Técnicas de reportagem jornalística

TÉCNICAS DE REPORTAGEM JORNALÍSTICA

Aula 04: Organização de ideias para a apuração

AULA 04: ORGANIZAÇÃO DE IDEIAS PARA A APURAÇÃO

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Objetivos

1. O sucesso da apuração está ligado à organização;

2. A pré-apuração e o levantamento de dados

(pesquisa) sobre o assunto ajudam a desenvolver
a reportagem;

3. A organização de ideias é importante para o

encaminhamento da cobertura, mas o repórter
deve estar atento a eventuais mudanças de
última hora;

4. Organização de ideias não é “prisão” (camisa de

força). O jornalista pode mudar os rumos da
cobertura de acordo com o andamento da
reportagem.

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A pauta

1. A pauta é um documento, geralmente preparado

por um assessor de imprensa e/ou comunicação
(jornalista), “vendendo” um tema aos jornalistas;

2. A pauta traz um resumo do que está sendo

oferecidoa uma eventual cobertura jornalística.
Funciona como uma orientação (bússula);

3. Outras informações essenciais de uma pauta são os

contatos (do assessor ou do assessorado),
histórico, fontes e uma sugestão de abordagem
sobre o tema.

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A pauta do veículo

1. Depois de pronta, a pauta é oferecida (vendida)

aos veículos, geralmente, de maneira padronizada;

2. É muito raro observar a ocorrência de pautas

específicas para rádio, TV, internet ou impresso;

3. Dessa maneira, a pauta que normalmente chega ao

repórter é homogeneizada, sem levar em
consideração aspectos específicos da mídia
(veículo) e da empresa jornalística;

4. É nesse momento que temos a transição da pauta

do veículo para a pauta do repórter.

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Especificidades dos veículos

1. Cada veículo tem suas particularidades, que devem

ser levadas em consideração pelo jornalista no
momento de cobertura de uma reportagem;

2. As assessorias de imprensa e/ou comunicação não

costumam levar isso em consideração e chegam a
enviar sugestões de pauta com fotos para rádio;

3. Jornalistas de impresso, por exemplo, recebem

áudios que, por uma especificidade do veículo, não
poderão ser utilizados.

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A pauta do repórter

1. A partir da aceitação da pauta do veículo, o repórter

passa a “pensar” em como explorar melhor o
material que tem em mãos. Temos, então, a pauta do
repórter;

2. A linha editorial do veículo deve ser levada em

consideração para não criar dificuldades para a
cobertura da pauta;

3. O jornalista precisa avaliar o enfoque que será dado à

cobertura da sugestão de pauta objetivando maior
visibilidade (audiência para rádio e TV, acesso para
internet e venda de exemplares para o impresso).

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Assessorias

1. Com a especialização verificada no mercado,

observamos a existência de particularidades entre
assessorias de imprensa e de comunicação;

2. A assessoria de imprensa cuida da relação entre o

assessorado e os jornalistas em geral;

3. A assessoria de comunicação conta com pelo menos

um profissional de cada ramo da Comunicação Social:
jornalista, publicitário, relações públicas, além de
analisar, por exemplo, impactos sobre o
departamento de Recursos Humanos (no caso de
assessorar uma empresa).

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Planejamento

1. Depois que o repórter lança o “olhar jornalístico” em

relação a um tema, através da pauta, e percebe ter
um bom material em mãos, chega o momento de dar
início à reportagem;

2. Nessa hora, não raro, surge a pergunta: “por onde

começar?”

3. Calma. Vamos colocar em ação a política de

organização de ideias.

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Como organizar?

1. O importante é criar um planejamento para a

concretização da cobertura da matéria;

2. Diferentes etapas devem ser consideradas: apuração,

pesquisa, coleta de dados, entrevistas, edição,
finalização, prazos de entrega (deadlines);

3. Vá criando mentalmente um cronograma para

execução das etapas de confecção da reportagem.
Depois disso, passe para o papel e mãos à obra.

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O momento da apuração

1. Caso você tenha feito um cronograma dentro da

realidade pessoal (jornalista) e da empresa,
comece a executar cada uma das tarefas
previamente agendadas;

2. É aconselhável trabalhar com uma “margem de

erro”. Entrevistas que estavam acertadas podem
ser desmarcadas por diversos motivos (tanto por
parte do entrevistado quanto do jornalista);

3. Durante a produção da reportagem, fatos novos

podem dar diferentes encaminhamentos para a
matéria.

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Organizado, mas flexível

1. Mesmo estando bem preparado (organizado), o

repórter deve manter atenção em relação ao
ambiente e ao momento da apuração;

2. O que foi previamente pesquisado funciona como

um guia (condutor do trabalho). A imprevisibilidade,
entretanto, é recorrente no trabalho jornalístico;

3. Quando menos se espera, novas possibilidades se

apresentam diante de nós. Estejam sempre
preparados e evitem ser surpreendidos.

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Diferentes enfoques para um mesmo assunto

1. Vamos usar o “Carnaval” como exemplo de diferentes

enfoques para um mesmo tema;

2. Se o veículo em que você trabalha é especializado em

Economia, a abordagem pode ser o faturamento que
a folia vai representar para a cidade;

3. Se o foco é Saúde Pública, levante dados sobre

campanhas de prevenção durante o evento;

4. Da mesma forma, se a opção é por Segurança,

destaque para o efetivo para policiar a região etc.

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Saiba mais

1. FLORESTA, Cleide; BRASLAUSKAS, Lígia; PRADO, Magaly (org.).

Técnicas de reportagem e entrevista em Jornalismo: Roteiro
para uma boa apuração. São Paulo: Saraiva, 2009.

2. NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. São Paulo:

Contexto, 2004.

3. PINTO, Ana Estela de Sousa. Jornalismo diário: reflexões,

recomendações, dicas, exercícios. São Paulo: Publifolha, 2009.

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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?

As fontes de informação.

AVANCE PARA FINALIZAR

A APRESENTAÇÃO.
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