Técnicas de reportagem jornalística

TÉCNICAS DE REPORTAGEM JORNALÍSTICA

Aula 06: O interesse da fonte

AULA 06: O INTERESSE DA FONTE

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Objetivos

1. Identificar os diferentes tipos de interesses

contidos nas informações;

2. Apontar os cuidados necessários para não

divulgar informações sem comprovação.

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O risco de ficar próximo demais da fonte

1. Tanto jornalista quanto fonte(s) têm interesses

na hora de receber e divulgar uma informação,
bem como no momento de oferecer a notícia;

2. Por esse motivo, é interessante que exista um

tratamento profissional por parte do repórter
em relação à fonte e vice-versa;

3. Vamos entender “prós” e “contras” na relação

de intimidade com a fonte.

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Pontos positivos em relação à proximidade com a fonte

1. Assim como em toda relação envolvendo seres

humanos, não existe uma regra para criar laços de
amizade (repórter-fonte nesse caso específico);

2. Mas desde que essa empatia seja crescente e se

solidifique, o repórter espera que a fonte o abasteça
com informações “quentes” e confiáveis, de
preferência com exclusividade;

3. Da mesma maneira, a fonte acredita que o jornalista

divulgará toda informação que for passada a ele
(de maneira preferencial ou exclusiva).

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Contextualizando prós e contras da relação jornalista-fonte

1. Em determinados momentos, jornalista e fonte vão

perder o equilíbrio dessa relação e entrar em atrito;

2. Independentemente de ter sido o repórter (por não

ter divulgado) ou a fonte (por não ter informações
interessantes) o causador da desavença, essa relação
será abalada;

3. A partir daí, uma nova relação começa a ser

construída (ou não – dependendo da intensidade da
quebra de confiança).

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Pontos negativos em relação à proximidade com a fonte

1. Vamos exemplificar. Um repórter cria uma relação de

amizade (proximidade) com o responsável pelas
finanças de uma instituição;

2. Surge, entretanto, a denúncia de desvio de verbas

nesse órgão e o principal suspeito é o responsável
pela parte financeira (a fonte do repórter);

3. O constrangimento será grande e poderá provocar

até um pedido de afastamento do caso por motivos
particulares (proximidade com a fonte).

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O interesse da fonte

1. O ideal é que a relação entre jornalista e fonte

seja pautada pelo profissionalismo;

2. Afinal de contas, o interesse do repórter é

divulgar informações “quentes” e confiáveis;

3. A fonte quer dar publicidade à informação que

está sendo oferecida ao jornalista;

4. Fundamental perceber que toda fonte tem

interesse. O jornalista precisa estar atento para
não servir meramente de canal de veiculação.

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Questione o interesse da fonte

1. Sempre que possível, questione: Por que a

fonte está passando a informação para você
(repórter)? Qual seria o interesse da fonte em
ter essa notícia veiculada? Quem ganha e
quem perde com essa informação?

2. Adotando esse raciocínio, a possibilidade de

vislumbrar desdobramentos dessa informação
oferecida pela fonte ganha outras perspectivas,
ampliando o horizonte do jornalista.

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Off jornalístico

1. A expressão vem do liga/desliga (on/off ) de aparelhos

eletrônicos na língua inglesa;

2. De maneira mais específica, alguns entrevistados

preferem (ou só falam) falar em off, temendo
represálias, retaliações e até ameaças de morte;

3. Em off, ou seja, com câmeras, gravadores e microfones

desligados, o entrevistado garante o anonimato (o
repórter tem o direito de resguardar o sigilo da fonte –
Código de Ética do Jornalista) e passa a informação.

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Cuidados ao usar a informação em off

1. A informação em off merece atenção especial por parte

do jornalista;

2. Muitas vezes, o primeiro sentimento do repórter é o de

usar essa informação em off sem ter o cuidado de
verificar conteúdo e veracidade da mesma;

3. Tente entender a motivação que leva uma fonte a

querer divulgar uma informação e permanecer no
anonimato.

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Checando a informação em off

1. Antes de veicular uma informação passada

em off, o jornalista tem a obrigação de (ou
pelo menos tentar) confirmar a notícia;

2. Essa confirmação pode ser feita com outras

fontes do próprio jornalista, além de outros
entrevistados, tanto em on quanto em off;

3. Lembrando de um ditado popular, “desconfie

de quem conta o milagre mas não deseja ser
o santo.”

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Saiba mais

1. LAGE, Nilson. A Reportagem: Teoria e técnica de entrevista e

pesquisa. Rio de Janeiro: Record, 2009.

2. NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. São Paulo:

Contexto, 2004.

3. PINTO, Ana Estela de Sousa. Jornalismo diário: reflexões,

recomendações, dicas, exercícios. São Paulo: Publifolha, 2009.

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VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS?

A pré-apuração.

AVANCE PARA FINALIZAR

A APRESENTAÇÃO.
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