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Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de
Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica. Os ramos sagrados que
levamos para nossas casas, após a Santa Missa [do Domingo de Ramos], lembram-nos
de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua
contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à
Ressurreição.
O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada
cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas
peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente.
Mostra-nos que a nossa pátria não é neste mundo, mas na eternidade, que aqui nós
vivemos apenas em um rápido exílio em demanda pela casa do Pai.
Com este domingo inicia-se a “grande semana”. Neste dia, a igreja faz memória da
entrada de Jesus em Jerusalém, para aí realizar o seu mistério pascal.
Na liturgia revivem e se revelam dois aspectos fundamentais da Páscoa: a entrada
messiânica de Jesus em Jerusalém, como anúncio e figura do triunfo da sua
ressurreição, e a memória da sua paixão, que marcará a libertação da humanidade do
pecado para a morte.
Este é o único domingo no qual se faz tal memória da paixão do Senhor.
O primeiro aspecto da liturgia deste dia será recordado em todas as missas com o rito
de entrada, que pode assumir 3 formas: 1 – a solene, com a procissão fora da igreja; 2-
a entrada solene no interior da igreja; 3 – a entrada simples, que limita a recordação
do evento praticamente à antífona de entrada, lida ou cantada.
Os evangelistas colocam em relevo esta entrada solene de Jesus na Cidade Santa,
aclamado pela multidão dos hebreus como o Salvador. Todavia, enquanto os chefes do
sinédrio pensam em como matar Jesus, alguns pagãos pedem para ver Jesus: este
pequeno grupo de estrangeiros representa um pequeno núcleo da igreja.
A liturgia do domingo de ramos torna presente hoje o acontecimento do passado: a
sua ação de salvação em favor de todos. O significado da celebração está bem
resumido e apresentado na fala inicial, proposta pelo missal para introduzir os fiéis no
espírito do rito. (se possível, ver essa parte no jornalzinho da missa, caso tenha)
Todas as antífonas, os salmos propostos, o hosana, são uma proclamação de Cristo Rei,
Salvador, vencedor da morte.
Os cânticos desta celebração devem ser apropriados e devem trazer o conteúdo da
celebração, para que não seja desfigurado o sentido próprio da celebração. Os textos
da missa, porém, são colocados na memória da paixão do Senhor, mas nunca
esquecendo da glória da ressurreição.
É importante observar que a espiritualidade própria de cada dia da semana santa não
nos leva a uma vivência de um luto, mas sempre olhando o Cristo que vive e que deu a
sua vida por nós.