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Cultura e juventude.

A cada dia tenho a impressão que a juventude em geral sofre um regresso no quesito
cultura. São jovens que não leem, não tem senso crítico, que não “pensam”.

Para notar isso, basta observar a música popular de hoje, em que uma ou duas sílabas
e acordes são suficientes para fazer sucesso. E quando a letra foge disso, o retratado quase
sempre é: um playboy que pega muitas em as noites do final de semana. Nem a música
romântica se salva, pois o tema dela é: eu não vivo sem você.

Vamos escavar mais. Para um jovem atual o romantismo, sentimentalismo, qualidade


na pronúncia e escrita de palavras é... Digamos... Pensamentos e atos de um homossexual.
Absolutamente tudo para fugir da intelectualidade.

Dou-lhe metade de todo o dinheiro que recebi e receberei na minha vida se, você sair
na Avenida Paulista munido de um simples poema de Drummond de Andrade e encontrar
seguidamente vinte jovens anônimos que o entenderam.

A cultura dos jovens de hoje é mais vazia que os céus do inverno no Brasil. Seria pela
falta de leitura? Seria pelos programas televisos que mais parecem ter sido escritos por
retardados mentais? Ou seria a preguiça pela busca de informações?

O incrível de toda esta história é que, literalmente o jovem não pensa. Ninguém ouve o
que ouve porque quer, e sim porque os outros também ouvem. Se você é um idiota, seu amigo
não precisa ser também um idiota. Logo o comportamento de um é compartilhado por todos.
E se apenas um foge do padrão, este é meramente excluído.

Se tudo prosseguir assim, a burguesia futura será meramente fruto de um em cada


cinquenta mil jovens, ou simplesmente um parvenu. A sabedoria popular atual já nos
envergonha, pois então se prepare, pois em alguns anos você morrerá de desgosto.

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Mateus M. Nascimento.

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