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Diversidade Cultural
BOTUCATU – SP
Novembro – 2010
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS
CAMPUS DE BOTUCATU
BOTUCATU – SP
Novembro – 2010
IV
DEDICO
AGRADECIMENTO
Aos meus pais, Bernardino e Nely, pelo amor e compreensão em todos os momentos da minha
vida e por sempre acreditar em min.
Ao meu sogro e sogra Ailton e Vera pelo carinho e auxílio durante o doutorado.
Ao meu orientador Prof. Dr. Alcides Lopes Leão pela orientação e amizade.
Ao meu co-orientador Prof. Dr José Cláudio Caraschi pelas sugestões e contribuições neste
trabalho.
As professoras Maria Márcia Sartori e Margarida Juri Saeki pelas sugestões e contribuições
no exame de qualificação.
Ao meus amigos e colegas Evaristo, Joyce, Humberto, Sivoney, Vitor, Matheus pela amizade
e grande ajuda no desenvolvimento do trabalho.
Aos colegas professores da UFPR - Campus Palotina, Helton José Alves, Suzana Stefanello,
Patrícia da Costa Zonetti e Carina Kozera pela colaboração no decorrer desta pesquisa.
Aos técnicos de laboratório Éderson e Sandonaid da UFPR - Campus Palotina pelo auxílio
com as imagens de microscopia.
SUMÁRIO
Página
LISTA DE ABREVIATURAS............................................................................ X
LISTA DE SIMBOLOS....................................................................................... XI
LISTA DE FIGURAS.......................................................................................... XII
LISTA DE TABELAS......................................................................................... XIV
RESUMO............................................................................................................. XV
SUMARY............................................................................................................ XVII
1 INTRODUÇÃO................................................................................................ 1
2 REVISÃO DA LITERATURA........................................................................ 4
2.1 Óleo Diesel................................................................................................. 4
2.1 BioDiesel.................................................................................................... 5
2.3 Derramamento de óleo................................................................................ 6
2.4 Sorventes..................................................................................................... 7
2.5 Fibras Vegetais Comerciais........................................................................ 9
2.5.1 Coco .................................................................................................. 11
2.5.2 Curauá ............................................................................................... 12
2.5.3 Turfa .................................................................................................. 14
2.6 Materiais Vegetais Não Comerciais........................................................... 15
2.6.1 Paina................................................................................................... 15
2.6.2 Macrófitas Aquáticas ........................................................................ 17
2.6.2.1 Taboa.............................................................................................. 15
2.6.2.2 Aguapé............................................................................................ 19
3 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................. 21
3.1 Materiais..................................................................................................... 21
3.1.1 Biosorventes....................................................................................... 21
3.1.2 Óleos Combustíveis........................................................................... 22
3.2 Métodos...................................................................................................... 22
3.2.1 Coleta e Preparação dos Biosorventes............................................... 22
3.2.2 Caracterização dos Biosorventes....................................................... 23
VIII
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE SÍMBOLOS
μm - Micrometro
°C - Graus Celsius
mL - Mililitro
g - Grama
rpm - Rotação por minuto
min - Minutos
kJ/kg - Kilojoule por kilograma
%C - Teor de Carbono
%H - Teor de Hidrogênio
%N - Teor de Nitrogenio
XII
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 2.1 - Fibra de Coco.................................................................................. 12
Figura 2.2 – Curauá............................................................................................ 13
Figura 2.3 - Fibra de Curauá............................................................................... 13
Figura 2.4 - Turfa ............................................................................................... 14
Figura 2.4 - Paineira (Ceiba speciosa St. Hil.) .................................................. 15
Figura 2.5 - Fruto verde da paineira................................................................... 16
Figura 2.6 - Fruto maduro e a paina................................................................... 16
Figura 2.7 – Taboa (Typha dominguensis) ........................................................ 18
Figura 2.8 - Aguapé (Eichhornia crassipes) ...................................................... 19
Figura 3.1 – Biosorventes Utilizados ................................................................. 22
Figura 3.2 – Sistema Seco ................................................................................. 34
Figura 3.3 – Sistema de Filtração ...................................................................... 34
Figura 3.4 – Sistema Estático ............................................................................ 35
Figura 3.5 – Sistema Dinâmico ......................................................................... 36
Figura 4.1 – Distribuição granulométrica para os biosorventes (% massa)....... 42
Figura 4.2 – Valores médios de sorção de diesel e erro padrão em relação à
granulometria para os biosorventes; Coco, Curauá e Turfa................................. 50
Figura 4.3 - Valores médios de sorção de diesel em relação à granulometria e
tempo de exposição para os biosorventes Coco, Curauá e Turfa........................ 51
Figura 4.4 - Valores médios de sorção de biodiesel e erro padrão em relação à
granulometria para os biosorventes; Coco, Curauá e Turfa................................. 52
Figura 4.5 - Valores médios de sorção de biodiesel em relação à granulometria
e tempo de exposição para os biosorventes Coco, Curauá e
Turfa..................................................................................................................... 54
Figura 4.6 - Valores médios de sorção de diesel e erro padrão em relação à
granulometria para os biosorventes; Taboa inteira, Taboa aérea e Turfa............ 55
Figura 4.7 - Valores médios de sorção de diesel em relação à granulometria e
tempo de exposição para os biosorventes Taboa inteira, Taboa aérea e Turfa.... 57
Figura 4.8 - Valores médios de sorção de biodiesel e erro padrão em relação à
granulometria para os biosorventes; Taboa inteira, Taboa aérea e Turfa............ 58
XIII
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 4.1 – Resultados da Análise Elementar (C, H, N) para os biosorventes
(% massa)............................................................................................................. 39
Tabela 4.2 - Caracterização bioquímica dos biosorventes (% massa)................ 41
Tabela 4.3 - Caracterização física e físico-química das frações
granulométricas dos biosorventes (% massa)...................................................... 43
Tabela 4.4 - Flutuabilidade em água deionizada dos biosorventes (% massa)... 46
Tabela 4.5 - Sorção de óleo diesel pelos biosorventes (± desvio padrão).......... 47
Tabela 4.6 - Sorção de biodiesel pelos biosorventes (± desvio padrão)............. 48
Tabela 4.7 - Comportamento térmico dos biosorventes..................................... 83
Tabela 4.8 - Poder Calorífico Superior (PCS), Inferior (PCI) e Útil (PCU) dos
biosorventes......................................................................................................... 85
XV
RESUMO
distintas, que influenciam na sorção de óleo, seja por absorção ou adsorção. Os biosorventes
investigados apresentaram capacidade de sorção de diesel e biodiesel semelhante ou superior
ao sorvente comercial à base de turfa. As fibras de coco e curauá, devido à baixa
flutuabilidade, mostram-se adequadas somente para sorção destes óleos em superfícies sólidas.
As macrófitas aquáticas mostraram ser eficientes na sorção dos óleos nos três sistemas, assim
como a paina que apresentou o melhor desempenho se comparada a todas as outras. A
determinação do poder calorífico dos biosorventes mostra que estes podem ser utilizados na
geração de energia antes e após serem utilizados como sorventes. Desta forma, esses materiais
poderão ser empregados após estudos de viabilidade econômica neste setor e ainda
incrementar a economia de regiões onde estes são abundantes.
_______________________
Palavras-chave: sorção, diesel, biodiesel, fibras vegetais e macrófitas.
XVII
SUMMARY
Accidents involving oil spills and its derivatives on the soil and in
hidric bodies they are common and worrying once they endanger the quality of the ecosystem.
An economical and efficient way of combating oil spills is the use of the sorption method
using sorbents materials. There is a range of sorbents materials, however, the natural ones like
biomass and vegetable fibers demonstrate interest due to the low cost and good sorbent
capacity. There are works concerning the sorption of crude oil, however for diesel and
biodiesel, which had their production increased, there is a little or even nothing exists in the
literature. The aim of this work was investigate the sorption capacity of coir vegetable fibers
(Cocos nucifera) and curauá (Ananas erictifolius), silk floss (Ceiba speciosa) and the aquatic
macrophite cattail (Typha domingensis) and the water hyacinth (Eichhornia crassipes)
confronting to the fuels, diesel and biodiesel and to compare them with the peat commercially
used. The biosorventes were also submitted to the physiochemical and energy
characterization. The samples were grinded and classified except for the paina. Most of the
tests were performed on the granulometric size range of ≤180 μm; 180-425 μm; 425-850 μm e
850-3350 μm. The sorption tests with diesel and biodiesel were first conducted in dry system
and the biosorbents with had shown the best performance were submitted to tests of sorption
with freshwater, static and dynamic system. The percentage of water that can be sipped
together with oil and the buoyancy were also investigated to evaluate the viability of these
biosorbents in hidric bodies. Each vegetable materials has different physiochemical and
anatomical characteristics that influence in the oil sorption, whether by absorption or
adsorption. The investigated biosorventes presented capacity of diesel and biodiesel sorption
XVIII
similar or higher to the commercial sorbent made of peat. The coir and curauá fibers, due to
the low buoyancy, were shown appropriated only for sorption of the oils in the three systems,
as well as the silk floss, which presented the best performance when compared to the others.
The determination of the calorific power of the biosorbents shows that they can be used for
energy generation before and after they are used as sorbents. This way, those materials can be
used after studies of economical viability in this sector and still to increase the economy of the
areas where they are abundant.
_____________________
Keywords: sorption, diesel, biodiesel, vegetable fibers and aquatic plants.
1
1 INTRODUÇÃO
empregadas, a magnitude dos danos evitados e a disponibilidade dos recursos necessários são
alguns dos parâmetros importantes para a avaliação da eficácia de um atendimento
emergencial (GOUVEIA; NARDOCI, 2007).
No caso específico de derramamento de óleo emprega-se geralmente
material sorvente, podendo este ser de origem natural ou sintética (CHOI; CLOUD, 1992;
LEE et al., 1999; TEAS et al., 2001). As fibras vegetais (fibras lignocelulósicas e resíduos
agrícolas) são ecologicamente mais amigáveis que os sorventes sintéticos podendo apresentar
maior capacidade de sorção a um baixo custo (ANNUNCIADO et al., 2005).
Algumas plantas aquáticas apresentam alternativa para o tratamento de
águas poluídas através da técnica da fitorremediação e do aproveitamento da biomassa seca
como sorventes naturais (HERY-SILVA; CAMARGO, 2002). Quando o meio aquático em
que vivem é rico em nutrientes (nitrogênio e fósforo), apresentam uma fantástica capacidade
de reprodução (GENTELINI, 2007). Nessas situações, são consideradas infestantes e nocivas,
pois obstruem rios, lagos e represas, impedindo a navegação e alterando o ecossistema
aquático. Esta biomassa abundante é aproveitada na produção de papel, alimentação animal,
na produção de biogás e na fertilização de solos (HERY-SILVA; CAMARGO, 2002). Após
seca e moída, a macrófita Salvinia herzoggi mostrou-se eficiente na sorção de óleo cru puro,
em sistemas hídricos e como filtro (RIBEIRO et al., 2000; RIBEIRO et al., 2003).
Muitos são os trabalhos que relatam à capacidade de sorção de óleo
cru, mas poucos descrevem a sorção de óleos menos viscosos como o diesel. Com o incentivo
à produção de biocombustíveis, em especial o biodiesel, produto que vem para competir
diretamente com o diesel de origem fóssil, é interessante que metodologias que visem
remediar acidentes com o diesel também sejam testadas com o biodiesel. O estudo
comparativo de metodologias de combate à poluição para os dois combustíveis poderá servir
para aplicação em situação que venha a acontecer e como um incentivo à produção do
biocombustível já que estes são menos nocivos ao ambiente.
O sorvente natural mais empregado em derramamentos de óleo é à
base de turfa, sendo importado do Canadá e apresentando um alto custo R$93,57 o saco de 3,5
kg (R$26,73/kg). Visto o fator econômico e a necessidade de pesquisas na área, torna-se
necessário o estudo de sorventes alternativos a um baixo custo, com boa capacidade sorvente e
um destino adequado para estes.
3
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
de 2004. Dentre essas emergências destaca-se que 19% dos acidentes ocorreram com o óleo
diesel (CETESB, 2005).
2.2 Biodiesel
700 toneladas). A maioria dos acidentes ocorridos (84%) estão na categoria “menor que 7 t”
(ITOPF, 2008).
O número de grandes vazamentos (>700 t) tem diminuído nos últimos
trinta anos e a maioria dos acidentes é de médio ou pequeno porte (ITOPF, 2008), mas
considerando que médio a pequeno porte são quantidades de 7 a 700 t os impactos ambientais
criados são bastante expressivos.
Segundo Lim e Huang (2007a) estes acidentes podem ser ocasionados
por falha humana ou displicência, atos deliberados como vandalismo, guerras e despejo ilegal,
ou por catástrofes naturais como furacões e terremotos. As águas da costa e da linha costeira
podem ser poluídas por petróleo em operações de perfuração, acidentes envolvendo
petroleiros, escoamentos na exploração e produção, e derrames em operações de carregamento
e de descarregamento (LIM; HUANG, 2007b).
Os óleos que são encontrados em águas contaminadas não são
exclusividade do setor petroleiro e seus derivados como óleo cru, óleo diesel, e
hidrocarbonetos leves como querosene, combustível de injeção e gasolina, podem ser também
gorduras de origem vegetal e animal. As principais fontes industriais de resíduos oleosos
incluem refinarias; indústria metal/mecânica e usinagem; e processadores de alimentos e as
fontes de óleo em águas residuais municipais são de cozinha e resíduos humanos
(SRINIVASAN; VIRARAGHAVAN, 2008).
Resíduos de óleo na água podem existir na forma livre, dispersa ou
emulsificada. Métodos convencionais como separação por gravimetria, dissolução por
flotação, coalescência, centrifugação, floculação e coagulação, muitas vezes não removem o
óleo efetivamente ou a relação custo benefício não compensa a operação, pois alteram as
características do óleo derramado (SRINIVASAN; VIRARAGHAVAN, 2010).
2.4 Sorventes
não surpreende, pois o mundo passa por um momento onde se busca utilizar ao máximo os
recursos naturais e desenvolver novos processos e produtos (SATYANARAYANA et al.,
2007).
Segundo Kozlowski (2004, apud SATYANARAYANA et al., 2007)
entre tais recursos estão os materiais de lignocelulosicos, dos quais aproximadamente 2,5
bilhões de toneladas estão disponíveis e que foram usados desde 6000 a.c. Fibras estão
disponíveis em muitos destes materiais, sendo também chamadas de plantas fibrosas, fibras
naturais ou fibras vegetais.
As fibras lignocelulósicas são constituídas principalmente por três
macromoléculas, um polifenol, a lignina, e dois polissacarídeos, a celulose e as hemiceluloses.
A celulose é o principal constituinte dos organismos vegetais, embora
também seja encontrada em alguns organismos do reino animal, é considerado o mais
abundante composto orgânico natural, sendo o principal componente da parede celular dos
vegetais (NELSON; COX, 2006). Raramente ocorre na natureza no estado puro, mas é
encontrada geralmente, misturada com ligninas, hemiceluloses, pectina, etc. A celulose é um
homopolissacarídeo formado por unidades do monossacarídeo β-D-glicopiranose unidas por
ligações glicosídicas do tipo β-(1→4), sendo a unidade repetitiva a celobiose (SOLOMONS;
FRYHLE, 2002).
A medida que a densidade de empacotamento da celulose aumenta, re-
giões cristalinas são formadas (MARTIM et al., 2009). Portanto, pode-se dizer que o aumento
do índice de cristalinidade refere-se ao aumento da quantidade de celulose ao longo da fibra.
Em adição a estrutura cristalina, celulose contém áreas amorfas, não
cristalinas, onde a estrutura ordenada inexiste. Esta composição, somada as irregularidades
observadas nas cadeias cristalinas, tal como curvaturas que aumentam sua superfície, atribuem
característica paracristalina a estrutura (Desvaux, 2005).
As hemiceluloses são polissacarídeos formados principalmente por
pentoses e hexoses, constituindo cadeias moleculares ramificadas e de baixas massas molares.
A natureza química das hemiceluloses varia nas plantas, de tecido para tecido e de espécie
para espécie. O conteúdo de polioses nas madeiras duras (angiospermas) varia de 25 a 35%;
11
nas madeiras moles (gimnospermas) varia de 15 a 29% e nas gramíneas este conteúdo varia de
25 a 50% (FENGEL; WEGENER, 1984; D’ALMEIDA, 1988).
A grande quantidade de grupos hidroxila presente na celulose e nas
hemiceluloses, confere propriedades hidrofílicas às fibras lignocelulósicas.
Os monossacarídeos que constituem as hemiceluloses podem ser
divididos em quatro grupos principais: as pentoses, as hexoses, os ácidos hexurônicos e as
desoxihexoses (FENGEL; WEGENER, 1984; D’ALMEIDA, 1988).
A lignina pode ser definida como uma macromolécula aromática
altamente ramificada, amorfa, possuindo um grande número de grupamentos funcionais
variados, de estrutura química muito complexa, baseada na unidade fenilpropânica (NELSON;
COX, 2006).
2.5.1 Coco
2.5.2 Curauá
2.5.3 Turfa
2.6.1 Paina
2.6.2.1 Taboa
Seus rizomas são comestíveis, possuindo valor protéico igual ao do milho e de carboidratos
igual ao da batata (BIANCO et al., 2003). É uma espécie emergente cujas folhas são
anfiestomáticas e apresentam grupos de fibras esclerenquimáticas por entre as células do
parênquima paliçádico, logo abaixo da epiderme, e associados aos feixes.
É muito freqüente em margens de lagos, reservatórios, canais de
drenagem e várzeas. Possui importância comercial, pois serve de matéria-prima para
confecção de móveis e de celulose (KISSMANN; GROTH, 2000). Plantas de T. dominguensis
absorvem metais pesados, inclusive o cobre, podendo contribuir para o saneamento ambiental.
Indicada, também, como depuradora natural de ambientes aquáticos (GALLARDO-
WILLIAMS et al., 2002).
2.6.2.2 Aguapé
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
3.1.1 Biosorventes
3.2 Métodos
Sendo:
m1 = massa cadinho (g)
m2 = massa do cadinho + massa biomassa seca (g)
m3 = massa do cadinho + massa de cinzas (g)
Sendo:
massa do resíduo = massa total - tara do cadinho
Sendo:
peso resíduo = peso total final – tara
Sendo:
m1 = massa de celulose seca (massa final do cadinho – tara)
m2 = massa de holocelulose seca
Sendo:
m1 = massa da amostra
28
m2 = massa do balão
m3 = massa do balão + gordura
d = m/v............................................................. (Eq. 8)
d = densidade
m = massa (g)
v = volume (mL)
Sendo:
m1 = massa inicial da amostra (g)
m2 = massa correspondente a granulometria (g) em cada peneira correspondente
Sendo:
m1 = massa de amostra inicial (g)
m2 = material transferido para a fase orgânica (g)
o sistema estático 2 ± 0,0001g de amostra foi imersa em uma coluna de água deionizada de 80
mm durante 15 minutos e a porção flutuante foi recolhida e calculada em relação à porção
total. Para o sistema dinâmico 2 ± 0,0001g da amostra é colocada em uma coluna de 80 mm de
água sob agitação (100 rpm) em agitador magnético durante 10 minutos e a porção flutuante é
recolhida e calculada como no sistema estático. A flutuabilidade foi calculada seguindo a
equação:
Sendo:
PCS = poder calorífico superior
K = constante do equipamento (413,1228)
mH2O = massa de água (2700 g)
ΔT = variação de temperatura (ºC)
m1 = massa seca (g)
Onde:
PCS = poder calorífico superior, determinado através de bomba calorimétrica
PCI = poder calorífico inferior
PCU = poder calorífico útil
H(%)= teor de hidrogênio
U(%)= umidade do material
S = (m2-m1-m3)/m1.................................................(Eq. 15)
Sendo:
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Biosorvente %C %H %N
Turfa 42,68 5,06 0,68
Coco 47,55 6,08 0,97
Curauá 42,92 6,51 0,45
Paina 45,52 5,78 0,32
Taboa inteira 43,82 5,84 0,79
Taboa flor 46,06 5,96 1,11
Aguapé inteiro 36,00 5,03 2,39
40
para a celulose de 47% (HILL et al., 1998) e 47,7% (RAVEENDRAN et al. 1995) e 25,9%
determinado para a hemicelulose por Raveendran et al. (1995).
Para a fibra de curauá, determinaram-se teores de lignina, celulose e
hemicelulose de 6,50%, 61,94% e 3,04% respectivamente. Esses teores são próximos àqueles
encontrados na literatura; para a lignina (1,0 – 7,5%), celulose (69,0 – 74,1%) e hemicelulose
(9,9 – 21,1%) (SANTOS et al., 2009; NEWSLETTERS, 2008; ARAÚJO, J. R. 2009).
Os teores dos principais constituintes da paina, se encontra dentro da
faixa encontrada para as outras fibras, exceto para os teores de hemicelulose e celulose, os
quais ficaram levemente superiores em relação às demais fibras. Para a caracterização da paina
obtivemos teores de celulose e hemicelulose de 59,24% e 29,44%, respectivamente. Estes
valores são semelhantes àqueles determinados por Annunciado et al., (2005); 54,1% e 27,5%.
No entanto, para o teor de lignina, determinou-se 3,32%, inferior àquele determinado por estes
autores de 15,1%.
60,0
50,0
Porcentagem (%)
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
Turfa Coco Curauá Taboa Aguapé
Tabela 4.3 - Caracterização física, físico-química e teor de cinzas das frações granulométricas
dos biosorventes (% em massa).
4,0
3,5
3,0
2,5
Sorção (g/g)
2,0 Coco D
Curauá D
Turfa D
1,5 aA
aA
aA
bA bAbA bA
1,0
aB aB
aB cB
cC
0,5
0,0
≤ 180 180-425 425-850 850-3350
Granulometria (μm)
Figura 4.2 – Valores médios de sorção de diesel e erro padrão em relação à granulometria
para os biosorventes Coco, Curauá e Turfa. Letras maiúsculas diferentes (p<0,05) sorção em
cada granulometria. Letras minúsculas diferentes (p<0,05) sorção do biosorvente nas suas
respectivas granulometrias.
4,0
A B C D
3,5
3,0
2,5
Sorção (g/g)
2,0 C oco D
C urauá D
Turfa D
1,5
1,0
0,5
0,0
5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440
Tempo (min)
4,0
3,5
3,0
2,5
Sorção (g/g)
2,0 C oco B
aA C urauá B
aB Turfa B
aA
1,5 bA
bA bB
1,0 bB
aB bC cC
cC cC
0,5
0,0
≤ 180 180-425 425-850 850-3350
Granulometria (μm)
Figura 4.4 - Valores médios de sorção de biodiesel e erro padrão em relação à granulometria
para os biosorventes Coco, Curauá e Turfa. Letras maiúsculas diferentes (p<0,05) sorção em
cada granulometria. Letras minúsculas diferentes (p<0,05) sorção do biosorvente nas suas
respectivas granulometrias.
4,0
A B C D
3,5
3,0
2,5
Sorção (g/g)
2,0 C oco B
C urauá B
Turfa B
1,5
1,0
0,5
0,0
5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 Tempo (min)
4,0
3,5
3,0
2,5 aA
aB
Sorção (g/g)
2,0 Taboa ID
aC
Taboa AD
aD
Turfa D
1,5
bA
bB
bA
1,0
cB
bC cC
cC
bD
0,5
0,0
≤ 180 180-425 425-850 850-3350
Granulometria (μm)
Figura 4.6 - Valores médios de sorção de diesel e erro padrão em relação à granulometria para
os biosorventes; Taboa inteira, Taboa aérea e Turfa. Letras maiúsculas diferentes (p<0,05)
sorção em cada granulometria. Letras minúsculas diferentes (p<0,05) sorção do biosorvente
nas suas respectivas granulometrias.
inicia-se a diminuição da sorção. A sorção de óleo cru também é influenciada pela diminuição
da granulometria, para as fibras de coco, sisal, bucha vegetal, serragem e resíduos folhosos
(ANNUNCIADO et al., 2005). Comportamento similar de aumento de sorção com a
diminuição da granulometria também foi verificado para a taboa inteira, contrariando o
comportamento da taboa aérea na sorção de diesel.
Para a interação biosorvente, tempo de exposição ao diesel e
granulometria houve diferença significativa (F=2,69; p<0,05) (Figura 4.7). A taboa inteira
apresentou aumento de sorção ao longo do tempo, no entanto, reduziu a sorção com o aumento
da granulometria. Ainda para este biosorvente, na menor granulometria os valores médios de
sorção em todos os tempos foram aproximadamente cinco vezes superiores à taboa aérea e a
turfa (Figura 4.7A). A taboa aérea obteve os menores valores de sorção média nas três
menores granulometria independente ao tempo de exposição em comparação aos outros
biosorventes, no entanto apresentou valores de sorção constantes ao longo do tempo (Figura
4.7A, B e C).
57
4,0
A B C D
3,5
3,0
2,5
Sorção (g/g)
2,0 Taboa ID
Taboa AD
Turfa D
1,5
1,0
0,5
0,0
5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440
Tempo (min)
4,0
aA
3,5
3,0
aB
2,5
Sorção (g/g)
aC
aC
2,0 Taboa IB
Taboa AB
Turfa B
1,5 bA
bB
bA
cB cB
1,0 bB
cC cC
0,5
0,0
≤ 180 180-425 425-850 850-3350
Granulometria (μm)
Figura 4.8 - Valores médios de sorção de biodiesel e erro padrão em relação à granulometria
para os biosorventes; Taboa inteira, Taboa aérea e Turfa. Letras maiúsculas diferentes
(p<0,05) sorção em cada granulometria. Letras minúsculas diferentes (p<0,05) sorção do
biosorvente nas suas respectivas granulometrias.
4,0
A B C D
3,5
3,0
2,5
Sorção (g/g)
2,0 Taboa IB
Taboa AB
Turfa B
1,5
1,0
0,5
0,0
5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440
Tempo (min)
Gran. (μm) ≤180 180-425 425-850 850-3350
sorção com o aumento da granulometria, no entanto para a G4 a sorção diminui. Para a parte
aérea do aguapé o comportamento de sorção mostra um acréscimo com o aumento da
granulometria, no entanto com um decréscimo de sorção na G3. Para a turfa obtivemos os
menores valores de sorção em todas as granulometrias se comparada aos demais biosorventes.
4,0
3,5
3,0
aA
2,5 aB
Sorção (g/g)
bA
Aguapé ID
2,0
aC Aguapé AD
bA bB Aguapé RD
bB bB Turfa D
1,5 cC
cA
aC dB
bD
1,0 bD
cC cC
0,5
0,0
≤ 180 180-425 425-850 850-3350
Granulometria (μm)
Figura 4.10 - Valores médios de sorção de diesel e erro padrão em relação à granulometria
para os biosorventes; Aguapé inteiro, Aguapé aérea, Aguapé raiz e Turfa. Letras maiúsculas
diferentes (p<0,05) sorção em cada granulometria. Letras minúsculas diferentes (p<0,05)
sorção do biosorvente nas suas respectivas granulometrias.
resultados de sorção do aguapé inteiro oscilaram, mas em um contexto geral são superiores
aos outros biosorventes (Figura 4.11A, B e C). A parte aérea e raiz do aguapé apresentam
comportamento semelhante quanto à sorção de diesel (Figura 4.11D). De uma maneira geral
para todas as granulometrias e tempos à turfa foi inferior na sorção de diesel se comparada ao
aguapé.
4,0
A B C D
3,5
3,0
2,5
Sorção (g/g)
Aguapé ID
2,0
Aguapé AD
Aguapé RD
Turfa D
1,5
1,0
0,5
0,0
5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 Tempo (min)
4,0
3,5
3,0
2,5
Sorção (g/g)
aA
bA Aguapé IB
2,0 aA aB Aguapé AB
aA
Aguapé RB
bB D bCD
bA bC cB
1,5 aC
Turfa B
dB
bC
1,0 cD
dC cC
0,5
0,0
≤ 180 180-425 425-850 850-3350
Granulometria (μm)
Figura 4.12 - Valores Médios de sorção de biodiesel e erro padrão em relação à granulometria
para os biosorventes; Aguapé inteiro, Aguapé aérea, Aguapé raiz e Turfa. Letras maiúsculas
diferentes (p<0,05) sorção em cada granulometria. Letras minúsculas diferentes (p<0,05)
sorção do biosorvente nas suas respectivas granulometrias.
4,0
A B C D
3,5
3,0
2,5
Sorção (g/g)
Aguapé IB
2,0
Aguapé AB
Aguapé RB
Turfa B
1,5
1,0
0,5
0,0
5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440 5 10 20 40 601440
Tempo (min)
encontrado por Lee et al. (1999) para o algodão, onde uma considerável redução no na sorção
de diesel em água sob agitação de 30,62 para 8,07 g/g (redução de 74%) no tempo de 10
minutos. Esta redução da sorção do óleo ocorrida no estudo para estes autores pode ser
atribuída também à relação de água/diesel utilizada de 250/20 (v/v) enquanto que no presente
estudo empregou-se uma relação de 80/20 (v/v).
Os valores elevados de sorção de diesel pela paina e pela flor da taboa
devem-se também a hidrofobicidade elevada destes, 100 % contribuem para a seletividade da
sorção por diesel, assim como verificado por Johnson et a., (1973); Choi, Cloud, (1992), Lee
et al. (1999), Ribeiro et al. (2000), Annunciado et al., (2005), Lim; Huang, (2007b) sorventes
com elevada hidrofobicidade exibem maior sorção.
9
A B C
8
6
Sorção (g/g)
5
Paina D
Flor da Taboa D
4
Turfa D
0
5 20 60 1440 5 20 60 1440 5 20 60 1440 Tempo (min)
Figura 4.14 – Valores médios de sorção de diesel em relação ao tempo de exposição e sistema
para os biosorventes Paina, flor da Taboa e Turfa. A) Seco, B) Estático e C) Dinâmico.
9
A B C
8
6
Sorção (g/g)
5
Paina B
4
Flor da Taboa B
Turfa B
0
5 20 60 1440 5 20 60 1440 5 20 60 1440 Tempo (min)
4,0
A B C
3,5
3,0
2,5
Sorção (g/g)
2,0
Aguapé ID
Taboa ID
Turfa D
1,5
1,0
0,5
0,0
5 20 60 1440 5 20 60 1440 5 20 60 1440 Tempo (min)
Figura 4.16 - Valores médios de sorção de diesel em relação ao tempo de exposição e sistema
para os biosorventes Aguapé inteiro, Taboa inteira e Turfa. A) Seco, B) Estático e C)
Dinâmico.
4,0
A B C
3,5
3,0
2,5
Sorção (g/g)
Taboa IB
2,0
Aguapé IB
Turfa B
1,5
1,0
0,5
0,0
5 20 60 1440 5 20 60 1440 5 20 60 1440 Tempo (min)
e apresentaram as maiores médias de sorção, sendo que no dinâmico houve sorção de 1,28 g/g,
seguido do estático 1,23 g/g, estes diferiram do sistema seco 0,87 g/g.
Para a taboa inteira não houve diferença significativa na sorção de
biodiesel. A taboa no sistema estático apresenta a maior média de sorção 2,46 g/g, seguido do
seco 2,37 g/g e dinâmico 2,34 g/g.
O aguapé apresenta diferença significativa na sorção nos três sistemas.
O resultado de sorção média no sistema dinâmico foi superior 2,18 g/g. Os valores médios de
sorção nos sistemas seco e estático foram próximos 1,79 e 1,92 g/g, e não diferindo entre si.
Tanto na sorção de diesel como biodiesel para os três sistemas a taboa
inteira mostrou-se superior. Em meio aquoso a sorção de óleos por um sorvente é uma
interação óleo-sorvente, água-óleo e água-sorvente, (RIBEIRO, 2000; LIM; HUANG, 2007b),
portanto não é simples determinar o fator ou os fatores que governam a sorção para cada
biosorvente. Sugere-se que a maior sorção da macrófita taboa deva-se a maior hidrofobicidade
desta em comparação ao aguapé, 89,9 % e 83,9 %, respectivamente.
O aguapé inteiro e a taboa inteira apresentaram desempenho
satisfatório como sorvente nas condições as quais foram submetidos. Um ponto positivo em
relação ao emprego destas macrófitas como sorvente é o fato de serem abundantes.
As macrófitas nas últimas décadas vêm comprovando a eficiência no
tratamento de efluentes por biorremediação (GENTELINI et al., 2008), esse sucesso deve-se à
elevada capacidade de algumas espécies em assimilar e estocar nutrientes e as suas altas taxas
de produção primária (SIPAÚBA-TAVARES, 2003). O aguapé (E. crassipes), por exemplo,
pode dobrar de peso em 12 dias e alcançar uma produtividade de 150 toneladas/hectare/ano
(HENRY-SILVA; CAMARGO, 2002). Essa grande oferta de biomassa a partir das macrófitas
configura uma forma de disponibilidade de baixo custo e de extrema eficiência no
aproveitamento da biomassa.
Além das macrófitas investigadas como sorvente as fibras de coco e
curauá, a paina e a flor da taboa mostraram bons resultados se comparados ao sorvente
comercial à base de turfa.
73
processo a taxa de perda de massa é menor para as espécies com alto teor de lignina, o que
sugere uma correlação entre a amplitude da curva com o teor de lignina (GHETTI et al.,
1996).
Em geral três zonas de perda de massa podem ser observadas. A perda
de massa inicia na região de 50 - 100 ºC se deve principalmente à evaporação da umidade,
água adsorvida na amostra. A região de temperatura variando de 220-300 oC é atribuída
principalmente a despolimerização térmica da hemicelulose e clivagem de ligações
glicosídicas da celulose (GHETTI et al, 1996; MANFREDI et al., 2006). A decomposição da
lignina aparece como um pico largo na região de 200-500 ºC e a degradação da celulose
ocorrem entre 275 e 400 oC (ALVAREZ, VÁZQUEZ, 2004; OUAJAI, SHANKS, 2005).
As Figuras de 4.20 à 4.26 apresentam as curvas da termogravimetria
(TG) e a derivada da termogravimetria (DTG) para as amostras dos biosorventes.
O comportamento termogravimétrico para a fibra de coco (Figura
4.20), mostra uma perda massa 252,07 ºC devido à degradação da hemicelulose. Na curva de
DTG dois picos de decomposição aparecem, um em 321,59 ºC (perda de massa 21,75%)
referente à hemicelulose e outro em 334,70 ºC (perda de massa 43,58%) referente a celulose.
al., 2001). Também o fato de existirem impurezas podem iniciar mais sítios ativos e acelerar o
início da degradação térmica.
Os teores de cinzas resultantes da degradação térmica dos biosorventes
são distintos aqueles determinados pela norma TAPPI T 211 om-93 (Tabela 4.2). Esta
diferença deve-se ao fato de que, o agente oxidante na degradação termogravimétrica é o
nitrogênio, enquanto que, para a outra metodologia é o oxigênio do ar.
Tabela 4.8 - Poder Calorífico Superior (PCS), Inferior (PCI) e Útil (PCU) dos biosorventes.
5 CONCLUSÕES
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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7 APÊNDICE
Sorção de Óleo em Sistema Seco
Teste de Significância para Sorção de Diesel (Taboa inteira, Taboa aérea e Turfa).
Efeito SQ GL QM F p
Intercept 315,1823 1 315,1823 46192,91 0,0000
Biosorvente 69,8084 2 34,9042 5115,54 0,0000
Tempo 1,2868 5 0,2574 37,72 0,0000
Granulometria 3,4889 3 1,1630 170,44 0,0000
Biosorvente*Tempo 0,4020 10 0,0402 5,89 0,0000
Biosorvente*Granulometria 11,4665 6 1,9111 280,09 0,0000
Tempo*Granulometria 0,2738 15 0,0183 2,68 0,0012
Biosorvente*Tempo*Granulometria 0,5512 30 0,0184 2,69 0,0000
Error 0,9825 144 0,0068
Teste de Significância para Sorção de Biodiesel (Taboa inteira, Taboa aérea e Turfa).
Efeito SQ GL QM F p
Intercept 487,8039 1 487,8039 31968,03 0,0000
Biosorvente 103,3000 2 51,6500 3384,86 0,0000
Tempo 0,7678 5 0,1536 10,06 0,0000
Granulometria 6,5933 3 2,1978 144,03 0,0000
Biosorvente*Tempo 0,1709 10 0,0171 1,12 0,3509*
Biosorvente*Granulometria 30,0891 6 5,0148 328,65 0,0000
Tempo*Granulometria 0,3671 15 0,0245 1,60 0,0792*
Biosorvente*Tempo*Granulometria 0,7424 30 0,0247 1,62 0,0320
Error 2,1973 144 0,0153
*não diferiram
Teste de Significância para Sorção de Diesel (Aguapé inteira, Aguapé aérea, Aguapé Raiz e
Turfa).
Efeito SQ GL QM F p
Intercept 567,6382 1 567,6382 54072,32 0,0000
Biosorvente 34,2479 3 11,4160 1087,47 0,0000
Tempo 1,8485 5 0,3697 35,22 0,0000
Granulometria 26,9091 3 8,9697 854,44 0,0000
Biosorvente*Tempo 0,4600 15 0,0307 2,92 0,0003
Biosorvente*Granulometria 19,2754 9 2,1417 204,02 0,0000
Tempo*Granulometria 1,4534 15 0,0969 9,23 0,0000
Biosorvente*Tempo*Granulometria 2,0368 45 0,0453 4,31 0,0000
Error 2,0156 192 0,0105
Teste de Significância para Sorção de Biodiesel (Aguapé inteira, Aguapé aérea, Aguapé Raiz e
Turfa).
Efeito SQ GL QM F p
Intercept 577,0102 1 577,0102 68678,52 0,0000
Biosorvente 15,5521 3 5,1840 617,03 0,0000
Tempo 1,3402 5 0,2680 31,90 0,0000
Granulometria 22,1468 3 7,3823 878,67 0,0000
Biosorvente*Tempo 0,3698 15 0,0247 2,93 0,0003
Biosorvente*Granulometria 13,6781 9 1,5198 180,89 0,0000
Tempo*Granulometria 0,7658 15 0,0511 6,08 0,0000
Biosorvente*Tempo*Granulometria 1,1730 45 0,0261 3,10 0,0000
Error 1,6131 192 0,0084
Sorção de Óleo em diferentes Sistemas (Seco, Estático e Dinâmico)
Teste de Significância para Sorção de Diesel (Taboa Inteira, Aguapé Inteira e Turfa).
Efeito SQ GL QM F p
Intercept 344,4722 1 344,4722 7576,214 0,0000
Biosorvente 13,6439 2 6,8220 150,040 0,0000
Tempo 0,4600 3 0,1533 3,373 0,0229
Sistema 1,1695 2 0,5847 12,860 0,0000
Biosorvente*Tempo 1,4000 6 0,2333 5,132 0,0001
Biosorvente*Sistema 0,5465 4 0,1366 3,005 0,0237
Tempo*Granulometria 1,4786 6 0,2464 5,420 0,0001
Biosorvente*Tempo*Sistema 2,2948 12 0,1912 4,206 0,0000
Error 3,2737 72 0,0455
Teste de Significância para Sorção de Biodiesel (Taboa Inteira, Aguapé Inteira e Turfa)
Efeito SQ GL QM F p
Intercept 359,9854 1 359,9854 14401,98 0,0000
Biosorvente 29,6566 2 14,8283 593,24 0,0000
Tempo 1,2252 3 0,4084 16,34 0,0000
Sistema 1,2773 2 0,6386 25,55 0,0000
Biosorvente*Tempo 2,0013 6 0,3336 13,34 0,0000
Biosorvente*Sistema 1,0217 4 0,2554 10,22 0,0000
Tempo*Granulometria 0,1705 6 0,0284 1,14 0,3500*
Biosorvente*Tempo*Sistema 4,5320 12 0,3777 15,11 0,0000
Error 1,7997 72 0,0250
*não diferiram