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CLÍNICA DE MATEMÁTICA

UMA TERAPIA PARA A MENTE

NÚMEROS COMPLEXOS

Im

3•w1

w2 • w
• • 0 Re
−3 3


−3 w3

Artur Silva Santos


São Luı́s - MA
2023
Sumário

NÚMEROS COMPLEXOS 0
1 - Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 - A forma algébricao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
⊕ Primeira lista de terapias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.1 - Plano de Argand-Gauss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 - Operações de números complexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3 - Conjugado de números complexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.4 - Potências de i . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
⋆ - Terapias resolvidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3 - A forma trigonométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.1 - Operações na forma trigonométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.2 - Potenciação na forma trigonométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.3 - Radiciação na forma trigonométrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
⊕ Segunda lista de terapias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Q
Testes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
1

NÚMEROS COMPLEXOS

1 Introdução

Resolver equações tem fascinado os matemáticos ao longo da história. Antigos


matemáticos da Babilônia foram capazes de resolver algumas equações quadráticas
em termos do que hoje chama-se completamento de quadrado.
Os matemáticos gregos, que obtiveram um papel importante no
desenvolvimento da matemática, já resolviam certos tipos de equações do segundo
segundo grau usando réguas e compassos. Enquanto isso, a conquista romana da
Grécia efetivamente acabou com o domı́nio da matemática grega.
Com o fim do Império Romano e ascensão do cristianismo, a Europa entrou
na idade das trevas, e o desenvolvimento da matemática ficou nas mãos de árabes e
hindus. Estudos avançados de matemáticas hindus em álgebra e Baskara é o nome
que vêm imediatamente à mente quando falam de equações do segundo grau. No
entanto, a fórmula de Bhascara não foi descoberta por ele, mas por Sridhara, um
matemático hindus do século XI.
Lembre-se que dada a equação ax2 + bx + c = 0 com a , 0 a fórmula de Sridhara
garante que suas raı́zes são
√ √
−b + b 2 − 4ac −b − b 2 − 4ac
x= ou x = ·
2a 2a

De acordo com a equação ax2 +bx +c = 0 com a , 0, o número ∆ = b 2 −4ac pode


aparecer negativo. No entanto, isso não incomodou muito os matemáticos da época.
Nesse caso, eles simplesmente diziam que não há solução para o problema.
O interesse pelo estudo da matemática ressurgiu na Europa em meados do
século XVI, mais especificamente na Itália, quando a ciência européia ainda
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discutia a validade do uso de números irracionais e negativos. Foi então que os
matemáticos italianos Tartaglia e Geronimo Cardano descobriram uma forma de
resolver equações do tipo x3 + ax + b = 0.
Em seu livro Ars magna, Cardano (1501-1576) formulou pela primeira vez a
fórmula
s r s r
3 b b2 a3 3 b b 2 a3
x= + + + − − + (1)
a 4 27 a 4 27
como soluções de uma equação do tipo x3 + ax + b = 0, em que a e b são números
b 2 a3
reais e positivos. No entanto, a fórmula (1) só poderia ser aplicada para + > 0,
4 27
porque na época não era possı́vel extrair raiz quadrada de número negativo.
Enquanto isso, o matemático Raphael Bombelli (1526-1573), um admirador da
obra Ars magna, considerou o estilo de exposição de Cardano pouco claro (ou, em
suas próprias palavras, ma nel dire fù escuro). Ele então decidiu escrever um livro que
abordasse o mesmo assunto, mas de uma forma que os iniciantes aprendessem sem
nenhuma referência adicional. Ele publicou os três volumes l’Algebra em Veneza em
1572, que se tornaram muito influentes. No segundo capı́tulo desse trabalho, ele
estuda a solução de equações de grau 4 ou menor. Em particular, nas páginas 294
em diante, ele considera a equação x3 = 15x + 4. Ao resolvê-lo, por cálculo direto,
ele verificou que 4 era uma raiz da equação, pois
43 = 64 = 60 + 4 = 15 · 4 + 4.

Então ele tenta ver se encontra a raiz de 4, aplicando a fórmula de Cardano


para o cálculo de uma raiz, obtém-se
q q
3 √ 3 √
x = 2 + −121 + 2 − −121 (2)

Por causa desse resultado, Bombelli argumentou que a equação não deve ter

solução, pois −121 não é um número real. Porém, ele sabia que x = 4 era uma das
raı́zes da equação.
Assim, pela primeira vez, nos deparamos com uma situação em que a equação
proposta tem solução apesar das raı́zes negativas. Portanto, é necessário entender o
que está conectado.
Para superar esse problema, Bombelli tentou encontrar regras para lidar com

raı́zes quadradas de números negativos. Foi quando ele começou a tratar −1 como
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um número arbitrário e, usando as mesmas regras de álgebra elementar, conseguiu
mostrar que
q q
3 √ 3 √
x= 2 + −121 + 2 − −121
era a raiz da equação que ele estava tentando resolver.
Logo, concebe a existência de expressões da forma
√ √
a + −b e a − −b (3)
que possam ser consideradas, respectivamente, como
q q
3 √ 3 √
2 + −121 e 2 − −121.

Substituindo as expressões (3) na igualdade (2), ele escreve


 √   √ 
a + −b + a − −b = 4.

Nesse caso, felizmente, as quantidades inexistentes anulam-se, obtendo a = 2.


Com esse resultado, é possı́vel retornar à equação
 √ 3 √
a + −b = 2 + −121
e deduzir que b = 1. Assim, obtém-se
p3 √ √
2 + −121 = 2 + −1
p3 √ √
2 − −121 = 2 − −1
√ ✟ √ ✟
✟ + 2 − −1
Portanto, o valor de x é x = 2 + ✟−1 ✟ = 2 + 2 = 4.

Desde então, os matemáticos começaram a estudar e trabalhar a raiz quadrada


de números negativos cada vez mais sistematicamente. Nesse trabalho, sempre
que possı́vel, eles usavam as mesmas propriedades dos números reais para adição,
subtração, multiplicação, etc.

Albert Girard (1590-1633) que introduziu a notação −1 em 1629 para escrever

a raiz quadrada de número negativo da forma a + b −1. Então,
√ p √ √ √
2 + −16 = 2 + 16 × (−1) = 2 + 16 × −1 = 2 + 4 −1.

Já em 1637, René Descartes (1596-1650) usava a notação a + b −1 para chamar
pela primeira vez a de parte real e b de parte imaginária.
A notação i foi usada pela primeira vez por Leonhard Euler (1707-1783) em
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√ √
1777 para representar −1. Portanto, 3 + 5 −1 passou a ser escrita como 3 + 5i.
No entanto, i foi impresso pela primeira vez em 1794 e tornou-se amplamente
aceito depois que foi usado por Karl Friedrich Gauss (1777-1855) em 1801.
Mas no final do século XVIII e inı́cio do século XIX, especialmente após o
trabalho do matemático Gauss, os números da forma a + bi passaram a serem
chamados de complexos e esses números ganharam status no domı́nio numérico,
merecendo todo um estudo organizado em torno de sua aplicação e forma de
interesse matemático.

2 A forma algébrica

Nesta seção, cada número complexo será representado em sua forma algébrica,
e geometricamente, através de um ponto no plano de coordenadas cartesianas,
chamado plano de Argand-Gauss ou plano complexo, em homenagem ao matemático
Gauss.

Definição 1
Um número complexo é uma expressão da forma z = x + yi
denominada forma algébrica, em que x e y são números rais, x

é a parte real, y é a parte imaginária e i = −1 é a unidade
imaginária.

Exemplo 1. Os números a seguir são números complexos.


a) z = 1 + 2i, em que x = 1 e y = 2;
√ √
b) z = 2i, em que x = 0 e y = 2;
c) z = 3, em que x = 3 e y = 0.
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Saiba mais
O conjunto formado pelos números da forma z = x + yi, em que x e y
são números reais, chama-se conjunto dos números complexos e
denota-se por C.
R ⊂ C.

Exemplo 2. Calcular as raı́zes quadradas a seguir.



a) −4.
√ p √ √ √
Resolução: observe que −4 = 4 · (−1) = 4 · −1 = 2 −1.
√ √ √ √
Substituindo −1 = i na igualdade −4 = 2 −1, obtém-se −4 = 2i.

b) −9.
√ p √ √ √
Resolução: note que −9 = 9 · (−1) = 9 · −1 = 3 −1.
√ √ √ √
Substituindo −1 = i na igualdade −9 = 3 −1, resulta −9 = 3i.

c) −25.
√ p √ √ √
Resolução: observe que −25 = 25 · (−1) = 25 · −1 = 5 −1.
√ √ √ √
Substituindo −1 = i na igualdade −25 = 5 −1, obtém-se −25 = 5i.

d) −84.
√ p √ √ √ √ √
Resolução: note que −84 = 4 · 21 · (−1) = 4 · 21 · −1 = 2 21 · −1.
√ √ √ √
Substituindo −1 = i na igualdade −84 = 2 21 · −1, resulta
√ √
−84 = 2 21i.

Exemplo 3. Resolver as equações a seguir.


a) x2 + 4 = 0
Resolução: seja

x2 + 4 = 0 =⇒ x2 = −4 =⇒ x = ± −4 =⇒ x = ±2i =⇒ x = −2i ou x = 2i.

Logo, S = {−2i, 2i} .


b) x2 + x + 1 = 0
Resolução: sejam a = 1, b = 1 e c = 1. Como ∆ = b 2 − 4ac, então

∆ = 12 − 4 · 1 · 1 =⇒ ∆ = 1 − 4 =⇒ ∆ = −3.
Prof. Me. Artur Silva Santos √ 6
−b ± ∆
Substituindo b = 1 e ∆ = −3 na igualdade x = , obtém-se
2a
√ √ √ √
−1 ± −3 −1 ± 3i −1 − 3i −1 + 3i
x= =⇒ x = =⇒ x = ou x = ·
2·1 2 2 2
( √ √ )
−1 − 3i −1 + 3i
Logo, S = , ·
2 2

⊕ Primeira lista de terapias

Resolver as equações a seguir.


a) x2 + 9 = 0 b) x3 + 25x = 0 c) x2 + 2x − 3 = 2(x − 2) d) x2 − 2x + 3 = 0
e) −2x2 − 3x − 4 = 0 f) 6x2 + 5x + 2 = 0 g) x2 − 4x + 5 = 0 h) x2 − 2x + 5 = 0

2.1 Plano de Argand-Gauss

Por volta de 1800, Gauss deu significado geométrico ao número complexo


z = x + yi, associaçando um par ordenado (x, y) e representando-o como um ponto
no plano. Portanto, fixe um sistema de coordenadas no plano, como mostrado na
Figura 1, o complexo z é representado pelo ponto P = (x, y).

eixo imaginário

y • P = (x, y)

0 x eixo real

Figura 1: Plano de Argand-Grauss


O ponto P = (x, y) chama-se imagem ou afixo do complexo z.
Tendo em vista que a correspondência entre um composto e sua imagem é
biunı́voca, ou seja, um-a-um, podemos reconhecê-los com base em suas imagens,
denotando z = x + yi = (x, y).
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Observa-se no plano de Argand-Gauss que os números representados no eixo
x têm a forma (x, 0) = x + 0i = x, ou seja , são números reais e os representados no
eixo y a forma (0, y) = 0x + yi = yi, ou seja , são números imaginários, denominados
imaginários puros. O eixo x chama-se eixo real e o eixo y chama-se eixo imaginário.

Fique atento
A abscissa do complexo (x, y), denotada por Re(z) = x, chama-se
parte real de z e a ordenada, denotada por Im(z) = y, chama-se
parte imaginária de z.

Não esqueça

• Um número complexo z é um número real se, e somente, se


Im(z) = 0 e Re(z) , 0.
• Um número complexo z é um imaginário puro se, e somente,
se Im(z) , 0 e Re(z) = 0.

Exemplo 4. Calcular os valores de a e b reais de modo que z = (2a + 6) + (b 2 − 121)i


seja
a) um número complexo real;
b) um número complexo imaginário puro.
Resoluções: sejam Re(z) = 2a + 6 e Im(z) = (b 2 − 121)i.
a) como um número complexo z é um número real se, e somente, se Im(z) = 0 e
Re(z) , 0. Então,

b 2 − 121 = 0 =⇒ b 2 = 121 =⇒ b = ± 121 = ±11 =⇒ b = −11 ou b = 11.

b) como um número complexo z é um imaginário puro se, e somente, se Im(z) , 0 e


Re(z) = 0. Então,

−6
2a + 6 = 0 =⇒ 2a = −6 =⇒ a = =⇒ a = −3.
2
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2.2 Operações de números complexos

Operação de adição
Dados z = a + bi e w = c + di dois números complexos, em que a, b, c
e d são números reais. Então,

z + w = (a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b + d)i.

Exemplo 5. Dados z = (3 + 2i) e w = (−4 + 7i) dois números complexos, calcule z + w.


Resolução: seja

z + w = (3 + 2i) + (−4 + 7i) = (3 − 4) + (2 + 7)i = −1 + 9i.

Logo, z + w = −1 + 9i.

Operação de Multiplicação
Dados z = a + bi e w = c + di dois números complexos, em que a, b, c
e d são números reais. Então,

z · w = (a + bi)(c + di) = (ac − bd) + (ad + bc)i.

Justificativa: sejam z = a + bi e w = c + di, então


−1
i 2✼
z · w = (a + bi)(c + di) = ac + adi + bci + bd✓ ✓ = ac + adi + bci − bd

= (ac − bd) + (ad + bc)i.

Exemplo 6. Dados z = 1 + 2i e w = −3 + 4i dois números complexos, calcule z · w.


Resolução: seja

z · w = (1 + 2i)(−3 + 4i) = 1 · (−3) + 1 · 4i + 2i · (−3) + 2i · 4i


−1
i 2✼
= −3 + 4i − 6i + 8✓ ✓ = −3 − 8 − 2i = −11 − 2i.

Logo, z · w = −11 − 2i.


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Igualdade de números complexos


Dois números complexos são iguais se, e somente se, suas partes reais
e imaginárias são, respectivamente, iguais.
Noutras palavras: se z = a + bi e w = c + di são dois números
commplexos, em que a, b, c e d são númerosreais, então

z = w =⇒ a + bi = c + di ⇐⇒ a = c e b = d.

Em particular, a + bi = 0 se, e somente se, a = 0 e b = 0.

Exemplo 7. Resolver a equação 3(a + bi) − (a − bi) = 2 + 8i, com a e b reais.


Resolução: para resolver a equação, basta calcular os valores de a e b. Então,

3(a + bi) − (a − bi) = 3a + 3bi − a + bi = 2a + 4bi.

Logo, 2a + 4bi = 2 + 8i.


Como 2a + 4bi = 2 + 8i então pela igualdade de números complexos, obtém-se
 2


 2a = 2 =⇒ a = =⇒ a = 1


 2



 8
 4b = 8 =⇒ b = =⇒ b = 2

4
Portanto, a = 1 e b = 2.

2.3 Conjugado de números complexos

Definição 2
Dado z = x + yi um número complexo, chama-se conjugado de z,
denotado por z, o número complexo z = x − yi, em que x e y são
números rais.

A Figura 2 mostra que números complexos conjugados têm imagens simétricas


em relação ao eixo real.
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Im(z)

y • (x, y)

x Re(z)
0

−y • (x, −y)

Figura 2: Conjugado de números complexos.

Fique sabendo
o produto de um número complexo pelo seu conjugado é um número
real.

Justificativa: sejam z = a + bi e z = a − bi dois números complexos, em que a e b são


números reais. Então,
−1
2 ✼

2 2
i = a2 + b 2 .
z · z = (a + bi)(a − bi) = a − b ✓

Fique de olho
No conjugado de um número complexo apenas o sinal da parte
imaginária do número complexo é trocado.

Exemplo 8. Nos números complexos a seguir são mostrados os seus respectivos


conjugados.
a) se z = 1 − 2i, então z = 1 + 2i;
√ √
b) se z = 3, então z = 3;
c) se z = 7i, então z = −7i.
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Divisão de números complexos


Dados z e w dois números complexos, então
z z w
= ·
w w w

z
Exemplo 9. Dados z = 2 − i e w = 3 + i dois números complexos, calcule ·
w
z z w
Resolução: como = · , então
w w w
−1
2−i i✓
2 − i 3 − i 6 − 2i − 3i + ✓✼
2 6 − 5i − 1 5 − 5i ✓5(1 − i)
= · = −1
= = =
3+i 3+i 3−i 9 − (−1) 9+1 ✓
5·2
i✼
32 − ✓✓
2

1−i 1 1
= = − i·
2 2 2
z 1 1
Logo, = − i·
w 2 2

Teorema 1
Se z e w são dois números complexos, então
i) (z + w) = z + w;
ii) (z − w) = z − w;
iii) z · w = z · w;
 
z z
iv) Se w , 0 então = ;
w w
v) Se z é real então z = z;
vi) z = z.

Prova: para provar os itens de i) a iv) considere z = a + bi e w = c + di, em que a, b, c


e d são números reais.
i) Seja z + w = (a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b + d)i, então

z + w = (a + c) + (b + d)i = (a + c) − (b + d)i = a + c − bi − di
= (a − bi) + (c − di) = z + w.
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ii) Seja z − w = (a + bi) − (c + di) = (a − c) + (b − d)i, então
z − w = (a − c) + (b − d)i = (a − c) − (b − d)i = a − c − bi + di
= (a − bi) − (c − di) = z − w.

iii) Seja z · w = (a + bi) · (c + di) = (ac − bd) + (ad + bc)i, então


z · w = (ac − bd) + (ad + bc)i = (ac − bd) − (ad + bc)i = ac − bd − adi − bci
−1


i b(d + ci)] = a(c − di) + b(d + ci)i 2
= (ac − adi) + (−bd − bci) = a(c − di) + [✓2

= a(c − di) + bi(di + ci 2 ) = a(c − di) + bi(di − c) = a(c − di) − bi(c − di)
= (a − bi) · (c − di) = z · w.

iv) Considere o número complexo w = c + di , 0, então


z a + bi a + bi c − di (ac + bd) − (ad − bc)i
= = · = −1
w c + di c + di c − di
i 2✓
c2 − d 2 · ✓ ✼

(ac + bd) − (ad − bc)i ac + bd ad − bc


= = 2 − i·
c2 + d 2 c + d 2 c2 + d 2
Logo,
  !
z ac + bd ad − bc ac + bd ad − bc z
= 2 2
− 2 2
i = 2 2
+ 2 2
i= ·
w c +d c +d c +d c +d w
v) Considere z = a + 0i, em que a é um número real, então
z = a + 0i = a − 0i = a = a + 0i = z.

vi) Considere z = x +yi um número complexo, em que x e w são números reais,


então
z = (x + yi) = x − yi = x + yi = z.

Terapia 1. Prove que se z é um número complexo então z n = z n , em que n é um


número inteiro positivo.

2.4 Potências de i

Saiba mais
As potências da unidade imaginária i com expoentes inteiros
positivos são definidas de modo análogo as potências de base real,
porém apresentam comportamentos diferentes.
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Exemplo 10. Cálculos das nove primeiras potências da unidade imaginária i.

i0 = 1 i5 = i4 · i = 1 · i = i
i1 = i i 6 = i 5 · i = i · i = i 2 = −1
i 2 = −1 i 7 = −1 · i = −i
i 3 = i 2 · i = (−1) · i = −i i 8 = −i · i = −i 2 = 1
i 4 = i 3 · i = (−i) · i = −i 2 = 1 i9 = 1 · i = i

Analisando o comportamento das potências da unidade imaginária i do


Exemplo 10 pode-se afirmar que:

Afirmação 1
As potências da unidade imaginária i se repetem em ciclos de 4.

Justificativa: seja n um número inteiro positivo, então

i n+4 = i n · i 4 = i n · 1 = i n .

A afirmação 1 nos permite estabelecer o algoritmo a seguir para o cálculo de


potências da unidade imaginária i.

Afirmação 2
Para calcular i n em que n é um número inteiro positivo, basta dividir
n por 4. Se r é resto dessa divisão, então i n = i r .

Justificativa: seja n é um número inteiro positivo e suponha que q é o quociente da


divisão de n por 4 e r é o resto. Então,
 1 q
i 4✓
✼ 
 
i n = i 4q+r = i 4q · i r = ✓  · i r = 1q · i r = 1 · i r = i r .

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Não esqueça
Para calcular o resto da divisão de n por 4 quando n for um
número da forma a1 a2 a3 . . . ak , ou seja, formado por três ou mais
algarismos, basta calcular o resto da divisão do número formado
pelos dois últimos algarismos de n.
Quando o último algarismo do número n = a1 a2 a3 . . . ak for maior
ou igual a 4, basta dividir o último algarismo por 4 para calcular o
resto da divisão.

Exemplo 11. Calcular ovalor de i 1952 .


Resolução: como o último algarismo do número 1952 é menor do que 4 então basta
dividir 52 por 4 para calcular o resto da divisão. Então,

52 4
0 13
Logo, i 1952 = i 0 = 1.

Exemplo 12. Calcular o valdor de i 989784567.


Resolução: como o último algarismo do número 989784567 é maior do que 4 então
basta dividir 7 por 4 para calcular o resto da divisão. Então,

7 4
3 1
Logo, i 999784567 = i 3 = −i.

⋆ Terapias resolvidas

Terapia 2. Calcular as raı́zes quadradas de 1 − 2i.


Resolução: deseja-se determinar os números complexos z = a + bi, em que a e b são
números reais, tais que z 2 = 1 − 2i. Então,
−1
i 2✓
z 2 = (a + bi)2 = a2 + 2abi + b 2✓ ✼ = (a2 − b 2 ) + 2abi.
Prof. Me. Artur Silva Santos 15
Como z 2 = (a2 − b 2 )+2abi = 1− 2i então pela igualdade de números complexos,
resulta



 a2 − b 2 = 1




 −✓
2 1

 2ab = −2 =⇒ a = =⇒ a = − ·

2b b

1
Substituindo a = − na equação a2 − b 2 = 1, obtém-se
b
 2
1 1 1 − b4
− − b 2 = 1 =⇒ 2 − b 2 = 1 =⇒ =1
b b b2
=⇒ 1 − b 4 = b 2 =⇒ b 4 + b 2 = 1.

Note que b 4 + b 2 = b 2 (b 2 + 1) = 1 então b 2 = 1 ou b 2 + 1 = 1.


Logo,



 b 2 = 1 =⇒ b = ±1 =⇒ b = −1 ou b = 1



 b 2 + 1 = 1 =⇒ b 2 = 1 − 1 =⇒ b 2 = 0 =⇒ b = 0.

Como b = 0 não satisfaz o sistema acima então existem apenas duas


possibilidades, ou seja, b = −1 ou b = 1.
1
Substituindo b = −1 e b = 1 igualdade a = − , respectivamente, resulta a = 1
b
ou a = −1.
Portanto, as raı́zes do número número complexo z são 1 − i ou −1 + i.
a + bi
Terapia 3. Quais as condições necessárias e suficientes para que , em que a, b,
c + di
c e d reais e c + di , 0, seja:
a) um número complexo imaginário puro;
b) um número complexo real.
Resolução: seja
−1
a + bi a + bi c − di i✼
ac − adi + bci − bd ✓✓
2
= · = −1
c + di c + di c − di
2 2
c −d i ✼

2

(ac + bd) + (bc − ad)i ac + bd bc − ad
= = 2 + i·
c2 + d 2 c + d 2 c2 + d 2
Prof. Me. Artur Silva Santos 16
a + bi ac + bd bc − ad
a) para que = + i seja um um número complexo imaginário puro
c + di c 2 + d 2 c 2 + d 2
ac + bd bc − ad
é necessário e suficiente que 2 2
=0e 2 , em que bc − ad , 0, c 2 + d 2 , 0 e
c +d c + d2
ac + bd = 0.
a + bi ac + bd bc − ad
b) Para que = + i seja um número real é necessário e suficiente
c + di c 2 + d 2 c 2 + d 2
bc − ad ac + bd
que 2 2
=0e 2 , 0, em que bc − ad = 0, c 2 + d 2 , 0 e ac + bd , 0.
c +d c + d2
2 + 2i
Terapia 4. Calcular o valor do número real a de modo que seja um número
a+i
complexo imaginário puro.
Resolução: seja
−1
2 + 2i i✓
2 + 2i a − i 2a − 2i + 2ai − 2✓✼
2
= · = −1
a+i a+i a−i
i✼
a2 − ✓✓
2

(2a + 2) + (2a − 2)i 2a + 2 2a − 2


= = 2 + i.
a2 + 1 a + 1 a2 + 1

2 + 2i 2a + 2 2a − 2
Para que = 2 + i seja um número complexo imaginário puro
a+i a + 1 a2 + 1
2a + 2 2a − 2
é necessário e suficiente que 2 =0e 2 , 0, em que a2 + 1 , 0, 2a + 2 = 0 e
a +1 a +1
2a − 2 , 0.
−2
Como 2a + 2 = 0 então 2a = −2 =⇒ a = =⇒ a = −1.
2
Logo, a = −1.

3 A forma trigonométrica

Nesta seção, cada número complexo diferente de zero z = x + yi em que x e


y são números reais, será representado algebricamente na forma trigométrica ou
−−→
forma polar e geometricamente pelo vetor ρ = OP = (x, y), conforme mostrado na
Figura 3.
Prof. Me. Artur Silva Santos 17
Im

y • P = (x, y)
ρ

θ •
0 x Re

Figura 3: Representação geométrica do número complexo z = x + yi.


Considerando o triângulo retângulo xOP na Figura 3 e aplicando o Teorema
de Pitágoras, obtém-se
q
2 2 2
ρ = x + y =⇒ ρ = ± x2 + y 2 .

Como ρ é a distância da origem do sistema ao ponto P = (x, y), então a parte


negativa é descartada. Logo,
q
ρ = x2 + y 2 .

Definição 3
Dado z = x + yi um número complexo em que x e y são números rais,
chama-se módulo de z, denotado por |z|, o número
q
|z| = ρ = x2 + y 2

Exemplo 13. Calcular o módulo do número complexo z = 2 − 6i.


p
Resolução: sejam x = 2 e y = −6. Como |z| = x2 + y 2 , então
q √ √ √ √ √ √
|z| = 22 + (−6)2 = 4 + 36 = 40 = 4 · 10 = 4 · 10 = 2 10.

Logo, |z| = 2 10.

Usando as relações trigonométricas de seno e cosseno no triângulo retângulo


xOP da Figura 3, resulta
y
senθ = =⇒ y = ρsenθ
ρ
x
cos θ = =⇒ x = ρ cos θ
ρ
Prof. Me. Artur Silva Santos 18

Saiba mais
O ângulo θ da Figura 3 chama-se argumento de z e denota-se por
arg(z) = θ.

Fique sabendo
Todo número complexo diferente de zero tem uma infinidade de
argumentos, pois dois quaisquer deles diferem entre si por um
múltiplo de 2π.
O argumento que pertence ao intervalo ] − π, π] chama-se
argumento principal e denota-se por Arg(z).

Não esqueça
Se θ é um argumento do número complexo z = x + yi, em que x e y
são números reais, então x = ρ cos θ e y = ρsenθ.
Substituindo x = ρ cos θ e y = ρsenθ no segundo membro do
número complexo z = x + yi, obtém-se

z = ρ cos θ + ρsenθi = ρ(cos θ + isenθ).


z = ρ(cos θ + isenθ) chama-se forma trigonométrica ou forma
polar do número complexo z.

Para calcular os ângulos dos exemplos a seguir serão usados os conhecimentos


básicos de redução ao primeiro quadrante.

Exemplo 14. Escrever na forma trigonométrica e representar geometricamente cada


número complexo abaixo.

a) z = 3 + i.

Resolução: será feita passo a passo, conforme a seguir. Sejam x = 3, y = 1, então
Passo 1: calcular o módulo de z.
p
Sabendo que |z| = ρ = x2 + y 2 , então
r
√ 2 √ √
ρ= 3 + 12 = 3 + 1 = 4 = 2.
Prof. Me. Artur Silva Santos 19
Passo 2: calcular o valor do argumento de z, ou seja, o valor de θ.
y x
Como senθ = e cos θ = , então
ρ ρ

 1

 senθ =

 2 π
√ =⇒ θ = 30◦ ou θ = ·




 3 6
 cos θ =

2
π
Logo, θ = , com 0 ≤ θ < 2π.
6

Passo 3: escrever o número complexo z = 3 + i na forma trigonométrica.
π
Substituindo ρ = 2 e θ = na forma trigonométrica z = ρ(cos θ+isenθ), resulta
6
 
π π
z = 2 cos + isen .
6 6

Passo 4: representar geometricamente o número complexo z = 3 + i.

Im

√ 
1 •P = 3, 1

2
π/6
0 √ Re
3

Figura 4: Representação geométrica do número complexo z = 3 + i.
b) z = −1 − i.
Resolução: será feita passo a passo, conforme a seguir. Sejam x = −1, y = −1, então
Passo 1: calcular o módulo de z.
p
Sabendo que |z| = ρ = x2 + y 2 , então
q √ √
ρ = (−1)2 + (−1)2 = 1 + 1 = 2.
Passo 2: calcular o valor do argumento de z, ou seja, o valor de θ.
y x
Como senθ = e cos θ = , então
ρ ρ
 √  √

 1 1 2  2


 senθ = − √ = − √ · √ 

 senθ = −

 2 2 2 
 2 5π
=⇒ θ = 225◦ ou θ =
 
 √ =⇒  √ ·


 1 1 2


 2 4
 
 cos θ = − √ == − √ · √  cos θ = −

 
2 2 2 2
Prof. Me. Artur Silva Santos 20

Logo, θ = , com 0 ≤ θ < 2π.
4
Passo 3: escrever o número complexo z = −1 − i na forma trigonométrica.
√ 5π
Substituindo ρ = 2 e θ = na forma trigonométrica z = ρ(cos θ + isenθ),
4
√  5π 5π

obtém-se z = 2 cos + isen .
4 4
Passo 4: representar geometricamente o número complexo z = −1 − i.

Im

5π/4
−1 Re
0

2
• −1
P = (−1, −1)

Figura 5: Representação geométrica do número complexo z = −1 − i.

3.1 Operações na forma trigonométrica

As operações com números complexos, na forma trigonométrica, são mais


fáceis de serem efetuadas do que na forma algébrica, exceto a adição e a subtração.
Prof. Me. Artur Silva Santos 21

Fique atento
Na prova das operações na forma trigonométrica de multiplicação e
divisão, usam-se as fórmulas de arco duplo a seguir, sendo as duas
primeiras para a multiplicação e as outras para a divisão.
• sen(a + b) = sena cos b + senb cos a.
• cos(a + b) = cos a cos b − senasenb.
• sen(a − b) = sena cos b − senb cos a.
• cos(a − b) = cos a cos b + senasenb.

Operação de multiplicação
Sejam z = ρ(cos θ + isenθ) e w = ρ1 (cos θ1 + isenθ1 ) dois números
complexos, então

z · w = ρ · ρ1 [cos(θ + θ1 ) + isen(θ + θ1 ).

Prova: seja

z · w = ρ(cos θ + isenθ) · ρ1 (cos θ1 + isenθ1 )


−1


2
i senθsenθ1 )
= ρ · ρ1 (cos θ cos θ1 + isenθ1 cos θ + isenθ cos θ1 + ✓
= ρ · ρ1 [(cos θ cos θ1 − senθsenθ1 ) + i(senθ cos θ1 + senθ1 cos θ)]
= ρ · ρ1 [cos(θ + θ1 ) + isen(θ + θ1 )].

π π
 √  7π 7π

Exemplo 15. Dados z = 2 cos + isen e w = 2 cos + isen , calcule z · w.
4 4 4 4
√ π 7π
Resolução: sejam ρ = 2, ρ1 = 2, θ = e θ1 = , então
4 4
z · w = ρ · ρ1 [cos(θ + θ1 ) + i(sen(θ + θ1 ))]
√  
π 7π
 
π 7π

= 2 · 2 cos + + isen +
4 4 4 4
√  

 

 √
= 2 2 cos + isen = 2 2 (cos 2π + isen2π)
4 4
√ ✘
✿1 √
= 2 2✘ (1✘+✘ i✘
· 0) = 2 2.
Prof. Me. Artur Silva Santos 22

Operação de divisão
Sejam z = ρ(cos θ + isenθ) e w = ρ1 (cos θ1 + isenθ1 ) dois números
complexos, então
z ρ
= [cos(θ − θ1 ) + isen(θ − θ1 )] .
w ρ1

z z w
Prova: como = · , então
w w w
z ρ(cos θ + isenθ) (cos θ1 + isenθ1 )
= ·
w ρ1 (cos θ1 + isenθ1 ) (cos θ1 + isenθ1 )
ρ (cos θ + isenθ) (cos θ1 − isenθ1 )
= · ·
ρ1 (cos θ1 + isenθ1 ) (cos θ1 − isenθ1 )
−1
i✼
ρ cos θ cos θ1 − isenθ1 cos θ + isenθ cos θ1 − ✓✓
2 senθsenθ
1
= · −1
ρ1
cos2 θ1 − ✓i✓

2 sen2 θ
1
ρ cos θ cos θ1 − isenθ1 cos θ + isenθ cos θ1 − (−1)senθsenθ1
=
ρ1 cos2 θ1 − (−1)sen2 θ1
ρ cos θ cos θ1 − isenθ1 cos θ + isenθ cos θ1 + senθsenθ1
= ·
ρ1 cos2 θ1 + sen2 θ1
| {z }
1
ρ
= (cos θ cos θ1 − isenθ1 cos θ + isenθ cos θ1 + senθsenθ1 )
ρ1
ρ
= [(cos θ cos θ1 + senθsenθ1 ) + i(senθ cos θ1 − senθ1 cos θ)]
ρ1
ρ
= [cos(θ − θ1 ) + isen(θ − θ1 )].
ρ1

3π 3π
 √  π π

z
Exemplo 16. Dados z = 3 cos + isen e w = 5 cos + isen , calcule ·
4 4 2 2 w
√ 3π π
Resolução: substituindo ρ = 3, ρ1 = 5, θ = e θ1 = na igualdade
4 2
z ρ
= [cos(θ − θ1 ) + sen(θ − θ1 )], resulta
w ρ1
Prof. Me. Artur Silva Santos 23

    
z 3 3π π 3π π
= √ cos − + isen −
w 5 4 2 4 2
√ " ! !#
3 5 (3π − 2π) (3π − 2π)
= √ · √ cos + isen
5 5 4 4
√   √ √ √ !
3 5 π π 3 5 2 2
= cos + isen = +i
5 4 4 5 2 2
√ √
3 10 3 10
= + i.
10 10

3.2 Potenciação na forma trigonométrica

As fórmulas a seguir, usadas para calcular as potências e as n-ésimas raı́zes


de um número complexo na forma trigonométrica, respectivamente, chamam-se
fórmula De Moivre em homenagem ao matemático francês Abraham de Moivre (1667-
1754).

Abraham de Moivre

Primeira fórmula de De Moivre


Sejam z = ρ(cos θ + isenθ) um número complexo e n um número
inteiro, então

z n = [ρ(cos θ + isenθ)]n = ρ n [cos(nθ) + isen(nθ)]


Prof. Me. Artur Silva Santos 24

Prova: será feita levando em consideração dois casos. Seja n um número inteiro,
então
Caso 1: quando n é inteiro positivo.
Neste caso, para n maior que 1 a fórmula decorre da aplicação reiterada da
fórmula de multiplicação na forma trigonométrica.
i) Para n = 0, obtém-se

z 0 = 1 = 1 + i · 0 = cos 0 + isen0 = 1 · (cos 0 + isen0)


n n
✁✁
= ρ 0 [cos(0 ✁✁✕ · θ)].
✕ · θ) + isen(0

ii) Para n = 1, resulta


n n
✁✁✕ · θ) + isen(1
z 1 = z = ρ(cos θ + isenθ) = ρ 1 [cos(1 ✁✁✕ · θ)].

iii) Para n = 2, obtém-se

z 2 = z · z = [ρ(cos θ + isenθ)] · [ρ(cos θ + isenθ)]


= ρ · ρ[(cos θ + isenθ)(cos θ + isenθ)]
= ρ 2 · [cos(θ + θ) + isen(θ + θ)]
n n
2 ✕

= ρ · [cos(2θ) ✕

✁ + isen(2θ)].

iv) Para n = 3, resulta

z 3 = z 2 · z = [ρ 2 (cos 2θ + isen2θ)] · [ρ(cos θ + isenθ)]


= ρ 2 · ρ[(cos 2θ + isen2θ)(cos θ + isenθ)]
= ρ 3 [cos(2θ + θ) + isen(2θ + θ)]
n n


= ρ 3 [cos(3θ)
✁ + isen( ✕

3θ)].

De modo análago, para n maior que 3, obtém-se

z n = ρ n · [cos(nθ) + isen(nθ)].
Caso 2: quando n é um número inteiro negativo.
Neste caso, faz-se n = −m em que m é um número inteiro positivo. Então,

z n = [ρ(cos θ + isenθ)]n = [ρ(cos θ + isenθ)]−m


1 1 (4)
= =
[ρ(cos θ + isenθ)]m ρ m [cos(mθ) + isen(mθ)]
Prof. Me. Artur Silva Santos 25
Substituindo 1 = 1 · (cos 0 + isen0) no numerador do segundo membro da
igualdade (4), resulta
1 · (cos 0 + isen0)
zn =
ρ m · [cos(mθ) + isen(mθ)]
1 (cos 0 + isen0)
= m
·
ρ cos(mθ) + isen(mθ)
1
= [cos(0 − mθ) + isen(0 − mθ)]
ρm
= ρ −m [cos(−mθ) + isen(−mθ)]
= ρ n [cos(nθ) + isen(nθ)].

Portanto, em qualquer caso, obtém-se


z n = ρ n [cos(nθ) + isen(nθ)].
 √ 10
Exemplo 17. Calcular z = 2 + 2 3i .
√ p
Resolução: substituindo x = 2 e y = 2 3 na igualdade ρ = x2 + y 2 , resulta
r r
 √ 2 √ 2 √ √ √
ρ = 22 + 2 3 = 4 + 22 · 3 = 4 + 4 · 3 = 4 + 12 = 16 = 4.

y x
Como senθ = e cos θ = , então
ρ ρ
√ √ 
2 3 3 

senθ = = 
 π
4 2 

=⇒ θ = ·

2 1


 3
cos θ = = 

4 2
π
Logo, θ = , com 0 ≤ θ < 2π.
3
π
Substituindo ρ = 4, θ = e n = 10 na igualdade z n = ρ n [cos(nθ) + isen(nθ)],
3
obtém-se
 √ 10  
10π
 
10π

2 + 2 3i = 410 cos + isen
3 3
    
2 10 4π 4π
= (2 ) cos 2π + + isen 2π +
3 3
     √ !
20 4π 4π 20 1 3
= 2 cos + isen =2 − − i
3 3 2 2
1  √   √   √ 
= 220 · · −1 − 3i = 220 · 2−1 · −1 − 3i = 219 −1 − 3i .
2
 √ 10  √ 
Portanto, 2 + 2 3i = 219 −1 − 3i .
Prof. Me. Artur Silva Santos 26
√ −6
Exemplo 18. Calcular 3 + i .
√ p
Resolução: substituindo x = 3 e y = 1 na igualdade ρ = x2 + y 2 , resulta
r
√ 2 √ √
ρ= 3 + 12 = 3 + 1 = 4 = 2.

y x
Como senθ = e cos θ = , então
ρ ρ
1 

senθ = 

2 

 π
√  =⇒ θ = ·

3 
 6
cos θ = 

2
π
Logo, θ = , com 0 ≤ θ < 2π.
6
π
Substituindo ρ = 2, θ = e n = 6 na igualdade z n = ρ n [cos(nθ) + isen(nθ)],
6
obtém-se
√ 6   

 

3+i 6
= 2 cos + isen = 64(cos π + isenπ) = 64(−1 + i · 0)
6 6

= 64(−1 + 0) = 64(−1) = −64.


√ −6 1 1
Portanto, 3 + i = √ 6 = − 64 ·
3+i

3.3 Radiciação na forma trigonométrica

Definição 4
Dados z = ρ(cosθ + isenθ) e w = ρ1 (cos θ1 + isenθ1 ) dois números

complexos, chama-se raiz enésima de w, denotada por n z, o número

complexo wk tal que w = n z implica wn = z em que n e k são números
inteiros com 0 ≤ k ≤ n − 1.

 
Aplicando a primeira fórmula de De Moire z n = ρ n [cos(nθ) + isen(nθ)] para
calcular o número complexo wn = z, obtém-se
wn = z = ρ1n [cos(nθ1 ) + isen[nθ1 ]) = ρ(cosθ + isenθ) (5)
Prof. Me. Artur Silva Santos 27

Saiba mais
Por definição, dois números complexos são iguais quando os
seus módulos, as suas partes reais e as suas partes imaginárias,
respectivamente, são iguais. Então, da igualdade (5), resulta

ρ1n = ρ =⇒ ρ1 = n ρ, cos(nθ1 ) = cosθ e isen(nθ1 ) = isenθ.

Não esqueça
Como as funções seno e cosseno são funções periódicas de perı́odo
2π, então das igualdades cos(nθ1 ) = cosθ e isen(nθ1 ) = isenθ,
obtém-se
!
θ + 2kπ θ 2kπ
nθ1 = θ + 2kπ =⇒ θ1 = = +
n n n
em que n e k são números inteiros com 0 ≤ k ≤ n − 1.

Segunda fórmula de De Moivre


Dados z = ρ(cosθ + isenθ) e w = ρ1 (cos θ1 + isenθ1 ) dois números
complexos, então existem n raı́zes enésimas de w que são da forma a
seguir.
" ! !#

n √ θ 2kπ θ 2kπ
wk = z = n ρ cos + + isen +
n n n n

em que n k são números inteiros positivos com 0 ≤ k ≤ n − 1.

!

n √ θ 2kπ
Prova: substituindo w = z, ρ1 = n ρ e θ1 = + no número complexo w,
n n
obtém-se
" ! !#

n √ θ 2kπ θ 2kπ
z= n ρ cos + + isen + .
n n n n

Portanto,
" ! !#

n √ θ 2kπ θ 2kπ
wk = z = n ρ cos + + isen + .
n n n n
em que n e k são números inteiros com 0 ≤ k ≤ n − 1.
Prof. Me. Artur Silva Santos 28
Exemplo 19. Calcular e representar graficamente as raı́zes cúbicas de z = 1.
p
Resolução: sejam x = 1 e y = 0. Como ρ = x2 + y 2 , então
√ √ √
ρ = 12 + 02 = 1 + 0 = 1 = 1.

y x
Sabendo que senθ = e cos θ = , então
ρ ρ

0 
senθ = = 0  

1 

 =⇒ θ = 0.
1 


cos θ = = 1  
1

Logo, θ = 0 com 0 ≤ θ < 2π.


Substituindo ρ = 1 e θ = 0 na igualdade z = ρ · (cos θ + isenθ), resulta
z = 1 · (cos 0 + isen0).
Aplicando z = 1 · (cos 0 + isen0) na segunda fórmula de De Moivre, obtém-se
p
3
wk = 1 · (cos 0 + isen0)
" ! !#
√3 0 2kπ 0 2kπ
= 1 cos + + isen +
3 3 3 3
!
2kπ 2kπ
= 1 · cos + isen
3 3
2kπ 2kπ
= cos + isen .
3 3

Para calcular as três raı́zes de z considere k = 0, 1, 2, então


2·0·π 2·0·π
w0 = cos + isen = cos 0 + isen0 = (1 + i · 0) = 1
3 3

2·1·π 2·1·π 2π 2π 1 3
w1 = cos + isen = (cos + isen =− + i
3 3 3 3 2 2

2·2·π 2·2·π 4π 4π 1 3
w2 = cos + isen = cos + isen =− − i
3 3 3 3 2 2
( √ √ )
1 3 1 3
Logo, S = 1, − + i, − − i ·
2 2 2 2
A Figura 6 mostra a representação geométrica das raı́zes cúbicas do número
complexo z = 1.
Prof. Me. Artur Silva Santos 29
Im

w1 √
• 3/2


3 w
• 0 Re
1


• − 3/2
w2

Figura 6: Representação geométrica das raı́zes cúbicas de z = 1.


Observa-se na Figura 6 que w0 , w1 e w2 são vértices de um triângulo equilátero
inscrito no cı́rculo de centro na origem e raio 1.

Exemplo 20. Calcular e representa rgraficamente as raı́zes quárticas do número


complexo z = 81.
p
Resolução: substituindo x = 81 e y = 0 na iigualdade ρ = x2 + y 2 , obtém-se
√ √ √
ρ = 812 + 02 = 6561 + 0 = 6561 = 81.

y x
Como senθ = e cos θ = , então
ρ ρ

0 
senθ = =0 


81 

 =⇒ θ = 0.
81 


cos θ = =1 

81
Logo, θ = 0 com 0 ≤ θ < 2π.
Substituindo ρ = 81 e θ = 0 na igualdade z = ρ · (cos θ + isenθ), resulta
z = 81 · (cos 0 + isen0).
Aplicando z = 81 · (cos 0 + isen0) na segunda fórmula de De Moivre, obtém-se
Prof. Me. Artur Silva Santos 30

" ! !#
p
4
√4 0 2kπ 0 2kπ
wk = 81 · (cos 0 + isen0) = 81 · cos + + isen +
4 4 4 4
! !
2kπ 2kπ kπ kπ
= 3 · cos + isen = 3 · cos + isen ·
4 4 2 2

Para calcular as três raı́zes de z considere k = 0, 1, 2, 3, então


 
0·π 0·π
w0 = w0 = 3 · cos + isen = 3 · (cos 0 + isen0) = 3 · (1 + i · 0) = 3
2 2
   
1·π 1·π π π
w1 = w1 = 3 · cos + isen = 3 · cos + isen = 3 · (0 + i · 1) = 3i
2 2 2 2
 
2·π 2·π
w2 = 3 · cos + isen = 3 · (cos π + isenπ) = 3 · (−1 + i · 0) = −3
2 2
 
3π 3π
w3 = 3 · cos + isen = 3 · (0 + i · (−1)) = −3i
2 2

Logo, S = {−3, 3, 3i, −3i}.


A Figura 7 mostra a representação geométrica das raı́zes quárticas do número
complexo z = 81.

Im

3•w1

w2 • w
• • 0 Re
−3 3


−3 w3

Figura 7: Representação geométrica das raı́zes quárticas de z = 81.

Observa-se na Figura 7 qw0 , w1 , w2 e w3 são vértices de um quadrado inscrito


no cı́rculo de centro na origem e raio 3.
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⊕ Segunda lista de terapias

1. Identifique a parte real e a parte imaginária de cada um dos seguintes números


complexos a seguir.:

a) z1 = 2 − 3i b) z2 = −1 − i c) z3 = 3 i

1− 2 i
d) z4 = −10 e) z5 = f) z7 = 0
2
2. Calcule o valor de m ∈ R de modo que z = −2 + (1 − m)i seja um número com-
plexo real.

3. Calcule k ∈ R de modo que z = 3 + (k 2 − 9)i seja um número complexo real.


 
2m
4. Calcule a ∈ R de modo que z = 1 − + 2i seja um número complexo
3
imaginário puro.

5. Dado z = (2 + x) + (x − 1)i, determine os valores reais de x para que se tenha:


a) Re(z) > 0 b) Im(z) < 0

6. Dado z = (m − 2) + (m2 − 4)i, calcule m real de modo que z seja um número


complexo real não nulo.

7. Resolva, em C, as equações abaixo.


a) x2 − 4x + 13 = 0 c) 2x2 − 16 = 0 e) 9x2 − 36x + 37 = 0
b) x2 − 8x + 17 = 0 d) 4x2 − 4x + 5 = 0

8. Calcule m e p reais tais que (−p + 2) + 3i = 5 + (m − 1)i.

9. Calcule x ∈ R e y ∈ R para que se tenha:


a) 3 + 5xi = y − 15i
b) (2 − x + 3y) + 2yi = 0
c) (3 − i)(x + yi) = 20

10. Efetuar as operações indicadas a seguir.


a) (4 + i) + (−1 − 3i) + (2 + i) e) (3 + 2i)(−4 + 3i)
b) 2 + (3 − i) + (−1 + 2i) + i f) (2 + i)2 − (2 + i)(2 − i)i
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c) (1 + 2i)2 − (3 + 4i) g) (1 + i)5 (1 − i)5
d) (−4 + 3i) + 2i − (−3 − i) h) (1 + i)3

11. Dados os números complexos z1 = 4 − 3i, z2 = −1 + 5i e z3 = −4 − 7i, calcule:


a) z1 − z2 − z3 b) (i + z1 ) − (z2 + z3 )

12. Calcule x ∈ R e y ∈ R para que se tenha:


a) (2 − i)(x + yi) = 15 b) (x + yi)2 = 4i
√ !2
2
13. Calcule o valor de (1 + i) .
2
14. Efetue:
a) 1 + 2i b) 7 − 4i − 7 + 4i c) −3i + 4(2 − i) − (−3 − 2i)

15. Efetue:
3 + 2i −5 + 3i 3 + 4i 2+i
a) b) c) d)
2−i −3 + i −2i 7 − 3i
1+i
16. Calcule o conjugado de .
i
2 + xi
17. Calcule x ∈ R de modo que z = seja um número complexo imaginário
1 − xi
puro.

18. Calcule as seguintes potências de i.


a) i 109 b) i 95 c) i 546 d) (−i)59

19. Prove que (1 − i)2 = −2i e calcule (1 − i)96 + (1 − i)97 .

20. Se i é a unidade imaginária, qual o valor de i 25 + i 39 − i 108 + i · i 50 ?

21. Calcule os afixos de cada um dos seguintes números complexos:


a) z1 = 1 + 4i c) z3 = 2 − i e) z5 = 2
−1
b) z2 = −3 − i d) z4 = + 2i f) z6 = −i
2
22. Os afixos dos números complexos z1 e z2 são, respectivamente, (a, 2) e (−1, b),
no plano de Gauss. Calcule os valores de a e b de modo que o afixo de z1 + z2
seja o mesmo da unidade imaginária.
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23. Calcule os módulos dos seguintes números complexos.

a) z = −2 + 2i c) z = 3 − i e) z = −i
b) z = 8 − 6i d) z = −2

24. Calcule o módulo de cada um dos seguintes números complexos?


2 − 3i
a) z = b) i 62 + i 123 c) −i(3 + 4i)
1−i

25. Calcule x de modo que os módulos de z1 = x + 20i e z2 = (x − 2) + 6i sejam
iguais.

26. Represente graficamente no plano de Argand-Gauss os seguintes


subconjuntos de C:
a) A = {z ∈ C/|z| = 2} d) D = {z ∈ C/Im(z) < 1}
   
1
b) B = {z ∈ C/|z − 1| = 1} e) E = z ∈ C/Re =1
z
c) C = {z ∈ C/|z + 1| ≤ 3}

27. De todos os números complexos de z de módulo 2, calcule aqueles que satisfa-



zem a igualdade |z − i| = 2 · | − 1 + i|.

28. Calcule o módulo, o argumento e colocar na forma trigonométrica.



√ 1 3
a) 4 c) −2 3 + 2i e) − + i
2 2
√ √ √
b) 1 + i 3 d) − 2 i + 2

29. Colocar na forma algébrica os seguintes números:


a) z = 2(cos 300 + isen300 ) d) z = 2(cos 2400 + isen2400 )
 
11π 11π
b) z = 3(cos π + isenπ) e) z = 4 cos + isen
6 6
√  3π 3π

c) z = 2 cos + isen f) z = 4(cos 2700 + isen2700 )
4 4
   
2π 2π π π
30. Sejam os números complexos z1 = 2 + isen , z2 = 4 cos + isen e
3 3 6 6
π π
z3 = cos + isen . Calcule:
2 2
z z
a) z1 · z2 b) 1 c) 2 d) z2 · z3
z3 z3
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3π 3π
31. Sejam os números
complexos z1 = 2 cos + isen e
8 8
√  11π 11π

z2 = 2 cos + isen . Obtenha, na forma algébrica, os seguintes números
8 8
complexos:
z
a) z1 · z2 b) 2
z1
32. Calcule (1 + i)8 .

33. Calcule ( 3 + i)3 .
 
3π 3π
34. Dados z = 2 cos + isen , calcule:
4 4
a) z 4 b) z 6

35. Mostre que o número complexo de z = cos 480 + isen480 é raiz da equação
z 10 + z 5 + 1 = 0.

Q
Testes

2
1. O módulo do complexo 1 + 2i + i(1 − i) − é igual a:
1+i
√ √
a) 2 c) 5 e) 2

b) 3 d) 1

2. Seja o número complexo z = i 101 + i 102 + . . . + i 106 . Calculando-se z 2 , obtém-se:


a) −2i c) −1 + i e) −6 + 2i
b) 2i d) 2 − 2i

3. Para que (5 − 2i)(k + 3i) seja um número real, o valor de k deverá ser.
2 2 15 15
a) b) − c) d) − e) 0
15 15 2 2
4. Considere um número complexo z tal que o seu módulo é 10 e a soma dele
com seu conjugado é 16. Sabendo que o afixo de z pertence ao 4º quadrante,
pode-se afirmar que z é igual a:
a) 6 + 8i b) 8 + 6i c) 8 − 6i d) 6 − 8i e) 0
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5. O conjunto de todos os números complexos z, z , 0, que satisfazem à igualdade

|z + 1 + i| = |z| − |1 + i|

é:
 

a) z ∈ C; argz = + 2kπ, k ∈ Z
4
 
π
b) z ∈ C; argz = + 2kπ, k ∈ Z
4
 
π
c) z ∈ C; |z| = 1e arg z = + kπ, k ∈ Z
6
 √ π

d) z ∈ C; |z| = 2 e argz = + 2kπ, k ∈ Z
4
 
π
e) z ∈ C; argz = + kπ, k ∈ Z
4
π
6. Um complexo z possui módulo igual a 2 e argumento . Sendo z o conjugado
3
de z, a forma algébrica do complexo z é:
√ √ √
a) 1 − i 3 c) 3 + i e) 1 + i 3
√ √
b) 3 − i d) 2 3 − 2i

7. Sobre o número complexo (1 − i)1000 , podemos afirmar que:


a) é igual a zero;
b) é um número complexo imaginário puro;
c) é um número complexo real negativo;
d) tem módulo igual a 1;
e) é um número complexo real positivo.
√ !93
2
8. O valor da potência é:
1+i
−1 + i −1 − i √
a) √ c) √ e) ( 2)93 + i
2 2
1+i √
b) √ d) ( 2)93 i
2

9. Considere o número complexo z = 3 + i e n um número inteiro positivo. Po-
demos afirmar corretamente que:
a) z n ∈ R ⇐⇒ n > 5 d) z n ∈ R ⇐⇒ n é múltiplo de 4
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b) z n ∈ R ∀ n e) z n ∈ R ⇐⇒ n é múltiplo de 4
c) z n ∈ R ⇐⇒ n é ı́mpar

10. Seja s o conjunto de números complexos que satisfazem, simultâneamente, às


equações |z − 3i| = 3 e |z + i| = |z − 2 − i|. O produto de todos os elementos de s é
igual a:
√ √ √
a) −2 + 3 i c) 3 3 − 2 3ı e) −2 + 2i
√ √
b) 2 2 + 3 3 i d) −3 + 3i
1 + x + yi
11. Se x2 + y 2 = 1, então é idêntica a:
1 + x − yi
a) x − yi b) x c) y d) x + yi e) y + xi

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