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AOCUPAÇÃOPRÉ-COLONIAL
DO PANTANAL DE CÁCEjiES, MATO GROSSO
uma leitura preliminar
volume ll
(versão revirada)
Cuiabá/São Paulo
2000
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SUMÁRIO
VOLUl\©:l
APliESENTAÇÃO
CAPÍTULOI
APESQuiSA. 4
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1.2.1 - Fontesconsultadas.
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1.2.2 -- Técnicas de campo e laboratório. 9
CAPÍTUL02
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OPANTANALDECÁCERESNOCONTEXTO
DOALTOPARAGUAI.
31
Os Bororo. 59
Os Umutina. 71
Os Paresi. 74
Os Xarayés. 89
PARAGUAI.
O casoBororo. 99
CAPITUL04
A ARQUEOLOGIA DO PANTANAL DE CÁCERES. 113
CAPITUL05
CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA DA PESQUISA. 142
APROVEITAMENTOriUMANO.
VOLUME ll
CAPITUL06
OS SÍTIOS DA ÁREA EM ESTUDO
171
6.1 SÍTIOSHISTÓRICOS. 173
CAPÍTUL07
A CERÂMICA DO PANTANAL DE CÁCERES. 215
7.1-ASCOLEÇÕESESTUDADAS. 217
CAPÍTUL08
REFEjiÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS. 381
VOLUME lll
América do Sul.
FIGUJ{A 2 Esquema de quadriculamento dos atenos. 11
aldeiado PauSecoretratada
por Taunay,na
primeira metade do século Xlx.
FIGURAIO
Cerâmica etnográ6ca Bororo, registrada por 65
AJbisetti e Venturelli, 1962.
FIGURAll Grupo Umutina do .Alto Paraguai no início do 72
século XX.
FIGURA12
Grupo .Pare.çi e sua cerâmica, retratados por 78
Schmidt em 1910
FIGURA13
Localização da .[czgz/na de/os Xampés e de 94
diferentes usos.
FIGURA22 Mapa de localização dos sítios mqueológicos 182
conchífero.
FIGU]R.A27c Adomos de dentes humanos. 189
cerâmico.
FIGURA31 Sepultamento secundário em uma cerâmica. 193
de campo.
FIGURA38 Um grupo de aterros na Baía do Uvar. 200
39 e 40
ÇÀterro CarqásÜ.
204
FIGURA42 Material arqueológicoem superfície
no MT-P0-042(]ferro Jacarezfnbo).
205
FIGUjiA 43 Sepultamentoprimário aflorado à super$cie do
MT-P0-042(Hzerro Jacarezín/zo).
205
FIGURA44 Sepultamentoprimário com cobre-crânio
registrado no MT-P0-079 (yrerro JMa/a.Escura).
208
FIGURAS45 Fragmentos cerâmicos da /radfção .nesga/fiado,
perfüações pós-queima.
FIGURA65 Zraiáçâo ,nesga/fiado presentenos aterros - fomla 270
do MT-P0-042(Aterro Jacarezinho).
FIGURA71 Freqüência de contomos de vasilhas 328
do MT-P0-042(Atente Jacarezinho).
FIGURA73 Freqüência de contornos de vasilhas do 329
do MT-P0-067(Aterro CapadoGordo).
FIGURA76 Freqüência de contomos de vasilhas 330
do MT-P0-082(Aterro Palácio).
FIGURA79 Freqüência de contomos de vasilhas 332
do MT-PO-117(Aterro Japuíra).
FIGURA83 Freqüência de formas de vasihas do sítio 334
MT-P0-042(Aterro Jacarezinho).
FIGUliA 85 Freqüência de formas de vasilhas 335
do sítioMT-P0-042,níveis9 a 14.
FIGURA87 Dimensões e volume da cerâmica dos aterros 352
do Pantanal de Cáceres.
FIGURA88 Dimensões e volume da cerâmica do MT-P0-068 352
(cerâmica Descalvado/Pantanal).
FIGURA9] Dimensões e volume da cerâmica do MT-P0-042 9 354
de Cáceres e adjacências.
TABELAS Dimensões dos aterros trabalhados. 207
TABELA4 Quantidades de bordas analisadas e de formas 2]8
de vasilhas reconstituídas por aterro.
TABELA5 Quantidade de vasilhas analisadas da ce/dm/ca 219
do agrupamento do Caicai.
TABELA37 Frequênciade categoriasde contomo nas cerâmicas 323
do agrupamento
MT-P0-039 e MT-PO-117.
TABELA40 Freqüência de fomias de vasilhas dos sítios 325
CAPITULO 6
por Pardaem 1988 e sítios líticos a céu aberto, principalmente junto a cursos d'água,
a exemplo dos sítios /''on/e de .Pedraregistradopor Schmidt (1943) e Sa//o da
.A/u//zerregistrado por Migliácio em 1999. Na área de transição do Planalto dos
Parecespara o Vale do Guaporé são registrados sítios cerâmicos a céu aberto e
inúmeros abrigos e testemunhosrochosos com peüoglifos, apresentandopor vezes,
material ]ídco e cerâmico, como é o caso do ,4ónlgo do So/, que apresenta ocupação
humana datada a parti do início do Holoceno (Miller, 1987), o co/np/exo C#/zpz/m
registrado por Guidon em1980, o complexo Ta//zân/esz/registrado por Parda em
1988 e muitos outros. No vale do Alto Guaporé foram registados sítios
apresentandocerâmicas classificadas por Miller como#me .4guapé elacse Ga/era e
ainda outras de filiação desconhecida(Miller, 1983, 1994).
â] DUOS HISTÓRICOS
Villa Mana, ftmdada com uma população cuja metade era composta por
''índios chiquitanos" migrados das Missões jesuíticas espanholasda âonteira,
conforme o seu termo de flmdação, datado de 1778 (Neves, 1978), comprovava a
presença portuguesa na região, justiÊlcando a aplicação do piinclpio do z///
174
Caggiano (1994-1995), apresentam datas de 500 a 800 d.C (fase Las Mulas) e enfie
] 000 e 15000 d.C (fase Malabrigo) e os grandessítios da tradição 71pfgzzaranitêm
presença marcante a partir de 1000 d.C. Na planície de Moços, datas obtidas por
Dougllerty e Calandra(1984) evidenciam uma maior oconência de sítios datadosde
600 a 1.000 d.C. VeiíÊica-sepois, em âmbito macro-regional, uma intensiÊlcação da
ocupação por grupos ceramistas estabelecidos em grandes aldeias entre 500 e 1.000
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181
do seu significado.
No Pantanal de Cáceres extensos sítios lito-cerâmicos a céu aberto se fazem
presente pesquisa registram a presença dessessítios até um pouco mais ao sul, nas
proximidades da Ilha de Taiamã. Seu limite ao sul parece coincidir com os últimos
afloramentos meridionais da Província Serrana,que pouco abaixo de Descalvado
desaparecemna planície alaBável.A Província Serranarepresentaa fonte mais
próxima de matérias primas míticasnessecontexto geográfico.
47Os sítios foram plotados em mapas da D.S.G., Escala 1: 100.000, com base nas coordenadas geográficas
obtidas por meio de GPS. Para apmiefttaçâo tiram usadosmapasemescala 1:250.0(X).
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Novas elevações e afloramentos rochosos só voltam a emergir na planície de
inundaçãojá nas divisas com Mato Grosso do Sul: o Mono do Caracará, a Ilha
Ínsuae a Serrado Amolar,a distâncias
queülcamentre170 e 300km por wa
fluvial. Os sítios arqueológicos mais orientais da mesma tradição ceramista
registrados até o momento são o sítio /ücão e o sítio Pon/a do Morro, localizados
junto a carregos üibutários do rio Paraguai, que nascem na Província Serrana
(carrego Facho e carrego das Piraputangasrespectivamente).Esses sítios estão
implantados em vales anticlinais existentes entre as cristas paralelas da Província
Serrana, que nesse trecho acompanham o rio Paraguai rumo ao sul. O sítio /Ücão
posicionados próximo aos rios Jauru e Padre Início, afluentes do rio Paraguai por
suamargemdireita. No rio Sepotuba,outro afluente ocidental do rio Paraguai,a
montante de Cáceres, também há registros de presença de material cerâmico de
características similares.
de terra preta, possível indicador de uma ocupação humana mais pemianente que
remetessea um uso habitacional.
« Essetmbaho está sendodu ido pela:l;UNAldesde 1998, sob acooídenação da antmpóloga Joana
Aparecida Femandes da Silva.
185
estrati©áÊlca de 1,5 m a 2,0 m, sobre uma camada dura ("hard pan"), com presença
do mesmo material cultural do topo até a base, confonne infomla Petrullo (1932)
sobre os Cemitérios l e ll por ele escavados em Descalvado. Oliveira (1999)
apresenta um perfil estratigráfico do .,4/erro Ja/oZpá, que é composto por uma
"camada orgânica" sobre uma camada de "areia escura com cascalho", sobrepostas
a uma "camada de areia marrom clara com cascalho, tomando-se compactada". Em
geral essessítios são compostos por uma camada orgânica que apresenta maior
proporção de areia e nódulos concrecionários à medida que se aproxima de sua base
dreno-conglomerática, como o Sz'f/o ilpüzo Grande(Migliácio, Oliveira e Sirva,
1999/2000). Alguns desses sítios foram caracterizados como sítios-cemitério
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Os materiais míticos (Figuras 25a, 25b, 25c e 26) observados nesses sítios são
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190
Sepultamentos
desde o Êmal do século XIX, pela presença de conjuntos de umas funerárias, o que
os tomou conhecidos como "campos de umas". .Ngumas das escavaçõesrealizadas
nessessítios tiveram como propósito apenasa retirada de grandes umas cerâmicas,
como as de Mello Rego realizadasem Porto Tucum em 1897 e a de Schmidt
realizada em Barranco Vemielho no início do século XX, não fomecendo maiores
dados, a não ser o tamanho avantajado das vasilhas. Já Peüullo, que em 19311
escavou em Descalvado dois sítios que identificou como sendo cemitérios, produziu
dados descritivos das estruturas de sepultamento, estratigrafia e materna)
arqueológico.
todos eles e ainda a presença de alguns dos outros padrões de sepultamento não
deixam dúvidas tratar-se da mesma ocupação-
Seputtamentos i)rilnários
uma mandíbula de piranha, que pode ter sido utilizada como escaíiÊicadorpor
ocasião daqueles sepultamentosso.Registrou-se também um sepultamento de
criança acompanhado de um pequeno mamífero(provavelmente macaco), também
adomado e portando crobre-crânio cerâmico(Petrullo, 1932)-
" Há vários registros etnográficos denso de mandíbulas de-peixes como escariücadores, a exemplo de povos
do Alto Xingu. Albisetti e Venturelli(1962, p. 665) registxaram escaiificadores de quartzo e de mandíbulas
de piranha'utilizados-pelos Bororo Orientais em seus-rituais fbneiários-e que eram depositados nos cestos
funerários com os restos ósseospala o sepultamento definitivo
192
Sepultamentos secundados
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195
Aaruoados:
realizados na escavação de 1999 -do sido á3dyo (l;run(k, pode-se iiúerü certas
pode também ter sido usado para combater a umidade no local onde sei.ia
depositado o morto ou os restos esqueletais.
também por Oliveira (1999) no .dzerro Ja/oZ)á, ora apresentando limites precisos,
A Tabela-2 traz uma relação de sítios onde figura mais de uma centenade
aterroslocalizados entre o Morro do Caracará,nas divisas de Mato Grosso do Sul
com Mato Grossoe o Morro Peladoem Mato Grosso.Na Figuras35, 36a e 36b
pode-se observar a ]oca]ização de aterros na planície a]agáve] do Pantanal de
Cáceres, regitrados no âmbito dessa pesquisa.
'' Dado o contexto geográfico, é mais provável que o sítio arqueológico registrado por Schmidt em Band do
Bugres conesponda ao padrão de extenso sítio fito-cerâmico e Tidoa-sítio úe aterro, como quer Susnik.
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.JRA35
Fotografia aérea com localização de aterros registrados na Baía do Uvar.
(base:PrqjetoAST-10, Escala1:60.000)
LE(;ENDA
MT-P0-068
Aterro Bananalzinho Bororo
MT-Pn.n?o Aterro Marimbondo Pobre
MT-P0-040 Atente Tuiuiú
MT-P0-079 Aterro Mata Escura
MT-P0-080 Aterro Pedro Flores
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ap alolueldpu sopp4sl8aisoualeap ol5pnlpool uloo eaige y i8o+od 9€ viln91:1
FIGURA 36 Fotografa; localização de aterrosregistados na planície d
Regionalmente
conhecidos
homoa/errol de bugle, os sitios de ateno
aparecemhomo pequenaselevag6esdistribuidas na planicie alagavel, no entomo ou
nas imediag6es de rios, c6rregos e piincipalmente de baias, apresentando-seem
conyuntos provavelmente ardculados. Essa possivel articulagao 6 sugelida pda
distribuigao geografica dos aterros, que se da de tal fomta que estando-se sobre um
pode-se avistar um conjunto deles (Figuras 38 e 39).
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Pantanal de Cfceres.
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FIGURA46a Fragmentos cerfmicos com decoragao de Gorda impressa,
presentsnos aterros.
(Figuras 42,43 e 44), especialmente naqueles que nio apresentam cobertura vegetal.
Nos aterros cobertos por vegetagao arbustiva ou arb6rea o material aparece mats
abundante em sub-super$cie, pris encontra-se roberto por uma hamada de folhas
em decomposigao. Ja os aterros nio vegetados, deixando expostos os vestiglos
arque16gicos, pem)item uma leitura visual da distribuigao do material arqueo16gico
em superncie.
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fragmentos d e trempes
Z gramm 1: 0 2 4 6m
pogo-testaci
centro do sino determinado empiricamente
SepultamentoseH suDerftcie
funergrio(MT-P0-079).
CAPITUL07
A CERAMICA DO PANTANAL DE cACERES
7. I AS COLEG6ES ESTUDADAS
' ' ' As t6cnicas e m6todos utilizados na Goleta do material arqueo16gico esHo explicitados no Capitulo Ido
presenceUabaho
218
MEseuHist6rico de Cgwres 11
Secretaria
Municipal
deTurismo
eMeir Ambiente
deCage! 0]
Universidade do Estado de Mata Grosso(Campus de Caceres)
TOTAL 52
' Outms vasilhas provementes da area, que se enconbam em outros estados brasileiros, coho o Rio de
Janeiro(Museu Nacional), Campo Grande e Corumbf -MS(Museu Dom Bosco e Universidade Fedeml
respectivamente) e ainda em museus estlangeiros coma o da Philadelphia University e o Museum air
V61kerkund de Berlin nio puderam ainda ser estudadas.
220
tle 11), Santo Antonio das Lendas, Barranco Vermelho, Porto Tucum, Boca do
Jann, Jaum-Picutuca, Bala do A]egre, Simdo Nukes, Passagem Ve]ha (] e ll),
Car?zeSega, /bc&o, havendo ainda trechos remanescentesde cemit6rios associados
a essa ocupagao, localizados junta ao rio Paraguai, homo os silos .ll-zdzoGrande,
.4/afro Ja/obd e San/o .4n/(9n/oda .a/m. A Figura 22 apresenta a localizagao dos
grandes sitios cerfmicos da /radfg o Z)esca/dado.
As primeiras escavag6es
e coletasde material arqueo16gicodessessfbos de
que se t&m noticias foram realizadas em 1897 por Maria do Caimo de Mello Rego
nas proximidades do Porto Tucum, pouco abaixo da conDu&nciados rios Jauru e
Paraguai(Mello Rego, 1899). A partir do relato que elsa brasileira fez a von den
Steinen, a hea passou a receber diversos pesquisadores alemies. Em .1898Hemlann
informag6es mais detalhadas sobre esse typo de sino. Em 193 I realizou escavag6es
7
Aqua esMo sendo chamados de "sitios de barranco" aqueles sitios ribeirinhos que echo implantados nas
margins do rio Pamguaie de seuslributgrios, ou-ahidaem suas-proximida(!es.O material arqueo16gico
cerfmico dessessitios 6 o que aqui este sendo chamado de cerdmica .Descahacb
222
AsDectos morfo16gi Qg
nOs conceitos de "contomo" aqui considemdos s5o aqueles definidos por Shepard(1985, 230-2):
e Contomo samples:fomias simpler,gemlmentede figums geom6tricasapmximadas,tends somenie"end
points" ou "end points" e "points of vertical tangency
Contomo composto:apresenta"comer points", angulono contomo que marfa ajungao de dual panesda
vasilha, as quaid sio semelhantesis secg6esde formal geom6tricas;
e Contomo infletido: composto por secg6esc6ncavas e convexas combinadas por uma suave curvatum.
Caracteriza-se
por apresentarum "inflection point
Contomo complexo: apresentavgrias ou abruptas mudangas de diregao na curvatuia, apresentando 2 ou
mais "comer points" ou "inflection points" ou ainda ambos.
226
©
Vasilhas restringidas: representadaspor vasos de bobo tronco-c6nico,
globular ou semi-globular, algumas vezes com ombro, apresentando
uma s6rie de variag6es na fomia da base(arredondada, levemente
aplanada,c6nica e tronco-c6nica) e da borda(direta, innetida, cilindrica,
hiperb61ica, tronco-c6nica e composta). Ha vasilhas em que as
deformag6es softidas por bases fomiadas por curtos segmentos de cone
emprestam-lhesaspectopirifomte.
©
Vasilhas restiingidas de pescogo longo: representadaspor bilhas de bobo
globular ou semi-globular,apresentandouma s6rie de variag6esna
fomia da base(arredondada, levemente aplanada, c6nica, tronco-c6nica
ou ainda em pedestal) e bordas in8etidas ou em forma de segments de
cilindro ou de hip6rbole.
mDRONZACAODA CERAMICA DESCALVADO
DESENHO ESQUEMATICO S/ ESCALA
BO.D DOJO
SEMI-a.OBULAR APROXIMADAMENTE GLOBULAR
cilindriea
ar re dona) da direta
tronco-conoco
\ L------. ....]
hiporb61ica
\.\...,,///''"
cdnica - daft rmada ( piriforme)
hiporb61ica
lovem6nto aplonada
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ttonco-corsica
cilindrica
corsica
composta
fomta 9 vaso de bojo globular com borda direta e base arredondada(as vezes
aplanada.
fomla I I vaso de bobo semi-globular com borda infletida e base arredondada.
fomia 12 - vaso de bobo aproximadamente globular com borda direta, base
arredondadacom ou sem alias macigas (ap&ndices).
forma 13 vaso de bojo globular com borda direta e base c6nica (borda removida
infletida e basearredondada.
fomia 15 vaso de boboaproximadamenteglobular com borda infletida e base
comca.
230
levemente aplanada
donna25- bilha de bobo semi-globular, borda infletida e base c6nica.
'' Verbete Bilha(IO) confomle Holanda Ferreira(1986): vasilha bcjuda de gargalo estreito propna pam
conterliquidos potaveis.
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54c - Fomia lO
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FK}URA55a Forma24
FIGURA55c Forma I I
9 40
Forma 16 B i '
FIGURA56b Forma 16
FK}URA 57a - Fomla 21
57b - Fomia 16
CAA
b.r '
58a- Forma16
c.
240
anedondada (formas I e 3), tigela funda com borda direta e base levemente
aplanada(forma 7), vaso de bobo aproximadamente globular com borda direta, base
anedondada com ou sem alias macigas (ap&ndices) (forma 12), vaso de b(jo
aproximadamente globular com borda infletida e base anedondada(forma 14).
Todas as donnas compostas ou complexas de contomo estio ausentesno
conjunto de cerimica mais grosseira, de antiplastico de concha triturada.
Estes dais grupos de vasilhas apresentamdiferengas no antiplastico e no
acabamento, enquanto em outras caracter.isticas ha cortes semelhangas, como o uso
de engobo, e na morfologia, especialmente nas vasilhas abertas(tigelas e pratos) e
nas vasilhas restringidas de contomo dimples, into 6, de contomo nio composto.
A16m da morfologia da cerfmica da colegao, os atributos tecno16gicos
tamb6m caracterizam-se por uma padronizagao extremamente de6inida e denotam
alto dominio t6cnico, especialmentena cerimica daquele conjunto de vasilhas mais
elaboradas, de acabamento esmerado.
Nas vasilhas cerfmicas mais elaboradasos antiplasticos predominantessio
de cano moido e/ou graos de quartzo algumas vezes combinados com cariap6.
A queima apresentanimero expressivo de vasilhas com oxidagao completa,
mesmo naquelas mais espessas,sendo que a predominante queima com oxidagao
incompleta apresenta ladas fhixas oxidadas. A coloragao resultante 6 clara, em tons
de amarelo e laranja decorrentes da presengade 6xido de ferro na argila.
241
intada
dasvasilhas de donna composta foi usadauma linha incisa para marcar a jungao das
diferentes secg6esgeom6tricas que as comp6em (Fomla 15 da Figura 50 e Figura
sxhl
Algumas interveng6es
p6s queimaem vasilhascerimicas da /rudffao
Decca/dadosio registradas.
A presenga de orificios realizados ap6s a queima das pegas aparecem, de
modo recorrente, nas paredesde vasilhas de antiplastico de cano moido e/ou graos
de quartzoe que apresentam
acabamento
esmerado(alisamento
e lustre) e boa
queima (oxidante completa ou quasecompleta), com ou sem engobo ou pintura.
At6 o momento foram registradas dual categorias de vasilhas com orificios,
quepodem ter diferentes signiHicados:vasilhas abertas(tigelas) semi-globulares que
apresentamftiros pr6ximos a borda e grandesvasilhas restringidas apresentandono
b(8o seqti&nciasparalelas de furos acompanhandolinhas de trincas de batura.
Os orificios ou ftnos sio circulares e geralmente apresentam marcas de
desgastecom difmetros maiores na supernicie das paredes das vasilhas, indicando
que a sua execugao era conseguida perfiirando-se nos dais sentidos, isto 6, de fora
para dentro e de dentro para fora. Os diimetros dos orificios 6lcam entry 4mm e
9mm.Ja a marfa circular deixadapelo perftnador na superntcieda vasilha tem
digmetromaior, podendoalcangar12mm.
Dado o cato das tigelas serem usadasnos sepultamentoshomo cobre-
cranios, pode-se sugett a possibilidade de que essen ori6cios pudessem ter
conotagaoritualistica, a exemplo daqueles das vasilhas cerimicas utilizadas para o
mesmofim por outros grupos alto-paraguaienses,tal homo foi registrado entre os
F'ayagzzd
no initio da colonizagaoeurop6ia.
Ja os fhos registradosno bojo de grander vasilhas restringidas parecem
representar uma t6cnica de "reciclagem" da vasilha, que apes t:rincar receberia uma
"costura" de fibras vegetais, aumentando assim sua vida bail. Tal t6cnica 6 utilizada
245
Nas vasilhas da colegao, assim homo nos nagmentos coletados nos atenos,
observa-se reston de flihgem apenas na cerimica mats grosseira, nio sendo
regishada sua presenga naquela cerimica mais elaborada, de constiugao e
acabamento mais esmerado.
material e talvez porque nos aterros as vasihas de formas compostas fossem maid
rMas.
diAmetrosde boca entre 10cm 29cm; difmetros miximos entre 12,2cm e 74,0cm e
alturas entry 14,3cm e 56,5cm. A Tabela-8 apresenta as dimens6es das vasilhas
restringidas de donna composta da colegao estudada.
14
Pam um mellor acompanhamento consultar a FIGURA 48 onde esMo representadas toda as donnas das
vasilhas da co/endo Descah'ado aqui referidas
''])e acordocom Orton,Tyers & Vince(1997), algunsandplfsticosmineraiscoma o quartzo apresentam
coeficiente de expanMo t6mlica maid elevadodo que osdemais camponentes da argila, o que mariaaumentar
Qstresst6nnico da vasilha, concorrendopara a redugaoda suavida iltil
249
Apreende-se dai que vasilhas de uso dom6stico, coco essay que elam
primariamente usadas para cozinhar, podiam ter tamb6m uso ritual. E portanto
factivel que as outras vasilhas utilizadas nos sepultamentos, tail homo umps, tigelas
e outras pequenas pegas de acompanhamento funerArio pudessem ser utilizados
tamb6m para finalidades dom6sticas. Sugere-seno entanto que aquelas vasilhas que
nio apresentam fUigem e principalmente aquelas de acabamento mats esmerado e
diferenga entre as dimens6es das vasilhas de maior e de menor porte. Fazem parte
destacategoiiaas folmas 9 a 21: vaso de boboglobular com borda direta e base
arredondada(as vezes com a borda removida apes a queima da vasilha), vaso de
bojo semi-globular com borda infletida e base levemente aplanada, vaso de bojo
semi-globular com gorda infletida e base arredondada, vaso de bold
aproxim4damenteglobular com borda direta, base arredondadae algae macigas
(ap&ndices),vaso de bobo globular com borda direta e base c6nica(borda removida
ap6s a queima da vasilha), vaso de bobo aproximadamente globular com borda
250
estiveram por algum tempo com suas bases enterradas, enquanto que seus bozos
nio. O aterramento das bases syria uma fomia de fixar essas grandes vasilhas em
algum ponto do terreno. Assim, as grandes vasilhas teriam um manuseio bastante
limitado, dadas as subs Brandes dimens6es e p&so. Tamb6m sei.iam deslinados a
usos que nio requeressem mudangas constantes de local. Sio uma eMd6ncia do
carfter sedentirio e pemianenteda ocupagao.
Para o faso da colegao estudada no imbito desta pesquisa, as formas e
marcasde uso presentednas basesdas vasilhas fomecem algumas pastaspara a
infer&nciado seuconteQdo.
251
l
O a\Rol €i SM. iltigo Cardhicjorh (#idjutietioh: dti ttitiog?aptiic s arch ahd dh (it }i otogical
i%op#ddfzdh,piiblicado eih 1983rClacioiladadosgobi'eforma e fiiaQaade vasiljianes de algiiilias dezeiiasde
Gerihicas etnogrgfiMS pali gei%ijidiaHetros qae padent ser aplicades a coleg6esCerfinicis aique0169icase
I)iodu2h ihflgbfx s(ibk sistciiiif de abasteciMeiit6 e econaniia de sociedadcs aitigas(Heniickm& 1983).
252
(fomla 12) bem homo outras de bojo aproximadamente globula com borda
levementginfletida e base anedondada(fomia 14), teriam sido usadaspara
cozinhar.
para conter liquidos, ja que sua pr6pria morfologia dificulta que o conte6do se
derrame.Sio representadas
na colegaopdas fomias de 22 a 25: bilha de bQjo
globular com borda em segmento de cilindro e base c6nica; bilha de bobo
'' Max Schmidt quando escavou doin atenos na regiao do Mono do Caracaig, localizado ao sul da area da
presents pesquisa, observou que dada a grande quantidade e acentuada distribuigao dos fhginentos cerimicos
junta a conchas e ossos de animais no sedimento que comp6e os atenos, di6cilmente poderiam ser
encontrados dais ltagmentos cerimicos que pudessem encaixar-se um ao outdo.(Schmidt, 1914, p.256).
" Vbrbeteagregado(IO): materialgranularinerte(pedra, areia,etc), que participada composigaode
concretos, arpmassas e alvenarias, e maas pardculas s5o ligadas entry si por um aglutinante.(Holanda
Feneira,1986).
256
AntiDt(isticos
2 emma
A coloragao gerd dos Bagmentos delta cerimica apresenta-se com tons que
vio do vermelho-escuro, laranja, amarelo, Ginza-claro e negro, identificadas por
meio do sistema.A/ume//Sof/ Co/or C/marisnas cartas 5YR e 2,5Y, com
intensidades de cor variadas (de I a 6) e claridades medias e altai (de 4 a 7).
Espessuras
" O esfllmaramento 6 descrito por Lima(1987) coma uma t6cnica aplicada p6s-queima com finalidade tanto
utilitgria(tamar a superlicie maid impemieg'v'el), quanto decorativa.
259
Formas de Idbio
Formal de gorda
As bordas24apresentam-se
em sua grandemaioria diretas(verticais e
inclinadas intema ou extemtamente),com 58,89% de ocorr&ncia, seguidaspdas de
outras formal, que participam com 37,56%. As formal de bordas de 27,97% dos
nagmentos devido ao seu estado de conservagao ou mesmo devido a sua aus6ncia,
22Fontes etnograficas atribuem o digitado hesse contexts geogrgfico aos Payqgzfd. Ja a cer$nlica com
decoragao comigada dimples, no mesmo contexts, 6 considemda ;xz/eo'gzlaraz7/(ver Capitulo 2, item 2.2. 1
A cerdmicaAltoparaguaiense).
23Ver desenho das fomlas de labia na crave de classificagao dente atributo.
24Ver desenho das formas de borda na shave de classificagao deste atributo.
260
nio puderam ser classificadas. Considerando-se o total de bordas que tiveram suas
fomlas identificadas, a heqti&ncia das diretas crescepara 81,75%.
CategQrias 4e vasilhas
Di&metro de boca
Os diimetros de boca maid neqQentesna cerimica dos atenos sio aqueles
que estio entre 8cm e 20cm, representando 57,63% do total de fomias
reconstituidas. Com quantidadessignificativas de vasilhas estio presentesaquelas
de medidas de difmetro de boca entre 20cm e 40 cm (25,91%), e aquelas de
diAmetrode boca diminuto, de at6 8cm, que participam com 15,01%. Estio
presentestamb6m algumas vasilhas com diimetro de boca entre 40cm e 60cm,
representam 1,45% do total de vasilhas que tiveram a forma reconstituida.
Di&metro mdximo
As alturas mais heqtientes na cerimica dos atenos sio aqueles que estio
entre loom e 20cm, representando39,71% do total de fomtas reconstituidas. Com
quantidade significativa de vasilhas estio presentes aquelas que apresentam alturas
abaixo de 10cm (34,147%) e aquelas de alturas entre 20cm e 40cm (22,76%). Em
menor quantidade aparecem as vasilhas mats altas, cujas medidas de alturas ficam
entre 40cm e 60cm (2,91%) e entre 60cm e 80m (0,48%).
volume
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U
271
O .Balm/zaZzin/zo
.Bororo este localizado pr6ximo a margem direita do rio
Paraguaie a Bala do Uvar. Possui fomia eliptica, com eixos de 49,00m e 23,60m e
com area aproximada de 908m2. No m6s de julho de 1997 apresentavaaltura
mfxima de 0,30 m a partir do navel de inundagao. O corte realizado, de 1,00m x
1,25m, alcangou a profundidade de 1,30m, at6 atingir a base arqueologicamente
est6ril.
sino, pods-se ainda sugerir seu uso coma habitagao, ou polo ments que tivesse pele
havido uma atividade recorrente de cozinha.
80 cm feith de cano maida, sends ainda que a partir deste navel at6 a base do ateno
descritivoda cerimicaarqueo16gica
do Pantanalde Caceres,bem homoobter
parametros comparativos entre as diversas indQstrias ou tradig6es ceramistas
presentesnaareaestudada.
Na anflise do material cerimico foram empregados manuais
que foi coletado e numeragaode ordem). Os dados de sua identificagao bem coma
as suascaracteristicasforam langadosnuma planilha de fomla codificada. Delta
fomia, na planilha de anflise dos nagmentosceramicos,dada ]inha sinteliza as
infomlag6es sobre um nagmento cerfmico.
A primeira coluna traz a identificagaodo sino onde o nagmento foi
coletado. A segunda coluna infomia o Nvel em que o nagmento foi coletado(se em
superficieou em que dvd estratigrafico).A terceira coluna infomia a posigaodo
nagmento no sino(nilmero da quadra de coleta confomie quadriculamento adotado)
e Ihe alribui um n6mero de ordem de registro. Para efeito de ilustragao seguem-se
algunsexemplos:
ParaNUMERODA PENA(terceira
collins)
N' da quadra, seguido pelo n' da pena na Quadra
Ex
I.CLASSE (2 atributos)
00 - 6agmentode panesquenio sio borda
Of-6agipento deborda
2. ANTiPI.Asnco (IOvadifvds)
01 conchat:riturada
02 pacocerAinicomoido
03 graos sub-arredondadosde quartzo
04 cauixi; cauixi combinado com cano e/ou quartzo e/ou concha
05 pacomoido e conchatriturada
06 capomaida e cauixi
07 pacomoido e gratesde quartzo
08 areiafma
280
0 napidentiHic6vei
l e < ou = 4mm
2 04mm < e <ou
3 10mm < e <ou 25mm
4 25+nm< e
4. QUEtMA (5 varifveis)
5. ALIS4MENTO (2 vai%vets)
0 - ausente/malalisado
6. LUSTRO (2 variaveis)
0 - ausente/ma]alisado
7. ENEGRECIMENTO (2 varHveis)
0 - ausellte/ma]-alisado
1- nas superacies intema e/ou extema
8. ENGOBO (2 variaveis)
00 - ausente
Ol- corante mineral vemlelho nas superacies extema e/ou intema
9. PINTUliA (2 vari6veis)
00 - ausp11te
OI - impressaode gorda
02 - incisa penteada(incisao em barra)
03 - incisa em linhas
04 - inci$a ponteada
05 - incisa ponteadano Ifbio ou incis6es transversais no Ifbio
06 - incisa p6s-queima e ouhas padrao Tupiguarani(ungulada, digitada,
beliscada, escovada e impressao de sestaria)
02 - fbligem
02 apontadoe levementeapontado
03 aplanado eaplanado expandido
04 expandido, expandido com rebarba intema ou extema,
05 reforgado extemamente ou intemamente
06 hieplnrln
V-U
07 complexo
08 roletado
09 doblado
15
FORMA DA VASILHA - vide desenhos(9 variaveis)
00 . Nio identificfvel
U. CLASSESDEDIAMETROMAXiMO dm (6 variaveis)
Q- Nio identificfvel
1 - dW< ou = &0cm
2 - 8,0 < dm < ou = 20,0cm
3 - 20,0 < dm < ou = 40,0cm
4 - 40,0 < dm < ou = 60,0cm
5 - 60.0 < dm < ou - 80,0cm
0- Nio identificgvel
1 - h < ou = ]0,0cm
2 - lO,Ocm < h < ou = 20,0cm
3 - 20,0cm < h < ou = 40,0cm
4- 40,0cm < h < ou = 60,0cm
284
6 - 80,0cm< h
02 - apontado
03 aplanadoe aplanadoexpandido
04--expandido c/ ou s/rebarba
int. ou extemamente.
05 - reforgadoint. ou extemamente
06--biselado
07 complexo
08-roletado
FIGURA67
FORMASDE BORDA PARA ANALYSECERAMICA DO PANTANAL DE CACERES
02 - extrovertida vertical
03 introvertida vertical
7.4 AANALISEESTAT{STICA
29Para maiores informag6es sabre a utilizagao do m6todo consultar Everett & Dunn, 1998, p.99-126 e para
aplicagaa em trabalhos de arqueologia, cansulta Shemmn, 1:990,p.21240 .
288
" Pam maiores inhmnag6es sabrea utilizagaa do-m6tadoconsulbr Ex,britt & Dunn, 1998 e pam aplicagao
em tmbalhos de arqueologia, consultar Shennan, 1990, p.241-97.
289
Amalgamation Steps
4 7 96 36 0.073 1 11 l 2
5 6 95 67 0.087 7 10 7 2
6 5 95 33 0.0932 8 2
7 4 90 33 0.1933 9 3
8 3 89 21 0.2163 7 3 6
9 2 86 98 0.2602 3 2 9
10 l 76 91 0.4621 2 l 11
84.61
92.30
100.00
Variables
sitio39 sitio40 sitio4] sitio42 sitio53 sitio67 sitio68 sitio79 sitio80 sitio82
sitio40 0.613
sitio41 0.746 0.947
sitio42 0.736 0.913 0.929
sitio53 0.745 0.935 0.956 0.949
sitio67 0.664 0.941 0.934 0.886 0.895
sitio68 0.543 0.790 0.840 0.784 0.790 0.740
sitio79 0.586 0.907 0.906 0.806 0.864 0.911 0.847
sitio80 0.545 0.817 0.827 0.807 0.823 0.749 0.844 0.836
sitio82 0.615 0.853 0.883 0.877 0.886 0.913 0.820 0.798
sitio117 0.927 0.632 0.747 0.774 0.748 0.635 0.565 0.538 0.601
©
Agrupamentodos sitiosMT-P0-041, MT-P0-053, MT-P0-042 e MT-P0-080
e
Agrupamentodos sitiosMT-P0-041, MT-P0-053, MT-P0-042, MT-P0-080,
MT-P0-068 e MT-P0-082.
apresentadasence os ooze sitios, muitos Fares estio arima de 0,75, valor a para do
qual considera-se, no imbito dense trabaUlo, que as amostras comparadas sio
similares.
Amalgamation Steos
2 8 98j] 0.034 4 9 4 2
3 7 0.046 2 5 2 2
4 6 97.42 0.052 3 4 3 3
5 5 97.25 0.055 16 l 2
6 4 96.37 0.073 1 7 l
7 3 94.54 0.109 12 l
8 2 93.85 0.123 1 10 l
9 l 89.64 0.207 13 l 10
Similarity
89.64
93.09
96.55
100.00
Variables
la do sino
MT-P0-068.
Amalgamation Steps
l 14 98.71 0.026 lO ll 10 2
2 13 9721 0.056 12 ]3 12 2
3 12 95.54 0.089 4 6 4 2
4 11 94.52 o.110 2 4 2 3
5 10 94.43 o.lll 3 7 3 2
6 9 93.96 0.121 9 10 9
7 8 92.95 0.141 2 5 2
8 7 92.94 0.141 12 14 12
9 6 91.92 0.162 1 15 l
10 5 91.89 0.162 3 8 3
LI 4 91.02 0.180 9 12 9
12 3 87.38 0.252 2 3 2 7
13 2 82.85 0.343 12 l 9
14 l 74.23 0.5]5 1 9 ]
15
82.82
91.41
100.00
Variables
dois agrupamentos, leis paras estio abaixo de 0,750 e oito estio entre 0,750 e 0,852.
Entre esses agrupamentos a similaridade 6 portanto maid elevada do que nos casos
anteriores, sugerindo ceifmicas pelo menos parcialmente coincidentes ou
semelhantes.
A cer&mica Descatvado/Pantanal
:co
Conchatriturada
Cano cerimico maida
Gigot sub-arredondadosde
Cauixi
Cano maida e concha tlitumda
Cano maida e cauixi
Cagemaida e LOS mosde
Areia Hna
Cano maida. canola tritumda e iossub-ariedondadosde
Conchatritumda e carla
Conchatritumda e ios sub-anedondados de quartzo
AcabamuntQ,sngQtD e Dbtura
O acabamento alisado tem presenga significativa, sendo sido registrado em
37,65% dos 6agmentos. O lustro tamb6m foi registrado em pele menos 6,40% dos
iagmentos. A observagao do acabamento 6 muitas vezes preJudicada devido a
erosio superficialdos nagmentosdo sino MT-P0-04233,de madeiraque o
acabamento com alisamento e lusho com certeza deve ter sido maid recorrente. O
33Devido a aus&nciade cobertum vegetal nessesino, o material de superficie flea exposto a intemperies e a
pisoteio
304
DecoraQio p14sdQa
Formas de ]fbio
A Cer&micada TradiwaoPantanat,FuseTaiamd
DecoraQaQ
plastica
Fomtas de Ifbio
As bordas apresentam-se
em sua maioria infletidas, com presengade
12,50% das extrovertidas verticais e 18,18% das extrovertidas e verticais intemas,
somando 30,68%. As diretas representam 23,86% do total das bordas.
308
DQcoraQioDlfstica
Fomias de Ifbio
s4Os atributos categoria de contomo e fawn da vasilha echo definidos na shave de classificagao
311
apresentag5odas amostras estudadas stituig6es obtidas por sino foi apresentado anteriomlente na
312
Pode-seajnda dizer que vasilhas restiingidas sem gargalo sgo mats adequadas para
os sepultamentos secundar.ios,tendo fido regishadas umas fimerArias que tiveram as
bordas removidas ap6s a queima da vasilha.
p?cscRtcnos aferros.
vasilhas abertas, as rasas sio as mais neqiientes com 12,66%, acompanhadas por
aquelas de profimdidades medianas com lO, 13%. Entre as tigelas, as dundas sio as
" Essay fomias esHo definidas e descritas na crave de classificagao da ceigmica dos aterros, ja apresentada
anteriomnente. '' '
314
aterros. ]3nhe as vnsilhas restringidas com gargalo, as de pescogo -longs s6o lnais
numerosas, representando 17,72% do total de vasilhas consideradas. As vasilhas
?esentenosaterros.
cozinhar. Por outro dado,ha uma pequena presenga das vasilhas abertas (1 1,54%).
As rest:ringidas com garga]o representam 15,38% do total de vasilhas.
sgo representadas apenas pdas tigelas dundas, com ieqii&ncia de 1 1,54%, estando
ausentesas tigelas de profundidade mediana, as dgelas rasas e os pratos. As vasilhas
rest:ringidas com gargalo e pescogo longs, representam 15,38% do total de vasilhas
para uma descrigao mais segura, aumentar-se a amosha proveniente desses niveis,
mediante uma ampliagao futura da escavagao.
p'en/dada, por oubo lado nessas cerfmicas as tigelas dundas sio mais eeqtientes do
que na ce/dm/c'a Z)esca/veda, sugerindo maior consumo de alimentos cozidos e
expresstv4-
320
Agrupamento do Caicai
Ja o MT-P0-042,a16mde estarrepresentado
pdas tr&s categoriesde
vasilhas,6 um dos poucos sitios que apresentatodas as formas de vasihas
registradas no vasilhame .Decca/dado,inclusive as vasilhas restringidas com gargalo
e pescogocurto, tigelas e pratos, ausentesna maioria dos aterros. As tigelas rasas,
tamb6m pouco presentes na maioria dos aterros aqui t&m presenga muito
significativa, enfatizando a f\mgao de servir alimentos e a possibilidade de um
consumo incipiente ou ocasional de almientos pecos. Considerando essas
323
prqudica uma comparagao maid produtiva de subs vasilhas com as vasilhas dos
demais sitios e das diversas ind6strias cerfmicas. Pode-seno entanto entender que a
325
e No agrupamento
do Caicai, o MT-P0-042 e o MT-P0-067 poderiam
ter desempenhado
flmg6eshabitacionais,enquantoo MT-P0-041 teria fido
usado para atividade limitada.
326
(Figuras83e 84).
Ja a /rudi do /hanfanza/
Jose Zafam& apresentaapenasquatro fomias de
vasilhas(Figura 85) e a /ncfsa Pen/dadaapresentacinco(Figura 86). Em ambas
cerimicas est5o ausentes as tigelas rasas e pratos(formal 4 e 5).
328
eMegoria
40'x -i
:"']
0
£
£:''-l
eate8orfa
lo$ d
. "*]
FI(AURA 76 Freqt16ncia
de contornosde vasilhasdo MT-P0-079
331
eaoegalia
FI(AURA 78 Freqt16ncia
de contornosde vasilhasdo MT-P0-082
332
cabeOoria
601
£,,
1.0 2.0
calegeria
.u 40%
C
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C
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25%
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b.
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amma vasilha
lbnaawasilha
a
g
a
n.
20$
KB'9 le-9
lbnna vullha
4 1,27 11,39 7,59 0,00 1,89 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
5 0,00 1,27 0,00 0,00 0.00 0.00 0,00 0,00 0.00 0.00
337
Pantanal 4e (:6m:es:
boca de clause-4 (de at6 60 cm), difmetros mfximos e alturas de classe-5 (de at6
Boom);
. Menores vasilhas nas cerfmicas /'alz/ana/ e /nclsa Pen/Caan, cujas
2 75,00 75,00 56,25 76,00 56.00 44.00 46,15 61.54 61,54 82.14 57.14 32,14
3 6,25 25,00 6,25 16,00 40,00 28,00 15,38 30,77 23,08 14,29 39,29 35,71
4 0,00 0,00 0.00 0,00 4,00 4,00 0,00 7,69 7,69 0,00 3,57 0,00
5 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3.57
As dimens6esdasvasilhasdessessitiosindicam
Vasilhas de at6 quatro litros, que poderiam ter servido pda uso de fktmilias
nucleares, sio mais neqtientes na ce/amiga Pan/ana/, enquanto vasilhas com
capacidadesvolum6tricas entre quatro e quarenta litros, que poderiam ter sido
utilizadas4)or grupo :lbmiliar extenso, oconem maid na ce/ mira.Descn/undo.
Esses fatores, sem dbvida sio importantes indicadores de dihrengas
existentes entre padr6es culturais dos portadores de dada uma daquelas indQstrias
cergmicas. Enquanto a cerdmfc'a .Disc'a/dado remete ao manuseio de quantidades
significativas de alimento e portanto a grupos populacionais e sociais extensos, a
cerdmfca /adia/za/ .apresenta caracteijsticas que .pemlitem associf.h a grupos
relativamente pequenos, envolvendo grupos fbmiliares menores. A amostra da
cerimica mz///fco/nponencfa/ Z)esca/dado/Pan/ana/ apresentou alguns volumes
maiores do que a ce/amiga /'an/ana/, nio chegando, no entanto, a alcangar valores
tio altos quanto os da ce/dmfca .Decca/dado.
Por sua vez, a cerdmfca /ncfsa Pen/eacia, enconhada nos esuatos inais
Descatvado;
346
Agrupamento do C4icai
Nesseagrupamento
estio ausentesas vasilhascom volumearima de 60
]itros. As maiores 6eqQ&nciasem todos os sitios do agrupamento s5o de volumes de
clause-] (de at6 2 ]i&os)- No MT-P0-041 esse 6eqii6ncia 6 nlais acenhiada
(81,82%) e no MT-P0-042 estepresencea menor freqti&ncia de volumes de clause-l
do conjunto (51,43%).
pequenasno MT-P0-041.
volumes (de at6 2 litros), por6m com neqii&ncias mais modestas dos que nos
demais sitios.
poucosgrupos dom6sticos.
© Aus6ncia de vasihas com capacidade volum6trica arima de lO litros;
O gra$co da Figura 87, que re6ne os dados das amosaas de superncie dos
Daze aterros considerados, apresenta uma concentragao de vasilhas pequenas e
medias, com vasilhas de maiores medidas de altura ou de diametro, principalmente
nos sitios MT-P0-082, MT-P0-068 e em manor escalano MT-P0-042.
Dimens6es e Volume da
Cergmica,
Aterros da Pantanalde Cgceres
5iUO
[] 3g ]] so
g] 4n ]=] 79
co 2,0DODn [] 41 [] 60
g [l 42 [;a02
cq
C E] s3 jlllr
[] 67
-E o.oooao
039 U60
0 A.40 <>79
V41 m8Q
cn
L. -2.DDDDD.
> 42 D a2
B < 53 -b 117
.E
(9
E# -4.DDDDa
REARfactorscore I foranalysis I
FI(AURA87
Dlmens6ese Volumeda
Cer8mica,
MTP0 068 BananalzinhaBorara
pioveni6ncia
'?F
lg:Hill
[Jl03 tBlll
'v D [l104 [l112
q [jlos [l113
lllns [Blt4
f'.
0 proveni6neia
'v
0 99 .= 108
A 101 D l09
g-.
V l02 $ 110
'l'.'l: Fl03 8111
q l04 lx112
Q l05 X lt3
D l06 - 114
REARfactorscore I foranalysis I
FIGU.RA88
354
Dimens6ese Volumeda
Cer8mica,
Jacarezinha - Pantanal . Taiam8
pnven16ncia
[l 99 [aloa
[3lol Ell09
[al02 Hilo
[al03 ]glll
Ell04 [a112
[llos Q113
[al06 H114
ElIoT
pFl0V }ni8ncia
099 -108
D l09
b.l03
[] 106 114
FIGURA91
Dimens6ese Volume da
Cer8mica,
Jacarezinho-lncisapenteada
pnv lni6neia
[l99 [] 108
E] l09
EI l03
[] 104
[] 105[l113
[] 106
pnoveni6neia
0 99 m 108
A lol ]] l09
V l02 $ 110
< 104 IX112
0 105 X lt3
[] ID6 - 114
FIGUlZA 92
355
7.4ASDATAQ6ESOBTIDAS
bastante
pr6ximas,
ambas
do s6culoXVlll, quecoincidem
como initio da
ocupagao colonial portuguesa na area, consolidada em 1778 pda fundagao de Villa
aquelas aceitas para o initio do contato das populag6es dos carr/fos com grupos
ceramista$iig£icultores de Ol-tgemalnaz6nica iu-regiao de terras baixas que inclui o
sul do Brasil, leas do Uruguaie da Argentina.
Sio tamb6m concomitantes is ocupag6esmats recentes pelos monticulares
da Planicie de Mojos ap6s um periods de intensificagao da ocupagao, odom.do entre
1350 BP 9 950 BP
Para a ocupagao associadaa /ruc#g o /'an/ana/, as datas publicadas por
Schmitz et al. (1998) para atenos de areas mats meridionais, localizadas no estado
brasileiro de Moto Grosso do Sul, sio sodasantes-ioresAs dates obtidas para os
estratosdo MT-P0-042 correspondentes
aquelacerfmica (entre 1050+ ou - 100BP
e 1200 + ou - 120 BP). Ja a data de 820 + ou - 60 BP obtida por Oliveira (1999-
2000) para o Molto do Caracara,localizado um pouco ao sul do .Pan/a/za/de
C&ceres, ,situa-se em Jkixa temporal dais pr6xlma .Embora Oliveira n5o tenha
atribuido em carfter definitive elsa data a /radigao Pan/a/zaZ,rode-se consideim
que o material por ele datado 6 contemporaneo a ocupagao associada a rrac#g o
Decca/dado e ao estrato multicomponencial .Decca/dado/Pan/a/m/, do Pantanal de
Cfceres.
engoto/ pintum
vasilhas 5
0 2 4cm
vasilhas 5 IOcm
bordas
0 2 4cm
Gorda impress
tongobo/ pintura
venelha
vasilhas
bard as
vasithas
bordas
0 2 4cm
vasilhas 5 IOcm
bordas
4cm
Wsilhas 5 IOcm
bordas
vaBilhas 5 loan
\
/
\
/
\
\ //
'\
'\
.P./ 0 2 4cm
'\
bordas
0 2 4cm
d14'1'44e\
FI(AURA Vasilhas abertas da /radffao .Pan/ana/,fuse Zafamd presente nos atenos
100
(formas reconstituidas a partir de nagmentos de bordas).
366
xasilhas 10 cm
igtq R \\\\+t8el
tradigao Pantanal/ Fase Taiamd
vasilhas restringidas
\
l
/
'1'
/ 1
/ \
/ \
r \ \
/
l \ 'ib
l \
\
/
l \
\ /
/
'1 \
\
\
\
/
,,'
\
\
\
/
\
\
\ /
\ /
\
\
/
\
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FI(AURA
Vasilhas restringidas da /radff o /)anZana/,base Zafamd presente nos
101
aterros (formas reconstituidas a partir de fragmentos de bordas).
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CAPnUL08
A OCUPACAO PRi-COLONIAL DO PANTANAL DE cACERES
RESULTADOSEPERSPECTIVAS
coma /ncfsa Pen/ea(tz, presente at6 a base do ateno, pode ser atiibuida aos pr6prios
constiutores daquelesmondculos de terra na planicie alagavel.
necessArioa ampliagao da hea escavada para que se possa iniciar o estudo dessa
situagao. Serf oportuna tamb6m a inclusio de outros tipos de dados a16mdaqueles
fomecidos pda ceramica, ja que essay dual indasaias, embora possuam
caracteristicas tecno16gicas e estilisticas bastante distintas, apresentam algumas
similaridades quanto is dimens6es e a morfologia. Abbas apresentam vasilhames
de pequenas dimens6es, voltados para a manipulagao de alimentos cozidos, o que
sugere alguns padr6es semelhantes,relativos a tamanho de grupo, organizagao
sociale subsist&ncia. Pode-se por enquanto sugeiir para os portadores daquelas
cerimicas que fossem organizadosem pequenosgrupos e que vivessem da
exploragao de recursos lacustres, com uma alimentagao baseada principalmente em
alimentos cozidos e ensopados.
A data maid recente para a ocupagaoda Area foi fomecida pelo sino MT-
P0-068(.Baz2a/m/zinho .Bororo), que teria fido ocupado por portadores da fradlgao
ceramic/a Decca/veda na primeira metade do s6culo XVIII. Esta 6 a 6nica data t5o
recente obtida at6 o memento e coincide com o initio da colonizagao portuguesa na
38Para uma descrigao detalhada das cer$micas do Pantanal de Cgceres consultar o Capitulo-7 do presente
tiablho.
371
arqueo16gico em sua super$cie, parece ter fido o aterro maid densamente ocupado.
Ja os atributos morfo16gicos,dimens6ese capacidadesvolum6tricas das
diversas cerimicas do Pantanal de Cgceres apontam diferengas que sugerem
padr6es culturais diversos para dadauma delay.
Para os portadores da cerdmica Z)esca/veda registra-se signifcativa
presenga de vasilhas abertas, apropriadas para servir, que indira uma 6nfase na
partilha de alimentos preparadose portanto em eventos de crafter social.
Vasilhas restringidas apropriadaspara cozinhar sio as maid 6eqiientes,
sugerindo &nfase no prepare de alimentos ensopadose cozidos. Presenga de tigelas
rasas,pratos e vasilhas restringidas com gargalo e pescogo curto, embora com
heqii&ncia menor, evidencia a manipulagao de alimentos seeds, que seriam
inclusive estocados.
As vasilhas apresentam-se com dimens6es e volumes variados, sugerindo
preparo de alimentos, tanto para grupo fhmihar pequeno, quando para grupo
extenso.
uma orgailizagao social que poderia incluir tanto o consumo individual quanto o
consume fbmihar do alimento.
O multicomponentecerimico Decca/dado/Panda/m/,
presentena superficie
dos aterros apiesenta ocasionalmente vasilhas apropriadas para manipulagao de
alimentos pecos, embora na major parte dos sitios essay formas de vasilhas estejam
ausentes. As dimens6es e capacidades volum6t:rican das vasilhas apresentam valores
intennediirios ence aqueles da cerdmfca .Decca/veda e aqueles da a'adfg8o
Pa/zfazm/,
estandoausentes.vasijhas
com volumesuperiora 60 litres.
Ja a ce/dmlca /nclsa Pen/eactzparecerepresentar uma situagao diversa, que
para todos os usgs indicam que foram intensamente ocupados coma espagos
habitacionais.
376
(de at6 2 litres), por6m com 6e(la&ncias maid modestas dos que nos demais sitios. A
presengade vasilhas com volumes de at6 20 litres 6 significativa, sugerindo grupos
iammares extensos. Volumes de at6 160 litres no MT-P0-082 e superiores a 160
Vasilhas de at6 quaao litros, que poderiam ter servido para uso de fhmilias
nucleares, sio mais neqiientes na cerdmfca .Panlazm/, enquanto vasilhas com
existentes elbe pa&6es culturais dos portadores de dada uma daquelas ind6stl.ias
cergmicas. Enquanto a cen2mfca .Decca/dadoremete ao manuseio de quantidades
signifcativas de alimento e a grupos populacionais e sociais extensos, a cerdmica
Panlana/ apresenta caracteristicas que permitem associf-la a grupos relativamente
s9De acordo com Oliveira(1995, p. 136), os Guat6 afinnam que "todas as esp6cies de peixes ocorrem durante
todd o ano, na sega ou na cheia, bastando saber onde os encontiu '
378
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