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Estruturas Isostáticas

Treliças compostas
Professora Maria de Lourdes
Teixeira Moreira
Simples
Quanto à lei de
formação Compostas

Complexas
Treliças:

• Treliças simples:
• São aquelas que seguem a lei de formação das treliças simples.

• Treliças compostas:
• São treliças resultantes da associação de treliças simples. Podem ser
isostáticas ou hiperestáticas.

• Treliças complexas:
• São treliças que não se enquadram nas duas categorias anteriores.
Treliças compostas isostáticas:

• São formadas pela associação de duas ou mais treliças simples


através de um ou mais sistemas de ligação isostáticos.
• Podem ser classificadas em Tipo I, Tipo II e Tipo III.
Treliças compostas do Tipo I:

• São formadas pela associação de duas ou mais treliças simples


através de um ou mais dos seguintes sistemas de ligação isostáticos:

Três barras simples, não concorrentes nem paralelas.

Um nó e uma barra não concorrente com este nó.


Treliças compostas do Tipo I:
Treliças compostas do Tipo I:
Método de resolução das treliças compostas tipo I:

1. Determinar as reações de apoio;


2. Identificar os elementos de ligação;
3. Traçar seção de Ritter cortando os elementos de ligação;
4. Calcular os esforços nos elementos de ligação;
5. Resolver as treliças simples associadas.
Método de resolução das treliças compostas tipo I:

S1
Método de resolução das treliças compostas tipo I:

S1
Treliças compostas do Tipo II:

• São classificadas como treliças compostas do Tipo II aquelas treliças


cuja substituição de treliças secundárias por barras retas substitutas
conduza a uma treliça simples.
Treliças compostas do Tipo II:
Treliças compostas do Tipo II:
Método de resolução das treliças compostas tipo II:

1. Identificar as treliças secundárias e substitui-las por barras retas;


2. Aplicar as cargas nodais equivalentes nos nós iniciais e finais das
barras retas substitutas;
3. Resolver a treliça simples obtida;
4. Fazer os ajustes nas treliças secundárias de forma análoga às barras
carregadas das treliças com cargas fora dos nós.
Método de resolução das treliças compostas tipo II:
Treliças compostas do Tipo III:

• São classificadas como treliças compostas do Tipo III aquelas treliças


compostas com comportamento de viga Gerber.
Treliças compostas do Tipo III:

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
Método de resolução das treliças compostas tipo III:

1. Identificar as treliças simples, identificando as que tem estabilidade


própria das que não tem;
2. Resolver primeiro aquelas treliças sem estabilidade própria;
3. Em seguida transferir as cargas para as treliças com estabilidade
própria e resolvê-las.
Método de resolução das treliças compostas tipo III:

P1 P2 P3 S1 P4 P5 P6 S2 P7 P8
Identificação das treliças:
Identificação das treliças:
Identificação das treliças:
Identificação das treliças:
Identificação das treliças:
Exemplo:

• Deseja-se determinar o valor dos esforços nas barras da treliça da


figura:
15kN 15kN

1.7321 3.4641 1.7321

3m

3m 10kN 10kN
60° 30°

1.7321 5.2021
15kN 15kN

1.7321 3.4641 1.7321

3m

3m 10kN 10kN
60° 30°

1.7321 5.2021
15kN 15kN

1.7321 3.4641 1.7321

3m

3m 10kN 10kN
60° 30°

1.7321 5.2021
15kN 15kN

1.7321 3.4641 1.7321

3m

3m 10kN 10kN
60° 30°

1.7321 5.2021
15kN 15kN

1.7321 3.4641 1.7321

3m

3m 10kN 10kN
60° 30°

1.7321 5.2021
15kN 15kN

1.7321 3.4641 1.7321

3m

3m 10kN 10kN
60° 30°

1.7321 5.2021
15kN 15kN

1.7321 3.4641 1.7321

3m

3m 10kN 10kN
60° 30°

1.7321 5.2021
Estruturas Isostáticas

Treliças complexas
TRELIÇAS COMPLEXAS

• São treliças que não se enquadram nas categorias de simples nem de


compostas.
• O seu método de resolução é o Método de Henneberg.
• A verificação da estabilidade é feita pelo método de resolução, pois
nem sempre é possível identificar por inspeção se a treliça
corresponde a uma forma crítica.
TRELIÇAS COMPLEXAS: MÉTODO DE HENNEBERG

• O método consiste em substituir uma ou mais barras da treliça por


outras barras, de tal forma que a nova treliça assim formada seja
estável e possa ser resolvida pelos métodos dos nós ou de Ritter.
Exemplo:

• Determinar os esforços nas barras da treliça da figura:


20kN 50kN
20kN

1.5m

1.5m

2m 2m
Resolução:
Identificação dos nós Identificação das barras

20kN 50kN 20kN 50kN


20kN 20kN

F F 11
10
E G E G
8
9
1.5m 1.5m
3
7 5
D 6 D

1.5m 1.5m 4

2
A C A 1
C
B B

2m 2m 2m 2m
Resolução: Número de barras (b): 11
Número de reações de apoio (r):3
20kN 50kN
Número de incógnitas:
20kN
𝑛𝑖 = 𝑏 + 𝑟 = 14
10 F 11 Número de nós: 7
E G
8
9
Número de equações:
1.5m
3
𝑛𝑒𝑞 = 2𝑛𝑛ó𝑠 = 14
7 5
6 D
Condição necessária, mas não suficiente
1.5m 4
para que a treliça seja isostática.
2
A 1
C
B Selecionaremos a barra 5 para eliminar e
vamos incluir uma barra extra (barra 12):
2m 2m
Etapa 1: Seleção de uma barra a ser Retirada a barra 5 e incluída a barra 12.
retirada e substituída por outra, de Assim, obtemos uma treliça simples.
forma a se obter uma treliça simples
ou composta.

20kN 50kN 20kN 50kN


20kN 20kN

F 11 10 F 11
10
E E G
G
8
8 9
1.5m
9 1.5m 12
3
3 7
7 5 6 D
6 D

1.5m 4 1.5m 4

2
2 A 1
C
A 1
C B
B

2m 2m 2m 2m
20kN 50kN
20kN ෍ 𝐹𝑦 = 0

E
10 F 11 𝑉𝐴 + 𝑉𝑐 − 20 − 50 − 20 = 0
G
8
9
1.5m 12
3
7
𝑉𝐴 + 𝑉𝑐 = 90
6 D

1.5m 4

A 1
B
2
C HC ෍ 𝑀𝐶 = 0

2m 2m
𝑉𝐴 × 4 − 20 × 4 − 50 × 2 = 0
VC
VA
Resolução da treliça obtida, para o 𝑉𝐴 = 45
carregamento atuante.
Determinação das reações de apoio: → 𝑉𝑐 = 45
෍ 𝐹𝑥 = 0

𝐻𝑐 = 0
20kN 50kN
20kN
Ângulo α:
3 2
sin 𝛼 = ; cos 𝛼 =
F 11
13 13
10
E G
8
9
1.5m 12
3
7
෍ 𝐹𝑦 = 0
6 D

1.5m 4
α 45 + 𝑁7 sin 𝛼 = 0
2
A 1
C
B

45
2m 2m 𝑁7 = − = −15 13
VC=45 sin 𝛼
VA=45
Determinação dos esforços nas barras:
N7 ෍ 𝐹𝑥 = 0
N2 𝑁2 + 𝑁7 cos 𝛼 = 0
Vc=45
𝑁2 = 30
Nó C
20kN 50kN
20kN
Ângulo β:
1,5 2
sin 𝛽 = ; cos 𝛽 =
F 11
2,5 2,5
10
E G
8 β9
1.5m 12
3
6
7
෍ 𝐹𝑦 = 0
D

1.5m 4
α
2
20 + 𝑁9 sin 𝛽 = 0
A 1
C
B

20
2m 2m 𝑁9 = − = −33,33
VC=45 sin 𝛽
VA=45
20kN
෍ 𝐹𝑥 = 0
N11
G 𝑁11 + 𝑁9 cos 𝛽 = 0
N9
𝑁11 = 26,66
Nó G
20kN 50kN
Pelo equilíbrio do nó B:
20kN
𝑁1 = 𝑁2 e 𝑁4 = 0
10 F 11 Pelo equilíbrio do nó A:
E G
8 β9
1.5m 12
3
7
෍ 𝐹𝑥 = 0
6 D

1.5m 4
α 𝑁1 + 𝑁6 cos 𝛼 = 0
2
A 1
C
B
𝑁1
𝑁6 = = −15 13
2m 2m cos 𝛼
VC=45
VA=45 N6
N3
෍ 𝐹𝑦 = 0
N1=30 45 + 𝑁3 + 𝑁6 sin 𝛼 = 0

VA=45 𝑁3 = −45 − 𝑁6 sin 𝛼

Nó A
𝑁3 = 0
20kN 50kN
20kN ෍ 𝐹𝑦 = 0

E
10 F 11 20 + 𝑁8 sin 𝛽 = 0
G
8 β9
1.5m
3
12
20
6 D
7
𝑁8 = − = −33,33
1.5m 4
0,6
α
2
A 1
C
B
෍ 𝐹𝑥 = 0
2m 2m
VC=45 𝑁10 + 𝑁8 cos 𝛽 = 0
VA=45
20kN

N10 𝑁10 = −𝑁8 cos 𝛽 = 26,66

N3
N8

Nó E
20kN 50kN
20kN ෍ 𝐹𝑥 = 0

E
10 F 11
G
𝑁9 = 𝑁8 = −33,33
8 β9
1.5m 12
3
6 D
7
෍ 𝐹𝑦 = 0
1.5m 4
α
A 1 2
C
𝑁8 sin 𝛽 + 𝑁9 sin 𝛽 + 𝑁12 − 𝑁4 = 0
B

2m 2m −2 × 33,33 × 0,6 + 𝑁12 = 0


VC=45
VA=45
N12
𝑁12 = 40kN

N8 N9

N4

Nó D
20kN 50kN
20kN
BARRAS FORÇA NORMAL
F 11
E
10
G
N1 +30
8 β9 N2 +30
1.5m 12
3
7
N3 0
6 D
N4 0
1.5m 4
α
A 1 2 N5 BARRA RETIRADA
C
B
N6 −15 13
N7 −15 13
2m 2m
VC=45 N8 -33,33
VA=45
N9 -33,33
N10 26,66
N11 26,66
N12 40
N11
G
ETAPA 2: β
Resolução da treliça, sob efeito de uma
carga unitária correspondente ao esforço N9 X1=1
atuante na barra eliminada (N5).

Nó G
10 F 11
E G
8 β
9
1.5m 12
X1=1 ෍ 𝐹𝑦 = 0
3
7
6 D 1 + 𝑁9 sin 𝛽 = 0
1.5m 4
X1=1
A 1 2 1
B
C 𝑁9 = − = −1,66
sin 𝛽

2m 2m
෍ 𝐹𝑥 = 0

𝑁11 + 𝑁9 cos 𝛽 = 0

𝑁11 = 1,33
10 F 11
E G
8 β
1.5m
9
X1=1 ෍ 𝐹𝑦 = 0
12
3
7
6 D 1 + 𝑁7 sin 𝛼 = 0
1.5m 4
X1=1
α
A 1 2 1 13
C 𝑁7 = − =−
B
sin 𝛼 3

2m 2m
෍ 𝐹𝑥 = 0

𝑁2 + 𝑁7 cos 𝛼 = 0
N7
2
𝑁2 =
3
X1=1 Pelo equilíbrio do nó B:
N2α
𝑁1 = 𝑁2 e 𝑁4 = 0

Nó C
10 F 11
E G
8 β
1.5m
9
X1=1 ෍ 𝐹𝑥 = 0
12
3
7
6 D 𝑁1 + 𝑁6 cos 𝛼 = 0
1.5m 4
X1=1
α
A 1 2 𝑁1 13
C 𝑁6 = =−
B
cos 𝛼 3

2m 2m
෍ 𝐹𝑦 = 0

N6 𝑁3 + 𝑁6 sin 𝛼 = 0
N3
𝑁3 = −𝑁6 sin 𝛼

N1=2/3 𝑁3 = 1

Nó A
10 F 11
E G
8 β
1.5m
9
X1=1 ෍ 𝐹𝑥 = 0
12
3
7
6 D 𝑁9 = 𝑁8 = −1,66
1.5m 4
X1=1
α
2
A 1
C ෍ 𝐹𝑦 = 0
B

𝑁8 sin 𝛽 + 𝑁9 sin 𝛽 + 𝑁12 = 0


2m 2m
−2 × −1,66 × 0,6 + 𝑁12 = 0
N12
𝑁12 = 2kN

N8 N9

N4=0

Nó D
10 F 11
E G
8 β
9 BARRAS FORÇA NORMAL
1.5m 12
X1=1
3 N1 2/3
7
6 D
N2 2/3
1.5m 4
X1=1
α N3 1
2
A 1
C
B N4 0
N5 BARRA RETIRADA (+1kN)
2m 2m N6 − 13/3
N7 − 13/3
N8 -1,666
N9 -1,666
N10 1,333
N11 1,333
N12 2
10 F 11
E G
8 β Mas sabemos que a barra N12 não existe na
9
1.5m 12
X1=1 treliça original, assim, X1 deve ser tal que
3 elimine o esforço nesta barra:
7
6 D Na primeira análise obtivemos:
1.5m 4
X1=1 N12=40
α
A 1 2
C
Na segunda análise, sob efeito da carga X1=1,
B obtivemos:
N12=2
2m 2m Logo, para que N12 seja nula devemos ter:
𝑋1 × 2 + 40 = 0

𝑋1 = −20

E o esforço em todas as barras pode agora ser


obtido:

𝑁𝑖 = 𝑁𝑖0 + 𝑋1 × 𝑁𝑖1
10 F 11
E G
8 β
9 BARRAS FORÇA NORMAL FORÇA NORMAL
1.5m 12
X1=1
(N0) (N1)
3
7
6 D N1 +30 2/3
1.5m 4
X1=1 N2 +30 2/3
α
2
A 1
C N3 0 1
B
N4 0 0

2m 2m
N5 BARRA X1=1
RETIRADA
N6 −15 13 − 13/3
N7 −15 13 − 13/3
N8 -33,33 -1,666
N9 -33,33 -1,666
N10 26,66 1,333
N11 26,66 1,333
N12 40 2
10 F 11
E G
8 β BARRAS FORÇA FORÇA NORMAL FORÇA NORMAL
9
1.5m 12
X1=1 NORMAL (N1) (kN)
3
7
(N0)
6 D
N1 +30 2/3 16,667
1.5m 4
X1=1
α N2 +30 2/3 16,667
2
A 1
C
B N3 0 1 -20
N4 0 0 0
2m 2m N5 BARRA 1 -20
RETIRADA
N6 −15 13 − 13/3 -30,04
N7 −15 13 − 13/3 -30,04
N8 -33,33 -1,666 0
𝑁𝑖 = 𝑁𝑖0 + 𝑋1 × 𝑁𝑖1 N9 -33,33 -1,666 0
N10 26,66 1,333 0
N11 26,66 1,333 0
N12 40 2 0
Referências:

• SUSSEKIND, José Carlos - Curso de Análise Estrutural - Estruturas Isostáticas, vol. 1,


Ed. Globo.
• ALMEIDA, Maria Cascão Ferreira – Estruturas Isostáticas. São Paulo: Oficina de
Textos, 2009.
FIM!

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