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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

GEOLOGIA

Origem das
paisagens

ANGÉLICA VAILATI; MARIA CLÁUDIA DA SILVA REGIS;


MARYLLIA MACIEL PALHETA; MIQUEIAS BELLINI E
PEDRO FELIPE BENEDUZI DE OLIVEIRA.
Compartimentação morfológica
dos terrenos e geodiversidades
no Brasil
A compartimentação morfológica é
um campo que cuida do
entendimento da divisão ou da
compartimentação topográfica
regional, assim como da
caracterização e da descrição das
formas de relevo em cada
compartimento estudado.
Domínio morfoclimático
O conceito de domínios
morfoclimáticos foi utilizado pelo
geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber,
cujo objetivo era fazer um
levantamento da diversidade
paisagística do território
brasileiro.
Domínios morfoclimáticos são
regiões definidas com base na
sua composição paisagística,
formada pela interação dos
seguintes elementos: clima,
relevo, vegetação, solo,
hidrografia. Fonte: Researchgate
Domínio das terras baixas
florestadas equatoriais da
Amazônia
Nesse domínio se destacam quatro
padrões
morfológicos principais: planície de
inundação; tabuleiros de terra firme;
superfícies de aplainamentos;
planaltos e serras residuais.

Fonte: Autor desconhecido


Esses ambientes estão submetidos a um regime climático
quente e úmido a superúmido e sob intensa atuação do
intemperismo químico e lixiviação dos solos, que permite a
formação de paisagens.

Fonte: Canaltech Fonte: UOL


Evolução geológica do
rio Amazonas
O rio Amazonas, à
aproximadamente 10 milhões de
anos, fluía para o oeste em
direção ao Ocenano Pacífico, no
entanto, devido à colisão da Placa
Sul-Americana e da Placa de
Nazca, a partir da orogênese
Andina, seu sentido se inverteu
para o leste.

Fonte: Wikipédia
Essa mudança na direção
do rio teve um impacto
significativo na
deposição de sedimentos
e na formação de
ecossistemas únicos,
como as várzeas da
Amazônia.

Fonte: Portal Amazônia

Várzeas (planície de inundação) são as áreas alagáveis


banhadas por rios de água clara, barrenta ou preta.
Na Amazônia Ocidental, formou-se
uma imensa bacia sedimentar
proveniente da erosão da Cordilheira
dos Andes, que provocou a formação
da sedimentação flúvio lacustrina.

Fonte: CNN Brasil

Esses sedimentos acumulados deram


origem a Formação dos Solimões e, a
partir do Pleistoceno Superior, os rios
começaram a cortar esses sedimentos,
criando os vales e ravinas.
Fonte: Portal Amazônia
Planície de inundação
Pantanal

Planície de inundação é uma área plana,


adjacente à calha do rio, que possui como
característica peculiar a retenção sazonal
de água, condição essencial das paisagens
fluviais (TOCKNER e STANFORD, 2002).

Fonte: Mundo Educação

As planícies de inundação atuam como um tipo de "reservatório natural"


temporária para a água excedente dos rios, ajudando a proteger as áreas aos
redores contra inundações.
São muito importantes para o ecossistema, pois as retenções sazonais de
água podem fornecer nutrientes essenciais para o cultivo, uma vez que os
solos dessas áreas são ricos em nutrientes.
As águas dessas áreas apresentam colorações diferenciadas de acordo
com o pH, carga de sedimentos e composição química de suas águas,
podendo ser barrentas, claras ou pretas (SIOLI, 1957).
Rio Madeira Rio Negro

Fonte: National Geographic Fonte: Accor

Rio Tapajós Rio Xingu

Fonte: Midia Ninja Fonte: Amazonia Live


As planícies constituídas por água
de rios de água barrenta (por
exemplo, rios Madeira e
Solimões):
Esses rios drenam o escoamento
de água oriental da cordilheira
dos Andes e carregam uma
grande quantidade de
sedimentos em suspensão devido
à erosão das montanhas. Isso
resulta em águas com uma
aparência turva e barrenta.

Rio Madeira
As planícies constituídas por água
de rios de água preta (por
exemplo, rio Negro):
Esses rios apresentam águas de
coloração escura devido à baixa
carga de sedimentos em
suspensão e à alta concentração
de sesquióxidos de ferro. A falta
de sedimentos está relacionada à
origem desses rios, que nascem
em áreas de clima superúmido no
noroeste da Amazônia, onde os
solos são profundamente
lixiviados.

Rio Negro
Rio Tapajós

As planícies constituídas por água


de rios de água clara (por
exemplo, rios Tapajós e Xingu):
Esses rios drenam o planalto
brasileiro e têm águas mais
claras, com uma carga de
sedimentos moderada. No
entanto, a concentração de ferro
nas águas não é tão alta quanto
nos rios de água preta.

Rio Xingu
Tabuleiros de terra firme
Os tabuleiros de terra firme são formações geológicas que abrangem vastas
extensões na região amazônica. Destacam-se por serem terrenos planos e de
baixa altitude, geralmente com cotas inferiores a 200 metros acima do nível do
mar, com solos espessos e pobres em nutrientes.

Aspecto da superfície dos tabuleiros,


dissecados em – pequenos vales ortogonais ao
longo do percurso da rodovia BR– 174, próximo
a Presidente Figueiredo (AM).

Fonte: Livro Geodiversidade do Brasil


Seu processo de formação está
relacionado à interação entre a
erosão e a intemperização
química dos solos e rochas.

Em algumas áreas dos tabuleiros de terra firme, o terreno plano


pode ser interrompido por um relevo colinoso (formas de relevo
com menor amplitude topográfica) ou de colinas tabulares
(forma de relevo caracterizada por uma elevação de terreno
plano). Sendo assim, em certas porções desses tabuleiros, o
terreno é separado em colinas ou colinas planas.
Superfícies de Aplainamentos
Superfície aplanada entrecortada por
relevos residuais denominados
Pediplano Sertanejo.

São áreas de terreno que


apresentam cotas altimétricas
(altitudes) que variam entre 200
e 350 metros. Essas áreas se
destacam por serem planas ou
levemente esculpidas pela rede
de drenagem.
Fonte: Mattos, et al (2010)

O relevo da área é caracterizado por suaves colinas ou elevações de terreno


com variações altimétricas relativamente pequenas.
Essas áreas sofreram com o processo de arrasamento do
relevo, em que as superfícies de aplainamento foram
formadas e esculpidas pela ação da erosão.

O clima da região é caracterizado


como quente e úmido, o que provoca
a dissecação das superfícies de
aplainamento que foram
anteriormente formadas e moldadas.

Assim como nos tabuleiros, os solos


são espessos, pobres e bem
drenados (Latossolos e Argilosos)
(EMBRAPA, 2001) e ocupados por
uma vegetação denominada “mata
de terra firme”, que se adpta ao solo
e clima da região .
Planaltos e Serras Residuais
São áreas de terreno elevados e relativamente planos que se destacam
em meio a vastas superfícies aplainadas. Esses planaltos residuais estão
localizados nos crátons (estruturas geológicas muito antigas e ricas em
minerais metálicos) do Xingu e das Guianas.

Esses planaltos possuem solos espessos,


geralmente arenosos, pobres em nutrientes e
bem drenados. Eles podem suportar diferentes
tipos de vegetação, incluindo mata de terra
firme e savanas, em especial no norte de
Roraima.
Fonte: UOL
Tepuis
Representam uma característica notável na geodiversidade do Brasil e de
outras partes da América do Sul. São montanhas com paredes verticais e
cimo (parte mais alta da montanha) geralmente plano. Estas montanhas
são as formações expostas mais antigas do planeta.
É formada por arenito e quartzito, com veios de ardósia.
Monte Roraima

Fonte: Wikipédia
Planaltos e Serras Residuais
Serras residuais são formações geológicas que consistem em
cadeias de montanhas ou serras que resistiram à erosão e ao
desgaste ao longo de um período geológico. Elas se destacam em
meio a áreas de terreno mais plano ou aplainado devido à sua
resistência relativa à ação de agentes erosivos, como vento, chuva,
rios e geleiras. Elas são compostas de litologias (rochas) mais
resistentes à erosão.

Destacam-se, nesse contexto, as serras do Carajás (PA), do Navio


(AP) e do Tumucumaque (fronteira entre o Brasil e as Guianas).
Serra dos Carajás, Pará

Serra do Tumucumaque, fronteira entre o


Brasil e as Guianas

Fonte: Info Escola

Serra do Navio, Amapá

Fonte: Alta Montanha

Fonte: Governo do Amapá


Domínio dos chapadões
semi-úmidos tropicais
do cerrado
Nesse domínio, destacam-se quatro padrões
morfológicos principais: topos dos chapadões
sustentados por couraças ferruginosas
(camadas endurecidas ou cimentadas de
óxidos de ferro); planaltos dissecados;
depressões interplanálticas; planície do rio
Araguaia.

Fonte: Mundo Educação


Esses ambientes estão submetidos a um
regime climático quente e semi-úmido,
com regime estacional bem definido, com
verões chuvosos e invernos secos.

As paisagens são submetidas à forte


atuação do intemperismo químico com
formação de solos espessos, lixiviados e
laterizados, recobertas por vegetação de
savana, que varia desde campos-cerrados,
onde predomina a vegetação herbácea,
até cerradões, em que predomina
vegetação arbustivo-arbórea.

Fonte: Globo Rural, 2022


TOPOS DOS CHAPADÕES

Espigão Mestre, no oeste da Chapada das Mangabeiras, Chapada dos Guimarães, no


Bahia (em cotas que variam no sul do Maranhão e Piauí Mato Grosso (em cotas que
entre 700 e 1.000 m) (entre 500 e 700 m) variam entre 700 e 900 m)

Planalto dos Parecis, em


Mato Grosso e sul de
Rondônia (em cotas que
variam entre 500 e 700 m)

Fonte: Alta Montanha, 2021


As chapadas apresentam solos muito
profundos, lixiviados (retirada de
nutrientes do solo de forma natural
por meio da entrada da água no
subsolo), ácidos (elevado teor de
alumínio) e de baixa fertilidade
natural.

Apresentam nível freático, em geral,


profundo, mas caracterizado por
grande oscilação sazonal, devido ao
regime pluviométrico típico dos
trópicos semi-úmidos.
Fonte: Borges, 2020

Essas superfícies de aplainamento representam


O topo das chapadas é marcado pelo
feições reliquiares na paisagem do Planalto Central
desenvolvimento de uma crosta detrítico-laterítica
desde o Paleógeno.
bastante resistente ao intemperismo e à erosão

Ou seja, atestam estabilidade dos processos


morfodinâmicos*, mas também refletem intensa
A laterização é um tipo de
atuação do intemperismo químico na formação de
intemperismo químico
espessos mantos de alteração e rebaixamento das
que atua principalmente
superfícies,
sobre os solos, sendo
responsável pelo
surgimento de uma crosta *Interações entre processos morfológicos e
ferruginosa sobre eles dinâmicos que moldam a superfície da Terra e sua
forma ao longo do tempo geológico (erosão,
Fonte: Pena, 2023
inundações, transporte de nutrientes...)
PLANALTOS DISSECADOS

Os planaltos dissecados abrangem


terrenos colinosos a morrosos com
ocorrência de serras isoladas, típicos
do Planalto Central goiano ou do
Planalto do centro-noroeste mineiro

Representam refúgios florestais em


meio ao domínio dos cerrados situados
em interflúvios (espaço compreendido
entre duas linhas de água) sustentados
por rochas de composição básica e
solos argilosos, de alta fertilidade
natural.

Fonte: Dantas, 2015.


PLANALTOS DISSECADOS
Essas condições favorece o estabelecimento de vegetação florestal isolada, devido à
maior capacidade de armazenamento de água no solo e disponibilidade de nutrientes
minerais.

Também podem ocorrer as matas secas, exclusivamente em áreas de afloramento de


rochas calcárias, apresentando solos, em geral, pouco profundos (devido à dissolução
química do carbonato de cálcio) e com alta fertilidade natural.

Também considerados refúgios de vegetação florestal, mas, devido à baixa


capacidade de armazenamento de água no solo, essa mata perde as folhas na
estação seca, o que a caracteriza como mata decídua ou caducifólia
DEPRESSÕES
INTERPLANÁLTICAS
São áreas que se localizam em
níveis altimétricos mais baixos do
que os planaltos que as circundam.

Compreendem uma extensa


superfície aplainada, que oblitera
ou trunca as estruturas do
substrato rochoso, apresentando
morfologia levemente ondulada,
que é drenado por uma rede de
baixa densidade, correspondendo a
terrenos que sofreram mais
intensamente os efeitos do
Depressão Sertaneja Setentrional no estado do Ceará.
aplainamento Fonte: Nogueira, 2014
Destaca-se as deepressões interplanálticas
dos vales dos rios Tocantins e Araguaia, que
apresentam cotas entre 450 e 200 m com
caimento de sul para norte.

Comumente, observam-se, ao sul,


alinhamentos serranos isolados susentados
por quartzitos ou, ao norte, morros-
testemunhos sustentados por sequências
sedimentares da Bacia do Parnaíba mais
resistentes ao intemperismo.

Fonte: Morais, 2021


Represetação das depressões interplanálticas dos vales dos rios
Tocantins e Araguaia:

Fonte: Rocha, 2018


Uma feição da paisagem característica dos cerrados, tanto nos planaltos quanto nas
depressões, são as matas galeria – que ocupam os fundos de vales de toda a rede de
canais que disseca as chapadas e se apresentam, devido a uma condição local de
umidade, como refúgio para a vegetação florestal. Apesar de a longa duração do período
seco na região (em torno de seis meses), o lençol freático dos espessos solos do cerrado
alimenta continuamente os canais principais, mantendo-os perenes o ano inteiro

Interior de uma Mata


de Galeria no Cerrado
da Chapada dos
Veadeiros.

Fonte: Instituto Jurumi Fonte: Instituto Jurumi


Fonte: Brasil Escola, 2023

PLANÍCIE DO RIO ARAGUAIA


A planície do rio Araguaia consiste em uma vasta zona deposicional ativa em meio à
depressão interplanáltica do Araguaia. Caracteriza-se por uma depressão inundável,
alongada no sentido norte-sul e entulhada por sedimentação quaternária, onde se
destaca a ilha do Bananal, considerada a maior ilha fluvial do mundo.

O Rio Araguaia é um importante rio brasileiro que atravessa estados das regiões Centro-
Oeste e Norte do país, desaguando no rio Tocantins. Ele percorre dois grandes biomas: o
Cerrado e a Amazônia.
Domínio das depressões
semi-áridas tropicais da
caatinga
O domínio da caatinga é caracterizado por
ser uma região de clima semiárido, com
baixa precipitação e alta evaporação, que
abrange cerca de 10% do território
nacional, principalmente na região
Nordeste. A vegetação é formada por
plantas xerófilas, adaptadas à seca, como
cactos, bromélias e arbustos espinhosos. A
fauna é diversificada, com espécies
endêmicas e ameaçadas de extinção, como
a arara-azul-de-lear, o tatu-bola e a onça-
pintada.
Arara-azul-de-lear Onça-parda
O domínio das caatingas se desenvolve sobre rochas cristalinas antigas,
que formam planaltos e chapadas, intercalados por depressões
interplanálticas. Essas depressões são áreas rebaixadas em relação aos
planaltos, que apresentam solos rasos, pedregosos ou arenosos, com baixa
fertilidade natural. As depressões semiáridas tropicais são as mais extensas
e ocupam a maior parte do domínio das caatingas.
Elas se caracterizam pela presença de rios temporários, que secam na
estação seca, formando leitos arenosos ou pedregosos. Esses rios podem
formar vales profundos e estreitos, chamados de cânions.
As depressões semiáridas tropicais são
áreas vulneráveis à desertificação, que é
o processo de degradação da terra em
áreas áridas, semiáridas e subúmidas
secas. A desertificação é causada por
fatores naturais e humanos, como as
mudanças climáticas, o desmatamento,
as queimadas, a agricultura inadequada
e a sobrepastagem. A desertificação
afeta negativamente a biodiversidade,
os recursos hídricos, a qualidade do solo
e a vida das populações locais.
Superfícies de Aplainamento
da Depressão Sertaneja
Devido aos solos que, em geral são rasos e
de textura arenosa (Inselbergs), elas são
formadas pela ação de agentes erosivos,
como chuva, vento e rios, que desgastam
as elevações do terreno ao longo do tempo,
criando uma aparência mais plana. Isso
pode revelar camadas geológicas e
fornecer informações sobre a história
geológica da região. Essas superfícies
desempenham um papel importante na
modelagem da paisagem e na
configuração das características
geográficas da Depressão Sertaneja.
Chapadas Sustentadas por rochas sedimentares
A formação dessas chapadas começa com a deposição de camadas de sedimentos
ao longo de milhões de anos, muitas vezes em ambientes como leitos de rios, lagos
ou mares. Com o tempo, esses sedimentos se compactam e solidificam, formando
rochas sedimentares. Algumas dessas rochas têm maior resistência à erosão do
que os materiais ao redor, criando elevações niveladas, que são as chapadas.
Um exemplo bem conhecido de Chapadas Sustentadas por Rochas Sedimentares é
a Chapada Diamantina, na Bahia, Brasil, conhecida por suas formações rochosas
impressionantes e paisagens exuberantes.
Serras Isoladas e Brejos de
Altitude
São formações geográficas encontradas em
algumas regiões montanhosas. As Serras
Isoladas referem-se a cadeias de
montanhas ou colinas que não estão
conectadas a outras grandes cadeias
montanhosas, muitas vezes isoladas
geograficamente. Os Brejos de Altitude,
por outro lado, são áreas úmidas
localizadas em altitudes elevadas,
caracterizadas por vegetação específica e
condições climáticas particulares. Ambas
as formações desempenham papéis
importantes na biodiversidade e ecologia
das regiões onde estão presentes. Uruburetama - CE
Planalto da Borborema
Corresponde ao conjunto de terras altas que se distribuem no nordeste oriental do
Brasil, com limites marcados, geralmente com amplitude da ordem de 100m em
relação ao entorno (escarpas). Devido sua altitude, essa formação geológica
impede que a umidade e as precipitações vindas do oceano avancem para o
interior do Nordeste. Sendo assim, ele colabora com a ocorrência do clima árido
nordestino, interferindo diretamente no clima e no relevo que se forma na região.
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
GEOLOGIA

Origem das
paisagens

ANGÉLICA VAILATI; MARIA CLÁUDIA DA SILVA REGIS;


MARYLLIA MACIEL PALHETA; MIQUEIAS BELLINI E
PEDRO FELIPE BENEDUZI DE OLIVEIRA.

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