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EQUIPAMENTOS ELETROMECÂNICOS EM ÁREAS

CLASSIFICADAS CONTENDO POEIRAS COMBUSTÍVEIS

Eng. Me. André Cardoso

Abril 2022
RESUMO

Os equipamentos eletromecânicos instalados em áreas contendo atmosferas explosivas


devem apresentar as características necessárias à proteção contra incêndios e explosões.

O objetivo deste curso é apresentar os riscos associados a movimentação dos grãos e as


características técnicas básicas para a seleção dos equipamentos destinados à sua
movimentação.
Objetivos específicos

Poeiras Combustíveis

Equipamento para atmosferas explosivas


INTRODUÇÃO
Agro+ Minério

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Brasil retomou dos


Estados Unidos a posição de maior produtor de soja do mundo (2020), apesar do
enfrentamento a pandemia do covid-19. Em 31 de dezembro de 2020 o estoque de
produtos agrícolas no Brasil totalizou 28 milhões de toneladas, uma alta de 5,7% na
comparação com 2019, indicando o forte potencial agrícola Nacional.

De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex)


as exportações de minério de ferro do Brasil cresceram 11,7% em agosto na
comparação com o mesmo mês do ano passado, somando 34,84 milhões de toneladas,
o maior volume mensal desde setembro de 2020.
INTRODUÇÃO
Agro + Minério

1,151 bilhão de t +4,2% em relação à 2019

60% 25% 10% 5%

Granel Sólido Granel Líquido Contêineres Carga Geral Solta


Em milhões de

688,9 289,5 118,2 54,2


toneladas

+1,2% +14,8% +1,1% -0,3%


Figura 1: Perfil das cargas nos Portos Brasileiros. Fonte: Agência Nacional de transporte Aquaviário (ANTAQ). Link
- http://anuario.antaq.gov.br. Acesso em 18/10/2021 as 14: 27 hrs.
INTRODUÇÃO

Das unidades de armazenamento e conservação disponíveis no Brasil há predominância


dos silos e armazéns, conforme Tabela 1.

Tabela 1: Número de estabelecimentos e capacidade útil instalada, 2º semestre 2020.

Número de estabelecimentos Capacidade (t)


Total Convencional Graneleiro Silo
7.900
176 316 921 22 290 396 66 106 815 87 299 710
Fonte: Adaptado de IBGE 2021.
INTRODUÇÃO
Agro

O desempenho atual da agricultura e a falta de infra estrutura (Figura 4).

(a) (b)
Figura 2: Grãos de milho armazenados ao tempo em fazendas. (a) mato grosso, (b) ipiranga do norte.
Fonte: G1/ Momento Agro.
INTRODUÇÃO
Agro + Minério
114,4
Milhões de toneladas ano

120

100

80

60 52,1 45,7
40 25,7 25,3 24,7
15,3 14,3 11,8 8,3
20 6,9 6,1 6,0 5,9 5,2 5,2 3,7 3,1 2,1 1,8
0

Vitória
Paranaguá

Aratu

Belém
Itaguaí

Itaqui
Rio Grande

Itajaí

Porto Velho
Areia Branca
Suape

Rio de Janeiro
Vila do Conde

Imbituba

Maceió
Santarém

Salvador
Fortaleza
Santos

São Francisco do Sul

1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º

Figura 3: Movimentação nos Portos organizados em 2020. Fonte: Agência Nacional de transporte).
Link - http://anuario.antaq.gov.br. Acesso em 18/10/2021 as 14: 27 hrs. Aquaviário (ANTAQ)
Figura 4: Resumo das movimentações de cargas no Porto de Santos. Fonte: http://www.portodesantos.com.br/wp-
content/uploads/Movimentacao-Julho-2021.pdf. Acesso em 18/10/2021 as 14:11 hrs.
INTRODUÇÃO

Figura 5: Distribuição, por nível, localização e capacidade estática das unidades


armazenadoras de grãos no Brasil. Fonte: CONAB
https://www.conab.gov.br/armazenagem.
(a) (b)

(c) (d)
Figura 6: Operação de manuseio de manuseio de grãos; (a) Descarga de caminhões, (b) Carga de vagões,
(c ,d) Carga de Navio. Fonte Google, 2021.
Quais são os riscos associados ao manuseio dos grãos?

Figura 7: Requisitos para acidentes com a poeira dos grãos; (a) incêndio; (b) deflagração; (c) explosão.
Fonte: OSHA Technical Manual – Section IV, Chapter 6, Combustible Dusts);
Qual é o problema número 1 enfrentado pelas indústrias que lidam com poeira
combustível?
Jim Munro - Australia

“Compreendendo o risco que as poeiras combustíveis apresentam e a importância de


uma boa limpeza para reduzir esse risco.

O acúmulo de poeira não apenas garante que o risco esteja presente, mas também pode
aumentam o risco, por exemplo, causando aumento do aquecimento em invólucros
elétricos devido ao efeito de cobertura.”
Dr. Luc Bauwens – Canada

“Parece-me que um grande problema são as operações que não reconhecem que
sua poeira é realmente explosivo...

Além disso, as pessoas podem não reconhecer que a poeira combustível pode se
acumular nos sistemas de aspiração de pó. Onde ninguém percebe até algo
aconteceu."
Estellito Rangel Jr. Brasil

“No Brasil, o problema nº 1 é a falta de conhecimento especializado em explosão


prevenção de poeiras combustíveis”.
Roberval Bulgarelli - Brasil

“O principal problema enfrentado pelas indústrias que possuem áreas classificadas


contendo poeiras combustíveis é a falta de conhecimento dos requisitos legais e
normativos aplicáveis, bem como a falta de conhecimento das responsabilidades dos
proprietários das instalações, incluindo as graves consequências que podem decorrer
de explosões nestas atmosferas explosivas.”

“Todas as ações de segurança em áreas classificadas contendo poeiras combustíveis


devem ter como objetivo principal a PREVENÇÃO de ocorrência de áreas classificadas
ou a ocorrência de fontes de ignição em áreas classificadas”.
Dust Safety Science-2021-Combustible Dust Incident-Report
Materiais envolvídos

Dust Safety Science-2021-Combustible Dust Incident-Report


Industrias envolvidas

Dust Safety Science-2021-Combustible Dust Incident-Report


Equipamentos envolvidos

Dust Safety Science-2021-Combustible Dust Incident-Report


INCIDENTES

Vídeo 1

Figura 8: Explosão nos silos, Blaye – França. Fonte: U.S. CHEMICAL SAFETY BOARD.Imperial sugar
company dust explosion and fire. 2009. Disponível em: <http://www.csb.gov/imperial-sugar-company-dust-
explosion-and-fire/>.
Em 7 de Fevereiro de 2008 na imperial sugar, 14 mortos, 38 feridos, sendo 14
com queimaduras graves (Figura 7, vídeo 2).

Figura 9: Explosão na Imperial Sugar, Estados Unidos. Fonte: U.S Chemical Safety Board, 2009. U.S. CHEMICAL
SAFETY BOARD. Imperial sugar company dust explosion and fire. 2009. Disponível em:
<http://www.csb.gov/imperial-sugar-company-dust-explosion-and-fire/>.
(a) (b)
Figura 10: Incendio en un silo de la planta de ACA, en San Lorenzo.
Fonte:https://www.facebook.com/watch/?v=278768594184365&extid=WA-UNK-UNK-UNK-AN_GK0T-
GK1C&ref=sharing, Acesso em 26/11/2021.
Figura 11: Incêndio nos terminais de açúcar da Coopersucar ; G1. Maior incêndio da história do Porto de
Santos só deve ser extinto domingo.2013. Fonte: G1, 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2013/10/maior-incendio-da-historia-do-porto-de-santos-so-deve-ser-extinto-domingo.html.
Figura 12: Terminal de granéis no Guarujá. Fonte: Jornal Portuário, 2014. JORNAL PORTUÁRIO.
Incêndio atinge dois armazéns em terminal portuário de Guarujá. 2014. Fonte: Jornal Portuário, 2014. Disponível
em: <http://www.jornalportuario.com.br/ultima-noticia/incendio-atinge-dois-armazens-em-terminal-portuario-de-
guaruja#.VjelyvmrTIU>.
Figura 13: Incêndio no terminal açucareiro da COSAN, Santos. Fonte: Revista Exame, 2014. REVISTA
EXAME. Incêndio destrói armazém de açúcar da Cosan em Santos. 2014. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/incendio-destroi-armazem-de-acucar-da-cosan-em-santos#7>.
Tabela 2: Histórico regional de incêndios e explosões
Tgrão Cargo 14/04/2013
Coopersucar 18/10/2013
Rumo Logística 11/02/2014
Rumo Logística 03/08/2014
Teag 20/10/2014
Ultracargo 02/04/2015
Tgrão Cargo 08/02/2016
Localfrio 15/01/2016
Rumo Logisitca 14/07/2016
VLI – Vale Fertilizantes 05/01/2017
Fonte: Google, 2021.
Poeira x Partícula?

Poeira: A poeira consiste em pequenas partículas criadas pela quebra e abrasão de


partículas maiores pelo manuseio e processamento.

Poeira combustível: Diâmentro nominal ≤ 500 μm, as quais podem formar misturas
explosivas com o ar, nas condições normais de temperatura e pressão (–20 °C a +60 °C, 80
kPa (0,8 bar) a 110 kPa (1,1 bar), ar com conteúdo normal de oxigênio, 21 % v/v.

Partículas combustíveis em suspensão- Partículas sólidas, incluindo fibras


combustíveis > 500 μm em tamanho nominal.

Geralmente partículas > 63 μm não ficam em suspensão.

Fonte: ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-2


Poeira condutiva

Poeiras metálicas combustíveis e outras poeiras combustíveis com


resistividade elétrica ≤ 1000 Ω∙m.

Poeira não condutiva

Poeira combustível com resistividade elétrica > 1000 Ω∙m.

Fonte: ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-2. Método - Célula de medição de resistividade de poeira.
FONTES DE IGNIÇÃO

Eletricidade estática Faíscas

Superfícies aquecidas Arco elétrico


FONTES DE IGNIÇÃO

Descargas eletrostáticas “Smoudering fire”

Combustão espontânea/ Autocombustão/ Autoignição


FONTES DE IGNIÇÃO

Qual é o problema do acúmulo de poeira sobre superfícies aquecidas?


TEMPERATURA MÁXIMA DE SUPERFÍCIE (Tmáx)

Poeiras Combustíveis

Temperatura máxima superfície


Equipamento “Ex”
TEMPERATURA MINÍMA DE IGNIÇÃO (TMI camada)

Menor temperatura de uma superfície aquecida em que ocorre uma ignição de


uma camada de poeira sob condições especificadas de ensaio. O equipamento consiste em
uma placa aquecida e um anel de poeira, (Figura 14).

Placa aquecida (heating plate). Fonte: CETAC/ IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

Para efeito de seleção de equipamentos (Tmáx < TMI camada).


Tabela 3: Temperaturas de ignição de camadas ou nuvens de algumas poeiras combustíveis.

Valor de referência de temperatura de


Poeira combustível
ignição de camada ou poeira (ºC) NFPA 499
Açúcar 370
Arroz 220
Bagaço de cana 275
Canela 230
Carvão 180
Casca de laranja 270
Celulose 260
Chocolate natural 240
Enxofre 220
Farinha de soja 190
Farinha de trigo 360
Goma arábica 260
Madeira 260
Milho 250
Rayon (Viscose) 250
Nylon 430
Epóxi 540
Policarbonato 710
Fonte: Adaptado de NFPA 499
Caso ocorra um incêndio, o que o acúmulo de poeira (leito) pode causar?
ÍNDICE DE COMBUSTIBILIDADE (CI)

Índice de Combustibilidade (Combustibility Index, CI), define através de


testes, em que medida uma chama iniciada por ignição externa pode se propagar
em leito de poeira.

Varia de 1 (sem chama) a 6 (rápida combustão). Este dado é relevante para a


avaliação da possibilidade de propagação de chama que ocorre se CI>3.

“Experiências no porto”
SMOUDERING FIRE
Combustão espontânea
Esquemático dinâmica metabólica no armazenamento dos grãos.
Ignição por descargas eletrostáticas

Dispositivos de proteção em uma correia transportadora enclausurada. Fonte: Adaptado de 4B Group

As correias transportadoras podem gerar uma quantidade considerável de cargas


eletrostáticas e se tornar uma fonte de risco de ignição, devido à separação contínua
das superfícies que estão em contato. (basicamente os eixos rotativos e a esteira ou
correia)

NBR IEC 60079 32-1 - Riscos eletrostáticos, orientações


Ignição por descargas eletrostáticas é dos riscos associados as novas tecnologias (exemplo)

(a) (b)

(c) (d)
Correia enclausurada, (a) transferência, (b) módulo de junção, (c) retorno e contrapeso, (d) registro fotográfico.
Fonte: TMSA tecnologia de movimentação.
A Tabela 5 apresenta um resumo de todas as características que são requeridas para
esteiras rolantes, de acordo com a classificação de áreas, de acordo com as ABNT NBR
IEC 60079-10-1 ou ABNT NBR IEC 60079-10-2.
Sistema de combate a incêndio (sprinklers) em correias enclausuradas
Sensor de temperatura de mancal instalado em caixa redutora de velocidade, para
acionamento de esteira rolante em área classificada
Sensor de “embuchamento” em “chutes” de transferência em área classificada
Chave de segurança para parada de emergência com cabo de aço e botoeira de
acionamento manual
Sensor de temperatura instalado em mancal de rolamentos
Sensor de movimento instalado no cilindro de acionamento em correia transportadora
Sensor de temperatura para monitoramento de desalinhamento da correia de transporte
RISCO DE DEFLAGRAÇÕES

As deflagrações são essencialmente bolas de fogo em expansão e envolvem a


propagação de frentes de chamas com aumentos rápidos de pressão e geram "temperaturas
de 538 ° C a 1038 ° C (flash fire NFPA 499) ,(Figura 15), (Video 4).

Elementos para um deflagração. Fonte: OSHA Technical Manual – Section IV, Chapter 6, Combustible Dusts);

Uma deflagração requer quatro elementos: os três elementos para o fogo, mais
a dispersão de poeira nas concentrações corretas no ar.
TEMPERATURA MÍNIMA DE IGNIÇÃO (TMI suspensão)

Menor temperatura de uma superfície aquecida na qual a mistura que mais


facilmente possa entrar em ignição da poeira com o ar entra em ignição sob condições
especificadas de ensaio (Figura 17).

Figura 17: Esquemático forno tipo BAM. Fonte: CETAC, 2018.

Portanto, Tmáx < TMI suspensão.


Figura 18: Esquemático forno tipo BAM. (1) Câmra de ensaio, (2) elemento aquecedor 1500W, (3) tubo de
entrada de ar, (4) bexiga de borracha, (5) conexão ao controlador, (6) termopar controle, (7) termopar medição,
(8) bandeirola, (10) forno. Fonte: NBR IEC 80079.
Exemplo de nuvem de poeira em expansão e em contato com refletores
com tipo de proteção Ex “t”
RISCO DE EXPLOSÃO

Video5

Elementos para uma explosão. Fonte: OSHA Technical Manual – Section IV, Chapter 6, Combustible Dusts);

Uma explosão de poeira requer cinco elementos: os quatro elementos para


deflagração, mais confinamento.
ELEVADORES DE GRÃOS

São amplamente utilizados no transporte vertical dos grãos agrícolas, minérios e outros
materiais a granel, podendo ser do tipo centrífugo, contínuo, tubular etc.

Figura 19: Elevador centrífugo de canecas (ou caçambas). Fonte: Google, 2022
Segundo a OSHA (Occupational Safety and Health Administration), entre 1976 e 2011,
ocorreram nos EUA 503 ocorrências de explosão em elevadores de canecas, causando
677 feridos e 184 fatalidades, o que demonstra a necessidades de medidas de
antecipação e ou supressão caso de incêndios ou explosões.

Figura 19: Explosão em elevador de grãos. Fonte: Roberto Hajnal, 2021.


Dispositivos básicos de proteção de um Elevador de canecas. (a) sensor de
temperatura de mancal de rolamento, (b) sensor de desalinhamento da correia, (c)
sensor de embuchamento da caixa de transferência, (d) sensor de desalinhamento,
(e) sensor de velocidade. Fonte: Adaptado de 4Bgroup
Dispositivos básicos de proteção instalados no “pé” de um elevador de canecas; a) Sensor d
proteção de desalinhamento da correia, b) sensor de movimento ou velocidade
Fonte: Google, 2022.
Dispositivo de proteção por temperatura em mancal de rolamentos de equipamento
instalado em área classificada contendo poeira combustível. Fonte: Google, 2022.
Equipamentos enclausurados destinados ao manuseio de grãos (correias transportadoras,
filtros de manga, elevadores etc.) e outras instalações contendo poeira confinada, devem
ser dotados de dispositivos de alívio em caso de explosão (sejam eles painéis, membranas
ou portas basculantes) e são projetados para romper a uma pressão predeterminada,
permitindo que a bola de fogo e a pressão da explosão sejam ventiladas para uma área
segura.

Membranas de alívio de explosão. Fonte: IEP TECHNOLOGIES


Portas para alívio de pressão em caso de explosão interna do ambiente enclausurado.
Fonte: APOIO PROJETOS
Em áreas onde as membranas ou portas ou janelas de alívio de explosão não podem ser
empregadas com segurança (devido ao risco de eventos secundários), ventiladores sem
chama ou corta chama podem ser empregados.

Ventiladores fabricados de forma que não possam gerar fontes de ignição são projetados
para apagar a frente de chama ejetada e aliviar a pressão de uma explosão por poeira,
reage dentro de frações de segundo, baixando o risco de eventos secundários.

Ventiladores de explosão sem chamas. Fonte: IEP TECHNOLOGIES


O dispositivo de alívio de explosões com corta chamas é uma solução de proteção para
aplicação em equipamentos enclausurados. Os equipamentos enclausurados podem
estar localizados em atmosferas explosivas, em que o alívio de explosão padrão não
pode ser empregado devido risco de eventos secundários.

Quando ocorre uma explosão, o dispositivo de alívio abre e libera a pressão bem como
a chama da explosão por meio de um abafador de chamas, resfriando assim os gases
quentes e extinguindo a chama.

Ventiladores de explosão com corta chamas. Fonte: IEP TECHNOLOGIES


Os sistemas de alívio de pressão devem ser devidamente dimensionados, de
acordo com as normas técnicas referenciadas. Esses dispositivos devem ser indicados
em planta e devidamente destacados nos locais de instalação com a cor distinta da
estrutura para conferência do vistoriador.

Dispositivos de alívio em caso de explosão em elevadores de canecas. Fonte: Google, 2022


ENERGIA MÍNIMA DE IGNIÇÃO (mistura poeira/ar)

Menor energia elétrica armazenada em um capacitor que, sob condição de


descarga, é suficiente para causar a ignição da mistura mais sensível da poeira com o ar,
sob condições especificadas de ensaio, (Figura 20), (Video7).

Figura 20: Aparelho para determinação da energia mínima de ignição de poeiras. Fonte: CETAC.

A energia de ignição mínima pode ser determinada tanto no tubo Hartmann


modificado como na esfera de 20L ou no vaso de 1m3 com o uso de um dispositivo de
descarga de capacitor adequado.
Figura 21: Circuito a aparelhagem para determinação da energia mínima de ignição de poeiras. Fonte: ABNT NBR
ISO/IEC 80079-20-2
EVENTOS SECUNDÁRIOS (DEFLAGRAÇÃO/EXPLOSÃO)

(Video 6)

Figures 24: A primary explosion resulting in dust dispersion followed by a secondary incident. (Source: OSHA
SHIB, Combustible Dusts in Industry: Preventing and Mitigating the Effects of Fire and Explosions).
CONCENTRAÇÃO MÍNIMA DE EXPLOSIVIDADE (CME)

Concentração Mínima de Explosividade (g/m³), quantidade mínima de poeira/fibra


que misturado com o ar forma mistura potencialmente explosiva.

Uma explosão de poeira poderá existir se a concentração de poeira estiver dentro dos
limites (para a maioria dos pós-orgânicos normalmente cerca de 20 g/m3 para vários
kg/m3).

Com relação à avaliação da probabilidade de formação de nuvens de poeira,


tomamos como base que uma nuvem de 40g/m3 de poeira no ar é tão densa que uma
lâmpada incandescente de 25W dificilmente pode ser vista através de uma nuvem de poeira
de 2m de espessura. (Qualitativa)

Fonte: OSHA /NFPA 484) (and Health Information Bulletin (SHIB 07-31-2005) (download at
http://www.osha.gov/dts/shib/index.html ) and NFPA 484 “Standard for Combustible Metals”, 2009 Ed)
Normalmente, a temperatura mínima de ignição de uma camada de uma poeira
específica é inferior à temperatura mínima de ignição de uma nuvem daquela poeira.

Uma vez que isso não é universalmente verdadeiro, a mais baixa das duas temperaturas
mínimas de ignição é listada.

Tabela ll: TMI camada ou nuvem para quatro produtos


TMI Camada ou Nuvem
Material Código
(◦C)
Arroz 220
Farinha de Soja 190
Açucar (pó) CL 370
Trigo 220
Fonte: Adaptado de NFPA 499

Se nenhum símbolo aparecer no “Código” coluna, então a temperatura de ignição


da camada é mostrada. “CL” significa que a temperatura de ignição da nuvem é mostrada,
(Tabela ii).
O limite inferior da faixa de concentração de poeira no ar (LIE) é definido pelos ensaios
de explosão descritos na Norma Técnica Brasileira adotada ABNT NBR ISO/IEC
80079-20-2.

Concentração Concentração Densidade da


Material mínima ótima poeira
g/m³ g/m³ kg/m³
Amido de milho 1,13 14,2 21 - 23
Cortiça 0,99 5,7 23 - 24
Açúcar 1,28 14,2 23 - 25
Madeira 0,99 28,4 7,3 - 16
Polietileno 0,57 14,2 9,5 - 15,9
Limites de concentração mínima de explosividade para algumas poeiras combustíveis: Fonte: Adaptado de NFPA 499

De acordo com a Instrução Técnica Nº 27 do Corpo de Bombeiros do Estado de São


Paulo, quando as concentrações de poeiras são desconhecidas, os locais de risco devem
ser avaliados periodicamente com a utilização de uma de bomba de amostragem. Estas
concentrações de poeiras combustíveis nunca podem estar entre 20 e 4 000 g/m3.
TEMPERATURA DE AUTO-IGNIÇÃO (TAI)

É a temperatura mínima em que ocorre uma combustão, independente de uma fonte


de ignição.

O ensaio de determinação da temperatura mínima de autoignição de pós tem a


finalidade de determinar a temperatura mínima em que o material se inflama sem entrar
em contato com qualquer fonte de ignição.

Figura 25: Detalhe do desprendimento de fumaça durante ensaio. Fonte Doc nº:1084213-203- Cetac (2016).
Representa-se pela Figura 26 o resultado do ensaio para determinação da
temperatura de autoignição, que corresponde a 191 ºC.

Figura 26: Gráfico de temperatura x tempo no ensaio de auto ignição.


ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Misturas com o ar de substâncias inflamáveis ou combustíveis na forma de gás,


vapor, poeira ou fibras, as quais, após a ignição, permitem a propagação auto-sustentada
de toda a mistura (explosão)

ÀREAS CLASSIFICADAS

Áreas nas quais uma atmosfera explosiva de gás ou poeira está presente ou na qual
é provável sua ocorrência.

Fonte: NBR IEC 60079-10-1


ESTUDO DE ÁREAS CLASSIFICADAS

A classificação de áreas é um método de análise para a classificação do


ambiente onde uma atmosfera explosiva possa ocorrer, de modo a facilitar a
adequada seleção e instalação de equipamentos a serem utilizados com
segurança em tais ambientes.

Fonte: NBR IEC 60079-10-1


CLASSFICAÇÃO DE ZONAS

Zona 20
Um local na qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível, está
presente no ar continuamente, por longos períodos de tempo ou frequentemente

Zona 21
Um local na qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível no
ar, é esperada ocorrer eventualmente em condições normais de operação

Zona 22
Um local na qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível no
ar, não é esperada de ocorrer em operação normal, mas se ocorrer, permanecer apenas por
um breve período de tempo

Fonte: NBR IEC 60079-10-2


Legendas para desenhos de classificação de áreas em CAD 2D

Figura 27: Legenda de áreas. Fonte: TerminalXXXIX, 2019.


não é esperada de ocorrer em
operação normal, mas se
ocorrer, permanecer apenas
por um breve período de
tempo

Esperada ocorrer
eventualmente em condições
normais de operação

Figura 28: Representação de classificação de áreas. Fonte: Terminal, 2021.


não é esperada de ocorrer em
operação normal, mas se
ocorrer, permanecer apenas
por um breve período de
tempo

Esperada ocorrer
eventualmente em condições
normais de operação

Figura 29: Representação de classificação de áreas em moegas de descarga de vagões e caminhões. Fonte:
Terminal, 2021.
Figura 30: Representação de classificação de áreas no interior e entorno de um armazém graneleiro. Fonte:
TerminalXXIX, 2021.
está presente no ar não é esperada de ocorrer em
continuamente, por longos operação normal, mas se
períodos de tempo ou ocorrer, permanecer apenas
frequentemente por um breve período de
tempo

Figura 31: Representação de classificação de áreas. Fonte:Google, 2021.


Figura 32: Representação de classificação de áreas em uma planta petroquimica. Fonte: Bulgarelli, 2017.
I.5- CLASSIFICAÇÃO DO GRUPO

Poeiras Combustíveis

Temperatura máxima superfície


Grupo do equipamento

Equipamento para área classificada


As áreas classificadas são divididas em três Grupos, dependendo da substância
inflamável ou combustível presente:

Grupo I
Locais de minas subterrâneas de carvão, suscetíveis à presença de metano
(grisu)

Figura 33: Túnel de mina subterrânea. Fonte: Google, 2021.


Grupo II

Locais com atmosferas explosivas de gases inflamáveis (exceto minas


subterrâneas de carvão), tais como refinarias e plataformas de petróleo.

Figura 34: Refinaria Presidente Bernardes, RPBC – Petrobrás, Cubtatão. Fonte: Google, 2021.
(SP).
Grupo III
Locais contendo poeiras combustíveis, tais como silos de grãos, indústria
alimentícia e de móveis.

(a) (b)

(c) (d)
Figura 35: Locais com a presença de atmosferas explosivas. (a) interior de armazém graneleiro, (b) fabrica de
móveis, (c) indústria alimentícia, (d) carregamento de navios. Fonte: Google, 2021.
SUBGRUPO (função do material ou substância)

Tabela 4: Metodologia tradicional

GRUPO SUBDIVISÃO

Grupo III IIIA - Fibras combustíveis


IIIB - Poeiras não condutivas
Poeiras Combustíveis IIIC - Poeiras condutivas

Fonte: Adaptado de Bulgarelli, 2016. Critério para a seleção de equipamentos “Ex” - Norma NBR IEC 60079-14
Exemplos

Podem ser citados como exemplo de produtos explosivos classificados no


Grupo IIIA, fibras combustíveis tais como trigo, soja, cevada, cacau, milho, leite,
algodão, linho, juta, serragem, grãos, materiais plásticos e produtos químicos em geral,
tal como o enxofre.

Grupo IIIB, as poeiras combustíveis não condutivas, tais como produtos com
base no carbono,, poeiras de carvão vegetal, carvão mineral, coque de petróleo e negro
de fumo.

Grupo IIIC, poeiras combustíveis condutivas, tais como poeiras metálicas de


alumínio, magnésio e suas ligas. Poeiras condutivas são poeiras que podem apresentar
riscos de ocasionar curtos-circuitos, dependendo do nível de tensão presente nos
equipamentos elétricos.
NÍVEL DE PROTEÇÃO DO EQUIPAMENTO (EPL)

Poeiras Combustíveis

Grau de proteção
Nível de proteção
Temperatura máxima superfície
Grupo do equipamento
Tipo de proteção
Equipamento para área classificada
(EPL) “Equipament Protection Level”

Tabela 5: Representação dos níveis de proteção por material ou substância

Primeira letra: Segunda Letra:


Local da instalação Nível de proteção

M Minas de carvão a Muito alto

G Gases inflamáveis b Alto

D Poeiras Combustíveis c Elevado

Fonte: Adaptado de Bulgarelli, 2016. requisitos das normas NBR IEC 60079-0 e 60079-14.
Tabela 6: Metodologia tradicional de seleção de EPL de acordo com o tipo de Zona

Níveis de proteção de equipamentos (EPL)


Zona Grupo
adequados para instalação

20 Da
III
21 Da ou Db
Poeiras Combustíveis
22 Da, Db ou Dc
Fonte:Adaptado de Bulgarelli, 2016 e NBR IEC 60079-14.
GRAU DE PROTEÇÃO (IP )
Poeiras Combustíveis

Grau de proteção

Temperatura máxima superfície


Grupo do equipamento

Equipamento para área classificada


(IP ) “Ingress Protection”

Grau de proteção “IP” são padrões internacionais definidos pela norma IEC
60529 para classificar e avaliar o grau de proteção de produtos eletrônicos
fornecidos contra intrusão (partes do corpo como mãos e dedos), poeira, contato
acidental e água.
Disposição do Código “IP”

IP 6 9 W
Letras do código (IP)

Primeiro NUMERAL – Proteção contra ingresso de


OBJETOS SÓLIDOS ou POEIRA - Numerais 0 a 6

Segundo NUMERAL – Proteção contra ingresso de ÁGUA


- Numerais 0 a 9

LETRA suplementar (opcional) – informação suplementar


específica - Letras H, M, S, W
Numeral Graus de proteção Definição

0 Não protegido Não protegido


Protegido contra objetos O calibrador (esfera de Φ 50 mm) não deve penetrar
1 sólidos estranhos de Φ 50 mm e maior totalmente
O dedo-de-prova normalizado de Φ 12,5 mm e
Protegido contra objetos sólidos
2 estranhos de Φ 12,5 mm
comprimento de 80 mm não deve ingressar
totalmente
Protegido contra objetos sólidos
3 estranhos de Φ 2,5 mm e maior
A haste de Φ 2,5 mm não deve ingressar totalmente

Protegido contra objetos sólidos


4 estranhos de Φ 1,0 mm e maior
O fio de Φ 1,0 mm não deve ingressar totalmente

O ingresso de poeira não é totalmente evitado, mas a


poeira não deve ingressar em quantidade que possa
5 Protegido contra o ingresso de poeira
interferir na operação do equipamento ou prejudicar
sua segurança
Totalmente protegido
6 contra o ingresso de poeira
Nenhum ingresso contra poeira
Aparelho de ensaio

Figura 37: Aparelho de ensaio para verificação de proteção contra ingresso de poeira, IP 5X e IP 6X (Câmara de poeira)
Figura 38: Câmara de poeira. Fonte: Adaptado de Bulgarelli, 2016.
Letra suplementar (opcional)

IP _ _ W
W (Weather condition):

Invólucro apropriado para instalação sob condições ambientais especificadas.

Exemplos: Equipamentos para instalação em plataformas marítimas, portuários e


ambientes industriais corrosivos.
Tabela 7: Grau de proteção mínimo em função dos níveis de proteção.

Nível de proteção de Zona de Grupo Grupo Grupo


equipamento (EPL) aplicação IIIC IIIB IIIA

ta Zona 20 IP6X IP6X IP6X

tb Zona 21 IP6X IP6X IP5X

tc Zona 22 IP6X IP5X IP5X

Fonte: NBR IEC 60079-31 - Proteção de equipamentos contra ignição de poeira por invólucros “t”
TIPOS DE PROTEÇÃO
Poeiras Combustíveis

Grau de proteção
Nível de proteção
Temperatura máxima superfície
Grupo do equipamento
Tipo de proteção
Equipamento para área classificada
Proteção por temperatura do invólucro Ex “t”

Possui invólucro que provê proteção contra ingresso de poeira e meios de


limitar a temperatura de superfície (NBR IEC 60079- 31), (Figura 39);

(a) (b)
Figura 39: Equipamentos Ex t, (a) luminária, (b) motor de indução.
Outros tipos de proteção “Ex” adequados de acordo com o EPL requerido
pelo local da instalação (NBR IEC 60079-14)

Código Norma
EPL Zona Tipo de proteção
“Ex” ABNT NBR
Intrinsecamente seguro ia IEC 60079-11
Da 20 Encapsulamento em resina ma IEC 60079-18
Proteção por invólucro ta IEC 60079-31
Intrinsecamente seguro ib IEC 60079-11
Encapsulamento em resina mb IEC 60079-18
Db 21 Proteção por invólucro tb IEC 60079-31
Invólucros pressurizados pxb IEC 60079-2

Intrinsecamente seguro ic IEC 60079-11


Encapsulamento em resina mc IEC 60079-18
Dc 22
Proteção por invólucro tc IEC 60079-31
Invólucros pressurizados pzc IEC 60079-2
Proteção por circuito intrinsecamente seguro Ex “i”

Um circuito é intrinsecamente seguro quando o mesmo não é capaz de


liberar energia elétrica (centelha) ou térmica suficiente para, em condições normais ou
anormais (curto-circuito ou circuito aberto), causar ignição de uma atmosfera
explosiva.

O circuito Ex “i” é composto por: instrumento de campo, cabos de


interligação e componente associado (barreira / isolador galvânico).
Sistema de alarme com campainha, utilizado em minas subterrâneas de carvão do
Reino Unido, por volta de 1910, utilizando um “novo” sistema elétrico para sinalização, até
então considerado “seguro”, alimentado com bateria de 10 V.

Figura 40: Ilustração de acionamento por contato em mina de carvão.


Fonte: Adaptado de Bulgarelli, 2016.
Figura 41: Explosão em mina de carvão na China. Fonte:
https://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/mundo/noticias/2016/10/31/Explosao-em-mina-carvao-deixa-ao-
menos-15-mortos-na-China_9365556.html. Acesso em 22/11/2021 as 19: 00hrs.
Conceito de entidade
Permite a interligação de instrumentos de campo com barreiras (componentes
associados) sem que os mesmos tenham sido certificados em conjunto.

Critérios de interconexão
Os valores da tensão e da corrente nominais, suportadas pelos instrumentos de campo
(Ui e Ii) devem ser maiores ou iguais à tensão e à corrente geradas pela barreira (Uo e Io).

A capacitância e a indutância do circuito de campo (Ci e Li), incluindo a fiação de


interligação (Cc e Lc), devem ser menores ou iguais à capacitância e à indutância que podem
ser conectadas com segurança à barreira (Co e Lo).

Barreira Campo
Uo  Ui
Io  Ii
Co  C i + C cabo
Lo  L i + L cabo

Fonte: Bulgarellil, 2016.


Exemplo 1: Verificação de interconexão de parâmetros Ex “i”

Equipamento Ex-i Ui Ii Li Ci Gás


Certificado
do
CONFORM. V mA mH nF
Descrição Modelo Grupo
Sensor NJ10-30 Ex-83 /
Proximidade GM-N (P+F) 15.5 52 0.07 210 IIC
2022X

Barreira Campo Capacitância e Indutância dos cabos de Lc Cc


Uo  Ui interligação:
Lc = 1 mH/km mH nF
Io  Ii
Cc = 200 nF/km ou dados do fabricante
Co  C i + C cabo
Comprimento = 300 metros = 0.3 km 0.3 60
Lo  L i + L cabo
Capacitância e Indutância total: 0.37 270

Dispositivo Associado Uo Io Lo Co Gás


Certificado do
CONFORM. V mA mH nF
Descrição Modelo Grupo

Isolador KD-01-Ex Ex- 11.5 25.8 46 2000 IIC


Galvânico Sense 074/95

Fonte: Bulgarellil, 2016.


Sistemas intrinsecamente seguros NBR IEC
60079-25 – Equipamentos “Simples”

Barreira de segurança intrínseca


Equipamento associado

Alimentação

Saída Equipamento simples


Contato, termopar, célula de carga,
RTD, caixas de junção

Equipamentos simples:
• Sem baterias ou acumuladores internos
• Limitados a 1.5 V, 100 mA e 25 mW
• Conectados a uma única fonte de alimentação
• Sem transformação interna de tensão ou corrente
• Não necessitam possuir certificação “Ex” desde que façam parte de um circuito Ex “i”
Tipo de Proteção Ex “p” Invólucros Pressurizados

Proteção que consiste em manter, no interior do invólucro, uma


pressão positiva de ar, superior à pressão atmosférica. A pressão interna é
mantida com ou sem a renovação contínua do ar de pressurização

Figura 39: Motor pressurizado 13,2 Kv. Fonte: Bulgarelli, 2016.


Tipo de Proteção Ex “m” – Encapsulamento em resina

Tipo de proteção no qual as partes que são


capazes de provocar ignição em uma atmosfera explosiva são encapsuladas
em um composto de tal modo que a atmosfera explosiva não entra em
ignição sob condições especificadas de operação ou instalação.

Figura 42: Bobina de válvula solenoide. Fonte : Google, 2021.


Invólucros com tipo de proteção à prova de explosão - Ex “d”

Invólucro capaz de suportar a pressão de explosão interna sem se danificar


Invólucro não permite que a energia resultante desta explosão se propague para o
meio externo, através de qualquer junta ou abertura estrutural, impedindo a
propagação desta explosão interna para o meio externo (NBR IEC 60079-1).

(a)
(b)
Figura 43: Equipamentos Ex d, (a) Paineis de comando, (b) motor de indução. Fonte: Google, 2021.
Bolha plástica

Mistura representativa do GRUPO do gás a ser


marcado no equipamentos “Ex”.
Propano (IIA) , Etileno (IIB) ou Acetileno (IIC)
Figura 44: Ensaio de Propagação. Fonte: Bulgarelli, 2016.
Figura 45: Ensaio de Propagação. Fonte: Bulgarelli, 2016.
Tipos de proteção “Ex” adequados de acordo com o EPL
requerido pelo local da instalação (NBR IEC 60079-14)

Código Norma
EPL Zona Tipo de proteção
“Ex” ABNT NBR
Intrinsecamente seguro ia IEC 60079-11
Da 20 Encapsulamento em resina ma IEC 60079-18
Proteção por invólucro ta IEC 60079-31
Intrinsecamente seguro ib IEC 60079-11
Encapsulamento em resina mb IEC 60079-18
Db 21 Proteção por invólucro tb IEC 60079-31
Invólucros pressurizados pxb IEC 60079-2

Intrinsecamente seguro ic IEC 60079-11


Encapsulamento em resina mc IEC 60079-18
Dc 22
Proteção por invólucro tc IEC 60079-31
Invólucros pressurizados pzc IEC 60079-2
Certificação
Etapa típicas necessárias e a correlação das etapas com as normas aplicáveis.

Etapa’ Processo/ Definir Normas Aplicáveis


Características material Tmáx, EMI, TAI, SIT.. ISO/IEC 80079-20-2, NBR IEC 60079-14, NFPA 499

NBR IEC 60079-10-2, IEC 60092-502, IEC 61892-7,NFPA 497

EPL NBR IEC 60079-0 e NBR IEC 60079-14


Classificação de áreas
Zonas N-2918, NBR IEC 61892-7, NBR IEC 60079-10-2
Grupos NBR IEC 60079-20-2, NEC Art. 500, NFPA 499
Extensões N-2918, NFPA 497, API RP 505, NBR IEC 61892-7
NBR IEC 60079-14
Seleção de equipamentos Tipo de proteção NBR IEC 60079
Grau de Proteção (IP) NBR IEC 60529 e NBR IEC 60034-5
NBR IEC 60079-14
Execução de projetos NBR IEC 60079-17, NBR IEC 60079
Empresas Certificadas
Partes 10-1, 10-2, 14, 17 e 19
NBR IEC 60079-14
Instalação adequada
Sinalizar IEC 61892-7,Ed. 3.0 (2014),DIN 40012-3 (1984)
Inspeção inicial ABNT NBR IEC 60079-17
Partida e operação -
Manutenção NBR IEC 60079-17
Inspeções ABNT NBR IEC 60079-17
ABNT NBR IEC 60079-19
Gestão de mudanças NBR IEC 60079-17, NBR IEC 60079
Empresas Certificadas
Partes 10-1, 10-2, 14, 17 e 19

Fonte: Adaptado de Bulgarelli, 2016.


Os documentos operacionais (OD´s) disponibilizados pela (IECEx) descrevem a
exigência quanto a competência Pessoal necessária à cada ramo, atividade ou tarefa.

: Correlação das etapas com as competências necessárias

Etapa Competências
Analisar (FISPQ) IECEx OD 504- Ex 002
Classificação de Áreas IECEx OD 504- Ex 002
Seleção de equipamentos IECEx OD 504- Ex 009
Execução de projetos IECEx OD 504- Ex 009
Contratação de serviços IECEx OD 504- Ex 004, 007,008
Instalação adequada IECEx OD 504- Ex 003
Inspeção inicial IECEx OD 504- Ex 003, 007, 008
Partida e operação IECEx OD 504- Ex 000, 001
Manutenção IECEx OD 504- Ex 004
Inspeções IECEx OD 504- Ex 007, 010
Serviços IECEx OD 504- Ex 005,OD 314-4/5
Fonte: Adaptado de Bulgarelli, 2016.
http://www.abendi.org.br/abendi/default.aspx?c=481
Eng. Me. André Cardoso
e-mail: vidanova.es@gmail.com
Telefone: (013) 99683-9500

Mestre em Engenharia Mecânica, Pós-Graduado em Engenharia de Saúde e Segurança do Trabalho e Pós-graduando Engenharia da
Confiabilidade (2022). Graduado em Engenharia de Controle e Automação, Tecnólogo em Mecatrônica e Técnico em Eletrotécnica.
Pesquisador e Profissional de Gerenciamento de Manutenção, Engenharia, Projetos, Saúde e Segurança e Meio Ambiente com mais de
25 anos de experiência no Porto de Santos. Professor colaborador no laboratório de operações unitárias da Universidade Santa Cecilia.

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