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O uso das energias renováveis tem desempenhado um papel cada vez mais vital na matriz energética
do Brasil. Um grande motor desse avanço tem sido o crescimento do setor de biomassa como fonte
de energia. No entanto, o atual cenário regulatório carece de uma estrutura que integre
efetivamente essas fontes renováveis e permita sua coexistência ou até mesmo substituição das
fontes de energia não renováveis, como o gás natural, que é uma fonte de transição.
Fontes do Estudo da Complementaridade para transição de energia não renovável para renovável:
A Figura 1 [1] ilustra os números da geração de energia elétrica no Brasil, por fonte, destacando a
geração de biomassa que obteve um papel importante na participação de energi, que poderia
complementar a energia promovida por combustíveis não renováveis, como o gás natural.
Resíduos agrícolas; Dejetos de animais; Resíduos provenientes das indústrias florestais, de papel e
celulose, e alimentícia; Resíduos urbanos (lixo); Matéria orgânica presente em esgotos sanitários;
Culturas energéticas, tais como as provenientes de rotação de cultura, florestas energéticas (como
eucalipto e pinus), gramíneas (como capim elefante), culturas de açúcar (como cana-de-açúcar e
beterraba), culturas de amido (como milho e trigo) e oleaginosas (como soja, girassol, colza,
sementes oleaginosas, pinhão-manso e óleo de palma).
A pesquisa documental tem como base o estudo do marco regulatório do setor elétrico brasileiro
vigente, por meio da consulta às seguintes resoluções normativas da ANEEL:
Lei Federal nº 5.655 de 20 de maio de 1971: Esta lei prevê a destinação de recursos da Reserva
Global de Reversão (RGR) - encargo pago pelas empresas de energia elétrica - para instalações de
produção a partir de fontes de biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas.
Lei Federal nº 9.427 de 26 de dezembro de 1996: Inclui várias disposições que favorecem a utilização
de fontes alternativas renováveis.
Lei Federal nº 9.074 de 7 de julho de 1995: Estabelece que a implantação de usinas termelétricas de
potência igual ou inferior a 5.000 kW estão dispensadas de concessão, permissão ou autorização,
devendo apenas ser comunicadas ao poder concedente.
Lei Federal nº 9.478 de 6 de agosto de 1997: Inclui entre os objetivos da política energética nacional
a utilização de fontes alternativas de energia, mediante o aproveitamento econômico dos insumos
disponíveis e das tecnologias aplicáveis. Além disso, atribui ao Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE) a tarefa de rever periodicamente as matrizes energéticas e estabelecer diretrizes
para programas específicos, como os de uso da energia solar, da energia eólica e de outras fontes
alternativas.
Lei Federal nº 9.991 de 24 de julho de 2000: Cria incentivos para fontes alternativas, isentando a
obrigação de investir 1% da receita operacional líquida concedida às empresas que geram energia a
partir das fontes eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.
Lei Federal nº 10.438 de 26 de abril de 2002: Institui o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas
de Energia Elétrica (PROINFA) e cria a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que visa
aumentar a competitividade da energia produzida a partir de fontes renováveis.
Lei Federal nº 10.848 de 15 de março de 2004: Estabelece dois ambientes de contratação de energia:
o livre e o regulado, sendo a principal norma que disciplina a contratação de fontes de energia
elétrica para suprimento do mercado nacional.
Decreto federal nº 5.163 de 30 de julho de 2004: Definiu a geração distribuída como a produção de
energia elétrica oriunda de empreendimentos conectados diretamente no sistema elétrico do agente
de distribuição comprador.
Lei Federal nº 12.490 de 16 de setembro de 2011: Altera a Lei nº 9.478 de 1997 para garantir o
fornecimento de biocombustíveis em todo o território nacional, incentivar a geração de energia
elétrica a partir da biomassa e de subprodutos da produção de biocombustíveis, devido ao seu
caráter limpo, renovável e complementar à fonte hidráulica.
Resolução Normativa ANEEL nº 391/2009: Esta resolução estabelece os requisitos necessários para a
outorga de autorização de exploração e alteração da capacidade instalada de usinas eólicas. Ela
também define usina eólica como instalação de produção de energia elétrica a partir da energia
cinética do vento, com uma categoria especial para usinas eólicas com capacidade instalada igual ou
inferior a 5.000 kW.
[7] PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - PLANALTO-CASA CIVIL. Lei federal nº 9.074, de 7 de julho de 1995.
Disponível em: <https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?
tipo=LEI&numero=9074&ano=1995&ato=c1ag3YU5UeJpWTf30>. Acesso em: 28 out. 2023.
[8] PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA - PLANALTO-CASA CIVIL. Lei federal nº 9.991, de 24 de julho de 2000.
Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2000/lei-9991-24-julho-2000-359823-
publicacaooriginal-1-pl.html>. Acesso em: 28 out. 2023.