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MANUAL
DO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL
ÁREA ASSISTENCIAL
LEGISLAÇÕES E PARÂMETROS
Parte I
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES
Serviço de Dimensionamento e Monitoramento de Pessoal
Coordenadoria de Planejamento de Pessoal
Diretoria de Gestão de Pessoas

Manual Técnico do Dimensionamento de Pessoal


Área Assistencial
LEGISLAÇÕES E PARÂMETROS
Parte I

BRASÍLIA – DF
2022
@2022 Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada
a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos
autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica. Informações institucionais da Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares pode ser acessada no site: https://www.gov.br/ebserh/pt-br.

EXPEDIENTE

Oswaldo de Jesus Ferreira


Presidente

Antonio César Alves Rocha


Vice-Presidente

Rodrigo Augusto Barbosa


Diretor de Gestão de Pessoas

Mauro Márcio Figueiredo de Oliveira


Coordenador de Planejamento de Pessoal

Ana Paula Santos de Lima


Chefe do Serviço de Dimensionamento e Monitoramento de Pessoal

PRODUÇÃO / ORGANIZAÇÃO
Serviço de Dimensionamento e Monitoramento de Pessoal
Ana Paula Santos de Lima
Eliene Torquato Lopes
Gladys Samudio
Janaina Barros de Carvalho
Maria José Alves da Silva
Reghini Maciel Cavalcante
Ricardo Soletti
Sibely Diani Mesquita Santos Gambaro
Thais Pereira Caixeta
Weverton Souza Veras

REVISÃO
Kamille Pereira Benev

1ª Edição -

Ficha Catalográfica
EBSERH. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Manual de Dimensionamento
de Pessoal Assistencial: Legislações e Parâmetros. – 1. Ed. Brasília: DF, 2022.

1. Dimensionamento de Pessoas. 2. Gestão de Pessoas 3. Profissionais de Saúde.


4. Rede Ebserh
LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS DA REDE EBSERH ...................................................................7


FIGURA 2 – GRUPOS DE CARGOS EBSERH.......................................................................................... 18
FIGURA 3 – PASSO A PASSO DO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DOS PROFISSIONAIS ASSISTENCIAIS... 19
LISTA DE TABELA

Tabela 1– Carga horária dos cargos da rede ebserh .......................................................... 14

Tabela 2 – Número de dias não trabalhados no ano/empregado, nos hospitais da Rede


EBSERH...................................................................................................... 16

Tabela 3 – Variáveis utilizadas para o cálculo de dimensionamento ................................ 18

Tabela 4 – Dimensionamento da Equipe Multiprofissional – I ........................................... 21

Tabela 5 – Dimensionamento da Equipe Multiprofissional – II ......................................... 22

Tabela 6 – Parâmetros da hora assistencial da equipe do Ambulatório........................... 23

Tabela 7 – Quantitativo da equipe multidisciplinar do ambulatório ................................ 24

Tabela 8 – Dimensionamento Hospital Dia: Médico, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem


.................................................................................................................. 26

Tabela 9 – Habilitações em Oncologia no Hospital Dia .................................................. 27

Tabela 10 – Dimensionamento Hospital Dia – Saúde Mental ............................................ 30

Tabela 11 – Dimensionamento Hospital Dia – Aids: Equipe Multidisciplinar ......................31

Tabela 12 – Dimensionamento de Equipe Multidisciplinar Hospital Dia – Geriátrico ........ 32

Tabela 13 – Sistema de Classificação de Pacientes ............................................................ 36

Tabela 14 – Sistema de Classificação de Pacientes ............................................................ 37

Tabela 15 – Horas de Enfermagem em 24 horas por paciente........................................... 37

Tabela 16 – Dimensionamento da equipe mínima em Obstetrícia e Alojamento Conjunto


.................................................................................................................. 40

Tabela 17 Dimensionamento da equipe médica de Pediatria ............................................ 41

Tabela 18 – Classificação de Pacientes de acordo com o ASA ........................................... 43

Tabela 19 – Parâmetros do Porte Cirúrgico ....................................................................... 45

Tabela 20 – Dimensionamento da Equipe do Centro Cirúrgico ......................................... 46

Tabela 21 – Dimensionamento do Médico - Anestesiologista em CC e SRPA ............... 47

Tabela 22 – Dimensionamento da Equipe da Sala de Recuperação Pós-Anestésica.......... 47

Tabela 23 – Espaços Físicos do Centro de Material e Esterilização .................................... 50

Tabela 24 – Descrição das Atividades para Processamento de Materiais ......................... 52

Tabela 25 – Dimensionamento da Equipe do CME – COFEN .............................................. 53

Tabela 26 – Espelho Semanal Padrão – Hospital sem cirurgia ortopédica........................ 54

Tabela 27 – Espelho Semanal Padrão – Hospital com cirurgia ortopédica ....................... 54


Tabela 28 – Espelho Semanal Padrão - Hospital sem Centro Cirúrgico/Obstétrico ........... 54

Tabela 29 – Tempo de Isquemia de Órgãos ....................................................................... 55

Tabela 30 – Equipe Mínima de Médicos nas Modalidades de Transplantes ...................... 57

Tabela 31 – Equipe Técnica dos Bancos de Tecidos ........................................................... 58

Tabela 32 – Dimensionamento da Equipe da Hemoterapia .............................................. 61

Tabela 33 – Dimensionamento da Equipe Mínima da Unidade de Assistência de Alta


Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia ........................................... 63

Tabela 34 – Dimensionamento da Equipe Mínima do Serviço de Assistência de Alta


Complexidade Investigação e Cirurgia da Epilepsia.................................. 65

Tabela 35 – Dimensionamento da Equipe do Serviço de Assistência de Alta Complexidade


em Tratamento Endovascular .................................................................. 67

Tabela 36 – Dimensionamento da Equipe do Serviço de Assistência de Alta Complexidade


em Neurocirurgia Funcional Estereotáxica ..............................................68

Tabela 37 – Dimensionamento da equipe de Enfermagem dos leitos clínicos em Unidade


de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular ............................. 70

Tabela 38 – Dimensionamento da Equipe Mínima do Serviço de Assistência de Alta


Complexidade em Cirurgia Cardiovascular ............................................... 70

Tabela 39 – Dimensionamento da Equipe de Enfermagem em Leitos Pós-Operatório em


Alta Complexidade em Cirurgia Cardiovascular ........................................ 71

Tabela 40 Dimensionamento da Equipe Mínima do Serviço de Cirurgia Cardiovascular


Pediátrica .................................................................................................. 72

Tabela 41 – Dimensionamento da equipe mínima do Serviço de Assistência de Alta


Complexidade em Procedimentos da Cardiologia Intervencionista ........ 74

Tabela 42 – Dimensionamento da equipe mínima no Serviço de Assistência de Alta


Complexidade em Procedimentos Endovasculares Extracardíacos ......... 75

Tabela 43 – Dimensionamento da equipe mínima para o Serviço de Assistência de Alta


Complexidade em Laboratório de Eletrofisiologia ................................... 76

Tabela 44 – Dimensionamento de equipe mínima para o Centro de Referência em


Assistência a Queimados – Alta Complexidade ........................................ 78

Tabela 45 – Dimensionamento equipe Centro de Referência em Assistência a Queimados


– Intermediário ......................................................................................... 79

Tabela 46 – Dimensionamento da equipe médica mínima necessária às UTI/UCI............. 83

Tabela 47 – Faixa etária de atendimentos em UTI tipo I/UCI Adulto e Pediátrico ............ 85

Tabela 48 – Dimensionamento UTI Tipo I/ UCI Adulto e Pediátrica ..................................86

Tabela 49 – Dimensionamento da UTI tipo II, UTI de Queimados, UCO Adulto e UTI
Pediátrica .................................................................................................. 87
Tabela 50 – Dimensionamento leito UTI Pós-Operatório Cardíaco ................................... 87

Tabela 51 – Dimensionamento UTI, UTI Especializada em Queimados e UCO Adulto e


Pediátrica tipo III.......................................................................................89

Tabela 52 – Dimensionamento da equipe UTIN tipo II e III ................................................ 92

Tabela 53 – Dimensionamento de equipe da UCINCo e UCINCa ........................................ 93

Tabela 54 – Métodos de Terapia Renal Substitutiva ......................................................... 94

Tabela 55 – Equipe mínima do Serviço de Referência à Gestação de Alto Risco ...............99

Tabela 56 – Equipe mínima para Referência Hospitalar em Atendimento Secundário e


Terciário a Gestação de Alto Risco.......................................................... 100

Tabela 57 – Dimensionamento da Equipe de Gestação de Alto Risco .............................. 101

Tabela 58 – Dimensionamento da Equipe da Casa da Gestante, Bebê e Puérpera ..........102

Tabela 59 – Dimensionamento da equipe mínima para o Centro Obstétrico ................. 105

Tabela 60 – Dimensionamento da equipe do Banco de Leite e Lactário ........................ 107

Tabela 61 – Dimensionamento do Farmacêutico em Farmácia Clínica............................. 110

Tabela 62 – Dimensionamento do Técnico em Farmácia da Farmácia Clínica .................. 111

Tabela 63 – Composição equipe mínima das Unidades Hospitalares Gerais de


Atendimentos às Urgências e Emergências de Tipo I .............................. 114

Tabela 64 – Composição equipe mínima das Unidades Hospitalares Gerais de


Atendimento às Urgências e Emergência Tipo II ..................................... 115

Tabela 65 – Dimensionamento das Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às


Urgências e Emergências de Tipo I e II ..................................................... 115

Tabela 66 – Composição de Cargos e Serviços das Unidades de Referência em


Atendimento às Urgências e Emergências Tipo I..................................... 116

Tabela 67 – Composição dos cargos de Médicos nas Unidades de Referência em


Atendimento às Urgências e Emergências Tipo I – Cardiologia............... 118

Tabela 68 – Composição dos cargos de Médicos nas Unidades de Referência em


Atendimento às Urgências e Emergências Tipo I – Pediatria .................. 118

Tabela 69 – Composição dos cargos de Médico nas Unidades de Referência de


Atendimento às Urgências e Emergências Tipo I – Traumato – Ortopedia
................................................................................................................. 119

Tabela 70 – Composição dos cargos de Médico nas Unidades de Referência de


Atendimento às Urgências e Emergências Tipo II.................................... 119

Tabela 71 – Composição dos Cargos de Médico das Unidades Hospitalares de Referência


em Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo III ........................120

Tabela 72 – Dimensionamento da equipe do Centro de Urgência tipo I .......................... 123


Tabela 73 – Dimensionamento da equipe em Centro de Atendimento de Urgência tipo II
.................................................................................................................124

Tabela 74 – Dimensionamento da equipe do Centro de Atendimento de Urgência tipo III


.................................................................................................................124

Tabela 75 – Dimensionamento equipe CAPS I ..................................................................129

Tabela 76 – Dimensionamento da equipe CAPS II ........................................................... 130

Tabela 77 – Dimensionamento da equipe CAPS III – plantão diurno semanal ................ 130

Tabela 78 – Dimensionamento de equipe CAPS III – plantão noturno semanal (12 horas)
................................................................................................................. 131

Tabela 79 – Dimensionamento da equipe CAPS III – plantão diurno aos fins de semana e
feriados .................................................................................................... 131

Tabela 80 – Dimensionamento equipe CAPS i II ............................................................... 132

Tabela 81 – Dimensionamento equipe CAPS ad II............................................................. 133

Tabela 82 – Dimensionamento equipe CAPS ad III – plantão diurno semanal .................134

Tabela 83 – Dimensionamento equipe CAPS ad III - plantão noturno.............................. 135

Tabela 84 – Dimensionamento equipe CAPS ad III – plantão diurno aos finais de semana e
feriados .................................................................................................... 135

Tabela 85 – Dimensionamento equipe CAPS ad IV – plantão diurno .............................. 136

Tabela 86 – Dimensionamento equipe CAPS ad IV – plantão noturno ........................... 137

Tabela 87 – Dimensionamento na Atenção Integral em Violência Sexual ...................... 140

Tabela 88 – Dimensionamento de equipe mínima Serviço de Atenção Especializada em


Doenças Raras ..........................................................................................143

Tabela 89 – Dimensionamento de equipe mínima Serviço de Referência em Doenças


Raras ........................................................................................................143

Tabela 90 – Habilitações para à Atenção às Pessoas com Doenças Raras ...................... 144

Tabela 91 – Composição de equipe do Centro de Referência em Osteogênese Imperfeita


................................................................................................................ 146

Tabela 92 – Tipos de Especialidades dos Centros Especializados em Reabilitação ......... 148

Tabela 93 – Especialidades dos Serviços de Reabilitação................................................ 148

Tabela 94 – Dimensionamento da equipe mínima para Leitos/Unidades de Reabilitação


em Hospital Geral.................................................................................... 149

Tabela 95 – Dimensionamento da equipe mínima dos Serviços de Reabilitação ........... 150

Tabela 96 – Dimensionamento da equipe mínima do Serviço de Reabilitação Auditiva . 152

Tabela 97 – Dimensionamento da equipe mínima em Centros de Especialidade


Odontológica ........................................................................................... 153
Tabela 98 – Hora Assistencial de execução dos procedimentos em Análises Clínicas .... 164

Tabela 99 – Dimensionamento da Equipe do Laboratório de Análises Clínicas .............. 165

Tabela 101 – Dimensionamento da Equipe do Laboratório de Anatomia Patológica ..... 166

Tabela 102 – Parâmetros de Exames por Imagem - 24 horas .......................................... 167

Tabela 103 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em


Saúde da Mulher ..................................................................................... 169

Tabela 104 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos


Materno Infantil...................................................................................... 170

Tabela 105 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em


Métodos Gráficos em Neurologia ............................................................ 171

Tabela 106 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em


Oftalmologia ............................................................................................ 172

Tabela 107 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em


Otorrinolaringologia ................................................................................ 173

Tabela 108 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Métodos Gráficos
em Cardiologia ......................................................................................... 175

Tabela 109 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos do


Sistema Respiratório .............................................................................. 176

Tabela 110 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em


Gastroendoscopia .................................................................................... 177

Tabela 111 – Dimensionamento da Equipe de Enfermagem para o Serviço de Diagnósticos


em Gastroendoscopia ............................................................................. 178

Tabela 112 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo em Diagnósticos em


Urologia .................................................................................................. 179

Tabela 113 – Dimensionamento do Técnico em Radiologia do Serviço de Diagnósticos em


Urologia .................................................................................................. 179

Tabela 114 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em


Hematologia ........................................................................................... 180
LISTA DE QUADRO

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SUMÁRIO

PREFÁCIO ..................................................................................................................................... 4

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 5

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO AO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DA EBSERH .................. 6

CAPÍTULO II – EVOLUÇÃO DA PARAMETRIZAÇÃO ASSISTENCIAL NO BRASIL ...................... 9

CAPÍTULO III – CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DA


EBSERH ........................................................................................................................................11

CAPÍTULO IV – METODOLOGIA DO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL ASSISTENCIAL DA


REDE EBSERH ............................................................................................................................. 13

CAPÍTULO V – PARAMETRIZAÇÃO DA ÁREA ASSISTENCIAL .................................................. 20

1 EQUIPE MULTIPROFISSIONAL ...................................................................................... 20

2 AMBULATÓRIO.............................................................................................................. 23

3 HOSPITAL DIA .............................................................................................................. 25

4 INTERNAÇÃO HOSPITALAR ......................................................................................... 35

5 CENTRO CIRÚRGICO ..................................................................................................... 42

6 CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO .................................................................. 47

7 TRANSPLANTES ............................................................................................................ 55

8 HEMOTERAPIA .............................................................................................................60

9 ALTA COMPLEXIDADE EM NEUROLOGIA ................................................................... 62

10 ATENÇÃO CARDIOVASCULAR DE ALTA COMPLEXIDADE ........................................68

11 HEMODINÂMICA E ELETROFISIOLOGIA .................................................................... 72

12 ALTA COMPLEXIDADE EM OBESIDADE ..................................................................... 76

13 ASSISTÊNCIA AOS QUEIMADOS ................................................................................. 77

14 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI), UNIDADE DE CUIDADOS INTERMEDIÁRIOS


(UCI), UNIDADE CORONARIANA (UCO), UNIDADE DE CUIDADO INTERMEDIÁRIO
NEONATAL CONVENCIONAL (UCINCo) E UNIDADE DE CUIDADO INTERMEDIÁRIO
NEONATAL CANGURU (UCINCa) ................................................................................80

15 DIÁLISE PARA UTI ....................................................................................................... 93

16 GESTAÇÃO DE ALTO RISCO ........................................................................................96

17 CASA DA GESTANTE, BEBÊ E PUÉRPERA .................................................................. 101

18 CENTRO DE PARTO NORMAL ...................................................................................102

19 CENTRO OBSTÉTRICO ............................................................................................... 104


20 BANCO DE LEITE E LACTÁRIO .................................................................................. 106

21 NUTRIÇÃO CLÍNICA ................................................................................................... 107

22 FARMÁCIA HOSPITALAR .......................................................................................... 108

23 REDE DE ATENÇÃO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA ....................................................... 111

24 CENTRO DE ATENDIMENTO DE URGÊNCIA AOS PACIENTES COM ACIDENTE


VASCULAR CEREBRAL ................................................................................................ 121

25 REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL .......................................................................... 125

26 CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS ......................................................128

27 ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL NO


ÂMBITO DO SUS ......................................................................................................... 137

28 ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM DOENÇAS RARAS ................................... 140

29 CENTRO DE REFERÊNCIA EM TRATAMENTO DE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA .... 145

30 CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO .........................................................147

31 REABILITAÇÃO AUDITIVA .......................................................................................... 152

32 CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS ................................................... 153

33 ATENÇÃO DOMICILIAR ............................................................................................. 154

34 SAÚDE DO IDOSO ..................................................................................................... 156

35 SERVIÇO DE APOIO À DIAGNOSE E TERAPIA ...........................................................162

CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 181

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................... 182


PREFÁCIO

A Diretoria de Gestão de Pessoas da Empresa Brasileira de Serviços


Hospitalares tem a honra de apresentar o Manual Técnico do Dimensionamento de
Pessoal da Força de Trabalho para a Área Assistencial.
O planejamento da força de trabalho compõe um rol de ações estratégicas da
Diretoria de Gestão de Pessoas da Rede Ebserh, visando garantir o atendimento das
demandas organizacionais atuais e futuras. E o dimensionamento de pessoal,
propósito deste manual, é etapa fundamental desse planejamento.
Como o próprio nome sugere, pelo dimensionamento de pessoal é dado o
quantitativo de profissionais necessário para a realização de determinadas
atividades. Mas além disso, esse esforço apresenta importantes externalidades
positivas para a gestão, como a geração de informações quanto aos processos de
trabalho e às entregas realizadas pelas unidades organizacionais.
Com este trabalho, foram revistos os parâmetros técnicos que impactam o
quantitativo de profissionais necessários para o atendimento dos serviços, à luz das
publicações mais recentes dos referenciais teóricos voltados para a área de saúde.
Este Manual apresenta, portanto, a metodologia utilizada pela Rede Ebserh
para o cálculo das equipes visando padronização da técnica definida para a nossa
organização. Esse conjunto metodológico deve subsidiar os gestores no
planejamento de suas equipes e permitir o trabalho contínuo de construção de uma
rede homogênea de hospitais universitários.
Façam bom uso do material e ótimo trabalho!

Rodrigo Augusto Barbosa


Diretor de Gestão de Pessoas
DGP/Ebserh
APRESENTAÇÃO

Este Manual Técnico propõe estabelecer as diretrizes de apoio para a


realização do dimensionamento de pessoal das áreas assistenciais dos Hospitais
Universitários Federais integrantes da Rede Ebserh, como forma de orientar
metodologicamente e qualificar os processos de trabalho de acordo com a força de
trabalho existente.
Entendendo que as formas mensuráveis de trabalho possibilitam a execução
de análise, monitoramento e aprimoramento efetivo em relação as estratégias de
atuação, o Manual Técnico descreve de forma sistematizada os parâmetros utilizados
para o cálculo da força de trabalho.
A metodologia de dimensionamento da força de trabalho para as áreas
assistenciais da Rede Ebserh se fundamenta nas legislações vigentes e referenciais
teóricos que envolvem as equipes mínimas necessárias visando a eficiência, eficácia
e efetividade se adaptando de acordo com as especificidades de cada perfil
assistencial dos Hospitais Universitários Federais da Rede.
O presente Manual Técnico consolida e unifica metodologicamente o
processo de dimensionamento da força de trabalho da Rede Ebserh propiciando o
compartilhamento de informações entre as unidades visando uma melhor prestação
de serviços aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e oportunizando o
aprimoramento do ensino e pesquisa aos docentes e alunos.

Mauro Márcio Figueiredo de Oliveira


Coordenador de Planejamento de Pessoal
CPP/DGP/Ebserh
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO AO DIMENSIONAMENTO DE
PESSOAL DA EBSERH

Para gerir uma rede de Hospitais Universitários que atenda a população de


forma resolutiva e pautada pelos princípios norteadores do SUS é necessário
considerar o perfil epidemiológico ou perfil de saúde de determinada região, além
dos recursos humanos, físicos e financeiros disponíveis.
Conforme a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) do SUS, instituída
pela Portaria GM/MS nº 3.390/2013, dentre os eixos estruturantes, considera-se a
formação, desenvolvimento e gestão da força de trabalho, onde todas as
instituições integrantes das ações de serviços de saúde servem como campo de
prática para o ensino, pesquisa e incorporação tecnológica em saúde. A gestão da
força de trabalho é direcionada para o aperfeiçoamento de mecanismos que
envolvem aspectos de provimento de pessoal, sendo, as equipes compostas por 6
profissionais de diferentes áreas e saberes para a execução da assistência visando
a horizontalização do cuidado integral ao usuário.
A Ebserh foi criada por meio da Lei nº 12.550/2011, com a finalidade de prestar
serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio
diagnóstico e terapêutico à comunidade, assim como a prestação de serviços de
apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, visando a formação de pessoas no campo
da saúde pública às instituições públicas federais de ensino ou instituições
congêneres.
A Ebserh gerencia a maior rede de hospitais públicos do Brasil, sendo composta
pela Administração Central, localizada em Brasília, juntamente com 41 (quarenta e
um) Hospitais Universitários Federais (HUFs), abrangendo além do Distrito Federal,
outros 22 estados que exercem a função de centros de referência de média e alta
complexidade para o SUS e possui um papel de destaque para a sociedade.
FIGURA 1 – HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS DA REDE EBSERH

Fonte: Rede Ebserh (Ebserh, 2022).

No organograma da Ebserh, a Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) é a área


responsável por planejar, administrar, monitorar e desenvolver sua força de
trabalho tanto na Administração Central como nas demais Unidades, bem como
elaborar estudos sobre dimensionamento de pessoal em consonância com a cadeia
de valor, os processos de trabalho, as necessidades quantitativas e qualitativas de
recursos humanos para as unidades da Rede.
Segundo a Portaria SEDGG/ME nº 7.888/2022, o dimensionamento da força de
trabalho é definido como um “instrumento de gestão de pessoas que visa estimar
o quantitativo ideal de pessoas para realizar um conjunto de entregas com foco em
resultado, considerando o contexto e as características da força de trabalho.”
O Serviço de Dimensionamento e Monitoramento de Pessoal (Sedimp), que está
vinculado à Coordenadoria de Planejamento de Pessoal da Diretoria de Gestão de
Pessoas e é responsável pelo dimensionamento e monitoramento da força de
trabalho da Ebserh, além do gerenciamento do quadro de pessoal autorizado pela
Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da
Economia (SEST – ME). No âmbito dos HUFs, a Divisão de Gestão de Pessoas
(DivGP), componente da estrutura das unidades hospitalares, é responsável pelo
acompanhamento da força de trabalho, articulada com o Sedimp.
O dimensionamento de pessoal da Ebserh é uma etapa do planejamento da
força de trabalho relacionada à composição do quadro de pessoal, seguindo os
normativos vigentes de modo a garantir a equipe mínima para o desenvolvimento
da assistência hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à
comunidade, bem como contemplar o ensino, a pesquisa e a inovação tecnológica.
É uma etapa essencial do planejamento da força de trabalho, definida por Marconi
(2002) como “processo sistemático e contínuo de avaliação das necessidades atuais
e futuras de recursos humanos, no que se refere ao quantitativo e composição do 8

quadro de profissionais necessários para desempenhar as atividades propostas”,


sendo fundamental para a gestão de pessoas, caracterizando-se como um trabalho
complexo, que envolve diversas variáveis e etapas para sua realização.
Os serviços prestados em instituições de saúde devem estabelecer em sua
gestão mecanismos de qualidade que envolvam estrutura, processo e resultado
conforme disposto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) na RDC
Nº 63/2011, que designa os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os
Serviços de Saúde. Conforme o Art. 7º, I, II, para garantia do cuidado com excelência
e qualidade as instituições de saúde devem atender aos preceitos das legislações e
regulamentos vigentes, compor quadro de pessoal qualificado, a estrutura e a
capacidade física instalada devem seguir aos quesitos com os recursos necessários,
tais como, ambientes identificados, equipamentos e materiais que fortaleçam e
contemplam os critérios e processos da incorporação de novas tecnologias em
saúde, apoiando as ações do ensino.
CAPÍTULO II
EVOLUÇÃO DA PARAMETRIZAÇÃO ASSISTENCIAL
NO BRASIL

A saúde pública como direito de todos e dever do Estado em âmbito nacional,


foi instituída com a Constituição Federal de 1988 (CF/88), sendo garantida conforme
o Art. 196, “universal e igualitário às ações de serviço para promoção, proteção,
recuperação”, como direito da saúde de forma gratuita a toda população, com
abrangência desde ao atendimento da atenção primária até os serviços de alta
complexidade.
A Lei nº 8.080/1990, foi sancionada para delinear as definições e as atribuições
do Sistema Único de Saúde do nosso país. Desta forma, foi um marco histórico
como medida de garantir os direitos fundamentais conforme preconiza a
Declaração Universal dos Direitos Humanos em seu Art. 25, que toda pessoa tem
direito a um nível de vida suficiente para assegurar individualmente, à família, a
9
saúde e o bem-estar.
A introdução de parâmetros de produtividade na saúde se deu a partir de 1982
com a publicação pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência
Social (INAMPS), da Portaria INAMPS nº 3.046/1982, com o objetivo de nortear os
atendimentos assistenciais dos beneficiários dos sistemas de previdência social por
meio de parâmetros aos quais foram determinados como de Cobertura e de
Produtividade. O parâmetro de Cobertura era destinado para avaliar as
necessidades de atendimento que envolviam o quantitativo das consultas médicas,
as internações, exames complementares acrescidos da estimativa da capacidade de
produção dos serviços e, os parâmetros de Produtividade estimava a capacidade de
produção dos serviços assistenciais, tanto pessoal como a estrutural e considerava
o cálculo do número de consultas/médico/hora e as internações leito/ano.
No ano de 2002, a Portaria GM/MS n° 1.101/2002 determinou atualizar a antiga,
Portaria MAPS n° 3.046/1986, para estabelecer os parâmetros de cobertura
assistencial e atribuir a revisão periódica desses parâmetros para a Secretaria de
Assistência à Saúde.
Em 2006, foi definido o processo da Programação Pactuada e Integrada da
Assistência em Saúde no âmbito do SUS por meio da Portaria GM/MS nº 1.097/2006,
que tratava sobre a quantificação por meio de critérios e parâmetros das ações de
saúde de acordo com a territorialização, com o objetivo de organizar a rede de
serviços pautada pelo princípio da transparência. Considera-se que o parâmetro de
produtividade estimava também os recursos humanos. Contudo, não foi definido
na portaria a estimativa do quantitativo de pessoal, tendo apenas o enfoque em
parametrizar as necessidades dos serviços assistenciais do SUS.
Neste contexto, entende-se que para a entrega apropriada da prestação de
serviço assistencial, o dimensionamento de pessoal deve ser fortalecido por meio
do conhecimento técnico-científico e realizado por critérios parametrizados que
atendam as especificidades das instituições e concomitante combater a
desprecarização na atenção à saúde pública.
Com o objetivo de promover a integração sistêmica das ações e serviços de 10

saúde garantindo a integralidade do cuidado e permitindo aos usuários a atenção


continuada, que são constituídos por diferentes pontos de atenção, sendo
considerados espaços que ofertam determinados serviços de saúde, foi criada a
Portaria GM/MS Nº 4.279/2010, compilada pela Portaria de Consolidação nº 03/2017,
que dispõe sobre as diretrizes da Rede de Atenção à Saúde (RAS) no âmbito do SUS.
Para se alcançar o objetivo da integralidade do cuidado, os pontos de atenção à
saúde foram divididos em três componentes: a) cuidados primários, b) atenção
especializada: os ambulatórios e hospitais, c) cuidados de urgência e emergência.
Por meio das Linhas de Cuidado é possível estabelecer critérios de cuidado
conforme a tipologia da doença, orientando aos usuários e as instituições de saúde,
o direcionamento e o percurso assistencial dentro da RAS. Assim, facilita a
categorização do nível de recursos a serem desprendidos para o atendimento,
tratamento e o acompanhamento mediante aos agravos de saúde.
CAPÍTULO III
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DO
DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DA EBSERH

A Ebserh, é uma empresa pública, com personalidade jurídica de direito privado


e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e criada pelo
Governo Federal para prestar serviços de ensino, pesquisa e assistência à saúde de
forma integral e exclusivamente inseridos no âmbito do SUS, observando a
autonomia universitária (Ebserh, 2011).
Com a criação da Ebserh, o Governo Federal prossegue com a recuperação dos
Hospitais Universitários Federais, garantindo as condições necessárias para a oferta
da assistência à saúde da população, de acordo com as orientações do SUS e para
a geração de conhecimento de qualidade e formação dos profissionais da área
assistencial.
11
A dupla finalidade da Rede Ebserh, de assistência direta à população e de apoio
ao ensino e à pesquisa, é um diferencial em relação aos demais hospitais públicos e
concede maior complexidade à sua gestão.
Na estrutura organizacional da Ebserh, a Diretoria de Gestão de Pessoas ficou
com a responsabilidade de elaborar um método de dimensionamento de recursos
humanos que proporcionasse uma base de sustentação adequada para a
reestruturação da força de trabalho dos HUFs.
Inicialmente, os parâmetros, aplicados pela Estatal, para o dimensionamento de
pessoal foram baseados na metodologia empregada no Hospital de Clínicas de
Porto Alegre (HCPA), por apresentar um quadro de pessoal adequado tanto à
assistência quanto ao ensino, dentro da relação funcionário/leito e horas
trabalhadas/por profissional, abrangência na prestação de serviços, sendo de
referência para a rede de saúde e gestão hospitalar adequada. A publicação do
Observatório de Recursos Humanos de São Paulo (ObservaRHSP) e o Relatório de
Pesquisa do Núcleo de Pesquisas e Publicações da Escola de Administração de
Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP/FGV/NPP) também
foram utilizados como bibliografia que fundamenta a elaboração da metodologia.
De modo a contemplar as diferenças entre os HUFs, optou-se pelo
desmembramento das principais áreas assistenciais e aquelas de produtividade
diferenciada da seguinte maneira:
• Leitos Gerais Assistenciais;
• Leitos de Unidade de Terapia Intensiva;
• Número de procedimentos de Urgência e Emergência/Pronto Socorro
mensais;
• Número de consultas ambulatoriais mensais.
Foram agrupadas algumas categorias, do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-
Administrativos em Educação – PCCTAE que rege o Regime Jurídico Único – RJU.
Aquelas categorias em extinção no PCCTAE, mas em atividade no hospital de
referência foram agrupadas nas categorias vigentes no Plano, assim como
nomenclaturas diferentes, mas com mesmo significado, facilitando a metodologia
de cálculo para os hospitais. 12

As cargas horárias dos profissionais seguem ao estabelecido no Plano de


Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Ebserh e, as atividades que legalmente
podem ser terceirizadas, foram consideradas critérios de exclusão para o cálculo.
CAPÍTULO IV
METODOLOGIA DO DIMENSIONAMENTO DE
PESSOAL ASSISTENCIAL DA REDE EBSERH

A metodologia de dimensionamento da força de trabalho da área assistencial da


Ebserh está pautada pelas seguintes diretrizes:
➢ Identificar as estratégias e oportunidades que possibilitem garantir o
mínimo efetivo dos profissionais de saúde na Rede Ebserh;
➢ Atender aos perfis assistenciais necessários a cada instituição da Rede;
➢ Valer-se do conhecimento, de novos saberes e modelos técnicos
científico para a atualização da ferramenta;
➢ Auxiliar a tomada de decisão dos gestores frente a necessidade de
remanejamento do quadro de pessoal assistencial.
A metodologia de dimensionamento de pessoal da Rede Ebserh foi se
13
aperfeiçoando e agregando melhorias. Assim, os parâmetros e a mensuração do
quantitativo de profissionais necessários ao atendimento assistencial, consideram
a necessidade epidemiológica da população, as linhas de cuidado, a infraestrutura
física utilizada, a produção assistencial e sua complexidade, considerando o ensino
e respeitando a obrigatoriedade das equipes mínimas estabelecidas em legislações,
além de considerar a estrutura organizacional, diretrizes de gestão e serviços
preconizados pela Ebserh, de modo que os serviços prestados sejam ofertados com
segurança e qualidade ao usuário do SUS e aos processos de trabalho
desenvolvidos.
A Diretoria de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde (DEPAS) realiza estudos com
ações estratégicas para identificar o perfil assistencial dos HUFs da Rede Ebserh, na
dimensão da atenção à saúde para integrar os processos de Ensino-Pesquisa-
Assistência, em conjunto com as diretrizes acadêmicas e as necessidades do
sistema de saúde verificando os tipos de serviços regionais existentes.
O resultado do estudo de dimensionamento pessoal, é peça primordial que
compõe a solicitação de autorização do quadro de vagas pleiteado junto à SEST-ME,
visando o quantitativo de vagas necessárias para execução dos diversos processos
de trabalho, que permitirá o funcionamento integral dos serviços planejados.
A metodologia utilizada pelo Sedimp realiza o cálculo por área assistencial e
para o cálculo, utiliza-se as seguintes cargas horárias semanais, para os respectivos
cargos, de acordo com o Plano de Cargos, Carreiras e Salários - PCCS (EBSERH,
2020):
Tabela 1– Carga horária dos cargos da rede ebserh

CARGOS CARGA HORÁRIA


Advogados 40 horas
Analista administrativo 40 horas
Analista de Tecnologia da Informação 40 horas
Arquiteto 40 horas
Assistente administrativo 40 horas
Assistente Social 30 horas
Biólogo 40 horas
14
Biomédico 40 horas
Cirurgião dentista 30 horas
Educador Físico 40 horas
Enfermeiros 36 horas
Engenheiro 40 horas
Farmacêutico 40 horas
Físico 40 horas
Fisioterapeuta 30 horas
Fonoaudiólogo 30 horas
Jornalista 25 horas
Médicos 24 horas
Nutricionista 40 horas
Pedagogo 40 horas
Psicólogo 40 horas
Técnico em Análises Clínicas 40 horas
Técnico em Citopatologia 40 horas
Técnico em contabilidade 40 horas
Técnico em Farmácia 40 horas
Técnico em Hemoterapia 40 horas
Técnico em informática 40 horas
Técnico em Necropsia 40 horas
Técnico em Óptica 40 horas
Técnico em Órteses e Próteses 40 horas
Técnico em Prótese Dentária 40 horas
Técnico em Química 40 horas
Técnico em Radiologia/ Radioterapia/ Medicina Nuclear 24 horas
Técnico em Saúde Bucal 40 horas
Técnico em Segurança do Trabalho 40 horas
Técnicos em Enfermagem 36 horas
Tecnólogo 40 horas
Terapeuta Ocupacional 30 horas
Fonte: Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) – EBSERH, 2020.

Os dados e informações necessários ao dimensionamento são obtidos,


inicialmente, a partir do Relatório de Serviços Assistenciais, elaborado pelo Serviço
de Planejamento Assistencial (SPA/DEPAS). Neste documento estão relatadas as
informações de:
• Perfil Assistencial;
• Habilitações SUS;

• Serviços e Classificação;
• Produção Realizada;

• Projeções de Ampliação; 15
• Capacidade Instalada (Leitos, Salas Cirúrgicas, Ambulatórios, Serviço

de Apoio Diagnóstico e Terapêutico).


Neste relatório também são fornecidos dados relevantes sobre o planejamento
do hospital de criação e ampliação de serviços, o que oferece subsídios para análise
da necessidade de obras pela área responsável.
Os dados da produtividade e as informações assistenciais são inseridos na
ferramenta intitulada como Simulação de Dimensionamento de Pessoal, que
consiste em uma planilha, permitindo o cálculo da equipe mínima. A parametrização
da ferramenta considera as legislações vigentes, o tipo do HUF, horários de
funcionamento dos serviços e, as habilitações, com o objetivo de integrar o perfil
assistencial requerido ao quantitativo de profissionais necessário para o
atendimento dos serviços definidos. Ainda, considera as informações específicas de
cada hospital, onde constam a descrição da estrutura física, administrativa e
organizacional definida pelo tipo do hospital. A realização das visitas técnicas nos
HUFs é uma etapa do processo de dimensionamento que possibilita que a equipe
de governança, composta por todos os gestores das áreas, tenham participação
ativa na aplicação dos instrumentos utilizados. Com esta visita são verificadas as
especificidades da instituição valorizando a experiência prática dos profissionais
responsáveis pelas diversas áreas dos HUFs, com essas informações, além da visita
técnica in loco, respaldam o cálculo de pessoal, visando a adequação à realidade de
cada Unidade.
O estudo de dimensionamento de pessoal utilizava o Índice de Segurança
Técnica (IST) de 10%. O IST trata de um acréscimo percentual no quantitativo de
pessoal visando a cobertura de licença médica, absenteísmo e outras situações de
ausências dos profissionais que impactam para a contabilização da força de
trabalho. Contudo, o Sedimp, em revisão do IST, baseado em dados personalizados
da Rede Ebserh, construiu um índice considerando além das taxas básicas, como
férias e feriados, os abonos garantidos pelo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)
vigente, a taxa de absenteísmo e a média de dias destinados para capacitação,
exclusivo para o(a)s empregado(a)s celetistas, assim, a partir de 2019 passou a ser
de 13,7%, nos dimensionamentos de pessoal realizados. 16
Tabela 2 – Número de dias não trabalhados no ano/empregado, nos hospitais da Rede EBSERH

Motivos de dias não


Nº de dias %
trabalhados
Feriado Nacional* 9 2,5

Feriado Local 1 0,3

Férias 30 8,2

Abono 2 0,5

Capacitação 2,5 0,7

Absenteísmo 5,4 1,5

Total 49,9 13,7

Fonte: Sedimp/CPP/DGP/Ebserh, 2018.

Vale ressaltar, que o dimensionamento tem caráter dinâmico, uma vez que
depende de fatores como alterações de legislações e normas profissionais,
inovações tecnológicas, adaptações de fluxos administrativos, entre outros.
Contudo, deve ser considerado potencialidades ligadas a temática que possibilitam
gerar reflexão sobre o processo de trabalho que influenciam sobre a
parametrização assistencial em saúde.
O quantitativo de profissionais dimensionados é interferido diretamente por
variáveis para alcançar a produtividade planejada, pois está relacionado à
organização do trabalho institucional, à gerência interna dos serviços e à motivação
profissional dos funcionários dentre outros aspectos. O resultado do
dimensionamento é o quadro de pessoal estimado para o hospital, por unidade, por
cargo e por especialidade.
A SEST-ME define, no momento da autorização, que o quadro de vagas
destinado à Rede Ebserh é composto por servidores vinculados ao Regime Jurídico
Único (RJU) das Universidades Federais lotados no Hospital Universitário, quando
for o caso, e de vagas celetistas enquadrados pelo regime das Consolidações das
Leis de Trabalho (CLT), que serão preenchidas por profissionais aprovados em
concurso público promovido pela Ebserh. 17

Após a autorização do limite do quadro de pessoal pela SEST/ME, qualquer


outro aditivo de pessoal requer a execução de todo o trâmite exposto
anteriormente para nova solicitação. Desta forma, o que acontece a partir deste
momento é o monitoramento das vagas e do quadro de pessoal. O Sedimp realiza
o monitoramento da força de trabalho por meio do controle do uso das vagas
autorizadas e do acompanhamento da lotação dos profissionais.
As vagas são autorizadas por grupos de cargos conforme Figura 2, sendo:
Médico, Enfermeiro, Técnico em Enfermagem, Assistenciais de Nível Superior,
Assistenciais de Nível Técnico, Advogado, Administrativos de Nível Superior e
Administrativo de Nível Médio/Técnico.
FIGURA 2 – GRUPOS DE CARGOS EBSERH

Médico

Administrativo
de Nível Enfermeiro
Médio/Técnico

Grupos Técnico
Administrativos
de Nível
Superior
de de
Enfermagem
Cargos

Advogado Assistenciais de
Nível Superior

Assistenciais de
Nível Técnico

18
O dimensionamento de pessoal considera além da carga horária da categoria
profissional, Tabela 1, as variáveis de tempo de funcionamento do serviço,
conforme Tabela 3.
Tabela 3 – Variáveis utilizadas para o cálculo de dimensionamento

VARIÁVEIS PARÂMETROS
Número de semanas/mês 4,4 Semanas
Dias úteis do mês 22 Dias
Dias do mês 30.8 Dias
Turno para médico diarista 4 Horas/Dia
Plantões 6 Horas ou 12 Horas/Dia
Fonte: Sedimp/CPP/DGP/Ebserh, 2022.

O mês, para a metodologia utilizada, deve ser subdividido em três classificações:


• Quantitativo de semanas/mês;
• Número de dias úteis;
• Dias do mês.
Considerando os 22 (vinte e dois) dias úteis dentro do mês e devido a
variabilidade dos meses serem de 30 ou 31 dias, foi-se considerado 5 (cinco)
semanas e, dividido por esse valor obtêm-se como resultado 4,4 e, assim,
multiplicado por 7 (sete) dias chega-se ao valor de 30.8 dias do mês.
Assim, temos a descrição do dimensionamento de pessoal dos profissionais da
área assistencial ensejando o passo a passo, para composição das equipes mínimas,
conforme demonstra a figura a seguir:
FIGURA 3 – PASSO A PASSO DO DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL DOS PROFISSIONAIS ASSISTENCIAIS

19

Fonte: Autor.
CAPÍTULO V
PARAMETRIZAÇÃO DA ÁREA ASSISTENCIAL

1. EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
A equipe multiprofissional que atua nas instituições de saúde é composta por
profissionais de diversas áreas, direcionados para atuarem na assistência com o
objetivo de promover ações do cuidar, respeitando a autonomia nas dimensões da
saúde individuais, promovendo o bem-estar englobando aos aspectos físico, mental
e social. Assim, em 1946, por meio da Constituição da Organização Mundial de
Saúde (OMS) definiu a saúde como um estado completo de bem-estar físico, mental
e social, não ausentando o ser humano de adoecer por algum tipo de doença,
agravo ou evento de saúde.
Na esfera dos condicionantes e determinantes que impactam a saúde, a equipe
multiprofissional devido a sua interdisciplinaridade, possui forte papel de
estabelecer um conjunto de ações que permeiam a assistência preventiva, curativa 20
e de reabilitação nos diversos eixos e níveis de complexidade das redes de atenção
em saúde, compreendo o contexto social, seguindo os princípios da integralidade
para atender as necessidades conforme as demandas para a oferta dos serviços.
O trabalho em equipe deve ser visto como um processo que engloba os
aspectos da colaboração interprofissional e a prática colaborativa, com enfoque na
otimização das intervenções em saúde com a agregação de novas tecnologias e
avaliação constante dos modelos assistenciais para qualificação dos processos de
trabalho.
Assim, a Rede Ebserh para a composição das equipes assistenciais buscou
entender a necessidade dos tipos de serviços que compõem as unidades
hospitalares e ambulatoriais para a realização da abordagem clínica sob a
perspectiva da atenção integral, respeitando as normas e legislações vigentes para
os funcionamentos dos serviços de saúde articulando com o exercício legal das
profissões, e incentivar os profissionais de saúde a serem facilitadores da
educação em saúde por meio das preceptorias.
A Resolução CNS/MS nº 218/1997 e Resolução CNS/MS nº 287/1998, do
Conselho Nacional de Saúde, reconheceu os profissionais de saúde de nível superior
para compor as equipes de saúde, sendo:
• Assistente Social;
• Biólogo;
• Biomédico;
• Profissional de Educação Física;
• Enfermeiro;
• Farmacêutico;
• Fisioterapeuta;
• Fonoaudiólogo;
• Médico;
• Médico Veterinário;
• Nutricionista;
• Odontólogo;
21
• Psicólogo;
• Terapeuta Ocupacional.
O dimensionamento dos profissionais de saúde da Rede Ebserh que compõe a
Equipe Multiprofissional é feito considerando alguns critérios, como número de
procedimento e número de leitos hospitalares:
• Número de procedimentos/mês;
• Número de procedimentos/dia.
Tabela 4 – Dimensionamento da Equipe Multiprofissional – I

CARGO QUANTIDADE
ASSISTENTE SOCIAL 01 para 30 leitos
FISIOTERAPEUTA 01 para 20 leitos
FONOAUDIÓLOGO 01 para 30 leitos
PSICÓLOGO - PSICOLOGIA HOSPITALAR 01 para 30 leitos
TERAPEUTA OCUPACIONAL 01 para 30 leitos
Fonte: ObservaRH, 2016 e PARÂMETROS E INDICADORES DE DIMENSIONAMENTO DE
PESSOAS EM HOSPITAIS / FGV – PICCHIAI, 2009 e Sedimp/CPP/DGP, 2022.
O Psicólogo foi dimensionado conforme a Nota Técnica CRP – 09 003/2019, ao
qual estabelece os Parâmetros de Assistência Psicológica em Contextos de Atenção
Primária, Secundária e Terciária de Saúde e, de acordo com o perfil assistencial dos
HUFs.
Por não encontrar parâmetro de cálculo para Profissional de Educação Física e
Pedagogo na literatura, o Sedimp definiu quantitativo padrão para tais categorias
profissionais conforme descrito abaixo.
Tabela 5 – Dimensionamento da Equipe Multiprofissional – II

TIPO DO HOSPITAL QUANTIDADE

COMPLEXO 02
TIPO I 02
TIPO II 01
TIPO III 01
TIPO IV 01
Fonte: Sedimp/CPP/DGP.

O Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), definiu as competências e a 22

atuação do Profissional de Educação Física no contexto hospitalar por meio da


Resolução nº 391/2020, legitimando a importância das ações de intervenção
voltadas aos exercícios físicos para a reabilitação do quadro clínico dos pacientes.
A pedagogia hospitalar é a modalidade de Educação Especial e exerce um papel
fundamental de interligar a educação no contexto hospitalar para as crianças e
adolescentes em fase escolar e que necessitam ficar internadas para o
restabelecimento da saúde. No âmbito dos HUFs no intuito de fomentar as
alternativas de acesso para o ensino e aprendizagem e em conformidade com o Art.
4º da Lei nº 9.394/1996, sendo “assegurado atendimento educacional, durante o
período de internação, ao aluno da educação básica internado para tratamento de
saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado” e a Lei nº
13.716/2018, que assegura a prática do Pedagogo no ambiente hospitalar.
2. AMBULATÓRIO
A Portaria MS/GM nº 356/2002, do Ministério da Saúde (MS), define como
ambulatório o local onde se presta assistência em regime de não internação, sendo
uma modalidade de atuação realizada por um ou mais integrantes da equipe de
saúde, com atividades de promoção, vigilância à saúde e atendimento a pacientes
de forma programada e continuada, assim como o de realizar procedimentos de
pequeno porte, sob anestesia local, conforme disposto na RDC ANVISA nº 50/2022.
Os ambulatórios dos HUFs da Rede Ebserh são classificados como atenção
especializada e integram as regiões de saúde do SUS, sendo espaços que
possibilitam a práxis para a formação dos alunos de graduação e especialização.
O dimensionamento de pessoal do ambulatório, devem-se considerar:
• Número de horas de funcionamento por dia;
• Número de dias de funcionamento na semana;
• Número de consultas/profissional/especialidade ou a estimativa mensal do
número de consultas;
23
• Número de sala de consulta;
• Número de sala de procedimentos;
• Número de cadeira odontológica;
• Hora assistencial/categoria profissional/jornada de trabalho semanal;
• Quantitativo da equipe por turno de funcionamento.
As definições para fins de parametrização da hora assistencial realizada por
categorias ou especialidades profissionais seguem conforme tabela abaixo:
Tabela 6 – Parâmetros da hora assistencial da equipe do Ambulatório

CARGO-ESPECIALIDADE JORNADA SEMANAL HORA ASSISTENCIAL


Médico - Ginecologia e Obstetrícia 24 0,5
Médico - Neurologia 24 0,5
Médico - Geriatria 24 0,5
Médico - Neonatologia 24 0,5
Médico - Oftalmologia 24 0,5
Médico - Pediatria 24 0,5
Médico - Psiquiatria 24 0,5
Médico - Psicogeriatria 24 0,5
Médico - Genética 24 01
Demais especialidades médicas 24 0,33
Enfermeiro 36 0,42
Cirurgião Dentista 30 0,5
Fisioterapeuta 30 0,75
Fonoaudiólogo 30 0,75
Terapeuta Ocupacional 30 0,75
Assistente Social 30 0,75
Farmacêutico 40 0,5
Nutricionista 40 0,75
Psicólogo 40 01
Fonte: Sedimp/CPP/DGP/Ebserh, 2022.

A Ebserh define, para fins de dimensionamento de pessoal, que a hora


assistencial para as consultas médicas ambulatoriais seguirão os parâmetros
descritos na Tabela 6.
Para o dimensionamento da hora assistencial das consultas ambulatoriais da
equipe multiprofissional, a Ebserh utilizou como base a Portaria MS/GM nº
1.631/2015, Observatório de Recursos Humanos em Saúde de São Paulo –
ObservaRH, e o Manual de Parâmetros Mínimos da Força de Trabalho para
Dimensionamento da Rede do Distrito Federal (DF).
Os parâmetros têm caráter orientativo podendo haver alteração e ajustes
24
necessários para adequação à realidade epidemiológica, demográfica, demanda de
atendimentos e ao estágio de estruturação da Rede de Atenção à Saúde existente.
Tabela 7 – Quantitativo da equipe multidisciplinar do ambulatório

01 Enfermeiro para cada 10 salas


Sala de Consulta
01 Técnico de Enfermagem para cada 3 salas

01 Enfermeiro
Sala de Procedimentos
01 Técnico de Enfermagem/sala de procedimento

02 Técnico de Saúde Bucal para 03 cirurgiões dentistas


Cadeira Odontológica
ou 01 para cada cadeira
Fonte: ObservaRH, 2006 e Manual de Dimensionamento da Rede do DF, 2018.

Caso houver, nas instalações do ambulatório, Centro Cirúrgico, Sala de


Recuperação Anestésica e Central de Materiais e Esterilização, serão utilizados os
parâmetros para o dimensionamento do Centro Cirúrgico.
O Centro Cirúrgico Ambulatorial é destinado para os procedimentos em que o
paciente não precisa ficar internado, e o pernoite somente ocorrerá se o tempo de
permanência não exceder a 24 horas.

3. HOSPITAL DIA
Segundo a Portaria MS/SAS nº 44/2001, o Hospital Dia é definido como “serviço
de assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial, para
realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, que
requeiram a permanência do paciente na Unidade por um período máximo de 12
horas”. O leito de Hospital Dia, é considerado como leito de internação, mas para
fins de cálculo da taxa de ocupação hospitalar, esses leitos não são inclusos, sendo
considerados à parte.
Os estabelecimentos de saúde referentes ao Hospital Dia devem atender a
todas as especialidades em saúde, para o dimensionamento foram consideradas as
seguintes especialidades:
• Cirúrgico, Diagnóstico e Terapêutico; 25

• Saúde Mental;
• AIDS;
• Geriatria;
• Fibrose Cística;
• Pós Transplante de Medula óssea.

Deve-se considerar as seguintes informações para o dimensionamento de


pessoal:
• Tipos / especialidades de Hospital Dia existentes no HU;
• Total de leitos por tipo/especialidade;
• Horas de funcionamento diárias por tipo/especialidade.

Com a Portaria MS/SAS nº 2.145/1998, foi estabelecido critérios para habilitações


de Hospital Dia em regime de internação hospitalar, considerando as horas de
funcionamento e tempo de permanência dos pacientes na realização de
procedimentos. Dentro dessa modalidade os serviços devem contemplar o
atendimento de no máximo até 10 pacientes/turno pela equipe multidisciplinar, ao
qual dever ser composta por profissionais das áreas: médica, assistência social,
enfermagem, nutrição e psicologia.
• Hospital Dia I – até 6 horas de permanência;
• Hospital Dia II – de 6 a 12 horas de permanência;
• Hospital Dia III – de 12 a 24 horas de permanência;
• Hospital Dia IV – de 25 a 48 horas de permanência;
• Hospital Dia V – 49 a 72 horas de permanência.

A Portaria MS/SAS n° 44/2001, republicada pela Portaria de Consolidação nº


2/2017, estabelece que as unidades hospitalares durante todo o período de
funcionamento para prestar assistência aos pacientes devem contar com equipe de
plantão com no mínimo 01 médico, 01 enfermeiro e auxiliares em enfermagem em
número suficiente e correspondente aos leitos disponíveis.
A equipe mínima, de médico, enfermeiro e técnico de enfermagem constitui-se
a mesma para as diferentes modalidades de Hospital Dia, exceto para o Hospital Dia
26
de Geriatria.
Tabela 8 – Dimensionamento Hospital Dia: Médico, Enfermeiro e Técnico de Enfermagem

CARGOS DIMENSIONAMENTO

MÉDICO 01 para 30 pacientes

ENFERMEIRO SCP - cuidados intermediários

TÉCNICO DE ENFERMAGEM SCP - cuidados intermediários


Fonte: Portaria MS/ SAS nº 44/2001, Art. 3º, III, 5.1 e Resolução COFEN nº 543/2017.

De forma análoga, o parâmetro do cargo de médico, para o dimensionamento


foi aplicado o mesmo utilizado no Hospital Dia – Saúde Mental. Para o
dimensionamento da equipe de enfermagem, utilizar o Sistema de Classificação de
Pacientes como cuidados intermediários conforme definidos pela Resolução
COFEN nº 543/2017.
Desta forma, seguiremos com os parâmetros de dimensionamento da força de
trabalho da área assistencial para as diferentes modalidades de Hospital Dia.
3.1 Hospital Dia – Cirúrgico, diagnósticos ou terapêuticos
O Diagnóstico objetiva a identificação de determinadas doenças ou disfunções
orgânicas no organismo, sendo caracterizados por clínico, laboratorial ou por
imagem. O diagnóstico e a prescrição do tratamento medicamentoso é um
procedimento de competência médica, sendo o acompanhamento terapêutico
elaborado em conjunto com a equipe multiprofissional por meio dos planos
terapêuticos que possibilitam a integração do acesso aos serviços de saúde visando
o restabelecimento de saúde do paciente.
A Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Média Complexidade,
instituída pela Portaria MS/GM nº 486/2005, possibilitou a realização de
procedimentos cirúrgicos em âmbito ambulatorial e hospitalar. Nos casos de serem
realizados em Hospital Dia, serão os procedimentos com média complexidade de
permanência de 01 dia de acordo com o tipo de habilitação do Hospital.
Alguns procedimentos cirúrgicos são realizados em caráter de Hospital Dia
relacionados a oncologia, para diagnóstico e acompanhamento do estadiamento 27

ou progressão da patologia. Devendo a unidade ter serviço de classificação em


oncologia cirúrgica e ter as seguintes habilitações:
Tabela 9 – Habilitações em Oncologia no Hospital Dia

Código Nome
1712 CACON
1713 CACON com serviço de oncologia pediátrica
1714 Hospital Geral com cirurgia oncológica
1706 UNACON
1708 UNACON com serviço de hematologia
1709 UNACON com serviço de oncologia pediátrica
1707 UNACON com serviço de radioterapia
1711 UNACON exclusiva de oncologia pediátrica
Fonte: SIGTAP – Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e
OPM do SUS, 2022.

Os critérios para a realização dos procedimentos cirúrgicos, diagnósticos e


terapêuticos, seguem da seguinte forma:
I. Procedimentos cirúrgicos: possuem caráter eletivo com tempo de
permanência máxima de 12 horas;
II. Procedimentos diagnósticos: o período de preparo e/ou observação da
equipe médica e de enfermagem será de até 12 horas;
III. Procedimentos terapêuticos: o período de observação é de até 12 horas.
Na estrutura do Hospital Dia, para atender aos requisitos de realização dos
procedimentos cirúrgicos, diagnósticos ou terapêuticos, devem conter:
• Centro cirúrgico com salas cirúrgicas, equipadas;
• Centro de Esterilização e Desinfecção de Materiais;
• Sala de Recuperação Anestésica.
O dimensionamento da equipe é conforme o Centro Cirúrgico, descrito no
corpo deste Manual.

3.2 Hospital Dia – Saúde Mental


No decorrer dos anos houve mudanças significativas na assistência voltada a
saúde mental no Brasil com o intuito de melhorar e reintegrar os pacientes 28

institucionalizados a sociedade. Com a Declaração de Caracas, publicada em 1990,


onde a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial de
Saúde (OMS), intitulou como “A reestruturação da atenção psiquiátrica na América
Latina: uma nova política para os serviços de Saúde Mental”, marcou a
reformulação assistencial e emerge uma nova construção centrada na quebra de
paradigmas, onde os pacientes deveriam ser submetidos a procedimentos invasivos
e a internações em hospitais compreendidos como “manicômio”, sendo isolados
do meio social.
A implementação da Política Nacional de Saúde Mental, por meio da Lei nº
10.216/2001, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de
transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental e
possibilitou a criação de serviços com unidades referenciadas, garantindo
alternativas assistenciais em regime ambulatorial, sem a necessidade de o paciente
ficar em confinamento nos hospitais. Conforme art. 4º da Lei supracitada a
internação passou a ser indicada somente nos casos de insuficiência dos recursos e,
no parágrafo 3º, vedou-se toda internação em instituições que caracterizam asilos,
não contendo em sua estrutura a assistência integral com a finalidade de reinserir o
paciente portador de transtornos mentais ao meio social.
Desta forma, os Estados em conjunto com os municípios implementaram ações
de descontinuidade dos leitos psiquiátricos em hospitais e clínicas especializados,
sendo determinados em Lei, mantendo a internação em hospitais geral, somente
nos processos de agudização dos sintomas psicóticos. Assim, foi sendo viabilizado
a assistência de forma integrada ao convívio familiar e ao meio social do paciente,
com atendimentos em ambulatórios, serviços de emergência psiquiátrica em
prontos socorros gerais e de referência, leitos ou unidades de internação
psiquiátrica em hospitais gerais, serviços especializados em regime de hospital-dia
e hospital-noite, centros de referência em saúde mental.
São considerados três tipos de internação:
I. Internação voluntária: solicita voluntariamente, sendo realizada com o
consentimento do usuário;
II. Internação involuntária: a pedido de terceiros, sem consentimento do 29

usuário;
III. Internação compulsória: determinada pela justiça.
Vale ressaltar, que em casos de pacientes que perderam o vínculo familiar e
estão em situação de desamparo social, o poder público deve providenciar a
atenção integral de suas necessidades visando a integração social.
Conforme a Portaria MS/GM nº 44/2011, as unidades de Hospital Dia – Saúde
Mental devem ofertar as seguintes atividades:
• Atendimento Individual;
• Atendimento em Grupo;
• Visitas Domiciliares;
• Atendimento à Família;
• Atividades Comunitárias.
A estrutura deve ser independente do hospital e deve dispor de:
• Salas para trabalho em grupo;
• Sala de Refeições;
• Área externa para atividades ao ar livre;
• Leitos de Repouso.
A equipe mínima deve ser composta por equipe multidisciplinar para abranger
todas as atividades realizadas no empenho da reintegração social dos pacientes.
Segundo a Portaria de Consolidação nº 2/2017, o dimensionamento da equipe deve
ser realizado pela quantidade de atendimentos/dia, por turno de 4 (quatro) horas
conforme Tabela 10. Assim, temos:
Tabela 10 – Dimensionamento Hospital Dia – Saúde Mental

CARGO QUANT. DIMENSIONAMENTO


Médico 1
Enfermeiro 1
Profissionais de Nível Superior: Psicólogo, Para 30 pacientes/dia
Assistente Social, Terapeuta Ocupacional e/ou 4
outro profissional necessário
Fonte: Portaria de Consolidação nº 2/2017.

3.3 Hospital Dia – AIDS 30


O HIV (Human Immunodeficiency Virus), em tradução literária para o português
é o Vírus da Imunodeficiência Humana ao qual pode evoluir para a Aids (Acquired
Immunodeficiency Syndrome), em português significa Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (SIDA). No Brasil, o primeiro caso identificado foi em
1980, acarretando uma epidemia no país, com a necessidade de intervenção dos
Estados. Em 1987, com a criação do Programa Nacional de Doenças Sexualmente
Transmissíveis – DST e Aids, pode-se estabelecer a necessidade de tratamento
prioritário na saúde pública, sendo responsável pela elaboração das políticas e
estratégias de prevenção e de assistência às DST/Aids. Com isso, foi possível
estabelecer parcerias, com instituições públicas e privadas, assim como agências
internacionais, e a forte atuação dos movimentos sociais, para combater e mitigar
a doença a nível mundial.
A partir de 1991, foi possível o fornecimento dos medicamentos para tratamento
da Aids, e em 1996, foi decretada a Lei nº 9.313/1996, como direito legal
representativo ao disponibilizar gratuitamente os medicamentos e serviços aos
portadores do HIV.
Em 1994, com o Projeto Aids I, cofinanciado pelo Ministério da Saúde e Banco
Mundial, possibilitou investir nas ações de prevenção e controle das doenças
sexualmente transmissíveis (DSTs) e da Aids. Nesse mesmo ano, com a Portaria
MS/SAS nº 130/1994, foi-se estabelecido as diretrizes e normas para implantação do
tratamento em Hospital-Dia ao paciente com Aids, criando as normas para o
atendimento como estratégia de substituir a internação integral, determinando
sobre aspectos de infraestrutura, atividades desenvolvidas e a composição mínima
da equipe.
Para a continuidade do fortalecimento institucional dado pelo Projeto Aids II,
em 1998, houve a necessidade de ampliação dos serviços com a atualização das
legislações vigentes, onde a Portaria MS/SAS nº 44/2001, alterou a composição da
equipe mínima, ficando da seguinte maneira:
• 01 médico;
• 01 enfermeiro; 31

• 04 profissionais de nível superior (psicólogo, assistente social, terapeuta


ocupacional e/ou outro profissional necessário à realização das atividades).

O Hospital Dia -Aids deve desenvolver programas de atenção de cuidados


intensivos por cada equipe multiprofissional, em até 05 dias semanais, sendo, de 2ª
a 6ª feira, com carga horária máxima de 12 horas diárias.
Tabela 11 – Dimensionamento Hospital Dia – Aids: Equipe Multidisciplinar

CARGOS DIMENSIONAMENTO

ASSISTENTE SOCIAL 01 para 10 pacientes

PSICÓLOGO 02 para 10 pacientes

TERAPEUTA OCUPACIONAL 03 para 10 pacientes


Fonte: Portaria MS/SAS nº 130/1994.
3.4 Hospital Dia – Geriátrico

Visando a promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa, em 1994, foi criada a
Política Nacional do Idoso, ao qual pode estabelecer condições para promover a
autonomia, integração e participação efetiva na sociedade. Afim, de garantir a
assistência à saúde definindo a elaboração de normas para o funcionamento das
instituições de saúde, promovendo o acompanhamento e a melhoria da qualidade
de vida da pessoa idosa, sendo considerada a partir dos 60 anos.
A Portaria MS/GM nº 2.414/1998 dispõe que o hospital-dia geriátrico deve
oferecer atendimentos as pessoas idosas com quadros de agravos à saúde que
necessitem de cuidados, orientação terapêutica e reabilitação com o intuito de se
evitar longas internações em leito hospitalar.
Para o dimensionamento da força de trabalho para o Hospital Dia Geriátrico
utilizou-se a Portaria MS/SAS nº 249/2002, a qual estabelece algumas variáveis para
o dimensionamento da equipe, tais como, horários de funcionamento que podem
ser de 06 ou 12 horas e, pelo número de pacientes. A equipe descrita corresponde
32
ao quantitativo para cada turno.
Tabela 12 – Dimensionamento de Equipe Multidisciplinar Hospital Dia – Geriátrico

EQUIPE CARGO DESCRIÇÃO QUANTIDADE

02 para 20
ENFERMEIRO Com competência na área de pacientes
Geriatria, com jornada de
trabalho de 36 horas semanais 08 para 20
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
pacientes
EQUIPE Assistente com competência na
BÁSICA MÉDICO área de Geriatria, com jornada de
trabalho de 04 horas/dia 01 para 20
ASSISTENTE SOCIAL pacientes
Com competência na área de
TERAPEUTA OCUPACIONAL
Geriatria
FISIOTERAPEUTA
NUTRICIONISTA
FARMACÊUTICO Será dimensionada conforme
EQUIPE 01 para 20
FONOAUDIÓLOGO necessidade detectada pela
AMPLIADA pacientes
ODONTÓLOGO equipe básica
PSICÓLOGO
Fonte: Portaria SAS/MS nº 249/2002.
A equipe ampliada não necessita ser exclusiva do serviço, podendo ser os
profissionais dimensionados de outros setores.

3.5 Hospital Dia – Fibrose Cística

Conforme mencionado no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Fibrose


Cística, é considerada “uma doença genética com acometimento multissistêmico e
impacto significativo na qualidade e na expectativa de vida dos pacientes” que
resultam em “manifestações clínicas variáveis, incluindo insuficiência pancreática
exócrina e má absorção de nutrientes, doença pulmonar crônica progressiva, risco
aumentado de desidratação e distúrbios metabólicos.”
Como a patologia possui impacto em reduzir a expectativa de vida, foi
implantado na Rede de Atenção à Saúde o teste para diagnóstico precoce e a
possibilidade do acesso à saúde para início do tratamento evitando a evolução da
doença diminuindo os efeitos colaterais no organismo. Por meio do Programa de
Triagem Neonatal (PNTN), em 2001, deu origem a ampliação dos tipos de doenças
33
verificadas no Teste do Pezinho, em todos os recém-nascidos vivos.
O Programa define para o acompanhamento do tratamento fluxos de referência
e contrarreferência nos Serviços de Referência em Triagem
Neonatal/Acompanhamento e Tratamento de Doenças Congênitas Serviços de
Referência em Triagem Neonatal/Acompanhamento e Tratamento de Doenças
Congênitas. O primeiro Acompanhamento Multidisciplinar em Triagem Neonatal
aos pacientes com resultado positivo para a patologia deve ser realizado por
equipe, contendo: médico, pediatra, psicólogo e assistente social.
As pessoas com essa doença devem ser acompanhadas periodicamente para
avaliação da eficácia do tratamento e a prevenção de desenvolvimento de
toxicidade aguda ou crônica e do controle dos efeitos adversos medicamentosos,
sendo facilitados por meio de equipe multidisciplinar em centros de referência. As
principais manifestações que a doença pode causar são as relacionadas ao pulmão
e ao pâncreas, sendo que elas possuem protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas
elaboradas pelo Ministério da Saúde, estabelecer os parâmetros para
sistematização do cuidado. Assim, a Portaria MS/SAS nº 44/2001, define os
parâmetros operacionais em relação aos recursos humanos para o atendimento aos
pacientes com fibrose cística, estabelecendo a composição da equipe:
• Pediatra;
• Pneumologista;
• Gastroenterologista;
• Cardiologista;
• Otorrinolaringologista;
• Fisioterapeuta;
• Enfermeiro;
• Psicólogo;
• Assistente social;
• Outros profissionais necessários à realização das atividades.
Para o cumprimento à normativa, o dimensionamento da equipe conforme a
Tabela 08. Nos casos, em que o Hospital Dia estiver lotado na mesma infraestrutura
do hospital geral, as especialidades médicas e os demais profissionais de saúde
34
serão dimensionados do quadro de pessoal local.

3.6 Hospital Dia – Pós – Transplante de Medula Óssea

Em 1994, foi sancionada a primeira lei que trata sobre transplante de órgãos no
Brasil, dispondo sobre a gratuidade de “tecidos, órgãos e partes do corpo humano,
em vida ou post mortem”. Sendo permitida a realização da doação em vida, quando
se tratar de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo quando
retirados não prejudiquem o funcionamento do organismo em sua plenitude, sem
risco a integridade a saúde de quem está doando ensejando ao receptor o
acompanhamento terapêutico pós transplante.
Para a realização dos atendimentos em Hospital Dia referentes aos transplantes,
são considerados os que necessitem de intervenção pré/pós procedimentos. Assim,
o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) de medula óssea o qual se
diferencia em autólogo, onde as células tronco do próprio indivíduo e, o alogênico
são providas de outro indivíduo. O transplante tem o objetivo de normalizar a
hematopoese, e os cuidados assistenciais nos pós transplante de medula óssea por
requerer de cuidados especializados devido a sua característica de alta
complexidade, ao risco de infecções e reações das células transplantadas.
Devido as especificidades do cuidado a equipe deve ser composta por:
• Hematologista ou Oncologista;
• Pediatra;
• Enfermeiro, auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem;
• Oftalmologista;
• Nutricionista;
• Assistente social;
• Psicólogo;
• Fisioterapeuta;
• Odontólogo.
O dimensionamento do cargo de médico e da equipe de enfermagem seguem
conforme Tabela 08, os demais profissionais de saúde serão dimensionados
35
conforme quadro de pessoal institucional.

4. INTERNAÇÃO HOSPITALAR
Em se tratando do processo saúde-doença os fatores determinantes em saúde
são influenciados por condições genéticas e da epigenética que propiciam ao
aparecimento de patologias de caráter crônicas ou agudas que podem levar ao
adoecimento do ser humano sendo necessário a utilização de um leito hospitalar.
Conforme o anexo da Portaria ME/FNDE nº 312/2022 que define a Padronização
da Nomenclatura do Censo Hospitalar, conceitua a internação hospitalar no local
onde são admitidos pacientes para ocupar um leito por um período igual ou maior
a 24 horas, sendo estas ininterruptas.
Deve-se considerar as seguintes informações gerais para o dimensionamento da
Internação Hospitalar:
• Número de leitos por especialidade;
• Se possui Sistema de Classificação de Pacientes;
• Enfermagem: Número de leitos por tipo de cuidado (cuidados mínimos,
intermediários, de cuidados de alta dependência, de cuidados semi-
intensivos e de cuidados intensivos).
O dimensionamento dos profissionais Médico e Cirurgião Dentista – Buco
Maxilo Macial para a internação hospitalar, utiliza-se parâmetros conforme os
manuais de Parâmetros e Indicadores de Dimensionamento de Pessoas em
Hospitais (PICCHIAI, 2009) e Parâmetros para o Planejamento e Dimensionamento
da Força de Trabalho em Hospitais Gerais (OBSERVATÓRIO DE RECURSOS
HUMANOS DE SÃO PAULO – ObservaRHSP, 2006).
Tabela 13 – Sistema de Classificação de Pacientes

CATEGORIA ESPECIALIDADES QUANT.


MÉDICO
LEITOS CLÍNICOS: Acumpuntura/ Alergia e Imunologia*/ Angiologia Clínica/
Cancerologia Clínica*/ Cardiologia Clínica*/ Clínica Médica/
Coloproctologia/ Dermatologia/ Dor/ Emergência Pediátrica/
Endocrinologia e Metabologia/ Endocrinologia Pediátrica/ 01 PARA
DIARISTA Gastroenterologia*/ Geriatria/ Hematologia e Hemoterapia*/ Hepatologia/ 10
Infectologia-Isolamento*/ Mastologia/ Medicina De Emergência e Urgência/ LEITOS
Medicina Do Adolescente/ Medicina Fetal/ Medicina Intensiva*/ Medicina
36
Nuclear/ Medicina Paliativa/ Medicina Tropical/ Nefrologia Clínica*/
Neonatologia/ Neurologia*/ Otorrinolaringologia/ Pneumologia*/
Reumatologia*/ Urologia
01 PARA
MÉDICO
DIARISTA 30
Psiquiatria (Adulto, Infantil e Adolescência)
LEITOS
MÉDICO
LEITOS CIRÚRGICOS: Angiologia Cirúrgica/ Angiorradiologia E Cirurgia
Endovascular/ Atendimento Ao Queimado/ Cancerologia Cirúrgica/
Cardiologia - Eletrofisiologia Clínica Invasiva/ Cirurgia Cardiovascular/ Maxilo-
01 PARA
Facial/ Mão/ Cabeça E Pescoço/ Dermatologia/ Aparelho Digestivo/
DIARISTA 06
Videolaparoscópica/ Coloproctologia/ Trauma/ Cirurgia Geral/ Cirurgia
LEITOS
Pediátrica/ Plástica/ Torácica/ Vascular/ Hemodinâmica E Cardiologia
Intervencionista/ Mastologia/ Nefrologia/ Neurocirurgia/ Oftalmologia/
Ortopedia e Traumatologia/ Otorrinolaringologia/ Radiologia
Intervencionista e Angiorradiologia/ Urologia
Cardiologogia Clínica/ Cirurgia Cardiovascular/ Cirurgia Vascular/ Cirurgia
01 PARA
Geral/ Clínica Médica/ Neurologia/ Neurocirurgia/ Ortopedia e
PLANTONISTA 50
Traumatologia/ Alojamento Conjunto/ Obstetrícia Cirúrgica/ Ginecologia
LEITOS
Cirúrgica / Psiquiatria
01 PARA
DIARISTA/ CIRURGIÃO DENTISTA - BUCO MAXILO
04
PLANTONISTA Leitos Clínicos e Cirúrgicos
LEITOS
Fonte: ObservaRH/2016 e Manual de Dimensionamento da Rede do DF, 2018.

* Atendimentos Adulto e Pediátrico


O dimensionamento para os cargos de Enfermeiro e Técnico em
Enfermagem na internação hospitalar utiliza os parâmetros para quantificação por
tipo de cuidado. Utiliza-se a Resolução COFEN nº 543/2017, Art. 3º, que dispõe sobre
o referencial mínimo para o quadro de profissionais de enfermagem, considerando
os requisitos:
• Assistência da equipe de enfermagem para 24 horas de cada unidade de
internação (UI);
• Sistema de Classificação de Pacientes (SCP);
• Horas de assistência de enfermagem;
• Distribuição percentual do total de profissionais de enfermagem;
• Proporção profissional/paciente.
O Sistema de Classificação do Paciente segue conforme a resolução supracitada
disposta na Tabela 14.
Tabela 14 – Sistema de Classificação de Pacientes

PROPORÇÃO MÍNIMA
CLASSIFICAÇÃO DE CUIDADO 37
Enfermeiro Técnico de Enfermagem
Mínimo e Intermediário 33% 67%
Alta dependência 36% 64%
Semi-intensivo 42% 58%
Intensivo 52% 48%
Fonte: Resolução COFEN nº 543/2017.

O Sistema de Classificação do Paciente propõe as horas desprendidas da


equipe de enfermagem por cada paciente, conforme demonstra na tabela 15.
Tabela 15 – Horas de Enfermagem em 24 horas por paciente

HORAS DE PROPORÇÃO PROFISSIONAL DE


SPC
ENFERMAGEM/PACIENTE ENFERMAGEM/PACIENTE
Mínimo 04 01 para 06 pacientes
Intermediário 06 01 para 04 pacientes
Alta dependência 10 01 para 2,4 pacientes
Semi-Intensivo 10 01 para 2,4 pacientes
Intensivo 18 01 para 1,33 paciente
Fonte: Resolução COFEN nº 543/2017.
Para efeito de cálculo, devem ser consideradas a distribuição percentual do total
de profissionais de enfermagem, devendo observar o SCP e a proporção
profissional/paciente nos diferentes turnos de trabalho. No caso de o HUF utilizar
SCP próprio, este será a base para o cálculo, caso não houver, o Sedimp utilizará o
SCP padrão definido a partir da especialidade de atendimento do leito.
4.1 Obstetrícia e Alojamento Conjunto
Em 1981, o Ministério da Saúde, iniciou o Programa Nacional de Incentivo ao
Aleitamento Materno (PNIAM) para apoiar as estratégias voltadas para o aporte
nutricional infantil e melhorar as ações envolvidas nos fatores que influenciam o
aleitamento materno (AM). O programa possibilitou o aumento do tempo da
licença de maternidade, incentivo a amamentação imediata logo após o nascimento
e a proposta do Alojamento Conjunto (AC). Em 1990, com a Declaração de Innocenti,
reconhecendo que o aleitamento reduz a morbimortalidade infantil, contribui para
o crescimento e desenvolvimento da criança, ensejou na Iniciativa do Hospital
Amigo da Criança com intuito de aperfeiçoar a equipe multiprofissional de saúde e
apoiar as rotinas de serviços para promover o incentivo ao aleitamento materno. 38

A definição para o alojamento conjunto consiste na permanência do recém-


nascido (RN) estável, em berço ao lado do leito da mãe, 24 horas por dia, no qual
possibilita o fortalecimento do vínculo ao binômio, a assistência integrativa,
orientações sobre a amamentação e os cuidados com o RN até a efetiva alta
hospitalar. O alojamento conjunto foi normatizado por meio da Resolução INAMPS
nº 18/1983, o qual tornava obrigatório em todos os hospitais próprios e conveniados
do INAMPS. O Estatuto da Criança e do Adolescente, publicado em 1990, dispõe
sobre a proteção integral e das garantias fundamentais e sociais, dando ênfase no
Art. 10, V, sobre a obrigatoriedade de se ter nos hospitais públicos e particulares o
alojamento conjunto e em todas as instituições que prestam atendimentos para
gestantes.
A Portaria MS/GM nº 1.016/1993, atualiza as Normas Básicas para a implantação
do alojamento conjunto onde a qual foi atualizada pela Portaria MS/GM nº
2.068/2016, que institui diretrizes para a organização da atenção integral e
humanizada à mulher e ao recém-nascido no Alojamento Conjunto. Vale ressaltar,
que os berços de alojamento conjunto serão referenciados como berços ALCON.
Para esse importante cuidado e a valorização das ações estratégicas sobre o
aleitamento materno e o sistema de alojamento conjunto as equipes que prestam
os atendimentos devem garantir a continuidade da assistência ao binômio de forma
ininterrupta, respeitando a individualidade e a integralidade individual da mãe e do
recém-nascido.
Desta forma, foram desenvolvidas várias ações pelo Ministério da Saúde para
propiciar o cuidado humanizado, assim, foi instituído o Programa de Humanização
no Pré-Natal e Nascimento, com a promulgação da Portaria MS/GM nº 569/2000, para
estimular o aprimoramento do sistema de assistência à saúde garantindo para toda
gestante o direito de parto e ao puerpério seguro e humanizado assim como para
o RN, seguindo os princípios gerais e condições para a adequada assistência ao
parto dispostas no Anexo II da portaria supramencionada.
A Rede Cegonha foi instituída pela Portaria MS/GM nº 1.459/2011, trazendo em
um dos seus componentes sobre o Parto e Nascimento, ministrando sobre a 39

suficiência de leitos obstétricos, o cuidado centrado na segurança da paciente e as


práticas em saúde devem ser pautadas em evidências científicas, tendo o
acolhimento baseado na classificação de riscos e que as equipes de cuidado
horizontal estejam qualificadas e implementadas.
Com isso, observando todos os aspectos envolvidos na atenção à assistência ao
parto e ao nascimento, a Rede Ebserh precisa estar contemplando na oferta dos
serviços uma força de trabalho adequada visando o cumprimento colaborativo com
as normas vigentes.
Assim, em observação às diretrizes no cuidado integral em leitos obstétricos e
alojamento conjunto por período de 24 horas por dia, os parâmetros utilizados para
o dimensionamento da equipe médica e de enfermagem, estão em conformidade
com a Portaria MS/GM nº 1.016/1993.
Considerando a equipe mínima, segue o dimensionamento conforme a Tabela
16 para os leitos de Obstetrícia e Alojamento Conjunto. Os leitos devem ser
calculados separadamente aos dos leitos gerais.
Vale ressaltar, que conforme a Resolução COREN nº 543/2017, para a
classificação do cuidado em alojamento conjunto, recém-nascidos e crianças
menores de 6 anos, devem ser considerados no mínimo como cuidado
intermediário.
Tabela 16 – Dimensionamento da equipe mínima em Obstetrícia e Alojamento Conjunto

OBSTETRÍCIA E ALOJAMENTO CONJUNTO


CARGOS DIMENSIONAMENTO QUANTIDADE
Responsável Técnico: carga horária mínima de 4 horas,
preferencialmente com habilitação em Ginecologia,
01 para unidade
Obstetrícia ou título de especialista ou residência médica
em Ginecologia e Obstetrícia
Diarista: carga horária mínima de 4 horas, 01 para 10 leitos
MÉDICO – preferencialmente com habilitação em Ginecologia, clínicos
GINECOLOGIA E Obstetrícia ou título de especialista ou residência médica 01 para 06 leitos
OBSTETRÍCIA em Ginecologia e Obstetrícia cirúrgicos
Plantonista: preferencialmente com habilitação em
01 para 20 leitos
Ginecologia e Obstetrícia, ou título de especialista ou
clínicos
residência médica em Ginecologia e Obstetrícia.
01 para 50 leitos
Plantonista do Alojamento Conjunto poderá ser
cirúrgicos
profissional da equipe de obstetras de plantão.
Diarista: com jornada horizontal diária mínima de quatro
40
horas, preferencialmente com habilitação em
01 para 10 berços
neonatologia ou título de especialista em pediatria
ALCON
fornecido pela Sociedade Brasileira de Pediatria ou
MÉDICO - residência médica em pediatria ou em neonatologia.
PEDIATRA Plantonista: preferencialmente com habilitação em
neonatologia ou título de especialista em pediatria
01 para 20 berços
fornecido pela sociedade brasileira de pediatria ou
ALCON
residência médica em neonatologia ou residência médica
em pediatria.
Coordenação: carga horária mínima de 4 horas
preferencialmente com habilitação em
01 para unidade
neonatologia/obstetrícia ou 2 (dois) anos de experiência
profissional comprovada na área.
ENFERMEIRO
01 para cada 20
Plantonista: preferencialmente com habilitação em
binômios mãe-RN
neonatologia/obstetrícia ou 2 (dois) anos de experiência
ou fração em cada
profissional comprovada na área.
turno
01 para cada 08
binômios mãe-RN
TÉCNICO DE ou fração em cada
Habilitação em curso de enfermagem de nível médio.
ENFERMAGEM turno
01 para apoio
Fonte: Portaria GM/MS nº 1.016/1993, Picchiai, 2009 e Sedimp
4.2 Pediatria
Conforme o Decreto nº 99.710/1990, foi promulgada Convenção sobre os
Direitos da Criança, que considera a criança como o indivíduo com idade menor de
18 (dezoito) anos, e menciona sobre a necessidade da proteção à criança visando o
seu bem-estar, conforme exposto, em 1924, na Declaração de Genebra na tratativa
sobre os Direitos da Criança e, em 1959, com a adoção da Declaração Universal dos
Direitos da Criança na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU),
em citação refere que “a criança, em virtude de sua falta de maturidade física e
mental, necessita de proteção e cuidados especiais, inclusive de proteção legal,
tanto antes quanto após seu nascimento”, estando em ordem prioritária sob
quaisquer circunstâncias para receber os primeiros socorros ou a devida proteção.
Com a publicação da Portaria MS/GM nº 1.130/2015, instituiu-se a Política Nacional
da Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAIS) em âmbito do SUS, com o objetivo
pronunciado no Art. 2º, o de promoção e proteção à saúde da criança e o
aleitamento materno, visando a redução da morbimortalidade, possibilitar ações
que garantam o direito de condições dignas de vida, ambiente saudável para 41

favorecer o pleno desenvolvimento infantil. Possuindo como uma de suas diretrizes


na aplicação das ações de saúde voltada a criança a qualificação da força de
trabalho assistencial.
Desta forma, para o dimensionamento da equipe que atua na especialidade de
Pediatria, a parametrização do dimensionamento da equipe médica foi embasada
na Portaria MS/GM nº 2.068/2016, conforme disposto na Tabela 17.
Tabela 17 Dimensionamento da equipe médica de Pediatria

MÉDICO
CARGO ESPECIALIDADE QUANT.

Responsável Técnico Preferencialmente com habilitação em 01 para a unidade


Neonatologia ou título de especialista em Pediatria
Diarista fornecido pela sociedade brasileira de Pediatria ou 01 para 20 Recém-
residência médica em Neonatologia ou residência nascidos
Médica em Pediatria, reconhecida pelo Ministério
da Educação, com jornada horizontal diária mínima 01 para 20 Recém-
Plantonista
de 4 (quatro) horas nascidos

Fonte: Portaria MS/GM nº 2.068/2016.


Vale ressaltar, que conforme descrito no TÍTULO IV, do Anexo II da Portaria de
Consolidação nº 3/2017, o Plantonista do Alojamento Conjunto poderá ser
profissional da equipe da Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional
(UCINCo) ou Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa), ou,
ainda, da equipe de assistência ao recém-nascido no nascimento quando o
estabelecimento não disponibilizar de leitos UCINCo/UCINCa.
Em relação ao dimensionamento da equipe multiprofissional seguirá conforme
o Tabela 4 no item 1. Equipe Multiprofissional.

5. CENTRO CIRÚRGICO

Conforme o Ministério da Saúde, o Cento Cirúrgico (CC) é definido como um


“conjunto de elementos destinados às atividades cirúrgicas, bem como a
recuperação anestésica”. Assim, a unidade cirúrgica presta serviços de assistência
especializada e é destinada para a realização dos procedimentos cirúrgicos e
observação do paciente no pós-cirúrgico em sala de recuperação pós-anestésica,
42
devido à complexidade dos procedimentos realizados nas salas cirúrgicas, é
considerado um ambiente com altos índices do risco de infecção em virtude de suas
características.
A cirurgia é considerada todo ato invasivo, que corresponde aos tempos
cirúrgicos de incisão, excisão, manipulação ou suturas de tecidos ou órgãos, que
necessitem de anestesia local ou geral, bloqueio ou sedação, sendo, os
procedimentos realizados em salas cirúrgicas com aplicação de técnicas assépticas.
O momento operatório é determinado após a classificação do paciente,
identificando a gravidade do quadro clínico e analisando os riscos correlacionando
as condições do paciente, podendo ser:
➢ Cirurgias de Emergência: exigem intervenção imediata devido a condição
clínica do paciente.
➢ Cirurgias de Urgência: são as que necessitam de intervenção imediata,
porém, o paciente pode aguardar a avaliação clínica e laboratorial, sendo
mantido em observação.
➢ Cirurgias eletivas: são aquelas que não se enquadram nas categorias citadas,
mesmo necessitando de intervenção como proposta de tratamento,
podendo ser pré-agendadas.
Os tipos de cirurgias são classificados de acordo com a duração e a
potencialidade de contaminação, a finalidade cirúrgica, o risco cardiológico do
paciente.
Os períodos que envolvem o processo do ato cirúrgico são divididos desde o
momento da internação do paciente até a alta hospitalar, podendo se estender até
01 (um) ano após o procedimento.
A Sala de Recuperação Pós-anestésica, é a unidade de recebimento e
permanência do paciente após o término do procedimento anestésico-cirúrgico,
onde o anestesista avalia o quadro clínico do paciente em decorrência da submissão
o ato anestésico.
Os critérios avaliativos para a classificação dos pacientes de acordo com os
riscos cardiológicos, são estabelecidos conforme a American Society of
Anesthesiologist (ASA), sendo classificados da seguinte forma: 43
Tabela 18 – Classificação de Pacientes de acordo com o ASA

•Paciente normal e saudável


ASA I

•Paciente com doença sistêmica leve


ASA II

•Paciente com doença sistêmica grave


ASA III

•Paciente com doença sistêmica grave, ao qual é uma ameaça constante à vida
ASA IV

•Paciente moribundo que não se espera sobreviver sem a operação


ASA V

•Paciente com morte cerebral declarada, cujos órgãos estão sendo removidos para fins de
ASA VI doação
• A letra "E" é incluída em qualquer uma das subclasses quando decorrente da realização
E de anestesia de urgência

Fonte: Traduzido do Site do American Society of Anesthesiologists.

Os cuidados prestados aos pacientes cirúrgicos necessitam de recursos


humanos suficientes, materiais necessários e equipamentos adequados com intuito
de reduzir o risco do dano a um mínimo aceitável, com a implementação de
protocolos assistenciais voltados para o programa de controle dos índices de taxas
de infecção hospitalar conforme disposto pela Lei nº 9.431/1997 e pela Portaria
MS/GM nº 2.616/1998, ao qual define as diretrizes do Programa de Controle de
Infecção Hospitalar, programas de capacitação continuada e das melhores práticas
da medicina baseadas em evidências.
A equipe mínima deve ser composta por profissionais dos cargos:
• Médicos;
• Enfermeiros;
• Técnicos de Enfermagem;
• Instrumentadores Cirúrgicos.
Para a realização do dimensionamento de pessoal do Centro Cirúrgico são
considerados os seguintes critérios:
• Número de salas cirúrgicas;
• Número de salas de recuperação pós-anestésica;
• Número de leitos de recuperação pós-anestésica;
• Produção cirúrgica mensal; 44

• Percentual de utilização das salas cirúrgicas por turno;


• Presença de arco cirúrgico, nos casos de dimensionamento do Técnico em
Radiologia;
• Quantidade de profissionais existentes;
• Porte da Cirurgia (a partir do Mapa Cirúrgico).
De acordo com a Resolução CFM nº 1.490/1998, a equipe cirúrgica é de
responsabilidade direta do cirurgião titular, devendo ser observada a qualificação
do médico auxiliar em casos de imprevistos do cirurgião titular durante a cirurgia,
no Art. 3º, dispõe sobre a possibilidade de acadêmico de medicina como auxiliar e
de instrumentador cirúrgico, assim como o profissional de enfermagem na
execução de função de instrumentador auxiliar. Na Rede Ebserh o técnico de
enfermagem desempenhará a função de instrumentador cirúrgico em
conformidade com o PARECER DE CÂMARA TÉCNICA N° 03/2015/CTLN/COFEN.
A duração da cirurgia classifica o tipo de porte cirúrgico, considerando a
complexidade do procedimento e os riscos envolvidos para o paciente e a
probabilidade de intercorrências no período transoperatório e pós-operatório.
Como definição da DEPAS, para a classificação em portes dos procedimentos,
foram utilizadas as informações disponíveis no Sistema de Gerenciamento da
Tabela de Procedimentos, Medicamentos e Órteses, Próteses e Materiais do SUS
(SIGTAP) considerando a modalidade do atendimento (ambulatorial, hospitalar e
hospital dia) e a complexidade (média e alta). Os procedimentos cirúrgicos foram
distribuídos da seguinte forma:
· Porte Cirúrgico I - Procedimentos ambulatoriais de média complexidade;
· Porte Cirúrgico II - Procedimentos hospitalares/hospital dia de média
complexidade;
· Porte Cirúrgico III - Procedimentos hospitalares de alta complexidade; e
· Porte Cirúrgico IV - Procedimentos hospitalares de alta complexidade compatíveis
com os contidos na Forma de Organização 04.03.03; 04.03.04; 04.06.01; 04.06.02;
04.06.03; e 04.06.04 da tabela SIGTAP. 45

Por definição da Ebserh a parametrização das horas por porte para dimensionar
os profissionais do cargo Médico, será conforme a Tabela 19:
Tabela 19 – Parâmetros do Porte Cirúrgico

TIPO DE PORTE CIRÚRGICO DURAÇÃO

PORTE I 2
PORTE II 3
PORTE III 6
PORTE IV 12
Fonte: Horas por porte para dimensionamento dos médicos - Parâmetro Assistencial - Escopo
Centro Cirúrgico - DEPAS, 2022

Assim, o cargo de médico será dimensionado pela duração de acordo com o


porte da cirurgia, quantidade média de horas/sala e pelas horas da carga horária
mensal. O porte cirúrgico será em conformidade com o relatório mensal do mapa
cirúrgico do HUF. Esta referência será utilizada para o redimensionamento de HUFs
que já estão em pleno funcionamento. Para os hospitais que estão entrando na
Rede Ebserh ou que estejam com um novo planejamento assistencial, o
dimensionamento do cargo de médico será calculado baseado na capacidade
instalada das salas operatórias.
A equipe multidisciplinar é dimensionada conforme a Resolução COFEN nº
543/2017 e o Manual de Parâmetros Mínimos da Força de Trabalho para
Dimensionamento da Rede, 2018 da Secretaria Estadual de Saúde do Distrito
Federal, segue a tabela 20:

Tabela 20 – Dimensionamento da Equipe do Centro Cirúrgico

DIURNO – SEGUNDA A NOTURNO E FIM DE


CARGOS
SEXTA SEMANA
01 para 03 salas 01 para 10 salas
ENFERMEIRO - CARGO AMPLO
cirúrgicas cirúrgicas
01 quando houver 01 quando houver
ENFERMEIRO - PERFUSIONISTA
necessidade cirúrgica necessidade cirúrgica
TÉCNICO DE ENFERMAGEM - CIRCULANTE 01 por sala cirúrgica 01 por sala cirúrgica
TÉCNICO DE ENFERMAGEM - 01 por procedimento 01 por procedimento
INSTRUMENTADOR cirúrgico cirúrgico
TÉCNICO EM RADIOLOGIA 01 por equipamento 01 por equipamento 46
Fonte: Resolução COFEN nº 543/2017 e Manual de Parâmetros Mínimos da Força de Trabalho
para Dimensionamento da Rede, 2018.

O Responsável Técnico será o profissional do cargo Enfermeiro – Centro


Cirúrgico e o instrumentador cirúrgico na Rede Ebserh será o Técnico de
Enfermagem, com a devida capacitação. O termo “circulante” é o profissional que
faz a organização da sala cirúrgica, reposição dos materiais que serão utilizados
antes, durante e após o ato cirúrgico, recebe o paciente e o encaminha junto a
equipe para a Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA). O profissional do cargo
Técnico em Radiologia será dimensionado por turno e de acordo com a
disponibilidade dos serviços e equipamentos.
O ato anestésico é a realização de qualquer anestesia e, se inicia com a visita
pré-anestésica para a indicação de qual droga será administrada e quais as vias de
acesso. A anestesia é definida por provocar a ausência da sensibilização à dor
durante os procedimentos cirúrgicos, exames diagnósticos ou curativos,
possibilitando a manipulação e as intervenções necessárias, sendo
obrigatoriamente a realização da monitorização do paciente.

Para dimensionar o Médico – Anestesiologista, para os serviços de Centro


Cirúrgico e SRPA, seguem aos parâmetros:
Tabela 21 – Dimensionamento do Médico - Anestesiologista em CC e SRPA

CARGOS QUANTIDADE
▪ 01 para cada SRPA
MÉDICO - ANESTESISTA
▪ 01 por procedimento anestésico-cirúrgico
Fonte: Resolução CFM nº 2.174/2017 e Sedimp.

A Sala de Recuperação Pós-anestésica (SRPA) é um ambiente que está


integrado ao Centro Cirúrgico, e tem a finalidade de receber os pacientes para
observação e monitoramento dos parâmetros vitais após a realização do
procedimento anestésico-cirúrgico, tendo a necessidade dos cuidados de
enfermagem constantes até a recuperação completa do estado do paciente, para
que seja encaminhado ao leito de internação. Dessa forma, temos o seguinte
47
dimensionamento da equipe:
Tabela 22 – Dimensionamento da Equipe da Sala de Recuperação Pós-Anestésica

DIURNO - SEGUNDA A NOTURNO E FIM DE


CARGOS
SEXTA SEMANA
01 para 10 leitos de 01 para 10 leitos de
ENFERMEIRO - CARGO AMPLO
SRPA SRPA
01 para 02 leitos de 01 para 02 leitos de
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
SRPA SRPA
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para apoio -
Fonte: Resolução COFEN nº 543/2017 e Manual de Parâmetros Mínimos da Força de Trabalho
para Dimensionamento da Rede – SES/DF, 2018.

6. CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

Considerando o desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas e tecnologias em


saúde nos procedimentos cirúrgicos e/ou procedimentos estéreis, a necessidade de
centralizar os produtos médicos que necessitam das atividades de preparo, como a
desinfecção e/ou esterilização, armazenamento e distribuição em um único local,
fez com que fosse implementada a unidade de Centro de Material ou Central de
Material e Esterilização (CME) dentro das instituições de saúde, possuindo papel
fundamental para o fortalecimento das estratégias de redução de infecção
hospitalar e na segurança do paciente. Entretanto, para realizar o gerenciamento
desses processos de trabalho, deve ser utilizado os critérios estabelecidos pela RDC
ANVISA nº 2/2010, que dispõe sobre o gerenciamento de tecnologias em saúde em
estabelecimentos de saúde.
Os produtos médicos são definidos conforme a RDC ANVISA nº 156/2006, como
um produto para a saúde, com a finalidade de prevenção, diagnóstico, tratamento
e reabilitação, podendo ser equipamentos, aparelho, material, artigo ou sistema de
uso médico e os meios não farmacológicos, como também as órteses e próteses.
Esses produtos de saúde são classificados da seguinte maneira:
➢ Não Críticos: são os produtos que não entram em contato com o paciente
ou quando utilizados, somente em contato com a pele íntegra.
➢ Semicríticos: são aqueles que entram em contato com a pele não integra
e/ou mucosas integras, mas que estejam colonizadas.
➢ Críticos: são utilizados nos procedimentos invasivos e que atingem todas as 48

camadas da pele e abertura de planos durante os tempos cirúrgicos. São


caracterizados como:
• Críticos de conformação não complexa: onde a superfície interna e
externa do produto para saúde que tenham diâmetros superiores de
a 05 (cinco) milímetros de estrutura tubular que podem ser
alcançadas durante o processo de limpeza pela escovação.
• Críticos de conformação complexa: são os instrumentais cirúrgicos
ou produtos para saúde que possuem espaços de difíceis acessos
onde no processo de limpeza não consegue atingir e o lúmen é
menor de 05 (cinco) milímetros.
Conforme a RDC ANVISA nº 15/2012, que dispõe sobre os requisitos de boas
práticas para o processamento de produtos para saúde, define e a atualiza a
nomenclatura de Central de Material Esterilizado para o Centro de Material e
Esterilização, como a “unidade funcional destinada ao processamento de produtos
para saúde dos serviços de saúde” e o Centro de Material e Esterilização de
funcionamento centralizado é o serviço que atende a mais de um serviço de saúde,
ambos somente poderão funcionar de acordo com a capacidade técnica
operacional e com a compatibilidade do processamento dos produtos para saúde
conforme a classificação do CME, sendo:
➢ Classe I: É a unidade que realiza o processamento de produtos para a saúde
não críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa.
➢ Classe II: É a unidade que realiza o processamento de produtos para a saúde
não críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não
complexa.
O processamento de produto para saúde é considerado um conjunto de ações
relacionados a todas as etapas de preparo, tais como, os cuidados de limpeza,
avaliação da integridade e da funcionalidade do material, desinfecção e/ou
esterilização, o acondicionamento e a distribuição desses para as unidades de
serviço.
O reprocessamento de produto médico é todo o processo destinado para
garantir a utilização com segurança, por meio das técnicas da limpeza, desinfecção 49

e/ou esterilização. Para fins de informação, alguns produtos médicos não podem
ser reprocessados, sendo considerados de uso único caracterizados como produtos
com reprocessamento proibido, esses produtos podem ser visualizados na lista
publicada pela Resolução ANVISA nº 2.605/2006.
O processo de trabalho da CME, envolve as técnicas para o processamento dos
produtos para saúde, conforme a RDC ANVISA nº 15/2012, as etapas compreendem
em:

➢ Pré Limpeza: consiste na remoção das sujidades nos artigos utilizados.


➢ Limpeza: é a redução da carga microbiana presente nos produtos para
saúde, removendo toda a sujidade para prosseguir com o preparo da
desinfecção e/ou esterilizado.
➢ Inspeção: momento em que são observados quanto a integridade dos
instrumentais cirúrgicos e dos produtos para saúde.
➢ Embalagem: é o preparo dos produtos e/ou artigos colocando-os em
invólucros que permitem a entrada e a saída do ar no processo de
esterilização. São divididas em:
• Embalagem primária – é a que fica em contato direto com o produto;
• Embalagem secundária – tem por finalidade de proteger a
embalagem primária após serem desinfectados e/ou esterilizados.
➢ Desinfecção: consiste na destruição da maioria dos microrganismos
patogênicos presentes nos artigos por meio dos processos físico ou químico,
porém, os esporos bacterianos não são destruídos por esses mecanismos.
São divididas em níveis, sendo:
• Baixo;
• Intermediário;
• Alto nível.
➢ Esterilização: é a destruição de todas as formas viáveis de microrganismos
presentes nos artigos críticos e semicríticos.
➢ Armazenamento: é a estocagem dos materiais após terem sido 50

desinfectados e/ou esterilizados.


➢ Distribuição: conforme a necessidade dos serviços, os produtos são
distribuídos para as unidades.
O CME é obrigatório nas instituições de saúde que possuem os serviços de
Centro Cirúrgico (incluindo o ambulatorial), Centro Obstétrico, Hemodinâmica,
Emergência de Alta Complexidade e Urgência. Conforme a RDC ANVISA nº 50/2002,
os estabelecimentos de saúde devem seguir os requisitos mínimos obrigatórios
quanto a estrutura e áreas do Centro de Material e Esterilização. Os requisitos estão
contemplados conforme a Tabela 23:
Tabela 23 – Espaços Físicos do Centro de Material e Esterilização

ÁREAS
1. Área para recepção, descontaminação
6. Área para esterilização física
e separação de materiais
2. Área para lavagem de materiais 7. Área para esterilização química líquida
3. Sala para lavagem e preparo de luvas 8. Sala de armazenagem e distribuição de materiais
(entalcamento) e roupas esterilizados
9. Área para armazenamento e distribuição de
4. Área para recepção de roupa limpa
materiais esterilizados descartáveis
10. Subunidade para esterilização química gasosa:
- Área de comando
5. Área para preparo de materiais e roupa - Sala de esterilização
limpa - Sala ou área de depósito de recipientes de ETO
- Sala de aeração
- Área de tratamento do gás
Fonte: Adaptado da RDC Anvisa nº 50/2002.

A subunidade para esterilização química gasosa pode estar localizada em outra


área física, conforme disposto pela Portaria Interministerial nº 482/1999.
Em função dos parâmetros para o dimensionamento de pessoal da CME, é
relevante a avaliação dos tipos de estrutura e serviços dos HUF da Rede Ebserh,
realizando o dimensionamento por tipo de processo de trabalho para o
processamento dos materiais.
O Sedimp utiliza as normativas a seguir como embasamento para o
51
dimensionamento de pessoal do CME:
- Resolução COFEN nº 543/2017;
- Manual de Parâmetros Mínimos da Força de Trabalho para Dimensionamento
da Rede SES/DF-2018.
A Resolução COFEN nº 543/2017 deverá ser utilizada em unidades de CME em
que a rotina dos processos de trabalho já esteja estabelecida. Ou seja, onde a
produção da unidade, que é executada pelo técnico de enfermagem, será
multiplicada pelo tempo padrão das atividades realizadas nas áreas que compõem
o CME.
Desta forma, para a realização do dimensionamento com embasamento na
Resolução COFEN nº 543/2017, leva-se em consideração os seguintes critérios:
• Número de salas em funcionamento/turno de Centro Cirúrgico e Centro
Obstétrico;
• Número de turnos de funcionamento/dia;
• Número de dias de funcionamento/mês;
• Carga horária semanal dos profissionais;
• Distribuição percentual das atividades desenvolvidas/turno;
• Descrição de Atividades;
• Quantidade de Kits mensal;
• Quantidade de Cargas/Ciclos mensal;
• Quantidade e Carros Montados Mensal.
A quantidade dos kits, cargas e carros montados estão relacionados aos tipos
de atividades desenvolvidas na unidade, sendo elas:
Tabela 24 – Descrição das Atividades para Processamento de Materiais

DADOS DE PROCESSAMENTO DE MATERIAIS


TEMPO
ÁREAS DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES
PADRÃO
SUJA OU • Materiais contaminados recebidos e recolhidos 0,033
CONTAMINADA
• Limpeza dos materiais 0,033
(EXPURGO)
CONTROLE E • Materiais em consignação recebidos 0,1
MATERIAS EM • Materiais consignados conferidos após cirurgia 0,15
CONSIGNAÇÃO 52
• Materiais em consignação devolvidos 0,05
• Secagem e distribuição dos materiais após limpeza 0,05
PREPARO DE • Inspeção, teste, separação e secagem dos materiais 0,05
MATERIAIS • Montagem e embalagem dos materiais 0,05
• Montagem dos materiais de assistência ventilatória 0,033
ESTERILIZAÇÃO DE • Montagem da carga de esterilização 0,133
MATERIAIS • Retirada da carga estéril e verificação da esterilização 0,05
• Guarda dos materiais 0,066
ARMAZENAMENTO • Montagem dos carros de transporte das unidades 0,083
E DISTRIBUIÇÃO DE • Organização e controle do ambiente e materiais
0,016
MATERIAIS estéreis
• Distribuição dos materiais e roupas estéreis 0,033
Fonte: Resolução COFEN nº 543/2017.

As atividades descritas conforme a Tabela 24 são realizadas pelos profissionais


do cargo Técnico de Enfermagem, o cálculo é referente a produção da unidade e
multiplicada pelo tempo padrão das atividades realizadas considerando a carga
horária mensal dos profissionais.
Assim, temos o dimensionamento da equipe conforme a Tabela 25:
Tabela 25 – Dimensionamento da Equipe do CME – COFEN

CARGOS QUANTIDADE

ENFERMEIRO - CENTRO CIRÚRGICO - CENTRAL DE


01 Responsável Técnico
MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
ENFERMEIRO - CARGO AMPLO 01 por turno
Conforme demanda do
TÉCNICO DE ENFERMAGEM processamento de
materiais da unidade
Fonte: Resolução COFEN nº 543/2017.

O dimensionamento do cargo Enfermeiro – Cargo Amplo, será conforme o


espelho semanal padrão do HUF, adequando-se à necessidade do serviço, tendo no
mínimo 01 para cada turno. O Responsável Técnico será exclusivo da unidade.
Já o Manual de Parâmetros Mínimos da Força de Trabalho para
Dimensionamento da Rede SES/DF-2018, poderá ser utilizado para novos hospitais
ou para os HUFs que não possuírem registros em espelhos dos fluxos de processos
de trabalho em processamento de produtos/materiais desempenhadas pelos 53
técnicos de enfermagem.
O meio utilizado para o dimensionamento será o Sítio Funcional que é
considerado uma unidade de medida pautada pelo conhecimento empírico, ou seja,
pela experiência do profissional, observando as atividades que são desenvolvidas,
a área operacional ou o local da atividade e a carga semanal de trabalho.
Em relação ao dimensionamento do CME por Sítio Funcional, se faz necessário
ter as informações para se efetuar o cálculo, sendo:
• Número de salas em funcionamento/turno de Centro Cirúrgico e Centro
Obstétrico;
• Número de turnos de funcionamento/dia;
• Distribuição percentual das atividades desenvolvidas/turno;
• Número de dias de funcionamento na semana;
• Número de pacotes processados/mês;
• Número de pacotes processados/dia;
• Número total de sítios funcionais.
Para o dimensionamento da equipe do CME por sítio funcional foram feitas
divisões conforme a realização do serviço, considerando a existência de Centro
Cirúrgico e Centro Obstétrico, além da realização de cirurgia ortopédica ou não.
Dessa forma os parâmetros para calcular o número de sítios funcionais, são:

I) Hospital sem cirurgia ortopédica


Tabela 26 – Espelho Semanal Padrão – Hospital sem cirurgia ortopédica
TÉCNICO DE
HOSPITAL SEM CIRURGIA ORTOPÉDICA
ENFERMAGEM

Número Total De Sítios Funcionais (Pode


Nº De Funcionários/ Nº De Funcionários/ Nº De Funcionários/ Nº De Funcionários/
Ter Mais De Um Sítio Funcional Em Uma
Sítios Funcionais Sítios Funcionais Sítios Funcionais Sítios Funcionais
Mesma Área Da CME)
SEGUNDA A SEXTA - SEGUNDA A SEXTA - SÁBADO E DOMINGO - SÁBADO E DOMINGO
DIURNO NOITE DIURNO - NOITE
1. RECEPÇÃO E LIMPEZA - ÁREA
2 1 1 1
SUJA/CONTAMINADA
2. CONTROLE DE MATERIAIS EM
1 0 0 0
CONSIGNAÇÃO
3. PREPARO DE MATERIAIS 2 1 2 1
4. ESTERELIZAÇÃO E DESINFECÇÃO
1 0,5 1 0,5
QUÍMICA
5. ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO
1 0,5 1 0,5
DE MATERIAIS ESTERILIZADOS
Fonte: Elaboração Sedimp.

II) Hospital com cirurgia ortopédica


54
Tabela 27 – Espelho Semanal Padrão – Hospital com cirurgia ortopédica
TÉCNICO DE
HOSPITAL COM CIRURGIA ORTOPÉDICA
ENFERMAGEM
NÚMERO TOTAL DE SÍTIOS FUNCIONAIS
Nº DE Nº DE Nº DE
(PODE TER MAIS DE UM SÍTIO Nº DE FUNCIONÁRIOS/
FUNCIONÁRIOS/ FUNCIONÁRIOS/ FUNCIONÁRIOS/
FUNCIONAL EM UMA MESMA ÁREA DA SÍTIOS FUNCIONAIS
SÍTIOS FUNCIONAIS SÍTIOS FUNCIONAIS SÍTIOS FUNCIONAIS
CME)
SEGUNDA A SEXTA - SEGUNDA A SEXTA - SÁBADO E DOMINGO - SÁBADO E DOMINGO
DIURNO NOITE DIURNO - NOITE
1. RECEPÇÃO E LIMPEZA - ÁREA
3 2 2 2
SUJA/CONTAMINADA
2. CONTROLE DE MATERIAIS EM
1 0 1 0
CONSIGNAÇÃO
3. PREPARO DE MATERIAIS 3 2 3 2
4. ESTERELIZAÇÃO E DESINFECÇÃO
2 1 2 1
QUÍMICA
5. ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO
2 1 2 1
DE MATERIAIS ESTERILIZADOS
Fonte: Elaboração Sedimp.

III) Hospital sem centro cirúrgico/centro obstétrico


Tabela 28 – Espelho Semanal Padrão - Hospital sem Centro Cirúrgico/Obstétrico
HOSPITAL SEM CENTRO CIRÚRGICO / TÉCNICO DE
CENTRO OBSTÉTRICO ENFERMAGEM
NÚMERO TOTAL DE SÍTIOS FUNCIONAIS Nº DE Nº DE Nº DE
Nº DE FUNCIONÁRIOS/
(PODE TER MAIS DE UM SÍTIO FUNCIONAL FUNCIONÁRIOS/ FUNCIONÁRIOS/ FUNCIONÁRIOS/
SÍTIOS FUNCIONAIS
EM UMA MESMA ÁREA DA CME) SÍTIOS FUNCIONAIS SÍTIOS FUNCIONAIS SÍTIOS FUNCIONAIS
SEGUNDA A SEXTA - SEGUNDA A SEXTA SÁBADO E DOMINGO - SÁBADO E DOMINGO
DIURNO - NOITE DIURNO - NOITE
1. RECEPÇÃO E LIMPEZA - ÁREA
1 1 1 1
SUJA/CONTAMINADA
2. CONTROLE DE MATERIAIS EM
0 0 0 0
CONSIGNAÇÃO
3. PREPARO DE MATERIAIS 1 1 1 1
4. ESTERELIZAÇÃO E DESINFECÇÃO
1 0,5 1 0,5
QUÍMICA
5. ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE
1 0,5 1 0,5
MATERIAIS ESTERILIZADOS
Fonte: Elaboração Sedimp.

7. TRANSPLANTES

O Brasil é referência mundial em transplantes de órgãos, onde quando


realizados pelo SUS, o procedimento e/ou tratamento é subsidiado integralmente
em conformidade com a Lei nº 9.434/1997, conhecida como a “Lei dos
Transplantes”, a qual dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo
humano para fins de transplante e tratamento, pautados pela Lei nº 13.460/2017,
que estabelece as normas básicas para participação, proteção e defesa dos direitos
do usuário dos serviços públicos.
O procedimento consiste na intervenção cirúrgica para reposição de um órgão
ou tecido da pessoa portadora de alguma patologia, denominada como “receptor”
que necessite do transplante por outro órgão ou tecido de um doador, seguindo o 55

Sistema de Lista Única. O transplante de órgãos é realizado observando o tempo de


retirada até a transferência para outro organismo. Sendo, conforme segue:
Tabela 29 – Tempo de Isquemia de Órgãos

ÓRGÃO TEMPO DE ISQUEMIA


CORAÇÃO 04 horas
FÍGADO 12 horas
INSTESTINO 04 a 06 horas
PÂNCREAS 12 horas
PULMÃO 04 a 06 horas
RIM 48 horas
Fonte: Site do Ministério da Saúde, 2022.

O Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes foi aprovado pela


Portaria GM/MS nº 2.600/2009, normatizando o desenvolvimento de toda e
qualquer atividade relacionada à utilização de células, tecidos, órgãos ou partes do
corpo para fins de transplante em todo o território.
Os estabelecimentos de saúde que realizam transplantes de tecidos, órgãos,
células ou partes do corpo somente poderão atuar com equipes especializadas com
autorização da CGSNT, conforme especificado No Anexo VI da Portaria GM/MS nº
2.600/2009, republicada pela Portaria de Consolidação nº 4/2017.
Desta forma, as informações gerais necessárias para o dimensionamento da
equipe do serviço de transplantes, consiste respectivamente pelo:
• Tipo de habilitação;
• Número de leitos das modalidades de transplante com base no Sistema de
Classificação de Pacientes;
• Serviço do Hospital-dia;
• Quantidade de pacientes atendidos no Hospital-Dia.

7.1 Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para


Transplantes – CIHDOTTs
As CIHDOTTs serão obrigatórias nos hospitais públicos, privados e filantrópicos,
sendo classificados conforme o perfil de atendimento, a seguir: 56

➢ CIHDOTT I: Com até 200 (duzentos) óbitos/ano, tendo leitos para assistência
ventilatória em UTI e/ou Emergência, e profissionais dos cargos de Médico
e, que sejam integrantes do corpo clínico, sendo das especialidades:
• Clínico Geral;
• Pediatria;
• Intensivista;
• Neurologia;
• Neurocirurgia;
• Neuropediatria.
➢ CIHDOTT II: Dever ser referência em um dos serviços, podendo ser de
trauma, neurologia e/ou neurocirurgia, com menos de 1000 (mil) óbitos/ano
ou estabelecimento de saúde não-oncológico, com 200 (duzentos) a 1000
(mil) óbitos/ano;
➢ CIHDOTT III: Caracterizado pelo estabelecimento de saúde ser não-
oncológico com mais de 1000 (mil) óbitos/ano ou estabelecimento de saúde
com pelo menos um programa de transplante de órgão.
A CIHDOTT deverá ser instituída por ato formal da direção devendo estar
vinculada diretamente à diretoria médica da instituição. A composição mínima da
equipe deve ser de 03 (três) membros, tendo 01 (hum) Médico ou Enfermeiro, que
ocupará o cargo de Coordenador Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos
para Transplante, sendo os funcionários integrantes da estrutura organizacional.
Porém, obrigatoriamente para ocupar o cargo de Coordenador da CIHDOTT III,
deverá ser o profissional Médico. A carga horária dos integrantes das CIHDOTTs II e
III, irão perfazer no mínimo 20 (vinte) horas/semana, com dedicação exclusiva.
Os Bancos de Tecidos serão classificados nas seguintes modalidades:
• Banco de Tecidos Oculares – Habilitação 24.13;
• Banco de Tecidos Cardiovasculares – Habilitação 24.14;
• Banco de Tecidos Musculoesqueléticos – Habilitação 24.15;
• Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário – Habilitação 24.16; 57

• Banco de Pele - Habilitação 24.22.


Com relação ao Responsável Técnico pelas especialidades de transplantes e
pela equipe, deve ter comprovação de experiência profissional na área de acordo
com cada modalidade. Todos os membros da equipe devem estar capacitados e
treinados para atuarem na equipe especializada.

7.2 Dimensionamento da Equipe Especializada em Transplantes


Os cargos dimensionados foram divididos conforme as modalidades dos
transplantes, dispostos a seguir.
7.2.1 Médicos
Tabela 30 – Equipe Mínima de Médicos nas Modalidades de Transplantes

TRANSPLANTE CARGOS QUANTIDADE

MÉDICO - NEFROLOGIA 02
RENAL
MÉDICO - UROLOGIA 02
MÉDICO - CIRURGIA GERAL 01
MÉDICO - NEFROLOGIA 01
MÉDICO - UROLOGIA 01
PANCREÁTICO MÉDICO - CIRURGIA GERAL 01
MÉDICO - ENDOCRINOLOGIA 01
MÉDICO - ANESTESIOLOGIA 01
MÉDICO - GASTROENTEROLOGIA 1
HEPÁTICO MÉDICO - CIRURGIA GERAL 02
MÉDICO -ANESTESIOLOGIA 02
MÉDICO - PNEUMOLOGIA 01
MÉDICO - CIRURGIA TORÁCICA 01
PULMONAR MÉDICO - CIRURGIA CARDIOVASCULAR 01
MÉDICO - ANESTESIOLOGIA 02
MÉDICO - MEDICINA INTENSIVA 01
MÉDICO - CARDIOLOGIA 01
MÉDICO - CIRURGIA CARDIOVASCULAR 01
CARDÍACO
MÉDICO - CIRURGIA TORÁCICA 01
MÉDICO - ANESTESIOLOGIA 02
TECIDO OCULAR
MÉDICO - OFTALMOLOGIA 01
HUMANO
MÉDICO - CARDIOLOGIA 01 58
VÁLVULAS CARDÍACAS
MÉDICO - CIRURGIA CARDIOVASCULAR 01
PELE MÉDICO -CIRURGIA PLÁSTICA 01
MÉDICO - HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA
CÉLULAS - TRONCO
E/OU MÉDICO - CANCEROLOGIA CLÍNICA/ 01
HETOPOÉTICAS
PEDIATRIA
TECIDO ÓSTEO -
CONDROFÁSCIOLIGA- MÉDICO - ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA 01
MENTOSO
Fonte: Portaria GM/MS nº 2.600/2009.

7.3 Equipes Técnicas dos Bancos de Tecidos


Tabela 31 – Equipe Técnica dos Bancos de Tecidos

EQUIPE TÉCNICA DE
EQUIPE TÉCNICA DE
TRANSPLANTE QUANT. ATIVIDADES QUANT.
CAPTAÇÃO/RETIRADA
INTERNAS
MÉDICO 1
BANCO DE TECIDO MÉDICO 1 PROFISSIONAL NÍVEL
OCULAR HUMANO 1
SUPERIOR
(BTOC) PROFISSIONAL DA PROFISSIONAL NÍVEL
1 1
ÁREA DA SAÚDE: TÉCNICO
NÍVEL SUPERIOR OU
TÉCNICO PROFISSIONAL PARA
TAREFAS 1
ADMINISTRATIVAS
MÉDICO - ORTOPEDIA
1 MÉDICO 1
E TRAUMATOLOGIA
PROFISSIONAL DE
NÍVEL SUPERIOR DA
MÉDICO 1 2
ÁREA DE SAÚDE OU
BANCO TECIDOS BIOLÓGICAS
MUSCULOSESQUELÉ- PROFISSIONAL NÍVEL
TICOS (BTME) MÉDIO DA ÁREA DE
1
SAÚDE OU
PROFISSIONAL DA BIOLÓGICAS
1
ÁREA DA SAÚDE
PROFISSIONAL PARA
TAREFAS 1
ADMINISTRATIVAS

MÉDICO 1
PROFISSIONAL DE
NÍVEL SUPERIOR DA
2
MÉDICO - CIRURGIA ÁREA DE SAÚDE OU
2*
PLÁSTICA BIOLÓGICAS
BANCO DE PELE PROFISSIONAL NÍVEL 59
MÉDIO DA ÁREA DE
1
SAÚDE OU
BIOLÓGICAS
PROFISSIONAL PARA
* SENDO 01 RESPONSÁVEL
TAREFAS 1
TÉCNICO
ADMINISTRATIVAS
MÉDICO - PROFISSIONAL DE
RESPONSÁVEL 2* NÍVEL SUPERIOR DA 1
TÉCNICO ÁREA DE SAÚDE
PROFISSIONAL DE
MÉDICO 1 NÍVEL MÉDIO DA ÁREA 1
BANCO DE TECIDOS DE SAÚDE
CARDIOVASCULARES PROFISSIONAL DA
PROFISSIONAL DA
1 ÁREA DA SAÚDE OU 1
ÁREA DE SAÚDE
BIOLÓGICA

*SENDO 01 PARA RESPONSÁVEL PROFISSIONAL PARA


TAREFAS 1
TÉCNICO SUBSTITUTO
ADMINISTRATIVAS
Fonte: Portaria GM/MS nº 2.600/2009.
Os profissionais do cargo Médico para compor a equipe técnica de
captação/retirada e de atividades internas, devem estar capacitados por
treinamentos específicos de acordo com as modalidades dos bancos, sendo a
mesma exigência aplicada para os profissionais de nível superior e técnico.

7.4 Equipe Multiprofissional


A equipe multiprofissional será dimensionada conforme a equipe do Hospital-
Dia nos cuidados do Pós Transplante de Medula Óssea tratados no item 3 deste
Manual. A equipe de enfermagem será dimensionada conforme o Sistema de
Classificação de Pacientes preconizada pela Resolução COFEN nº 543/2017.

8. HEMOTERAPIA
A legislação que abordou a garantia como direito em saúde de assistência a
tratativa da coleta, processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue
foi a Constituição Federal/1998, em seu art. 199, § 4º que dispõe “sobre as condições
e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas 60

para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta,


processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo
de comercialização”, sendo regulamentada posteriormente pela Lei nº 10.205/2001,
que discorreu sobre a captação, proteção ao doador e ao receptor, coleta,
processamento, estocagem, distribuição e transfusão do sangue, de seus
componentes e derivados, sendo vedada qualquer tipo de comercialização e,
conforme a legislação citada aborda o conceito de Hemoterapia, definida por uma
“especialidade médica, estruturada e subsidiária de diversas ações médico-
sanitárias corretivas e preventivas de agravo ao bem-estar individual e coletivo,
integrando, indissoluvelmente, o processo de assistência à saúde.”
Assim, as informações necessárias para se realizar o dimensionamento da
equipe do serviço, são:
• Horas de funcionamento por turno;
• Número de consultas em hemoterapia/mês;
• Número de pacientes/mês;
• Procedimentos destinados a obtenção do sangue (número de doações/mês);
• Procedimentos especiais em hemoterapia (doação por aférese/mês);
• Número de exames (produção/mês);
• Medicina transfusional (número de transfusões/mês).
O Responsável Técnico pelo serviço de Hemoterapia será do profissional Médico
– Hematologia e Hemoterapia. Contudo o Enfermeiro poderá ser o Responsável
Técnico pelo serviço da equipe de enfermagem, desde que seja especialista conforme
preconiza a Resolução COFEN nº 709/2022. Na Rede Ebserh é considerado o
especialista Enfermeiro – Hematologia ou Hemoterapia. Os parâmetros utilizados
para o dimensionamento da equipe estão de acordo com a hora assistencial
desprendida para realização do procedimento observando os referenciais teóricos do
ObservaRH. O dimensionado segue conforme a Tabela 32.
Tabela 32 – Dimensionamento da Equipe da Hemoterapia

HORA ASSISTENCIAL/
CARGO SETOR/PROCEDIMENTO
Nº DE PROFISSIONAIS 61
Agência Transfusional 01 por turno
Banco de Sangue -
0,2
Transfusão
MÉDICO Hemocentro - Doações 0,51
Hemocentro - Consultas 0,25
Hemocentro - Transfusões 0,2
Hemocentro - Aféreses 1,3
Agência Transfusional 01 para unidade
ENFERMEIRO Banco de
0,1
Sangue/Hemocentro
Agência Transfusional 01 por turno
TÉCNICO DE ENFERMAGEM Banco de
0,25
Sangue/Hemocentro
Agência Transfusional 01 para 12
transfusões/dia
TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS
Banco de
0,03
Sangue/Hemocentro
Banco de
PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR 0,25
Sangue/Hemocentro
Fonte: Sedimp.
O Enfermeiro somente será computado na Agência Transfusional se a equipe
de enfermagem da internação não realizar a infusão de segunda a sexta. Vale
ressaltar, que a equipe de enfermagem da unidade de internação deverá ser a
responsável pela infusão dos pacientes, observando os princípios dos cuidados
integrais.
Com relação ao Profissional de Nível Superior habilitado e capacitado para
atuar nos serviços de Hemoterapia e o Técnico em Análises Clínicas, deve ser
indicado se o profissional será compartilhado do laboratório no período noturno e
aos finais de semana. Por definição do Sedimp os cargos que comporão o requisito
do Profissional de Nível Superior, poderá ser:
• Biólogos;
• Biomédicos;
• Farmacêuticos.

9. ALTA COMPLEXIDADE EM NEUROLOGIA


62
A Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Neurológica foi instituída
pela Portaria GM/MS nº 1.161/2005, com o intuito de promover ações de prevenção
das doenças neurológicas e reforçar os programas em saúde de hipertensão arterial
e diabetes mellitus, sendo essas consideradas as principais causas do risco em
acidente vascular cerebral em nosso país. O eixo central da política, conforme a
portaria, visa estruturar uma rede de serviços regionalizada e hierarquizada
estabelecendo uma linha de cuidados integrais e integrados no manejo das
principais causas das doenças neurológicas, para minimizar o dano da doença,
melhorar o acesso dos pacientes ao atendimento especializado em neurologia e à
neurocirurgia.
A habilitação de Alta Complexidade em Neurologia é classificada em:
➢ Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurologia /
Neurocirurgia: considerada uma unidade hospitalar que tenham estrutura
física e de recursos humanos capaz de atender aos usuários que necessitam
de procedimentos neuro intervencionistas e/ou neurocirúrgicos em alta
complexidade.
➢ Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/ Neurocirurgia:
é a Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurocirurgia
exercendo a função de auxiliar em caráter técnico, as ações voltadas para a
Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Neurológica.
O exame de Polissonografia foi incluído pela Portaria GS/SAS nº 165/1998, para
os hospitais que tenham habilitação em Unidades de Assistência de Alta
Complexidade em Neurocirurgia.
As informações que são necessárias para a realização do dimensionamento:
• Tipo de habilitação;
• Número de leitos de neurologia clínica;
• Número de leitos de neurologia cirúrgica;
• Número de equipamentos de hemodinâmica em neurologia, os horários e
dias de funcionamento;
• Número de leitos ativos de hemodinâmica em neurologia; 63

• Quantitativo de exames/mês de polissonografia e os dias de funcionamento.


• Número de leitos de polissonografia.

9.1 Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia


O Responsável Técnico será o Médico especialista em Neurocirurgia e o
Coordenador pelo serviço será o profissional Enfermeiro – Saúde Mental. O
dimensionamento da equipe seguirá conforme a Tabela 33.
Tabela 33 – Dimensionamento da Equipe Mínima da Unidade de Assistência de Alta
Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia

CARGO QUANTIDADE
MÉDICO – NEUROCIRURGIA 02 para o serviço
MÉDICO – NEUROLOGIA CLÍNICA
01 disponível/turno para o
MÉDICO – CLÍNICA MÉDICA
serviço
MÉDICO – CIRURGIA GERAL
ENFERMEIRO - CARGO AMPLO 01 para 14 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 06 leitos
FISIOTERAPEUTA 01 por turno
Fonte: Portaria nº 756/2005.

Ainda, deve ofertar os serviços especializados em:


• Psiquiatria ou Psicologia Clínica;
• Serviço Social;
• Serviço de Nutrição;
• Farmácia;
• Anatomia Patológica (referenciado);
• Medicina Física e Reabilitação (referenciado);
• Fonoaudiologia (referenciado);
• Hemoterapia (referenciado);
• Radioterapia (referenciado).

Os serviços que constam como “referenciado” poderão ser realizados em


outros estabelecimentos.
Em relação ao Serviço de Assistência em Alta Complexidade em Tratamento
64
Neurocirúrgico da Dor e Funcional, além da equipe mencionada conforme a Tabela
33, deve contar com os seguintes profissionais:
• Médico – Endocrinologia e Metabologia;
• Terapeuta Ocupacional.
Os recursos Diagnósticos e Terapêuticos para o Serviço de Assistência em Alta
Complexidade em Tratamento Neurocirúrgico da Dor e Funcional, são:
• Radiologia;
• Odontologia;
• Neurofisiologia Clínica.
• Laboratório de avaliação funcional.

9.2 Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia


Os Centros de Referência terão a equipe dimensionada em conformidade com
a Tabela 33, e os tipos de Serviços que contemplam além os da Unidade de
Assistência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia, serão
dimensionados a seguir.

9.2.1 Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Investigação e Cirurgia da


Epilepsia
O Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Investigação e Cirurgia da
Epilepsia deve oferecer assistência especializada e integral aos pacientes com
epilepsia, tendo os seguintes serviços:
• Atendimento ambulatorial e hospitalar para diagnóstico, tratamento e
acompanhamento do paciente com epilepsia;
• Quantitativo de 100 (cem) consultas médicas eletivas mensais;
• Neurofisiologia Clínica;
• Neuropsicologia;
• Reabilitação.

O Responsável Técnico poderá ser das especialidades médica, sendo, Médico –


65
Neurofisiologia Clínica, Neurologia ou Neurocirurgia, ainda devem possuir
treinamento especializado em estereotaxia para neuro navegação, eletrodinâmica,
farmacodinâmica, eletrofisiologia do sistema nervoso periférico e central,
metodologia científica, técnicas de avaliação clínica e complementar, imagenologia
e reabilitação. A equipe será dimensionada conforme a Tabela 34:
Tabela 34 – Dimensionamento da Equipe Mínima do Serviço de Assistência de Alta
Complexidade Investigação e Cirurgia da Epilepsia

CARGO QUANTIDADE

MÉDICO - NEUROCIRURGIA

MÉDICO - NEUROLOGIA CLÍNICA


01 disponível/turno
MÉDICO - NEUROLOGIA PEDIÁTRICA para o serviço

MÉDICO - NEUROFISIOLOGIA CLÍNICA


PSICÓLOGO - NEUROPSICOLOGIA
ENFERMEIRO - CARGO AMPLO 01 para o laboratório de Vídeo-EEG
Fonte: Portaria GM/MS nº 756/2005.
Ainda, devem contar com os seguintes profissionais, podendo ser de
sobreaviso:
• Cardiologista;
• Clínico Geral;
• Pediatra;

• Pneumologista.

Os serviços de suporte e profissionais que devem conter, sendo, próprios ou


contratados, podendo estar na mesma estrutura ou em outra, são das seguintes
áreas:
• Neuro radiologia;
• Psiquiatra;
• Neuropatologia;
• Psicologia Clínica;
• Nutrição;
• Serviço Social; 66
• Fisioterapia;
• Farmácia;
• Hemoterapia.
9.2.2 Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Tratamento Endovascular
É o serviço que possui equipe especializada para a prestação de assistência aos
portadores de doenças do Sistema Neurovascular.
O Responsável Técnico pelo serviço poderá ser das especialidades de Médico –
Neurocirurgia, Neurologia ou em Neurorradiologia, com área de atuação em
Neurorradiologia Terapêutica, e o Coordenador será o profissional Enfermeiro. O
dimensionamento da equipe será conforme a Tabela 35.
Tabela 35 – Dimensionamento da Equipe do Serviço de Assistência de Alta Complexidade em
Tratamento Endovascular

CARGO QUANTIDADE

MÉDICO - ANESTESIOLOGIA
01 disponível/turno para o
serviço
MÉDICO - NEUROLOGIA CLÍNICA
01 disponível/turno para o
TÉCNICO OU TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA
serviço
Fonte: Portaria GM/MS nº 756/2009.

O Serviço deverá contar, em caráter permanente ou alcançável com:


• Médicos com experiência profissional em procedimentos Endovasculares;
• Pelo menos 01 (hum) Médico - Neurocirurgia com experiência em
neurocirurgia vascular.

Ainda, contar com os serviços de suporte e profissionais nas seguintes áreas:


• Fisioterapeuta;
67
• Fonoaudiologia;
• Nutricionista;
• Serviço Social.

9.2.3 Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Neurocirurgia Funcional


Estereotáxica
O Responsável Técnico será da especialidade Médico – Neurocirurgia com
treinamento especializado abordando os seguimentos de: dor, movimentos
anormais, espasticidade, estereotaxia para neuro navegação, eletrodinâmica,
farmacodinâmica, eletrofisiologia do sistema nervoso periférico e central,
metodologia científica, técnicas de avaliação clínica e complementar, imagenologia
e reabilitação. Para o dimensionamento da equipe desse serviço, seguirá conforme
a Tabela 35 acrescido de mais 01 (hum) Médico – Neurocirurgia. Contará com
equipe suplementar dimensionada do quadro da estrutura organizacional,
composta por:
Tabela 36 – Dimensionamento da Equipe do Serviço de Assistência de Alta Complexidade em
Neurocirurgia Funcional Estereotáxica

CARGO

MÉDICO - NEURORRADIOLOGIA
MÉDICO – NEUROLOGIA
MÉDICO – ANESTESIOLOGIA
ENGENHEIRO
Fonte: Portaria GM/MS nº 756/2009.

Os profissionais do cargo de Engenheiro para atuar no Serviço de Assistência de


Alta Complexidade em Neurocirurgia Funcional Estereotáxica, devem estar
capacitados em Neuroimagem. Para os Serviços da Unidade de Assistência de Alta
Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia e/ou do Centro de Referência de Alta
Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia em que a legislação não especificou o
quantitativo da equipe de Enfermagem, os parâmetros utilizados seguirão
conforme a Tabela 35.
Com relação aos profissionais de cargo Técnico ou Tecnólogo em Radiologia
68
será conforme descrito no item referente ao Serviço de Apoio e Diagnóstico.

10. ATENÇÃO CARDIOVASCULAR DE ALTA COMPLEXIDADE


A Política Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade foi instituída
por meio da Portaria GM/MS nº 1.169/2004, com o objetivo de garantir o
atendimento integral aos pacientes com patologias cardiovasculares do Sistema
Único de Saúde.
A Portaria SAS/MS nº 210/2004, republicada pela Portaria de Consolidação nº
01/2022, define que as Unidades de Assistência em Alta Complexidade
Cardiovascular podem executar os atendimentos de acordo com os seguintes
serviços:
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Cardiovascular;
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Cardiovascular
Pediátrica;
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Vascular;
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Procedimentos da
Cardiologia Intervencionista;
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Procedimentos
Endovasculares Extracardíacos;
• Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Laboratório de
Eletrofisiologia.
As informações necessárias para a realização do dimensionamento da equipe
do serviço da Alta Complexidade Cardiovascular, segue conforme abaixo:
➢ Os tipos de Habilitação e Serviços ativos;
➢ Quantitativo de consultas mensais nas áreas de:
• Cardiologia Clínica;
• Cardiologia Clínica Pediátrica;
• Angiologia e Cirurgia Vascular.
➢ Quantitativo de exames mensais, sendo:
• Ergometria;
• Holter; 69

• Ecocardiograma;
• Ultrassonografia com doppler colorido.
➢ Quantitativo de cirurgias anuais, nas respectivas áreas:
• Cardiovascular;
• Cardiovascular pediátrica;
• Vascular.
➢ Número de leitos clínicos e cirúrgicos – Adulto e Pediátrico.
10.1 Unidades de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular

O dimensionamento da equipe de enfermagem para os leitos de enfermaria


exclusivo das Unidades de Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular, será
conforme abaixo:
Tabela 37 – Dimensionamento da equipe de Enfermagem dos leitos clínicos em Unidade de
Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular

TIPO DO LEITO ENFERMEIRO TÉCNICO DE ENFERMAGEM


ADULTO 01 para 18 leitos clínicos 01 para 05 leitos clínicos
PEDIÁTRICO 01 para 15 leitos clínicos 01 para 04 leitos clínicos
Fonte: Portaria de Consolidação nº 1/2022.

10.2 Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Cardiovascular

O Responsável Técnico do Serviço de Assistência de Alta Complexidade em


Cirurgia Cardiovascular deve ser o Médico – Cirurgia Cardiovascular e para o
Responsável Técnico para o Implante de Marcapasso, para atender a legislação e
em conformidade com a Resolução CFM nº 2.221/2018, considera-se o cargo de
Médico – Cardiologia, Médico – Cardiologia – Eletrofisiologia Clínica Invasiva ou
Médico – Cirurgia Cardiovascular. O Coordenador será o profissional do cargo
Enfermeiro – Cardiologia. A equipe será dimensionada conforme Tabela abaixo:
Tabela 38 – Dimensionamento da Equipe Mínima do Serviço de Assistência de Alta
Complexidade em Cirurgia Cardiovascular
70
CARGO DIARISTA PLANTONISTA

MÉDICO - CARDIOLOGIA 01 para 10 leitos clínicos 01 para 50 leitos clínicos


MÉDICO - CIRURGIA 01 para 10 leitos clínicos
Sobreaviso
CARDIOVASCULAR 01 para 06 leitos cirúrgicos
MÉDICO - MEDICINA
Será dimensionado na equipe do UTI
INTENSIVA
MÉDICO - ANESTESIOLOGIA Será dimensionado na equipe do Centro Cirúrgico
ENFERMEIRO 01 para 14 leitos cirúrgicos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 08 leitos cirúrgicos
Fonte: Portaria de Consolidação nº 01/2022.

O Médico – Medicina Intensiva é destinado aos cuidados do pós-operatório das


cirurgias cardiovasculares, desta forma, serão dimensionados nos leitos de UTI. A
equipe de Enfermagem para os leitos exclusivos para o Pós-Operatório em Alta
Complexidade de Cirurgia Cardiovascular será de:
Tabela 39 – Dimensionamento da Equipe de Enfermagem em Leitos Pós-Operatório em Alta
Complexidade em Cirurgia Cardiovascular

CARGO QUANTIDADE

ENFERMEIRO 01 para 03 leitos

TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 02 leitos

Fonte: Portaria de Consolidação nº 1/2022.

Ainda, deve contar com as seguintes especialidades:


• Cirurgião geral;
• Cirurgião vascular;
• Clínico geral;
• Endocrinologista;
• Nefrologista;
• Neurologista;
• Pneumologista.
Os serviços complementares e a equipe multidisciplinar, são:
71
• Assistência social;
• Farmácia;
• Fisioterapia;
• Hemoterapia.
• Nutricionista;
• Saúde mental ou psicologia clínica.

10.3 Serviço de Cirurgia Cardiovascular Pediátrica


É a unidade que realiza atendimentos aos portadores de doenças
cardiovasculares, em pacientes menores de 18 (dezoito) anos. O Responsável
Técnico do Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Cardiovascular
deve ser o Médico - Cirurgia Cardiovascular, conforme a legislação é recomendável
ter especialização em cirurgia cardiovascular pediátrica. O Coordenador será o
profissional do cargo Enfermeiro – Cardiologia e irá atuar em conjunto na
assistência. A equipe será dimensionada conforme disposto na Tabela 40.
Tabela 40 Dimensionamento da Equipe Mínima do Serviço de Cirurgia Cardiovascular
Pediátrica

CARGO DIARISTA PLANTONISTA

MÉDICO – CARDIOLOGIA
01 para 10 leitos 01 para 50 leitos
PEDIÁTRICA
MÉDICO - PEDIATRIA - 01 para 50 leitos
MÉDICO – MEDICINA
Será dimensionado na equipe da UTI Pediátrica
INTENSIVA PEDIATRIA

MÉDICO - ANESTESIOLOGIA Será dimensionado na equipe do Centro Cirúrgico

ENFERMEIRO 01 para 08 leitos

TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 08 leitos


Fonte: Portaria de Consolidação nº 1/2022.

Os cargos de Médico foram dimensionados conforme Parâmetros e Indicadores


De Dimensionamento de Pessoas em Hospitais - PICCHIAI, 2009. O Médico –
Medicina Intensiva é destinado aos cuidados do pós-operatório das cirurgias
72
cardiovasculares, desta forma, serão dimensionados nos leitos de UTI. A equipe de
enfermagem para os leitos do Pós-Operatório em Alta Complexidade de Cirurgia
Cardiovascular Pediátrica será conforme a Tabela 40.

11. HEMODINÂMICA E ELETROFISIOLOGIA

Os serviços de Hemodinâmica e Eletrofisiologia estão integrados com a Atenção


Cardiovascular de Alta Complexidade, por meio da habilitação dos serviços de:
• Assistência de Alta Complexidade em Procedimentos da Cardiologia
Intervencionista;
• Assistência de Alta Complexidade em Procedimentos Endovasculares
Extracardíacos;
• Assistência de Alta Complexidade em Laboratório de Eletrofisiologia.
Desta forma, para realizar o dimensionamento dos serviços de Hemodinâmica e
Eletrofisiologia, se faz necessárias as informações, tais como:
➢ Tipos de Habilitação;
➢ Se possui os serviços de:
• Hemodinâmica em Cardiologia;
• Hemodinâmica em Neurologia;
• Serviço de Eletrofisiologia;
➢ Quantitativo de procedimentos de cardiologista intervencionista anual;
➢ Quantitativo de procedimentos de eletrofisiologia anual;
➢ Mapa do funcionamento especificando a modalidade de atendimento
semanal;
➢ Informações da Hemodinâmica em Cardiologia:
• Quantitativo de equipamentos em funcionamento por períodos:
diurno/noturno e, final de semana;
• Quantitativo de leitos de recuperação por períodos;
• Se equipamento é compartilhado com a Neurologia.

➢ Se o aparelho não for compartilhado, as informações da Hemodinâmica


em Neurologia, são: 73

• Quantitativo de equipamentos em funcionamento por períodos:


diurno/noturno e, final de semana;
• Quantitativo de leitos de recuperação por períodos: diurno/noturno e,
final de semana.

➢ Se o aparelho não for compartilhado, as informações do Serviço de


Eletrofisiologia, são:
• Se a equipe de enfermagem é compartilhada do serviço de
hemodinâmica;
• Quantitativo de equipamentos em funcionamento por períodos:
diurno/noturno e, final de semana;
• Quantitativo de leitos de recuperação por períodos: diurno/noturno e,
final de semana.
Com essas informações é possível subsidiar o dimensionamento de pessoal dos
serviços, seguindo os parâmetros estipulados pela Portaria GM/MS nº 210/2004 e
Portaria de Consolidação nº 1/2022.
11.1 Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Procedimentos da Cardiologia
Intervencionista

O Responsável Técnico deve ser do cargo Médico – Cardiologia ou Médico –


Eletrofisiologia Clínica Invasiva ou Médico – Hemodinâmica e Cardiologia
Intervencionista, em conformidade com os requisitos da Resolução CFM nº
2.221/2018. O Coordenador será o profissional do cargo Enfermeiro – Cardiologia
ou Enfermeiro – Cardiologia – Hemodinâmica. Segue o dimensionamento da
equipe conforme a Tabela 41:
Tabela 41 – Dimensionamento da equipe mínima do Serviço de Assistência de Alta
Complexidade em Procedimentos da Cardiologia Intervencionista

CARGO QUANTIDADE

MÉDICO - CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA 02 por equipamento


74
MÉDICO - ANESTESIOLOGIA PLANTONISTA

ENFERMEIRO 01 para 10 leitos em SRPA

TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 04 leitos em SRPA


TÉCNICO EM RADIOLOGIA OU TECNÓLOGO 01 para o serviço
Fonte: Portaria de Consolidação nº 1/2022.

Ainda, deverá contar com os profissionais na modalidade de atendimento


alcançável ou da equipe organizacional:
• Médico – Cirurgia Vascular;
• Médico – Cirurgia Geral.
O profissional do cargo Técnico ou Tecnólogo em Radiologia deve estar
capacitado para operar o equipamento de radiodiagnóstico em angiografia.
11.2 Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Procedimentos
Endovasculares Extracardíacos

Conforme a Portaria de Consolidação nº 01/2022, 6.1, a, o Responsável Técnico


deve ser preferencialmente o profissional do cargo Médico – Cirurgia Vascular ou
Médico – Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia ou Médico –
Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular. O HUF que não contar com estes
profissionais no corpo clínico, poderá designar a responsabilidade técnica aos
profissionais do cargo Médico – Cirurgia Cardiovascular ou Médico –
Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista. O coordenador será o profissional
do cargo Enfermeiro – Cardiologia ou Enfermeiro – Cardiologia – Hemodinâmica.
O dimensionamento da equipe segue conforme a Tabela 42:
Tabela 42 – Dimensionamento da equipe mínima no Serviço de Assistência de Alta
Complexidade em Procedimentos Endovasculares Extracardíacos

CARGO QUANTIDADE
Médico - Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia 01 para o serviço
Médico – Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular ou
75
Médico – Angiologia Ou Médico – Cirurgia Vascular ou
Médico – Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia ou Diarista
Médico – Cirurgia Cardiovascular ou Médico –
Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista
Médico - Clínica Médica Plantonista
Médico - Anestesiologia Plantonista
Enfermeiro 01 para 14 leitos em SRPA
Técnico De Enfermagem 01 para 08 leitos em SRPA
Técnico Em Radiologia Ou Tecnólogo 01 para o serviço
Fonte: Portaria de Consolidação nº 1/2022.

Nos casos em que os Médicos não forem dimensionados do corpo clínico de


plantonistas, será computado 01 por turno.
O Técnico ou Tecnólogo em Radiologia deve estar capacitado para manusear o
equipamento de angiografia.
11.3 Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Laboratório de
Eletrofisiologia
O Responsável Técnico do Laboratório de Eletrofisiologia será o profissional do
cargo Médico – Cardiologia – Eletrofisiologia Clínica Invasiva. O Coordenador será
o profissional do cargo Enfermeiro – Cardiologia ou Enfermeiro – Cardiologia –
Hemodinâmica. O dimensionamento da equipe será conforme a Tabela 43:
Tabela 43 – Dimensionamento da equipe mínima para o Serviço de Assistência de Alta
Complexidade em Laboratório de Eletrofisiologia

CARGO QUANTIDADE
MÉDICO - CARDIOLOGIA - ELETROFISIOLOGIA CLÍNICA
02 para o serviço
INVASIVA
MÉDICO - CARDIOLOGIA 01 para o serviço, se necessário
MÉDICO - CLÍNICA MÉDICA Diarista
MÉDICO - ANESTESIOLOGIA Plantonista
ENFERMEIRO 01 para 10 leitos em SRPA
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 04 leitos em SRPA

TÉCNICO EM RADIOLOGIA OU TECNÓLOGO 01 para o serviço


Fonte: Portaria de Consolidação nº 2/2017.

Vale ressaltar, que se os procedimentos dos serviços abordados em


Hemodinâmica e Eletrofisiologia forem realizados no Centro Cirúrgico, o
dimensionamento da equipe seguirá conforme o item 5. Centro Cirúrgico. A equipe
76
para os leitos de internação será dimensionada item 10. Atenção Cardiovascular de
Alta Complexidade.

12. ALTA COMPLEXIDADE EM OBESIDADE

Trata-se da assistência ao indivíduo com obesidade mórbida que necessita de


cirurgia bariátrica como último recurso para tratar a doença.
Deve-se considerar as seguintes informações gerais para assistência de alta
complexidade ao indivíduo com obesidade:
✓ Tipo de habilitação;
✓ Número de leitos.
Os cargos dimensionados para assistência de alta complexidade ao indivíduo com
obesidade são:
12.1. Médico
a) Médico – Cirurgia do Aparelho Digestivo:
Responsabilidades técnicas e equipe de cirurgia bariátrica:
A) O estabelecimento de saúde para ser credenciado/habilitado como serviço de
assistência de alta complexidade ao indivíduo com obesidade deve contar com serviço
de cirurgia bariátrica, cujo responsável técnico deve ser médico especialista em cirurgia
geral ou cirurgia do aparelho digestivo;
C) A equipe de cirurgia bariátrica deve contar com, pelo menos, mais um médico
especialista em cirurgia geral ou cirurgia do aparelho digestivo, além do responsável
técnico, comprovada por registro dos respectivos Conselho Federal e Regionais de
Medicina e contar com número suficiente de profissionais para a assistência nos leitos
habilitados, em ambulatório e para as intercorrências clínicas e cirúrgicas do pós-
operatório.
Caso a equipe já não tenha sido dimensionada na internação, quantificar utilizando
o OBSERVARH, sendo 1 médico para cada 6 leitos cirúrgicos.
b) Médico – Endocrinologia:
✓ 01 para cada 10 leitos clínicos.
12.2. Psicólogo
✓ 01 psicólogo para cada 30 leitos.
12.3. Nutricionista 77
Como a legislação não quantifica o profissional nutricionista, utiliza-se a resolução CFN
nº 600, de 25 de fevereiro de 2018:
✓ 01 nutricionista para cada 15 leitos de alta complexidade.

13. ASSISTÊNCIA AOS QUEIMADOS


A queimadura é caracterizada por uma lesão tecidual evoluindo para a morte
celular, ocasionada por trauma, sendo os principais agentes: térmico, elétrico,
químico ou radioativo. A classificação da queimadura é realizada de acordo com a
profundidade da lesão no local acometido, podendo ser de primeiro, segundo ou
terceiro grau.
Em relação ao dimensionamento de equipe assistencial à Assistência à
Queimados, deve-se considerar as seguintes informações:
• Número de leitos;
• Atendimento pediátrico, caso houver;
• Serviços habilitados.
Dentre a habilitação dos Centros de Referência em Assistência a Queimados,
estão subdivididos em Alta Complexidade ou Intermediário.

13.1 Centros de Referência em Assistência a Queimados – Alta Complexidade

Para ser cadastrado como Centro de Referência em Assistência a Queimados –


Alta Complexidade, deverá estar incorporado em Hospital classificado como tipo I,
II ou III no Sistema Estadual de Referência Hospitalar em Atendimento de Urgência
e Emergência, com atendimento nos níveis de urgência/emergência, ambulatorial e
internação hospitalar. O número de leitos deve contar com no mínimo 08 e no
máximo 20 leitos, sendo permitidos, 06 leitos no máximo, em Unidade de Cuidados
Especiais de Queimaduras. Caso houver, serviços em funcionamento que tenham
mais do que 20 leitos, o quadro de pessoal deverá ser proporcional ao número de
leitos, os parâmetros serão referentes aos 20 leitos, sendo somente 06 leitos
cadastrados para a Unidade de Cuidados Especiais de Queimaduras. Os novos
serviços que se habilitarem para cadastros, somente serão elegíveis caso tenham
acima de 08 até 20 leitos. 78
O Responsável Técnico e Administrativo deve ser Médico – Cirurgião Plástico,
com título de especialista reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
ou residência médica em Cirurgia Plástica reconhecido pelo Ministério da Educação
(MEC) e, o Responsável Técnico de Enfermagem, deve ser o Enfermeiro.
Tabela 44 – Dimensionamento de equipe mínima para o Centro de Referência em Assistência a
Queimados – Alta Complexidade

CARGO QUANTIDADE
MÉDICO - CIRURGIA PLÁSTICA Plantonista
MÉDICO - ANESTESIOLOGISTA Plantonista
MÉDICO - CIRURGIA PLÁSTICA Diarista
MÉDICO - MEDICINA INTENSIVA ADULTO Plantonista
MÉDICO - MEDICINA INTENSIVA PEDIÁTRICA Plantonista
MÉDICO - CLÍNICA MÉDICA Diarista
MÉDICO - PEDIATRIA Diarista
ENFERMEIRO 1 para 6 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM - MANHÃ/TARDE 1 para 2 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM - NOITE 1 para 4 leitos
FISIOTERAPEUTA Diarista
NUTRICIONISTA Diarista
Fonte: Anexo II, Portaria GM/MS nº 1.273/2000.
Os profissionais que constam como “diarista” são dimensionados 01 por turno
de trabalho, no caso dos médicos plantonistas das seguintes especialidades:
Cirurgia Plástica, Anestesiologista, Medicina Intensiva Adulto e Pediátrica são
dimensionados da Unidade de Urgência e Emergência, caso o HUF dispor deste
serviço.
13.2 Centros de Referência em Assistência a Queimados – Intermediário
Os Centros de Referência em Assistência a Queimados – Intermediário, somente
serão habilitados, em caráter transitório, instalado em Hospital tipo I, II ou III,
classificado no Sistema Estadual de Referência Hospitalar em Atendimento de
Urgência e Emergência, nos casos em que os Estados não dispuserem de pelo
menos um serviço que atenda o de Alta Complexidade. O quantitativo de leitos
segue conforme o Centro de Referência em Assistência a Queimados – Alta
Complexidade.
O Responsável Técnico e Administrativo será do cargo Médico e para o
Responsável Técnico e Administrativo de Enfermagem, o Enfermeiro. 79
Tabela 45 – Dimensionamento equipe Centro de Referência em Assistência a Queimados –
Intermediário

CARGO QUANTIDADE
MÉDICO - ANESTESIOLOGISTA Plantonista
MÉDICO - CIRURGIA PLÁSTICA Sobreaviso
MÉDICO - MEDICINA INTENSIVA ADULTO Plantonista
MÉDICO - MEDICINA INTENSIVA PEDIÁTRICA Plantonista
MÉDICO - CLÍNICA MÉDICA Diarista
MÉDICO - PEDIATRIA Diarista
ENFERMEIRO 1 para 6 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM - Manhã/Tarde 1 para 4 leitos
FISIOTERAPEUTA Diarista
NUTRICIONISTA Diarista
PSICÓLOGO Diarista
ASSISTENTE SOCIAL Diarista
FARMACÊUTICO Diarista
Fonte: Anexo II, Portaria GM/MS nº 1.273/2000.

O Médico – Cirurgia Plástica atua em regime de sobreaviso com cobertura de 24


horas, e os profissionais diaristas são dimensionados 01 para cada turno. Os cargos
dimensionados para os serviços voltados à Assistência a Queimados foram de
acordo com a Portaria GM/MS nº 1.273/2000, republicada pela Portaria de
Consolidação nº 3/2017, Anexo 2 do Anexo VIII.

14. UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI), UNIDADE DE CUIDADOS


INTERMEDIÁRIOS (UCI), UNIDADE CORONARIANA (UCO),
UNIDADE DE CUIDADO INTERMEDIÁRIO NEONATAL
CONVENCIONAL (UCINCo) E UNIDADE DE CUIDADO
INTERMEDIÁRIO NEONATAL CANGURU (UCINCa)

Conforme a Resolução CFM nº 2.271/2020 do Conselho Federal de Medicina, a


Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é um “ambiente hospitalar com sistema
organizado para oferecer suporte vital de alta complexidade”, devendo contar com
equipe multidisciplinar especializada, 24 horas por dia, aos pacientes com
instabilidade hemodinâmica, que apresentam condições clínicas de gravidade
extrema e risco de morte. Com relação a UTI – Especializada, os atendimentos são
direcionados aos pacientes de acordo com o sistema acometido e que necessitam 80
de intervenções específicas para reversão do quadro, por exemplo, assistência em
neurologia, cardiologia, entre outros.
A Portaria MS/GM nº 3.432/1998, estabeleceu os critérios de classificação para
as Unidades de Tratamento Intensivo, sendo que a partir da publicação desta
portaria somente as UTI tipo II e III foram consideradas para o cadastramento e, a
UTI tipo I, as unidades que a época, estavam cadastradas, com a vigência desta
Portaria passariam a ser denominadas por essa nomenclatura.
Conforme a RDC ANVISA nº 7/2010, os hospitais devem prover os recursos
humanos e de materiais necessários para garantir a continuidade da assistência,
visando a segurança e proteção dos pacientes e dos profissionais, ainda para o
funcionamento das UTIs, é obrigatório conter na estrutura hospitalar serviços de
diagnósticos e terapêuticos, sendo:
• Centro Cirúrgico;
• Serviço de Radiologia;
• Serviço de Ecodopplercardiográfica.
Com relação aos tipos de serviços que devem ser garantidos aos pacientes nas
unidades de UTI, são:
• Assistência Nutricional;
• Terapia Nutricional – enteral e parenteral;
• Assistência Farmacêutica;
• Assistência Fonoaudiológica;
• Assistência Psicológica;
• Assistência Odontológica;
• Assistência Social;
• Assistência Clínica Vascular;
• Assistência de Terapia Ocupacional para UTI Adulto e Pediátrica;
• Assistência Clínica Cardiovascular, com especialidade pediátrica nas UTI
Pediátricas e Neonatais;
• Assistência Clínica Neurológica;
• Assistência Clínica Ortopédica;
81
• Assistência Clínica Urológica;
• Assistência Clínica Gastroenterologia;
• Assistência Clínica Nefrológica, incluindo Hemodiálise;
• Assistência Clínica Hematológica;
• Assistência Hemoterápica;
• Assistência Oftalmológica;
• Assistência de Otorrinolaringológica;
• Assistência Clínica De Infectologia;
• Assistência Clínica Ginecológica;
• Assistência Cirúrgica Geral – UTI Adulto e, Cirurgia Pediátrica – UTI Neonatal
ou UTI Pediátrica;
• Serviço de Laboratório Clínico, Incluindo Microbiologia e Hemogasometria;
• Serviço de Radiografia Móvel;
• Serviço de Ultrassonografia Portátil;
• Serviço de Endoscopia Digestiva Alta e Baixa;
• Serviço de Fibrobroncoscopia;
• Serviço de Diagnóstico Clínico e Notificação Compulsória de Morte
Encefálica.
Referente aos serviços de diagnósticos e terapêuticos que podem ser realizados
em outros estabelecimentos, são:
• Cirurgia Cardiovascular;
• Cirurgia Vascular;
• Cirurgia Neurológica;
• Cirurgia Ortopédica;
• Cirurgia Urológica;
• Cirurgia Buco-Maxilo-Facial;
• Radiologia Intervencionista;
• Ressonância Magnética;
• Tomografia Computadorizada;
• Anatomia Patológica;
82
• Exame de Fluxo Sanguíneo Encefálico.
Referente as atribuições e responsabilidades de todos os profissionais
dimensionados para as UTIs, devem estar normatizados seguindo as legislações
vigentes. Vale ressaltar, que para ocupar a função de Responsável Técnico, sendo
do cargo de Médico e, o de Coordenação, ocupados pelos cargos Enfermeiro e
Fisioterapeuta, somente poderão ser ocupados pelos profissionais que
ingressaram na Rede Ebserh como especialistas, sendo os títulos regulados
conforme a RDC ANVISA nº 137/2017.
Nesse sentido, o cargo de Médico seguirá conforme a Resolução CFM nº
2.007/2013, a qual estabelece a obrigatoriedade de ter título de especialista em
serviços assistenciais para os cargos de diretor técnico ou de supervisão,
coordenação, chefia ou responsabilidade médica. Nas UTIs com assistência em
neonatologia ou pediatria o médico responsável técnico deve ser obrigatoriamente
especialista em medicina intensiva pediátrica, a UTI neonatal poderá ser admitido
como responsável técnico com especialidade em pediatria com área de atuação em
neonatologia. O cargo de Enfermeiro especialista em UTI deve estar em
conformidade com o Anexo da Resolução COFEN nº 625/2020, a Área I, item 43 –
Enfermagem em Terapia Intensiva. Referente ao cargo de Fisioterapeuta
especialista em terapia intensiva seguirá em conformidade com o Conselho Federal
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) na Resolução COFFITO nº 392/2011
que reconhece a especialidade e Resolução COFFITO nº 402/2011, Art. 6º, que define
as atribuições de coordenação, supervisão e responsabilidade técnica. O Técnico
de Enfermagem dimensionado para realizar o serviço de apoio assistencial foi
considerado para auxiliar na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE).
Os profissionais responsáveis técnicos em UTI, poderão assumir os respectivos
cargos em até duas unidades. Em regra, os médicos diaristas também devem ser
especialistas com habilitação em terapia intensiva, é necessário que a equipe
multiprofissional seja composta por especialistas e dimensionada de forma
adequada e efetiva.
Todos os profissionais que atuam nas Unidades de Terapias Intensivas, sendo,
adulto ou pediátrica devem receber capacitação e atualização com atividade de 83

educação continuada.
O Conselho Federal de Medicina por meio da Resolução CFM nº 2.271/2020,
definiu as unidades de terapia e unidades de cuidado intermediário conforme sua
complexidade e o nível de cuidado, determinando a responsabilidade técnica
médica, as responsabilidades éticas, habilitações e atribuições da equipe médica e
demonstrou o dimensionamento mínimo da equipe médica para as UTI/UCI,
conforme disposto na Tabela 46:
Tabela 46 – Dimensionamento da equipe médica mínima necessária às UTI/UCI

PROPORÇÃO
COMPLEXIDAD TIPO DE
TIPO NÍVEL PROFISSIONAL / INTERVENÇÕES
E PACIENTES
PACIENTE
Pacientes
Intervenções disponíveis apenas
críticos, com Responsável
em ambiente de UTI
instabilidade Técnico: Médico
(ex.: monitorização hemodinâmica
fisiológica, risco intensivista
avançada, monitorização da
Nível de de morte
UTI TIPO pressão intracraniana, ventilação
atenção III Alta elevado. Médico intensivista
III mecânica invasiva, uso de drogas
(muito alto) Requerem de rotina/diarista
vasoativas, oxigenação por membrana
monitorização matutino e
extracorpórea, balão intra-aórtico,
e/ou vespertino: 1:10 ou
terapia de substituição renal
intervenções fração
contínua).
invasivas
altamente
complexas. Médico plantonista:
1:≤10 ou fração

Responsável
Pacientes técnico: Médico
críticos, intensivista
instabilidade
Intervenções disponíveis apenas
fisiológica, risco Médico intensivista
em ambiente de UTI (ex.:
Nível de de morte. de rotina/diarista
monitorização cardíaca contínua,
UTI TIPO II atenção II Alta Requerem matutino e
ventilação não invasiva,
(alto) monitorização vespertino: 1:10 ou
ventilação mecânica invasiva,
e/ou fração
uso de drogas vasoativas).
intervenções
invasivas Médico
complexas. plantonista: 1:10
ou fração
Pacientes que Responsável
requerem técnico: Médico
Nível de assistência da Ventilação mecânica não
atenção I enfermagem Médico de invasiva intermitente, infusões
UCI Baixa
(médio- ou da rotina/diarista: venosas como insulina,
baixo) fisioterapia ou 1:≤15 vasodilatadores ou antiarrítmicos.
monitorização Médico plantonista:
contínua. 1:15 ou fração
Fonte: Adaptado da Resolução CRM nº 2.271/2020.

Para o dimensionamento da equipe referente a UTI, UCI, UCINCo e UCINCa,


deve-se considerar o número de leitos e as especificações das habilitações vigentes.
84
A seguir, será abordado a temática por tipos de UTIs, considerando o Serviço de
Alta Complexidade Cardiovascular.

14.1 UTI Tipo I/ UCI Adulto e Pediátrica


A Resolução CFM nº 2.271/2020, dispõe que as UTI e UCI adulto assistem
pacientes graves ou potencialmente graves e, discorre sobre as características das
UTIs podendo ser classificadas em:
• Geral ou Mista;
• Por tipo do quadro clínico do paciente e pela complexidade assistencial.
Os pacientes podem ser advindos das unidades de atendimentos clínico e/ou
cirúrgico de qualquer especialidade, ou a assistência ser dimensionada conforme o
tipo de especialidade, sendo assim então caracterizada por UTI semi-intensiva
especializada, porém a maioria das UTIs são mistas.
Na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), são unidades caracterizadas
como responsáveis pelo paciente com risco moderado e que não possuem risco
imediato de morte, com necessidade de monitorização contínua com cuidados
classificados em semi-intensivos.
Conforme dispõe a RDC ANVISA nº 7/2010, são atendidos aos pacientes
conforme as faixas etárias demonstradas na Tabela 47.
• UTI – Adulto (UTI-A), se as normas institucionais permitirem, poderão ser
admitidos pacientes entre 15 e 17 anos;
• UTI – Adulto (UTI-A), se as normas institucionais permitirem, poderão ser
admitidos pacientes entre 15 e 17 anos;
• UTI – Pediátrica (UTI-P) até os 18 anos.
Tabela 47 – Faixa etária de atendimentos em UTI tipo I/UCI Adulto e Pediátrico

TIPO DE UTI FAIXA ETÁRIA


UTI - ADULTO (UTI - A) Igual ou superior a 18 anos
UTI - ESPECIALIZADA Adulto

UTI - NEONATAL (UTI - N) 0 e 28 dias

UTI - PEDIÁTRICA (UTI - P) 29 dias a 14 ou 18 anos


85
UTI - PEDIÁTRICA MISTA (UTI Pm) Idem a Neonatal ou Pediátrica

Fonte: Resolução ANVISA nº 7/2010.

A UTI – Pediátrica Mista (UTIPm), destina-se aos neonatos e pacientes


pediátricos, sendo atendidos no ambiente com separação física entre a UTI
Pediátrica e UTI Neonatal. Conforme a Portaria GM/MS nº 895/2017, art. 3º, ficou
definido que as UTI – Adulto tipo I e Pediátrico tipo I, passaram a ser classificadas
em Unidade de Cuidados Intermediários Adulto (UCI-a) e Unidade de Cuidados
Intermediários – Pediátrica (UCI-ped), sendo que o cuidado intensivo poderá ser
realizado nas unidades de cuidados de terapia intensiva ou intermediários.
Os cargos dimensionados da equipe multidisciplinar para a UTI Tipo I/ UCI Adulto
e Pediátrica foram realizados com embasamento nos parâmetros do Anexo da
Portaria GM/MS nº 895/2017, aprovada pela Portaria de Consolidação GM/MS nº
3/2017, conforme a Tabela 48, levando em consideração o número de leitos e as
habilitações em vigência.
Tabela 48 – Dimensionamento UTI Tipo I/ UCI Adulto e Pediátrica

CARGO QUANTIDADE

MÉDICO DIARISTA 01 para a unidade

MÉDICO PLANTONISTA 01 para 15 leitos

ENFERMEIRO 01 para 15 leitos

TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 05 leitos

FISIOTERAPEUTA 01 para 15 leitos

Fonte: Anexo da Portaria MS/GM nº 895/2017.

O Médico – Diarista irá perfazer a carga horária de 4 (quatro) horas. Vale


ressaltar, que o cargo de Médico fora observado os parâmetros de
dimensionamento em conjunto com o Anexo II, da Resolução CFM Nº 2.271/2020.
Conforme o Anexo, Seção V, Subseção III, da Portaria MS/GM nº 895/2017,
deverá ser ofertado atendimento de apoio pelo Psicólogo e Fonoaudiólogo,
86
estando disponíveis para a unidade, desta forma será considerado o
dimensionamento da Equipe Multiprofissional.
Os responsáveis técnicos pela UTI-a também deverão ser na UCI-a, zelando pela
continuidade da assistência e no gerenciamento de leitos. Para os cuidados
relacionados a assistência de enfermagem no gerenciamento de leitos, importante
que os pacientes sejam avaliados por meio do Sistema de Classificação de
Pacientes.

14.2 UTI tipo II, UTI de Queimados e UCO Adulto e Pediátrica


A UTI tipo II é a responsável na admissão dos pacientes com quadros agudos ou
agudizados com risco de evoluir para falência dos órgãos vitais, sendo necessário a
prestação da assistência de menor complexidade.
Os cargos dimensionados para a UTI, UTI de Queimados e UCO Adulto e
Pediátrica tipo II, foram utilizados os parâmetros em conformidade com o Anexo
da Portaria GM/MS nº 895/2017, conforme a Tabela 49:
Tabela 49 – Dimensionamento da UTI tipo II, UTI de Queimados, UCO Adulto e UTI Pediátrica

CARGO QUANTIDADE
MÉDICO DIARISTA 01 para a unidade
MÉDICO PLANTONISTA 01 para 10 leitos
ENFERMEIRO DIARISTA 01 para a unidade
ENFERMEIRO PLANTONISTA 01 para 10 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 02 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 apoio assistencial/turno
FISIOTERAPEUTA 01 para 10 leitos
Fonte: Anexo da Portaria GM/MS nº 895/2017.

O Médico e o Enfermeiro ambos sendo rotineiro/diarista deverão ser


especialistas em Terapia Intensiva, nos casos de pediatria serão especialistas
habilitados em Terapia Intensiva Pediátrica, irão perfazer jornada de 4 (quatro)
horas diárias.
Os cargos de Fonoaudiólogo e Psicólogo serão dimensionados conforme a
Equipe Multiprofissional, ficando disponível para a realização dos atendimentos
87
O dimensionamento de Enfermeiro e Técnico em Enfermagem, em leitos
ocupados por pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca, os parâmetros
utilizados seguem conforme a Portaria de Consolidação nº 1/2022, que define os
cuidados em UTI Pós-Operatório Cardíaco, conforme a seguir:
Tabela 50 – Dimensionamento leito UTI Pós-Operatório Cardíaco

CARGO QUANTIDADE
ENFERMEIRO 01 para 03 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 02 leitos
Fonte: Portaria de Consolidação nº 1/2022.

Quando os leitos da Unidade Coronariana estiverem remanejados nas UTI tipo


II ou III, a equipe de enfermagem será considerada nas respectivas unidades para o
dimensionamento conforme a Tabela 50.

14.3 UTI tipo III, UTI Especializada em Queimados e UCO Adulto e Pediátrica

A UTI tipo III admite pacientes com múltiplas falências agudas de órgãos, que
colocam em risco de morte. Devido à alta complexidade dos cuidados prestados a
esses pacientes, a equipe realiza monitorização contínua para a possibilitar a
reversão do quadro clínico, assim, é necessário que a equipe multiprofissional seja
composta por especialistas e dimensionada de forma adequada e efetiva.
A UTI Especializada em Queimados é destinada aos pacientes em situação com
queimaduras profundas em situações clínicas grave.
A Unidade Coronariana (UCO), considerando a alta prevalência SCA, por meio
da Portaria SAS/MS nº 2.994/2011, foi aprovada a Linha de Cuidado do Infarto Agudo
do Miocárdio e o Protocolo de Síndromes Coronarianas Aguda, em seu art. 5º,
define a UCO como uma unidade destinada aos cuidados prestados aos pacientes
com Síndrome Coronariana Aguda (SCA), devendo “dispor de infraestrutura típica
de terapia intensiva, mas se localizar em instituição capacitada para fornecer apoio
diagnóstico e terapêutico para os pacientes com síndrome coronariana aguda,
incluindo recursos humanos qualificados, métodos diagnósticos não invasivos e
invasivos e oportunidade de tratamento percutâneo e cirúrgico em caráter de
urgência”.
A UCO deve estar habilitada como Centro de Referência ou Unidades de 88

Assistência em Alta Complexidade Cardiovascular com o Serviço de Alta


Complexidade em Cardiologia, considerando a Política Nacional de Atenção
Cardiovascular de Alta complexidade instituída pela Portaria MS/GM nº 1.169/2004 e
pela Portaria MS/ SAS nº 210/2004, ao qual definem critérios da estrutura de
atendimento e recursos humanos necessários para a prestação de serviço, tendo os
atendimentos obrigatórios:
• Cirurgia Cardiovascular e Procedimentos em Cardiologia Intervencionista;
• Cirurgia Cardiovascular Pediátrica;
• Cirurgia Pediátrica;
• Cirurgia Vascular;
• Cirurgia Vascular e Procedimentos Endovasculares Extracardíacos;
• Laboratório de Eletrofisiologia.
Os cargos dimensionados para a UTI tipo III, UTI de Queimados e UCO Adulto e
Pediátrica, foram utilizadas as mesmas referências da UTI tipo II para os parâmetros
de dimensionamento da equipe, observando o quantitativo mínimo de 50%
(cinquenta por cento) para cada 05 leitos, os profissionais do cargo Médico que
serão plantonistas devem ser especialistas em Terapia Intensiva.
Tabela 51 – Dimensionamento UTI, UTI Especializada em Queimados e UCO Adulto e Pediátrica
tipo III

CARGO QUANTIDADE
MÉDICO DIARISTA 01 para unidade
MÉDICO PLANTONISTA 01 para 05 leitos
ENFERMEIRO DIARISTA 01 para unidade
ENFERMEIRO PLANTONISTA 01 para 05 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 02 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 apoio assistencial/ turno
FISIOTERAPEUTA 01 para 10 leitos
Fonte: Anexo da portaria SAS/MS nº 895/2017.

O Médico e o Enfermeiro ambos sendo rotineiro/diarista deverão ser


especialistas em Terapia Intensiva, nos casos de pediatria serão especialistas
habilitados em Terapia Intensiva Pediátrica, irão perfazer jornada de 4 (quatro)
horas diárias.
89
Com relação ao profissional de Fonoaudiologia, deverá estar disponível para a
realização dos atendimentos na unidade, assim, serão dimensionados da Equipe
Multiprofissional ou conforme a necessidade do serviço do HUF.
Caso houver habilitação para cirurgia cardíaca e cardiovascular, os leitos de Pós-
operatório Cardíaco seguirão conforme a Tabela 50.

14.4 Unidade Neonatal

A Unidade Neonatal é o serviço especializado de internação ao recém-nascido


com até 28 dias, grave ou potencialmente grave, podendo estes permanecer até
180 dias. O atendimento deve seguir as diretrizes da Política Nacional de Atenção
ao Recém-nascido “Método Canguru”, sendo considerado um modelo assistencial
no perinatal, a qual foi instituída pela Portaria MS/GM nº 1.683/2007, dispondo sobre
a promoção na atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso, envolvendo
estratégias que abrangem o biopsicossocial para a qualificação do cuidado com
ênfase ao contato pele a pele, que consiste em manter o RN em posição vertical
junto ao peito dos pais ou de familiares.
Com a estruturação do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento
(PHPN) por meio da Portaria MS/GM nº 569/2000, ao qual definiu princípios e
diretrizes que apoiam a redução da altas taxas de morbimortalidade materna,
perinatal e neonatal, onde a mortalidade infantil é um dos indicadores que
exemplifica a articulação intersetorial da atenção à saúde, ao qual encontra-se
dentro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e Metas, compromisso
assumido pelos Estados-Membros da Organização das Nações Unidas (ONU), onde
o Brasil é signatário. Dentre os princípios instituídos pela Portaria, refere que todo
recém-nascido tem direito à assistência neonatal de forma humanizada e segura,
contando com os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários para
assistência ao parto adequada.
Em 2011, com a Portaria MS/GM nº 1.459/2011, ao qual institui a Rede Cegonha
em âmbito do SUS, que teve como eixo norteador a redução da mortalidade
materna e infantil com ênfase ao neonato, determinando a suficiência de leitos UTI, 90

UCI e Canguru, seguindo as Boas Práticas de Atenção ao Parto e ao Nascimento,


que consiste em documento elaborado pela OMS, em 1996.
Com a evolução das tecnologias e aprimoramento das atividades assistenciais
para a saúde materna e infantil, foi criada a Rede de Atenção Materna e Infantil
(Rami), pela Portaria MS/GM nº 715/2022, que consiste em assegurar os direitos do
planejamento familiar, acolhimentos adequados e humanizados no pré-natal, parto
e puerpério e ao recém-nascido o direito do nascimento seguro, crescimento e
desenvolvimento saudável. Assim, ficou definido que:
• Recém-nascido: é o indivíduo com idade entre 0 (zero) e 28 (vinte e oito)
dias de vida;
• Criança: indivíduo com idade entre 29 (vinte e nove dias) e 24 (vinte e
quatro) meses.
Consiste em uma das diretrizes da Rami a atenção assistencial de equipe
multiprofissional com formação e qualificação de recursos humanos para a atenção
à saúde materna e infantil.
A Rami foi dividida em Componentes estratégicos, sendo o Componente III da
Atenção Hospitalar, sendo garantida a utilização de metodologias de quantitativo
de leitos de UTIN, UCINCo e UCINCa, para o nascimento do RN de risco e o fomento
da implantação do Método Canguru.
Por meio da Portaria MS/GM nº 3/2017, que dispõe sobre a habilitação da Rami,
a organização da UNEO está subdividida em:
• UTIN – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal;
• UCINCo – Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional;
• UCINCa – Unidade de Cuidado Intermediário Canguru.

14.4.1 UTI Neonatal tipo II e III

A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), destina-se ao atendimento


para os recém-nascidos em estado grave ou com risco de morte, considerando:
➢ Qualquer idade gestacional que necessite de aporte de oxigênio sob
ventilação invasiva ou em insuficiência respiratória com Fração Inspirada de
91
Oxigênio (FiO2) maior que 30% (trinta por cento);
➢ Com idade gestacional menor que 30 (trinta) semanas ou com peso de
nascimento igual ou inferior a 1.000 gramas;
➢ Procedimento cirúrgico de pequeno, médio ou grande porte;
➢ Necessidade de nutrição parenteral;
➢ Necessidade de cuidados especializados.

A UTIN tipo II, ao qual para os hospitais serem habilitados é necessário estar
cadastrado no CNES e conter em sua estrutura 80 (oitenta) leitos gerais, sendo 20
(vinte) leitos obstétricos. Ainda, deve dispor de:
• Centro Cirúrgico;
• Serviço Radiológico Convencional;
• Serviço de Ecodopplercardiografia;
• Hemogasometria 24 (vinte e quatro) horas
• BHL ou posto de coleta.
Os cargos dimensionados para a UTI Neonatal seguem conforme Tabela 52,
mensurados por turno.
Tabela 52 – Dimensionamento da equipe UTIN tipo II e III

CARGO QUANT.
MÉDICO DIARISTA 01 para 10 leitos
MÉDICO PLANTONISTA 01 para 10 leitos
ENFERMEIRO UTI TIPO II 01 para 10 leitos
ENFERMEIRO UTI TIPO III 01 para 05 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 02 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para apoio assistencial/ turno
FISIOTERAPEUTA 01 para 10 leitos

FONOAUDIÓLOGO 01 para a unidade


Fonte: Portaria MS/GM nº 3/2017.

A UTIN tipo III, para a habilitação é necessário atender aos critérios da UTIN tipo
II e ter em sua equipe 50% (cinquenta por cento) de médicos plantonistas com
certificado em neonatologia ou título de especialista em medicina intensiva
pediátrica ou residência médica nessas modalidades, o enfermeiro coordenador
92
deve ser especialista em terapia intensiva ou terapia intensiva neonatal, ou
residência em enfermagem neonatal, ou comprovação de no mínimo 5 (cinco) anos
de experiência.

14.4.2 UCINCo e UCINCa

Conforme a Portaria MS/GM nº 930/2012, a Unidade de Cuidado Intermediário


Neonatal Convencional (UCINCo), é destinada ao atendimento de recém-nascidos
considerados de médio risco e que necessitam de assistência contínua, com
complexidade menor do que na UTIN, sendo também conhecida como unidade
semi-intensiva. A UCINCo presta atendimentos aos recém-nascidos com os
seguintes critérios:
➢ Após alta do RN na UTIN;
➢ Desconforto respiratório leve;
➢ Peso superior a 1.000 gramas e inferior que 1.500 gramas, que estejam
aporte nutricional por via enteral e sem acesso venoso central;
➢ Com peso superior a 1.500 gramas com necessidade de cuidados devidos à
hidratação venosa, alimentação por sonda ou uso de antibioticoterapia;
➢ Pós procedimento de exsanguinotransfusão;
➢ Pós cirúrgico imediato em UTIN de cirurgia de médio porte.

A Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa), realiza o


cuidado ao RN com peso superior a 1.250 (mil e duzentos e cinquenta) gramas, que
estejam com o quadro clínico hemodinamicamente estável. Ainda, permite acolher
mãe e filho para prática do método canguru, para repouso e permanência no
mesmo ambiente até a alta hospitalar. A equipe deve estar treinada
adequadamente para viabilizar o atendimento com integralidade para a mãe e ao
RN.
Os cargos dimensionados para UCINCo e UCINCa são:
Tabela 53 – Dimensionamento de equipe da UCINCo e UCINCa

CARGO QUANTIDADE
MÉDICO DIARISTA 93
MÉDICO PLANTONISTA 01 para 15 leitos
ENFERMEIRO
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 5 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para apoio assistencial/ turno
FISIOTERAPEUTA 01 para 15 leitos
FONOAUDIÓLOGO 01 para unidade
Fonte: Portaria MS/GM nº 3/2017.

Nos HUFs que possuem UCINCo e UTIN, o responsável técnico médico e o


enfermeiro coordenador respondem por ambas as unidades, de modo a favorecer
o cuidado progressivo. Contudo, para a formação da equipe mínima da UCINCo,
serão somados os leitos de UCINCo e de UCINCa disponíveis na mesma unidade
hospitalar.

15. DIÁLISE PARA UTI


A Injúria Renal Aguda (IRA) é uma lesão provocada nos rins decorrente de outro
problema de saúde, caracterizando na diminuição ou perda da capacidade dos rins
em realizar a filtração e suas funções básicas, sendo uma perfusão inadequada
ocasionando a azotemia, ou seja, acumulando no organismo compostos
nitrogenados e aumentando as concentrações séricas de ureia, creatinina, a
ocorrência geralmente são em pacientes hospitalizados. Conforme a Sociedade
Brasileira de Nefrologia, a definição conceitual da IRA é a “redução aguda da função
renal em horas ou dias.”
O paciente quando está em estado grave internado na Unidade de Terapia
Intensiva, deve estar em constante observação do quadro clínico e dos parâmetros
hemodinâmicos, a investigação inicial da IRA por meio de exames rotineiros,
auxiliam na identificação precoce para se evitar o prolongamento da hipoperfusão,
intervindo se indicado com a terapêutica farmacológica, quando no manejo da
terapia conservadora não reverter o quadro agudo advindos pela hipercalemia
severa, edema pulmonar, uremia e suas complicações, e/ou acidose refratária e
outras condições, é necessário a intervenção por meio de processos dialíticos.
O tratamento dialítico consiste nos métodos de terapia renal de substituição,
caracterizados pelos procedimentos de hemodiálise, diálise peritoneal e 94

hemofiltração, e tem a função de restaurar os padrões vitais do organismo


ajudando na reabilitação do paciente.
Os principais métodos de terapia renal de substituição para o tratamento
dialítico da IRA, são categorizados conforme o Tabela 54.
Tabela 54 – Métodos de Terapia Renal Substitutiva

MÉTODOS INTERMITENTES MÉTODOS CONTÍNUOS

DIÁLISE PERITONEAL INTERMITENTE DIÁLISE PERITONEAL AMBULATORIAL

HEMODIÁLISE INTERMITENTE ULTRAFILTRAÇÃO CONTÍNUA LENTA

HEMOFILTRAÇÃO INTERMITENTE HEMOFILTRAÇÃO VENO-VENOSA CONTÍNUA

HEMODIÁLISE VENO-VENOSA CONTÍNUA


HEMODIÁLISE PROLONGADA
HEMOFILTRAÇÃO VENO-VENOSA CONTÍNUA
Fonte: Adaptado das Diretrizes da AMB – Sociedade Brasileira de Nefrologia: Insuficiência Renal
Aguda, 2007.
A indicação do método dialítico para o manejo da IRA seguirá conforme a
conduta clínica do Médico – Nefrologista de acordo com a complexidade e
criticidade do quadro clínico do paciente, ofertando a terapia dialítica mais eficiente
disponível.
Em relação a execução do procedimento dialítico intra-hospitalar à beira leito,
como nos casos de atendimentos na emergência e leitos de UTI devem também
estar em consonância com a Nota Técnica GGTES/ANVISA nº 0006/2009, que
estabelece os parâmetros para a realização dos procedimentos de serviços de
hemodiálise móveis em ambiente hospitalar, por curto período, destinados à
recuperação de função renal. Sendo, o procedimento hemodialítico supervisionado
integralmente por Médico, Enfermeiro e acompanhado por Técnico de
Enfermagem, e quando em UTI ou Semi-Intensiva, os métodos híbridos, sendo os
procedimentos alternativos da hemodiálise convencional, devem ser
supervisionados pelo especialista do cargo Médico – Nefrologia e, nos casos
pediátricos, pelo especialista Médico – Nefrologia Pediátrica. Vale ressaltar, 95

conforme a RDC ANVISA nº 11/2014, art. 6º, dispõe que “todos os membros da
equipe de saúde são responsáveis pelo atendimento ao paciente durante o
procedimento hemodialítico, devem permanecer no ambiente de diálise durante
toda a sessão.”
Assim, as informações relevantes para realizar o dimensionamento da equipe,
considerará os seguintes aspectos:
• Número médio mensal de pacientes com quadro clínico de Insuficiência
Renal Aguda (IRA) na UTI/Emergência;
• Modalidade de atendimento do Médico – Nefrologia;
• Modalidade de atendimento dos Técnicos de Enfermagem.
Os Enfermeiros responsáveis que supervisionarão os pacientes e a equipe de
enfermagem serão os de plantão de cada turno dos serviços da UTI/Emergência,
desta forma contemplando ao dimensionamento de acordo com os Itens 14 e 23
deste Manual em conjunto com a Equipe de Nefrologia. O dimensionamento da
equipe de enfermagem será em proporção com os do serviço de UTI/Emergência,
com base no número médio mensal da realização dos procedimentos dialíticos
nesses serviços.

16. GESTAÇÃO DE ALTO RISCO


A tratativa sobre mortalidade materna e infantil vem sendo trabalhada pela
Organização das Nações Unidas (ONU) em conjunto com a Organização Mundial de
Saúde (OMS), com intuito de reduzir os indicadores dos casos de mortes evitáveis
até 2030, por meio das definições de metas globais com os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODSs). Assim, para que os atendimentos durante o
período da gestação, parto, puerpério e período neonatal sejam realizados com
qualidade e dignidade, respeitando os direitos fundamentais, sendo considerado
como direitos alienáveis, foi instituído o Programa de Humanização no Pré-natal e
Nascimento, por meio da Portaria GM/MS nº 569/2000.
Segundo o Ministério da Saúde, em citação define “Gestação de Alto Risco é
aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm
maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada”. 96
O acompanhamento do pré-natal é fundamental para a adequada assistência e
identificação dos fatores de risco. O número adequado de consultas do pré-natal,
segundo a OMS, deve ser igual ou superior a 6 (seis), a depender do diagnóstico de
gravidez, devendo as consultas serem realizadas mensalmente até a 28ª semana,
após esse período até a 36ª semana, a periodicidade deverá ocorrer a cada 15
(quinze) dias e finalizando até a 41ª semanas a serem realizadas semanalmente.
Os fatores de risco que englobam o período gravídico-puerperal devem ser
estratificados para a classificação e o adequado acompanhamento de acordo com
a complexidade de cada caso.
Como medida de política pública foi criada a Rede Cegonha, por meio da Portaria
GM/MS nº 1.459/2011, a fim de assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da
qualidade do acompanhamento pré-natal, da assistência ao parto e puerpério e da
assistência à criança, tendo como as principais diretrizes garantindo:
• O acolhimento com avaliação e classificação de risco com a ampliação do
acesso e melhoria dos atendimentos prestados no pré-natal;
• Vincular a gestante à unidade de referência e ao transporte seguro;
• As boas práticas e segurança no momento do parto e do nascimento;
• A atenção à saúde das crianças de 0 (zero) a 24 (vinte e quatro) meses com
qualidade;
• Acesso às ações de planejamento reprodutivo.

A Rede Cegonha era organizada em componentes, sendo:


I. Pré-Natal;
II. Parto e Nascimento;
III. Puerpério e Atenção Integral à Saúde da Criança;
IV. Sistema Logístico: Transporte Sanitário e Regulação.
Neste sentindo, com a necessidade de atualização e ampliação da Rede
Cegonha, foi instituída a Rede de Atenção Materna e Infantil (RAMI), por meio da
Portaria GM/MS nº 715/2022, reforçando o conceito de qualidade e humanização nos
atendimentos a gestante, puérpera e neonato, assegurando à mulher o direito ao
planejamento familiar, ao acolhimento e ao acesso ao cuidado seguro e, aos recém-
97
nascido e à criança o direito ao nascimento seguro, ao crescimento e ao
desenvolvimento saudável. Além, da atenção segura, de qualidade e humanizada,
outro aspecto importante e relevante sobre as diretrizes da RAMI e que estão
ligadas a área de dimensionamento da Rede Ebserh, é a importância da atenção
multiprofissional com formação e qualificação para a atenção materna e infantil. Os
objetivos da RAMI devem ser fortalecidos e qualificados por meio das diretrizes
critérios da RAS em conjunto com as diretrizes do Planejamento Regional
Integrado. São os objetivos da RAMI:
• Implementar modelo seguro à atenção materno infantil;
• Garantir a integralidade do cuidado no período gravídico-puerperal;
• Reduzir a morbimortalidade materna e infantil.

A Portaria GM/MS nº 3/2017 que dispõe sobre os critérios exigidos para a


habilitação dos serviços que compõe a RAMI, especificou os Serviços de Atenção a
Gestante de Alto Risco, sendo constituído por:
➢ Ambulatório Especializado de Gestação de Alto Risco (AGAR);
➢ Serviço de Referência à Gestação de Alto Risco;
➢ Casa da gestante, bebê e puérpera (CGBP);
➢ Referência hospitalar em atendimento a gestação de alto risco.

O que antes era tratado como Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) na


atenção infantil, passou a ser chamada de Atenção Ambulatorial Especializada ao
Seguimento do Recém-nascido e Criança Egressos de Unidade Neonatal (ANEO),
composto pelos serviços:
• UTIN Tipo II e III;
• UCINCo;
• UCINCa.
Fazendo menção ao dimensionamento dos serviços UTIN Tipo II e III, UCINCo e
UCINCa, os profissionais serão dimensionados conforme o Item 14 deste Manual
Com relação a Casa da gestante, bebê e puérpera (CGBP), será abordado em
tema específico para o tema.
Os serviços que prestam assistência obstétrica e neonatal devem estar em
98
conformidade com a RDC ANVISA Nº36/2008.

16.1 Ambulatório Especializado de Gestação de Alto Risco


É de responsabilidade das unidades de Atenção Ambulatorial Especializada a
realização da assistência especializada em gestação de alto risco e pelo
acompanhamento do recém-nascido e da criança que permaneceram na unidade
neonatal. Desta forma, as principais ações estratégicas na atenção ao pré-natal de
alto risco é o acompanhamento da gestante por especialistas em conjunto com a
equipe multiprofissional com garantia de no mínimo 12 (doze) consultas de pré-
natal e a referência ao hospital para a continuidade da atenção perinatal. E para a
atenção no acompanhamento do recém-nascido e criança de até 2 (dois) anos,
advindos da unidade neonatal, é garantir o acompanhamento terapêutico
objetivando a prevenção de danos ou a sua redução das quais foram as que
originaram as causas principais de internação na unidade neonatal e enfoque ao
aleitamento materno e ao aconselhamento em alimentação complementar. O
dimensionamento da equipe do Ambulatório Especializado de Gestação de Alto
Risco será realizado conforme descrito no Item 2. Ambulatório.

16.2 Serviço de Referência à Gestação de Alto Risco (GAR)


É o responsável pelos atendimentos relacionados a atenção à gestante de alto
risco, ao recém-nascido e puérpera, ambos de considerados de risco. A equipe
mínima deve estar disponível 24 (vinte e quatro) horas nos 7 (sete) dias da semana,
sendo composta por:
Tabela 55 – Equipe mínima do Serviço de Referência à Gestação de Alto Risco

CARGOS
MÉDICO – ANESTESIOLOGIA
MÉDICO – CLÍNICA MÉDICA
MÉDICO – GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
MÉDICO – PEDIATRIA OU NEONATOLOGIA
ENFERMEIRO
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
Fonte: Portaria MS/GM nº 3/2017. 99

Em relação a equipe multiprofissional deve estar disponível para o atendimento


e deve ser composta pelos cargos:
• Assistente social;
• Farmacêutico;
• Fisioterapeuta;
• Fonoaudiólogo;
• Nutricionista;
• Psicólogo.
O Responsável Técnico pelo serviço deve ser ocupado pelo profissional do
cargo Médico – Ginecologia e Obstetrícia. As especialidades médicas deverão estar
disponíveis para os atendimentos mediante as necessidades do quadro clínico da
gestante, puérpera e recém-nascido, sendo composta minimamente por:
• Cardiologia;
• Nefrologia;
• Neurologia;
• Endocrinologista.

16.3 Referência Hospitalar em Atendimento a Gestação de Alto Risco


A habilitação de Atenção Hospitalar de Referência à Gestação de Alto Risco é
classificada em:
➢ Referência hospitalar em atendimento secundário a gestação de alto risco;
➢ Referência hospitalar em atendimento terciário a gestação de alto risco.
A composição da equipe mínima nos serviços para a assistência a gestante, deve
ser composta por:
Tabela 56 – Equipe mínima para Referência Hospitalar em Atendimento Secundário e Terciário
a Gestação de Alto Risco

CARGOS
Médico – Ginecologia e Obstetrícia
Médico – Anestesiologia
Médico – Neonatologia
Médico – Clínica Médica
Enfermeiro 100
Nutricionista
Assistente Social.
Fonte: Portaria MS/GM nº 3/2017.

Mediante a apresentação em resumo dos serviços prestados a Gestação de Alto


Risco, deve-se considerar as seguintes informações gerais para o
dimensionamento, sendo:
• Tipo de habilitação;
• Número de leitos de obstetrícia clínica;
• Número de leitos de obstetrícia cirúrgica;
• Quantidade de berços de ALCON;
• Quantidade de partos anual
Os cargos dimensionados para a equipe de gestação de alto risco em leitos
assistenciais gerais foram utilizados os parâmetros do ObservaRH para quantificar
os cargos das especialidades médicas e equipe multiprofissional. Para dimensionar
a equipe de enfermagem foi utilizada a Resolução COFEN nº 543/2017, conforme
segue:
Tabela 57 – Dimensionamento da Equipe de Gestação de Alto Risco

CARGOS DIARISTAS PLANTONISTAS

MÉDICO - GINECOLOGIA E 01 para 06 leitos cirúrgicos 01 para 50 leitos cirúrgicos


OBSTETRÍCIA 01 para 10 leitos clínicos 01 para 20 leitos clínicos
MÉDICO - PEDIATRIA 01 para 20 berços ALCON 01 para 50 berços ALCON
SCP – Cuidados
ENFERMEIRO -
intermediários
SCP – Cuidados
TÉCNICO DE ENFERMAGEM -
intermediários
ASSISTENTE SOCIAL 01 para 30 leitos -
PSCÓLOGO 01 para 30 leitos -
FISIOTERAPEUTA 01 para 20 leitos -
FONOAUDIÓLOGO 01 para 12 leitos -
NUTRICIONISTA 01 para 15 leitos -
FARMACÊUTICO 01 para 30 leitos -
Fonte: Sedimp. 101
Os profissionais dos cargos o Médico – Neonatologia ou Médico – Medicina
Intensiva Pediátrica, serão dimensionados da UTIN e o Médico – Anestesiologia do
Centro Obstétrico.

17. CASA DA GESTANTE, BEBÊ E PUÉRPERA


Conforme a Portaria GM/MS nº 3/2017, a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera é
considerada uma residência provisória ao cuidado para gestantes, puérperas e
recém-nascido em situação de risco, sendo identificadas pela Atenção Básica ou
Especializada. O serviço deve estar vinculado e próximo de uma referência
hospitalar em Gestação de Alto de Risco tipo II ou Maternidade de Baixo Risco tipo
II e III.
Deve-se considerar a informação geral para o dimensionamento da Casa da
Gestante, Bebê e Puérpera:
➢ Número de acomodações.
O serviço para ser habilitado deve ter capacidade para o acolhimento das
usuárias garantindo hospedagem e alimentação com acompanhamento diário da
equipe de enfermagem. A capacidade das acomodações devem ser para:
• 10 vagas;
• 15 vagas;
• 20 vagas.
O dimensionamento foi realizado com embasamento na Portaria GM/MS nº
1.016/1993, devido a Portaria GM/MS nº 2.068/2016, ao qual quantificava os
profissionais, foi revogada. Segue a composição mínima da equipe:
Tabela 58 – Dimensionamento da Equipe da Casa da Gestante, Bebê e Puérpera

CARGOS QUANTIDADE
ENFERMEIRO 01 para 30 binômios
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 08 para 30 binômios
Fonte: Portaria GM/MS nº 1.016/1993.

O Responsável Técnico será Enfermeiro Obstetra podendo acumular o cargo de


Coordenador Técnico – Administrativo em conformidade com a Portaria. 102

18. CENTRO DE PARTO NORMAL

Centro de parto normal é a unidade de saúde destinada à assistência ao parto de


baixo risco pertencente a um estabelecimento hospitalar, localizada em suas dependências
internas ou imediações.
Os Centros de Parto Normal são classificados em:
✓ CPN intra-hospitalar tipo I;
✓ CPN intra-hospitalar tipo II e
✓ CPN peri-hospitalar.
Deve-se considerar as seguintes informações gerais para o dimensionamento do
CPN:
✓ Tipo de habilitação;
✓ Número de leitos de PPP (pré-parto, parto e puerpério).
Cada CPN deverá possuir a seguinte equipe mínima:
I – CPNi tipo I e tipo II com 3 (três) quartos PPP:
a) 1 (um) enfermeiro obstétrico ou obstetriz como coordenador do cuidado,
responsável técnico pelo CPN, sendo profissional horizontal com carga horária
semanal de 40 (quarenta) horas de trabalho 8 (oito) horas por dia.
b) 1 (um) enfermeiro obstétrico ou obstetriz com cobertura 24 (vinte e quatro) horas
por dia, 7 (sete) dias por semana

II – CPNi tipo I e tipo II com 5 (cinco) quartos PPP:


a) 1 (um) enfermeiro obstétrico ou obstetriz como coordenador do cuidado,
responsável técnico pelo CPN, sendo profissional horizontal com carga horária
semanal de 40 (quarenta) horas de trabalho 8 (oito) horas por dia.
b) 1 (um) enfermeiro obstétrico ou obstetriz com cobertura 24 (vinte e quatro) horas
por dia, 7 (sete) dias por semana

III – CPNp com 3 (três) quartos PPP:


a) 1 (um) enfermeiro obstétrico ou obstetriz como coordenador do cuidado,
responsável técnico pelo CPN, sendo profissional horizontal com carga horária
semanal de 40 (quarenta) horas de trabalho 8 (oito) horas por dia.
103
b) 1 (um) enfermeiro obstétrico ou obstetriz com cobertura 24 (vinte e quatro) horas
por dia, 7 (sete) dias por semana, nas seguintes quantidades mínimas:
1. 1(um), durante a presença do coordenador do cuidado de que trata a alínea “a”; e
2. 2 (dois), durante as escalas noturnas, de finais de semana e feriados, bem como nas
ausências prolongadas do coordenador do cuidado de que trata a alínea “a”;

IV – CPNp com 5 (cinco) quartos PPP:


a) 1 (um) enfermeiro obstétrico ou obstetriz como coordenador do cuidado,
responsável técnico pelo CPN, sendo profissional horizontal com carga horária
semanal de 40 (quarenta) horas de trabalho 8 (oito) horas por dia.
b) 2 (dois) enfermeiros obstétricos ou obstetrizes com cobertura 24 (vinte e quatro)
horas por dia, 7 (sete) dias por semana.
§ 1º Os profissionais enfermeiro, médico anestesiologista, médico obstetra, médico
pediatra e técnico de enfermagem deverão estar disponíveis nas vinte e quatro horas do
dia e nos sete dias da semana. (Origem: PRT MS/GM 1020/2013, Art. 13, § 3º)
19. CENTRO OBSTÉTRICO
O Centro Obstétrico é a unidade que realiza parto cesáreo e normal observando
um conjunto de elementos destinados a receber a parturiente e seu acompanhante,
de forma humanizada e que permita a evolução do parto o mais fisiológico possível,
ativo, participativo visando a segurança da paciente e do neonato.
De acordo com a RDC Anvisa nº 36/2008, a Unidade de Centro Obstétrico
inserida no HUF, deve dispor infraestrutura mínima, sendo:
➢ Quarto PPP: sendo 01 (hum) Posto de Enfermagem para 12 (doze) leitos;
➢ Área para recuperação anestésica: o número de macas deve ser o mesmo
quantitativo de salas de parto cirúrgico;
➢ Salas de parto norma;
➢ Internação Obstétrica: Quarto com alojamento conjunto;
➢ Posto de Enfermagem: para atendimento máximo de 30 leitos.

Em relação as áreas restritas, semi restritas e não restrita e a infraestrutura de


apoio seguirá conforme descrito no item 5. Centro Cirúrgico. Ainda, deve contar
104
com os seguintes serviços de apoio, conforme preconiza a RDC Anvisa nº 50/2002:
• Hemoterapia;
• Radioterapia;
• Quimioterapia;
• Diálise;
• Banco de Leite;
• Oxigenioterapia hiperbárica;
• Nutrição e Dietética;
• Farmácia.

As informações necessárias para realizar o dimensionamento da equipe, são:


➢ Número de partos cesáreos e normais mensais;
➢ Quantitativo de leitos de pré-parto por período: diurno/noturno e final de
semana;
➢ Quantitativo de salas de centro obstétrico em funcionamento por período:
diurno/noturno e final de semana;
➢ Quantitativo de salas de parto normal em funcionamento por período:
diurno/noturno e final de semana;
➢ Quantitativo de salas de recuperação pós-anestésica;
➢ Quantitativo de leitos de recuperação pós-anestésica;
➢ Quantitativo de leitos de atendimento ao neonato por período:
diurno/noturno e final de semana.
➢ Se os plantonistas Médico – Ginecologia e Obstetrícia, Médico –
Neonatologia e/ou Médico – Pediatria serão dimensionados para atender as
urgências/emergências por período: diurno/noturno e final de semana;
➢ Mapa Cirúrgico Obstétrico.

O dimensionamento de Médicos será conforme a Tabela 19 descrita no item 5.


Centro Cirúrgico, sendo pelo tipo de porte do parto. Em suma, o porte cirúrgico
para Parto Cesáreo é o Porte 1 ou 2 e o Parto Normal, sendo Porte 1. O
dimensionamento da equipe será em conformidade com os parâmetros da Portaria
GM/MS nº3/2017.
105
Tabela 59 – Dimensionamento da equipe mínima para o Centro Obstétrico

CARGO ÁREA QUANTIDADE


MÉDICO - GINECOLOGIA E
OBSTETRÍCIA (CIRURGIAS - Conforme mapa cirúrgico
ELETIVAS)
MÉDICO - GINECOLOGIA E
OBSTETRÍCIA - 02 por turno
(URGÊNCIA/EMERGÊNCIA)
02 para 03 salas de Parto
MÉDICO - ANESTESIOLOGIA -
Normal
MÉDICO - NEONATOLOGISTA 01 para até 300 partos
-
ou MÉDICO - PEDIATRA 02 para acima de 300 partos
PPP 01 para o serviço

SALAS OPERATÓRIAS - Diurno


01 para 03 salas
Segunda a Sexta
ENFERMEIRO - SAÚDE DA
MULHER - OBSTETRÍCIA SALAS OPERATÓRIAS -
01 para 10 salas
Noturno e Final de Semana
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-
ANESTÉSICA - Diurno, 01 para 10 leitos
Noturno e Final de Semana
PPP 02 para o serviço

01 circulante

SALAS OPERATÓRIAS 01 instrumentador cirúrgico

TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para cada sala de parto


normal
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-
01 para 02 leitos
ANESTÉSICA
CENTRO OBSTÉTRICO 01 para apoio

APOIO NEONATAL 01 por turno


Fonte: Portaria MS/GM nº 3/2017, Manual do Parâmetro Mínimos da Força de Trabalho para
dimensioanamento da Rede, 2018. SES/DF, Resolução COFEN n°543/2017 e Sedimp.

20. BANCO DE LEITE E LACTÁRIO

O Banco de Leite Humano (BLH), é considerado uma ação de política pública


eficaz sobre a promoção, proteção e ao apoio à prática da amamentação, sendo
uma estratégia fundamental para combater a desnutrição e a mortalidade infantil,
sendo, uma ação conjunta entre o Ministério da Saúde e a Fiocruz. O principal 106
objetivo do Banco de Leite é o de coletar e distribuir o leite humano (LH), aos
neonatos ou lactentes, nascidos decorrentes de transtornos relacionados com a
gestação de curta duração e/ou baixo peso, ou por problemas de alimentação
devidos aos agravos nutricionais, assim como reações alérgicas decorrente à
ingesta da proteína heteróloga. Conforme a Estratégia Global a Alimentação de
Lactentes e Crianças de Primeira Infância.
Conforme a RDC Anvisa nº 171/2006, o Banco de Leite Humano é um “serviço
especializado, responsável por ações de promoção, proteção e apoio ao
aleitamento materno e execução de atividades de coleta da produção lática da
nutriz, do seu processamento, controle de qualidade e distribuição”. O lactário,
conforme a RDC Anvisa nº 50/2002, é descrito como uma “unidade com área
restrita, destinada à limpeza, esterilização, preparo e guarda de mamadeiras,
basicamente, de fórmulas lácteas”.
Em relação ao Banco de Leite/Lactário, deve-se considerar as seguintes
informações para o dimensionamento:
• Número de atendimentos em banco de leite;
• Número de atendimentos de lactário;
• Número de leitos: berços de alojamento conjunto, pediatria, UTI neonatal e
pediátrica.
Os cargos dimensionados para Banco de Leite/ Lactário são:
Tabela 60 – Dimensionamento da equipe do Banco de Leite e Lactário

CARGO QUANTIDADE

NUTRICIONISTA 01 para a unidade


ENFERMEIRO 01 para 160/nutrizes
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 160/nutrizes
Fonte: RDC Anvisa nº 171/2006

21. NUTRIÇÃO CLÍNICA


A terapia nutricional é o conjunto de procedimentos terapêuticos que visam à
manutenção ou recuperação do estado nutricional por meio da nutrição enteral ou
parenteral, realizada em pacientes incapazes de satisfazer adequadamente suas 107
necessidades nutricionais e metabólicas.
Deve-se considerar as seguintes informações gerais para o
dimensionamento da Nutrição Clínica:
➢ Tipo de habilitação.
Os cargos dimensionados para nutrição clínica fazem parte de equipe
multiprofissional de terapia nutricional (EMTN): grupo formal e obrigatoriamente
constituído de pelo menos um profissional de cada categoria, a saber: médico,
nutricionista, enfermeiro e farmacêutico, podendo ainda incluir profissional de
outras categorias, habilitados e com treinamento específico para a prática da
terapia nutricional-TN.
21.1. Médico
Responsável técnico com título de especialista em nutrologia, medicina
intensiva, pediatria, clínica médica, cirurgia geral e do aparelho digestivo ou
gastroenterologia, com formação em terapia nutricional (enteral e parenteral e
enteral e parenteral pediátrica) com curso de 360 horas em terapia nutricional ou
prova do convênio AMB/sociedade brasileira de nutrição parenteral e enteral e/ou
sociedade brasileira de nutrologia para área de atuação em terapia nutricional. O
coordenador clínico deve preencher, pelo menos um dos critérios abaixo
relacionados:
✓ ser especialista em terapia nutricional, com título reconhecido.
✓ possuir mestrado, doutorado ou livre docência em área relacionada com a
terapia nutricional.
21.2. Enfermeiro
✓ pelo menos 01 enfermeiro habilitado e com treinamento específico para a
prática da terapia nutricional-TN.
21.3. Nutricionista
Como a portaria não quantifica o profissional nutricionista, utiliza-se a
Resolução CFN Nº 600, de 25 de fevereiro de 2018:
✓ 1 nutricionista para cada 30 leitos de média complexidade;
✓ 1 nutricionista para cada 15 leitos de alta complexidade;
21.4. Farmacêutico 108

✓ pelo menos 01 farmacêutico habilitado e com treinamento específico para a


prática da terapia nutricional-TN.

22. FARMÁCIA HOSPITALAR

A Farmácia hospitalar é definida de acordo com o Anexo 2, do Anexo XXVII, 3.1,


Portaria de Consolidação nº 2/2017, como a “unidade clínico-assistencial, técnica e
administrativa, onde se processam as atividades relacionadas à assistência
farmacêutica, dirigida exclusivamente por farmacêutico, compondo a estrutura
organizacional do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades
administrativas e de assistência ao paciente.”
A Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), foi instituída por meio da
Resolução CNS/MS nº 338/2004, com o intuito de garantir o acesso equitativo a
Assistência Farmacêutica e promover o uso racional de medicamentos, por
intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a dispensação e o consumo,
assim como a Política Nacional de Medicamento, garantindo a segurança, eficácia e
qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população,
considerados essenciais, instituída pela Portaria GM/MS nº 3.916/1998.
O número de farmacêuticos e de técnicos em farmácia dependerá das
atividades desenvolvidas, da complexidade do cuidado, do número de leitos, do
grau de informatização e mecanização da unidade. (PADRÕES MÍNIMOS PARA
FARMÁCIA HOSPITALAR E SERVIÇO DE SAÚDE. SÃO PAULO, 2017.) Conforme a Lei
nº 13.021/2014, art. 6º, refere que para o funcionamento das farmácias é necessário
obrigatoriamente a autorização e o licenciamento da autoridade competente tendo
a presença do profissional Farmacêutico durante todo o horário de funcionamento.
As informações necessárias para a realização do dimensionamento são as
seguintes:
• Número de pacientes ambulatoriais;
• Número de salas de cirurgia;
• Número de farmácias satélites;
• Número de pacientes em terapia nutricional parenteral/dia;
• Número de preparação de quimioterapia/dia; 109

• O número de turnos de 6 horas que as misturas intravenosas são


preparadas.
• Número de turnos de 12 horas/dia em que acontece a manipulação de
medicamentos não estéreis, fracionamento e unitarização;
• Número de turnos de 6 horas que a farmácia ambulatorial funciona;
• Farmácia ambulatorial: número de orientações farmacêuticas;
• Números de leitos de baixa e média complexidade;
• Número de leitos de alta complexidade;
• Áreas de atuação do farmacêutico na unidade hospitalar.

O Responsável Técnico pelo serviço da Farmácia Hospitalar será o profissional


do cargo de Farmacêutico, em conformidade com o item 4.4 Anexo 2, Anexo XXVII,
que trata sobre os recursos humanos. Devido a legislação não pontuar o
quantitativo dos profissionais que atuam na Farmácia Hospitalar, os parâmetros
utilizados para o dimensionamento dos cargos Farmacêutico e Técnico em
Farmácia, foram do referencial teórico Padrões Mínimos para Farmácia Hospitalar
e Serviço de Saúde, 2017.
Tabela 61 – Dimensionamento do Farmacêutico em Farmácia Clínica

ATIVIDADE QUANTIDADE
01 farmacêutico para cada turno/plantão diurno
ATIVIDADES BÁSICAS DE DISPENSAÇÃO
PARA PACIENTES INTERNADOS 01 farmacêutico para cada turno/plantão noturno
CENTRAL DE ABASTECIMENTO
FARMACÊUTICO E LOGÍSTICA DE 01 farmacêutico em horário administrativo
SUPRIMENTOS
ASSISTÊNCIA EM TERAPIA NUTRICIONAL
01 farmacêutico para cada 20 pacientes
PARENTERAL
01 farmacêutico para cada 50 preparações de
MANIPULAÇÃO DE ANTINEOPLÁSICOS
quimioterapia
MANIPULAÇÃO DE OUTRAS MISTURAS
01 farmacêutico por turno
INTRAVENOSAS
MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO
01 farmacêutico por turno durante as operações de
ESTÉREIS, FRACIONAMENTO E
manipulação
UNITARIZAÇÃO.
FARMÁCIA AMBULATORIAL
01 farmacêutico por turno de atendimento
(Gerenciamento e Controle De Estoque)
01 farmacêutico (dispensação orientada) para cada 110
ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA 100 pacientes/dia (média de 5 minutos para
orientação de cada paciente)
01 farmacêutico por consultório do Programa de
PROGRAMAS DE SEGUIMENTO
Atenção Farmacêutica (2 consultas/hora, primeira
FARMACÊUTICO
consulta com 1 hora de atendimento)
ASSISTÊNCIA DOMICILIAR 01 farmacêutico por turno de atendimento
ATIVIDADES CLÍNICAS (paciente internado
01 farmacêutico para cada unidade clínica com até 40
em unidades de baixa e média
leitos
complexidade)
ATIVIDADES CLÍNICAS (pacientes
01 farmacêutico por unidade clínica (máximo de 30
internados em unidades de alta
leitos)
complexidade)
FARMÁCIA EM CENTRO CIRÚRGICO 01 farmacêutico por turno
FARMACOVIGILÂNCIA 01 farmacêutico exclusivo

INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS 01 farmacêutico exclusivo

PESQUISA CLÍNICA (Ensaios Clínicos) 01 farmacêutico exclusivo


Fonte: Padrões Mínimos para Farmácia Hospitalar e Serviço de Saúde, São Paulo – 2017.
O Sedimp considera também 01 Farmacêutico para cada farmácia satélite por
turno. Para dimensionar o Técnico em Farmácia, segue conforme a tabela 62.
Tabela 62 – Dimensionamento do Técnico em Farmácia da Farmácia Clínica

ATIVIDADE QUANTIDADE
01 auxiliar de farmácia para cada turno/ plantão
ATIVIDADES BÁSICAS DE DISPENSAÇÃO diurno
PARA PACIENTES INTERNADOS 01 auxiliar administrativo para cada turno/ plantão
diurno
ASSISTÊNCIA EM TERAPIA NUTRICIONAL 01 auxiliar de farmácia para cada 20 preparações de
PARENTERAL NPT
01 auxiliar de farmácia para cada 100 preparações de
MANIPULAÇÃO DE ANTINEOPLÁSICOS
quimioterapia
MANIPULAÇÃO DE OUTRAS MISTURAS
01 auxiliar de farmácia por turno
INTRAVENOSAS
MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS NÃO
ESTÉREIS, FRACIONAMENTO E 01 auxiliar de farmácia de farmácia por turno
UNITARIZAÇÃO.
FARMÁCIA AMBULATORIAL
01 auxiliar de farmácia para cada 100 pacientes/dia
(Gerenciamento e Controle de Estoque)
PRODUÇÃO DE KITS PARA 01 auxiliar por turno de produção, sob supervisão do
PROCEDIMENTOS farmacêutico
01 auxiliar de Farmácia para cada 4 salas de cirurgia 111
FARMÁCIA EM CENTRO CIRÚRGICO
em funcionamento, por turno
Fonte: Padrões Mínimos para Farmácia Hospitalar e Serviço de Saúde, São Paulo – 2017.

O Sedimp considera também 01 Técnico em Farmácia para cada farmácia


satélite por turno.

23. REDE DE ATENÇÃO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA


O serviço de urgência e emergência é o primeiro atendimento destinado para os
casos de urgências médicas, acolhendo aos pacientes, utilizando-se de
metodologias para classificação de risco. Nos casos dos pacientes graves, são
realizados procedimentos de estabilização do quadro clínico, para possibilitar a
adequada transferência para os serviços de referência do Sistema Único de Saúde
por meio das Centrais de Regulação Médica de Urgências, garantindo assim a
continuidade da assistência.
Conforme o Conselho Federal de Medicina, na Resolução CFM nº1.451/1995, a
definição conceitual dos termos, temos:
• Urgência: é toda ocorrência imprevista com ou sem risco potencial de vida,
com necessidade de intervenção médica imediata;
• Emergência: é o risco iminente de vida ou sofrimento intenso, necessitando
de tratamento médico imediato.
As principais causas de mortalidade que impactam nos atendimentos de
urgência e emergência, estão relacionadas aos acidentes, envenenamentos e
violências. Esses agravos impactam na saúde pública, devido ocasionar nos
indivíduos incapacitação física, podendo ser de caráter temporário ou permanente
acarretando prejuízos econômicos, previdenciários e o aumento dos custos em
saúde devido aos tratamentos das complicações. Assim, em 1998, o Ministério da
Saúde, publicou a Portaria MS/GM nº 2.923/1998, ao qual reconheceu a carência dos
serviços, a necessidade de organizar e hierarquizar os serviços e qualificar os
recursos humanos, instituindo o Programa de Apoio à Implantação dos Sistemas
Estaduais de Referência Hospitalar para atendimento de Urgência e Emergência.
Com esse programa foi possível estruturar as regiões de saúde, mediante a
necessidade dos recursos, nas áreas de: 112

• Assistência Pré-Hospitalar;
• Centrais de Regulação;
• Hospitais de Referência do Sistema Estadual;
• Treinamento de Equipes.
Em 1999, considerando a importância do atendimento hospitalar na assistência
aos usuários do SUS, decorrentes de urgência e emergência, com a Portaria MS/GM
nº 479, foi possível criar mecanismos para subsidiar e fortalecer esse componente
da rede de atenção à saúde, estabelecendo critérios para a classificação nos
Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar em Atendimentos de Urgências e
Emergências, da seguinte maneira:
➢ Hospitais Tipo I – São especializados nas áreas de pediatria ou traumato-
ortopedia ou cardiologia, com suporte para atendimentos de
urgência/emergência em caráter clínico ou cirúrgico;
➢ Hospitais Tipo II – São considerados os hospitais gerais que contenham
unidades de urgência/emergência, para o atendimento geral de caráter
clínico e cirúrgico;
➢ Hospitais Tipo III – São hospitais gerais caracterizados por prestarem
atendimentos gerais de urgência/emergência de etiologia clínica, cirúrgica e
traumatológicas.
O Regulamento Técnico para atender a Norma Operacional de Assistência à
Saúde (NOAS) nº 01/2022, classificou as Unidades Hospitalares de Atendimento em
Urgência e Emergência, que serão tratadas mais adiante, tais como:
➢ Unidades Gerais;
➢ Unidades de Referência.
Todas as ações desenvolvidas colaboraram na elaboração da linha de base
descritiva dos serviços de saúde e dos perfis epidemiológicos como componente
fundamental no Sistema de Atenção Integral às Urgências, possibilitando a
identificação e o monitoramento de casos de urgências clínicas decorrentes de
causas externas, relacionadas aos atendimentos de: 113

➢ Traumatismos não intencionais, violências e suicídios;


➢ Urgências Cardiovasculares;
➢ Urgências Ginecológicas e Obstétricas;
➢ Urgências Pediátricas;
➢ Urgências Psiquiátricas;
➢ Urgências Metabólicas;
➢ Urgências Respiratórias.
O Conselho Federal de Medicina ratifica a normatização do funcionamento dos
Serviços Hospitalares de Urgência e Emergência, conforme a Resolução CFM nº
2.077/2014, dispondo também sobre o dimensionamento da equipe médica e os
processos de trabalhos e, define os leitos de retaguarda, como leitos de internação
destinados ao atendimento nos casos agudos ou agudizados e devem ser
dimensionados de acordo com as internações previstas.
Em relação ao quadro de pessoal, conforme a Portaria MS/GM nº 2.048/2002,
obrigatoriamente as Unidades Gerais e às de Referência nos atendimentos de
urgências e emergências, devem ter o Responsável Técnico do cargo de Médico
com qualquer especialidade e registrado pelo órgão de classe e, o Coordenador
será do cargo de Enfermeiro.

26.1 Unidades Gerais


As unidades gerais são subdividas em:
I. Unidades Hospitalares Gerais de Atendimentos às Urgências e Emergências
de Tipo I
São unidades instaladas em hospitais gerais de pequeno porte, configuradas
como primeiro nível de assistência hospitalar, com oferta de atendimentos de
média complexidade, com funcionamento de 24 horas/dia. A equipe mínima deve
ser composta por:
Tabela 63 – Composição equipe mínima das Unidades Hospitalares Gerais de Atendimentos às
Urgências e Emergências de Tipo I

CARGOS
Médico Clínico Geral
114
Médico Pediatra
Enfermeiro
Técnico de Enfermagem
Fonte: Portaria MS/GM nº 2.048/2002.

Podendo ser composta por equipe multiprofissional nos seguintes cargos:


• Assistente Social;
• Cirurgião Geral;
• Ginecologista;
• Odontólogo;
• Ortopedista.

II. Unidades Hospitalares Gerais de Atendimentos às Urgências e Emergências


de Tipo II
Estão instaladas em hospitais gerais de médio porte, sendo caracterizadas como
atenção de segundo nível de assistência hospitalar de média complexidade, com
horários de cobertura nas 24 horas/dia. Dentro da estrutura hospitalar, devem
contar com salas de centro cirúrgico e centro obstétrico e os leitos direcionados a
essas áreas. A composição da equipe mínima, devem ser das seguintes
especialidades:
Tabela 64 – Composição equipe mínima das Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às
Urgências e Emergência Tipo II

CARGOS
Médico Clínico Geral
Pediatra
Ginecologista-Obstetra
Cirurgião Geral
Traumato-Ortopedista
Anestesiologista
Enfermeiro
Técnico de Enfermagem
Assistente Social
Fonte: Portaria MS/GM nº 2.048/2002.

O quantitativo de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem deve ser


suficiente para o atendimento dos serviços nas 24 horas/dia, para as Unidades
115
Hospitalares Gerais de Atendimento às Urgências e Emergência tanto a Tipo I como
para Tipo II. O dimensionamento das Unidades Hospitalares Gerais tipo I e II, será
conforme Tabela 65.
Tabela 65 – Dimensionamento das Unidades Hospitalares Gerais de Atendimento às Urgências
e Emergências de Tipo I e II

SALA
CONSULTAS / LEITOS DE SALA DE
CARGO VERMELHA /
ACOLHIMENTO OBSERVAÇÃO MEDICAÇÃO
REANIMAÇÃO
máximo de 03
01 para 05
MÉDICOS (três) pacientes 01 para 08 leitos -
leitos/fração
por hora/médico
04 (quatro)
minutos por
classificação de
ENFERMEIRO risco, com limite 01 para 15 leitos 01 para sala* -
de até 15 (quinze)
classificações por
hora
01 para 20
TÉCNICOS leitos de
- 1 para 06 leitos 1 para 02 leitos
DE ENFERMAGEM retaguarda
(se houver)
TÉCNICOS
01 para serviço de apoio
DE ENFERMAGEM
Fonte: Resolução CFM nº 2.077/2014, Resolução COFEN nº 661/2021 e Lei nº 6.996/2021.
* A legislação estabelece 01 enfermeiro/sala vermelha, porém, não diz o quantitativo de leitos. Para
não haver subdimensionamento de enfermeiro, a sugestão é calcular como leitos de cuidados
intensivos sobre o quantitativo de técnicos de enfermagem.

Para o dimensionamento de Médicos será utilizado os parâmetros conforme a


Resolução CFM nº 2.077/2014, dos Enfermeiros será conforme parametrização da
Resolução COFEN nº 661/2021 e a Lei nº 6.996/2021, assim como para os Técnicos de
Enfermagem, e o dimensionamento da Equipe Multiprofissional será realizado
conforme os parâmetros descritos no item 2, do CAPÍTULO V, deste Manual.

26.2 Unidades de Referência


As Unidades de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências estão 116

instaladas nos hospitais gerais e/ou especializados com suporte adequado para os
atendimentos de média complexidade de nível 3 (três) à alta complexidade. Com
equipes de Serviço de Suporte, Acompanhamento Clínico e de Reabilitação.
Compreendem os cargos/serviços:
Tabela 66 – Composição de Cargos e Serviços das Unidades de Referência em Atendimento às
Urgências e Emergências Tipo I

CARGOS
Psicologia Clínica
Nutrição
Assistência Social
Fisioterapia
Terapia Ocupacional
Farmácia
Hemoterapia
Fonte: Portaria MS/GM nº 2.048/2002.
A seguir, veremos o detalhamento das Unidades de Referência, de acordo com
o seu tipo:
I. Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e
Emergências de Tipo I
Realizam atendimentos de urgência e/ou emergência de natureza clínica e
cirúrgico, voltados para as áreas de pediatria, traumato-ortopedia e/ou cardiologia,
e estão instaladas em hospitais especializados.
Os profissionais que executam esses atendimentos fazem parte da Equipe
Multiprofissional, não sendo necessário dimensionar exclusivamente para a
unidade.
Os cargos de Enfermeiro e Técnico de Enfermagem serão dimensionados
conforme a seguir:
Enfermeiro: 1 enfermeiro para cada 15 leitos de observação + 1 enfermeiro para
cada sala de acolhimento em funcionamento (classificação de risco e priorização da
assistência em serviços de urgência é privativa do enfermeiro) + 1 enfermeiro para a
sala vermelha. 117

Técnico em enfermagem: 1 técnico para cada 6 leitos de observação + 1 técnico


para cada 2 leitos da sala vermelha + 1 técnico na sala de medicação para cada 20
leitos de retaguarda (quando houver) + 1 técnico para apoio em cada turno.
Os profissionais do cargo de Médico que devem compor a equipe nas
modalidades presencial e alcançável no hospital, são conforme os atendimentos
prestados na área de Cardiologia ou Pediatria e/ou Traumato- Ortopedia, nas
Unidade de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências - Tipo I, sendo
as especificações:

a) CARDIOLOGIA – A composição mínima dos Médicos nas seguintes


especialidades deve compor o quadro de pessoal nas modalidades
presencial e alcançável (sobreaviso), são:
Tabela 67 – Composição dos cargos de Médicos nas Unidades de Referência em Atendimento
às Urgências e Emergências Tipo I – Cardiologia

PRESENCIAL CARGOS EBSERH ACANÇÁVEL CARGOS EBSERH


• Médico – Anestesiologia
• Médico – Radiologia
Intervencionista e
• Anestesiologist
Angiorradiologia
a
• Médico – Cardiologia
• Angiografista
• Médico – Cirurgia
• Cardiologista
Cardiovascular • Médico –
• Cirurgião • Hematolog
• Médico – Ecocardiografia Hematologia e
Cardiovascular ista
• Médico – Hemodinâmica Hemoterapia
• Ecocardiografista
e Cardiologia
• Hemodinamicista
Intervencionista
• Imagenologista
• Médico – Radiologia e
• Intensivista
Diagnóstico Por Imagem
• Médico – Medicina
Intensivista
Fonte: Portaria MS/GM nº 2.048/2002 e Descrição Sumária das Atribuições dos Cargos dos
Hospitais Universitários Federais, 2014.

b) PEDIATRIA
Para os atendimentos efetuados pelos profissionais do cargo de Médico, 118

presencial e/ou alcançável, são:


Tabela 68 – Composição dos cargos de Médicos nas Unidades de Referência em Atendimento
às Urgências e Emergências Tipo I – Pediatria

PEDIATRIA CARGOS EBSERH ALCANÇÁVEL CARGOS EBSERH


• Médico – Endoscopia
• Médico – Respiratória
Anestesiologia • Médico – Endoscopia
• Médico – • Médico –
• Broncoscopista
• Anestesiologista Cirurgia Hematologia e
• Endoscopista
• Cirurgião Pediátrico Pediátrica Hemoterapia
• Hematologista
• Intensivista • Médico – • Médico –
• Imagenologista
• Pediatria Medicina Radiologia e
• Neuropediatra
Intensivista Diagnóstico Por
• Médico - Imagem
Pediatria • Médico – Neurologia
Pediátrica
Fonte: Portaria MS/GM nº 2.048/2002 e Descrição Sumária das Atribuições dos Cargos dos
Hospitais Universitários Federais, 2014.
c) TRAUMATO – ORTOPEDIA
Os profissionais do cargo Médico que comporão a equipe nas modalidades
presencial e alcançável nos atendimentos relacionados a Traumatologia e
Ortopedia, são:
Tabela 69 – Composição dos cargos de Médico nas Unidades de Referência de Atendimento às
Urgências e Emergências Tipo I – Traumato – Ortopedia

PRESENCIAL CARGOS EBSERH ALCANÇÁVEL CARGOS EBSERH


• Médico – Cirurgia – Crânio
• Médico – • Cirurgião – Maxilo – Facial
• Traumato – Ortopedia e Bucomaxilofacial • Médico – Cirurgia Geral
Ortopedista Traumatologia • Cirurgião Geral • Médico – Cirurgia Vascular
• Clínico Geral • Médico – • Cirurgião Vascular • Médico – Hematologia e
• Anestesiologi Clínica Médica • Hematologista Hemoterapia
sta • Médico – • Imagenologista • Médico – Radiologia e
Anestesiologia • Neurocirurgião Diagnóstico Por Imagem
• Médico - Neurocirurgia
Fonte: Portaria MS/GM nº 2.048/2002 e Descrição Sumária das Atribuições dos Cargos dos
Hospitais Universitários Federais, 2014.

II. Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e


Emergências de Tipo II 119

Oferecem atendimentos de urgência e emergência de natureza clínica e/ou


cirúrgica, instaladas em hospitais gerais e a composição da equipe médica
presencial e alcançável é:
Tabela 70 – Composição dos cargos de Médico nas Unidades de Referência de Atendimento às
Urgências e Emergências Tipo II

PRESENCIAL CARGOS EBSERH ALCANÇÁVEL CARGOS EBSERH


• Angiografista • Médico – Radiologia
• Broncoscopista Intervencionista e
• Médico – • Cardiologista Angiorradiologia
• Anestesiologista Anestesiologia • Cirurgião • Médico – Endoscopia
• Cirurgião Geral • Médico – Cirurgia Pediátrico Respiratória
• Ginecologista- Geral • Endoscopista • Médico – Cardiologia
Obstetra • Médico – • Hematologista • Médico – Cirurgia
• Intensivista Ginecologia e • Hemodinamici Pediátrica
• Médico Clínico Geral Obstetrícia sta • Médico – Endoscopia
• Pediatra • Médico – Medicina • Neurocirurgião • Médico –
• Traumatologista Intensivista • Neurologista Hematologia e
e Ortopedista • Médico – Clínica • Odontólogo Hemoterapia
Médica • Oftalmologista • Médico –
• Médico – Pediatria • Otorrinolaringol Hemodinâmica e
o-gista Cardiologia
• Médico – • Psiquiatra • Médico –
Ortopedista e Neurocirurgia
Traumatologia • Médico – Neurologia
• Cirurgião – Dentista –
Ortodontia
• Médico – Oftalmologia
• Médico –
Otorrinolaringologia
• Médico - Psiquiatria
Fonte: Portaria MS/GM nº 2.048/2002 e Descrição Sumária das Atribuições dos Cargos dos
Hospitais Universitários Federais, 2014.

III. Unidades Hospitalares de Referência em Atendimento às Urgências e


Emergências de Tipo III
Possuem como característica os atendimentos de urgências e emergências de
natureza clínica, cirúrgica e traumatológica e ficam em estruturas de hospitais
gerais. Os profissionais do cargo de Médico, devem compor a equipe mínima nas
modalidades de atendimentos presencial e alcançável das seguintes áreas de
atuação:
Tabela 71 – Composição dos Cargos de Médico das Unidades Hospitalares de Referência em
Atendimento às Urgências e Emergências de Tipo III 120

PRESENCIAL CARGOS EBSERH ALCANÇÁVEL CARGOS EBSERH


• Médico – • Médico –
Anestesiologia Radiologia
• Médico – Intervencionista e
• Anestesiologista Cardiologia • Angiografista Angiorradiologia
• Cardiologista • Médico – Cirurgia • Broncoscopista • Médico –
• Cirurgião Geral • Bucomaxilofacial Endoscopia
Geral • Médico – Cirurgia • Cirurgião Plástico Respiratória
• Cirurgião Pediátrico Pediátrica • Cirurgião • Médico – Cirurgia –
• Ginecologista • Médico – Vascular Crânio – Maxilo –
-Obstetra Ginecologia e • Cirurgião Facial
• Intensivista Obstetrícia Torácico • Médico – Cirurgia
• • Plástica
Médico • Médico – Medicina Endoscopista
Clínico Geral Digestivo • Médico – Cirurgia
Intensiva
• Neurologista • Hemodinamicista Vascular
• Médico – Clínica • Médico – Cirurgia
• Odontólogo Médica • Neurocirurgião
• Torácica
• Pediatra • Médico – Oftalmologista
• Médico –
• Radiologista Neurologia • Otorrinolaringolo
Endoscopia
• Traumatologi • Cirurgião – Dentista -gista
Digestiva
sta e – Ortodontia • Psiquiatra
• Médico –
Ortopedista • Médico – Pediatria • Toxicologista
Hemodinâmica e
• Médico – Radiologia
Cardiologia
e Diagnóstico Por
Intervencionista
Imagem
• Médico – • Médico –
Ortopedia e Neurocirurgia
Traumatologia • Médico –
Oftalmologia
• Médico –
Otorrinolaringologi
a
• Médico –
Psiquiatria
• Médico – Medicina
Intensiva

Fonte: Portaria MS/GM nº 2.048/2002 e Descrição Sumária das Atribuições dos Cargos dos
Hospitais Universitários Federais, 2014.

Para o dimensionamento da equipe nas Unidades de Referência em


Atendimento às Urgências e Emergências Tipo II e III, será conforme especificado
na Unidade de Referência em Atendimento às Urgências e Emergências Tipo I.
Os Cargos Ebserh descritos nas tabelas anteriores, são os cargos efetivos da
Rede Ebserh, compatibilizados com os especificados na legislação.

24. CENTRO DE ATENDIMENTO DE URGÊNCIA AOS PACIENTES COM 121

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL


No Brasil, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) está entre as principais causas
básicas de óbito, sendo um dos agravos de saúde relacionados as doenças
cerebrovasculares que mais acometem a população em nível mundial. O AVC é
classificado em:
• Isquêmico – Decorrente do entupimento de vasos cerebrais devido a
formação de coágulos sanguíneos caracterizado como trombose;
• Hemorrágico – Caracterizado pelo rompimento de vasos sanguíneos
causando sangramento intracerebral.
Em 2012, por meio da Portaria MS/GM nº 664/2012, foi aprovado o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Trombólise no Acidente Vascular Cerebral Isquêmico
Agudo, contendo informações relativas aos critérios de diagnóstico, tratamento e
acompanhamento, observando os critérios de inclusão e exclusão para início do
protocolo assistencial. Na intervenção imediata após o diagnóstico, a terapia de
trombólise, que consiste na infusão intravenosa de trombolíticos é iniciada, e para
esse procedimento a equipe deve estar altamente capacitada e a infraestrutura
adequada, estando de acordo com a portaria mencionada, tendo:
➢ Atendimento 24 horas/dia;
➢ Capacidade para monitoramento hemodinâmico contínuo;
➢ Unidade de Terapia Intensiva;
➢ Laboratório de Patologia Clínica;
➢ Disponibilidade de Serviços de Neurocirurgia;
➢ Serviço de Hemoterapia ou Agência Transfusional.
Em função de realizar o controle e a avaliação da assistência aos casos de AVC,
para se aprimorar os mecanismos de regulação, se fez a necessidade da
organização da rede de atenção à saúde, condicionada a critérios para habilitar os
hospitais como Centros de Atendimento de Urgência aos pacientes com Acidente
Vascular Cerebral, podendo ser do Tipo I, II ou III, ao qual foi definido pela Portaria
MS/GM nº 665/2012. Assim, passou-se a ser integrante do componente da Rede de
Atenção às Urgências e Emergências e da Linha de Cuidados em AVC, objetivando 122

o cuidado integrado e continuado aos usuários acometidos pelo AVC.


As informações necessárias ao dimensionamento de pessoal para o Centro de
Atendimento de Urgência aos Pacientes com Acidente Vascular Cerebral, são:
• Tipo de habilitação;
• A unidade está inserida em outra unidade de urgência/emergência ou UTI;
• Número de leitos de observação.
Os parâmetros utilizados para os Centros de Atendimento de Urgência, seguem
conforme a Portaria MS/GM nº 665/2012, republicadas pela Portaria de Consolidação
nº 03/2017, Título VIII, Capítulo I.
O responsável técnico deve ser do cargo de Médico com título de especialista
em neurologia ou residência médica em Neurologia. Os Centros de Atendimento de
Urgência, deve disponibilizar os seguintes serviços conforme a classificação, sendo:
I. Centro de Atendimento de Urgência tipo I
Os atendimentos possuem funcionamento nas 24 horas/dia, inclusive aos finais
de semana e feriados. O atendimento neurológico deve ser realizado em até 30
minutos contados da admissão e, a monitorização dos casos atendidos por AVC
agudo, é realizado por médico e equipe de enfermagem nas 24 horas/dia
ininterruptas. Os atendimentos podem ser realizados na Unidade de Urgência ou
Unidade de Terapia Intensiva. Devem ofertar os seguintes serviços:
➢ Exame de Tomografia Computadorizada de Crânio;
➢ Unidade de Terapia Intensiva;
➢ Laboratório Clínico;
➢ Tratamento hemoterápico.
Os serviços médicos em neurocirurgia devem estar disponíveis no período de 24
horas/dia, sendo, nas modalidades de plantão presencial, em sobreaviso ou suporte
neurológico especializado por telemedicina. O dimensionamento da equipe, segue
conforme Tabela 72.
Tabela 72 – Dimensionamento da equipe do Centro de Urgência tipo I

SERVIÇO DE URGÊNCIA UTI


CARGO LEITOS DE LEITOS DE
OBSERVAÇÃO OBSERVAÇÃO
123
MÉDICO - NEUROLOGIA 01 para 08 leitos 01 para 10 leitos
ENFERMEIRO 01 para 15 leitos 01 para 10 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 06 leitos 01 para 02 leitos
Fonte: Portaria MS/GM nº 665/2012 e Anexo da Portaria MS/GM nº 895/2017.

Conforme demonstrado na Tabela 72, o dimensionamento foi subdivido de


acordo com o tipo de serviço, se os atendimentos forem na urgência, os parâmetros
seguirão conforme o dimensionamento disposto, se forem realizados na UTI a
equipe será dimensionada conforme parâmetros da UTI tipo II.

II. Centro de Atendimento de Urgência tipo II


O Centro de Atendimento de Urgência tipo II é composta pela Unidade de
Cuidado Agudo ao AVC (U-AVC Agudo), que consiste na prestação da assistência
para o manejo clínico nos quadros agudos de Acidente Vascular Cerebral,
juntamente com a terapia da trombólise, dentro das 72 (setenta e duas) horas de
internação do paciente, incluindo a Linha de Cuidado do Acidente Isquêmico
Transitório (AIT). A estrutura deve conter no mínimo 5 (cinco) leitos e o tratamento
na fase aguda deve ser coordenado por neurologista. A equipe multiprofissional é
composta pelos profissionais, conforme a Tabela 73.
Tabela 73 – Dimensionamento da equipe em Centro de Atendimento de Urgência tipo II

CARGO QUANTIDADE

MÉDICOS 01 para 05 leitos


MÉDICO - NEUROLOGIA Plantonista/Diarista
ENFERMEIRO* 01 para 15 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 04 leitos
FISIOTERAPEUTA Equipe Multidisciplinar
FONOAUDIÓLOGO Equipe Multidisciplinar
Fonte: Portaria MS/GM nº 665/2012.
LEI DF Nº 6996 DE 09/12/2021*

A oferta dos serviços consiste em:


• Exames de Imagem, gráficos e laboratoriais;
• Suporte de Neurologista nas 24 horas/dia, todos os dias e aos
feriados. 124

O suporte oferecido pelos neurologistas, será dimensionado conforme o


quantitativo do total de cargo de Médicos da unidade, conforme a organização e
disponibilidade de cada HUF.
III. Centro de Atendimento de Urgência tipo III
É composto pela Unidade de Cuidado Integral ao AVC (U-AVC Integral), sendo
definida pelo quantitativo mínimo de 10 (dez) leitos, incluindo a Unidade de Cuidado
Agudo ao AVC, podendo ambas serem compartilhadas no mesmo espaço físico. O
tratamento consiste desde a fase aguda até 15 (quinze) dias de internação
subsidiada pela propedêutica médica e o acompanhamento, objetivando a
reabilitação precoce.

Tabela 74 – Dimensionamento da equipe do Centro de Atendimento de Urgência tipo III

CARGO QUANTIDADE
MÉDICOS 01 para 05 leitos
MÉDICOS - NEUROLOGIA Plantonista/Diarista
ENFERMEIRO* 01 para 15 leitos
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 01 para 04 leitos
FISIOTERAPEUTA 01 para 10 leitos
FONOAUDIÓLOGO 01 para 10 leitos
TERAPEUTA OCUPACIONAL 01 para 10 leitos
ASSISTENTE SOCIAL 01 para 10 leitos
PSICÓLOGO Equipe Multidisciplinar
NUTRICIONISTA Equipe Multidisciplinar
FARMACÊEUTICO Equipe Multidisciplinar
Fonte: Portaria MS/GM nº 665/2012.
LEI DF Nº 6996 de 09/12/2021*

25. REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL


Por meio da Portaria GM/MS nº 3.088/2011, foi instituída a Rede de Atenção
Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
Conforme a Portaria GM/MS nº 3088/2011, a finalidade da Rede de Atenção
Psicossocial (RAPS) é a “criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à
125
saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Em relação à RAPS, deve-se considerar as seguintes informações para o
dimensionamento:
✓ Tipo de serviço habilitado (Equipe Multiprofissional de Atenção
Especializada em Saúde Mental / Unidades Ambulatoriais Especializadas,
Unidade de acolhimento adulto e infantojuvenil, Serviços de Atenção em
Regime Residencial, Leitos de Saúde Mental em Hospital Geral, Serviço
Hospitalar de Referência para atenção às pessoas com sofrimento ou
transtorno mental / Serviço Hospitalar de Referência para atenção às
pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas no Hospital Geral , Hospital dia, Serviços Residenciais Terapêuticos
tipo I e II);
✓ Total de leitos de saúde mental.
Os cargos dimensionados para os leitos de Saúde Mental são:
25.1. Médico
a) Equipe Mínima:
✓ I - Para o cuidado em enfermaria de 8 a 10 leitos, a equipe técnica
multiprofissional mínima será de: (Redação dada pela PRT GM/MS nº 3588
de 21.12.2017)
• 1 (um) médico psiquiatra responsável pelos leitos, com carga horária
mínima de 10h por semana.
✓ II - Para o cuidado em enfermaria de 11 a 20 leitos, a equipe técnica
multiprofissional mínima será de:
• 1 (um) médico psiquiatra responsável pelos leitos, contabilizando carga-
horária mínima total de serviços de 20h por semana.
✓ III - Para o cuidado de 21 a 30 leitos, a equipe técnica multiprofissional mínima
será de:
• 1 (um) médico clínico responsável pelas interconsultas; e
• 1 ou 2 (um ou dois) médico(s) psiquiatra(s) responsável(is) pelos leitos, 126

contabilizando carga-horária total de serviços de 30h por semana.

25.2. Enfermeiro e Técnico em Enfermagem


a) Equipe Mínima:
✓ I - Para o cuidado em enfermaria de 8 a 10 leitos, a equipe técnica
multiprofissional mínima será de: (Redação dada pela PRT GM/MS nº 3588
de 21.12.2017)
• 2 (dois) técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno; (Redação dada
pela PRT GM/MS nº 3588 de 21.12.2017);
• 2 (dois) profissionais de saúde mental de nível superior, totalizando
carga-horária mínima de 40h por semana. (Redação dada pela PRT
GM/MS nº 3588 de 21.12.2017).
✓ II - Para o cuidado em enfermaria de 11 a 20 leitos, a equipe técnica
multiprofissional mínima será de:
• 4 (quatro) técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno diurno e 3
(três) técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno noturno;
(Redação dada pela PRT GM/MS nº 3588 de 21.12.2017);
• 1 (um) enfermeiro por turno; (Redação dada pela PRT GM/MS nº 3588 de
21.12.2017).
✓ III - para o cuidado de 21 a 30 leitos, a equipe técnica multiprofissional mínima
será de:
• 5 (cinco) técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno diurno e 4
(quatro) técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno noturno;
(Redação dada pela PRT GM/MS nº 3588 de 21.12.2017);
• 1 (um) enfermeiro por turno. (Redação dada pela PRT GM/MS nº 3588 de
21.12.2017).

25.3. Demais profissionais assistenciais de nível superior


• Equipe Mínima:
✓ I - Para o cuidado em enfermaria de 8 a 10 leitos, a equipe técnica 127

multiprofissional mínima será de: (Redação dada pela PRT GM/MS nº 3588
de 21.12.2017)
• 2 (dois) profissionais de saúde mental de nível superior, totalizando
carga-horária mínima de 40h por semana; (Redação dada pela PRT
GM/MS nº 3588 de 21.12.2017).
✓ II - Para o cuidado em enfermaria de 11 a 20 leitos, a equipe técnica
multiprofissional mínima será de:
• 2 (dois) profissionais de saúde mental de nível superior, totalizando
carga-horária mínima de 60h por semana; e (Redação dada pela PRT
GM/MS nº 3588 de 21.12.2017).
✓ III - Para o cuidado de 21 a 30 leitos, a equipe técnica multiprofissional mínima
será de:
• 2 (dois) profissionais de saúde mental de nível superior, totalizando
carga-horária de 90h por semana; (Redação dada pela PRT GM/MS nº
3588 de 21.12.2017).
26. CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS
Na saúde pública com a reformulação assistencial em Saúde Mental,
fomentando a criação de novas estratégias no enfrentamento do sofrimento das
pessoas acometidas pelos transtornos mentais, um importante passo da reforma
psiquiátrica no Brasil, com a Lei nº 10.216/2001, redirecionando o modelo assistencial
em saúde mental. Em 2002, com a Portaria GM/MS nº 336/2002, foi estabelecido o
funcionamento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), independente da
estrutura hospitalar, podendo estar dentro dos limites da área física da unidade
hospitalar geral ou integrada ao conjunto arquitetônico dos HUFs, tendo acesso
privativo e equipe profissional própria.
Os CAPS funcionam em caráter ambulatorial e são definidos por ordem de porte
ou complexidade e pela abrangência populacional, pelas seguintes modalidades, as
quais serão tratadas posteriormente:
• CAPS I;
• CAPS II;
128
• CAPS III;
• CAPS INFANTIL (i);
• CAPS ad.

29.1 CAPS I
Atende todas as faixas etárias e sua capacidade operacional de atendimentos
está entre 20.000 (vinte mil) a 70.000 (setenta mil) habitantes, com funcionamento
semanal de segunda à sexta feira, das 08 às 18 horas, sendo em 2 (dois) turnos,
totalizando em 8 horas diárias e 40 (quarenta) horas semanais.
Os recursos humanos devem ser compostos por equipe multiprofissional, com
atendimento de 20 pacientes/turno, em relação aos atendimentos de pacientes
com plano terapêutico de tratamento intensivo, a equipe atenderá no máximo 30
pacientes/dia.
Tabela 75 – Dimensionamento equipe CAPS I

REGIME DE TRATAMENTO
CARGO NÃO INTENSIVO E SEMI-
INTENSIVO
INTENSIVO
1 para 30
MÉDICO – PSIQUIATRIA/PSICOTERAPIA 1 para 20 pacientes/turno
pacientes/dia
1 para 30
ENFERMEIRO 1 para 20 pacientes/turno
pacientes/dia
3 para 30
PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR 3 para 20 pacientes/turno
pacientes/dia
4 para 30
PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO 4 para 20 pacientes/turno
pacientes/dia
Fonte: Portaria MS/GM nº 336/2002.

São considerados os cargos de PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR para o CAPS


I:
• Assistente Social;
• Pedagogo;
• Psicólogo;
• Terapeuta Ocupacional; 129
• Outro profissional que seja necessário para compor o projeto terapêutico.

Os cargos de PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO, são considerados:


• Artesão;
• Técnico Administrativo;
• Técnico de Enfermagem;
• Técnico Educacional.

29.2 CAPS II
O horário de funcionamento das 08 às 18 horas podendo ser estendido até as 21
horas, com capacidade operacional de 70.000 (setenta mil) à 200.000 (duzentos
mil) habitantes.
Tabela 76 – Dimensionamento da equipe CAPS II

REGIME DE TRATAMENTO
CARGO NÃO INTENSIVO E
INTENSIVO
SEMI- INTENSIVO
1 para 30 1 para 45
MÉDICO - PSIQUIATRIA
pacientes/turno pacientes/dia
1 para 30 1 para 45
ENFERMEIRO - SAÚDE MENTAL
pacientes/turno pacientes/dia
4 para 30 4 para 45
PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR
pacientes/turno pacientes/dia
6 para 30 6 para 45
PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO
pacientes/turno pacientes/dia
Fonte: Portaria MS/GM nº 336/2002.

Os PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO e os PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR


seguem conforme o dimensionamento do CAPS I, acrescido do cargo de Enfermeiro
qualquer especialidade.

29.3 CAPS III


Possui capacidade de atendimentos para população acima de 200.000 130
(duzentos mil) habitantes e deve estar referenciado a um Serviço de Atendimento
de Urgência/Emergência. O funcionamento será o de 24 (vinte e quatro) horas
ininterruptas, incluindo feriados e finais de semana, com acolhimento noturno de
no máximo 5 (cinco) leitos, em casos de pacientes que necessitarem de observação.
Tabela 77 – Dimensionamento da equipe CAPS III – plantão diurno semanal

REGIME DE TRATAMENTO
CARGO NÃO INTENSIVO E
INTENSIVO
SEMI- INTENSIVO
2 para 40 2 para 60
MÉDICO - PSIQUIATRIA
pacientes/turno pacientes/dia
1 para 40 1 para 60
ENFERMEIRO - SAÚDE MENTAL
pacientes/turno pacientes/dia
5 para 40 5 para 60
PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR
pacientes/turno pacientes/dia
8 para 40 8 para 60
PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO
pacientes/turno pacientes/dia
Fonte: Portaria MS/GM nº 336/2002.
Os PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO e os PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR
seguem conforme o dimensionamento do CAPS I, acrescido do cargo de Enfermeiro
qualquer especialidade.
Para o acolhimento noturno, a equipe deve fazer plantão de 12 horas, sendo
composta conforme segue:
Tabela 78 – Dimensionamento de equipe CAPS III – plantão noturno semanal (12 horas)

CARGO QUANTIDADE
ENFERMEIRO 1
TÉCNICOS DE ENFERMAGEM 3
PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO 1 para serviço de apoio
Fonte: Portaria MS/GM nº336/2002.

A equipe para realizar o plantão de 12 horas diurnas aos finais de semana e


feriados, será composta por:
Tabela 79 – Dimensionamento da equipe CAPS III – plantão diurno aos fins de semana e
feriados

CARGO QUANTIDADE
PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR 1
TÉCNICOS DE ENFERMAGEM 3 131
PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO 1 para serviço de apoio
Fonte: Portaria MS/GM nº336/2002.

Dentre os cargos de PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR, podem ser das


categorias: médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional,
ou outro profissional de nível superior que integre o projeto terapêutico.

29.4 CAPS i II
É o serviço com atendimento ambulatorial destinado a atenção de crianças e
adolescentes com transtornos mentais, com horários de funcionamento das 08:00
às 18:00 horas, podendo se estender até as 21:00 horas, de segunda a sexta-feira.
As atividades devem estar focadas na integração da criança e do adolescente nas
mais diversas dimensões da vida incentivando a inserção social e no
desenvolvimento de ações envolvendo a assistência social, a educação e a justiça.
A composição da equipe mínima do CAPS i II, será com atendimentos em no
máximo de 25 pacientes/dia, segue a Tabela 80:
Tabela 80 – Dimensionamento equipe CAPS i II

CARGO QUANTITADE

MÉDICO - PSIQUIATRIA 1 para 15 pacientes/turno

ENFERMEIRO 1 para 15 pacientes/turno

PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR 4 para 15 pacientes/turno

PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO 5 para 15 pacientes/turno

Fonte: Portaria MS/GM nº 336/2002.

Os PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR, poderão ser dos cargos:


• Assistente Social;
• Enfermeiro;
• Fonoaudiólogo;
• Pedagogo;
• Psicólogo; 132

• Terapeuta Ocupacional;
• Outro profissional que seja necessário para compor o projeto terapêutico.

Os PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO terá a mesma composição dos cargos do


CAPS I.

29.5 CAPS ad II
É o atendimento especificado para os pacientes com transtornos decorrentes
do uso e dependência de substâncias psicoativas, com funcionamento das 08:00 às
18:00 horas em 02 (dois) turnos diários, podendo ser estendido até as 21:00 horas,
de segunda à sexta-feira. Deve constar em sua estrutura de atendimento de 02
(dois) a 04 (quatro) leitos para desintoxicação e repouso dos pacientes, caso
houver necessidade.
Os atendimentos efetuados pelo CAPS ad II, devem ser de no máximo 45 (vinte
e cinco) pacientes/dia, sendo a composição da equipe mínima:
Tabela 81 – Dimensionamento equipe CAPS ad II

CARGO QUANTITADE

MÉDICO - PSIQUIATRIA 1 para 25 pacientes/turno

ENFERMEIRO - SAÚDE MENTAL 1 para 15 pacientes/turno

MÉDICO - CLÍNICA MÉDICA 1 para 15 pacientes/turno

PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR 4 para 15 pacientes/turno

PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO 6 para 15 pacientes/turno


Fonte: Portaria MS/GM nº 336/2002.

O MÉDICO – CLÍNICA MÉDICA, será o responsável pela triagem, avaliação e


acompanhamento das intercorrências clínicas. Os PROFISSIONAIS DE NÍVEL
SUPERIOR, poderão ser dos respectivos cargos:
• Assistente Social
• Enfermeiro
• Pedagogo
133
• Psicólogo
• Terapeuta Ocupacional
• Outro profissional que seja necessário para compor o projeto terapêutico.

29.6 CAPS ad III


Os pacientes atendimentos no CAPS ad III, são destinados aos usuários
dependentes químicos relacionados ao consumo de álcool, crack e outras drogas,
sendo referência de cuidado e proteção em situações de recaídas ou abstinências.
Sendo divididos em:
• CAPS ad III Novo: é implantado conforme a proporção populacional de uma
determinada região;
• CAPS ad III Qualificado: decorre na transformação de um CAPS tradicional,
advindos de todos os CAPS tipo II que estejam localizados nas capitais e, nos
casos dos municípios que não possuem na rede acolhimentos que atendam
em um período de 24 (vinte e quatro) horas/dia, pelo menos 01 (um) CAPS II
será transformado em CAPS ad III.
O objetivo do CAPS ad III é proporcionar o atendimento integral com período
de funcionamento 24 horas/dia, assim como aos finais de semana e feriados.
Conforme a Portaria MS/GM nº 130/2012, a sugestão dos horários de funcionamento
para os turnos, com escala de equipes, são:
➢ 7:00 às 19:00 horas;
➢ 8:00 às 20:00 horas;
➢ 9:00 às 21:00 horas.
Os atendimentos noturnos decorrem de plantões com 12 horas ininterruptas,
sendo jornada de trabalho com escala de 12x36.
A equipe mínima poderá atender em no máximo 60 (sessenta) usuários/turno e
será composta, por:
Tabela 82 – Dimensionamento equipe CAPS ad III – plantão diurno semanal

CARGO QUANTITADE
MÉDICO – PSIQUIATRIA 1 para 40 pacientes/turno 134
MÉDICO – CLÍNICA MÉDICA 1 para 40 pacientes/turno
ENFERMEIRO – SAÚDE MENTAL 1 para 40 pacientes/turno
PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR 5 para 40 pacientes/turno
TÉCNICOS DE ENFERMAGEM 4 para 40 pacientes/turno
PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO 4 para 40 pacientes/turno
01 exclusivo para realização de atividades
PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDICO
administrativas
Fonte: Portaria MS/GM nº 130/2012.

Conforme a Portaria de Consolidação nº 3/2017, Título II, Capítulo II, Art. 33, I,
deve ter obrigatoriamente de segunda à sexta-feira no período diurno, a presença
de um Médico – Clínica Médica. Os cargos de médicos irão perfazer a 60 horas
semanais, sendo no mínimo um psiquiatra, os profissionais devem ter formação
e/ou experiência em saúde mental. Os PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR, podem
ser considerados dos seguintes cargos:
• Assistente Social;
• Educador Físico;
• Enfermeiro;
• Pedagogo;
• Psicólogo;
• Terapeuta Ocupacional;
• Outro profissional que seja necessário para compor o projeto terapêutico.

Referente aos cargos dos PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO, poderão ser, entre
eles:
• Agente social;
• Artesão;
• Educador Social;
• Outro profissional que seja necessário para compor o projeto terapêutico.

O acolhimento noturno deverá contar com a seguinte equipe mínima:

Tabela 83 – Dimensionamento equipe CAPS ad III - plantão noturno


135
CARGO QUANTITADE
ENFERMEIRO - SAÚDE MENTAL 1 para 08 a 12 pacientes

TÉCNICOS DE ENFERMAGEM 1 para 08 a 12 pacientes

PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO 1 para 08 a 12 pacientes


Fonte: Portaria de Consolidação nº 03/2017.

Aos finais de semana e feriados, no período diurno, a composição da equipe


mínima para a realização dos atendimentos, são:
Tabela 84 – Dimensionamento equipe CAPS ad III – plantão diurno aos finais de semana e
feriados

CARGO QUANTITADE
ENFERMEIRO
TÉCNICOS DE ENFERMAGEM
1 / plantão de 12 horas
PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR
PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO
PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO 1 para serviço de apoio
Fonte: Portaria de Consolidação nº 03/2017.
Os casos avaliados pela equipe aos finais de semana e feriados, que
necessitarem de acolhimento noturno, estes deverão ser encaminhados para
avaliação médica, entre os serviços:
• Hospital Geral;
• UPA;
• Portas Hospitalares de Atenção à Urgência.
Se caso, na avaliação médica referenciada, não indicar a internação em Hospital
Geral, o usuário retornará para o CAPS que realizou o atendimento. O usuário
sempre será encaminhado para o serviço de urgência de referência, quando não
houver médicos disponíveis no CAPS.

29.7 CAPS ad IV
Este serviço é destinado para compor a RAPS, para atender população adscrita
acima de 500.000 (quinhentos mil), ofertando atendimentos 24 horas/dia, aos finais
de semana e feriados, aos usuários de álcool, crack e outras drogas, assim como aos
136
atendimentos de urgências e emergências psiquiátricas. Nos casos em que houver
atendimentos destinados a crianças e adolescentes, devem seguir as diretrizes do
Estatuto da Criança e do Adolescente. A estrutura deve conter em no mínimo 10
(dez) e no máximo 20 (vinte) leitos de observação.
O CAPS ad IV é dividido em:
• CAPS ad IV Novo: implantação de novas instalações;
• CAPS ad IV Reestruturado: advindo de unidades preexistentes, sendo de um
CAPS tradicional ou CAPS ad.

Os acolhimentos realizados serão por profissionais compondo a equipe mínima,


conforme a Tabela 85.
Tabela 85 – Dimensionamento equipe CAPS ad IV – plantão diurno

CARGO QUANTITADE

MÉDICO - PSIQUIATRIA 01 diarista


MÉDICO - PSIQUIATRIA 01 plantonista / 12 horas
MÉDICO - CLÍNICA MÉDICA 01 diarista
ENFERMEIRO - SAÚDE MENTAL 02 plantonista / 12 horas
TÉCNICOS DE ENFERMAGEM 06 plantonista / 12 horas
PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR 06 diaristas
PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO 04 / dia
PROFISSIONAIS DE NÍVEL MÉDIO 1 para serviço de apoio administrativo
Fonte: Portaria MS/GM nº 3.588/2017.

Os cargos pertencentes aos PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR, serão das


seguintes categorias:
• Assistente Social
• Educador Físico
• Psicólogo
• Terapeuta Ocupacional.
A equipe mínima para realizar os atendimentos no período noturno, será
composta conforme segue:
Tabela 86 – Dimensionamento equipe CAPS ad IV – plantão noturno
137
CARGO QUANTITADE

MÉDICO - PSIQUIATRIA 01 PLANTONISTA / 12 HORAS

ENFERMEIRO - SAÚDE MENTAL 02 PLANTONISTA / 12 HORAS

TÉCNICOS DE ENFERMAGEM 05 PLANTONISTA / 12 HORAS


Fonte: Portaria MS/GM nº 3.588/2017.

27. ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA


SEXUAL NO ÂMBITO DO SUS
Conforme a OMS, a definição de violência é o “uso intencional de força física ou
do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um
grupo ou uma comunidade que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão.
Morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”, e a violência
sexual como qualquer ato ou tentativa de obter um ato sexual, podendo ser por
comentários ou gestos indesejados, dirigidos contra a sexualidade de uma pessoa,
usando coerção, por qualquer pessoa, independentemente de sua relação com a
vítima, em qualquer ambiente, incluindo, mas não limitado a casa e trabalho.
Em 2013, foi estabelecido as diretrizes para o atendimento às vítimas de
violência sexual, garantindo o acolhimento em serviços de referência e
promovendo a capacitação dos profissionais, por meio do Decreto nº 7.598/2013. A
Lei nº 12.845/2013 considera a violência sexual como toda e qualquer forma de
atividade sexual não consensual, e que todos os hospitais devem oferecer
obrigatoriamente, atendimento de emergência às vítimas de violência sexual, de
caráter integral e multidisciplinar. Para tanto, os hospitais que compõe o SUS
devem disponibilizar atendimentos imediatos, compreendendo os serviços a
seguir:
➢ Diagnóstico e tratamento das lesões;
➢ Amparo médico, psicológico e social imediatos;
➢ Profilaxia da gravidez;
➢ Profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST;
➢ Coleta de material para realização do exame de HIV.
Em 2014, houve uma redefinição dos serviços, conforme a Portaria GM/MS nº
485/2014, que redefine o Serviço de Atenção às Pessoas em Situação de Violência 138

Sexual no âmbito do SUS, integrando as redes intersetoriais de enfrentamento da


violência contra mulheres, homens, crianças, adolescentes e pessoas idosas e tendo
como objetivo ofertar atenção integral em saúde e proporcionar o cuidado em
rede, garantindo de forma inalienável a preservação da vida. Para o alcance da
intersetorialidade, considera-se as legislações que dispõe sobre a promoção,
proteção e recuperação da saúde, das quais compreende:
• Estatuto da Criança e do Adolescente;
• Estatuto do Idoso;
• Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e
Violências;
• Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem;
• Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher;
• Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou transtorno
mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas.
O Serviço de Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, pode
abranger as seguintes classificações:
• Serviço de Referência para Atenção Integral às Mulheres em Situação de
Violência Sexual;
• Serviço de Referência para Atenção Integral a Adolescentes em Situação de
Violência Sexual;
• Serviço de Referência para Atenção Integral às Crianças em Situação de
Violência Sexual;
• Serviço de Referência para Atenção Integral aos Homens em Situação de
Violência Sexual;
• Serviço de Referência para Atenção Integral às Pessoas Idosas em Situação
de Violência Sexual;
• Serviço de Referência para Interrupção de Gravidez nos Casos Previstos em
Lei;
• Serviços ambulatoriais com atendimento a pessoas em situação de violência
sexual. 139

Os estabelecimentos de saúde que ofertarem os Serviços de Referência para


Atenção Integral às Mulheres, Adolescentes, Crianças, Homens e Pessoas Idosas em
Situação de Violência Sexual, devem funcionar 24 (vinte e quatro) horas/dia, nos 7
(sete) dias da semana e sem interrupção da continuidade entre os turnos. É de
competência do gestor local de saúde a regulação do acesso aos leitos nos casos de
internação.
A Portaria MS/GM nº 1.662/2015, incluiu a habilitação para a realização de Coleta
de Vestígios de Violência Sexual no SUS.
Os cargos dimensionados para os serviços voltados à Atenção Integral às
Pessoas em Situação de Violência Sexual no Âmbito do SUS, foram em
conformidade com a Portaria GM/MS nº 485/2014 e republicado pela Portaria de
Consolidação nº 5/2017, Capítulo VII, Seção I, conforme segue:
Tabela 87 – Dimensionamento na Atenção Integral em Violência Sexual

CARGO QUANTIDADE
MÉDICO CLÍNICO OU ESPECIALIDADE CIRÚRGICA 1
ENFERMEIRO 1
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 1
PSICÓLOGO 1
ASSISTENTE SOCIAL 1
FARMACÊUTICO 1
Fonte: Portaria MS/GM nº 485/2014.

Deve-se considerar as seguintes informações para o dimensionamento dos


Serviços de Atenção às Pessoas em Violência Sexual:
• Tipo/classificação do serviço;
• Necessidade ou não de equipe específica para o serviço, visto que, os
profissionais podem ser dimensionados do ambulatório ou emergência.

28. ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM DOENÇAS RARAS


Conforme a OMS, a definição para anomalia congênita é “toda anomalia 140
funcional ou estrutural no desenvolvimento do feto, decorrente de fatores
socioeconômicos, genéticos, infecções ou causadas por fatores nutricional,
materno e ambientais”, com altos índices de mortalidade de neonatos e propensão
de sequelas múltiplas. As anomalias congênitas, foram classificadas em:
• Maiores: resultantes de defeitos anatômicos, funcionais ou estéticos graves,
com risco de morte.
• Menores: pode ser única ou múltiplas, estando associadas a malformação
maior, porém, com baixa necessidade de intervenção cirúrgica, mas causam
impacto significativo nos indivíduos acometidos.
A Portaria MS/GM nº 81/2009 instituiu a Política Nacional de Atenção Integral em
Genética Clínica com foco principal no aconselhamento genético garantido o acesso
igualitário a todos os indivíduos e famílias que possuem risco de predisposição de
anomalia congênita ou doença genética, possibilitando a identificação dos
determinantes e condicionantes dos principais problemas de saúde que estejam
correlacionados.
Em 2014, foi instituída a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com
Doenças Raras, por meio da Portaria nº 199/2014, ao qual aprovou as Diretrizes para
Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras em âmbito do SUS. Conforme a
portaria é considerada a doença rara, cuja estimativa é de até 65 pessoas em cada
100.000 indivíduos, acometendo em torno de 1,3 pessoas para cada 2.000 (dois mil)
indivíduos.
O objetivo da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças
Raras, é o acesso universal estabelecendo diretrizes para garantia do cuidado
proporcionando a atenção integral à saúde voltados para essa população. Os
principais princípios dessa política é a atenção humanizada centrada no paciente
com oferta de equipe multiprofissional, o respeito às diferenças e a incorporação
de tecnologias voltadas para o apoio terapêutico. Em suas diretrizes foram
concentradas na organização dos serviços para a habilitação/reabilitação das
pessoas com doenças raras, com fomento na educação permanente dos
profissionais de saúde atuantes nesses serviços.
A atenção no cuidado às pessoas com doenças raras, consiste em um conjunto 141

de estratégias existentes na Rede de Atenção à Saúde (RAS), compostos pelos


atendimentos de serviços de urgência, serviços de reabilitação, ambulatório
especializado e hospitalar. Os Serviços de Atenção Especializada e Serviços de
Referência em Doenças Raras são os responsáveis pelas ações de prevenção,
diagnósticas e terapêuticas, de acordo com os eixos assistenciais, sendo
classificadas em:
Eixo I
I. Doenças Raras de Origem Genética:
➢ Anomalias Congênitas ou de Manifestação Tardia;
➢ Deficiência Intelectual;
➢ Erros Inatos do Metabolismo.
Eixo II
II. Doenças Raras não Genéticas:
➢ Infecciosas;
➢ Inflamatórias;
➢ Autoimunes;
➢ Outras Doenças Raras de Origem não Genética.
Na estrutura da linha de cuidado da atenção às pessoas com doenças raras, é
composta pela Atenção Básica, sendo a atenção primária a porta de entrada do
usuário no SUS e a Atenção Especializada, caracterizada pelos serviços de atenção
secundário e terciário, onde os hospitais habilitados que ofertam esse serviço na
Rede Ebserh, serão dimensionados. A Atenção Especializada compreende os:
• Serviço de Atenção Especializada em Doenças Raras: compete oferecer
atenção diagnóstica e terapêutica específica para uma ou mais doenças
raras, em caráter multidisciplinar;
• Serviço de Referência em Doenças Raras: oferece atenção diagnóstica e
terapêutica específica, em caráter multidisciplinar, da seguinte forma:
➢ Atenção diagnóstica e terapêutica para no mínimo 2 (dois) doenças
raras dos grupos do Eixo I;
➢ Atenção diagnóstica e terapêutica para no mínimo 2 (dois) doenças
raras dos grupos do Eixo II; 142

➢ Atenção diagnóstica e terapêutica para no mínimo 1 (um) grupo de


cada um dos Eixos.
As instituições que ofertam a prestação desses serviços, devem dispor de apoio
diagnóstico, sendo próprio ou alcançável, podendo ser formalmente referenciados
e contratualizados:
• Laboratório de Patologia Clínica, Anatomia Patológica e de Exames
Genéticos;
• Laboratório de Imagem.
Em relação à Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, deve-se
considerar as seguintes informações para o dimensionamento:
• Tipo de Serviço Habilitado;
• Quantidade de atendimentos/mês;
• Necessidade de equipe específica para o serviço, considerando se os
profissionais são dimensionados do ambulatório;
• Quantidade de atendimento pediátrico, caso houver;
• Quantidade de aconselhamento genético, caso houver.
Para a habilitação em Serviço de Atenção Especializada em Doenças Raras é
necessário ter um responsável técnico Médico, com experiência comprovada ou
título de especialista registrado no órgão de classe, podendo ser considerado o
cargo de Médico – Genética Médica e, a composição de equipe mínima assistencial,
deve ser composta por:
Tabela 88 – Dimensionamento de equipe mínima Serviço de Atenção Especializada em Doenças
Raras

CARGO QUANTIDADE
MÉDICO 1
ENFERMEIRO 1
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 1
Fonte: Portaria MS/GM nº 199/2014.

No Serviço de Referência em Doenças Raras para pleitear a habilitação, a equipe


mínima assistencial deve ter cobertura de profissionais para cada Eixo, composta por:
Tabela 89 – Dimensionamento de equipe mínima Serviço de Referência em Doenças Raras
143
CARGO QUANTIDADE

MÉDICO ESPECIALISTA EM DOENÇAS RARAS 1


MÉDICO - GENÉTICA MÉDICA 1
MÉDICO - NEUROLOGISTA 1
MÉDICO - PEDIATRA 1
MÉDICO - CLÍNICO GERAL 1
ENFERMEIRO 1
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 1
PSICOLOGO 1
NUTRICIONISTA 1
ASSISTENTE SOCIAL 1
Fonte: Portaria MS/GM nº 199/2014.

O responsável técnico médico deve ter título de especialista na área de doenças


raras com registro no conselho de classe e/ou experiência comprovada de no
mínimo 5 (cinco) anos dentre as doenças raras tratadas nesse serviço, ele poderá
fazer parte da equipe assistencial.
As habilitações que compreendem os serviços seguem conforme quadro a
seguir.

Tabela 90 – Habilitações para à Atenção às Pessoas com Doenças Raras

CLASSIFICAÇÃO
SERVIÇO Tipo de Doenças Raras
DO EIXO
Doença Rara de Origem Genética: Anomalias
Congênitas ou de manifestação tardia
Doença Rara de Origem Genética: Deficiência
Eixo I
Intelectual Associada à Doença Rara
Doença Rara de Origem Genética: Erro Inato
do Metabolismo (EIM)
Serviço de Atenção
Doença Rara de Origem não Genética:
Especializada em
Doenças raras inflamatórias
Doenças Raras
Doença Rara de Origem não Genética:
Doenças raras infecciosas
Eixo II
Doença Rara de Origem não Genética:
Doenças raras autoimunes
Doença Rara de Origem não Genética: Outras
Doenças Raras de Origem não Genética
Doença Rara de Origem Genética: Anomalias
Congênitas ou de manifestação tardia
Doença Rara de Origem Genética: Deficiência 144
Eixo I
intelectual associada a Doenças Raras
Doença Rara de Origem Genética: Erro Inato
de Metabolismo (EIM)
Serviço de Referência Doença Rara de Origem não Genética:
em Doenças Raras Doenças raras autoimunes
Doença Rara de Origem não Genética:
Doenças raras inflamatórias
Eixo II
Doença Rara de Origem não Genética:
Doenças raras infecciosas
Doença Rara de Origem não Genética: Outras
Doença Rara de Origem não Genética
Serviço de Aconselhamento
Fonte: Anexo II, Portaria MS/GM nº 981/2014.

O aconselhamento genético quando não depender de diagnóstico médico,


tratamento clínico e medicamentoso, poderá ser realizado pela equipe
multidisciplinar habilitada.
Outras especialidades médicas poderão ser consideradas desde que tenham
experiência comprovada na área, dentre eles os médicos clínicos, em especialidade
cirúrgica e em medicina diagnóstica terapêutica.
Os parâmetros utilizados para a equipe mínima foram compatíveis com Portaria
GM/MS nº 199/2014 republicados pela Portaria de Consolidação nº 6/2017, Anexo
XXXVIII, Capítulo VI, para todos os cargos, caso os atendimentos sejam feitos pela
equipe multiprofissional existente no HUF, o dimensionamento seguirá conforme
os parâmetros do Ambulatório.

29. CENTRO DE REFERÊNCIA EM TRATAMENTO DE OSTEOGÊNESE

IMPERFEITA
A Osteogênese Imperfeita (OI) é uma doença hereditária caracterizada pela
fragilidade óssea difusa, decorrente do defeito qualitativo ou quantitativo do pró-
colágeno tipo 1, causando fraturas de repetição, podendo apresentar outras
patologias concomitantes, tais como, perda auditiva neurossensorial, escleras
azuladas, dentinogênese imperfeita e em alguns casos hipermobilidade articular. O
diagnóstico é realizado mediante ao quadro clínico apresentado, exames de
avaliação do metabolismo do cálcio, entre outros, e por exame de imagem. Para a
145
confirmação e identificação de mutação associados a OI, é de relevância a
realização de testes genéticos, além dos Centros de Referência em Osteogênese
Imperfeita (CROI), poderão ser realizados pelos serviços de Atenção Especializada
e Serviços de Referência em Doenças Raras.

Devido a característica limitante da qualidade de vida do portador de OI, sendo


de extrema relevância para a saúde pública, se faz a necessidade de
acompanhamento e tratamento da doença por equipe especializada, assim, foi
instituído os Centros de Referência para Osteogênese Imperfeita pela Portaria
GM/MS nº 2.305/2001, com o quantitativo de equipe mínima e, estabelecendo os
critérios para a habilitação e o Protocolo de Indicação de Tratamento Clínico da
Osteogenesis Imperfecta com pamidronato sódico, onde o Anexo I, foi revogado por
meio da Portaria GM/MS nº 4.271/2010 e substituído pelo Protocolo Clinico e
Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de OI, elaborado pela Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS pela Portaria SAS/MS nº 714/2010. Com o
avanço das incorporações tecnológicas e estudos realizados voltados para a OI, em
2013, com a publicação da Portaria SAS/MS nº 1.306/2013, foram atualizados os
parâmetros voltados ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos
indivíduos acometidos por esta doença, com elaboração de novas PCDTs.
Atualmente, a PCDT vigente foi aprovada pela Portaria Conjunta nº 17/2022.
Os critérios para o dimensionamento dos CROIs consideram as seguintes
informações:
• Número de leitos da unidade;
• Habilitação em Centro de Referência de Tratamento de Osteogênese
Imperfeita.
O Responsável Técnico pelo Centro de Referência deve ser médico especialista,
com titulação cadastrada no respectivo órgão de classe, ou residência médica com
experiência profissional em tratamento de Osteogênese Imperfeita, podendo ser:
• Médico – Clínica Médica;
• Médico – Endocrinologia e Metabologia;
• Médico – Genética Médica;
• Médico – Ortopedia e Traumatologia; 146

• Médico – Pediatria;
• Médico – Reumatologia.
O CROI deve contemplar na composição da equipe mínima, conforme segue:
Tabela 91 – Composição de equipe do Centro de Referência em Osteogênese Imperfeita

CARGO
MÉDICOS ESPECIALISTAS
MÉDICO – MEDICINA FÍSICA E REABILITAÇÃO
ENFERMEIRO
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
NUTRICIONISTA
FISIOTERAPEUTA
FISIATRA
FARMACÊUTICO
PSICÓLOGO
ASSISTENTE SOCIAL
Fonte: Portaria GM/MS nº 2.305/2001.

Os cargos de MÉDICOS ESPECIALISTAS para o Centro de Referência de


Tratamento de Osteogênese Imperfeita serão compatíveis com as do Responsável
Técnico. A equipe mínima dimensionada nos casos de internação, serão da equipe
de plantonistas e/ou diaristas, e nos atendimentos de acompanhamento-dia, do
Ambulatório. Foi considerado o cargo de TÉCNICO DE ENFERMAGEM para apoio e
continuidade assistencial para a sistematização de enfermagem.

30. CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO


Os Centros Especializados em Reabilitação foram criados para atender a Rede
de Cuidados à Pessoa com Deficiência, por meio da Portaria GM/MS nº 793/2012, ao
qual foi revogada pela Portaria de Consolidação nº 3/2017, com o intuito de
assegurar, ampliar, acompanhar e avaliar a rede de serviços de reabilitação
integrada, articulada e efetiva nos diferentes pontos da RAS, qualificando o cuidado
por meio do acolhimento e classificação de risco.
A Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual, Visual,
Ostomia e Múltiplas Deficiências é dividida da seguinte forma:
➢ Estabelecimentos de saúde habilitados em apenas um Serviço de
Reabilitação: são unidades ambulatoriais especializadas em apenas 147

reabilitação auditiva, física, intelectual, visual, ostomia ou múltiplas


deficiências;
➢ Centros Especializados em Reabilitação (CER): é o ponto de atenção
ambulatorial especializada em reabilitação que presta atendimentos para o
diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de
tecnologia assistiva;
➢ Centros de Especialidades Odontológicas (CEO): são estabelecimentos de
saúde que ofertam atendimento especializado odontológico.

Dentre os componentes da Rede Cuidados à Pessoa com Deficiência, poderá


estar inserido na estrutura o serviço de Oficina Ortopédica, que é o responsável pela
dispensação, de confecção, de adaptação e de manutenção de órteses, próteses e
meios auxiliares de locomoção, denominados pela sigla “OPME”, sendo, órtese,
prótese e materiais especiais.
Trataremos neste momento sobre os Centros Especializados de Reabilitação,
onde os quais são organizados conforme a Portaria de Consolidação nº 3/2017, art.
19, I, II, III:
➢ CER II: composto por dois serviços de reabilitação habilitados;
➢ CER III: composto por três serviços de reabilitação habilitados;
➢ CER IV: composto por quatro ou mais serviços de reabilitação habilitados.
Os Centros de Reabilitação serão classificados quanto ao tipo e quantidade de
serviços especializados de reabilitação das seguintes formas, atendendo conforme
o disposto na Portaria GM/MS/ nº 1.303/2013, art. 1º e seus incisos, sendo revogada
pelas Portarias de Consolidação nº 3 e 6, ambas de 2017, que estabelece os
requisitos mínimos de ambientes para os componentes da Atenção Especializada
da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, segue a Tabela 92:
Tabela 92 – Tipos de Especialidades dos Centros Especializados em Reabilitação

TIPO DO CER SERVIÇOS DE REABILITAÇÃO


CER II Auditiva e Física
CER II Auditiva e Intelectual 148
CER II Auditiva e Visual
CER II Física e Intelectual
CER II Física e Visual
CER II Intelectual e Visual
CER III Auditiva, Física e Intelectual
CER III Auditiva, Física e Visual
CER III Auditiva, Intelectual e Visual
CER III Física, Intelectual e Visual
CER IV Auditiva, Física, Intelectual e Visual
Fonte: Adaptação da Portaria de Consolidação nº 3/2017.

As especialidades que comporão os Serviços de Reabilitação são:


Tabela 93 – Especialidades dos Serviços de Reabilitação

ESPECIALIDADES DOS SERVIÇOS DE REABILITAÇÃO


CENTRO DE REABILITAÇÃO EM MEDICINA FÍSICA
CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICA - NIVEL INTERMEDIÁRIO
CENTRO DE REABILITAÇÃO VISUAL
CENTRO DE REABILITAÇÃO AUDITIVA NA MÉDIA COMPLEXIDADE
CENTRO DE REABILITAÇÃO AUDITIVA NA ALTA COMPLEXIDADE
CENTRO DE REABILITAÇÃO INTELECTUAL
CENTRO DE REABILITAÇÃO DOS TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO
CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO (CER) - MODALIDADE FISICA
CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO (CER) - MODALIDADE INTELECTUAL
CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO (CER) - MODALIDADE AUDITIVA
CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO (CER) - MODALIDADE VISUAL
Fonte: Adaptação Portaria GM/MS nº 492/2013, alterada pela Portaria de Consolidação nº 01/2022.

As informações necessárias para realizar o dimensionamento da equipe mínima,


são:
• Tipo de CER e a habilitação das especialidades;
• Número de leitos de reabilitação de acordo com a especialidade.

O dimensionamento da equipe para os Centros Especializados em Reabilitação,


será embasada conforme os parâmetros da Portaria GM/MS nº 303/1992, e para os
Serviços de Reabilitação Especializados, as legislações vigentes, sendo, Portaria de
Consolidação nº 3/2017, Portaria de Consolidação nº 6/2017, Portaria de 149

Consolidação nº 1/2022.

Tabela 94 – Dimensionamento da equipe mínima para Leitos/Unidades de Reabilitação em


Hospital Geral

CARGO QUANTIDADE
MÉDICO - FISIATRIA
ENFERMEIRO
FISIOTERAPEUTA
PSICÓLOGO
01 para 15 leitos/turno
TERAPEUTA OCUPACIONAL
ASSISTENTE SOCIAL
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
Fonte: Portaria GM/MS nº 303/1992.

De acordo com o perfil dos pacientes, os profissionais descritos abaixo poderão


atender até 30 leitos/turno, sendo:
• Assistente Social;
• Fonoaudiólogo;
• Psicólogo;
• Terapeuta Ocupacional.

Os cargos de médicos serão considerados conforme os tipos de habilitação,


podendo ser uma das especialidades especificadas na Tabela 95, de acordo com
cada serviço.
Tabela 95 – Dimensionamento da equipe mínima dos Serviços de Reabilitação

SERVIÇO DE REABILITAÇÃO CARGOS QUANTIDADE

MÉDICO – OFTALMOLOGISTA
FISIOTERAPEUTA 01 para o serviço
REABILITAÇÃO VISUAL
TERAPEUTA OCUPACIONAL /turno
PSICÓLOGO
MÉDICO – PSIQUIATRA
MÉDICO – NEUROLOGISTA
TERAPEUTA OCUPACIONAL 01 para o
REABILITAÇÃO INTELECTUAL
PSICÓLOGO CLÍNICO serviço/turno
PSICÓLOGO 150

FONOAUDIÓLOGO
MÉDICO – FISIATRA
MÉDICO – ORTOPEDIA E
TRAUMATOLOGIA
MÉDICO – NEUROLOGIA
MÉDICO – REUMATOLOGIA
01 para o
REABILITAÇÃO FÍSICA ENFERMEIRO serviço/turno
FISIOTERAPEUTA
FONOAUDIÓLOGO
TERAPEUTA OCUPACIONAL
PSICÓLOGO
MÉDICO – CLÍNICA MÉDICA
MÉDICO – FISIATRA
MÉDICO – NEUROFISIOLOGIA
REABILITAÇÃO VISUAL / MÉDICO – NEUROLOGIA 01 para o
MENTAL / MÚLTIPLAS
MÉDICO OFTALMOLOGIA serviço/turno
DEFICIÊNCIAS
MÉDICO – ORTOPEDIA E
TRAUMATOLOGIA
MÉDICO –
OTORRINOLARINGOLOGIA
MÉDICO – PEDIATRIA
FONOAUDIÓLOGO
PSICÓLOGO – ÁREA
HOSPITALAR
MÉDICO –
OTORRINOLARINGOLOGIA
MÉDICO – NEUROLOGIA
01 para o
REABILITAÇÃO AUDITIVA MÉDICO – PEDIATRIA
serviço/turno
FONOAUDIÓLOGO
PSICÓLOGO – ÁREA
HOSPITALAR
FISIOTERAPEUTA
TERAPEUTA OCUPACIONAL 01 para o
OFICINA ORTOPÉDICA FIXA
TÉCNICO EM ÓRTESES E serviço/turno
PRÓTESES
01 para o
ATENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA FONOAUDIÓLOGO
serviço/turno
01 para o
ATENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA FISIOTERAPEUTA
serviço/turno
MÉDICO – CLÍNICA MÉDICA
ATENÇÃO A SAÚDE 01 para o
DAS PESSOAS OSTOMIZADAS I ENFERMEIRO - serviço/turno
ESTOMATERAPIA
MÉDICO – CLÍNICO 151

MÉDICO – CIRURGIA GERAL


MÉDICO – COLOPROCTOLOGIA
MÉDICO – UROLOGIA
MÉDICO –
GASTROENTEROLOGIA
MÉDICO – CIRURGIA DE
CABEÇA E PESCOÇO
ATENÇÃO A SAÚDE 01 para o
DAS PESSOAS OSTOMIZADAS II MÉDICO – CIRURGIA TORÁCICA serviço/turno
MÉDICO – CIRURGIA
PEDIÁTRICA
MÉDICO – CANCEROLOGIA
CIRÚRGICA
ENFERMEIRO
NUTRICIONISTA
PSICÓLOGO – ÁREA
HOSPITALAR
Fonte: Adaptação Portaria GM/MS nº 492/2013, alterada pela Portaria de Consolidação nº 01/2022.
31. REABILITAÇÃO AUDITIVA
A Reabilitação Auditiva faz parte da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência
Física, sendo oferecidos ou promovidos ações e serviços para pessoas com
deficiência auditiva, sendo garantido por meio da Portaria GM/MS nº 2.776/2014, da
qual aprova Diretrizes Gerais, Amplia e Incorpora Procedimentos para a Atenção
Especializada às Pessoas com Deficiência Auditiva, sendo a portaria revogada pelas
Portarias de Consolidação nº 3 e 6, ambas de 2017.
Deve-se considerar as seguintes informações gerais para o dimensionamento da
Atenção às Pessoas com Deficiência Auditiva:
• Tipo de habilitação;
• Quantitativo de implantes cocleares ao ano;
• Quantitativo de cirurgias de prótese auditiva ancorada no osso ao ano;
• Quantitativo de cirurgias otológicas ao ano;
• Quantitativo de consultas otorrinolaringológicas ao ano.

O Responsável Técnico será o profissional do cargo Médico –


152
Otorrinolaringologia, com título de especialista da associação brasileira de
otorrinolaringologia e cirurgia Cérvico-facial (ABORLCCF) e/ou certificado de
residência médica na especialidade, emitido por programa de residência médica
reconhecido pelo Ministério da Educação. O Coordenador será o profissional do
cargo Enfermeiro.
Os cargos dimensionados para Atenção às Pessoas com Deficiência Auditiva
será conforme a Tabela 96, sendo:

Tabela 96 – Dimensionamento da equipe mínima do Serviço de Reabilitação Auditiva

CARGO QUANTIDADE

MÉDICO – OTORRINOLARINGOLOGIA 02 para a unidade


MÉDICO – ANESTESIOLOGIA 01 para a unidade
FONOAUDIÓLOGO – AUDIOLOGIA 01 para a unidade
ASSISTENTE SOCIAL 01 exclusivo para a unidade
PSICÓLOGO 01 para a unidade
ENFERMEIRO 01 para a unidade
Fonte: Portaria de Consolidação nº 3/2017 e Portaria de Consolidação nº 6/2017.
32. CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS
Conforme a Portaria GM/MS nº 599/2006, ao qual define a implantação de
Especialidades Odontológicas (CEOs) e de Laboratórios Regionais de Próteses
Dentárias (LRPDs) e estabelecer critérios, normas e requisitos para seu
credenciamento, descrevendo os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs)
como estabelecimentos de saúde classificados como Tipo Clínica
Especializada/Ambulatório de Especialidade, com serviço especializado de
Odontologia para realizar os seguintes procedimentos/tratamentos:
• Diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e detecção do câncer bucal;
• Periodontia especializada;
• Cirurgia oral menor dos tecidos moles e duros;
• Endodontia;
• Atendimento a portadores de necessidades especiais.
Os Centros de Especialidades Odontológicas, são classificados em Tipo I, Tipo
II e Tipo III, conforme a quantidade de consultórios odontológicos e necessidade de 153

recursos humanos. Deve-se considerar as seguintes informações para o


dimensionamento:
• Tipo de habilitação;
• Quantitativo de Consultórios;
• Quantitativo de leitos de pediatria.
O dimensionamento da equipe dos Centros de Especialidades Odontológicas
seguirá conforme os parâmetros do Anexo XIV da Portaria de Consolidação nº 5/2017,
especificados de acordo com a Tabela 97, sendo:
Tabela 97 – Dimensionamento da equipe mínima em Centros de Especialidade Odontológica

TIPO DO CEO CARGO QUANTIDADE


CEO TIPO I CIRURGIÃO DENTISTA 03 para o serviço
CEO TIPO II CIRURGIÃO DENTISTA 04 para o serviço
CEO TIPO III CIRURGIÃO DENTISTA 07 para o serviço
TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL 01/consultório odontológico
Fonte: Anexo XIV da Portaria de Consolidação nº 5/2017.
33. ATENÇÃO DOMICILIAR
A Atenção Domiciliar é a modalidade de atenção à saúde integrada às Rede de
Atenção à Saúde (RAS), caracterizada por um conjunto de ações de prevenção e
tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde, prestadas em
domicílio, garantindo continuidade de cuidados. As equipes que compõem o
Serviço de Atenção Domiciliar são divididas em:
➢ Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar – EMAD tipo 1;
➢ Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar – EMAD tipo 2;
➢ Equipe Multiprofissional de Apoio – EMAP.
Para a realização do dimensionamento são necessárias as seguintes
informações:
• Tipo de habilitação;
• Quantitativo de usuários de atenção domiciliar;
• Número de Equipe Multiprofissional de Apoio – EMAP;
• Dias de funcionamento das visitas domiciliares na semana.
154
Os cargos dimensionados para a atenção domiciliar são:

33.1. Médico
✓ I - EMAD Tipo 1: profissional(is) médico(s) com somatório de carga horária
semanal (CHS) de, no mínimo, 40 (quarenta) horas de trabalho por equipe.
✓ II - EMAD Tipo 2: (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 17, II): profissional
médico com CHS de, no mínimo, 20 (vinte) horas de trabalho.

33.2. Enfermeiro
✓ I - EMAD Tipo 1
• profissional(is) enfermeiro(s) com somatório de carga horária (CH) de,
no mínimo, 40 (quarenta) horas de trabalho por equipe; (Origem: PRT
MS/GM 825/2016, Art. 17, I, b).
✓ II - EMAD Tipo 2: (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 17, II)
• profissional enfermeiro com CH de, no mínimo, 30 (trinta) horas de
trabalho; (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 17, II, b).
33.3. Fisioterapeuta / Assistente social
✓ I - EMAD Tipo 1: (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 17, I)
• profissional(is) fisioterapeuta(s) ou assistente(s) social(is) com somatório
de CHS de, no mínimo, 30 (trinta) horas de trabalho por equipe; e (Origem:
PRT MS/GM 825/2016, Art. 17, I, c).
✓ II - EMAD Tipo 2: (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 17, II)
• profissional fisioterapeuta ou assistente social com somatório de CHS de, no
mínimo, 30 (trinta) horas de trabalho; e (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art.
17, II, c).

33.4. Técnico em enfermagem


✓ I - EMAD Tipo 1: (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 17, I)
• profissionais auxiliares ou técnicos de enfermagem, com somatório de CHS
de, no mínimo, 120 (cento e vinte) horas de trabalho por equipe; (Origem:
PRT MS/GM 825/2016, Art. 17, I, d). 155

✓ II - EMAD Tipo 2: (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 17, II)


• profissionais auxiliares ou técnicos de enfermagem, com somatório de CHS
de, no mínimo, 120 (cento e vinte) horas de trabalho. (Origem: PRT MS/GM
825/2016, Art. 17, II, d).

33.5. Equipe Multiprofissional de Apoio


A EMAP terá composição mínima de 3 (três) profissionais de nível superior,
escolhidos entre as ocupações listadas a seguir, cuja soma das CH de seus
componentes será de, no mínimo, 90 (noventa) horas de trabalho: (Origem: PRT
MS/GM 825/2016, Art. 18)
I - assistente social; (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 18, I)
II - fisioterapeuta; (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 18, II)
III - fonoaudiólogo; (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 18, III)
IV - nutricionista; (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 18, IV)
V - odontólogo; (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 18, V)
VI - psicólogo; (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 18, VI)
VII - farmacêutico; ou (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 18, VII)
• Para farmacêutico há um parâmetro no Manual de Padrões Mínimos para
Recursos Humanos e Serviços de Saúde, São Paulo, 2017, no qual é
dimensionado 01 farmacêutico por turno de atendimento para assistência
domiciliar, portanto é necessário verificar a necessidade desse profissional
de acordo com tipo de serviço informado.

34. SAÚDE DO IDOSO


A Saúde do Idoso é a atenção integral às pessoas com 60 anos ou mais,
promovendo a manutenção da capacidade funcional e da autonomia, contribuindo
para um envelhecimento ativo e saudável.
A habilitação de Centro de Referência em Atenção à Saúde tem como exigências
especificas possuir:
• Internação hospitalar;
156
• Hospital Dia Geriátrico;
• Ambulatório especializado;
• Assistência Domiciliar.
Deve-se considerar as seguintes informações gerais para o dimensionamento da
Saúde do Idoso:
• Tipo de habilitação;
• Quantitativo de leitos de para pacientes idosos;
• Quantitativo de leitos Hospital Dia;
• Número de usuários de atenção domiciliar;
• Dias de funcionamento das visitas domiciliares na semana;
• Quantitativo de turnos de funcionamento por dia.

Os cargos dimensionados para a saúde do idoso são:


34.1. Médico
✓ PARA CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO À SAUDE DO IDOSO:
• Responsável Técnico – médico com carga horária de 40 horas semanais, com
reconhecida competência na área de saúde do idoso.

✓ PARA CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO -


HOSPITAL DIA:
• A determinação da quantidade de Recursos Humanos para o Hospital Dia
Geriátrico dependerá de seus horários de funcionamento (06 ou 12 h) e
número de pacientes.
• Deverá incluir pelo menos: - 01 médico assistente com competência na área
de geriatria (4h/dia) para cada 20 pacientes;

✓ CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - ATENÇÃO


DOMICILIAR
• O serviço deve ter uma equipe interdisciplinar e multiprofissional básica,
com competência em saúde do idoso, formada por médico, enfermeiro e
técnicos/auxiliares de enfermagem. 157

• O quantitativo destes profissionais deve ser dimensionado de acordo com o


número de pacientes atendidos.
• Para quantificar médicos para o Centro de Referência em atenção à saúde
do idoso: Estima-se, em média, o atendimento de 60 (sessenta) usuários
para cada EMAD tipo 1 e 30 (trinta) usuários para cada EMAD tipo 2,
mensalmente.
• Portanto consideramos 1 médico para cada 30 usuários na atenção domiciliar
da saúde do idoso.

✓ CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - EQUIPE DE


INTERNAÇÃO HOSPITALAR
✓ Para atendimento aos pacientes idosos internados em leitos de enfermaria
de curta permanência devem ser obedecidos os seguintes profissionais de
saúde capacitados em saúde do idoso para cada módulo de 40 leitos:
- Médico assistente nas 12 horas/dia.
34.2. Enfermeiro
• CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO À SAUDE DO IDOSO:
• Responsável pelo serviço de enfermagem - enfermeiro com reconhecida
competência na área de saúde do idoso

• PARA CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO -


HOSPITAL DIA:
• A determinação da quantidade de Recursos Humanos para o Hospital Dia
Geriátrico dependerá de seus horários de funcionamento (06 ou 12 h) e
número de pacientes.
• Deverá incluir pelo menos: 02 enfermeiros com competência na área de
geriatria (36h/semana) para cada 20 pacientes.

• CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - ATENÇÃO


DOMICILIAR 158

• O serviço deve ter uma equipe interdisciplinar e multiprofissional básica,


com competência em saúde do idoso, formada por médico, enfermeiro e
técnicos/auxiliares de enfermagem. O quantitativo destes profissionais deve
ser dimensionado de acordo com o número de pacientes atendidos.
• Para quantificar enfermeiros, Estima-se, em média, o atendimento de 60
(sessenta) usuários para cada EMAD tipo 1 e 30 (trinta) usuários para cada
EMAD tipo 2, mensalmente.
• Portanto consideramos 1 médico para cada 30 usuários na atenção domiciliar
da saúde do idoso.

✓ CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - EQUIPE DE


INTERNAÇÃO HOSPITALAR
• Para atendimento aos pacientes idosos internados em leitos de enfermaria
de curta permanência devem ser obedecidos os seguintes profissionais de
saúde capacitados em saúde do idoso para cada módulo de 40 leitos:
- Enfermeiro - 06 horas/dia/profissional (24 horas/dia de cobertura)

34.3. Fisioterapeuta
✓ PARA CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO -
HOSPITAL DIA:
• Dependerá de seu horário de funcionamento (06h ou 12h).
• Para quantificar fisioterapeuta é utilizado:
- 1 profissional para cada 20 pacientes.

✓ CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - EQUIPE DE


INTERNAÇÃO HOSPITALAR
• Para atendimento aos pacientes idosos internados em leitos de
enfermaria de curta permanência devem ser obedecidos os seguintes 159

profissionais de saúde capacitados em saúde do idoso para cada módulo


de 40 leitos:
- Fisioterapeuta - 08 horas/dia.

34.4. Nutricionista
✓ CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - EQUIPE DE
INTERNAÇÃO HOSPITALAR
• Para atendimento aos pacientes idosos internados em leitos de
enfermaria de curta permanência devem ser obedecidos os seguintes
profissionais de saúde capacitados em saúde do idoso para cada módulo
de 40 leitos:
- Nutricionista - 04 horas/dia

34.5. Assistente Social


✓ PARA CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO -
HOSPITAL DIA:
• Dependerá de seu horário de funcionamento (06h ou 12h).
• Deverá incluir pelo menos 01 assistente social com competência na área
de geriatria para cada 20 pacientes.

✓ CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - EQUIPE DE


INTERNAÇÃO HOSPITALAR
• Para atendimento aos pacientes idosos internados em leitos de enfermaria
de curta permanência devem ser obedecidos os seguintes profissionais de
saúde capacitados em saúde do idoso para cada módulo de 40 leitos:
- Assistente social - 08 horas/dia.

34.6. Fonoaudiólogo
✓ CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - EQUIPE DE
INTERNAÇÃO HOSPITALAR 160

• Para atendimento aos pacientes idosos internados em leitos de enfermaria


de curta permanência devem ser obedecidos os seguintes profissionais de
saúde capacitados em saúde do idoso para cada módulo de 40 leitos:
- Fonoaudiólogo - 04 horas/dia.

34.7. Psicólogo
✓ CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - EQUIPE DE
INTERNAÇÃO HOSPITALAR
• Para atendimento aos pacientes idosos internados em leitos de enfermaria
de curta permanência devem ser obedecidos os seguintes profissionais de
saúde capacitados em saúde do idoso para cada módulo de 40 leitos:
- Psicólogo - 03 horas/dia

34.8. Terapeuta Ocupacional


✓ PARA CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO -
HOSPITAL DIA:
• Dependerá de seu horário de funcionamento (06h ou 12h).
• Deverá incluir pelo menos 01 terapeuta ocupacional
- 01 profissional para cada 20 pacientes.

✓ CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - EQUIPE DE


INTERNAÇÃO HOSPITALAR
• Para atendimento aos pacientes idosos internados em leitos de enfermaria
de curta permanência devem ser obedecidos os seguintes profissionais de
saúde capacitados em saúde do idoso para cada módulo de 40 leitos:
- Terapeuta Ocupacional - 08 horas/dia

34.9. Técnico em enfermagem


✓ PARA CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO -
HOSPITAL DIA: 161

• Dependerá de seu horário de funcionamento (06h ou 12h).


• Deverá incluir pelo menos 08 técnicos de enfermagem com competência na
área de geriatria (36h/semana) para cada 20 pacientes

✓ CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - ATENÇÃO


DOMICILIAR
• O serviço deve ter uma equipe interdisciplinar e multiprofissional básica,
com competência em saúde do idoso, formada por médico, enfermeiro e
técnicos/auxiliares de enfermagem.
• O quantitativo destes profissionais deve ser dimensionado de acordo com o
número de pacientes atendidos.
• Para quantificar técnico em enfermagem, estima-se, em média, o
atendimento de 60 (sessenta) usuários para cada EMAD tipo 1 e 30 (trinta)
usuários para cada EMAD tipo 2, mensalmente.
✓ CENTRO DE REFERÊNCIA EM ATENÇÃO A SAÚDE DO IDOSO - EQUIPE DE
INTERNAÇÃO HOSPITALAR
• Para atendimento aos pacientes idosos internados em leitos de enfermaria
de curta permanência devem ser obedecidos os seguintes profissionais de
saúde capacitados em saúde do idoso para cada módulo de 40 leitos:
- Técnicos de enfermagem - 06h/dia/profissional (24h/dia de cobertura) 01
profissional/ cada 05 leitos.

35. SERVIÇO DE APOIO À DIAGNOSE E TERAPIA


Com a Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no SUS, de 2007, do
Ministério da Saúde, foi possível consolidar a Carta dos Direitos dos Usuários da
Saúde, publicada pela Portaria nº 1.820/2009, fundamentando que “toda pessoa
tem direito ao acesso a bens e serviços ordenados e organizados para garantia da
promoção, prevenção, proteção, tratamento e recuperação da saúde”. Ainda,
expõe sobre o direito de a pessoa ter atendimento adequado, com qualidade, no
tempo certo e com garantia de continuidade do tratamento, devendo ser 162

assegurado o uso de tecnologias adequadas e equipe capacitada, as informações


prestadas devem ser claras e objetivas a respeito sobre seu quadro de saúde,
visando a rápida identificação, sendo algumas tais como:
• Possíveis diagnósticos;
• Tipos, justificativas e riscos dos exames solicitados;
• Resultados dos exames realizados;
• Objetivos, riscos e benefícios de procedimentos diagnósticos, cirúrgicos,
preventivos ou de tratamento.

O Serviço de Apoio à Diagnose e Terapia, ou Serviço Auxiliar de Diagnóstico e


Terapia (SADT) tem o objetivo de esclarecer o diagnóstico ou realizar
procedimentos terapêuticos específicos para pacientes que estejam apresentando
sinais e sintomas patológicos.
Os serviços de diagnósticos foram subdivididos para facilitar o cálculo do
dimensionamento de acordo com os parâmetros estabelecidos, sendo:
• Laboratório de Análises Clínicas;
• Laboratório Anatomia Patológica;
• Serviço de radiologia diagnóstica ou intervencionista;
• Diagnósticos da Saúde da Mulher;
• Diagnósticos Materno Infantil;
• Métodos Gráficos em Neurologia;
• Diagnósticos Oftalmologia;
• Diagnósticos em Otorrinolaringologia;
• Métodos Gráficos em Cardiologia;
• Diagnóstico do Sistema Respiratório;
• Diagnóstico Gastroendoscopia;
• Diagnóstico em Urologia;
• Diagnóstico em Hematologia.

35.1. Laboratório Análises Clínicas


163
As informações necessárias para cada tipo de análise seguem conforme as
especificidades. Sendo:

➢ Coleta de Rotina:
• Número de coletas na rotina (sangue e outros) mensal de pacientes internados;
• Quantidade de dias da semana de funcionamento;
• Turnos de funcionamento;
• Profissional que realiza a coleta rotineira: Técnico de Enfermagem ou Técnico
em Análises Clínicas.
➢ Coleta em Regime de Plantão:
• Número de coletas no plantão (sangue e outros) mensal de pacientes
internados;
• Profissional que realiza a coleta rotineira: Técnico de Enfermagem ou Técnico
em Análises Clínicas.
➢ Coleta Ambulatorial:
• Número de coletas (sangue e outros) mensal de pacientes ambulatoriais;
• Quantidade de dias da semana de funcionamento;
• Turnos de funcionamento;
• Quantidade de “box” para coleta;
• Profissional que realiza a coleta rotineira: Técnico de Enfermagem ou Técnico
em Análises Clínicas.
➢ Triagem Neonatal Biológica:
• Quantitativo de exames de triagem neonatal biológica mensal;
• Quantitativo de coletas para triagem neonatal biológica mensal;
• Quantitativo de dias de funcionamento para triagem neonatal biológica
mensal;
• Em qual modalidade a coleta de triagem neonatal biológica é realizada, sendo
pelo pessoal do laboratório: na rotina, no plantão ou posto externo.

O parâmetro, definido pelo Sedimp, para dimensionar a equipe do Laboratório de


Análises Clínicas tem como base a hora assistencial de execução do procedimento a
partir do referencial teórico do ObservaRH, conforme a Tabela 98.
164
Tabela 98 – Hora Assistencial de execução dos procedimentos em Análises Clínicas

PROFISSIONAL DE PROFISSIONAL DE
ÁREAS
NÍVEL SUPERIOR NÍVEL TÉCNICO
HEMATOLÓGICOS E HEMOSTASIA 0,08 0,02
BIOQUÍMICOS 0,02 0,08
SOROLÓGICOS E IMUNOLÓGICOS 0,02 0,08
COPROLÓGICOS/PARASITOLOGIA 0,17 0,17
UROANÁLISE 0,08 0,08
HORMONAIS 0,08 0,08
TOXICOLÓGICOS OU DE MONITORIZAÇÃO 0,08 0,08
TERAPÊUTICA
MICROBIOLÓGICOS - BACTERIOLÓGICOS 0,33 0,25
MICROBIOLÓGICOS - MICOLÓGICOS 0,33 0,25
MICROBIOLÓGICOS - VIROLÓGICOS 0,5 0,25
MICROBIOLOGIA MOLECULAR 0,5 0,25
OUTROS LÍQUIDOS BIOLÓGICOS 0,17 0,25
GENÉTICA 0,5 0,5
IMUNOHEMATOLÓGICOS 0,17 0,08
Fonte: Sedimp.
Tabela 99 – Dimensionamento da Equipe do Laboratório de Análises Clínicas

CARGO QUANTIDADE
MÉDICO – PATOLOGIA CLÍNICA / MEDICINA
3.300 exames/médico/mês
LABORATORIAL

PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR 01 por turno e 01 para 5.000 exames/mês

01 para 900 coletas/mês/modalidade


TÉCNICO DE ENFERMAGEM
(rotina; plantão; posto externo)
01 para 3.000/ exames/mês
TÉCNICO EM ANÁLISES CLÍNICAS
01 para 900 coletas/mês/modalidade
(rotina; plantão; posto externo)
Fonte: Sedimp e ObservaRH.

O parâmetro do cargo de Técnico em Análises Clínicas devido não ter legislação


específica, foi considerado fazendo analogia ao de Técnico de Enfermagem.
Os parâmetros assistenciais para a Triagem Neonatal foram pautados pela
Portaria de Consolidação GM/MS nº 5/2017, assim o Profissional de Nível Superior e 165
Nível Médio será considerado para o serviço, conforme segue:

35.2. Laboratório Anatomia Patológica


As informações necessárias para a realização do dimensionamento da equipe,
segue conforme abaixo:
➢ Anatomopatológico:
• Quantitativo de exames de anatomopatológicos mensal (biópsias, exames
de biologia molecular, entre outros);
• Quantitativo de citologias mensal.
➢ Serviço de Necrópsia:
• Dias de funcionamento;
• Turnos de funcionamento;
• Quantitativo de necrópsia mensal.
➢ Biópsia de Congelação:
• Dias de Funcionamento;
• Turnos de funcionamento.

Vale ressaltar, que se deve indicar a modalidade de atendimento durante o


período noturno e aos finais de semana. O dimensionamento segue conforme a
Tabela 101.

Tabela 100 – Dimensionamento da Equipe do Laboratório de Anatomia Patológica

CARGO PROCEDIMENTO QUANTIDADE


01 para 75 exames/turno de
MÉDICO - CITOPALOGIA CITOLOGIAS
12 horas
BIÓPSIA 01 para 350 exames/mês
MÉDICO - PATOLOGIA 01 para o serviço/turno de 12
CONGELAÇÃO E AUTOPSIA
horas
PROFISSIONAL DE NÍVEL
01 por turno
SUPERIOR
01 para 300 exames/turno de
CITOLOGIAS
TÉCNICO DE 12 horas
CITOPATOLOGIA 01 para 350 exames/turno de
BIÓPSIA
12 horas
AUTOPSIA E CONTROLE DE 01 para o serviço/turno de 12
TÉCNICO EM NECRÓPSIA 166
NECROTÉRIO horas
Fonte: Manual de Parâmetros Mínimos da Força de Trabalho para Dimensionamento da Rede
– SES/DF 2018 e ObservaRH.

Os parâmetros utilizados para dimensionar o cargo de Médico foram


embasados no referencial teórico do Manual de Parâmetros Mínimos da Força de
Trabalho para Dimensionamento da Rede SES/DF – 2018, para a Equipe do Serviço
de Laboratório de Anatomia Patológica, foram utilizados os parâmetros do
ObservaRH.
35.3. Serviço de Radiologia Diagnóstica ou Intervencionista
Com os avanços tecnológicos em saúde, a realização de procedimentos
diagnósticos estão se apresentando com maior acurácia e eficácia, auxiliando na
propedêutica clínica e na identificação precoce no surgimento das doenças,
possibilitando o prognóstico e o plano terapêutico e sua aplicabilidade para o
paciente. Neste sentido, a implantação da Política Nacional de Gestão de Tecnologias
em Saúde, instituída pela Portaria nº 2.690/2009, tendo por objetivo o de maximizar
os benefícios de saúde a serem obtidos com os recursos disponíveis, com
tecnologias efetivas e seguras com enfoque no atendimento equitativo
Com o aprimoramento do processo de incorporação das tecnologias em saúde,
os equipamentos de imagenologia vem ganhando representatividade na área
diagnóstica por meio de métodos radiológicos. Contudo, temos os Serviços de
Radiodiagnóstico que é a unidade médica específica para a execução dos exames
de imagem com a utilização de fonte de radiação ionizante, para subsidiar os
diagnósticos. O procedimento radiológico é definido pelo exame de
radiodiagnóstico ou utilização intervencionista do equipamento de raio-x e, o
conceito de radiodiagnóstico é a prática com a utilização do raio-x.
Os Serviços de Radiologia Diagnóstica ou Intervencionista são contemplados,
por:
Serviços de Radiodiagnóstico Médico e Odontológico:
➢ Serviços de Diagnóstico por Imagem;
➢ Serviços de Radiologia Intervencionista e de Hemodinâmica;
➢ Serviços de Radiologia Médica e Odontológica: 167

• Mamografia;
• Fluoroscopia;
• Tomografia;
• Ultrassonografia;
• Ressonância Magnética Nuclear.

Tabela 101 – Parâmetros de Exames por Imagem - 24 horas

PARÂMETROS DE EXAMES POR IMAGEM 24 HORAS

TIPO DE EXAME DURAÇÃO DO EXAME DURAÇÃO DO LAUDO

RADIOLOGIA CONVENCIONAL 0,17 0,08

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 0,17 0,25

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 0,83 0,5


ULTRASSONOGRAFIA GINECO
0,33 0,25
OBSTÉTRICA
ULTRASSONOGRAFIA GERAL 0,33 0,42
Fonte: Parâmetro Assistencial - Escopo Diagnósticos - DEPAS, 2022.
As informações necessárias para que seja possível realizar o dimensionamento
dos serviços de imagem, são:
• Tipos de Serviços;
• Modalidade de trabalho do profissional;
• Quantitativo de equipamento;
• Quantitativo de exames realizados/mês;
• Procedimentos realizados com sedação;
• O profissional responsável que executará o exame, legalmente habilitado;
• O profissional responsável pela elaboração do laudo, legalmente habilitado.

35.4. Diagnósticos em Saúde da Mulher


O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) elaborado em
1984, foi um marco nas questões de saúde da mulher, visando a qualidade de vida
nas mais diversas dimensões do ciclo de vida feminino em consonância com os
princípios da Humanização. Em 2004, foi instituído a Política Nacional para Atenção 168

Integral à Saúde da Mulher com a proposta de direcionar soluções além dos


problemas voltados a reprodução, mas como problematizar as desigualdades
sociais como determinantes no processo saúde – doença das mulheres, tendo por
objetivo geral o de “promover a melhoria das condições de vida e saúde das
mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e
ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e
recuperação da saúde em todo território brasileiro”.
Assim, a importância de os serviços diagnósticos serem eficientes se deve para
a identificação precoce das patologias que acomete a população feminina, estando
preparada com infraestrutura tecnológica e de recursos humanos capacitados para
a prestação dos serviços.
As informações necessárias para o dimensionamento da equipe dos serviços de
Diagnósticos em Saúde da Mulher, são:
• Quantitativo de equipamentos;
• Quantitativo de exames mensal;
• Turnos e dias de funcionamento;
• Cargo do profissional responsável pela execução e elaboração do laudo dos
exames.
O parâmetro utilizado para o cálculo de dimensionamento será considerado
pelo tempo de execução/realização (hora assistencial), somente nos casos em que
não foram realizados em consulta, assim temos:
Tabela 102 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em Saúde da
Mulher

TIPO DE EXAME EXECUÇÃO LAUDO

COLPOSCOPIA/VULVOSCOPIA 0,17 0,17

ENDOSCOPIA GINECOLÓGICA 0,33 0,17


Fonte: Parâmetro Assistencial - Escopo Diagnósticos - DEPAS, 2022.

Desta forma, serão considerados os profissionais responsáveis pela execução


dos procedimentos os cargos:
169
• Médico – Ginecologia e Obstetrícia;
• Médico – Mastologia.
Em relação a equipe a ser dimensionada para o serviço, será por sítio funcional,
para apoio na realização dos exames, considerando o preparo dos materiais e
instrumental, assim como para a admissão e acompanhamento das pacientes na
realização do exame, sendo os profissionais dos cargos:
• Enfermeiro;
• Técnico de Enfermagem.
Referente ao profissional Enfermeiro para ser considerado no
dimensionamento, é necessário saber se o serviço está integrado ao SADT geral e
se já possui Enfermeiro Responsável Técnico e, referente ao Técnico de
Enfermagem, será considerado 01 por sítio funcional.
35.5. Diagnósticos Materno Infantil
As informações necessárias para o dimensionamento da equipe dos serviços de
Diagnósticos Materno Infantil, são:
• Quantitativo de equipamentos;
• Quantitativo de exames mensal;
• Turnos e dias de funcionamento;
• Cargo do profissional responsável pela execução e elaboração do laudo dos
exames.
O parâmetro utilizado para o cálculo de dimensionamento será considerado
pelo tempo de execução/realização (hora assistencial), somente nos casos em que
não foram realizados em consulta, assim temos:

Tabela 103 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos Materno
Infantil

PROCEDIMENTO EXECUÇÃO LAUDO


CARDIOTOCOGRAFIA 0,33 0,17
170
AMNIOCENTESE 0,5 laboratorial
CORDOCENTESE 0,75 laboratorial
TRIAGEM AUDITIVA
0,33 0,17
NEONATAL
Fonte: Parâmetro Assistencial - Escopo Diagnósticos - DEPAS, 2022.

Os cargos dos profissionais considerados para realização dos exames/laudos em


Diagnósticos Materno Infantil, serão:
• Médico – Ginecologia e Obstetrícia;
• Médico – Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia;
• Fonoaudiólogo.
A equipe de enfermagem será dimensionada com as mesmas premissas do
subitem
35.6. Métodos Gráficos em Neurologia
As informações necessárias para o dimensionamento da equipe dos serviços de
Métodos Gráficos em Neurologia, são:
• Quantitativo de equipamentos;
• Quantitativo de exames mensal;
• Turnos e dias de funcionamento;
• Cargo do profissional responsável pela execução e elaboração do laudo dos
exames.
O parâmetro utilizado para o cálculo de dimensionamento será considerado
pelo tempo de execução/realização (hora assistencial), somente nos casos em que
não foram realizados em consulta, assim temos:
Tabela 104 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em Métodos
Gráficos em Neurologia

PROCEDIMENTO EXECUÇÃO LAUDO

ELETROENCEFALOGRAFIA 1,33 1
171
ELETRONEUROMIOGRAFIA 1,5 0,5
Fonte: Parâmetro Assistencial - Escopo Diagnósticos - DEPAS, 2022.

Os cargos dos profissionais considerados para realização dos exames/laudos em


Diagnósticos Materno Infantil, serão:
• Médico – Neurologia;
• Médico – Neurofisiologia Clínica;
• Enfermeiro;
• Técnico de Enfermagem.
A equipe de enfermagem será dimensionada com as mesmas premissas do
subitem 40.4 Diagnósticos em Saúde da Mulher, ainda, em conformidade com o
PARECER TÉCNICO Nº 001/2020/COREN-PE, o exame de Eletroencefalograma pode
ser realizado pela equipe de enfermagem.
35.7. Diagnósticos em Oftalmologia
As informações necessárias para o dimensionamento da equipe dos serviços
de Diagnósticos em Oftalmologia, são:
• Quantitativo de turnos e dias de funcionamento;
• Horas de funcionamento;
• Quantitativo de equipamentos;
• Quantitativo de exames mensais;
• Se o exame é realizado durante a consulta;
• Profissional responsável pelo exame.

O parâmetro utilizado para o cálculo de dimensionamento será considerado


pelo tempo de execução/realização (hora assistencial), somente nos casos em que
não foram realizados em consulta, assim temos:

Tabela 105 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em


Oftalmologia

PROCEDIMENTO EXECUÇÃO + LAUDO


172
BIOMETRIA ULTRASSÔNICA 0,33
PAQUIMETRIA 0,17
CAMPIMETRIA 0,5
CERATOMETRIA 0,17
FLUORESCEINOGRAFIA 0,5
LASER 0,5
MAPEAMENTO DE RETINA 0,5
PAPILOGRAFIA 0,17
RETINOGRAFIA 0,34
TESTE VISÃO SUBNORMAL 0,5
TOPOGRAFIA OCULAR 0,42
ULTRASSONOGRAFIA OCULAR 0,67
YAG LASER 0,33
Fonte: Parâmetro Assistencial - Escopo Diagnósticos - DEPAS, 2022.
Os profissionais considerados habilitados para realização de exames em
Diagnósticos em Oftalmologia, são:
• Médico – Oftalmologia;
• Enfermeiro;
• Técnico de Enfermagem.

Vale ressaltar, que os profissionais de Enfermagem estão autorizados a


realizarem os exames conforme o PARECER TÉCNICO COREN-DF Nº 027/CTA/2022,
desde que, estejam capacitados e treinados, sendo os técnicos de enfermagem
quando em atuação em realizar os exames permitidos, estejam sob supervisão do
Enfermeiro. A interpretação dos resultados é de responsabilidade exclusiva do
profissional médico.

35.8. Diagnósticos em Otorrinolaringologia


As informações necessárias para o dimensionamento da equipe dos serviços de
Diagnóstico em Otorrinolaringologia, são:
173
• Quantitativo de equipamentos;
• Quantitativo de exames mensal;
• Turnos e dias de funcionamento;
• Cargo do profissional responsável pela execução e elaboração do laudo dos
exames.
O parâmetro utilizado para o cálculo de dimensionamento será considerado
pelo tempo de execução/realização (hora assistencial), somente nos casos em que
não foram realizados em consulta, assim temos:
Tabela 106 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em
Otorrinolaringologia

TIPO DE EXAME EXECUÇÃO LAUDO

ADULTO CRIANÇA
AUDIOMETRIA 0,33 0,66

POTENCIAIS EVOCADOS 1 2

EMISSÕES OTOACÚSTICAS 0,17 0,34 0,17


EVOCADAS
NASOFIBROSCOPIA 0,33 0,66

VIDEOLARINGOSPIA 0,33 0,66

MAPEAMENTO E BALANCEAMENTO
1,5 3 0,51
DE ELETRODOS
Fonte: Parâmetro Assistencial - Escopo Diagnósticos - DEPAS, 2022.

Os profissionais responsáveis pela execução dos exames serão dos respectivos


cargos:
• Médico – Otorrinolaringologia;
• Médico – Neurofisiologia;
• Fonoaudiólogo;
• Enfermeiro.

O Médico e o Fonoaudiólogo conforme as Diretrizes de Atenção da Triagem


Auditiva Neonatal, são os responsáveis pela execução do “Teste da Orelhinha”,
também chamado de Emissões Otoacústicas Evocadas, e conforme o PARECER
174
NORMATIVO Nº 002/2016/COFEN, que refere sobre a atuação do Enfermeiro em
realizar o teste, será considerado responsável pela execução do procedimento
desde que esteja capacitado e treinado.
A equipe de enfermagem será dimensionada com as mesmas premissas do
subitem 40.4 Diagnósticos em Saúde da Mulher.
35.9. Métodos Gráficos em Cardiologia
As informações necessárias para o dimensionamento da equipe dos serviços de
Métodos Gráficos em Cardiologia, são:
• Quantitativo de equipamentos;
• Quantitativo de exames mensal;
• Turnos e dias de funcionamento;
• Cargo do profissional responsável pela execução e elaboração do laudo dos
exames.
O parâmetro utilizado para o cálculo de dimensionamento será considerado
pelo tempo de execução/realização (hora assistencial), somente nos casos em que
não foram realizados em consulta, assim temos:
Tabela 107 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Métodos Gráficos em
Cardiologia

TIPO DE EXAME EXECUÇÃO LAUDO


ECOCARDIOGRAFIA 0,25 0,17

ELETROCARDIOGRAFIA 0,25 0,08

ERGOESPIROMETRIA 0,25 0,25

HOLTER 24 HORAS 0,33 0,25

MAPA1 0,25 0,17

TESTE ERGOMÉTRICO 0,25 0,08


Fonte: Parâmetro Assistencial - Escopo Diagnósticos - DEPAS, 2022.

Os exames poderão ser realizados de acordo com as legislações vigentes dos


respectivos conselhos de classe, conforme área de atuação dos profissionais, 175
sendo:
• Médico – Cardiologia;
• Médico – Ecocardiografia;
• Médico – Cardiologia – Ergometria;
• Médico – Ecografia Vascular com Doppler;
• Enfermeiro;
• Técnico de Enfermagem.
Vale ressaltar, que a equipe de enfermagem em conformidade com o PARECER
TÉCNICO Nº 007/2019/COREN-AL, pode atuar na realização de exames relacionados
conforme competência legal. A interpretação dos resultados é de responsabilidade
exclusiva do profissional médico.

1 Monitorização Ambulatorial da Pressão Ambulatorial


35.10. Diagnóstico do Sistema Respiratório
As informações necessárias para o dimensionamento da equipe dos serviços de
Diagnósticos do Sistema Respiratório, são:
• Quantitativo de equipamentos;
• Quantitativo de exames mensal;
• Turnos e dias de funcionamento;
• Cargo do profissional responsável pela execução e elaboração do laudo dos
exames.
O parâmetro utilizado para o cálculo de dimensionamento será considerado
pelo tempo de execução/realização (hora assistencial), somente nos casos em que
não foram realizados em consulta, assim temos:

Tabela 108 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos do Sistema
Respiratório

TIPO DE EXAME EXECUÇÃO LAUDO

PROVA DE FUNÇÃO PULMONAR 0,25 0,17 176

TESTE DE CAMINHADA 0,25 0,17

ENDOSCOPIA RESPIRATÓRIA 0,75 0,17


Fonte: Parâmetro Assistencial - Escopo Diagnósticos - DEPAS, 2022.

Os profissionais responsáveis pela execução dos exames, serão:


• Médico – Cirurgia Torácica;
• Médico – Endoscopia Respiratória;
• Médico – Pneumologia;
• Enfermeiro.

Vale ressaltar, que a equipe de enfermagem, conforme o PARECER DE CÂMARA


TÉCNICA No. 034/2021/CTLN/COFEN, para a realização do exame da Prova de Função
Pulmonar, também conhecido como Espirometria, está apta em realizar o exame,
desde que comprovada a qualificação técnico-científica. A equipe de enfermagem
será dimensionada com as mesmas premissas do subitem 40.4 Diagnósticos em
Saúde da Mulher.
35.11. Diagnósticos em Gastroendoscopia
Os serviços voltados aos Diagnósticos de Gastroendoscopias devem atender
aos requisitos da RDC Anvisa nº 6/2013, ao qual dispõe sobre as Boas Práticas de
Funcionamento para os serviços de endoscopia com via de acesso ao organismo por
orifícios exclusivamente naturais, garantindo a segurança do paciente.
As informações necessárias para o dimensionamento da equipe dos serviços de
Diagnósticos em Gastroendoscopias, são:
• Unidade e estrutura específica para realização dos exames;
• Quantidade de salas e de leitos, para preparo dos pacientes;
• Quantidade de salas de recuperação pós-anestésica e de leitos;
• Possui CME exclusiva;
• Número de salas de lavagem/pré-lavagem de materiais;
• Quantitativo de equipamentos;
• Quantitativo de exames mensal; 177

• Turnos e dias de funcionamento;


• Cargo do profissional responsável pela execução e elaboração do laudo dos
exames.
O parâmetro utilizado para o cálculo de dimensionamento será considerado
pelo tempo de execução/realização (hora assistencial), assim temos:
Tabela 109 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em
Gastroendoscopia

TIPO DE EXAMES EXECUÇÃO LAUDO

ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA 0,33 0,25

ENDOSCOPIA DIGESTIVA BAIXA 0,75 0,17


Fonte: Parâmetro Assistencial - Escopo Diagnósticos - DEPAS, 2022.

Os profissionais habilitados para realização dos exames e integrantes da equipe,


são:
• Médico – Endoscopia;
• Médico – Endoscopia Digestiva;
• Médico – Anestesiologia.

A equipe de enfermagem será dimensionada conforme segue:

Tabela 110 – Dimensionamento da Equipe de Enfermagem para o Serviço de Diagnósticos em


Gastroendoscopia

CARGO QUANTIDADE

ENFERMEIRO 01 para o serviço

01 para sala de preparo

01/ sala de exame


TÉCNICO DE ENFERMAGEM
01 para 10 leitos em SRPA

01 para sala de lavagem e esterilização


Fonte: ObservaRH.

Vale ressaltar, que os profissionais são dimensionados por turno de


funcionamento. Nos casos em que os procedimentos forem realizados no Centro
Cirúrgico do HUF, a equipe de médicos e de enfermagem serão dimensionadas 178
conforme o item 5. Centro Cirúrgico deste Manual.

35.12. Diagnóstico em Urologia


As informações necessárias para o dimensionamento da equipe dos serviços de
Diagnósticos do Sistema Respiratório, são:
• Quantitativo de equipamentos;
• Quantitativo de exames mensal;
• Turnos e dias de funcionamento;
• Cargo do profissional responsável pela execução e elaboração do laudo dos
exames.
O parâmetro utilizado para o cálculo de dimensionamento será considerado
pelo tempo de execução/realização (hora assistencial), assim temos:
Tabela 111 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo em Diagnósticos em Urologia

TIPOS DE EXAMES EXECUÇÃO LAUDO

URETEROLITOTRIPSIA 1 -
LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA 1 -
ENDOSCOPIA URINÁRIA 0,5 -
EXAMES URODINÂMICOS 0,75 0,25
Fonte: Parâmetro Assistencial - Escopo Diagnósticos - DEPAS, 2022.

O profissional responsável pela execução dos exames, será o:


• Médico – Urologia.

O Técnico de Radiologia será considerado para dimensionado, conforme o parâmetro


do referencial teórico tratado no ObservaRH:
Tabela 112 – Dimensionamento do Técnico em Radiologia do Serviço de Diagnósticos em
Urologia

PROCEDIMENTO QUANTIDADE 179

URETEROLITOTRIPSIA 01/ APARELHO

LITOTRIPSIA EXTRACORPÓREA 01/ APARELHO


Fonte: ObservaRH, 2016.

A equipe de enfermagem será dimensionada com as mesmas premissas do


subitem 35.4 Diagnósticos em Saúde da Mulher. Nos casos em que os
procedimentos sejam realizados no Centro Cirúrgico do HUF, a equipe de médicos
e de enfermagem serão dimensionadas conforme o item 5. Centro Cirúrgico deste
Manual.
35.13. Diagnóstico em Hematologia
As informações necessárias para o dimensionamento da equipe dos serviços de
Diagnósticos em Hematologia, são:
• Quantitativo de equipamentos;
• Quantitativo de exames mensal;
• Turnos e dias de funcionamento;
• Cargo do profissional responsável pela execução e elaboração do laudo dos
exames.

O parâmetro utilizado para o cálculo de dimensionamento será considerado


pelo tempo de execução/realização (hora assistencial), assim temos:

Tabela 113 – Hora Assistencial de execução para Exames/Laudo dos Diagnósticos em


Hematologia

TIPOS DE EXAMES EXECUÇÃO LAUDO

BIÓPSIA DE MEDULA ÓSSEA 1 0,5

MIELOGRAMA 1 0,5
Fonte: Parâmetro Assistencial - Escopo Diagnósticos - DEPAS, 2022.

O profissional responsável pela execução do exame, será o:

• Médico – Hematologia e Hemoterapia


180
• Médico – Hematologia e Hemoterapia Pediátrica.

A equipe de enfermagem será dimensionada com as mesmas premissas do


subitem 40.4 Diagnósticos em Saúde da Mulher. Nos casos em que os
procedimentos sejam realizados no Centro Cirúrgico do HUF, a equipe de médicos
e de enfermagem serão dimensionadas conforme o item 5. Centro Cirúrgico deste
Manual.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este Manual buscou possibilitar a padronização da Metodologia de


Dimensionamento de Pessoal aplicada atualmente para os HUFs da Rede Ebserh, com
o intuito de gerar conhecimento avaliativo e subsidiar os processos decisórios da
instituição relacionados à força de trabalho, visando propor ações para sua
otimização e adequação. Os serviços que não foram abordados ou contemplados
em sua totalidade ou os que vierem a ser criados pelos programas de saúde pública,
serão descritos em próxima obra do Serviço de Dimensionamento de Pessoal da
Rede Ebserh.
Sabendo-se que o quadro de pessoal autorizado faz parte do Contrato Especial
de Gestão assinado entre a Ebserh e as Instituições Federais de Ensino Superior -
IFES, destaca-se a importância do gerenciamento da força de trabalho para a
execução dos serviços propostos
Por fim, o monitoramento das vagas relativas às Unidades Hospitalares ganha
um protagonismo visando a otimização do quadro de pessoal, por meio do 181

conhecimento da lotação dos profissionais, melhor planejamento e distribuição da


mão de obra e priorização de serviços relacionados ao contrato com o gestor do
SUS.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CAPÍTULO I
ABPMP. Association of Business Process Management Professionals. Guia para o
Gerenciamento de Processos de Negócio – Corpo Comum de Conhecimento, 2013. ABPMP
BPM CBOK V3.0. 1ª ed. Disponível em:
https://cdn.ymaws.com/www.abpmp.org/resource/resmgr/Docs/ABPMP_CBOK_Guide__P
ortuguese.pdf Acesso em: 12 set 2022;

ANVISA. Agência Nacional De Vigilância Em Saúde. RESOLUÇÃO-RDC Nº 63, de 25 de


novembro de 2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/rdc0063_25_11_2011.html Acesso
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BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível


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aos órgãos e entidades da administração pública federal quanto aos procedimentos a
serem observados para o dimensionamento da força de trabalho. Disponível em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-sedgg/me-n-7.888-de-1-de-setembro-de-
2022-427278710 Acesso em: 20 set 2022;
182
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2013. Institui a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS), estabelecendo- se as diretrizes para a organização do componente
hospitalar da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt3390_30_12_2013.html Acesso em:
12 set 2022;

CHIAVENATO, Idalberto. Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal. 4. ed. São


Paulo: Atlas, 1999;

EBSERH. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de


2011. Autoriza o Poder Executivo a criar a empresa pública denominada Empresa Brasileira
de Serviços Hospitalares – EBSERH. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12550.htm Acesso em: 12 set
2022;

Marconi, N. Planejamento da força de trabalho no governo federal. Escola de governo do


Paraná. Disponível em:
http://www.escoladegoverno.pr.gov.br/arquivos/File/Ministerio_do_Planejamento/dimen
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CAPÍTULO II
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. CRITÉRIOS E PARÂMETROS PARA O PLANEJAMENTO E
PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE NO ÂMBITO DO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE. Disponível em:
https://www.fehosp.com.br/app/webroot/files/manuais/5ffa8d1e03f7edb01e1eed7b07178c
fb.pdf Acesso em: 22 set 2022.

BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos
servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_
03/leis/l8112cons.

PEINADO, Jurandir; GRAEML Alexandre. Administração da produção: Operações Industriais


e de Serviços. Curitiba: UninceP, 2007

CNES. Site do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. O site cadastra todos os


Estabelecimentos de Saúde: Públicos, Conveniados e Privados, seja pessoa física ou jurídica,
que realizam qualquer tipo de serviço de atenção à Saúde no Âmbito do território Nacional.
Disponível em: https://blog.mettzer.com/referencia-de-sites-e-artigos-online/ Acesso em:
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Cuidados Primários. Disponível em: 183
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/declaracao_alma_ata.pdf Acesso em: 22 set
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CAPÍTULO V
TRABALHO EM EQUIPE: UMA REVISITA AO CONCEITO E A SEUS DESDOBRAMENTOS NO
TRABALHO INTERPROFISSIONAL. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/tes/a/RLtz36Ng9sNLHknn6hLBQvr/?lang=pt#

O cuidado, os modos de ser (do) humano e as práticas de saúde. Disponível em:


https://www.scielo.br/j/sausoc/a/nvGMcCJJmpSSRjsGLhH8fmh/?lang=pt#
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https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=3205332&forceview=1
Em Busca da Interdisciplinaridade: o trabalho multiprofissional na gestão pública em saúde
para a construção do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em:

Decreto nº 26.042, de 17 de dezembro de 1948. Promulga os Atos firmados em Nova York a


22 de julho de 1946, por ocasião da Conferência Internacional de Saúde. Disponível em:
https://legis.senado.leg.br/norma/448709/publicacao/15773314 Acesso em: Nov 2022.

AMBULATÓRIO
Parecer CREMESE n° 003/2013, Resolução CREMEPE n° 01/2005, Resolução CREMEPE nº
17/2017, PORTARIA MS Nº 1.631, DE 1º DE OUTUBRO DE 2015 (anexo)
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/anexo/anexo_prt1101_12_06_2002.pf

Art. 9° da Resolução COFEN 543/2017, para consulta de enfermagem na atenção básica.

Resolução COFFITO nº 444, de 26 de abril de 2014 - anexo II – Quadro 2. Ambulatorial:


Diferenciado /Especializado (ambulatório especializado).

Resolução COFFITO nº 445, de 26 de abril de 2014 – anexo II - Parâmetros de Assistência


Terapêutica Ocupacional em Contexto Ambulatorial Extra-hospitalar de Média ou Alta
Complexidade.

Resolução CFFa Nº 448, de 18 de fevereiro de 2016 – Parâmetros Assistenciais para


Fonoaudiólogo).

Padrões Mínimos para Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde – São Paulo/2017 184

Nota técnica CRP – 09003/2019 – Parâmetros de assistência em contexto de atenção


primária, secundária e terciária de saúde – Conselho Regional de Goiás
Resolução CFN nº 600, de fevereiro de 2018, dispõe sobre atribuições e os parâmetros para
efetividade dos serviços.

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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/legislacao_mental.pdf

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partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências).
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
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Portaria de Consolidação GM/MS nº 4. de 28 de Setembro de 2017 (Consolidou o


Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes). Disponível em:
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento Especializada


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Portaria de Consolidação nº 5. Ministério da Saúde de 28 de setembro de 2017, que trata da


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Título II: Do Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos (origem: PRT MS/GM
158/2016).

Marco Conceitual e Operacional de Hemovigilância: Guia para a Hemovigilância no Brasil


(Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA 2015).
188

ALTA COMPLEXIDADE EM NEUROLOGIA


Portaria GM/MS nº 1161 de 07/07/2005 – Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença
Neurológica

Portaria SAS/MS nº 756 de 27/12/2005 – Habilitação Serviços de Assistência de Alta


Complexidade em Neurocirurgia/Neurologia

Portaria GS/SAS/N° 165 DE 23 DE SETEMBRO DE 1998

Resolução Nº 536, DE 10 DE AGOSTO DE 2021

ATENÇÃO CARDIOVASCULAR DE ALTA COMPLEXIDADE


Portaria GM/MS nº 1.169/2004

Portaria SAS/MS nº 210/2004

Parâmetros e Indicadores De Dimensionamento de Pessoas em Hospitais - PICCHIAI, 2009;

Portaria nº - 307, de 29 de março DE 2016. Aprova o Protocolo de Uso de marca-passos


cardíacos implantáveis e ressincronizadores.
Portaria nº 1.846, de 21 de novembro 2018. Atualiza critérios para habilitação de hospital
como Centro de Referência em Alta Complexidade Cardiovascular no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS).

Resolução CFM Nº 2.221/2018

Portaria de Consolidação nº 01/2022

HEMODINÂMICA E ELETROFISIOLOGIA

Portaria GM/MS nº 210/2004

Portaria de Consolidação nº 2/2017

Resolução CFM nº 2.221/2018.

Portaria de Consolidação nº 1/2022.

ALTA COMPLEXIDADE EM OBESIDADE

Resolução CFM n° 1942/2010 - altera o anexo da resolução CFM 1766/2005;

Resolução CFM n° 2131/2015 - altera o anexo da resolução CFM 1942/2010;

Portaria de consolidação n°3/2017;


189
Resolução CFN nº 600, de 25 de fevereiro de 2018:

ASSISTÊNCIA AOS QUEIMADOS


Portaria GM/MS nº 1.273/2000, republicada pela Portaria de Consolidação nº 3/2017, Anexo
II do Anexo VIII.

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI), UNIDADE DE CUIDADOS


INTERMEDIÁRIOS (UCI), UNIDADE CORONARIANA (UCO), UNIDADE DE CUIDADO
INTERMEDIÁRIO NEONATAL CONVENCIONAL (UCINCo) E UNIDADE DE CUIDADO
INTERMEDIÁRIO NEONATAL CANGURU (UCINCa)
Portaria MS/GM nº 3.432/1998

Portaria MS/GM nº 569/2000

Portaria MS/GM nº 1.169/2004

Portaria MS/ SAS nº 210/2004

Portaria MS/GM nº 1.683/2007;

RDC ANVISA nº 7/2010;

Portaria SAS/MS nº 2.994/2011;


Portaria MS/GM nº 1.459/2011;

Resolução COFFITO nº 392/2011;

Resolução COFFITO nº 402/2011;

Portaria MS/GM nº 930/2012;

Portaria GM/MS nº 895/2017 – Anexos;

Portaria de Consolidação GM/MS nº 3/2017;

RDC ANVISA nº 137/2017;

CFM nº 2.271/2020;

Resolução COFEN nº 625/2020;

Portaria MS/GM nº 715/2022;

Portaria GM/MS nº 3/2017;

DIÁLISE PARA UTI


Diretrizes Clínicas: Insuficiência Renal Aguda. Diretrizes da AMB – Sociedade Brasileira de
Nefrologia. Disponível em: https://www.bjnephrology.org/en/article/insuficiencia-renal-
190
aguda/ Acesso em: nov 2022.

SBN. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Recomendações Técnicas para a realização de


hemodepuração Intra-Hospitalar em ambientes fora da Unidade de Diálise. 2007 Disponível
em: https://www.sbn.org.br/fileadmin/user_upload/portarias/recomendacoes.pdf Acesso
em: nov 2022.

ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. NOTA TÉCNICA Nº 006/2009-


GGTES/ANVISA. Disponível em: https://arquivos.sbn.org.br/uploads/NotaTecnica006-2009-
GGTES-ANVISA1.pdf Acesso em: nov 2022.

RDC ANVISA nº 11/2014;

GESTAÇÃO DE ALTO RISCO


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico [internet]. 5ed. Brasília;
2012:302p. Acesso em: nov 2022 Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_gestacao_alto_risco.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de


Ações Programáticas. Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] – Brasília:
Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp -
content/uploads/2022/03/manual_gestacao_alto_risco.pdf Acesso em: nov 2022.
NOTA TÉCNICA PARA ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE COM FOCO NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E NA ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA – SAÚDE
DA MULHER NA GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO. / Sociedade Beneficente Israelita
Brasileira Albert Einstein. São Paulo: Hospital Israelita Albert Einstein: Ministério da Saúde,
2019. Disponível em:
https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/upload/arquivos/202001/03091259-nt-gestante-
planificasus.pdf Acesso em: nov 2022.
OBSERVARH;

Portaria GS/SAS/N° 165 DE 23 DE SETEMBRO DE 1998;

Portaria GM/MS nº 569/2000

Portaria N° 210 DE 15 DE JUNHO DE 2004;

Portaria SAS/MS N° 123 DE 28 DE FEVEREIRO DE 2005;

Portaria MS N° 756 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2005;

RDC ANVISA Nº36/2008

Portaria GM/MS nº 1.459/2011

Resolução Nº 536, DE 10 DE AGOSTO DE 2021;

Resolução COFEN nº 543/2017 191

Portaria GM/MS nº 715/2022

Portaria GM/MS nº 3/2017.

CASA DA GESTANTE, BEBÊ E PUÉRPERA


Portaria GM/MS nº 1.016/1993

Portaria GM/MS nº 2.068/2016

Portaria GM/MS nº 3/2017.

CENTRO DE PARTO NORMAL


Resolução COFEN Nº 516/2016 – ALTERADA PELAS RESOLUÇÕES COFEN Nº 524/2016 E
672/2021;

Portaria de Consolidação N°3/2017

CENTRO OBSTÉTRICO
Prefeitura de São Paulo. Secretaria de Saúde Municipal. Manual de Rotinas de Enfermagem
do Centro Obstétrico. 4ª ed. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/sms-
sp/2012/sms-8929/sms-8929-5827.pdf Acesso em: 19 dez 2022.

RDC Anvisa nº 36/2008;


Portaria GM/MS nº 3/2017.

BANCO DE LEITE E LACTÁRIO


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Estratégia Nacional para
Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no Sistema
Único de Saúde: manual de implementação / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategia_nacional_promocao_aleitamento
_materno.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações


Programáticas Estratégicas. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança:
orientações para implementação / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
Disponível em: https://central3.to.gov.br/arquivo/494643/

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Banco de leite humano: funcionamento,


prevenção e controle de riscos/Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Anvisa,
2008. Disponível em:
https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_banco_leite.pdf

Portaria MS/GM nº 698/2002

RDC Anvisa nº 50/2002


192
RDC Anvisa nº 171/2006

NUTRIÇÃO CLÍNICA
Portaria MS/SUS N° 272, de 8 de abril de 1998

Resolução - RDC N° 63, de 6 de julho de 2000

Portaria SAS/MS N° 120, de 14 de abril de 2009

Resolução - RDC N° 63, de 6 de julho de 2000

Resolução RDC Nº 503, de 27 de maio de 2021

FARMÁCIA HOSPITALAR
Portaria GM/MS nº 3.916/1998

Resolução CNS/MS nº 338/2004

Portaria de Consolidação nº 2/2017

Padrões Mínimos para Farmácia Hospitalar e Serviço de Saúde, 2017

REDE DE ATENÇÃO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA


Portaria nº 2.338/2011
Portaria nº 1.010, DE 21 DE MAIO DE 2012 - SERVIÇO ATENDIMENTO MÓVEL URGÊNCIA –
SAMU

Portaria nº 1.473, de 18 de julho de 2013

Portaria nº 87, de 22 de janeiro de 2013

UNA-SUS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. Rede de Atenção à Saúde: Rede de


Urgência e Emergência – RUE. são luís, 2015. Disponível em:
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/2435/1/UNIDADE_4.pdf Acesso em: 10 out
2022.

Portaria nº º 2.456, de 11 de novembro de 2014

Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016

Portaria nº 342, de 4 de março de 2013

Portaria nº 2.395, de 11 de outubro de 2011

Portaria nº 2048, de 5 de novembro de 2002

Portaria nº º 1.600, de 7 de julho de 2011

Portaria nº º 1.663, de 6 de agosto de 193

Descrição Sumária das Atribuições dos Cargos dos Hospitais Universitários Federais, 2014

CENTRO DE ATENDIMENTO DE URGÊNCIA AOS PACIENTES COM ACIDENTE


VASCULAR CEREBRAL
Portaria MS/GM Nº 664/2012

Portaria MS/GM Nº 665/2012

LINHA DE CUIDADO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) NO ADULTO. MINISTÉRIO


DA SAÚDE, 2020.

Portaria nº 800, de 17 de junho de 2015

REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL


Portaria GM/MS nº 3088/2011

PRT MS/GM 130/2012

Portaria Consolidada GM/MS nº 3/2017

Portaria nº 3.588/ 2017


CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS
Lei nº 10.216/2001

Portaria GM/MS nº 336/2002

Portaria de Consolidação nº 3/2017

ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA SEXUAL NO


ÂMBITO DO SUS
Lei nº 12.845/2013

Decreto nº 7.598/2013

Portaria GM/MS nº 485/2014

A Portaria MS/GM nº 1.662/2015

Portaria de Consolidação nº 5/2017

ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM DOENÇAS RARAS


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde/Departamento de
Atenção Especializada e Temática/Coordenação Geral da Atenção Especializada. Linha de
Cuidado Pessoas com Condições Raras na Rede de Atenção à Saúde (RAS) – Brasília:
Ministério da Saúde, 2022. 15 p 194

Portaria MS/GM nº 81/2009

Portaria GM/MS nº 199/2014

Portaria de Consolidação nº 6/2017

CENTRO DE REFERÊNCIA EM TRATAMENTO DE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA

Portaria GM/MS nº 2.305/2001

Portaria GM/MS nº 4.271/2010

Portaria SAS/MS nº 714/2010

Portaria SAS/MS nº 1.306/2013

CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO


Portaria GM/MS nº 303/1992

Portaria GM/MS nº 793/2012

Portaria GM/MS/ nº 1.303/2013

Portaria GM/MS nº 492/2013


Portaria de Consolidação nº 3/2017,

Portaria de Consolidação nº 6/2017,

Portaria de Consolidação nº 1/2022.

REABILITAÇÃO AUDITIVA
Portaria nº 2.776, de 18 de dezembro de 2014;

Portaria nº 2.157, de 23 de dezembro de 2015;

Portaria de consolidação nº 3/2017;

Portaria de consolidação nº 6/2017.

CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS


Portaria GM/MS nº 599/2006;

Portaria de Consolidação nº 5/2017;

ATENÇÃO DOMICILIAR;

Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016.


195
SAÚDE DO IDOSO
Portaria nº 825/2016;

Portaria nº 249 de 16 de abril de 2002;

SERVIÇO DE APOIO À DIAGNOSE E TERAPIA;

Portaria GM/MS nº 321/2007;

Portaria nº 1.820/2009;

Portaria nº 2.690/2009;

RDC Anvisa nº 6/2013;

Parecer técnico nº 002/2016/COFEN;

Portaria de Consolidação GM/MS nº 5/2017;

Parecer técnico nº 007/2019/COREN-AL;

Parecer técnico nº 001/2020/COREN-PE;

Parecer de Câmara Técnica nº 034/2021/CTLN/COFEN;


Parecer técnico COREN-DF nº 027/CTA/20

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