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AULA 2
JORNALISMO LITERÁRIO: CONCEITOS
OS 10 PRINCÍPIOS DO JORNALISMO LITERÁRIO
Prof.ª Drª Fabíola Paes de Almeida Tarapanoff
Curso: Jornalismo - 7º semestre
CONCEITO
CARACTERÍSTICAS
DO FOLHETIM
Originário do termo francês feuilleton, o
folhetim não se referia inicialmente à
publicação de romances.
Quando surgiu pela 1ª vez no Jornal des
Débats, era um tipo de suplemento
dedicado à crítica literária. A partir de
1830, com a eclosão de um
jornalismo popular, pautado na venda
de exemplares e seguindo a nova lógica
capitalista, mudou seu conceito,
passando a ser utilizado para a
publicação de narrativas literárias
de sucesso.
Um ótimo negócio para jornais,
escritores e anunciantes.
MARCOS INICIAIS DA LITERATURA NO
JORNALISMO
QUANTO AO GÊNERO
CARACTERÍSTICAS DO
FOLHETIM
QUANTO AO FORMATO
Publicado de forma parcial e sequenciada em jornais e revistas.
QUANTO À NARRATIVA
Ágil repleta de ações e com ganchos para a atenção do leitor
MARCOS INICIAIS DA LITERATURA NO
JORNALISMO
Grandes nomes da
literatura mundial
começaram nos
folhetins:
- França: Honoré de Balzac,
e Victor Hugo.
- Inglaterra: Charles
Dickens
- Rússia: Dostoiévski e
Tolstói.
* Os miseráveis (1862)
GRANDES NOMES DA LITERATURA MUNDIAL
QUE COMEÇARAM NOS FOLHETINS
PRINCIPAIS OBRAS
LIEV TOLSTÓI
* Guerra e Paz (invasão
napoleônica) (1865-1869)
* Anna Karenina (1875-1877)
GRANDES NOMES DA LITERATURA MUNDIAL
QUE COMEÇARAM NOS FOLHETINS
PRINCIPAIS OBRAS
MACHADO DE ASSIS
* Memórias Póstumas de Brás
Cubas (1881)
* Dom Casmurro (1899)
* Quincas Borba (1891)
GRANDES NOMES DA LITERATURA MUNDIAL
QUE COMEÇARAM NOS FOLHETINS
PRINCIPAIS OBRAS
RAUL POMPÉIA
* O Ateneu (1888)
GRANDES NOMES DA LITERATURA MUNDIAL
QUE COMEÇARAM NOS FOLHETINS
PRINCIPAIS OBRAS
ALUÍSIO AZEVEDO
* O mulato (1881)
* Casa de pensão (1884)
* O cortiço (1890)
GRANDES NOMES DA LITERATURA MUNDIAL
QUE COMEÇARAM NOS FOLHETINS
PRINCIPAIS OBRAS
MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA
1852 - Publica Memórias de
um sargento de milícias, nas
páginas do Correio
Mercantil.
* Figura do anti-herói.
GRANDES NOMES DA LITERATURA MUNDIAL
QUE COMEÇARAM NOS FOLHETINS
PRINCIPAIS OBRAS
EUCLIDES DA CUNHA
* Os Sertões, publicado no
jornal O Estado de S.Paulo
inicialmente sob a forma
de uma série de
reportagens e
posteriormente editada
em livro (1902).
CARACTERÍSTICAS DO JORNALISMO
PRATICADO NA ÉPOCA
Não profissional;
Não existia distinção
entre jornalismo e
literatura;
Opinativo (logo, menos
factual);
Ideológico (diferente do
jornalismo norte-
americano - factual);
Partidário.
CARACTERÍSTICAS DO JORNALISMO
NORTE-AMERICANO
Lead;
Pirâmide invertida;
Factual;
Criação dos
gêneros (matéria,
manchete, artigo,
reportagem);
Divisão do trabalho
(profissionalização).
NASCIMENTO DO JORNALISMO LITERÁRIO
Aos poucos o romance
ficcional é deixado de lado nos
jornais. Surge um tipo de
jornalismo que conversa com a
literatura em termos de
linguagem, mas narra fatos
reais.
Começa a ser trabalhado nas
redações dos grandes jornais
americanos, durante as décadas
de 1950 e 1960.
NASCIMENTO DO JORNALISMO LITERÁRIO
Edvaldo Pereira Lima defende
que o New Journalism norte-
americano foi a manifestação
de um momento do
Jornalismo Literário.
Isso quer dizer que o
Jornalismo Literário,
enquanto forma de narrativa,
de captação do real, já existia
antes e continua existindo
após o New Journalism.
NASCIMENTO DO JORNALISMO LITERÁRIO
Esta nova forma de escrever a
noticia ficou conhecida como
New Journalism
(Novo Jornalismo), a partir do
ensaio The New Journalism,
escrito por Tom Wolfe, em
1976, um dos criadores do
gênero.
Segundo Wolfe, o New
Journalism não surge
intencionalmente.
Os jornalistas que começaram
a escrever reportagens dessa
forma diferenciada não tiveram
a intenção de criar um novo
jornalismo.
NASCIMENTO DO JORNALISMO LITERÁRIO
Gay Talese, um dos representantes
dessa especialização, definiu esse
tipo de jornalismo em entrevista,
em 2000, ao Jornal do Brasil:
“New Journalism (ou narrative
writing, que seja) quer dizer apenas
escrever bem. É um texto literário que
não é inventado, não é ficção, mas
que é narrado como um conto, como
uma sequência de filme. É como um
enredo dramático digno de ser levado
aos palcos e não apenas um
amontoado de fatos, fácil de ser
digerido.”
LITERATURA Vs. JORNALISMO