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NOVAS REGRAS

MICRO E MINI
GERAÇÃO
DISTRIBUÍDA

N O V O S L I M I T E S
DE POTÊNCIA
Conteúdo ENERGÊS

Produzido com imenso carinho e


dedicação para você Energista!!
10/2022

Arquivo Rastreável, proibida reprodução nos


termos da Lei nº 9610/98
NOVOS LIMITES DE POTÊNCIA

PELA LEI 14.300

A potência instalada é o que define o


tamanho de um sistema de geração de
energia. Com as novas regras da MMGD o
limite de potência máximo para energia
solar foi alterado.

Nesse sentido, é essencial estar por dentro


das alterações legislativas acerca dos novos
limites de potência máxima nesses
sistemas.

O Marco Legal da Geração Distribuída (Lei


14.300/22) manteve os parâmetros de
potência para microgeração distribuída.
Contudo, trouxe mudanças na potência
máxima para minigeração distribuída.
Vejamos:

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Microgeração
até 75KW

Minigeração Minigeração
(Centrais Despacháveis) (Centrais não Despacháveis e
Fotovoltaica Despachável - com
>75 kW até 5 MW armazenamento)

>75 kW até 3 MW

Pela regulação anterior, Resolução nº 482/2012


da Aneel, não havia essa diferenciação, de
maneira que o limite máximo de potência para
ambos os tipos de fontes era de 5MW (cinco
megawatts).

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Onde está na lei
essa modificação do
limite de potência?

A alteração de potência foi trazida nos Art. 1º, incisos


XI e XIII e parágrafo único da Lei 14.300/22. Veja:

Os projetos que protocolatem o orçamento de conexão até o


dia 07/01/23 mantém o limite de potência de 5MW

Além disso, a lei trouxe um limite de potência


diferente para fontes despacháveis e não
despacháveis. É nesse contexto que é importante
entender o que são esses conceitos.

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O que são fontes
despacháveis e não
despacháveis?

As fontes despacháveis, são aquelas em


que é possível controlar a geração de
energia, existe a possibilidade de
armazenamento, para produção de energia
em determinados momentos. Exemplos de
fontes despacháveis: hidrelétrica, biomassa,
biogás, etc.

A fonte solar fotovoltaica pode ser considera despachável se


possuir um sistema de armazenamento de 20% (vinte por
cento) da capacidade de geração mensal. Porém, sua potência
ainda fica limitada a 3MW para minigeração.

Veja a definição de fontes despacháveis trazidas na lei (inciso IX


do art.1°):

IX - fontes despacháveis: as hidrelétricas, incluídas aquelas a fio d'água que possuam


viabilidade de controle variável de sua geração de energia, cogeração qualificada,
biomassa, biogás e fontes de geração fotovoltaica, limitadas, nesse caso, a 3 MW (três
megawatts) de potência instalada, com baterias cujos montantes de energia
despachada aos consumidores finais apresentam capacidade de modulação de
geração por meio do armazenamento de energia em baterias, em quantidade de,
pelo menos, 20% (vinte por cento) da capacidade de geração mensal da central
geradora que podem ser despachados por meio de um controlador local ou remoto;

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Vemos então que, a energia solar pode ser considerada despachável
desde que, possua um sistema de baterias, que promova o controle
de geração e injeção de energia na rede. Porém, o limite de potência
instalada neste caso, é limitado aos 3 MW.

Logo, concluímos que, pela regra trazida pela Lei 14.300/22, o limite
máximo de potência para a minigeração distribuída na fonte solar
fotovoltaica passou a ser de 3MW (três megawatts).

Muito se discute sobre o motivo pelo qual o legislador apenas


limitou essa potência máxima para a fonte solar fotovoltaica.
Entende-se que as fontes despacháveis necessitam de uma potência
maior para a sua viabilidade quando comparadas às fontes não
despacháveis.

Por outro lado, a fonte solar fotovoltaica consegue atingir a sua


viabilidade com um porte menor não sendo, portanto, essencial que
o seu limite de potência seja igual ao das demais fontes.

Já as fontes não despacháveis, são


fontes intermitentes, em que não é
possível ter o controle de geração, ou
seja, “ligar e desligar”. A energia é
produzida e injetada instantaneamente
na rede. Exemplos: energia eólica e
solar fotovoltaica.

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Essa alteração se aplica
a todos os sistemas?

O Marco Legal trouxe ainda a previsão de uma regra


de transição no período de vacância para essa
alteração no limite de potência.

Dessa forma, a regra anterior (limite máximo de


5MW para minigeração de fonte solar fotovoltaica)
será mantida para os projetos já existentes ou cujos
protocolos de Orçamento de Conexão (antiga
“solicitação de acesso”) sejam realizados em até 12
meses contados da publicação da lei – ou seja, até o
dia 7 de janeiro de 2023. Com isso, para esses casos
permanece o limite de 5 MW até 31 de dezembro de
2045.

Assim, somente aos novos projetos que serão


protocolados após o 07/01/2023, será aplicada essa
alteração do limite da potência instalada.

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Parâmetro de definição da potência
Outra alteração importante trazida pela lei diz
respeito à forma de definição da potência da usina.

Antes, pela REN 482 da ANEEL, a potência da usina


deveria ser identificada pela menor potência entre a
corrente alternada e a corrente contínua.

Atualmente, a Lei 14.300/22 retirou essa


possibilidade de definir a potência da usina
pelo menor valor e estabeleceu que o
parâmetro para definir a potência será sempre
pelo valor em corrente alternada, portanto a
potência de saída do inversor.

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Deve-se ficar muito atento a essa mudança, agora
quem define a potência do sistema é o Inversor,
vejamos alguns exemplos:

Exemplo
na Lei 14.300/22

Veja que neste exemplo, antes da Lei, ele seria considerado um


sistema de microgeração, porque era considerada a menor
potência entre inversor e módulo. Agora com a alteração trazida
pelo marco legal, ele passa a ser um sistema de minigeração,
pois é considerada a potência em corrente alternada.

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Dúvida Frequente:

Como agora a potência é em corrente alternada do inversor


(não depende mais da potência CC dos módulos), em caso
de aumento dos módulos do sistema, é necessário um novo
projeto?

Sim, é necessário.

Isso ocorre, porque no momento de solicitar o orçamento de


conexão é obrigatório informar a potência e o arranjo dos
módulos e também a potência nominal do sistema.

Essa informação é encaminhada para a distribuidora e a mesma


informa a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Sendo assim, qualquer modificação no arranjo desse sistema


deverá ser informada a distribuidora, uma vez que haverá
alteração na potência nominal.

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O que a NT n° 41 da ANEEL fala
sobre o limite de potência?

A NT aborda o assunto no item III.1 “Conceito de


Geração Despachável” mantendo e não adicionando
nenhuma informação em relação à Lei.

A NT traz no item III.8 “Sistemas de Armazenamento” a


proposta de cálculo da capacidade dos sistemas de
armazenamento, propondo limitação de 90% da
produção, como capacidade máxima do banco de
baterias.

Leia o QR Code para acessar


a nota técnica completa
ou acesse o link abaixo:
https://drive.google.com/drive/folders/1xsz3F-
iUQzC-WCenGxEZ9Bh5A2i7u5uR?usp=sharing

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Conclusão das alterações do limite de
potência trazidas na Lei 14.300
Portanto, o que temos de definições quando se refere a
alteração dos limites de potência para enquadramentos dos
sistema em micro ou minigeração trazidos na Lei n° 14.300, é o
seguinte:

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Acompanhe os outros
materiais da série.

VAMOS PASSAR MAIS TEMPOS JUNTOS?

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