo em infração por excesso de velocidade — na melhor das hipó­
teses, uma infração grave, já que o excesso não chega a atingir 20%
da velocidade máxima admitida em uma via rural.

A maior das velocidades referidas no primeiro tópico do texto é 120 Km/h.


Considerando que a velocidade máxima em uma via rural é de 110 km/h
(rodovia), então realmente encontra-se abaixo dos 20% (132 Km/h). Na
época desta prova esta questão estava correta, mas hoje se apresenta erra­
da, pois conforme nova redação do artigo 218 do CTB, constitui infração
de natureza média.

c) Se o veículo referido no quinto tópico fosse uma Kombi com oito


lugares para passageiros, um motorista habilitado na categoria B
não poderia conduzi-lo, ainda que o transporte ocorresse somente
em via urbana. Se o fizesse, cometeria infração gravíssima, sujeita
à penalidade de apreensão do veiculo e á medida administrativa de
recolhimento do documento de habilitação.

351 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Para conduzir veicuios destinados ao transporte de escolares é exigida


habilitação na categoria “D”, conforme disposto no artigo 138, II. Sendo
assim, se o condutor é habilitado na categoria “B” responderá por dirigir
veiculo com categoria diferente, conforme art. 162, III, onde são previstas
as penalidades e medidas administrativas da questão.

d) No intuito de reverter o dado mencionado no segundo tópico, o CTB


prevê que constitui circunstância agravante para o infrator o fato de
a vítima de crime de trânsito ter menos de 21 anos de idade na data
do evento.

Às agravantes genéricas dos crimes de trânsito vêm expressas no artigo


298 do CTB, que nada menciona sobre a referida situação. Veja o conteúdo
deste artigo:
“Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos cri­
mes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração:
I. com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco
de grave dano patrimonial a terceiros; ■
II. utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
III. sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
IV. com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria
diferente da do veículo;
V. quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o
transporte de passageiros ou de carga;
VI. utilizando veiculo em que tenham sido adulterados equipamentos ou
características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de
acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fa­
bricante;
VII. sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente destinada a
pedestres.”

e) As informações do texto revelam a necessidade de campanhas de


educação para o trânsito e de programas destinados á prevenção de
acidentes; em face disso, a legislação impõe a destinação de 10% da
arrecadação da previdência social para esses fins — o que se justifica
em razão do evidente efeito de diminuição do gasto com o pagamen­
to de benefícios pelo sistema previdenciário.

Leandro Macedo 352


Prova 35 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

O examinador tentou confundir o candidato, pois o que o CTB prevê em


seu artigo 78 é que 10% do percentual do DPVAT destinado à previdência,
irá para campanhas de prevenção de acidentes. O percentual do DPVAT
destinado a previdência é de 50%, conforme a Lei n° 8.212/93, logo o valor
do DPVAT que vai para campanhas de prevenção de acidentes é de 5%.
De acordo com o Decreto n° 2.867, de 08 de dezembro de 1998, dos recur­
sos arrecadados pelo DPVAT, cabem à União:
-45% do valor bruto recolhido do segurado a crédito direto do Fundo Na­
cional de Saúde, para custeio da assistência médico-hospítaíar dos segura­
dos vitimados em acidentes de trânsito;
-5% do valor bruto recolhido do segurado ao DENATRAN, para aplica­
ção exclusiva, pelos Ministérios da Saúde, da Educação, do Trabalho, dos
Transportes e da Justiça, em programas destinados à prevenção de aciden­
tes de trânsito, nos termos do artigo 78 do Código de Trânsito Brasileiro e
da resolução do CONTRAN n° 143/03.

45- Os programas de educação para o trânsito deveriam ensinar que cons­


tituí infração de trânsito um pedestre atravessar uma rodovia em iocal
proibido, Nesse sentido, se um policial observar a prática desse ilícito,
deverá autuar o infrator, que pode ser punido com multa, sanção essa
que, em nenhum caso, poderá ser convertida em advertência escrita ou
em participação do infrator em curso de segurança viária.

Vamos ver passo a passo as justificativas no CTB:


Os programas de educação para o trânsito deveriam ensinar que constitui
infração de trânsito um pedestre atravessar uma rodovia em locai proibi­
do (art. 254, VI. desobedecer à sinalização de trânsito específica); até aí a
questão está correta.
Nesse sentido, se um policiai observar a prática desse ilícito, deverá autuar o
infrator, que pode ser punido com muita, por força do artigo 280 (ocorrendo
infração prevista na legislação de trânsito, íavrar-se-á auto de infração), e a
muita vem prevista no artígo 254; até aí a questão encontra-se correta.
Sanção essa que, em nenhum caso, poderá ser convertida em advertência
escrita ou em participação do infrator em curso de segurança viária. É
nesta parte que se encontra o erro da questão, pois contraria o artigo 267
do CTB, que nos informa que a muita do pedestre pode tanto ser con­
vertida em advertência por escrito quanto participação em um curso de
segurança viária.

353 Legislação de Trânsito

1
Provas Comentadas

46- (adaptada) Da instalação do cinto de segurança nos assentos que não


estejam voltados para a frente do veículo será exigido apenas cintos de
segurança do tipo subabdorainal.

Trata-se da reprodução literal do item 3.2 do anexo da resolução


n° 48/98.

47- Se Maurício, esquecendo-se de que havia ura defeito no marcador do ní­


vel de combustível de seu automóvel, deixasse que o combustível de seu
veículo acabasse e, com isso, desse causa a que o automóvel ficasse imobi­
lizado na via, então Maurício cometeria infração leve, á qual deveria ser
aplicada pena de multa e medida administrativa de retenção do veículo.

A infração é de natureza média por força do artigo 180 do CTB, e a medi­


da administrativa correspondente é remoção do veículo.

48“ À luz das informações contidas no texto V II e da legislação de trânsito,


julgue os itens a seguir.
a) Em uma blitz, se o condutor ouvir o policial emitir sinal de apito con­
sistente de dois silvos breves, então deverá, em atendimento ao co­
mando, interromper o funcionamento do veiculo e apresentar os do­
cumentos pessoais e de registro do veiculo à fiscalização, (adaptada)

Por força da resolução n° 160/04, que alterou o anexo I I , os sinais de apito


devem estar combinados com os gestos do agente. Quando o sinal for dois
silvos breves, deve, sim, parar seu veiculo, mas não se presume atividade
de fiscalização, e sim ordenamento do tráfego.

b) A perseguição dos dois homens que fugiram para dentro da mata,


suspeitos de terem praticado roubo, poderia ser realizada pelos po­
liciais rodoviários federais, sem violação da competência legalmente
atribuída á PRF.

O grande detalhe da questão é o estado de flagrância, que é subsidiado


tanto pelo Código de Trânsito quanto pelo Código de Processo Penal,
que nos informa que em regra as autuações devem se dar com aborda­
gem (artigo 280 do CTB), e o CPP nos informa que o policial, ao pre­
senciar uma mfração penal, deve agir. Enfim, como a atividade da PRF
está circunscrita a rodovias e estradas federais, tanto no que se refere ao
policiamento quanto à atividade de fiscalização de trânsito, cabe ressal­
tar que estes limites podem ser ultrapassados a fim de abordar o veículo
ou efetuar prisões.

Leandro Macedo 354


Prova 35 - Polícia Rodoviária FederaI/Cespe-UnB/2002

c) Ao reter o veículo abandonado, a PRF terá praticado ato definido no


CTB como medida administrativa.

Tanto as medidas administrativas quanto as penalidades previstas no


CTB estão sujeitas à reserva iegai, ou seja, somente poderão ser aplica­
das mediante expressa previsão legal. Como não existe no CTB a pre­
visão de retenção de veículo abandonado, tampouco a definição do que
seria veiculo abandonado, não hà de se falar em aplicação de medida
administrativa alguma.

d) Descrita no segundo parágrafo do texto, a conduta de abandono do


carro na estrada não caracteriza crime tipificado no CTB.

Não é crime previsto no CTB.

e) Na situação em que o condutor do veiculo evadir-se do local, a noti­


ficação da penalidade de multa porventura imposta, decorrente da
infração de desobedecer ao comando policial para parar, será en­
caminhada ao proprietário do veiculo. O notificado deverá, então,
depositar 50% do valor da multa, para efeito de recorrer contra a
imposição dessa penalidade pecuniária. A autoridade que impôs a
multa não poderá exercer juizo de retratação, devendo encaminhar
o recurso para julgamento por uma das juntas administrativas de
recursos de infrações (JARI).

Desobedecer às ordens do agente é infração de natureza grave, por força


do artigo 195. A notificação de penalidade será realmente encaminhada
ao proprietário do veículo, que até o vencimento da multa poderá pagá-ia
por 80% do seu valor (torna a questão errada), prazo este que será o mes­
mo para interpor o primeiro recurso e que não será inferior a 30 dias, por
força dos artigos 284 e 285 do CTB.

As entregas são feitas por Alberto, que utiliza uma bicicleta para realizar o
serviço.
49- A partir da situação descrita, julgue os itens a seguir.
a) Alberto somente poderia conduzir o referido veículo pelo passeio
caso houvesse sinalização adequada autorizando esse tipo de circu?
Iação.

355 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

A questão foi retirada do artigo 59. Veja a redação:


“Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo órgão ou
entidade com círcunscrição sobre a via, será permitida a circulação de bi­
cicletas nos passeios.”

b) Caso houvesse grande movimentação de pessoas em um passeio em


que não fosse expressamente permitido conduzir bicicletas, confi­
guraria infração de trânsito o fato de Alberto, mesmo não estando
montado na bicicleta, empurrá-la sobre o referido passeio.

Conforme a redação do artigo 68, § Io, o ciclista desmontado empurrando


a bicicleta se equipara ao pedestre em direitos e deveres.

c) Se Alberto conduzir sua bídcleta pelos bordos de uma pista de rolamen­


to, em sentido contrário ao dos carros, então ele cometerá infração para
a qual a lei não prevê penalidade específica e, portanto, se ura agente de
trânsito flagrar Alberto cometendo essa infração, deyerá ser-lhe impos­
ta multa aplicada às infrações de natureza leve.

O sentido que a bicicleta deve transitar é o mesmo dos demais veiculos,


porém, caso descumpra o estabelecido, não será aplicada sanção por falta
de previsão legal. De outra forma, a única infração cometida pelo ciclista
para a qual é prevista penalidade específica é a do artigo 255, que pune o
ciclista que transita com bicicleta no passeio.
A base para formulação da questão foi o artigo 256, § 2o, o qual foi vetado
por violar o principio da reserva legal, que se tinha a previsão que seria
aplicar multa de natureza leve naquelas infrações em que não fosse previs­
ta penalidade específica.

d) Se Alberto estivesse montado em sua bicicleta, ele não teria prio­


ridade de passagem, em relação aos automóveis, em uma faixa de
pedestres sem sinalização semafórica, prioridade essa que somen­
te lhe caberia caso ele não estivesse montado na bicicleta e estivesse
empurrando-a.

Só é prevista tal preferência aos pedestres e ao ciclista desmontado (que se


equipara a estes em direitos e deveres).

Leandro Macedo 356


Prova 35 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

50- Julgue os itens a seguir.


a) Se um policial rodoviário federal identificar que um condutor dirige
um carro estando com seus pés descalços, ele deverá multá-lo pela
prática de infração grave, pois o CTB proíbe expressamente que os
motoristas dirijam descalços.

Trata-se de mais uma tentativa do examinador de pegar aquele candidato


que fez uma leitura desatenta dos dispositivos. Veja a redação do artigo
252, IV, que trata do disposto:
“Art. 252. Dirigir o veículo:
IV. usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utili­
zação dos pedais;
Infração -média;
Penalidade -multa.”

b) Considerando que é moda, em vários locais do pais, as mulheres uti­


lizarem tamancos de sola muito alta e que não se firmam nos pés, é
correto afirmar que a condução de veicuios por mulheres que uti­
lizam tais calçados configura infração de natureza média, punível
com multa.

Veja comentário ao item anterior.

c) Considere a seguinte situação hipotética. Henrique, após ter dois


aparelhos de som furtados de seu carro, decidiu não mais correr ris­
cos e, em vez de instalar um novo equipamento de som, comprou
um aparelho portátil (walkman) e passou a dirigir com fones nos
ouvidos. Assim, cada vez que ele estaciona o veiculo, leva consigo a
aparelhagem de som. Nessa situação, a conduta de Henrique confi­
gura infração às leis de trânsito punível com multa.

Veja abaixo a redação do dispositivo que confirma a questão:


“Art. 252. Dirigir o veículo:
VI. utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora
ou de telefone celular;
Infração -média;
Penalidade -multa.”

357 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

d) Considere a seguinte situação hipotética. Ricardo, recém-casado, via­


jou para Salvador, onde passou sua lua-de-mel. Durante a viagem, ele
dirigiu seu carro, que tem direção hidráulica, cora a mão esquerda
ao volante e a mão direita enlaçada à mão de sua esposa. Dirigiu ele
abaixo da velocidade máxima da via e com bastante cuidado, soltando
a mão da esposa cada vez que era necessário mudar a marcha ou acio­
nar equipamentos do veiculo e, após realizar essas operações, voltaya
a segurar-lhe a raão. Nessa situação, a conduta de Ricardo configurou
direção irregular, e, portanto, um agente de trânsito que a observasse
teria o dever de autuar Ricardo pela prática da infração.

Peía redação do artigo 280, o agente que presencia a infração deve iavrar o
auto, e a descrição do fato acima reflete o disposto no artigo 252, V:
“Art. 252. Dirigir o veiculo:
V. com apenas uma das mãos. exceto quando deva fazer sinais reguía-
mentares de braço, mudar a marcha do veiculo, ou acionar equipa­
mentos e acessórios do veiculo;
Infração -média; :
Penalidade -multa.”

e) Considere a seguinte situação hipotética. Fernando conduzia um


caminhão por uma rodovia federal com apenas uma faixa de rola­
mento em cada sentido e, devido à carga excessiva que fora posta no
veículo, este não conseguia subir uma determinada iadeira a mais de
35 km/h, apesar de a estrada estar em perfeito estado de conservação
e de haver ótima condição tanto meteorológica como de tráfego. Ga­
briel, que conduzia seu automóvel logo atrás do veiculo de Fernan­
do, mantinha a mesma velocidade do caminhão, pois a sinalização
determinava que era proibido ultrapassar naquele trecho da estrada.
Nessa situação, um agente de trânsito que identificasse essa ocor­
rência, mediante equipamentos idôneos de medição de velocidade,
deveria autuar Fernando por desrespeito à velocidade mínima per­
mitida na via, mas não deveria autuar Gabriel.

A questão acima foi montada com base no artigo 219 do CTB. Sendo as­
sim, vamos fazer uma análise conjunta.
Fernando conduzia um caminhão por uma rodovia federal com apenas
uma faixa de rolamento em cada sentido e, devido à carga excessiva (neste
momento o examinador quis mostrar ao candidato que a velocidade redu­
zida não é devida nem às condições de tráfego nem às meteorológicas) que
fora posta no veiculo, este não conseguia subir uma determinada iadeira a

Leandro Macedo 358


Prova 35 - Poiícía Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

mais de 35 km/h (velocidade mínima de cammhão em rodovia não sinali­


zada è 40 Km/h), apesar de a estrada estar em perfeito estado de conserva­
ção e de haver ótima condição tanto meteorológica como de tráfego (aqui
o examinador reitera que nada impede que se imprima maior velocidade,
somente as condições do próprio veículo).
Gabriel, que conduzia seu automóvel logo atrás do veiculo de Fernando,
mantinha a mesma velocidade do caminhão, pois a sinalização deter­
minava que era proibido ultrapassar naquele trecho da estrada (aqui fica
claro que Gabriel está fatalmente abaixo da velocidade mínima devido às
condições de tráfego; ressaltamos ainda que a velocidade mínima para au­
tomóvel em rodovia não sinalizada é de 55 Km/h. Então Gabriel está am­
parado por uma das excludentes do artigo 219). Nessa situação, um agente
de trânsito que identificasse essa ocorrência, mediante equipamentos idô­
neos de medição de velocidade, deveria autuar Fernando por desrespeito
à velocidade mínima permitida na via, mas não deveria autuar Gabriel.
Perfeita redação, de acordo com o artigo 219 transcrito abaixo:
“Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da
velocidade máxima estabelecida para a via, retardando ou obstruindo o
trânsito, a menos que as condições de tráfego e meteorológicas não o per­
mitam, salvo se estiver na faixa da direita:
Infração -média;
Penalidade -muita.”

Ainda quanto â velocidade mínima para transitar, cabe ressaltar que será
a metade da velocidade máxima estabelecida e que para constatar o come­
timento de tal infração é necessário um equipamento hábil para medir a
velocidade do veículo e uma declaração do agente para atestar que o veí­
culo interrompe o trânsito.

À luz do CTB, julgue os itens a seguir,


a) Considere a seguinte situação hipotética. Roberto solicitou que Hele­
na parasse seu carro em frente ao caixa eletrônico de um determinado
banco, para que ele sacasse algum dinheiro. Helena, então, parou em
frente a uma placa que proibia o estacionamento e, enquanto Roberto
enfrentava a fila do banco, ela esperou dentro do carro, com o pisca-
alerta ligado. Nessa situação, como Helena está esperando dentro do
carro com o písca-alerta ligado, não se configura estacionamento,
mas parada, e, portanto, um agente de trânsito não pode multá-la
por ter estacionado em locai proibido.

359 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

De acordo com anexo I do CTB, a definição de parada é ímobilização do


veículo com a finalidade e pelo tempo estritamente necessário para efetu­
ar embarque ou desembarque de passageiros, situação diferente da descrita
acima. De outra forma, ao ultrapassar o tempo da parada, o veículo estará
necessariamente estacionado.

b) Entre as finalidades da PRF, estão a realização do patrulhamento os­


tensivo nas rodovias, a execução de operações de segurança pública
para prevenir delitos que porventura possam ocorrer nas rodovias e
também a realização de levantamento dos locais de acidentes de trân­
sito e dos serviços de socorro e salvamento de vítimas.

Conforme expresso no artigo 20, mcísos II e IV. Quanto ao patrulhamento


ostensivo, devemos entendê-lo como presenciai, visível, com a finalidade
preventiva. Aqui temos a informação de que a polícia rodoviária federal
deve se posicionar à frente do acostamento, para evitar que ocorra a infra­
ção, e não ao final, para autuar os infratores.
Quanto á atividade de segurança pública desempenhada pela PRF, refere-
se tanto â segurança no trânsito quanto à necessidade1de coibir as infra­
ções penais ocorridas em sua circunscrição.
Por fim, quanto ao levantamento dos locais dos acidentes, esta é uma atribui­
ção de todos os órgãos executivos de trânsito (PRF, DNIT, DER,DETRANS
etc.)> a fim de que o DENATRAN possa promover a estatística geral de
acidente de trânsito no pais. Cabe ressaltar ainda que o fornecimento de
tais informações pelos órgãos executivos será mensal e que o nome do
banco de dados é RENAEST (registro nacional de estatísticas de acidentes
de trânsito).

c) Considere a seguinte situação hipotética. Adriano, que fo! multado


por ter estacionado a 60cm da guia da calçada, viu o agente lavrando
o auto de infração e sustentou a regularidade da situação, afirmando
que o carro encontrava-se a uma distância regular da guia. Conven­
cido da correção do seu ato, o agente não cedeu aos argumentos de
Adriano, que, por considerar inexistente a infração, negou-se a as­
sinar o auto de infração. Nessa situação, é obrigatório emitir notifi­
cação do cometimento da infração, que seria dispensável se Adriano
houvesse assinado o auto.

O disposto está de acordo com o artigo 2o, § 5Üda resoíução n° 149/03:


‘Art 2a § 5o. O Auto de Infração valerá como notificação da autuação
quando colhida a assinatura do condutor e:

Leandro Macedo 360


Prova 35 - Polícia Rodoviána Federal/Cespe-UnB/2002

I. a infração for de responsabilidade do condutor;


II. a infração for de responsabilidade do proprietário e este estiver con­
duzindo o veículo.”

De outra forma, quando não colhida a assinatura pelo responsável peío


cometimento da mfração, faz-se necessária a expedição da notificação de
autuação, no prazo máximo de 30 dias.

d) Se uma camioneta fizer um percurso de 250 km tendo como velocidade


média 80% da velocidade máxima permitida para veículos desse tipo
em rodovias federais onde não exista sinalização regulamentadora, en­
tão ela percorrerá o trajeto em menos de três horas.

Conforme artigo 61 do CTB, a velocidade máxima deste tipo veículo em


rodovia não sinalizada è de 110 Km/h, sendo assim, 80% deste valor seria
88 Km/h. Com estas informações, é fácil perceber que em três horas ele
percorrerá 3x8S = 264 Km.

e) Considere a seguinte situação hipotética. Após a aprovação de Gil


em concurso vestibular para ingresso na Universidade Federal de
Minas Gerais, seus país quiseram presenteá-lo com um automóvel.
Dirigiram-se, então, ao órgão executivo de trânsito competente, ob­
jetivando efetivar a troca da placa do veiculo usado que haviam ad­
quirido. Foram informados, então, que a placa iniciada pelas letras
GIL, seguida dos números correspondentes ao ano do nascimento
do filho, não estava mais afeta a um veiculo em circulação, já que, em
decorrência da destruição havida em acidente, fora dada baixa no
respectivo registro. Nessa situação, mesmo com a baLxa do registro
anterior, não será possível atender â solicitação dos pais de Gil.

A placa do veículo o acompanha durante sua existência, sendo vedado o


seu reaproveitamento por força do artigo 115, § I o. De outra forma, cabe
o candidato perceber que o tempo de vida da placa é do registro à baixa,
sendo vedado o seu reaproveitamento.

52- Pedro dirigia um veiculo automotor que lhe fora emprestado por João e
foi parado em uma blitz, quando um dos agentes de trânsito lhe pediu
que exibisse sua CNH e os documentos de registro e licenciamento do
automóvel que dirigia. A partir dessa situação e sabendo que o CTB defi­
ne como crime “Dirigir veiculo automotor, em via pública, sem a devida
Permissão para Dirigir ou Habilitação” e como infração “Conduzir vei­
culo sem os documentos de porte obrigatório”, julgue os itens seguintes.

361 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

a) Se o agente de trânsito, ao observar os documentos exibidos por Pe­


dro, suspeitasse da adulteração de sua CNH e determinasse medida
administrativa de recolhimento desse documento, então Pedro não
teria o dever de entregá-lo, por tratar-se de medida abusiva e ilegal,
já que a mera suspeita de adulteração não pode ser causa de aplicação
da referida medida administrativa.

Por força do artigo 272 do CTB, que se refere à medida administrativa de


recolhimento do documento de habilitação, combinado com o artigo 238
do CTB, eie deveria entregar o referido documento, e caso não o fizesse,
responderia por uma infração de natureza gravíssima, transcrita abaixo:
“Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a seus agen­
tes, mediante recibo, os documentos de habilitação, de registro, de licen­
ciamento de veículo e outros exigidos por lei, para averiguação de sua
autenticidade:
Infração -gravíssima;
Penalidade -multa e apreensão do veículo; :
Medida administrativa -remoção do veículo”
Quanto às medidas administrativas que se referem a recolhimento dos
documentos de habilitação, registro e licenciamento, de uma forma ge­
ral, poderiam ser resumidas da seguinte forma: sempre é possível reco­
lher documentos com suspeita de adulteração ou inautenticidade, sendo
conduzido o condutor para delegacia policial, onde o documento será
objeto de perícia. E mais, sempre que os referidos documentos estiverem
vencidos, serão recolhidos: documento de habilitação vencido há mais
de 30 dias, licenciamento vencido obriga ao agente de trânsito recolher
o CRLV, e por fim quando não for transferida a propriedade num prazo
de 30 dias.
Impende observar que embora o CRV não seja documento de porte obri­
gatório, uma vez que essa determinação é feita pelo CONTRAN, o legisla­
dor fez a previsão que este pudesse ser recolhido.

b) Se Pedro dirigisse um veículo motorizado utilizado em transporte de


carga cujo peso bruto total fosse de 5 t e o agente de trânsito identifi­
casse que Pedro tinha apenas habilitação na categoria C, então ele de­
veria Javrar auto de infração descrevendo o ocorrido, pois Pedro não
estaria habilitado para conduzir o referido veiculo.

Leandro Macedo 362


Prova 35 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

Para conduzir veículos de carga acima de 3.500 Kg de PBT, é exigida a ha­


bilitação na categoria “C" conforme o artigo 143, III. Veja abaixo:
"Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obe­
decida a seguinte gradação:
III. Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em trans­
porte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos
quilogramas.”

Cabe observar que, conforme a resolução 210/06 do CONTRAN, o PBT


de um veículo não articulado não pode ultrapassar 29 toneladas. Sendo
assim, estão consignados os limites minímo ( 3500 Kg) e máximo (29000
Kg) da categoria "C”,

c) Se a blitz ocorresse em uma rodovia federal com duas pistas de ro­


lamento, uma era cada sentido, e o agente de trânsito determinasse
que Pedro deveria estacionar o carro no acostamento da pista de rola­
mento diversa da que vinha seguindo, estacionando o carro no sentido
oposto ao do fluxo, Pedro deveria negar-se a realizar tal operação, pois
as ordens do agente de trânsito não podem sobrepor-se ao CTB e este
determina que, nas operações de estacionamento, o veículo deverá ser
posicionado no sentido do fluxo.

Conforme o artigo 89 do CTB, as ordens do agente não só se sobrepõem


às normas de circulação, como também ao semáforo e demais sinais. Ve/a
o dispositivo abaixo:
“Art. 89. A sinalização terá a segumte ordem de prevalência:
I. as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e ou­
tros sinais;
II. as indicações do semáforo sobre os demais smais;
III. as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito"
Veja questões 15 e 146.

d) Se Pedro fosse habilitado, mas houvesse esquecido sua CNH em casa,


ele não teria cometido crime, mas apenas uma infração leve, que o
sujeitaria à medida administrativa de retenção do veiculo até a apre­
sentação do documento.

A questão está correta, pois no que se refere ao crime de dirigir sem pos­
suir habilitação, o artigo 309 do CTB se refere ao inabilitado e ao cassado
(aquele que tinha direito de dirigir e perdeu), e não àquele que é habilitado
e esqueceu o documento em casa.

363 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Cabe ainda ressaltar que o inabilitado, ao dirigir veiculo, comete infração


de natureza gravíssima, enquanto o habilitado que esqueceu o documento
em casa (com falta de documento de porte obrigatório) comete infração
de natureza íeve, pelo transtorno causado à fiscalização, conforme artigos
162 e 232, ambos do CTB e resolução 205/06 do CONTRAN.

53- Sobre os crimes de trânsito, julgue os itens a seguir.


a) Se o condutor de uma motocicleta estiver sob o efeito da substância
entorpecente vulgarmente conhecida como cocaína e, em decorrên­
cia disso, causar acidente com vítima fatal, então ele responderá cri-
minalmente pelo homicídio e pela condução perigosa do veículo. Po­
rém, a conduta do motociclista não poderá ser enquadrada no tipo
que define a embriaguez ao volante, em face da natureza da substân­
cia utilizada.

Quanto ao crime da embriaguez, recentemente alterado pela Lei n°


11.705/08, a chamada “lei seca”, devemos fazer algumas considerações: em
primeiro lugar, a embriaguez se refere tanto a álcool quanto a substância
psicoatíva; segundo, o crime deixa de ser de perigo em concreto para ser
de perigo em abstrato, em que basta estar embriagado, em via pública, na
direção do veículo, para ser enquadrado no artigo 306 do CTB, sendo irre­
levante a forma que o condutor está dirigindo, pois a presunção de perigo
passa a se absoluta; e por fim, em terceiro íugar, aquele que estiver embria­
gado e praticar homicídio culposo ou lesão corporal culposa na direção
de veículo automotor responderá por ambos os crimes, uma vez que a
embriaguez não é mais circunstância aumentativa de pena desses delitos.
Cabe ainda ressaltar que condução perigosa de veículo não constitui crime
autônomo, sendo apenas uma elementar nos crimes de perigo em con­
creto, ou seja, é necessário que se configure a condução perigosa (perigo
de dano) para que se configure o crime de dirigir sem CNH, o crime da
competição não autorizada e da velocidade incompatível.
Veja a nova redação do artigo 306:
“Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com con­
centração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) deci­
gramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência: (Redação dada pela Lei n° 11.705, de 2008)
Penas -detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição
de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

Leandro Macedo 364


Prova 35 - Políaa Rodoviária Federai/Cespe-UnB/2002

Parágrafo único. O Poder Executivo federai estipulará a equivalência en­


tre distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do crime
tipificado neste artigo, (Incluído pela Lei n° 11.705, de 2008)”, Ver ques­
tões 40, 125 e 280.

b) Considere a seguinte situação hipotética. Rafael vinha se submeten­


do a tratamento médico, em decorrência de sucessivas crises de la-
birintite. Administrada a medicação, as crises, que até então eram
diárias, não mais ocorreram, de modo que, no trigésimo dia de tra­
tamento, Rafael voltou a conduzir o seu veiculo, sem consultar o seu
médico. Todavia, dois dias depois, quando se dirigia ao trabalho,
houve súbito acometimento da labirintite em Rafael, que bateu em
um transeunte, causando-lhe lesões corporais graves. Nessa situ­
ação, fica excluída a culpa de Rafael pelo delito, tendo em vista o
acometimento de mal súbito e os cuidados que vinha tendo para o
tratamento da doença.

Considerando que a questão está apurando conhecimento sobre a legis­


lação de trânsito e que no CTB não há nenhuma previsão de situações
excludentes sobre crimes de trânsito, então, sem pensar nas excludentes do
Código Penal, tem-se a questão como errada.
De outra forma, fazenda a leitura do artigo 18 do Código Penal, temos a
definição de dolo direto (quando o agente quer o resultado) e dolo even­
tual (quando o agente assume o risco de produzir o resultado). De posse
desse conhecimento, ao ler a questão fica fácil perceber que Rafael, ao vol­
tar a conduzir o seu veículo sem consultar o seu médico, assumiu o risco
de produzir um resultado lesivo, devendo responder pelo Código Penai e
não pelo CTB.

c) Considere a seguinte situação hipotética. Ao passar em frente a


uma parada de ônibus, conduzindo o seu veiculo em avançada
hora da madrugada, Tícío avistou um desafeto. Assim, retornou
na avenida, de modo a passar novamente em frente ao inimigo.
Quando se aproximava, então, da parada, acelerou o veiculo,
arremessando-o contra o pedestre, causando-lhe morte instantâ­
nea. Para essa situação, há, no CTB, tipo específico que descreve
a conduta de Tício, no qual se prevê, ainda, o atropelamento ocor­
rido em calçada como causa de aumento de pena do homicídio.

365 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

A descrição do fato se refere ao homicídio doloso previsto no Código


Penal. Veja comentário da questão anterior. No CTB tem-se a figura do
homicídio culposo na direção de veículo automotor, conforme abaixo de­
monstrado;
“Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veiculo automotor ”

d) Considere a seguinte situação hipotética. Um grupo de amigos deci­


diu realizar um racha, às três horas da madrugada, na avenida Afon­
so Pena, principal via da região central de Belo Horizonte - MG.
Acionada, uma equipe de policiais chegou rapidamente ao local,
logrando deter Rodrigo, um dos participantes, em flagrante. Nessa
situação, pode o juiz através de medida cautelar, de ofício, indepen­
dentemente de requerimento do Ministério Público ou de represen­
tação da autoridade policial, suspender a habilitação de Rodrigo, de
forma motivada.

A questão foi montada com base no artigo 294 do CTB, que nos informa
que em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessi­
dade para a garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida caute-
iar, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, ou ainda median­
te representação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a
suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veiculo automotor,
ou a proibição de sua obtenção. Da decisão que decretar a suspensão ou a
medida cauteiar, ou da que indeferir o requerimento do Ministério Públi­
co, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.
Perceba que o dispositivo trata de uma exceção, uma vez que, em regra, so­
mente pode ser aplicada a suspensão pelo juiz após o trânsito em julgado
da sentença penai condenatóría, devendo o candidato perceber, ainda, que
a suspensão aplicada pelo juiz é de cumprimento condicionado à soltura do
réu, ou seja, enquanto recolhido a estabelecimento prisional, não há de se
falar em aplicação da suspensão, pois neste caso seria uma pena inócua.

e) Não comete o crime de omissão de socorro descrito no CTB o condu­


tor de veiculo que, passando pelo local de acidente automobilístico
imediatamente após a sua ocorrência, deixa de prestar socorro ime­
diato às vitimas ou de solicitar auxílio de autoridades públicas.

Leandro Macedo 366


Prova 35 - Poíída Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

Ao se deparar com uma questão referente à omissão de socorro, deve


o candidato verificar se o condutor está ou não envoívido no acidente.
Quando é referente a condutor não envolvido, aqueíe que está passando
peio iocaí do acidente, a tipificação adequada é aquela do artigo 135 do
Código Penal, podendo o condutor responder ainda por uma mfração
de natureza grave, por força do artigo 177 do CTB. Porém, quando a
questão se referir a condutor envolvido, surgem duas possibilidades: a
primeira se refere ao condutor envolvido e causador do acidente, que
responde neste caso por homicídio culposo ou iesão corporal culposa,
sendo a omissão de socorro apenas uma circunstância aumentativa de
pena; e na segunda possibilidade o condutor envolvido é o inocente, mas
que se omitiu quanto às providências de socorro, respondendo neste
caso pelo artigo 304 do CTB. Quanto à infração de trânsito referente
à omissão de socorro do condutor envolvido, será sempre de natureza
gravíssima, independentemente se causador ou não, conforme o artigo
176 do CTB.

Julgue os itens a seguir, relativos â circulação de veículos automotores e


à conduta dos motoristas no trânsito em vias terrestres nacionais.
a) Considere a seguinte situação hipotética. Fabrício conduzia o seu
veículo no sentido norte-sul, em pista urbana sinalizada cora fai­
xa descontínua e desprovida de acostamento. Nessa via coletora, os
veículos circulavam nos dois sentidos, cada qual dispondo de ape­
nas uma faixa de rolamento. Fabrício pretendia entrar á esquerda,
em via perpendicular, atravessando o sentido oposto àquele em que
transitava. Nessa situação, Fabrício deverá sinalizar, indicando a in­
tenção de entrar à esquerda, e, na hipótese de não haver fluxo de ve­
iculos no sentido sul-norte, deverá ceder passagem aos veiculos que
se deslocam na retaguarda do seu, aguardando que o ultrapassem
para, após, efetuar a conversão.

Fabrício deve ficar o máximo possível à esquerda sem atrapalhar quem


vem em sentido contrário, deixando espaço para que seja ultrapassado
pela direita. Veja a redação do dispositivo que trata do assunto:
“Art. 29. IX - a ultrapassagem de outro veiculo em movimento deverá ser
feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e as demais nor­
mas estabelecidas neste Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassa­
do estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda.”

367 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

b) Considere a seguinte situação. O eixo rodoviário oeste, em Brasília


- DF, é uma via composta de duas pistas separadas por canteiro —
uma para deslocamento no sentido sul-norte e outra, norte-sul —,
cada pista dispondo de duas faixas de trânsito. A velocidade máxima
permitida para o deslocamento de veículos é de 60 km/h e não existe
faixa exclusiva para ônibus. Nessa situação, é correto concluir que o
condutor de um veiculo que circule na faixa da direita de uma daque­
las pistas, ainda que se desloque a 50 lcm/h, não estará obrigado nem
a acelerar nem a ceder passagem ao condutor que o siga e evidencie o
propósito de ultrapassá-lo. Todavia, ainda que se desloque a 60 km/h
pela faixa da esquerda, o condutor deverá tomar a faixa da direita,
na mesma situação de intenção de ultrapassagem mencionada.

A questão expressa as regras de ultrapassagem, em que aquele que estiver


na faixa direita ou central, considerando uma via com três faixas de cir­
culação no mesmo sentido, deve aí permanecer sem acelerar a marcha, e
aquele que estiver na esquerda deve se deslocar para direita sem alterar
a marcha, sendo irrelevantes as velocidades imprimidas, ou seja, aqueíe
que estiver na faixa da esquerda, ainda que com excesso de velocidade,
deve ceder passagem para quem mostra o ensejo de ultrapassá-lo. Veja as
disposições abaixo:
“Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósi­
to de ultrapassá-lo, deverá:
í. se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa
da direita, sem acelerar a marcha;
II. se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual
está circulando, sem acelerar a marcha.
Parágrafo único. Os veiculas mais lentos, quando em fila, deverão manter
distância suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem
possam se intercalar na fila com segurança.
ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro veiculo que
se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de
tráfego, necessitando sair e retornar â faixa de origem.”

c) Considere o que dispunha o art. 83 do CTB de 1966> revogado pela


Lei n° 9.503/1997: “É dever de todo condutor de veiculo: (...) Guar­
dar distância de segurança entre o veiculo que dirige e o que segue

Leandro Macedo 368


Prova 35 - Poiícía Rodoviária Federal/Cespe-Un8/2002

imediatamente á sua frente. Penalidade: Grupo 2”. Sabe-se que, sob


a vigência daquela norma, a justiça paulista proferiu julgamento que
foi ementado nos seguintes termos: No trânsito pelas avenidas muito
movimentadas, não é possível obedecer estritamente à distância de
segurança, pois, se alguém o faz, imediatamente é pressionado pelo
condutor que trafega à sua retaguarda, ou então é ultrapassado por
outro motorista que se coloca à sua frente, anulando a disposição
regulamentar. Tais informações justificam o fato de o novo CTB não
exigir que o condutor guarde distância frontal de segurança entre o
veiculo do condutor e o que se lhe segue à frente.

A redação do artigo 29, II, expressa exatamente o contrário da afirmação


da última frase. Veja o dispositivo:
“Art. 29. O trânsito de veículos nas vías terrestres abertas à circulação obe­
decerá às seguintes normas:
II. o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal
entre o seu e os demais veicuios, bem como em relação ao bordo da
pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do
local, da circulação, do veiculo e as condições climáticas.”

d) Considere o seguinte trecho, de autoria de Hely Lopes Meirelles. “O


desvio de finalidade ou de poder verifica-se quando a autoridade,
embora atuando nos limites de sua competência, pratica o ato por
motivos ou com fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos
pelo interesse público. O desvio de finalidade ou de poder é, assim,
a violação ideológica da lei, ou, por outras palavras, a violação mo­
ral da lei, colimando o administrador público fins não queridos peio
legislador, ou utilizando motivos e meios imorais para a prática de
um ato administrativo aparentemente legal” Com base nesse trecho,
incorre em desvio de finalidade o policial que aciona o alarme sono­
ro e a iluminação vermelha intermitente da viatura, sem serviço de
urgência que o justifique, para efeito de ter a circulação facilitada em
meio a vía de trânsito congestionada.

O policial, embora competente para acionar o alarme sonoro, o faz com


fim diverso do previsto na norma, que seria a efetiva prestação do serviço
de emergência. Cabe ainda ressaltar que o mesmo, com este ato de cunho
eminentemente pessoal, vioía o principio da impessoalidade. Podemos

369 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

acrescentar também que a infração de trânsito prevista no artigo 222 do


CTB nada tem a ver com o disposto, e sim com o fato de não ligar, e a ques­
tão trata daquele que liga com fim diverso. Veja o dispositivo:
“Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de emer­
gência, o sistema de iluminação vermelha intermitente dos veículos de po­
lícia, de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das
ambulâncias, ainda que parados:
Infração -média; Tfi
Penalidade -multa.” ^ *
^ c
55- Considere o sinal de trânsito reproduzido em preto e branco
ao iado para julgar os itens que se seguem, segundo o CTB.

a) No sinal ilustrado ao lado, o código lingüístico tem predominância


sobre a simbologia do código de trânsito para que a mensagem seja
adequadamente interpretada.

O código lingüístico pede que os condutores parem no local da sinaliza­


ção, e a simbologia adverte que será necessário parar à frente. Sendo assim,
o candidato deve saber que a simbologia sempre predomina sobre o códi­
go lingüístico, podendo em alguns casos ter o mesmo significado.

b) Considere que, em uma rodovia, o condutor de um veículo veja o si­


nal vertical representado acima. Nesse caso, o condutor não estará,
sob qualquer circunstância, obrigado a parar no local em que está
posicionado o sinal, por força do seu comando.

Conforme falado na questão anterior, refere-se à parada obrigatória à frente.

c) Sinais luminosos móveis, posicionados verticalmente, ao lado da pista,


com indicação de saídas, obras, desvios e velocidade permitida, podem
ser regularmente utilizados nas rodovias brasileiras, e a legislação de
trânsito identifica esse tipo de sinalização como painel eletrônico.

A definição está de acordo com a resolução n° 160/04.

d) As linhas de divisão de fluxos opostos, contínuas ou seccionadas, são


sempre amarelas, enquanto as de divisão de fluxos de mesmo sentido
são sempre brancas. As linhas de bordo podem, excepcionalmente,
ser apostas na cor amarela.

Leandro Macedo 370


Prova 35 - Polícia Rodoviána Federal/Cespe-UnB/2002

A questão, à época do concurso, estava correta. Contudo, na vigência da


resolução n° 160/04 ela está errada, pois a resolução se refere à linha de
bordo somente branca, sem exceções.

e) A sinalização abaixo se refere á sinalização semafóríca de regula­


mentação de controle de faixa reversível, (adaptada)

Está conforme disposto na resolução n° 160/04.


Considere as seguintes situações hipotéticas, envolvendo veicuios, veloci­
dades e vias desprovidas de sinalização reguíamentadora de velocidade:
I. trólebus (ônibus elétrico) transitando a 50 km/h em uma via local;
Pv II. motocicleta transitando a 80 km/h em via arterial;
f— t III. microônibus transitando a 108 km/h em uma via de trânsito rápido;
8» Áiô IV. ônibus transitando a 108 km/h em uma rodovia;
ó/p-Cf'í*
V. caminhão transitando a 80 km/h em uma via arterial;
VI. camioneta transitando a 95 km/h em uma estrada;
VIL automóvel transitando a 100 km/h em uma estrada;
caminhão transitando a 60 km/h em uma via coletora.

56- Com relação às situações descritas acima, julgue os itens a seguir, de


acordo com o CTB.
a) O tipo de veículo que transita nas vias mencionadas nas situações I,
II, III e V é irrelevante para efeito de definição da velocidade máxi­
ma permitida.

Nestas hipóteses temos: via local (I), arterial (II), de trânsito rápido (III)
e arterial (V). Nas vias mencionadas é irrelevante o tipo de veiculo para
definição de sua velocidade máxima. De outra forma, o candidato deve
perceber que somente em rodovias o tipo de veículo está reiacionado á
definição da velocidade máxima. Veja a redação do dispositivo que trata
do tema:
“Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio
de sinalização, obedecidas suas características técnicas e as condições de
trânsito.
§ 1° Onde não existir sinalização reguíamentadora, a velocidade máxima
será de:
I -nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido;

371 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;


c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
II -nas vias rurais:
a) nas rodovias:
1) cento e dez quilômetros por hora para automóveis e camionetas;
2) cento e dez quilômetros por hora para automóveis, camionetas e moto­
cicletas; (Redação dada pela Lei n° 10.830, de 2003)
3) noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus;
4) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos.
b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.
§ 2° O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição so­
bre a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades supe­
riores ou inferiores àquelas estabelecidas no parágrafo anterior.”

b) As situações correspondentes aos dois maiores percentuais de exces­


so de velocidade são as de números I e VI.

Veja abaixo os percentuais de excesso de velocidade:


I. 50/30 = 67%
II. 80/60 = 33%
III. 108/80 = 35%
IV. 108/90 = 20%
V. 80/80 = 0%
VI. 95/60 = 58%
VIL 100/60 = 67%
VIII.60/40 = 50%

c) Somente nas situações I, V I e V II teria cabimento medida adminis­


trativa de recolhimento do documento de habilitação.

Pela nova redação do artigo 218 do CTB, nas infrações gravíssimas não se
aplica mais medida administrativa. Veja a redação do dispositivo que trata
do tema:
“Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o
locaí, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias

Leandro Macedo 372


Prova 35 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias: (Redação dada peia Lei n°
11.334, de 2006)

I -quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cen­
to): (Redação dada pela Lei n° 11.334, de 2006)
Infração -média; (Redação dada pela Lei n° 11.334, de 2006)
Penalidade - multa. (Redação dada pela Lei n° 11.334, de 2006)

II -quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por


cento) até 50% (cinqüenta por cento): (Redação dada pela Lei n° 11.334,
de 2006)
Infração -grave: (Redação dada pela Lei n° 11.334, de 2006)
Penalidade -multa. (Redação dada pela Lei n° 11.334, de 2006)

III - quando a velocidade for superior á máxima em mais de 50% (cin­


qüenta por cento): (Incluído pela Lei n° 11.334, de 2006)
Infração -gravíssima; (Incluído pela Lei n° 11.334, de 2006)
Penalidade -multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do direito de diri­
gir e apreensão do documento de habilitação.” (Incluído peia Lei n° 11.334,
de 2006).

d) As infrações descritas nas situações III e IV são de natureza diversa:


grave e gravíssima, respectivamente.

A infração III tem natureza grave, conforme art. 218, II, e a IV tem natureza
média, conforme art. 218,1. Veja a redação do artigo 218 na questão acima.

e) A infração descrita na situação V III sujeita o infrator â penalidade


de apreensão do veiculo.

Não existe esta penalidade no excesso de velocidade. Veja a redação do artigo


218 na questão acima.

57- Julgue os seguintes itens, relativos ao trânsito nas vias brasileiras, se­
gundo o CTB.
a) Considere a seguinte situação hipotética. Em uma rodovia em que as
velocidades máximas permitidas estão de acordo com o CTB, embo­
ra transitando pela faixa da direita, um trator de rodas passou por
um radar da PRF a uma velocidade de 30 km/h. Nessa situação, o
condutor do veiculo cometeu infração média.

373 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

De acordo com o artigo 219 do CTB, para que responda peia infração
de natureza média, seria necessário interromper o trânsito, mas como o
trator deixou disponível a faixa da esquerda (destinada a veículos mais
velozes), não poderá ser autuado por não interromper o trânsito. Para
um condutor ser autuado por transitar abaixo da velocidade mínima
permitida, é necessária a utilização de um radar de velocidade (equipa­
mento hábil eleito peio CONTRAN para medir velocidade) e uma decla­
ração de um agente de trânsito de autoridade de trânsito para confirmar
a infração.
Por fim, cabe observar que é possível transitar abaixo da velocidade míni­
ma interrompendo o trânsito sem cometer infração: devido às condições
de tráfego ou meteorológicas..

b) Considere a seguinte situação. Há algum tempo, já na vigência do atu­


al CTB» alguns telej ornais mostraram um senador argentino, em um
posto da PRF no estado do Rio Grande do Sul, recebendo uma multa
por excesso de velocidade. À ocasião, agindo em conformidade com o
comando superior, os policiais condicionaram o prosseguimento do
trânsito do veiculo, em direção a Camboriú - SC, ao prévio recolhi­
mento <la multa. Nessa situação, o procedimento adotado estava em
consoóânciá com o CTB, que proíbe o trânsito, pelo território nacio­
nal^ de veicuios licenciados no exterior sem prévia quitação de débitos
de multa por infrações de trânsito cometidas no Brasil.

Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do território nacío­


nai sem prévia quitação de débitos de muita por infrações de trânsito e o
ressarcimento de danos que tiverem causado a bens do patrimônio públi­
co, respeitado o principio da reciprocidade. Perceba que o pagamento dos
débitos é condição para sair do país e não condição para seguir viagem,
como descrito na questão, conforme artigo 119, parágrafo único do CTB.

c) Considere a seguinte situação hipotética. Em julho de 1999, após o


levantamento das informações necessárias, o órgão competente de­
liberou construir uma ondulação transversal em determinada rodo­
via, de modo que, no segmento, a velocidade máxima fosse reduzida.
Ademais, em outro segmento, seria colocado um sonorizador. Nessa
situação, a colocação da ondulação e do sonorizador não contrariará
a legislação de trânsito, mas terá de ser realizada em consonância
com os padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN.

Leandro Macedo 374


Prova 35 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

É proibida a utilização das ondulações transversais e de sonorízadores


como redutores de velocidade, salvo em casos especiais definidos pelo ór­
gão ou entidade competente, nos padrões e critérios estabelecidos pelo
CONTRAN. Perceba que quebra-molas e sonorizadores somente são co­
locados em caráter excepcional.
A implantação de ondulações transversais e sonorizadores nas vias pú­
blicas dependerá de autorização expressa da autoridade de trânsito com
circunscrição sobre a via, podendo ser colocadas após estudo de outras
alternativas de engenharia de tráfego, quando estas possibilidades se mos­
trarem ineficazes para a redução de velocidade e acidentes. As ondulações
transversais devem ser utilizadas em locais onde se pretenda reduzir a ve­
locidade do veiculo de forma imperativa, principalmente naqueles onde
há grande movimentação de pedestres.
Quanto ao tipo de quebra-molas, temos:

I - TÍPO I; Somente poderão ser instaladas quando houver necessidade


de serem desenvolvidas velocidades até um maximo de 20 km/h, em vias
locais, onde não circulem linhas regulares de transporte coletivo.
II -TIPO II: Só poderão ser instaladas nas vias:
a) rurais (rodovias) em segmentos que atravessam aglomerados urbanos
com edificações lindeíras;
b) coletoras;
c) locais, quando houver necessidade de serem desenvolvidas velocidades
até um máximo de 30km/h.
Os sonorizadores só poderão ser instalados em vias urbanas, sem edifica­
ções lindeiras, e em rodovias, em caráter temporário, quando houver obras
na pista, visando alertar o condutor quanto à necessidade de redução de
velocidade, sempre devidamente acompanhados da sinalização vertical de
regulamentação de velocidade.
O CONTRAN recomenda que após a implantação das ondulações trans­
versais a autoridade com circunscrição sobre a rodovia monitore o seu
desempenho por um período mínimo de 1 (um) ano, devendo estudar ou­
tra solução de engenharia de tráfego quando não for verificada expressiva
redução do índice de acidentes no local.
A colocação de ondulações transversais na via só será admitida se acom­
panhada a devida sinalização, constando, no mínimo, de:

375 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

I - placa de Regulamentação "Velocidade Máxima Permitida” R-19, li­


mitando a velocidade até um máximo de 20 km/h, quando se utilizar a
ondulação TIPO I, e até um máximo de 30 km/h, quando se utilizar a
ondulação TIPO II, sempre antecedendo o obstáculo, devendo a redução
de velocidade da via ser gradativa, seguindo os critérios estabelecidos pelo
CONTRAN e restabelecendo a velocidade da via após a transposição do
dispositivo;
II - placas de Advertência "Saliência ou Lombada’, A-18, instaladas, se­
guindo os critérios estabelecidos pelo CONTRAN, antes e junto ao dis­
positivo, devendo esta última ser complementada com seta de posição,
conforme desenho constante do anexo III da resolução n° 39/98.
III -no caso de ondulações transversais do TIPO II, implantadas em série,
em rodovias, deverão ser instaladas placas de advertência com informa­
ção complementar, indicando inicio e término do segmento tratado com
estes dispositivos, conforme exemplo de aplicação constante do anexo
IV da resolução n° 39/98.
IV -marcas oblíquas com largura mínima de 0,25 m pintadas na cor ama­
rela, espaçadas de no máximo de 0,50 m, alternadamente, sobre o obstá­
culo, admitindo-se, também, a pintura de toda a ondulação transversal na
cor amarela, assim como a intercalada nas cores preta e amarela, principal­
mente no caso de pavímentos que necessitem de contraste mais definido,
conforme desenho constante do anexo III da resolução n° 39/98.
A colocação de ondulação transversal sem permissão previa da autorida­
de de trânsito com circunscrição sobre a via sujeitará o infrator às penali­
dades previstas no § 3o do art. 95 do Código de Trânsito Brasileiro.

d)Uma mãe que necessite conduzir os seus quatro filhos, com idades
entre cinco e nove anos, não poderá transportá-los, todos de uma
só vez, em um carro com capacidade para quatro passageiros, pois
o CTB proíbe expressamente que crianças com idade inferior a dez
anos sejam transportadas no banco dianteiro.

Primeiramente vamos ver o que o CTB nos informa sobre o tema: crian­
ças com iclade inferior a dez anos devem ser transportadas nos bancos
traseiros, salvo exceções regulamentadas peio CONTRAN, conforme ar­
tigo 64. Veja que não existe uma vedação absoluta de crianças menores de
10 serem transportadas nos bancos dianteiros, como quis dar a entender
o examinador, contudo, o legislador remeteu para o CONTRAN esta re­
gulamentação. Iioje, o tema é tratado peia resolução n° 277/08.

Leandro Macedo 376


Prova 35 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

O CONTRAN, ao tratar do tema, nos deu as seguintes informações re­


levantes:
1) Para transitar em veículos automotores, os menores de dez anos de­
verão ser transportados nos bancos traseiros usando individualmente
cinto de segurança ou sistema de retenção equivalente. Perceba que no
transporte de criança é necessário que estas tenham preso ao seu corpo
algum dispositivo que evite que sejam projetadas para fora do veículo em
caso de colisão ou de desaceleração repentina do veiculo, limitando o
deslocamento do corpo da criança com idade até sete anos e meio. Estes
sistemas de retenção equivalente ficam presos ao veiculo pelo cinto de
segurança, e em virtude disso, é importante perceber que a criança, inde­
pendentemente da idade conta como um passageiro. Veja os dispositivos
regulamentados: crianças com até um ano de idade deverão utilizar, obri­
gatoriamente, o dispositivo de retenção denominado "bebê conforto ou
conversível”; crianças com idade superior a um ano e inferior ou igual a
quatro anos deverão utilizar, obrigatoriamente, o dispositivo de retenção
denominado “cadeirinha”; crianças com idade superior a quatro anos e
inferior ou igual a sete anos e meio deverão utilizar o dispositivo de re­
tenção denominado “assento de elevação”.
2) As exigências relativas ao sistema de retenção, no transporte de crian­
ças com até sete anos e meio de idade, não se aplicam aos veiculos de
transporte coletivo, aos de aluguel, aos de transporte autônomo de pas­
sageiro (táxi), aos veículos escolares e aos demais veículos com peso
bruto total superior a 3,5L Como nos referidos veiculos o CONTRAN
não exigiu que a criança utilize o sistema de retenção equivalente (bebê
conforto, cadeirinha e assento de elevação), surge a necessidade dele se
pronunciar no sentido de regulamentar como serão transportadas crian­
ças nesses veiculos, uma vez que elas não poderão ficar soltas, e o cinto é
inadequado ao seu peso e altura.
3) Aqui trataremos das excepcionaíidades que fazem com que a questão
ora estudada fique errada: na hipótese de a quantidade de crianças com
idade inferior a dez anos exceder a capacidade de lotação do banco trasei­
ro, será admitido o transporte daquela de maior estatura no banco diantei­
ro, utilizando o cinto de segurança do veiculo ou dispositivo de retenção
adequado ao seu peso e altura. Além disso, excepcionalmente nos veículos
dotados exclusivamente de banco dianteiro, o transporte de crianças com
até dez anos de idade poderá ser realizado neste banco, utilizando-se sem­
pre o dispositivo de retenção adequado ao peso e altura da criança.

377 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

4) Nos veicuios equipados com dispositivo suplementar de retenção (airbag)


para o passageiro do banco dianteiro, o transporte de crianças com até
dez anos de idade neste banco, quando transportadas de forma excepcio­
nai e com sistema de retenção equivalente, poderá ser realizado, desde
que utilizado o dispositivo de retenção adequado ao seu peso e altura e
observados os seguintes requisitos:
I - É vedado o transporte de crianças com até sete anos e meio de idade,
em dispositivo de retenção posicionado em sentido contrário ao da mar­
cha do veiculo;
II ~ É permitido o transporte de crianças com até sete anos e meio de
idade, em dispositivo de retenção posicionado no sentido de marcha do
veiculo, desde que não possua bandeja, ou acessório equivalente, incor­
porado ao dispositivo de retenção;
III - Salvo instruções específicas do fabricante do veiculo, o banco do
passageiro dotado de airbag deverá ser ajustado em sua última posição de
recuo quando ocorrer o transporte de crianças neste banco.

e) Em uma via rural de pista dupla, a circulação de bicicletas, no seg­


mento que atravesse aglomerado urbano, só poderá ocorrer no sen­
tido contrário ao do fluxo dos veicuios automotores se o trecho for
dotado de ciciofaixa.

Embora incompleta a redação, pois o examinador suprimiu a necessida­


de de autorização da autoridade de trânsito competente, a questão está
conforme o artigo 58, parágrafo único do CTB.

58- Acerca das definições do CTB quanto aos veículos e às infrações de


trânsito, julgue os itens a seguir.
a) Considere a seguinte situação hipotética. Um automóvel sofreu
abalroamento na sua parte traseira, e o serviço de reparos da la-
taria foi executado de forma regular, tendo sido necessária, con­
tudo, a retirada da placa, com a conseqüente remoção do lacre,
para a realização do serviço. Ao receber o veículo de volta, com a
placa colocada no local devido, o proprietário não atentou para a
ausência do lacre. Meses depois, essa ausência foi constatada em
procedimento de fiscalização durante uma viagem. Nessa situa­
ção, embora não tenha agido com dolo, o condutor cometeu in-

Leandro Macedo 378


Prova 35 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

fração gravíssima, não podendo o veiculo ser liberado para a con­


tinuidade da viagem em face da necessária imposição da medida
administrativa de remoção do veículo.

Trata-se da descrição do artigo 230, I do CTB, que tem previsto a


referida penalidade e medida administrativa. O que o candidato deve
extrair da questão, cada vez mais comum nesta banca, é o fato de serem
irrelevantes os elementos subjetivos da conduta (doio ou culpa) para que
seja caracterizada a infração de trânsito. De outra forma, os elementos
subjetivos apenas são relevantes para enquadramento de infração penal.

b) Considere a seguinte situação hipotética. Preocupada com os suces­


sivos aumentos no preço da gasolina, Laura decidiu alterar o motor
do seu veiculo para combustão a álcool. Assim, procedeu-se à modi­
ficação em oficina de notória especialização e habilitada a emitir cer­
tificação, após o que Laura dirigiu-se ao órgão executivo de trânsito
competente para efetuar a alteração no registro do veiculo, subme-
tendo-o a regular vistoria. Nessa situação, foi regular o procedimen­
to de Laura, e, não havendo constatação de problemas na vistoria, o
órgão executivo de trânsito competente deverá anotar a alteração no
campo apropriado do Certificado de Registro de Veiculo.

O art 98 do CTB é expresso ao determinar a necessidade de autorização


prévia do órgão executivo de trânsito competente. Quanto às alterações
de características, ver resolução n° 262/08 do CONTRAN.

c) Caso a propriedade de um reboque licenciado pelo órgão executivo


de trânsito competente seja transferida, o proprietário antigo de­
verá encaminhar a esse órgão cópia autenticada do comprovante
de transferência de propriedade, devidamente assinado e datado.

Para que o candidato pudesse acertar a questão, deveria possuir duas infor­
mações: a primeira é quanto à necessidade de se fazer uma comunicação de
venda quando se vende veículo (o ex-proprietário é o responsável por alterar
a informação da propriedade no banco de dados do DETRAN); e a segunda
informação seria quanto aos tipos de veículos que estão sujeitos a registro
no DETRAN, e que obrigariam seu ex-proprietário a fazer a comunicação
de venda ao transferirem a propriedade: automotores, elétricos, articulados,
reboques e semí-reboques, conforme artigos 120 e 134 do CTB.

379 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

d) Considere a segninte situação hipotética. Carlos e Júlio, cada qual


paí de duas crianças, ajustaram revezar-se no transporte de seus
filhos para a escola, no trajeto de ida e volta do município onde
residem ao município onde está sediado o colégio. Atento às idas
e vindas diárias daquelas crianças, um policial, em um posto da
PRF, decidiu averiguar a documentação pessoal de Júlio e do au­
tomóvel, de propriedade deste, utilizado no transporte. Nessa si­
tuação, Júlio deverá apresentar ao policial autorização do órgão
executivo de trânsito do estado da Federação era que reside para
transportar escolares naquele veículo, além de comprovar que é
habilitado na categoria D de condutores de veículos automotores.

O caput do artigo 136 do CTB se refere aos veicuios especialmente des­


tinados a esse fim (em caráter permanente), e não usados eventualmente,
conforme o texto.

59- Julgue os itens abaixo, relativos a infrações de trânsito e à habilitação


de condutores de veículos automotores, com base no CTB.
a) Considere a seguinte situação hipotética. Carlos, proprietário de
um veiculo com onze lugares para passageiros, faz, semanalmente,
0 transporte de onze colegas para participarem da reunião da ins­
tituição religiosa na qual todos eles se congregam. Cada passageiro
paga a Carlos tão somente um doze avos da despesa relativa ao com­
bustível gasto no trajeto de ida e volta entre o município onde resi­
dem e aquele em que está sediada a igreja. Ademais, para a condu­
ção de veículos, Carlos é habilitado na categoria C. Nessa situação,
Carlos comete apenas uma infração — a de não estar habilitado na
categoria adequada para o transporte daquele grupo —>já que a
situação não requer licenciamento para transporte de pessoas.

A categoria para o referido veícuío, do tipo microônibus (mais de nove


pessoas e até vinte pessoas), é a “D” O enquadramento de dirigir com
categoria diferente está no artigo 162, III. Importante ainda ressaltar que,
embora o CTB não defina a atividade remunerada em veículos, pode-se
facilmente observar que o exposto não trata desta atividade, porque o
proprietário do veiculo não aufere ganhos com ela.
Ainda quanto â necessidade de registrar um veiculo na categoria aluguel,
a mesma surge quando o proprietário ou pessoa designada por ele trans­
porta pessoas ou coisas, expressamente autorizados por um poder conce-
dente, com o objetivo de auferir lucro.

Leandro Macedo 380


Prova 35 - Polícia Rodoviária Federal/Cespe-UnB/2002

b) Considere a seguinte situação hipotética. Amanda submeteu-se a


todo o processo para habilitar-se na categoria B de condutores de
veiculos automotores. Satisfeitos os sucessivos requisitos, foi-lhe
conferida a Permissão para Dirigir, em fevereiro de 2002. Dois me­
ses depois, quando retirava o veiculo da posição em que se encon­
trava estacionado, Amanda avançou sem o devido cuidado, abalro-
ando a cadeira de rodas de um transeunte, arremessando-o ao chão
e causando-lhe iesÕes corporais leves. Essa única infração cometida
foi, então, devidamente anotada no prontuário de Amanda. Nessa
situação, por tratar-se de uma infração de gravidade média, Aman­
da não obterá, em fevereiro de 2003, a CNH, devendo reiniciar o
processo para a obtenção de nova Permissão para Dirigir.

A permissão para dirigir é um período de prova com duração de um ano,


quando está sendo avaliado se o condutor não comete infração de natu­
reza gravíssima, grave ou é reincidente em média. Perceba que Amanda
passou por seu período de prova (permissão) cometendo apenas uma in­
fração de natureza média. Sendo assim, ela poderá obter seu documento
CNH ao final deste período. Ver questão 269.

c) Considere a seguinte situação hipotética. Deslocando-se pela BR-050


em veiculo utilitário, ao qual fora acoplado um trailer, Gabriel aten­
deu ao comando para parar, advindo de policial em um posto da
PRF, Constatada a regularidade da documentação do veiculo e do
condutor, a viagem prosseguiu normalmente. Nessa situação, o con­
dutor apresentou ao policial, certamente, uma CNH, da categoria C,
já que ele não poderia ter apresentado uma Permissão para Dirigir,
pois esta é concedida, previamente á obtenção da CNH, somente na
habilitação inicial, qual seja, às categorias A ou B.

Veículo que tem trailer acoplado, independentemente de sua categoria


quando desacoplado, exige do condutor habilitação na categoria “E”; o
restante está correto.

d) O operador de um trator de esteiras utilizado exclusivamente na der­


rubada de árvores de grande porte em uma mata densa localizada em
terras particulares não necessita estar habilitado junto ao órgão execu­
tivo de trânsito competente, em uma das diferentes categorias de con­
dutores de veiculos automotores, para efeito de realizar esse trabalho.

Quanto aos tratores, são classificados na espécie tração. Na ongem (quando


saem da fábnca), não são considerados veículos, e sim produtos, tanto que

381 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

não são diferenciados peio fabricante da mesma forma que os demais


veicuios, com a numeração do chassi ou do monobloco. E mais, se utilizados
exclusivamente em áreas particulares, os proprietários não estão obrigados
a registrar e licenciá-los. Porém, quando forem transitar nas vias necessitam
de registro, licenciamento e numeração especial, assim como condutor
habilitado nas categorias C, D ou E. Veja redação do dispositivo abaixo:
“Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou o equi­
pamento automotor destinado à movimentação de cargas ou execução de
trabalho agrícola, de terraplenagem, de construção ou de pavimentação só
podem ser conduzidos nà via pública por condutor habilitado nas categorias
C, D ou E.”

60- (adaptada) Quanto ao cinto de segurança nos assentos, voltados para


frente, dos caminhões é exigido nos assentos próximos às portas e as­
sentos intermediários, o tipo três pontos, com ou sem retrator, ou do
tipo Subabdominal.

Trata-se da reprodução literal do item 3.1.3 do anexo da resolução n° 48/98.

Gabarito

37. Errado 46. Certo 51. (b) Certo 57.


38. Errado 47. Errado (a) Errado (c) Errado (a) Errado
39. Errado 48. (b) Certo (d) Certo (b) Errado
40. Certo (a) Errado (c) Certo 55. (c) Certo
41. Certo (b) Certo (d) Certo (a) Errado (d) Errado
42. Certo (c) Errado (e) Certo (b) Certo (e) Certo
43. (d) Certo 52. (c) Certo/Errado 58.
(a) Certo (e) Errado (a) Errado (d) Certo (a) Certo
(b) Certo 49. (b) Errado (e) Certo (b) Errado
(c) Errado (a) Certo (c) Errado 56. (c) Certo
(d) Errado (b) Errado (d) Certo (a) Certo (d) Errado
(e) Errado (c) Errado 53. (b) Errado 59.
44. (d) Certo (a) Errado (c) Nova redação (a) Certo
(a) Certo 50. (b) Errado dada ao arti­ (b) Errado
(b) Errado (a) Errado (c) Errado go 218 (c) Errado
(c) Certo (b) Certo (d) Certo (d) Nova redação (d) Certo
(d) Errado (c) Certo (e) Certo dada ao artí­ 60. Certo
(e) Errado (d) Certo 54. go 218
45. Errado (e) Certo (a) Errado (e) Errado

Leandro Macedo 382


Prova 36
Especialista em Transporte/Prefeitura de
Araçatuba - SP/FGV-SP/2002

35- O novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) foi aprovado no Congresso


Nacional e sancionado pelo Presidente da República, entrando em vigor
em:
a) Janeiro-1999.
b) Agosto-2000,
jtf Janeiro-1998.
d) Ainda não entrou em vigor, uraa vez que não foi aprovado pelo Senado.

Ver artigo 340. O Código de Trânsito Brasileiro, Lei n° 9.503/97, foi


publicado em 23 de setembro de 1997, entrando em vigor 120 dias após a
data de sua publicação, portanto em janeiro.

36- Assinale a única alternativa correta. Pelo novo Código de Trânsito


Brasileiro, existe previsão legal para que os veículos somente possam
ser licenciados se:
a) Forem adquiridos diretamente das concessionárias.
b) For comprovada a existência de apenas um proprietário anterior.
c) Utilizarem álcool como combustível.
d)vTorem aprovados na inspeção de segurança e de controle de emissão
de poluentes.

As condições estão previstas no artigo 131, §§2° e 3o. O § 2otraz necessidade


de quitação dos débitos relativos a tributos, encargos e multas de trânsito e
ambientais, vinculados ao veiculo, independentemente da responsabilidade
pelas infrações cometidas, para que seja feito o licenciamento do veículo.
Já o § 3o trata da aprovação nas inspeções, conforme disposto no art. 104:
"Art. 104. Os veículos em circulação terão suas condições de segurança,
de controle de emissão de gases poluentes e de ruído avaliadas mediante
inspeção, que será obrigatória, na forma e periodicidade estabelecidas pelo
CONTRAN para os itens de segurança e pelo CONAMA para emissão de
gases poluentes e ruído.

383
Provas Comentadas

§ 5o Será aplicada a medida administrativa de retenção aos veículos


reprovados na inspeção de segurança e na de emissão de gases poluentes
e ruído.”

Gabarito

35. C
36. D

Leandro Macedo 384


Prova 37
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRF da Ia Região/FCC/2001

19- TJm condutor, ao utilizar a via pública, estará cometendo uma infração
de trânsito quando
a) não respeitar as placas de regulamentações existentes na via.
b) ultrapassar pela esquerda se a faixa for de cor amarela e seccionada,
c) não respeitar as orientações das sinalizações de advertência.
d) nas ultrapassagens de bicicletas mantiver uma distância mínima de
um metro e meio,
e) não cumprir as recomendações inscritas nas placas de serviços auxí-
liares.

Alternativa A: Certa. Ver resolução n° 160/04, item 1.1.


Alternativa B: A ultrapassagem é permitida com faixa amarela seccionada,
de acordo com a resolução n° 160/04, item 2.2.1, “a”
Alternativas C e E: Estão erradas, pois está expresso no item 1,1 da reso­
lução citada que constitui infração o desrespeito à sinalização de regula­
mentação, não abrangendo assim a sinalização de advertência ou as placas
de serviços auxiliares.
Alternativa D: Errada, pois esta é exatamente a distância mínima a ser
mantida, conforme previsto no artigo 201 do CTB.

20- Quando o pagamento de multa de trânsito for efetuado até a data


de vencimento, expressa na notificação, terá um desconto de
a) 10%.
b) 20%.
c) 30%.
d) 40%.
e) 50%.

O artigo 284, capnt, do CTB prevê que se o pagamento for feito até a data
do vencimento, o infrator pagará a multa por 80% de seu valor, ou seja,
terá um desconto de 20%.

385
Provas Comentadas

21- Quando o motorista de um veiculo transportar pessoas, animais ou vo­


lumes a sua esquerda ou entre os braços ou pernas, estará cometendo
uma infração média, cuja penalidade será
a) apenas uma advertência verbal.
b) suspensão do direito de dirigir.
c) multa de 80 UFIR.
d) multa de 120 UFIR.
e) a remoção do veiculo e multa de 180 UFIR,

A mfração está tipificada no artigo 252, inciso II do CTB. Ver também


artigo 258, inciso III do CTB, que define qual será o vaíor das multas.

22- Relacione corretamente a primeira coluna de acordo com a segunda co­


luna.

a - Adverte o condutor que, adiante, os


fluxos opostos de tráfego da via vão
passar a ter fluxo separado por um
canteiro central.

b - Adverte o condutor da existência,


adiante, de junções sucessivas contrá­
rias primeira à esquerda.

c - Adverte o condutor da existência de


uma confluência de trânsito â direita,
através da qual um corrente de tráfe­
go se incorpora á via na qual está cir­
culando.
a) Ia, Ilb, IIIc.
b) Ia, IIc, Illb.
c) Ib, lia, IIIc.
d) Ib, IIc, Illa.
e) Ic, lia, Illb.

Ver resolução n° 160/04, item 1.2.3. As placas que aparecem na questão


são, na ordem: A-lla, A-42a e A-13b.

Leandro Macedo 386


Prova 37 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRF da I ^ R e ^ ^ F c á ^ d o í ^ '

Faça a correspondência correta da primeira com a segunda.còlunái -;?^^

a -Passagem de nivel sem barreira.

b -Passagem de nível com barreira.

c -Pista irregular.

a) Ia, Ilb, IIIc.


b) Ia, IIc, Illb .
c) Ib, lia, IIIc.
d) Ib, IIc, Illa.
e) Ic, Ha, Illb .

Ver resoíução n° 160/04, ítem 1.2.3. As placas que aparecem na questão


são, na ordem: A-40, A-17 e A-39.

Existem vários tipos de sinalizações que ajudam a manter o trânsito


seguro, tanto para os condutores como para os pedestres.

Símbolo Vermelho
Fundo Azul
Quadro Interno Branco

Essa figura informa ao condutor da existência de

a) transporte sobre balsa.


b) pronto-socorro.
c) monumento histórico.
d) cruzamento de vías secundárias.
e) cruzamento de Bnha férrea.

Ver resolução n° 160/04, item 1.3.4, “a”, placa S-5.

387 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

25- Assinale a alternativa correta sobre as placas de sinalização vertical de


trânsito:

Placa i Placa 2

a) A placa 2 adverte e a placa 1 regulamenta o sentido duplo de circulação.


b) A placa 2 regulamenta o sentido duplo de circulação.
c) A placa 2 adverte e a placa 1 orienta sobre o sentido duplo de circulação.
d) A placa 1 orienta o sentido de circulação.
e) A placa 1 adverte sobre o sentido duplo de circulação.

A placa i é de regulamentação e a placa 2 é de advertência. Ver resolução


n° 160/04, item 1.1.4, placa R-28, e item 1.2.3, placa A-25.

26- Assinale a alternativa que traz a afirmação correta sobre o artigo 130 do
Código de Trânsito Brasileiro:
“Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semi-rebo-
que, para transitar na vía, deverá ser licenciado anualmente pelo órgão
executivo de trânsito do Estado, ou do Distrito Federal, onde estiver
registrado o veículo.”
a) Os veiculos do Poder Judiciário estão isentos desta obrigação em ra­
zão da independência dos Poderes da República.
b) Os veículos do Poder Judiciário estão isentos desta obrigação, mas
devem ser registrados quando da sua aquisição.
c) Os veiculos do Poder Judiciário estão obrigados a cumprir esta dis­
posição legal mas são isentos do porte obrigatório do Certificado de
Licenciamento Anual.
d) Somente os veículos da esfera federal do Judiciário estão dispensados
do cumprimento da obrigação, já os dos Tribunais Estaduais não.
e) Nenhum veículo do Poder Judiciário está isento desta obrigação.

A única exceção para o artigo 130 e a prevista no seu § Io, referente a ve­
iculos de uso bélico. Com base nesta informação, fica fácil chegarmos à
alternativa E. O candidato deve atentar para o fato de que qualquer veiculo
em que seja facultado transitar na via, amda que pertencente a Adminis­
tração Pública ou de quaisquer Poderes, deverá cumprir a legislação e as
normas de trânsito.

Leandro Macedo 388


Prova 37 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRF da 1a Região/FCC/2001

Na cidade de São Paulo é comum o estabelecimento de “Áreas de Seguran­


ça” junto a edifícios onde funcionam róruns e Órgãos da Justiça através
da colocação de placas de sinalização vertical de regulamentação R6C (E
cortado duas vezes) que proíbem o estacionamento e parada nestes locais.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, locais sinali2 ados com este
tipo de placas
a) destinam-se ao estacionamento de veículos oficiais.
b) são de uso exclusivo dos veicuios dos Magistrados.
c) servem para estacionamento de veículos que transportam presos que
vêm para audiências ou julgamentos.
d) não podem ser utilizados para estacionamento ou parada.
e) são reservados para barreira policial de segurança em julgamentos
de grande comoção popular.

Ê o próprio significado da placa, previsto na resolução n° 160/04, item 1.1.4.

No caso de rotatória, tem a preferência de passagem o veículo que


a) estiver circulando por ela.
b) vier pela via da esquerda.
c) vier pela via da direita.
d) for o de maior porte.
e} comportar o maior número de passageiros.

Norma de circulação estabelecida no artigo 29, inciso III, alínea “b” do


CTB. Ver também artigo 215, inciso I, alínea “a” do CTB, que traz a infra­
ção prevista caso se desrespeite a norma.

Observe os dois grupos abaixo e assinale a alternativa que corretamente


os classifica segundo o Código de Trânsito Brasileiro.
Grupo 1: Multa, Advertência por escrito, Apreensão de veiculo.
Grupo 2: Remoção, Transbordo do excesso de carga, Retenção do veículo.
a) O grupo 1 contém penalidades e o grupo 2, ações operacionais.
b) O grupo 1 contém penalidades e o grupo 2, medidas administrativas.
c) O grupo 1 contém medidas administrativas e o grupo 2, ações ope­
racionais.
d) O grupo 1 contém medidas administrativas e o grupo 2, penalidades.
e) O grupo 1 contém ações operacionais e o grupo 2, penalidades.

389 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

As penalidades são as previstas no artigo 256, incisos I, II e IV. As medidas


administrativas estão no artigo 269, incisos II, V III e I, respectivamente.
Veja os dispositivos abaixo:
“Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabele­
cidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infra­
ções nele previstas, as seguintes penalidades:
I. advertência por escrito;
II. multa;
III. suspensão do direito de dirigir;
IV. apreensão do veiculo;
V. cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI. cassação da Permissão para Dirigir;
VII. freqüência obrigatória em curso de reciclagem.”
"Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das compe­
tências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá
adotar as seguintes medidas administrativas:
I. retenção do veículo;
II. remoção do veiculo;
III. recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
IV. recolhimento da Permissão para Dirigir;
V. recolhimento do Certificado de Registro;
VI. recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
VIII.transbordo do excesso de carga;
IX. realização de teste de dosagem de alcooiemía ou perícia de substân­
cia entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica;
X. recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na fai­
xa de dominío das vías de circulação, restituindo-os aos seus pro­
prietários, após o pagamento de multas e encargos devidos.
XI. realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de
prática de primeiros socorros e de direção veicular. (Incluído peia
Lei n° 9.602, de 1998)”
Deve o candidato perceber que as medidas administrativas são os atos que es­
tão dentro das atribuições dos agentes de trânsito e por isso aplicadas no mo­
mento da fiscalização, ora nos veicuios (retenção e remoção), ora nos conduto­
res (exames), ora nos documentos (recolhimento) e ora na carga (transbordo
e recolhimento de animais). Quanto às penalidades, temos uma sanção a ser
aplicada pela autondade de trânsito, com prévio processo administrativo.

Leandro Macedo 390


Prova 37 - Técnico Judiciáno/Ârea: Segurança e Transporte/TRF da 1* Região/FCC/2001

30- Assinale a alternativa que traz a afirmação correta sobre as definições:


“PARADA -imobilização do veículo com a finalidade e pelo tempo es­
tritamente necessário para efetuar embarque ou desembarque de pas­
sageiros.”
“OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do veículo,
pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou descarrega-
mento de animais ou carga, na forma disciplinada pelo órgão ou enti­
dade executivo de trânsito competente com círcunscrição sobre a via.”
“ESTACIONAMENTO - imobilização de veiculos por tempo superior
ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros”
a) São definições de dicionários e se aplicam à Legislação de Trânsito,
b) São definições dadas por estudiosos de trânsito e aplicam-se parcial­
mente à Administração de Trânsito.
c) São definições estabelecidas pelo Anexo I do Código de Trânsito
Brasileiro.
d) Não são definições» mas sim conceitos que por serem imprecisos não
são incorporados pela Administração de Trânsito,
e) Não são definições e nem conceitos aplicáveis ao Trânsito.

Cópia do anexo 1 do CTB.

31- “Além da proibição do estacionamento de veiculos era passeios, can­


teiros centrais, passarelas e outros locais fora da pista, a legislação de
trânsito também estabelece proibições de estacionamento na pista,
proibições que independem de sinalização viária para que tenham efi­
cácia e devam ser obedecidas.”
Assinale a alternativa que expressa a correta avaliação do texto acima.
a) O texto é contraditório, não existem proibições de estacionamento
na pista que não sejam as estabelecidas pela sinalização.
b) O texto é parcialmente correto, já que as proibições de estaciona­
mento na pista são aquelas definidas em normas infra -legais, como
as Resoluções do CONTRAN.
c) O texto estaria correto caso se referisse exclusivamente à parada e
nunca ao estacionamento.
d) O texto está correto, pois existem regras de estacionamento na pista
que independem de sinalização.
e} O texto está incorreto, pois foi empregada equivocadamente a pala­
vra pista ao invés de via.

391 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Deve o candidado perceber que ora sofre proibição imposta pela norma,
ora sofre proibição imposta pela sinalização. Sendo assim, veja artigo 181,
incisos V (vias que independem de sinalização proibitiva, pois a norma
proíbe; nas demais é necessária a sinalização de regulamentação proibin­
do) e VIII do CTB.
“Art. 181. Estacionar o veículo:
V. na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trânsito
rápido e das vias dotadas de acostamento:
Infração -gravíssima;
Penalidade -multa;
Medida administrativa -remoção do veículo.”
“VIII. no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovía ou ci-
clofaíxa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros
centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de canalização,
gramados ou jardim público:
Infração -grave;
Penalidade -multa;
Medida administrativa -remoção do veiculo.”

32- Circulando em uma via urbana classificada como de trânsito rápido,


você se depara com uma sinalização vertical de regulamentação de ve­
locidade máxima que estabelece o limite de 60 ICm/h para o trecho se­
guinte. A velocidade máxima que você pode imprimir ao seu veiculo
para este trecho é
a) 80 Km/h, que é a velocidade máxima estabelecida pelo Código para
vias de trânsito rápido.
b) 9ó Km/h, que é a velocidade máxima estabelecida pelo Código para
vias de trânsito rápido mais a tolerância de até 20%.
c) 70Km/h, que só poderia ser a regulamentação de trecho posterior a
trecho com a velocidade máxima estabelecida pelo Código.
d) 60 Km/h, que é a velocidade regulamentada.
e) 72 Km/h, que é a velocidade regulamentada mais a tolerância de até
2 0 %.

Deve o candidato perceber que a questão tenta aferir se ele sabe que a si­
nalização se sobrepõe às normas de circulação. Cabe ainda ressaltar que
se não houvesse a sinalização regulamentando a velocidade máxima da
via de trânsito rápido, sua velocidade máxima sena de 80 Km/h.

Leandro Macedo 392


Prova 37 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRF da 1* Região/FCC/2001

33- Assinale a alternativa correta quanto ao que estabelece o Código de


Trânsito Brasileiro sobre uso de calçado por condutores de veículos.
a) É proibido dirigir descalço.
b) É proibido dirigir com calçado que nào se firme nos pés ou que com­
prometa a utilização dos pedais.
c) Só é proibida a utilização de calçados que não se firmem nos pés.
d) Só é proibida a utilização de calçados que comprometam a utilização
dos pedais.
e) Só é permitido dirigir com calçados fechados.

Conduta tipificada no artigo 252, inciso IV do CTB. Veja abaixo:


“Art. 252. Dirigir o veiculo:
IV. usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utili­
zação dos pedais;
Infração -média;
Penalidade -multa.”

Deve o candidato perceber que não há requisitos de vestes para condução de


veículos automotores, podendo a condução se dar peio condutor descalço,
sem camisa, de sunga etc. Porém, no que se refere a motocicleta, motoneta
e ciciomotor, existe a previsão, no artigo 244 do CTB, que o CONTRAN
vai regulamentar vestuário para condução dos referidos veicuios.

34“ As infrações de trânsito classificam-se, segundo sua natureza, em:


a) Grupo 1, Grupo 2, Grupo 3 e Grupo 4.
b) Grupo A, Grupo B, Grupo C e Grupo D.
c) Gravíssima, Grave, Leve e Média.
d) Gravíssima, Grave, Leve, Média e Advertência.
e) Grave, Leve, Média e Advertência.

A classificação está estabelecida no artigo 258 do CTB, que traz a natureza


e os valores das multas.

393 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Gabarito

19. A
20. B
21. C
22. C
23. D
24. B
25. A
26. E
27. D
28. A
29. B
30. C
31. D
32. D
33. B
34. C

Leandro Macedo 394


Prova 38
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRF da 4a Região/FCC/2000

10- Quando se desloca com antecedência o veiculo para a faixa mais à direita
da sua mão de direção, sinalizando-o através de sinais luminosos ou ges­
tos convencionais e diminuindo a velocidade, o intuito é
a) entrar para a direita.
b) ultrapassar outro veiculo,
c) entrar para a esquerda.
d) efetuar retorno em via local.
e) passar em um cruzamento sem sinalização.

A alternativa correta é encontrada combinando os artigos 35 e 38 do CTB.


Veja-os abaixo:
"Art. 35. Antes de ínícíar qualquer manobra que implique um desloca­
mento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara e
com a devida antecedência, por meio da luz indicadora de direção de seu
veículo, ou fazendo gesto convencional de braço.
Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição de
faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos.”
“Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes
Ündeiros, o condutor deverá:
I. ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do
bordo direito da pista e executar sua manobra no menor espaço pos­
sível;
II, ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de
seu eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, caso se trate
de uma pista com circulação nos dois sentidos, ou do bordo esquer­
do, tratando-se de uma pista de um só sentido.
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor
deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem
em sentido contrário peia pista da via da qual vai sair, respeitadas as nor­
mas de preferência de passagem.”

395
Provas Comentadas

11- A expedição da Carteira Nacional de Habilitação é atribuição


a) das Entidades Municipais de Ensino.
b) do Conselho Nacional de Trânsito.
c) do Conselho Federal de Trânsito.
d) do Departamento Nacional de Trânsito.
e) do Departamento Estadual de Trânsito.

Competência estabelecida no artigo 22, inciso II, e no artigo 19, inciso VII,
ambos do CTB. A expedição é mediante delegação do Denatran, que possui
a competência originária.'O examinador considerou como certa a letra E.
Nós entendemos que foi imprópria a colocação do Denatran na alternativa
D, pois exigiria do enunciado mais detalhes. Veja os dispositivos:
“Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Es­
tados e do Distrito Federai, no âmbito de sua circunscrição:
II. realizar, fiscalizar e controlar o processo deformação, aperfeiçoa­
mento, reciclagem e suspensão de condutores, expedir ecassar Li­
cença de Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Carteira Nacional
de Habilitação, mediante delegação do órgão federal competente."
“Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União:
VIL expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação,
os Certificados de Registro e o de Licenciamento Anual mediante
delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal."

12- Pela ordem, as placas de sinalização A, B e C, respectivamente, adver­


tem a existência de

A B C
a) confluência á esquerda, estreitamento de pista ao centro e via lateral
à direita.
b) curva á esquerda, bifurcação ao centro e bifurcação em “Y ”.
c) curva acentuada em “S” à esquerda, ponte estreita e confluência â
direita.

Leandro Macedo 396


Prova 38 - Técnico Judiciáno/Área: Segurança e Transporte/TRF da 4* Região/FCC/2000

d) curva em "S” à esquerda, mão dupla adiante e confluência à esquerda.


e) pista sinuosa à esquerda, ponte estreita e confluência à esquerda.

Ver resolução n° 160/04, item 1.2.3. As placas são, respectivamente, A-4a,


A-22 e A-13b.

13- De acordo com o padrão de traçado, uma linha longitudinal definida


por sinalização horizontal, como apresentada abaixo, está regulamen­
tando
Faixa Sólida Faixa Seccionada

ia q asa « s a fita p aq
t r o a cn;!1 m ía r a mwj __ ;■ » — ‘* 1*1

a) proibição de mudança de direção á direita.


b) permissão ou proibição de ultrapassagem.
c) autorização para carga ou descarga.
d) permissão para estacionamento na rodovia.
e) proibição de trânsito de veículos pesados.

A “faixa sólida” significa proibição de ultrapassagem ou deslocamento lateral,


enquanto a “seccionada”, permissão. Ver resolução n° 160/04, item 2.2.1, “a”.

14- Ao trafegar por uma via coletora, após uma forte chuva, o condutor
passa sobre uma poça d’água e molha alguns pedestres que transitavam
pela calçada. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, esta ati­
tude é considerada
a) uma infração média passível de multa.
b) um grande desrespeito aos pedestres, apenas.
c) uma infração de natureza leve, apenas.
d) uma infração leve sujeita a uma advertência verbal, apenas.
e) uma infração gravíssima sujeita â multa e apreensão do veiculo.

É a infração prevista no artigo 171 do CTB. Veja:


“Art. 171. Usar o veiculo para arremessar, sobre os pedestres ou veículos,
água ou detritos:
Infração -média;
Penalidade -multa ”

397 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

15- Os meios de sinalização existentes que prevalecem sobre as regras de


circulação e outros sinais são os
a) gestos dos condutores.
b) sinais por meio de píacas.
c) gestos dos pedestres.
d) sinais luminosos.
e) gestos dos agentes de trânsito.

Reprodução literal do artigo 89, inciso I do CTB, o qual nos dá a seguinte


ordem de prevalência: em primeiro lugar temos a ordem dos agentes, em
segundo lugar o semáforo, em terceiro lugar os demais sinais, em quarto
lugar as normas de circulação. Veja questão 52, c e 146.

16- É direito de todo condutor, quando multado, interpor recurso pela in­
fração
a) ao DENATRAN.
b) ao CONTRAN.
c) à Secretaria de Finanças do Estado.
d) à JARI.
e) ao CETRAN.

Abordado no CTB em seu artigo 17, inciso I, que estabelece as competên­


cias das JARI (Juntas Administrativas de Recurso de Infrações), órgão
colegiado competente para julgar os primeiros recursos. Veja o disposi­
tivo abaixo:
“Art. 17. Compete às JARI:
I. julgar os recursos interpostos pelos infratores;
II. solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos
rodoviários informações complementares relativas aos recursos, ob­
jetivando uma melhor análise da situação recorrida;
III. encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos
rodoviários informações sobre problemas observados nas autuações e
apontados em recursos, e que se repitam sistematicamente.”

Perceba que o examinador faz menção ao primeiro recurso, que é apenas


um dos três instrumentos possíveis de serem utilizados pelo condutor au­
tuado, podendo utilizar-se da defesa prévia, utilizada antes da aplicação
da multa, que será julgada pela autoridade de trânsito, e existe ainda o se­
gundo recurso, que será julgado ora pelo CETRAN (autuações feitas peio

Leandro Macedo 398


Prova 38 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRF da 41 Região/FCC/2000

estado ou pelo município), ora peío CONTRAN (em caso de autuações


feitas peía união em infrações de natureza gravíssima).

17- Quando um condutor ultrapassa um outro veiculo pela contramão,


nas curvas e aclives sem visibilidade suficiente, é punido através de
a) remoção do veículo.
b) advertência por escrito,
c) multa.
d) recolhimento imediato da CNH.
e) recolhimento do certificado do veículo.
Esta é a única penalidade para a infração citada, que consta no artigo 203,
inciso I do CTB, e é uma infração de natureza gravíssima. Veja abaixo:
‘'Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veicuio:
I. nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente;
II. nas faixas de pedestre;
III. nas pontes, viadutos ou túneis;
IV. parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, cancelas, cruza­
mentos ou qualquer outro impedimento à livre circulação;
V. onde houver marcação viária longitudinal de divisão de fluxos opos­
tos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua amarela:
Infração -gravíssima;
Penalidade -muita.”

18- Era uma via de muito movimento, você se depara diante de um cruza­
mento com uma rotatória em que o condutor de um veículo apresenta
dificuldades em executar a manobra.

399 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Neste caso, a sua atitude defensiva será a de


a) diminuir a velocidade e aguardar o término da manobra.
b) não se incomodar, pois a sinalização mostra que o cruzamento não
é perigoso.
c) buzinar várias vezes para orientar o condutor.
d) acelerar, a fim de chegar na rotatória primeiro.
e) continuar o seu trajeto sem qualquer alteração, pois quera está na
rotatória não tem a preferência,

A preferência é do veículo que estiver circulando pela rotatória, de acordo


com os artigos 29, inciso 111, alínea “b”, e 215, inciso I, alínea “a”, ambos
do CTB. Questão importante e pacificada pelas inúmeras vezes que foi
analisada neste trabalho. Veja questão 7,

Gabarito

10. A
11. E
12. C
13. B
14. A
15. E
16. D
17. C
18. A

Leandro Macedo 400


Prova 39
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
TRF da 2a Região/Coppe/1999

03- O condutor de um veiculo não poderá ultrapassar outro se


a) estiver em frente a hospitais ou quartéis;
b) estiver em vias de mesmo sentido;
c) estiver em passagem de nivei ou pontes;
d) houver veiculos parados â direita em vias de mão única;
e) o tempo estiver chuvoso e as pistas escorregadias.

Norma de circulação prevista no artigo 32 do CTB. Ver também artigos


202, mciso II, e 203, inciso III, ambos do CTB, que trazem as infrações e
sanções relativas à referida norma de circulação. Não existe proibição le­
gai de ultrapassagem nas situações previstas nas outras alternativas. Veja
os dispositivos:
‘‘Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veiculos em vias com dupio
sentido de direção e pista única, nos trechos em curvas e em aciives sem
visibilidade suficiente, nas passagens de nível nas pontes e viadutos e nas
travessias de pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a
ultrapassagem.
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá efe­
tuar ultrapassagem.”
“Art. 202. Ultrapassar outro veículo:
I. pelo acostamento;
II. em interseções e passagens de nível;
Infração -grave;
Penalidade -multa.”
“Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veiculo:
I. nas curvas, aciives e declives, sem visibilidade suficiente;
II. nas faixas de pedestre;
III. nas pontes, viadutos ou túneis;

401
Provas Comentadas

IV. parado era. fila junto a smais íummosos, porteiras, cancelas, cruza­
mentos ou qualquer outro impedimento à livre circulação;
V. onde houver marcação viána longitudinal de divisão de fluxos opos­
tos do tipo linha dupla continua ou simples continua amarela:
Infração -gravíssima;
Penalidade -multa.”

04- O uso do pisca-alerta é correto


a) quando o veículo estiver imobilizado ou em situações de emergência;
b) em desfiles escolares ou datas cívicas;
c) nas auto-estradas durante a noite para que outro veículo acompanhe;
d) para avisar sobre manobra destinada ao embarque de passageiros;
e) em vias de fluxo rápido ou em estradas interestaduais.

Situação prevista no artigo 40, inciso V, alínea “a” do CTB. Questão já co­
mentada e com bastante incidência em concurso. Ver;também artigo 251,
inciso I do CTB, que traz a infração prevista. Existe ainda outra previsão
no CTB, que se refere a “quando a sinalização da via determinar”
Perceba que o uso do pisca-alerta é permitido em três situações: quando
imobilizado, quando em situação de emergência (ainda que em funcio­
namento), ou quando a sinalização da via determinar. A infração se con­
figura quando o condutor utilizar o pisca-alerta em situações diferentes
das elencadas acimas.

05- O veículo deve ser conduzido na faixa


a) mais à direita da rua, quando não houver faixa especial ou sinali­
zação.
b) sempre à esquerda, quando a divisão de pista for intermitente,
c) sempre próximo à faixa divisória, quando a mesma for continua.
d) o mais próximo da pista de retorno.
e) na pista central., perto do acostamento,

A opção está de acordo com a norma de circulação prevista no artigo 29,


inciso I do CTB. Importante ressaltar que a melhor forma de visualizar
a questão é através do artigo 89 do CTB, uma vez que podemos extrair
uma norma genérica, que a sinalização sempre poderá ser excepciona-
lizada por uma norma de circulação. Enfim, como o trânsito deverá ser

Leandro Macedo 402


Prova 39 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRF da 2* Regiao/Coppe/1999

feito pelo lado direito da via (norma de circulação), fica evidente que são
admitidas as exceções devidamente sinalizadas, com fulcro no artigo 89
do CTB.

Dirigir sem o cinto de segurança constitui infração punível cora


a) perda de 5 pontos na CNH e pagamento de multa de 120 UFIR.
b) perda de 7 pontos na CNH e pagamento de 150 UFIR.
c) perda de 3 pontos na CNH e pagamento de 90 UFIR.
d) cassação da permissão para dirigir por um período de seis meses.
e) cassação da CNH e multa de 120 UFIR.

Dirigir sem cinto de segurança constitui infração de natureza grave puni-


vel com medida administrativa de retenção do veículo prevista no artigo
167 do CTB. Ver também artigos 258, inciso II, e 259, inciso II, também
do CTB, que trazem a pontuação e os valores das multas. Veja:
“Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com
sua gravidade, em quatro categorias:
I. infração de natureza gravíssima, punida com multa de valor corres­
pondente a 180 (cento e oitenta) UFIR;
II. infração de natureza grave, punida com multa de valor correspon­
dente a 120 (cento e vinte) UFIR;
III. infração de natureza média, punida com multa de valor correspon­
dente a 80 (oitenta) UFIR;
IV. infração de natureza leve, punida com multa de valor correspon­
dente a 50 (cinqüenta) UFIR.
§ Io Os valores das multas serão corrigidos no primeiro dia útil de cada
mês peia variação da UFIR ou outro índice legai de correção dos débitos
fiscais.
§ 2° Quando se tratar de multa agravada, o fator multiplicador ou índice
adicional específico é o previsto neste Código.
Art. 259. A cada infração cometida são computados os seguintes núme­
ros de pontos:
I. gravíssima -sete pontos;
II. grave -cinco pontos;
III. média -quatro pontos;
IV. leve - três pontos.”

403 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

07- Em cruzamento de ruas, quando não houver placa sinalizadora de


preferência, terá prioridade o veiculo
a) mais leve.
b) mais pesado,
c} mais rápido.
d) da esquerda.
e) da direita.

Veja abaixo a norma de circulação prevista no artigo 29, inciso III, alínea
“c” do CTB, que traz a preferência de passagem nas vias.
“Art. 29. O trânsito de veicuios nas vias terrestres abertas á circulação
obedecerá às seguintes normas:
III. quando veicuios, transitando por fluxos que se cruzem, se aproxi­
marem de local não sinalizado, terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que
estiver circulando por eia;
b) no caso de rotatória, aqueie que estiver circulando por ela;
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor.”

Perceba que na presença da sinalização, quem determina a preferência de


passagem é a sinalização. )á na ausência desta, quem determina é a nor­
ma do artígo 29, III do CTB. Veja questões 18 e 63, 141, 294 e 622.

08- A afirmativa INCORRETA é:


a) O embarque e o desembarque dos ocupantes de um veiculo de pas­
sageiros, com exceção do condutor, devem ocorrer sempre do lado
da calçada;
b) O uso de capacete com viseira para motociclista e passageiro è sem­
pre obriga tóri oí
c) As vias abertas à circulação se classificam em urbanas e interurbanas;
d) O uso do cinto de segurança é obrigatório em qualquer desloca­
mento do veículo;
e) É considerado falta gravíssima disputar corrida por espirito de
emulação.

A alternativa C está errada, pois de acordo com os artigos 2° e 61, ambos


do CTB, as vias terrestres se dividem em urbanas (vias de trânsito rápido,
arterial, coletora e local) e rurais (rodovias e estradas).

Leandro Macedo 404


Prova 39 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TRF da 2a Região/Coppe/1999

Alternativa A: De acordo com o parágrafo único do artigo 49 do CTB. Veja:


“Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veicu­
lo,deixá-la aberta ou descer do veiculo sem antes se certificarem de que
isso não constitui perigo para eles e para outros usuários da via.
Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do
lado da calçada, exceto para o condutor."
Alternativa B: A alternativa B é extremamente simples, surgindo a dúvida
quando a pergunta se refere à necessidade de o condutor e passageiro usa­
rem viseíra ou óculos de proteção. Sendo assim, vejamos os dispositivos le­
gais que tratam do tema: artigos 54, inciso 1,55, inciso 1,244, incisos I e II,
todos do CTB, e resoluções nos 203/06 e 270/08, ambas do CONTRAN.
“Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só po­
derão circular nas vias:
I. utilizando capacete de segurança, com viseíra ou óculos protetores.
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e cíclomotores só po­
derão ser transportados:
I. utilizando capacete de segurança.”
“Art. 244, Conduzir motocicleta, motoneta e ciciomotor:
I. sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e
vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo
CONTRAN;
II. transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma
estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplementar co­
locado atrás do condutor ou em carro lateral.”
Resolução n° 203/06:
“Art. Io £ obrigatório, para circular na vias públicas, o uso de capacete
pelo condutor e passageiro de motocicleta, motoneta, ciciomotor, triciclo
motorizado e quadncido motorizado.
§ 1o O capacete tem de estar devidamente afixado à cabeça pelo conjunto
formado pela cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar inferior.
§ 2o O capacete tem de estar certificado por organismo acreditado pelo
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industriai
- INMETRO, de acordo com regulamento de avaliação da conformidade
por ele aprovado ”
Alternativa D: Ver artigos 65 e 167 do CTB. Devemos ressaltar que inde­
pendentemente da idade do passageiro, este ocupará um cinto de segu-

405 Legislaçao de Trânsito


Provas Comentadas

rança, ainda que para prender um bebê conforto ou uma cadeirinha, os


quais farão a retenção da criança.
Alternativa E: Infração prevista no artígo 173 do CTB, que faz referência
ao espirito de emulação (imensa vontade de competir). Veja:
“Art. 173. Disputar corrida por espírito de emulação:
Infração -gravíssima;
Penalidade -multa (três vezes), suspensão do direito de dirigir e apreen­
são do veículo;
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e
remoção do veículo.”

09- Sempre que pretenda ultrapassar um veículo, o condutor deverá


a) certificar-se de que a velocidade de seu veículo é superior â do outro a ser
ultrapassado.
b) utilizar a seta para ultrapassagens pela direita e braço para ultrapassa-
gens peia esquerda.
c) diminuir a velocidade na altura do pára-choque dianteiro do auto
a ser ultrapassado.
d) piscar o farol uma vez se for ultrapassar pela direita e duas vezes se
for ultrapassar pela esquerda.
e) acelerar se for ser ultrapassado por outro veículo, para que este pas­
se pela esquerda.

Questão típica de direção defensiva, mas que tem embasamento legal de


acordo com o CTB. A alternativa A está de acordo com a parte final do
artigo 34 do CTB, pois está expresso que o condutor que queira executar
(qualquer) manobra, deve atentar para a sua velocidade. As outras opções
não possuem fundamento. Veja o dispositivo abaixo:
“Art. 34.0 condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-
se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da vía que
o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição,
sua direção e sua velocidade.”
Gabarito
03. C 07-E
04. A ° 8-C
05. A ° 9*A
06. A

Leandro Macedo 406


Prova 40
Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/
Tribunal de Justiça-DF/Cespe~UnB/1997

01- Realmente, o Brasil é um país de contrastes. De um lado, as estatísti­


cas o identificam como o pais dos acidentes; de outro, possui uma das
mais modernas legislações de trânsito, em perfeita consonância com a
realidade e com as regras vigentes internacionalmente. À respeito da
legislação de trânsito brasileira, julgue os itens abaixo.
I. O condutor que tenha sido condenado por delito de trânsito po­
derá voltar a dirigir após ter cumprido a pena, necessitando ser
submetido a novo exame de habilitação, (adaptada)
II. O motorista habilitado que transferir seu domicílio deverá registrar
sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na repartição de trân­
sito com jurisdição sobre o local ou na mais próxima dela, no prazo
de trinta dias após a sua chegada, informando o novo endereço.
III. Ao condutor que se habilitar em mais de uma categoria será conce­
dida uma CNH para cada categoria em que for habilitado.
IV. Os exames de saúde exigidos para a habilitação serão realizados
unicamente por clínicas particulares credenciadas pelos departa­
mentos de trânsito.
V. Em caso de transferência do domicílio do proprietário de veículo,
a licença obtida no domicílio anterior é válida durante o ano de
sua expedição.
O número de itens corretos é igual a
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

Item I: Certo. O condenado por delito de trânsito deverá ter sua habili­
tação cassada, e em virtude disso deverá fazer um curso de reciclagem e
novos exames. Perceba que o cassado não reinicia o processo (não volta
para a auto-escola), mas somente refaz os exames da habiLitação, e mais,

407
Provas Comentadas

a depender do exame de direção veicular, poderá voltar na categoria que


possuía ao tempo da cassação ou em uma categoria inferior.
Item II: Errado, pois não há previsão no CTB, nem em suas resoluções.
Tentativa do examinador de confundir o candidato com a obrigatorieda­
de de o proprietário informar o novo endereço no prazo de 30 dias, caso
mude de endereço no mesmo município. O artigo 241 do CTB traz a in­
fração de deixar de atualizar cadastro tanto de registro de veiculos quanto
de habilitação. O cadastro de habilitação se refere àquelas providências
que não podem esperar a renovação da CNH, como por exemplo o fato
de passar a usar lentes corretoras de visão após o exame de aptidão física e
mental. É importante observar que é necessário que se atualize o endereço,
por força dos artigos 6, Iíí, 19, VIII e XIV, 22, XIV, mas o legislador deixou
uma lacuna quanto ao prazo, necessitando o CONTRAN tal regulamen­
tação.
Item III: Errado, somente é prevista a adição de categoria quando habili­
tado para conduzir veiculos de duas ou três rodas (motocicleta) e simul­
taneamente para conduzir veiculos de mais de três rodas (automóvel, ca­
minhão, ônibus). Também existe a previsão de uma gradação de categoria
entre veículos acima de três rodas, ou seja, à medida que o condutor for
habilitando-se para conduzir veiculos mais complexos, sua categoria vai
sendo alterada em B,C, D, E.
Item IV: Errado, de acordo com o artigo 148 do CTB. Com exceção do
exame de direção veicular, os demais exames poderão ser aplicados por
entidades públicas ou privadas credenciadas pelo órgão executivo de trân­
sito do Estado ou do Distrito Federai (DETRANs).
Item V: Certo. Reprodução do artigo 130, § 2o, surgindo neste caso ou a
obrigatoriedade de informar o novo endereço no prazo de 30 dias (mu­
dança de endereço dentro do mesmo município), ou de providenciar a
expedição de um novo registro no prazo de 30 dias (mudança de endereço
entre municípios), não havendo em nenhuma das hipóteses acima a ne­
cessidade de providenciar um novo licenciamento.

No Distrito Federal, o motorista que, na faixa, não der preferência ao pedes­


tre, será punido. Embora conste do Código Nacional de Trânsito instituído
em 1966, a lei entrou firmemente em vigor no dia primeiro de abril deste ano.
A partir dessa data, o motorista que não der a preferência, prevista em lei, será
multado em R$ 54,64 e, se acelerar o carro, forçando as pessoas a correr, terá a

Leandro Macedo 408


Prova 40 - Técnico Judiciário/Área: Segurança e Transporte/TJ-DF/Cespe-UnB/1997

multa elevada para R$ 72,86; a infração constará no seu prontuário e, na ter­


ceira incidência, a carteira de habilitação será apreendida, Para aplicar essa
lei, o DETRAN-DF investiu em uma campanha educativa e realizou palestras
em várias escolas, conscientizando e mostrando como todos - motoristas e
pedestres - devem se comportar nas ruas. Assim, hoje já faz parte da rotina
dos pedestres brasilienses atravessar com segurança a faixa a eles destinada.

02- A respeito do comportamento de motoristas e pedestres no trânsito,


julgue os itens seguintes à luz da legislação brasileira,
I. Nenhum condutor de veiculo poderá retirar, sem autorização da
autoridade competente, o veículo do local do acidente com ele
^ ocorrido, e do qual haja resultado vítima, mesmo para.prestar so­
corro de que esta necessite.
II. É proibido ao condutor de veiculo de transporte coletivo dirigir
com excesso de lotação.
III. É dever do pedestre, nas rodovias e nas vias urbanas que não pos­
suam espaço privativo a ele destinado, andar sempre á esquerda da
' vía, em fila uníca, em sentido contrário ao dos veicuios e, ao cruzar
a via pública, fazê-lo somente na faixa própria, obedecendo à sina­
lização.
\
~~ IV. E dever do condutor dar passagem a outro veiculo, pela direita,
quando solicitado.
ç V. É terminan temente proibido ao condutor, em qualquer situação,
\ transitar pela contramão de direção.
Estão certos apenas os itens
a) lelL
b) II e III.
c) III e IV.
d) IV e V.
e) II, III e V.

Item I: Errado. O ato de prestar socorro ou para evitar risco â segurança se


sobrepõe à preservação do local, conforme previsto no artigo 176,1 e II.
Caso deixe de fazê-lo, responde por infração de natureza gravíssima.
Item II: Certo. Infração prevista no artigo 231, inciso VII do CTB (natu-
reza média).

409 Legislação de Trânsito


Provas Comentadas

Item III: Pelo gabarito oficiai está certo, pois senão não haveria resposta
válida. Mas nós discordamos, pois a questão fala tanto em áreas urbanas
quanto rurais, e a previsão de andar em sentido contrário só vem expres­
sa nas áreas rurais, calando-se o CTB quanto ao sentido nas áreas urba­
nas. Observe ainda que o pedestre, segundo a questão, deverá “andar
sempre à esquerda da via”, enquanto o CTB fala “pelos bordos da pista”
Porém, analisando todos os outros itens, se quisermos achar uma respos­
ta válida, teremos de considerar este item correto. Analisando o artigo 68,
§ 3o. podemos extrair a seguinte explicação: saivo melhor juízo, nas vias
rurais, no caso da questão rodovia, a circulação de pedestres será feita
pelo bordo da pista em fila única e em sentido contrário ao deslocamento
de veicuios, onde não houver acostamento e nem passagem de pedestres.
Como as normas de circulação prevêem que o trânsito de veículos deve
ser feito pelo lado direito das vias, logo se conclui que os pedestres na
situação descrita estarão transitando pela esquerda da via, para estar em
sentido contrário ao dos veicuios.
Item IV: Errado. É dever do condutor dar passagem a outro veiculo, pela
esquerda, quando solicitado. Ver artigos 30, inciso I, e 198, ambos do
CTB.
Item V: Errado. O artigo 186, inciso I do CTB nos informa que é permitido
transitar pela contramão de direção para ultrapassar outro veículo e ape­
nas pelo tempo necessário à ultrapassagem.

Gabarito
01. B
02. B

Leandro Macedo 410

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