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SUJEITO NA CONTEMPORANEIDADE

sábado, 3 de setembro de 2022 15:13

○ Marco Histórico: Revolução Industrial


○ Corpos construídos para o trabalho: Com o tempo e ritmo impostos aos corpos
agora ditados pelas máquinas houve a construção de sujeitos ‘docilizados’ e
utilitários para o trabalho, tendo, como consequência, uma epidemia de fadiga
e neurastenia em prol do alto rendimento.
Homo Motor : o corpo como uma máquina produtiva
- Referências Cinematográficas:
Tempos Modernos - Charles Chaplin
○ Des-sociabilização que podemos comprovar percebendo o crescente
individualismo, num ‘salve-se quem puder’, a solidão gerada pelas grandes
metrópoles, o aumento da violência e os altos índices de estresse e depressão
nas populações urbanas.

○ sujeito hodierno, voltado para o consumo excessivo, lucro e egocentrismo.

○ NARCISISMO ADVEM DA MITOLOGIA GREGA: Narciso era o nome de um


belo rapaz filho do deus Céfeso e da ninfa Liríope; despertava amor tanto dos
homens quanto das mulheres, mas não correspondia o afeto de ninguém, pois
era vaidoso e arrogante. Devido a isto, a deusa Nêmesis, uma versão da
deusa Afrodite, o condenou a se apaixonar pela própria imagem no lago de
Eco, onde o rapaz apaixonado por si mesmo, definhou até morrer. Após sua
morte, Afrodite o transformou em uma flor, narciso. Para os gregos, a parábola
de Narciso representa que a vaidade, a insensibilidade, o olhar autocentrado,
tendem a ser negativos, até mesmo destrutivos para a condição humana.

○ é curioso pensarmos numa grande massa de deprimidos, justamente numa


época de fartura, de ofertas ilimitadas, de facilidades enormes. Essa
efemeridade das relações, dos bens de consumo, a dinâmica das
comunicações faz com que a necessidade de identificação, motivo pelo qual os
sujeitos vivem em busca de uma identidade. Bauman (2007) denomina esse
fenômeno como sendo a “liquidez da vida”, característica da “sociedade líquido
moderna”141 . Para ele, nessa sociedade, tudo dura muito pouco e os contatos
com várias culturas são inúmeros, fazendo com que a identidade do sujeito
seja uma mescla de várias identidades.

- Hiperconsumidor
O poder de compra agora não significa mais apenas o valor-útil do material, mas
sim a potencialização de si para suprir, para além das necessidades, a satisfação do
status embutido naquele produto. Cria-se uma necessidade irracional do desejo de
consumir algo para que proletário se submeta continuamente à lógica da exploração
da força de trabalho, responsável por retroalimentar o capitalismo, que se
materializa pelo aumento do número de horas trabalhadas, precarização dos hábitos
de consumo e outros problemas que gradativamente aumentam as queixas de
sofrimento psíquico desse ser que se encontra numa posição de frustração por
nunca conseguir alcançar o ideal ao qual é alienado.

ideologia de mercado, sustentada na individualidade, na competitividade e no


consumo. A lógica competitiva coloca os atores na posição de
oponentes permanentes, individualizando-os e separando-os de uma
percepção de pertença a um todo.

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E, para dar a ênfase crítica ao tema, o curta-metragem “Hapiness: a film by Steve


Cutts” (CUTTS, 2017), faz uma apreciação crítica à sociedade contemporânea:
consumista, alienada e dependente das aparências e do consumo como fonte de
“felicidade”. No curta-metragem, as personagens são ratos que personificam o
cenário da globalização em suas diferentes faces: a fábula, a perversidade e a
possibilidade. O curta aborda, também, desde a busca desenfreada pelo
consumismo (ápice na Black Friday) e pelas “marcas globais”, como o trabalho que
prende o ser humano e o explora, os problemas urbanos, as drogas, o álcool e os
remédios como possibilidade de superação do vazio existencial proporcionado pela
Globalização perversa e a falaciosa associação “ter é ser feliz”. Apesar de breve,
apenas 4.16 minutos, possui imensa e abrangente densidade teórica capaz de
conduzir a reflexões profundas sobre a sociedade contemporânea e levar os
estudantes a questionarem os padrões culturais impostos pelo mundo global e pelo
sistema capitalista (BATISTA; FELTRIN; BECKER, 2018).

A máquina ideológica faz crer que a difusão instantânea de notícias realmente


informa as pessoas e que mascarar a felicidade por subterfúgios breves e
alucinógenos conduz a uma experiência de alegria e de saciedade tentando “provar”
que é no sistema que se encontra as soluções para as questões de sua própria
vida. Um mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de saciar as
necessidades e as frustações humanas ao homogeneizar o planeta através da
disposição, cada vez maior, de mercadoria para o consumo cada vez mais intenso e
de supérfluos quando, na verdade, acentua as desigualdades socioeconômicas e
aprofunda as diferenças regionais.
Os alunos do ‘Grupo Fábula” evidenciaram o perigo de “não entender” as falsas
facilidades de sucesso e de felicidade propagadas nas propagandas de produtos

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-07692019000300007
http://www.uel.br/grupo-
estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais9/artigos/mesa_redonda/art5.pdf

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