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PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

Os princípios e diretrizes da profissão de radiologista no Brasil englobam:

1. Compromisso com a qualidade e segurança dos exames radiológicos.


2. Respeito à vida e à dignidade dos pacientes.
3. Garantia da confidencialidade e privacidade das informações médicas.
4. Honestidade e transparência em todas as interações profissionais.
5. Atualização constante para manter a competência técnica e científica.
6. Trabalho em equipe e comunicação eficaz com outros profissionais de saúde.
7. Adoção de medidas para minimizar riscos, incluindo proteção contra radiação ionizante.
8. Responsabilidade pela qualidade e precisão dos diagnósticos.
9. Contribuição para o bem-estar da comunidade e promoção da saúde pública.
10. Adesão às normas de ética médica e às regulamentações específicas da profissão
radiológica no Brasil.

Os profissionais de radiologia seguem princípios e diretrizes fundamentais para garantir a


segurança e eficácia dos procedimentos radiológicos. Estes profissionais devem aderir aos
princípios éticos, garantindo o respeito à vida e à dignidade do paciente. Além disso, a
qualidade e precisão dos diagnósticos são prioridades, exigindo conhecimento técnico e
atualização constante. A segurança do paciente é primordial, envolvendo a minimização da
exposição à radiação e a utilização de técnicas de proteção adequadas. O sigilo e a
confidencialidade das informações médicas também são pilares da profissão, assegurando
a privacidade do paciente. A comunicação clara e eficaz com outros profissionais de saúde
é essencial para garantir a integralidade do cuidado ao paciente. A responsabilidade social
e a contribuição para o avanço da ciência e da prática radiológica também são aspectos
importantes para os radiologistas.

ÉTICA E RESPONSABILIDADE
As normas da ética profissional e responsabilidade da profissão incluem:

1. Respeito à vida e à dignidade dos pacientes.


2. Confidencialidade e privacidade das informações médicas.
3. Honestidade e transparência em todas as interações profissionais.
4. Competência técnica e científica, mantida por meio de atualização constante.
5. Trabalho em equipe e comunicação eficaz com outros profissionais de saúde.
6. Adoção de medidas para minimizar riscos, incluindo proteção contra radiação ionizante.
7. Responsabilidade pela qualidade e precisão dos diagnósticos.
8. Contribuição para o bem-estar da comunidade e promoção da saúde pública.
9. Adesão às normas de ética médica estabelecidas pelos conselhos profissionais, como o
Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia
(CONTER).
10. Cumprimento das regulamentações específicas da profissão radiológica no Brasil, como
as estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e outras entidades
reguladoras.

As regulamentações específicas da profissão radiológica incluem:


1. Resolução CONTER nº 10/2018: Dispõe sobre o Código de Ética dos Profissionais das
Técnicas Radiológicas e dá outras providências.
A Resolução CONTER nº 10/2018 estabelece o Código de Ética dos Profissionais das
Técnicas Radiológicas no Brasil. Este documento define as normas éticas e deontológicas
que devem nortear a conduta dos profissionais técnicos em radiologia. Ele aborda questões
como o respeito à vida e à dignidade dos pacientes, a confidencialidade das informações
médicas, a honestidade e transparência nas relações profissionais, a competência técnica e
científica, entre outros aspectos relevantes para a prática da profissão. A resolução também
estabelece os deveres e responsabilidades dos técnicos em radiologia, bem como as
penalidades aplicáveis em caso de infrações éticas.

2. Resolução CONTER nº 14/2019: Estabelece os procedimentos para a aplicação das


penalidades de censura pública, multa e suspensão do exercício profissional, previstas na
Lei nº 7.394/85, regulamentada pelo Decreto nº 92.790/86, bem como na Resolução
CONTER nº 10/2018.
A Resolução CONTER nº 14/2019 estabelece os procedimentos para a aplicação das
penalidades disciplinares aos profissionais das técnicas radiológicas no Brasil, conforme
previsto na Lei nº 7.394/1985 e na Resolução CONTER nº 10/2018. Este documento define
os critérios e trâmites para a aplicação das penalidades de censura pública, multa e
suspensão do exercício profissional. Ele estabelece os casos passíveis de aplicação de
cada penalidade, os procedimentos para a instauração e condução do processo
administrativo disciplinar, além dos prazos e recursos disponíveis para os profissionais
penalizados. A Resolução CONTER nº 14/2019 tem como objetivo garantir a efetividade
das normas éticas e disciplinares aplicáveis aos técnicos em radiologia, promovendo a
responsabilidade e a integridade na prática profissional.

As resoluções do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) estabelecem


normas éticas, deontológicas e técnicas para a prática dos profissionais técnicos em
radiologia, garantindo a qualidade e segurança dos serviços prestados

3. Resolução CFM nº 2.107/2014: Dispõe sobre a utilização de métodos diagnósticos e


terapêuticos em Medicina.
A Resolução CFM nº 2.107/2014, emitida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), trata
da utilização de métodos diagnósticos e terapêuticos em Medicina, incluindo a prática da
radiologia. Este documento estabelece diretrizes e normas para a realização de exames
diagnósticos por imagem, como radiografias, ultrassonografias, tomografias e ressonâncias
magnéticas. Ele define critérios para a solicitação, realização, interpretação e emissão de
laudos desses exames, visando garantir a qualidade e segurança dos procedimentos. Além
disso, a resolução aborda questões relacionadas à responsabilidade médica na solicitação
e interpretação dos exames radiológicos, bem como à proteção dos pacientes contra riscos
desnecessários, incluindo a exposição à radiação ionizante.

4. Normas de Proteção Radiológica da Diretoria de Vigilância Sanitária da ANVISA:


Estabelecem os requisitos para o funcionamento de serviços que executam práticas
radiológicas, garantindo a segurança dos pacientes e dos profissionais envolvidos.
A ANVISA tem competência para regulamentar e fiscalizar aspectos relacionados à
segurança e proteção radiológica em serviços de saúde por meio de diversas normativas,
como:

1. RDC nº 330/2019: Estabelece os requisitos de Boas Práticas de Radiodiagnóstico Médico


e Odontológico.
A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 330/2019 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) estabelece os requisitos de Boas Práticas de Radiodiagnóstico Médico
e Odontológico. Esta resolução define as diretrizes e normas para o planejamento, a
operação, a manutenção e a avaliação dos serviços de radiodiagnóstico médico e
odontológico, visando garantir a qualidade e segurança dos procedimentos radiológicos
realizados em ambientes de saúde. Ela aborda diversos aspectos, como a infraestrutura
física dos serviços, a qualificação técnica dos profissionais, a gestão da qualidade, a
otimização da dose de radiação, a proteção radiológica dos pacientes e dos profissionais,
além dos requisitos para a realização de exames radiológicos específicos.

2. RDC nº 50/2002: Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,


elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 50/2002 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Esta
resolução estabelece os requisitos mínimos para o planejamento e construção de
instalações físicas de serviços de saúde, abrangendo aspectos como a localização, a
estrutura física, a organização dos espaços, os sistemas de infraestrutura (água, esgoto,
energia elétrica), a ventilação, a iluminação, a acessibilidade, entre outros. O objetivo da
RDC nº 50/2002 é garantir que os estabelecimentos de saúde ofereçam condições
adequadas para a prestação de assistência segura e de qualidade aos pacientes, além de
promover a segurança dos profissionais de saúde e a eficiência dos serviços prestados.
Esta resolução é essencial para orientar o planejamento e construção de novos
estabelecimentos de saúde e a adequação das estruturas já existentes.

3. RDC nº 20/2006: Estabelece os requisitos mínimos para funcionamento de unidades de


terapia intensiva e dá outras providências.
A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 20/2006 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) estabelece os requisitos mínimos para o funcionamento de unidades de
terapia intensiva (UTIs) no Brasil. Esta resolução define as diretrizes e normas para o
planejamento, a organização, a estrutura física, os recursos humanos, os equipamentos, os
procedimentos e a gestão de UTIs, visando garantir a qualidade e segurança no
atendimento aos pacientes críticos. Ela aborda diversos aspectos, como a infraestrutura
física das UTIs, a disponibilidade de equipamentos e materiais essenciais, a qualificação
técnica e a escala de profissionais de saúde, os protocolos de atendimento e de segurança,
entre outros. O objetivo da RDC nº 20/2006 é assegurar que as UTIs ofereçam condições
adequadas para o cuidado e monitoramento intensivo dos pacientes, contribuindo para a
redução de riscos, complicações e óbitos em ambiente hospitalar. Esta resolução é
fundamental para garantir a qualidade e segurança dos serviços de terapia intensiva no
país.
4. RDC nº 260/2002: Dispõe sobre o regulamento técnico de radioproteção para serviços de
radiodiagnóstico médico e odontológico, medicina nuclear e radioterapia.
A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 260/2002 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) dispõe sobre o regulamento técnico de radioproteção para serviços de
radiodiagnóstico médico e odontológico, medicina nuclear e radioterapia. Esta resolução
estabelece os requisitos mínimos para garantir a segurança dos pacientes, dos profissionais
de saúde e do público em geral, durante a realização de procedimentos radiológicos e de
medicina nuclear. Ela aborda diversos aspectos relacionados à proteção radiológica, como
a qualificação dos profissionais, a instalação e manutenção dos equipamentos, o controle
de qualidade dos procedimentos, a otimização das doses de radiação, a gestão dos
resíduos radioativos, entre outros. O objetivo da RDC nº 260/2002 é garantir que os
serviços de radiodiagnóstico, medicina nuclear e radioterapia operem de acordo com
padrões de segurança internacionalmente reconhecidos, reduzindo ao máximo os riscos
associados à exposição à radiação ionizante. Esta resolução é essencial para proteger a
saúde e promover a segurança dos pacientes e dos profissionais envolvidos em
procedimentos radiológicos.

5. Portaria do Ministério da Saúde nº 453/1998: Estabelece diretrizes de proteção


radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, garantindo a segurança dos
pacientes e dos profissionais envolvidos.
A Portaria do Ministério da Saúde nº 453/1998 estabelece diretrizes básicas de proteção
radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. Este documento normatiza os
procedimentos de radiodiagnóstico realizados em serviços de saúde, visando garantir a
segurança dos pacientes, dos profissionais e do público em geral contra os riscos
associados à exposição à radiação ionizante. A portaria aborda aspectos como a
qualificação dos profissionais, a instalação e manutenção dos equipamentos radiológicos, a
otimização das doses de radiação, a garantia da qualidade das imagens radiográficas, a
proteção dos indivíduos expostos e a gestão dos resíduos radioativos. O objetivo da
Portaria nº 453/1998 é assegurar que os serviços de radiodiagnóstico operem de forma
segura e eficaz, seguindo padrões internacionais de proteção radiológica.

As principais regulamentações da profissão incluem ainda:

1. Lei nº 7.394/1985: Regulamenta o exercício da profissão de técnico em radiologia no


país, estabelecendo suas atribuições, competências e regulamentos para o exercício da
profissão.
A Lei nº 7.394/1985, conhecida como a Lei dos Técnicos em Radiologia, regula o exercício
da profissão de técnico em radiologia no Brasil. Este diploma legal define as atribuições e
competências dos técnicos em radiologia, estabelecendo as bases para sua prática
profissional. A lei determina que apenas profissionais registrados no Conselho Regional de
Técnicos em Radiologia (CRTR) podem exercer atividades técnicas relacionadas à
radiologia, como operação de equipamentos de radiodiagnóstico e radioterapia. Além disso,
a legislação estabelece diretrizes para a formação e o funcionamento de cursos técnicos na
área, garantindo a qualificação adequada dos profissionais. .

2. Decreto nº 92.790/1986: Regulamenta a Lei nº 7.394/1985, definindo as condições para o


exercício da profissão de técnico em radiologia, bem como estabelecendo normas para o
funcionamento de cursos e escolas técnicas na área.
O Decreto nº 92.790/1986 complementa e regulamenta a Lei nº 7.394/1985, que trata do
exercício da profissão de técnico em radiologia no Brasil. Este decreto estabelece as
condições específicas para o exercício da profissão, detalhando questões como a formação
necessária, as competências técnicas dos profissionais, as atribuições permitidas e as
proibições. Além disso, o decreto define as normas para o funcionamento de cursos
técnicos na área de radiologia, garantindo a qualidade da formação dos futuros
profissionais. Também estabelece diretrizes para a atuação dos técnicos em radiologia em
diversos contextos, como hospitais, clínicas e centros de diagnóstico por imagem.

PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

As normas e diretrizes de proteção radiológica no Brasil são estabelecidas por diversos


órgãos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Conselho Federal
de Medicina (CFM), o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER) e o
Ministério da Saúde. Essas normativas visam garantir a segurança dos pacientes, dos
profissionais de saúde e do público em geral durante a realização de procedimentos
radiológicos.

As principais normas e diretrizes incluem:

1. Requisitos de Boas Práticas de Radiodiagnóstico Médico e Odontológico (RDC nº


330/2019): Estabelece padrões para a realização de exames radiológicos, garantindo a
qualidade e segurança dos serviços.
A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 330/2019 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) estabelece os requisitos de Boas Práticas de Radiodiagnóstico Médico
e Odontológico. Essa normativa define padrões para a realização de exames radiológicos,
visando garantir a qualidade e segurança dos serviços prestados. A RDC nº 330/2019
aborda diversos aspectos, como a infraestrutura física dos serviços de radiodiagnóstico, os
requisitos de qualificação técnica dos profissionais, os protocolos de radioproteção, a
gestão de qualidade, a otimização das doses de radiação, entre outros. O objetivo principal
dessa resolução é assegurar que os procedimentos radiológicos sejam realizados de forma
segura e eficaz, contribuindo para a proteção dos pacientes e dos profissionais de saúde,
além de garantir a qualidade das imagens radiográficas e o diagnóstico preciso das
condições médicas dos pacientes.

2. Regulamento Técnico para planejamento de estabelecimentos assistenciais de saúde


(RDC nº 50/2002): Define os requisitos mínimos para a estrutura física e organizacional de
unidades de saúde, incluindo instalações de radiologia.

3. Regulamento Técnico de Radioproteção (RDC nº 260/2002): Estabelece normas para a


proteção radiológica em serviços de radiodiagnóstico, medicina nuclear e radioterapia,
abordando aspectos como qualificação dos profissionais e gestão dos resíduos radioativos.
A Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 260/2002 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) estabelece o regulamento técnico de radioproteção para serviços de
radiodiagnóstico médico e odontológico, medicina nuclear e radioterapia. Esta normativa
define requisitos mínimos para garantir a segurança dos pacientes, profissionais e público
em geral durante procedimentos radiológicos e de medicina nuclear. Ela aborda diversos
aspectos, incluindo qualificação dos profissionais, instalação e manutenção dos
equipamentos, controle de qualidade, otimização das doses de radiação, proteção dos
indivíduos expostos e gestão de resíduos radioativos. O objetivo principal da RDC nº
260/2002 é assegurar que os serviços de radiologia e medicina nuclear operem conforme
padrões de segurança internacionalmente reconhecidos, minimizando os riscos associados
à exposição à radiação ionizante. Esta resolução é essencial para proteger a saúde e
promover a segurança dos pacientes e profissionais envolvidos em procedimentos
radiológicos no Brasil.

4. Diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico


(Portaria do Ministério da Saúde nº 453/1998): Define diretrizes para garantir a segurança
dos pacientes e profissionais durante exames radiográficos.

As Diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico


citadas na Portaria do Ministério da Saúde nº 453/1998 abordam diversos aspectos
relacionados à segurança radiológica durante a realização de exames de imagem médicos
e odontológicos. Algumas das diretrizes mais importantes incluem:

1. Justificação da exposição: Os exames radiológicos devem ser realizados somente


quando clinicamente justificados, ou seja, quando os benefícios para o paciente superarem
os riscos associados à exposição à radiação.

2. Otimização da proteção radiológica: Deve-se adotar todas as medidas possíveis para


minimizar a dose de radiação recebida pelo paciente, sem comprometer a qualidade
diagnóstica da imagem.

3. Limitação da dose: As doses de radiação devem ser mantidas dentro de limites


aceitáveis, considerando-se as características individuais do paciente e os protocolos de
exame utilizados.

4. Proteção do paciente: Devem ser tomadas precauções para proteger os pacientes,


incluindo o uso de aventais de chumbo e outros dispositivos de proteção, além da adoção
de técnicas de redução de dose sempre que possível.

5. Proteção do profissional: Os profissionais de saúde envolvidos na realização dos exames


radiológicos devem receber treinamento adequado em proteção radiológica e usar
dispositivos de proteção pessoal, como dosímetros.

Essas diretrizes visam garantir que os exames radiológicos sejam realizados de forma
segura, minimizando os riscos para os pacientes e profissionais envolvidos, e contribuindo
para a qualidade e eficácia dos serviços de radiodiagnóstico médico e odontológico.

Essas normas e diretrizes são essenciais para assegurar a segurança e qualidade dos
procedimentos radiológicos realizados, promovendo a proteção dos indivíduos expostos à
radiação ionizante e a excelência na prática radiológica.

BIOSSEGURANÇA
As diretrizes e normas sobre biossegurança radiológica abrangem diversas
regulamentações e orientações emitidas por diferentes órgãos competentes, como a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Ministério da Saúde, o Conselho
Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER).

Existem diversas técnicas padrão de proteção radiológica e biossegurança na radiologia,


que visam garantir a segurança dos pacientes, dos profissionais de saúde e do público em
geral durante a realização de procedimentos radiológicos. Algumas das principais técnicas
incluem:

1. Uso de aventais de chumbo: Os aventais de chumbo são utilizados pelos profissionais de


saúde durante a realização de exames radiológicos para proteger contra a exposição à
radiação ionizante.

As especificações para aventais de chumbo utilizados em radiologia podem variar


dependendo das normas e regulamentações locais, mas geralmente incluem os seguintes
aspectos:

Espessura do chumbo:
Os aventais devem ter uma espessura mínima de chumbo para garantir uma adequada
proteção contra a radiação. Normalmente, essa espessura varia entre 0,25 mm e 0,5 mm de
chumbo equivalente.

Cobertura:
Os aventais devem cobrir áreas específicas do corpo, incluindo a região torácica,
abdominal, gonadal e tireoide, dependendo do tipo de exame radiológico realizado.

Material exterior:
O material externo do avental deve ser resistente e durável, capaz de suportar o desgaste
diário e permitir a limpeza e desinfecção adequadas.

Forro interno:
O forro interno do avental deve ser confortável para o usuário, proporcionando mobilidade e
facilitando o uso prolongado durante os procedimentos radiológicos.

Fechamento:
Os aventais devem ter um sistema de fechamento seguro e ajustável para garantir um
ajuste adequado ao corpo do usuário e evitar a exposição desnecessária à radiação.

Tamanho:
Os aventais devem estar disponíveis em diferentes tamanhos para atender às necessidades
de usuários de diferentes estaturas e proporções corporais.

Marcação de proteção:
Os aventais devem ser claramente marcados com informações sobre o nível de proteção
radiológica oferecido, como a espessura do chumbo e a certificação de conformidade com
as normas de segurança radiológica.
2. Uso de dispositivos de proteção pessoal: Além dos aventais de chumbo, outros
dispositivos de proteção pessoal, como luvas, óculos de proteção e protetores de tireoide,
também podem ser utilizados para proteger partes específicas do corpo contra a radiação.

3. Otimização dos parâmetros de exposição: Os parâmetros de exposição, como tempo de


exposição, mAs (miliampere-segundo) e kVp (quilovoltagem), devem ser otimizados de
forma a garantir uma imagem de qualidade diagnóstica com a menor dose de radiação
possível.

Os parâmetros de exposição para prática radiológica hospitalar podem variar dependendo


do tipo de exame radiológico realizado, do equipamento utilizado e das características do
paciente. No entanto, alguns parâmetros comuns incluem:

Quilovoltagem (kVp): Determina a energia dos raios X e influencia a penetração e o


contraste da imagem. Geralmente varia de 50 kVp a 150 kVp, dependendo do tipo de
exame e da parte do corpo sendo examinada.

Miliampere-segundo (mAs): Controla a quantidade de radiação emitida pelo tubo de raios X


e afeta a densidade da imagem. O mAs varia de acordo com a densidade óptica desejada,
a espessura do tecido a ser penetrado e a velocidade do movimento.

Tempo de exposição: É o tempo durante o qual o tubo de raios X emite radiação.


Geralmente é controlado automaticamente pelo equipamento radiográfico com base no mAs
selecionado, mas pode ser ajustado manualmente para exames específicos.

Distância foco-pele (DFP): Refere-se à distância entre o tubo de raios X e a pele do


paciente durante a exposição. Uma maior DFP reduz a dose de radiação absorvida pelo
paciente.

Filtro de radiação: Utilizado para absorver radiação desnecessária de baixa energia,


melhorando a qualidade da imagem e reduzindo a dose de radiação para o paciente.

Tamanho do campo de exposição: Define a área da anatomia do paciente que será exposta
à radiação. Deve ser ajustado de acordo com a área a ser examinada para minimizar a
dose de radiação desnecessária.

Estes são alguns dos parâmetros comuns utilizados na prática radiológica hospitalar para
otimizar a qualidade da imagem radiográfica e garantir uma exposição adequada à
radiação, visando sempre à segurança do paciente e dos profissionais envolvidos.

4. Distância adequada da fonte de radiação: Manter uma distância segura da fonte de


radiação, quando possível, ajuda a reduzir a dose de radiação recebida pelo paciente e pelo
profissional.

Na prática radiológica hospitalar, a distância segura adequada da fonte de radiação que


ajuda a reduzir a dose de radiação recebida pelo paciente é conhecida como distância
foco-pele (DFP). Quanto maior a DFP, menor será a dose de radiação absorvida pelo
paciente.
Normalmente, a DFP é definida como a distância entre o ponto focal do tubo de raios X e a
pele do paciente durante a exposição radiográfica. Ao aumentar a DFP, a dispersão da
radiação diminui e a intensidade da radiação diminui conforme a lei do inverso do quadrado,
o que resulta em uma redução significativa da dose de radiação para o paciente.

No entanto, é importante ressaltar que a DFP pode variar dependendo do tipo de exame
radiológico e da região anatômica a ser examinada. Geralmente, as máquinas radiográficas
hospitalares são projetadas com uma DFP fixa e otimizada para proporcionar a melhor
qualidade de imagem com a menor dose de radiação possível. Os profissionais de
radiologia devem garantir que a DFP seja apropriada para o tipo de exame realizado e que
todos os procedimentos de segurança radiológica sejam seguidos para proteger o paciente
contra a exposição desnecessária à radiação.

5. Técnicas de blindagem: Além dos aventais de chumbo, outras medidas de blindagem,


como paredes com material radiopaco e barreiras de proteção, podem ser utilizadas para
reduzir a exposição à radiação em áreas de risco.

6. Controle de qualidade dos equipamentos: É fundamental realizar testes de controle de


qualidade regularmente nos equipamentos radiológicos para garantir seu funcionamento
adequado e a precisão dos exames.

7. Gestão de resíduos radiológicos: Os resíduos radiológicos devem ser gerenciados de


acordo com normas específicas para evitar contaminação ambiental e proteger a saúde
pública.

As normas oficiais para a gestão e descarte de resíduos radiológicos no Brasil incluem


principalmente:

1. Norma CNEN NN-3.05: Estabelece requisitos básicos para o gerenciamento de rejeitos


radioativos em instalações nucleares e radiativas no Brasil.

A Norma CNEN NN-3.05 estabelece requisitos básicos para o gerenciamento de rejeitos


radioativos em instalações nucleares e radiativas no Brasil. Essa norma define
procedimentos para o acondicionamento, transporte, armazenamento temporário e
permanente, além do descarte final dos rejeitos radioativos. Ela aborda questões como
classificação dos rejeitos, limites de liberação, monitoramento ambiental e
responsabilidades das partes envolvidas. A CNEN NN-3.05 é essencial para garantir a
segurança e proteção radiológica durante todo o ciclo de vida dos rejeitos radioativos.

2. Norma CNEN NN-6.05: Define os procedimentos para a gestão de rejeitos radioativos de


baixo e médio nível de radiação.

A Norma CNEN NN-6.05 estabelece os procedimentos para a gestão de rejeitos radioativos


de baixo e médio nível de radiação. Ela define critérios para o acondicionamento,
transporte, armazenamento temporário e permanente, além do descarte final desses
rejeitos. A norma também aborda questões como monitoramento ambiental, proteção
radiológica dos trabalhadores e do público, e responsabilidades das partes envolvidas na
gestão dos rejeitos. A CNEN NN-6.05 é fundamental para garantir a segurança e proteção
radiológica durante todo o processo de gestão desses rejeitos no Brasil.

3. Norma CNEN NN-7.01: Estabelece os requisitos para a proteção radiológica em


instalações radiativas.

A Norma CNEN NN-7.01 estabelece os requisitos para a proteção radiológica em


instalações radiativas no Brasil. Ela aborda aspectos como a avaliação e controle dos riscos
radiológicos, monitoramento da radiação, medidas de proteção dos trabalhadores, controle
de doses de radiação, treinamento e qualificação do pessoal envolvido, além de requisitos
para o projeto, operação e descomissionamento de instalações radiativas. A CNEN NN-7.01
é essencial para garantir a segurança e proteção radiológica dos trabalhadores, do público
e do meio ambiente em atividades que envolvam radiação ionizante no país.

Estas normas são emitidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e são
fundamentais para garantir a segurança e proteção radiológica em atividades que envolvam
o manuseio e descarte de materiais radioativos no país.

As principais informações contidas nestas normas incluem:

1. Objetivo e campo de aplicação:


Define o propósito da norma e as atividades e instalações às quais ela se aplica.

2. Classificação dos rejeitos radioativos:


Estabelece critérios para classificar os rejeitos de acordo com o nível de radiação e outros
parâmetros relevantes.

3. Critérios para o gerenciamento de rejeitos: Define diretrizes para o gerenciamento


adequado dos rejeitos radioativos, incluindo ações de minimização, segregação e
acondicionamento.

4. Procedimentos para o acondicionamento, transporte e armazenamento:


Estabelece requisitos para o acondicionamento seguro dos rejeitos, bem como
procedimentos para o transporte e armazenamento temporário e permanente.

5. Descarte final de rejeitos: Define requisitos e diretrizes para o descarte final seguro e
ambientalmente adequado dos rejeitos radioativos.

6. Responsabilidades das partes envolvidas:


Determina as responsabilidades das organizações e indivíduos envolvidos no
gerenciamento dos rejeitos, incluindo aspectos legais e regulatórios.

7. Documentação e registros:
Estabelece requisitos para a documentação e registro de todas as atividades relacionadas
ao gerenciamento de rejeitos.

8. Avaliação e controle de conformidade:


Define os procedimentos para avaliar e garantir a conformidade com os requisitos
estabelecidos na norma.

As regras básicas de radioproteção e biossegurança em radiologia diagnóstica no Brasil são


fundamentais para garantir a segurança dos pacientes, dos profissionais e do público em
geral. Algumas das principais regras incluem:

1. Princípio ALARA: Prática de manter as doses de radiação tão baixas quanto


razoavelmente possível, levando em conta fatores econômicos e sociais.

2. Uso de Equipamentos Adequados: Utilização de equipamentos de radiologia modernos e


de qualidade, devidamente calibrados e mantidos, para garantir imagens de diagnóstico
precisas com doses de radiação mínimas.

3. Proteção do Paciente: Utilização de técnicas de imagem apropriadas para obter imagens


de diagnóstico com a menor exposição possível à radiação, além do uso de aventais e
protetores de tireoide para reduzir a exposição às partes do corpo não envolvidas no
exame.

4. Proteção do Profissional: Uso de dosímetros individuais para monitorar a exposição à


radiação dos profissionais, além de práticas de trabalho seguro, como distância adequada
da fonte de radiação durante os procedimentos.

5. Controle de Áreas de Trabalho: Manutenção de áreas de trabalho controladas e


sinalizadas, com restrição de acesso apenas a pessoas autorizadas, e monitoramento
regular das condições de segurança radiológica.

6. Treinamento e Educação: Fornecimento de treinamento adequado em radioproteção para


todos os profissionais envolvidos na radiologia diagnóstica, incluindo médicos, técnicos em
radiologia e pessoal de apoio.

7. Gerenciamento de Resíduos: Descarte seguro e adequado de materiais contaminados ou


radioativos de acordo com as regulamentações locais e nacionais.

8. Monitoramento e Controle de Qualidade: Implementação de programas de controle de


qualidade para garantir o desempenho adequado dos equipamentos e a qualidade das
imagens radiográficas produzidas.

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