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Decreto 973
Decreto 973
GABINETE DO PREFEITO
DECRETA:
Art. 1o - O incentivo fiscal em favor de pessoas físicas e jurídicas, para a realização
de projetos culturais, instituídos pela lei nº 7.957 de 6 de dezembro de 2000 e
alterada pela lei 8.146 de 27 de dezembro de 2002, obedecerá aos preceitos destas,
bem como aos do presente decreto.
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Art. 6º - Respeitados o texto da lei e este Decreto a comissão terá seu funcionamento
disciplinado por regimento interno próprio, a ser elaborado pela mesma, que deverá
ser submetido à aprovação do Secretário Municipal de Cultura e publicado no
Diário Oficial do Município.
§ 1º Do regimento interno da Comissão deverão constar, dentre outros elementos,
o cronograma de reuniões, a forma de convocação, as normas internas para
recebimento, análise, avaliação e averiguação dos projetos culturais, a forma de
elaboração dos pareceres dos membros da Comissão e a forma de aprovação das
atas de reuniões das quais deverão constar obrigatoriamente o registro dos votos
de seus membros, observando-se o disposto neste decreto.
§ 2º Os membros da Comissão terão mandato de 1(um) ano, sendo permitida uma
recondução por igual período.
§ 3º Fica vedada aos membros da Comissão de Projetos Culturais – CPC, a seus
sócios ou titulares, coligada ou controladoras, a seus cônjuges, parentes
ascendentes, descendentes, colaterais ou afins, em primeiro grau, a apresentação
de projetos que visem à obtenção do incentivo de que trata esse Decreto, durante
o período do mandato.
§ 4º A proibição prevista no parágrafo anterior aplica-se unicamente aos
membros da Comissão, não se estendendo às entidades ou instituições que os
indicaram ou designaram.
§ 5º Perderá o mandato o membro da Comissão que se omitir injustificadamente
na apresentação de parecer com relação a 3 (três) projetos que lhe tenham sido
distribuídos bem como se ausentar sem justificativas por três reuniões
consecutivas e cinco alternadas.
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Art. 11º - Os recursos da de Incentivo serão alocados de forma à atender todas as áreas
culturais.
Parágrafo Único – Para o atendimento do disposto no caput deste artigo a
Secretaria Municipal de Cultura, juntamente com a Comissão de Projetos Culturais,
estabelecerá as normas e os critérios de alocação de recursos para cada segmento
Cultural.
Art. 12º - O projeto cultural aprovado será classificado pela Comissão de Projetos
Culturais como especial ou normal segundo o grau de interesse público para o
desenvolvimento cultural da Cidade:
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Art. 15° Sendo aprovado pela Secretaria Municipal de Cultura o Requerimento para
Liberação de Recursos captados, será lavrado o Termo de Compromisso, firmado
juntamente pelo Proponente e pelo Contribuinte Incentivador perante o Município.
§ 1º Quando da Assinatura do Termo de Compromisso será aberta pelo
proponente, em Banco Oficial participante do Quadro de Agentes Arrecadadores
conveniados ao Município de Goiânia, conta bancária vinculada ao projeto,
destinada exclusivamente a movimentação dos recursos relativos ao projeto
cultural incentivado.
§ 2º – Para evitar paralelismo e duplicidade no apoio aos projetos culturais
incentivados, quando da assinatura do Termo de Compromisso o Proponente
deverá informar se o projeto está recebendo apoio financeiro de outras esferas de
Governo, devendo, para esses casos, elaborar um demonstrativo dos recursos
recebidos das diversas fontes.
I- Não se considera duplicidade ou paralelismo a agregação de recursos nos
diferentes níveis de Governo para cobertura financeira do projeto, desde que o
somatório das importâncias captadas nas várias esferas não ultrapassem o seu
valor total e não representem redundância de investimento.
b) A omissão de informação relativa ao recebimento de apoio financeiro de
quaisquer outras fontes sujeitará o empreendedor às sanções previstas na
legislação em vigor.
§3º – Após a Assinatura do Termo de Compromisso será expedido pela
Secretaria Municipal de Finanças o Recibo de Investimento, que conterá os seguintes
requisitos:
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Art. 16° - Os recursos da conta vinculada ao projeto poderão ser aplicados pelo
empreendedor no mercado financeiro pelo tempo estritamente necessário à organização
e implantação do projeto cultural incentivado.
§ 1º – O proponente só poderá movimentar a conta após a emissão de 70%
(setenta por cento) dos Recibos de Investimentos vinculados ao seu projeto
cultural e com no mínimo 20% (vinte por cento) de recursos transferidos
depositados em conta, mediante autorização da Secretaria Municipal de Cultura.
§ 2º – Para solicitar a movimentação dos recursos, o proponente deverá apresentar
à Secretaria Municipal de Cultura o cronograma definitivo de execução
física/financeiro do projeto;
§ 3º – O proponente incorrerá nas sanções previstas na lei quando aplicar os
recursos por tempo superior ao necessário a implantação do projeto.
§ 4º – O valor dos recursos transferidas pelo contribuinte incentivador e seus
rendimentos deverá ser totalmente aplicado no projeto cultural incentivado,
comprovando-se a aplicação dos recursos mediante a apresentação, pelo
proponente, das notas fiscais ou documentos hábeis a corroborar as despesas
realizadas, que deverá corresponder ainda às rubricas do orçamento, aprovado
pela CPC.
§ 5º – O prazo de execução do projeto cultural será contado a partir da data de
autorização para movimentação financeira da conta corrente para as solicitações
anteriores ao fim da validade do CIFPC.
§ 6º – Para o efeito deste decreto não serão consideradas como movimentação
financeira as taxas bancárias de abertura e manutenção de conta, bem como a
primeira aplicação financeira de cada recurso transferido depositado.
Art. 17º - O Contribuinte incentivador para fazer uso das deduções fiscais estipuladas na
Lei, disporá de três mecanismos de transferência de recursos para apoio a projetos
culturais habilitados nos benefícios da lei:
I. Patrocínio - mecanismo de investimento cultural que permite ao Contribuinte
incentivador a dedução de 90% (noventa por cento) de seu recibo de
investimento e o usufruto promocional, publicitário e institucional do projeto
cultural patrocinado. A partir do exercício fiscal de 2004 o valor de dedução será
de 80% (oitenta por cento).
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Art. 21º - Os limites máximos anuais por contribuinte incentivador para as deduções a
que se refere Lei de Incentivo Fiscal são de 50% (cinqüenta por cento) de IPTU -
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Art. 22º - Ao final da realização de projeto cultural, no prazo de trinta dias corridos, o
proponente prestará contas à Secretária Municipal de Cultura sobre a aplicação dos
recursos transferidos para a realização do Projeto Cultural, indicando seus resultados, o
alcance de seus benefícios, os depósitos recebidos, a variação financeira e os gastos
efetuados.
§1º – O proponente de projeto beneficiado pela Lei deverá enviar mensalmente à
Secretaria Municipal de Cultura, após emissão dos Recibos de Investimento,
relatório mensal de execução física e financeira.
§2º – Para efeito de prestação de contas, o proponente deverá orientar-se pela
portaria normativa expedida pela Secretaria Municipal de Cultura.
Art. 23º - Ao proponente que não aplicar corretamente o valor incentivado, agindo com
dolo, fraude, simulação de aplicação de recursos oriundos desta lei ou acarretando
desvio do objetivo ou dos recursos, será aplicada multa de até 10 (dez) vezes o referido
valor, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.
Parágrafo único - Não configurado o dolo descrito no "caput" deste artigo,
poderá ser aplicada multa de até 2 (duas) vezes o valor incentivado.
Art. 24º - Caberá aos titulares da Secretaria Municipal de Finanças e/ou Secretaria
Municipal de Cultura aplicar as penalidades cabíveis, bem como oficiar o fato ao titular
da Procuradoria Geral do Município, para adoção das providências pertinentes,
inclusive no âmbito penal.
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Art 27º - Na hipótese do produto cultural ter sido parcialmente realizado, além da
obrigatoriedade de recolhimento ao FAC dos valores constantes do orçamento
referentes ao que não foi realizado, a Secretaria Municipal de Cultura e a CPC
deliberarão sobre eventual aplicação de penalidade ao Proponente .
§ 1º - As penalidades variarão de advertência até multa de 20%(vinte por cento)
do valor obtido como incentivo e também a inabilitação do proponente perante os
benefícios da lei por um período a ser estabelecido entre 1(um) ano até 8 (oito)
anos.
§ 2º - Na hipótese do descumprimento do art. 34º deste decreto. será aplicada, de
imediato, multa correspondente a 20%(vinte por cento).
§ 3º - O histórico do Empreendedor em projetos anteriores será considerado
quando do arbitramento da penalidade.
§ 4º - Aplicada penalidade pecuniária, o proponente deverá recolher a mesma ao
FAC, até 05(cinco) dias após a notificação.
Art 28º - O Proponente, cujo projeto cultural for considerado não realizado, deverá
recolher ao FAC a totalidade dos recursos obtidos como incentivo, devidamente
atualizado, até 05(cinco) dias após a notificação, sem prejuízo das demais sanções
previstas na legislação vigente.
Art 29º - A aprovação do projeto cultural sob o ponto de vista contábil dar-se-á após a
análise da documentação que comprove a correta aplicação dos recursos de acordo com
o orçamento aprovado.
§ 1º - Não comprovada a correta aplicação dos recursos, o Proponente deverá
recolher ao FAC os valores glosados, devidamente atualizados, no prazo de
05(cinco) dias, independente das demais sanções previstas na legislação vigente.
§2º - O Proponente que não apresentar a prestação de contas contábil no prazo
previsto no Termo de Responsabilidade, no ato da entrega deverá comprovar o
recolhimento ao FAC da multa prevista no mesmo termo, independente de
notificação prévia
§ 3º - Será rejeitada a prestação de contas do ponto de vista contábil que não for
apresentada após o proponente ter sido advertido, independente da comprovação
da realização do produto cultural.
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Art. 31º - Os projetos beneficiados pela Lei de incentivo deverão fornecer à Secretaria
Municipal de Cultura, a título de contrapartida, no mínimo 10% da quantidade total de
produtos ou bens culturais, no caso de objetos culturais, bem como o mesmo percentual
em ingressos ou cortesias, no caso de eventos culturais.
§1º – Para projetos que possuam acima de 30%(trinta por cento) dos recursos
monetários utilizados financiados por outras fontes de receita, será estabelecido a
contrapartida mínima de 5%(cinco por cento) da quantidade total de produtos ou
bens culturais, no caso de objetos culturais, bem como o mesmo percentual em
ingressos ou cortesias, no caso de eventos culturais.
§ 2º – Quando da quitação da contrapartida junto a Secretaria Municipal de
Cultura, será emitido e entregue ao proponente, um Recibo de Quitação de
Contrapartida contendo os dados do projeto cultural, do proponente e a
especificação da quantidade e espécie dos bens fornecidos.
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Art. 36º. O FAC - Fundo Apoio Cultura, instituído pela Lei N.º 8.146, de 27 de
dezembro de 2002 será administrado pela Secretaria Municipal de Cultura, obedecendo
os preceitos da Lei, deste Decreto e demais atos normativos que forem expedidos pelo
poder Executivo Municipal.
Art. 37º. O FAC, fundo de natureza contábil especial, tem por finalidade prestar apoio
financeiro a projetos culturais do Poder Executivo Municipal ou de terceiros que visem
a fomentar , difundir, preservar, qualificar, pesquisar e ou estimular a produção artística
e cultural no Município de Goiânia.
Art. 40º. O FAC financiará no máximo até 80% (oitenta por cento) do custo total de
cada projeto, ficando o proponente responsável pelo restante.
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Art. 41º. Poderão concorrer ao apoio do FAC pessoa física ou jurídica de natureza
cultural com ou sem fins lucrativos domiciliadas há no mínimo três anos no Município
de Goiânia e com um ano de atividade em sua respectiva área de interesse cultural:
Art. 42º. - Os projetos culturais concorrentes deverão ter como seu principal local de
produção e execução o Município de Goiânia.
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Art. 45º - Os Projetos oriundos do Poder Executivo Municipal financiados pelo FAC,
deverão ter seu mérito apreciado pelo Conselho Municipal de Cultura.
Art. 46º. Os demais projetos apresentados ao FAC serão avaliados e julgados pelas
seguintes instâncias:
I - Comissão de Projetos Culturais,
II – Gerência de Projetos do FAC;
III - Secretaria Municipal de Cultura responsável pela administração do Fundo
execução orçamentária, financeira e patrimonial.
Art. 47º. À Comissão de Projetos Culturais, além das atribuições constantes do art.7º e
incisos, compete:
I - receber e apreciar os pareceres da Gerência de Projetos;
II – deliberar em definitivo sobre os projetos culturais a serem financiados pelo FAC
de acordo com os diretrizes e as disponibilidades financeiras do Fundo;
III - fiscalizar e avaliar a execução dos projetos culturais aprovados.
Art. 49º. À Secretaria Municipal de Cultura, através de seu setor competente, além das
atribuições já designadas, também compete:
I - emitir e encaminhar à Gerência de Projetos do FAC parecer técnico prévio sobre os
projetos apresentados, nos aspectos legais, de viabilidade técnico-financeira e
compatibilidade com o Plano de Aplicação de Recursos;
II - acompanhar os projetos aprovados, encaminhando à Gerência de Projetos do FAC,
ao seu término ou a qualquer tempo, laudo técnico com a avaliação do andamento
dos projetos.
III - opinar sobre cláusulas de convênios, contratos ou outras questões submetidas à sua
consideração.
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Art. 50º . Além da Direção Geral do FAC, compete ao Titular da Secretaria Municipal
da Cultura:
I - encaminhar anualmente ao Chefe do Poder Executivo Municipal o relatório anual
sobre a gestão do FAC;
II - encaminhar, nas épocas aprazadas, demonstrativos e prestação de contas, planos de
aplicação de recursos e outros documentos informativos, necessários ao
acompanhamento e controle de quem de direito;
III - autorizar expressamente todas as despesas e pagamentos à conta do FAC;
IV - movimentar as contas bancárias do FAC, juntamente com o responsável pela
Escritório de Projetos ou outro funcionário especialmente designado para esta
finalidade;
V - convocar e presidir as reuniões da Gerência de Projetos do FAC;
VI - aprovar o Plano de Aplicação de Recursos do FAC;
VII - designar os componentes da Gerência de Projetos do FAC.
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Art. 55º - O proponente deverá realizar o projeto em até 12(doze) meses após a emissão
do Certificado de Participação no FAC.
§ 4º. O responsável pelo projeto cuja prestação de contas for rejeitada terá acesso a
toda documentação que sustentou a decisão, bem como poderá interpor recurso
junto à Comissão para reavaliação ao do laudo final, acompanhado, se for o caso,
de elementos não trazidos inicialmente à consideração da Secretaria Municipal da
Cultura.
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Art. 57º - Ao empreendedor que tiver projeto aprovado com recursos do Fundo Apoio
Cultura e ao incentivador que transferir recursos diretamente ao Fundo, aplicam-se, no
que couber, as regras previstas neste Decreto.
Art. 58º - Fica autorizado para os exercícios fiscais de 2003 e 2004 a utilização de até
15% (quinze por cento) da dotação orçamentária da FAC, afim de custear, as
despesas decorrentes da execução deste decreto no que se refere aquisição
equipamentos, auditorias, consultorias e outros.
Art. 60º - Os casos omissos serão resolvidos pelo Secretário Municipal de Cultura.
Art. 61º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, ficando expressamente
revogando o Decreto n° 604, de 04 de Abril de 2000.
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