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Trash of the Count’s Family – Capítulo 10

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Hans ordenou imediatamente que outro servo chamasse Choi Han.

Cale, que estava entrando em seu escritório, logo fez uma pausa e perguntou:
— Onde ele se encontra agora?

— Na cozinha, com Ron e Beacrox.

Será que os três estavam se entendendo como esperado?

— Com base no que me foi dito, ele está aprendendo a cozinhar pratos simples
com Beacrox.

— Cozinhar?

— Sim.

Um canto dos lábios de Cale subiu.

“Cozinhar o caramba.”

Eles chamavam de “cozinhar”, mas provavelmente Choi Han estava


aprendendo sobre tortura, ou Beacrox e Ron estavam admirando sua esgrima.

Kim não precisava vê-los para saber a verdade.

Cale, que agora entrou em seu cômodo de vez, caminhou naturalmente e


sentou-se à sua mesa. Então fez uma outra pergunta ao vice-mordomo, no qual
tinha ficado parado no canto.

— Qual foi o pedido?

— Ah.

Hans pareceu chocado com essas palavras repentinas, antes de rapidamente


colocar uma expressão séria e começar a relatar: Era as informações que Kim
já esperava que fossem.

O vice-mordomo não podia esconder a sua tristeza e decepção enquanto


partilhava sobre o que aconteceu no Vilarejo Harris; ele já havia ido ao conde
com Choi Han para entregar a placa da vila.
— Então se encontraram com o pai?

— Sim. O patrão ordenou imediatamente que fizessem um funeral, enviará


também inspetores, cavaleiros e alguns soldados para investigar.

— Hm…

Hans parou por um momento e hesitou antes de continuar a falar: —


Entretanto, o convidado indicou que não voltará conosco.

O servo recordou o encontro do conde com tal convidado: Lá ele explicou a


situação para Deruth.

Choi Han falava normalmente, porém as pontas de seus dedos estavam


tremendo. Foi então que Hans descobriu que ele tinha apenas 17 anos de idade
e, que só foi capaz de sobreviver porque estava procurando ervas medicinais,
enquanto o massacre ocorria, mas mesmo assim, ainda foi capaz de observar
seus vizinhos e amigos sendo mortos em tão tenra idade.

O quanto de choque ele teria recebido?

— Será que ele vai ficar bem?

Será que não haverá problema para Choi Han em não dizer seu último adeus?
Foi por isso que Hans fez tal pergunta a Cale.

— A decisão é dele.

Kim respondeu à pergunta de Hans e mudou o assunto. Já sabendo o porquê de


Choi Han não querer voltar: ele já havia dito seu último adeus enquanto os
enterrava. Tudo o que lhe restava agora era vingar-se das pessoas que tiraram
a vida dos aldeões.

— Ron tem tomado conta dele?

— Sim. Ele certificou que o convidado comesse todas as refeições. E também


tem sido muito amigável com ele.

Eles de fato pareciam estar se entendendo.

— Ah.

Hans pareceu ter se lembrado de algo enquanto continuava a falar: — O Sr.


Ron parece ter se machucado enquanto trabalhava novamente. Ele tinha
curativos ao redor de seu pulso.
— Sério? Certifique-se de lhe dar algum remédio.

“Ele provavelmente matou alguém de novo…”

Isso era o que Kim estava pensando. Ele logo pôde ouvir a voz de Hans: —
Vou… me certificar de entregar as palavras e sentimentos do jovem mestre a
Ron.

— Tanto faz.

O vice-mordomo abriu a boca para dizer algo enquanto olhava para a


expressão despreocupada de Cale, mas um barulho diferente encheu o
escritório.

Truz-truz!…

Truz-truz!…

Choi Han tinha chegado.

Hans abriu a porta, e Kim pôde vê-lo do lado de fora; ele logo acenou com sua
mão, indicando ao servo para se retirar.

Logo Hans abaixou a cabeça e saiu silenciosamente do escritório.

Somente Cale e Choi Han foram deixados no local.

Kim manteve a escrivaninha entre eles enquanto apontava para a cadeira na


frente.

— Venha sentar-se.

Choi Han olhou lentamente ao redor do escritório enquanto se sentava na


cadeira. Cale lhe deu tempo suficiente para olhar os arredores.

Como um típico herói puro e inteligente, ele gostava de livros. Foi por isso que
a primeira coisa que fez após sair da Floresta das Trevas e chegar no Vilarejo
Harris foi aprender a ler com o chefe da vila.

Após encarar seu arredor por um longo tempo, o olhar do convidado


finalmente pousou em Kim.

— Como posso recompensá-lo?

“Direto ao ponto, hein?“


Cale sorriu vendo como Choi Han não voltou atrás.

Recompensar: Nosso protagonista era minucioso quando se tratava de dívidas


não quitadas.

Cale… Kim Rok-Soo, já tinha percebido que havia mudado algumas partes do
conteúdo de “O Nascimento de um Herói”. Ele também podia ver que ainda
mais coisas mudariam por causa disso, portanto estava tentando ao máximo
não alterar muito mais.

Porém, terá que ir para a capital em breve. Então provavelmente mais coisas
sofrerão alteração.

Cale colocou um pedaço de papel sobre a mesa enquanto olhava para Choi
Han.

— Há uma maneira de você me recompensar, mas preciso primeiro determinar


que será capaz de fazer isso. Em termos simples, esta é uma entrevista.

— Por favor, prossiga.

O indivíduo concordou imediatamente com a palestra de Kim sobre a


verificação de suas qualidades.

Cale começou a perguntar: — Você sabe como proteger pessoas?

Choi Han vacilou pela primeira vez e depois de um momento, perguntou: —


Como assim…?

O olhar de Kim começou a ficar mais aguçado. Ele estava olhando para o
pedaço de papel em cima da mesa.

Embora tivesse que mudar rapidamente seu plano, isso poderia lhe trazer mais
ganhos do que antes; ele poderá impedir que a party de Choi Han consiga uns
Poderes Antigos, enquanto toma os que precisa para si mesmo.

Esses poderes seriam inúteis para eles de qualquer forma.

Cale manteve seu olhar no papel enquanto continuou a falar: — É simples.


Você é capaz de proteger pessoas ao invés de matá-las?

O silêncio encheu a sala.

Choi Han não tinha uma resposta.


Kim tirou seu olhar do papel e visou a pessoa sentada à frente.

O convidado estava lá, sentado com a cabeça baixa, mas acabou respondendo.

— Não tenho certeza.

— Tch.

Cale clicou sua língua. Mas logo fez outra indagação: — Mas você consegue
matar pessoas?

E uma resposta veio facilmente desta vez: — Sem sombras de dúvidas.

— Então deve ser capaz de protegê-las também.

Os olhos de Choi Han tremeram por um momento.

— Isso é difícil.

— Mas difícil não significa impossível.

Não havia muitas coisas no mundo que você pudesse evitar porque era
“difícil”.

A vida que Kim Rok-Soo tinha vivido era assim. Por isso estava grato em
possuir o corpo de um lixo como Cale; que podia fazer o que quisesse.

Mas pela primeira vez, infelizmente, havia uma montanha na qual precisava
escalar para ter aquele maldito futuro pacífico.

Kim então estava procurando alguém para escalar aquela montanha para ele.

Choi Han tinha um sorriso amargo em seu rosto.

— Acho que você tem razão.

— Sim, tenho. Agora a pergunta final da entrevista.

— Vá em frente.

Cale visou o olhar firme de Choi Han enquanto fazia a última pergunta.

— Qual é o seu nome?

— Você não sabe meu nome?”


“Claro que sei. Você é a pessoa que ia me espancar.”

— Eu soube através de outros. Mas quero ouvir diretamente de você.

— Choi Han.

O convidado estendeu a mão.

— Meu nome é Choi Han.

Cale apertou sua mão.

— Ótimo. Eu sou Cale Henituse.

A pequena conversa chamada entrevista terminou rapidamente. E claro, o


convidado foi aprovado.

Cale empurrou o papel sobre a mesa em sua direção.

— A maneira de como você pode me recompensar é simples.

Havia dois nomes escritos no papel. Também indicava onde ele iria encontrá-
los.

— Vá para a capital com essas pessoas.

Rosalyn e Lock.

Dois indivíduos; sendo mais exato, era os nomes de dois membros de party que
Choi Han encontraria em seu caminho para a capital.

Beacrox e estas duas pessoas cresceriam e ficariam fortes com o protagonista


até o volume 5.

Uma era a princesa de um reino vizinho que estava retornando ao seu


território após sobreviver a uma tentativa de assassinato, e o outro era uma
criança. Bem, esse garoto era o herdeiro do Rei dos Lobos; para ele era
possível se transformar num lobisomem.

A Princesa Rosalyn era forte e fria. Ela tinha a força mais explosiva depois de
Choi Han e usava-a de forma lógica.

Ela não estava interessada em assumir o controle do trono. Ao invés disso, seu
objetivo era fundar a maior Torre Mágica do continente; e ao decorrer da
história se tornaria uma heroína.
“O arquiduque do reino, que tentou assassinar Rosalyn, será torturado por
Beacrox no futuro.”

O coração de Kim começou a tremer ao lembrar o quão clara e descritiva tinha


sido a cena da tortura na novel. Seu coração parecia estar tremendo demais
hoje em dia.

— Rosalyn e… Lock…?

Cale acenou com a cabeça com a voz de Choi Han.

— Sim. Esses dois. Estou feliz que saiba ler.

O protagonista continuou a olhar fixamente para os nomes. Já o olhar de Cale


caiu apenas sobre um.

“Lock…”

Este mundo tinha outras raças, tais como: Elfos, Anões e Bestiais. No entanto,
a mais secreta de todas as raças era os bestiais.

Bestiais; isso incluía feras, pássaros e até insetos. Eles eram diferentes dos
monstros por causa da existência de consciência.

“Lock tem o sangue mais puro da Tribo dos Lobos.”

As pessoas com a linha de sangue mais pura tendem parecer fracas e medianas
quando estão em sua forma animal ou humana. No entanto, uma vez que
entram no Modo Berserk, se tornam mais cruéis e violentos do que qualquer
um.

E, infelizmente ou felizmente, Lock seria o único sobrevivente de toda a sua


tribo.

Cale tirou um mapa de uma gaveta e o abriu em cima da mesa.

— Você vai começar sua viagem comigo.

Ele então apontou para um local no mapa.

— Vamos nos separar neste ponto. Depois basta seguir o que eu escrevi no
papel.

Choi Han não fez nenhuma pergunta e apenas escutou calmamente. Kim o
observou por um pouco. Havia uma razão para o protagonista ter que ir com
ele até aquele ponto específico.

“Eu preciso evitar aquele dragão.”

No início de “O Nascimento de um Herói”, como qualquer outra novel, novos


vilões tinham que aparecer depois de Cale. Entretanto, esses vilões não eram
tão fáceis como o Lixo original.

O vilão seguinte é um certo marquês que liderava uma das facções nobres.

Durante todo o início da novel, ele se mete no caminho do Príncipe Herdeiro e


de Choi Han. Mas acaba sendo arruinado em torno do volume 2.

O protagonista se encontra com o marquês pela primeira vez nesta viagem à


capital.

“Aquele desgraçado criou um dragão louco.”

Era definitivamente um dragão louco; mesmo sendo apenas um filhote.

O Dragão Negro estava sendo torturado em segredo pelo futuro sucessor do


marquês. Na verdade, eles estavam tentando domá-lo.

“Eles são todos birutas. Dragões são os seres mais fortes do mundo, como
pensavam ser capazes de controlá-lo?”

O marquês conseguiu pôr as mãos num ovo de dragão através da Organização


Secreta e o acorrentou com correntes restritivas de mana assim que eclodiu.

Kim não conseguiu saber a extensão do poder dessa Organização Secreta.

Mas seriam os dragões chamados de seres mais fortes do mundo sem nenhuma
razão? Este filhote dragão, que tinha menos de 5 anos de idade, ainda era um
deles.

No final, ele enlouquece.

Mesmo jovem, na novel, teve mana o suficiente para destruir as correntes que
restringiam seu poder; bem, como ele era restrito, o poder responsável foi na
verdade sua própria força vital.

Depois de viver em uma caverna e ser torturado todos os dias sem nunca poder
ver a luz do sol, o filhote dragão corta sua própria força vital para encontrar a
liberdade.
Depois de conseguir escapar, acaba perdendo sua racionalidade e fica furioso.

O vilarejo que Choi Han estava ficando na época quase acaba em perigo por
causa dele, e por isso o protagonista acaba lutando.

O pequeno dragão tinha menos de 1 metro de comprimento.

Ele tinha conseguido explodir uma montanha com aquele pequeno corpo e
colocar os aldeões em perigo significativo. No entanto, Choi Han não
conseguiu o atacar facilmente.

Seus olhos, que haviam perdido sua racionalidade, estavam em dor e cheios de
tristeza.

Mas, a boca do dragão negro estava sorrindo. Choi Han achou isso
extremamente triste.

O protagonista acaba matando o dragão e dando a ele a liberdade chamada


morte.

Cale terá que passar por aquele vilarejo.

“Ou Choi Han o mata primeiro ou eu evito que ele enlouqueça descobrindo
uma maneira de libertá-lo.”

Não havia outra escolha já que estava a caminho da capital; claro, ele podia
fazer um desvio para evitar aquela vila, mas ele era extremamente longo, o que
exigiria um bom tempo e mudaria o fluxo da história. Kim também chegaria
atrasado na capital se fizesse isso.

“Por ser um dragão, ele é descrito como sendo muito bonito…”

A novel descreveu o Dragão Negro como uma existência bela. Mencionou


também que era ainda mais assustador que uma existência tão fofa tivesse
enlouquecido e causado o caos.

—…

Logo, Kim decidiu parar de pensar no dragão, e em vez disso deu a Choi Han o
resto da ordem.
— Venha para a capital com os donos destes dois nomes. Essa é a sua maneira
de me recompensar.

Choi Han fez uma pergunta.

— Eu só preciso proteger estas pessoas…?

— Praticamente.

Bem, essas duas pessoas já devem ser fortes o suficiente para não precisarem
da proteção de Choi Han. Especialmente a Princesa Rosalyn, ela não se
mexeria nem um centímetro mesmo se um caminhão carregado de Cales
com Escudo Indestrutível a atacasse, todos ao mesmo tempo.

— No entanto, você deve definitivamente vir para a capital. Também deve me


encontrar lá ileso. Consegue ao menos se proteger, certo?

Kim e Choi Han não devem ter nenhuma outra razão para se encontrarem
novamente depois disso.

O protagonista terá outro encontro fatídico com a Organização Secreta após se


envolver com Lock. Tal encontro permitirá que ele pare o perigo na capital,
como na novel.

— Por que não está respondendo? Você consegue?

O olhar de Choi Han se tornou um pouco mais claro.

— Sim, eu consigo.

Ele parecia estar falando num tom mais respeitoso do que antes, mas Cale
simplesmente deixou que assim fosse.

“Eu deveria ter bebido enquanto fazia isso.”

Kim relaxou um pouco depois de vê-lo colocar o papel no bolso do peito.

Foi realmente cansativo falar com Choi Han com o corpo de um lixo.

— Já pode ir embora.

Cale encostou as costas na cadeira e viu o convidado alcançar a porta antes de


começar a falar novamente.

— Aliás, tudo o que discutimos aqui é segredo. Tenho certeza de que não
precisava lhe dizer isso…

Choi Han não olhou para trás e respondeu quando ele abriu a porta.

— Claro…

Sua voz parecia indicar que estava sorrindo, mas Cale não se importou.

Uma vez sozinho, pegou um pedaço de papel e uma caneta e começou a


escrever em coreano. Depois de escrever por um tempo, deixou o seu
escritório e dirigiu-se ao escritório de seu pai.

— Pai.

— Sim?

— Eu preciso de dinheiro.

— Está bem. Vou dizer ao Hans para lhe providenciar algum.

Kim precisava de muito dinheiro…

Cale estava agora deitado na cama com outro cheque de 10 milhões de galões
encostado em seu peito: Ron se aproximou dele e colocou uma garrafa na
mesa-de-cabeceira enquanto começava a falar.

— É chá quente de limão com mel. Meu filho o fez especialmente para você,
jovem mestre. Tenha uma ótima noite… estarei sempre ao seu lado.

A sonolência de Cale desapareceu em um instante.

Não importava o que acontecesse, ele precisava se certificar de que esses dois
fossem embora com Choi Han…

No dia seguinte, assim que acordou, Cale Henituse dirigiu-se para a favela.

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