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Abril 2022
RESUMO
Poeiras Combustíveis
(a) (b)
Figura 2: Grãos de milho armazenados ao tempo em fazendas. (a) mato grosso, (b) ipiranga do norte.
Fonte: G1/ Momento Agro.
INTRODUÇÃO
Agro + Minério
114,4
Milhões de toneladas ano
120
100
80
60 52,1 45,7
40 25,7 25,3 24,7
15,3 14,3 11,8 8,3
20 6,9 6,1 6,0 5,9 5,2 5,2 3,7 3,1 2,1 1,8
0
Vitória
Paranaguá
Aratu
Belém
Itaguaí
Itaqui
Rio Grande
Itajaí
Porto Velho
Areia Branca
Suape
Rio de Janeiro
Vila do Conde
Imbituba
Maceió
Santarém
Salvador
Fortaleza
Santos
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º
Figura 3: Movimentação nos Portos organizados em 2020. Fonte: Agência Nacional de transporte).
Link - http://anuario.antaq.gov.br. Acesso em 18/10/2021 as 14: 27 hrs. Aquaviário (ANTAQ)
Figura 4: Resumo das movimentações de cargas no Porto de Santos. Fonte: http://www.portodesantos.com.br/wp-
content/uploads/Movimentacao-Julho-2021.pdf. Acesso em 18/10/2021 as 14:11 hrs.
INTRODUÇÃO
(c) (d)
Figura 6: Operação de manuseio de manuseio de grãos; (a) Descarga de caminhões, (b) Carga de vagões,
(c ,d) Carga de Navio. Fonte Google, 2021.
Quais são os riscos associados ao manuseio dos grãos?
Figura 7: Requisitos para acidentes com a poeira dos grãos; (a) incêndio; (b) deflagração; (c) explosão.
Fonte: OSHA Technical Manual – Section IV, Chapter 6, Combustible Dusts);
Qual é o problema número 1 enfrentado pelas indústrias que lidam com poeira
combustível?
Jim Munro - Australia
O acúmulo de poeira não apenas garante que o risco esteja presente, mas também pode
aumentam o risco, por exemplo, causando aumento do aquecimento em invólucros
elétricos devido ao efeito de cobertura.”
Dr. Luc Bauwens – Canada
“Parece-me que um grande problema são as operações que não reconhecem que
sua poeira é realmente explosivo...
Além disso, as pessoas podem não reconhecer que a poeira combustível pode se
acumular nos sistemas de aspiração de pó. Onde ninguém percebe até algo
aconteceu."
Estellito Rangel Jr. Brasil
Vídeo 1
Figura 8: Explosão nos silos, Blaye – França. Fonte: U.S. CHEMICAL SAFETY BOARD.Imperial sugar
company dust explosion and fire. 2009. Disponível em: <http://www.csb.gov/imperial-sugar-company-dust-
explosion-and-fire/>.
Em 7 de Fevereiro de 2008 na imperial sugar, 14 mortos, 38 feridos, sendo 14
com queimaduras graves (Figura 7, vídeo 2).
Figura 9: Explosão na Imperial Sugar, Estados Unidos. Fonte: U.S Chemical Safety Board, 2009. U.S. CHEMICAL
SAFETY BOARD. Imperial sugar company dust explosion and fire. 2009. Disponível em:
<http://www.csb.gov/imperial-sugar-company-dust-explosion-and-fire/>.
(a) (b)
Figura 10: Incendio en un silo de la planta de ACA, en San Lorenzo.
Fonte:https://www.facebook.com/watch/?v=278768594184365&extid=WA-UNK-UNK-UNK-AN_GK0T-
GK1C&ref=sharing, Acesso em 26/11/2021.
Figura 11: Incêndio nos terminais de açúcar da Coopersucar ; G1. Maior incêndio da história do Porto de
Santos só deve ser extinto domingo.2013. Fonte: G1, 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2013/10/maior-incendio-da-historia-do-porto-de-santos-so-deve-ser-extinto-domingo.html.
Figura 12: Terminal de granéis no Guarujá. Fonte: Jornal Portuário, 2014. JORNAL PORTUÁRIO.
Incêndio atinge dois armazéns em terminal portuário de Guarujá. 2014. Fonte: Jornal Portuário, 2014. Disponível
em: <http://www.jornalportuario.com.br/ultima-noticia/incendio-atinge-dois-armazens-em-terminal-portuario-de-
guaruja#.VjelyvmrTIU>.
Figura 13: Incêndio no terminal açucareiro da COSAN, Santos. Fonte: Revista Exame, 2014. REVISTA
EXAME. Incêndio destrói armazém de açúcar da Cosan em Santos. 2014. Disponível em:
<http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/incendio-destroi-armazem-de-acucar-da-cosan-em-santos#7>.
Tabela 2: Histórico regional de incêndios e explosões
Tgrão Cargo 14/04/2013
Coopersucar 18/10/2013
Rumo Logística 11/02/2014
Rumo Logística 03/08/2014
Teag 20/10/2014
Ultracargo 02/04/2015
Tgrão Cargo 08/02/2016
Localfrio 15/01/2016
Rumo Logisitca 14/07/2016
VLI – Vale Fertilizantes 05/01/2017
Fonte: Google, 2021.
Poeira x Partícula?
Poeira combustível: Diâmentro nominal ≤ 500 μm, as quais podem formar misturas
explosivas com o ar, nas condições normais de temperatura e pressão (–20 °C a +60 °C, 80
kPa (0,8 bar) a 110 kPa (1,1 bar), ar com conteúdo normal de oxigênio, 21 % v/v.
Fonte: ABNT NBR ISO/IEC 80079-20-2. Método - Célula de medição de resistividade de poeira.
FONTES DE IGNIÇÃO
Poeiras Combustíveis
Placa aquecida (heating plate). Fonte: CETAC/ IPT- Instituto de Pesquisas Tecnológicas.
“Experiências no porto”
SMOUDERING FIRE
Combustão espontânea
Esquemático dinâmica metabólica no armazenamento dos grãos.
Ignição por descargas eletrostáticas
(a) (b)
(c) (d)
Correia enclausurada, (a) transferência, (b) módulo de junção, (c) retorno e contrapeso, (d) registro fotográfico.
Fonte: TMSA tecnologia de movimentação.
A Tabela 5 apresenta um resumo de todas as características que são requeridas para
esteiras rolantes, de acordo com a classificação de áreas, de acordo com as ABNT NBR
IEC 60079-10-1 ou ABNT NBR IEC 60079-10-2.
Sistema de combate a incêndio (sprinklers) em correias enclausuradas
Sensor de temperatura de mancal instalado em caixa redutora de velocidade, para
acionamento de esteira rolante em área classificada
Sensor de “embuchamento” em “chutes” de transferência em área classificada
Chave de segurança para parada de emergência com cabo de aço e botoeira de
acionamento manual
Sensor de temperatura instalado em mancal de rolamentos
Sensor de movimento instalado no cilindro de acionamento em correia transportadora
Sensor de temperatura para monitoramento de desalinhamento da correia de transporte
RISCO DE DEFLAGRAÇÕES
Elementos para um deflagração. Fonte: OSHA Technical Manual – Section IV, Chapter 6, Combustible Dusts);
Uma deflagração requer quatro elementos: os três elementos para o fogo, mais
a dispersão de poeira nas concentrações corretas no ar.
TEMPERATURA MÍNIMA DE IGNIÇÃO (TMI suspensão)
Video5
Elementos para uma explosão. Fonte: OSHA Technical Manual – Section IV, Chapter 6, Combustible Dusts);
São amplamente utilizados no transporte vertical dos grãos agrícolas, minérios e outros
materiais a granel, podendo ser do tipo centrífugo, contínuo, tubular etc.
Figura 19: Elevador centrífugo de canecas (ou caçambas). Fonte: Google, 2022
Segundo a OSHA (Occupational Safety and Health Administration), entre 1976 e 2011,
ocorreram nos EUA 503 ocorrências de explosão em elevadores de canecas, causando
677 feridos e 184 fatalidades, o que demonstra a necessidades de medidas de
antecipação e ou supressão caso de incêndios ou explosões.
Ventiladores fabricados de forma que não possam gerar fontes de ignição são projetados
para apagar a frente de chama ejetada e aliviar a pressão de uma explosão por poeira,
reage dentro de frações de segundo, baixando o risco de eventos secundários.
Quando ocorre uma explosão, o dispositivo de alívio abre e libera a pressão bem como
a chama da explosão por meio de um abafador de chamas, resfriando assim os gases
quentes e extinguindo a chama.
Figura 20: Aparelho para determinação da energia mínima de ignição de poeiras. Fonte: CETAC.
(Video 6)
Figures 24: A primary explosion resulting in dust dispersion followed by a secondary incident. (Source: OSHA
SHIB, Combustible Dusts in Industry: Preventing and Mitigating the Effects of Fire and Explosions).
CONCENTRAÇÃO MÍNIMA DE EXPLOSIVIDADE (CME)
Uma explosão de poeira poderá existir se a concentração de poeira estiver dentro dos
limites (para a maioria dos pós-orgânicos normalmente cerca de 20 g/m3 para vários
kg/m3).
Fonte: OSHA /NFPA 484) (and Health Information Bulletin (SHIB 07-31-2005) (download at
http://www.osha.gov/dts/shib/index.html ) and NFPA 484 “Standard for Combustible Metals”, 2009 Ed)
Normalmente, a temperatura mínima de ignição de uma camada de uma poeira
específica é inferior à temperatura mínima de ignição de uma nuvem daquela poeira.
Uma vez que isso não é universalmente verdadeiro, a mais baixa das duas temperaturas
mínimas de ignição é listada.
Figura 25: Detalhe do desprendimento de fumaça durante ensaio. Fonte Doc nº:1084213-203- Cetac (2016).
Representa-se pela Figura 26 o resultado do ensaio para determinação da
temperatura de autoignição, que corresponde a 191 ºC.
ÀREAS CLASSIFICADAS
Áreas nas quais uma atmosfera explosiva de gás ou poeira está presente ou na qual
é provável sua ocorrência.
Zona 20
Um local na qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível, está
presente no ar continuamente, por longos períodos de tempo ou frequentemente
Zona 21
Um local na qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível no
ar, é esperada ocorrer eventualmente em condições normais de operação
Zona 22
Um local na qual uma atmosfera explosiva, na forma de nuvem de poeira combustível no
ar, não é esperada de ocorrer em operação normal, mas se ocorrer, permanecer apenas por
um breve período de tempo
Esperada ocorrer
eventualmente em condições
normais de operação
Esperada ocorrer
eventualmente em condições
normais de operação
Figura 29: Representação de classificação de áreas em moegas de descarga de vagões e caminhões. Fonte:
Terminal, 2021.
Figura 30: Representação de classificação de áreas no interior e entorno de um armazém graneleiro. Fonte:
TerminalXXIX, 2021.
está presente no ar não é esperada de ocorrer em
continuamente, por longos operação normal, mas se
períodos de tempo ou ocorrer, permanecer apenas
frequentemente por um breve período de
tempo
Poeiras Combustíveis
Grupo I
Locais de minas subterrâneas de carvão, suscetíveis à presença de metano
(grisu)
Figura 34: Refinaria Presidente Bernardes, RPBC – Petrobrás, Cubtatão. Fonte: Google, 2021.
(SP).
Grupo III
Locais contendo poeiras combustíveis, tais como silos de grãos, indústria
alimentícia e de móveis.
(a) (b)
(c) (d)
Figura 35: Locais com a presença de atmosferas explosivas. (a) interior de armazém graneleiro, (b) fabrica de
móveis, (c) indústria alimentícia, (d) carregamento de navios. Fonte: Google, 2021.
SUBGRUPO (função do material ou substância)
GRUPO SUBDIVISÃO
Fonte: Adaptado de Bulgarelli, 2016. Critério para a seleção de equipamentos “Ex” - Norma NBR IEC 60079-14
Exemplos
Grupo IIIB, as poeiras combustíveis não condutivas, tais como produtos com
base no carbono,, poeiras de carvão vegetal, carvão mineral, coque de petróleo e negro
de fumo.
Poeiras Combustíveis
Grau de proteção
Nível de proteção
Temperatura máxima superfície
Grupo do equipamento
Tipo de proteção
Equipamento para área classificada
(EPL) “Equipament Protection Level”
Fonte: Adaptado de Bulgarelli, 2016. requisitos das normas NBR IEC 60079-0 e 60079-14.
Tabela 6: Metodologia tradicional de seleção de EPL de acordo com o tipo de Zona
20 Da
III
21 Da ou Db
Poeiras Combustíveis
22 Da, Db ou Dc
Fonte:Adaptado de Bulgarelli, 2016 e NBR IEC 60079-14.
GRAU DE PROTEÇÃO (IP )
Poeiras Combustíveis
Grau de proteção
Grau de proteção “IP” são padrões internacionais definidos pela norma IEC
60529 para classificar e avaliar o grau de proteção de produtos eletrônicos
fornecidos contra intrusão (partes do corpo como mãos e dedos), poeira, contato
acidental e água.
Disposição do Código “IP”
IP 6 9 W
Letras do código (IP)
Figura 37: Aparelho de ensaio para verificação de proteção contra ingresso de poeira, IP 5X e IP 6X (Câmara de poeira)
Figura 38: Câmara de poeira. Fonte: Adaptado de Bulgarelli, 2016.
Letra suplementar (opcional)
IP _ _ W
W (Weather condition):
Fonte: NBR IEC 60079-31 - Proteção de equipamentos contra ignição de poeira por invólucros “t”
TIPOS DE PROTEÇÃO
Poeiras Combustíveis
Grau de proteção
Nível de proteção
Temperatura máxima superfície
Grupo do equipamento
Tipo de proteção
Equipamento para área classificada
Proteção por temperatura do invólucro Ex “t”
(a) (b)
Figura 39: Equipamentos Ex t, (a) luminária, (b) motor de indução.
Outros tipos de proteção “Ex” adequados de acordo com o EPL requerido
pelo local da instalação (NBR IEC 60079-14)
Código Norma
EPL Zona Tipo de proteção
“Ex” ABNT NBR
Intrinsecamente seguro ia IEC 60079-11
Da 20 Encapsulamento em resina ma IEC 60079-18
Proteção por invólucro ta IEC 60079-31
Intrinsecamente seguro ib IEC 60079-11
Encapsulamento em resina mb IEC 60079-18
Db 21 Proteção por invólucro tb IEC 60079-31
Invólucros pressurizados pxb IEC 60079-2
Critérios de interconexão
Os valores da tensão e da corrente nominais, suportadas pelos instrumentos de campo
(Ui e Ii) devem ser maiores ou iguais à tensão e à corrente geradas pela barreira (Uo e Io).
Barreira Campo
Uo Ui
Io Ii
Co C i + C cabo
Lo L i + L cabo
Alimentação
Equipamentos simples:
• Sem baterias ou acumuladores internos
• Limitados a 1.5 V, 100 mA e 25 mW
• Conectados a uma única fonte de alimentação
• Sem transformação interna de tensão ou corrente
• Não necessitam possuir certificação “Ex” desde que façam parte de um circuito Ex “i”
Tipo de Proteção Ex “p” Invólucros Pressurizados
(a)
(b)
Figura 43: Equipamentos Ex d, (a) Paineis de comando, (b) motor de indução. Fonte: Google, 2021.
Bolha plástica
Código Norma
EPL Zona Tipo de proteção
“Ex” ABNT NBR
Intrinsecamente seguro ia IEC 60079-11
Da 20 Encapsulamento em resina ma IEC 60079-18
Proteção por invólucro ta IEC 60079-31
Intrinsecamente seguro ib IEC 60079-11
Encapsulamento em resina mb IEC 60079-18
Db 21 Proteção por invólucro tb IEC 60079-31
Invólucros pressurizados pxb IEC 60079-2
Etapa Competências
Analisar (FISPQ) IECEx OD 504- Ex 002
Classificação de Áreas IECEx OD 504- Ex 002
Seleção de equipamentos IECEx OD 504- Ex 009
Execução de projetos IECEx OD 504- Ex 009
Contratação de serviços IECEx OD 504- Ex 004, 007,008
Instalação adequada IECEx OD 504- Ex 003
Inspeção inicial IECEx OD 504- Ex 003, 007, 008
Partida e operação IECEx OD 504- Ex 000, 001
Manutenção IECEx OD 504- Ex 004
Inspeções IECEx OD 504- Ex 007, 010
Serviços IECEx OD 504- Ex 005,OD 314-4/5
Fonte: Adaptado de Bulgarelli, 2016.
http://www.abendi.org.br/abendi/default.aspx?c=481
Eng. Me. André Cardoso
e-mail: vidanova.es@gmail.com
Telefone: (013) 99683-9500
Mestre em Engenharia Mecânica, Pós-Graduado em Engenharia de Saúde e Segurança do Trabalho e Pós-graduando Engenharia da
Confiabilidade (2022). Graduado em Engenharia de Controle e Automação, Tecnólogo em Mecatrônica e Técnico em Eletrotécnica.
Pesquisador e Profissional de Gerenciamento de Manutenção, Engenharia, Projetos, Saúde e Segurança e Meio Ambiente com mais de
25 anos de experiência no Porto de Santos. Professor colaborador no laboratório de operações unitárias da Universidade Santa Cecilia.