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Reiki - Ansiedade
Reiki - Ansiedade
PSICOLOGIA
TOBIAS BARRETO - SE
2024
Departamento Pedagógico
TOBIAS BARRETO - SE
2024
A ansiedade tem sido um transtorno que tem atingido uma grande parte da sociedade, levando
as pessoas muitas vezes a deixarem de cumprir com suas obrigações tanto na escola, quanto
no trabalho que executa. Essas pessoas têm procurado alívio para os sintomas com
Psicólogos e Psiquiatras, que indicam na maioria das vezes os ansiolíticos, os quais nem
sempre resolvem o problema. Com o objetivo analisar o Reiki no tratamento da ansiedade sob
um olhar da Psicologia Transpessoal, o presente estudo traz uma análise a partir de pesquisa
bibliográfica a fim de verificar se a terapêutica contribui para a redução dos sintomas da
ansiedade. Os resultados obtidos mostraram que a terapia Reiki pode diminuir a intensidade
das crises de ansiedade nos pacientes que se submeteram ao tratamento.
ABSTRAC
Anxiety has been a disorder that has affected a large part of society, causing people often to
fail to fulfill their obligations both at school and in the work they do. These people have
sought relief from symptoms with Psychologists and Psychiatrists, who most often indicate
anxiolytics, who do not always solve the problem. In order to analyze Reiki in the treatment
of anxiety from a perspective of Transpersonal Psychology, the present study brings an
analysis based on bibliographic research in order to verify whether the therapy contributes to
the reduction of anxiety symptoms. The results obtained showed that Reiki therapy can reduce
the intensity of anxiety attacks in patients who underwent treatment.
REIKI: SURGIMENTO
FUNDAMENTOS DO REIKI
Desde sempre que, ao sentirmos qualquer dor física, colocamos a mão no lugar onde
dói para aliviar ou acalmar aquilo que está nos causando desconforto no corpo físico. Até
quando estamos vivenciando momentos de muita preocupação, angústia e agonia,
costumamos colocar as mãos na cabeça como forma de sustentação e busca de equilíbrio para
aquele momento. Como se percebe, não é de agora que depositamos nas mãos a certeza de
que elas servem para aliviar nossas dores. É com base nessa realidade que acreditamos que o
Reiki, por ser uma técnica de emissão da energia universal através da imposição das mãos,
pode reduzir e aliviar determinadas patologias de que são acometidas as pessoas em geral,
atuando no corpo físico e nos corpos mental, emocional e espiritual, e agindo não só nos
sintomas, mas nas causas desses sintomas.
Segundo Honervogt (2005), o Reiki é “um tipo de terapia proveitosa oferecida a
indivíduos em situação de saúde e de doença, uma vez que aumenta a energia vital e fortalece
o sistema imunológico.” A energia que é transmitida por esse método de tratamento alcança
todo o sistema de glândulas endócrinas e órgãos do corpo, energizando-os e quebrando
bloqueios energéticos que contribuem para a aquisição de determinadas patologias pelo
indivíduo. O método possui caráter preventivo e harmonizador, que age sempre na causa dos
problemas, já que trata
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dos planos físico, psíquico, mental e espiritual, com resultados concretos em vários problemas
de saúde, como dores físicas, depressão, estresse, entre outros, inclusive na ansiedade, objeto
de estudo deste artigo.
A palavra Reiki é de origem japonesa e formada por dois radicais: Rei e ki. O primeiro
se refere à energia universal, cósmica; e o segundo, à força vital de que todos os seres vivos
são portadores, ou seja, a energia motora da vida de cada ser vivente. Age no plano físico pelo
fluido que emana das
mãos do reikiano (calor das mãos), nos planos emocional, mental e espiritual, a partir dos
símbolos utilizados na aplicação e envio do Reiki, observando as técnicas e as intenções
direcionadas ao paciente. De acordo com Freitag et all (2014), “a imposição das mãos pelo
Reikiano direciona a energia de cura para o corpo do receptor, que flui de forma vigorosa”, ou
seja, o terapeuta de Reiki, no momento da aplicação, é um canal de transmissão dessa energia.
Já existem vários estudos que têm o Reiki como objeto de estudo, bem como seus
efeitos constatados em práticas na saúde em vários locais do Brasil. Esses trabalhos têm
demonstrado que essa prática terapêutica tem proporcionado benefícios à sáude
independentemente de crenças e filosofias religiosas. Ancorados em resultados a partir de
uma metodologia científica de pesquisa, os trabalhos realizados nesse campo de estudo têm
constatado que o Reiki proporciona benefícios psicofiosiológios independentemente da fé.
Em 2004, Babenko apresenta uma dissertação analisando o Reiki como uma prática
terapêutica cuja principal característica consiste na adoção de concepções holísticas do corpo,
da doença e da pessoa. Nesse trabalho, a pesquisadora deixa evidente o processo de expansão
e progressiva institucionalização do Reiki, apontando a etnografia dos espaços reikianos em
Campinas/SP, a partir da reestruturação dos serviços oficiais de atenção à saúde, em especial
no campo da Psicologia, passando a agregar o Reiki à sua prática clínica (BABENKO, 2004).
Outra pesquisa também realizada envolvendo o Reiki foi a de Olson e Hanson (1997 e
2003), os quais:
Nesse trabalho, o autor chega à conclusão de que que a imposição das mãos sobre os
animais que compuseram o universo da pesquisa provocou alterações fisiológicas nos
bichinhos, conforme resultados constatados na Dissertação apresentada à Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, no ano de 2003.
A modernidade veio, e com ela uma gama de segmentos e informações que exigem do
indivíduo uma versatilidade nas atitudes e pensamentos a qual suscita das pessoas habilidades
para vivenciar essa realidade de forma equilibrada. No entanto, o que se vê é uma sociedade
estressada e ansiosa diante desse cenário que não nos é possível mudar. Isso tem deixado as
pessoas cada vez mais com os pensamentos acelerados, na tentativa de se manter em meio a
essa realidade com qualidade de vida. Trabalha-se muito, descansa-se pouco. E a tão sonhada
qualidade de vida demora a chegar.
O termo ansiedade tem se tornado comum no meio social, de certa forma até
banalizado, sem o olhar de uma grande parte das pessoas para o problema, que se manifesta
através de sintomas muitas vezes ignorados tanto por quem os está vivenciando, quanto pelos
familiares da pessoa ansiosa. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que a
prevalência mundial do transtorno de ansiedade (TA) é de 3,6% (FERNANDES ET ALL,
2017). Não raro, pessoas sentem dores de cabeça, formigamentos, taquicardias, entre outros
sintomas, o que as deixam desnorteadas e com medo do que pode acontecer.
Tabela 1
Cardiovasculares: síndrome coronariana aguda, arritmia, insuficiência cardíaca
Neurológicas: epilepsia, tremor essencial, encefalopatia, demência, enxaqueca
Endocrinológicas: hipertireoidismo, hipotireoidismo, hiperparatireoidismo, hipoglicemia,
feocromocitoma, menopausa, doença de Addison, doença de Cushing, cetoacidose diabética,
hipercalcemia, hiperprolactinemia, hiperandrogenismo
Diversas: anemia, delirium, espasmo esofágico, deficiência de ácido fólico, gastrite,
intoxicação alimentar, doença do refluxo gastroesofágico, síndrome do intestino irritável,
insônia, SIADH
Fonte: TelessaúdeRS-UFRGS (2017).
O tratamento deve ser iniciado logo que começarem a aparecer os sintomas e, pelo
fato de a ansiedade ser um transtorno com tendência a se tornar crônico, já que vez por outra a
pessoa vivencia os sintomas, o indivíduo deve manter um acompanhamento regular com um
profissional ou equipe de saúde para esse fim.
Atualmente, existe também tratamento a partir de técnicas de caráter holístico com
evidências, no meio científico, da efetividade na redução do transtorno. Nesse sentido, por se
tratar de problema que envolve o aspecto emocional da pessoa, o tratamento precisa ter um
olhar que vai além nível psicodinâmico, levando em conta as causas de níveis mais profundos,
como por exemplo, as memórias de vida intra-uterina, experiências de vidas passadas,
vivências arquetípicas, estados de êxtase e toda as experiências humanas.
Segundo Matos (1992, p. 09),
Dessa forma, o tratamento com a terapia Reiki pode atuar no desbloqueio de situações
traumáticas vivenciadas pelo indivíduo, levando-o a combater a causa do problema e, com
isso, buscar a cura para tal transtorno. Não raro, vemos a pessoa em estado de ansiedade dizer
ao terapeuta que tudo começou quando vivenciou uma situação que o abalou e dali o
transtorno passou a se manifestar. Quantos traumas não trazemos e deles não temos
lembranças?
Por compreender o ser humano nos aspectos bio-psico-social-espiritual, a abordagem
transpessoal atua nos
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níveis de consciência facilitando a pessoa acessar memórias de vivências não resolvidas e
encontrar uma direção para sua autocura. Nesse sentido, o Reiki, por atuar também nos quatro
níveis que compõem o ser humano – físico, mental, emocional e espiritual – proporciona
bem-estar à pessoa que o recebe, reduzindo os sintomas da ansiedade, por compreender o ser
humano como ser integral. Trata-se, pois, de uma terapia complementar, a qual mantém suas
raízes nas tradições orientais e promove o equilíbrio do corpo e da mente, curando o físico e o
mental.
Em se tratando da ansiedade, que manifesta reações físicas, mas estas de origem
emocional e mental, O Reiki atua profundamente no indivíduo buscando dissolver a causa,
ampliando a consciência de forma holística, isto é, tratando o indivíduo no seu todo. Segundo
Mikao Usui, em entrevista concedida a Ricardo Garé, Veterinário Holístico e Mestre de Reiki,
Essa dialogia que existe entre a Psicologia Transpessoal e a Terapia Reiki consiste na
forma de acesso à causa do problema que afeta o ser humano. Enquanto a primeira utiliza-se
de técnicas que variam do relaxamento à regressão de memória, a segunda também se vale de
métodos que agem na causa do problema, a partir de símbolos que ativam a canalização da
energia Reiki, que atua no corpo e na mente, diluindo padrões negativos advindos muitas
vezes de lembranças inconscientes relacionadas com o passado, vida intrauterina e outras
vivências que nos condicionam a determinadas patologias.
Como todo tratamento terapêutico, o Reiki requer regularidade no processo, a fim de
reequilibrar o indivíduo e conduzi-lo de volta à saúde. As sessões devem ser contínuas e, no
início do tratamento, em intervalos curtos de tempo de uma sessão para outra, de preferência,
em dias seguidos, a depender da necessidade e do nível de ansiedade em que a pessoa se
encontrar.
CONSIDERAÇÕES
FIGUEIREDO, Paulo Henrique de. Mesmer: a ciência negada do magnetismo animal. São
Paulo: Maat, 2017.
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Pensamento, 2005.
FREITAG, Vera Lucia et all. Benefícios do Reiki em população idosa com dor crónica.
2014. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/tce/v23n4/pt_0104-0707-tce-23-04-
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FREITAG, V.L.; ANDRADE, A.; BADKE, M.R. O Reiki como forma terapêutica no cuidado
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http://scielo.isciii.es/pdf/eg/v14n38/pt_revision5.pdf> acesso em: 04 de novembro de 2019.
OLIVEIRA, Ricardo Monezi de. Efeito das práticas do Reiki sobre aspectos
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Disponível em: <https://reikiuniversal.com.br/site/wp-content/uploads/2014/12/Tese-de-
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YIN. R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.