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POR DETRÁS DAS FAKE NEWS

Com as informações a circularem à velocidade do


vento na Internet e a “pós-verdade” na ordem do
dia, desenvolver um olhar crítico relativamente às
mensagens mediáticas torna-se uma capacidade
fundamental.
Conhecer o modo como a informação é produzida,
bem como os interesses que estão por detrás da sua
difusão ajuda a saber distinguir as mensagens que
são essenciais daquelas que são acessórias ou mesmo
falsas.
O mundo da informação atual é
complexo devido:
- à grande quantidade,
- à facilidade de produção e
difusão,
- às notícias falsas.
HISTÓRIA DA CONSPIRAÇÃO
QUE LEVOU AO ASSALTO DO
CAPITÓLIO.

Um movimento que agrupa uma miríade de


teorias da conspiração deu asas à farsa da
fraude eleitoral e foi um dos propulsores da
invasão do Capitólio em 6 de janeiro, nos
Estados Unidos. Recebe o nome de QAnon e
espalha histórias delirantes como a da
existência de uma rede de pedofilia
comandada pelos líderes do Partido Democrata.
Como um embuste desses consegue chegar tão
longe?
DENUNCIANTE DO FACEBOOK ACUSA EMPRESA DE ENGANAR
INVESTIDORES E ESCOLHER “LUCRO EM DETRIMENTO DA
SEGURANÇA”
Frances Haugen, 37 anos, esteve no Facebook
entre 2019 e Maio deste ano. A analista de dados
passou as últimas semanas de trabalho a recolher
estudos e relatórios escondidos pela empresa,
incluindo estudos sobre o impacto negativo da
plataforma nos jovens.

Segundo a analista de dados, o algoritmo do Facebook, que decide


aquilo que os utilizadores vêem primeiro no site, está optimizado
para mostrar conteúdo que cause reacções e emoções fortes. “O
Facebook percebeu que se mudassem o algoritmo para algo mais
seguro, as pessoas iriam passar menos tempo no site, iriam clicar em
menos anúncios, e iriam fazer menos dinheiro”, justificou a
informadora do Wall Street Journal.

Público 05/10/2021
1.Desconfia dos títulos. As notícias falsas costumam ter títulos vistosos em maiúsculas
com pontos de exclamação. Se as afirmações chocantes de um título te soarem
inacreditáveis, é provável que o sejam.
2.Presta atenção ao URL. Um URL estranho ou parecido a um oficial poderá ser o sinal
de uma notícia falsa. Muitas notícias falsas tentam imitar fontes autênticas de notícias
ao efetuar pequenas alterações no URL. Podes aceder ao site para comparares o URL
com fontes reconhecidas.
3.Investiga a fonte. Certifica-te de que a notícia foi escrita por uma fonte na qual
confias e que sabes ser fiável. Se a notícia vier de uma organização desconhecida,
consulta a secção "Sobre" do seu site.
4.Procura formatações incomuns. Muitas notícias falsas em sites têm erros
ortográficos ou aspetos esquisitos. Lê atentamente se encontrares algum destes sinais.
5.Considera as fotografias. As notícias falsas costumam conter imagens ou vídeos
manipulados. Por vezes, a foto poderá ser autêntica, mas estar fora de contexto. Podes
pesquisar pela imagem ou foto para confirmar a sua origem.

https://www.facebook.com/help/188118808357379
6.Examina as datas. As notícias falsas podem conter cronologias que não fazem sentido
ou que foram mesmo alteradas.
7.Confirma os factos. Consulta as fontes do autor para confirmares se são fiáveis. A falta
de factos ou créditos dados a peritos sem identificação podem ser indício de uma
notícia falsa.
8.Vê outras notícias. Se nenhuma outra fonte de notícias estiver a noticiar o mesmo,
poderá indicar que a notícia é falsa. Se, pelo contrário, é noticiada por múltiplas fontes
nas quais confias, é possível que seja verdadeira.
9.A notícia é uma piada? Por vezes, as notícias falsas podem ser difíceis de distinguir do
humor ou sátira. Confirma a fonte para saberes se são conhecidos por criar sátiras e
presta atenção aos detalhes e ao tom da notícia para compreenderes se será apenas
uma piada.
10.Algumas notícias são intencionalmente falsas. Pensa criticamente sobre as notícias
que lês e partilha apenas notícias que acreditas serem credíveis.
APAGÃO MOSTROU QUE O MUNDO ESTÁ “DEPENDENTE”
DO FACEBOOK
A interrupção dos serviços do Facebook, Messenger, Instagram e
WhatsApp na segunda-feira expôs como o mundo virtual gira em
torno de uma só empresa. Especialistas ouvidos pelo PÚBLICO
acreditam que a posição dominante do Facebook no mercado pode
vir a ser considerada monopolista.

Esta dependência não se resume ao utilizador comum, que


comunica através das redes, mas também a negócios que
investem nos anúncios e se baseiam nestas plataformas, e até
linhas de apoio no WhatsApp, como reportou o The
Washington Post. É o caso da Conecta Arizona, uma emissora de
notícias muito lida por imigrantes hispânicos que oferece
informações de tráfego e horários de travessia de fronteira.
Sem o serviço, os leitores admitiram sentir “medo e solidão”
enquanto atravessavam a fronteira entre os Estados Unidos e o
México.
Público 05/10/2021
A PEGADA DIGITAL
• Haverá problemas em
partilhar informação pessoal
com o grande público/em Duval Guillaume. (2012). Vidente adivinha com base
nas redes sociais - Legendado. Obtido de
linha? https://www.youtube.com/watch?v=0TdHj9vruwU

de forma Ativa:
A quantidade de
­ quando somos nós que publicamos
informações pessoais informação a nosso respeito;
que se revela através
de forma Passiva:
das redes sociais é ­ quando outros publicam informação a
construída ... nosso respeito.

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QUATRO RAZÕES!
1. Proteger a nossa reputação.

2. Manter a capacidade para decidir onde e como é partilhada a


nossa informação pessoal.

3. Prevenir percas financeiras.

4. Preservar a nossa liberdade.


1. PROTEGER A
NOSSA REPUTAÇÃO
A reputação é um julgamento social interpessoal,
amenizado pelo perdão e pelo esquecimento…

A internet perdoa e esquece?...


2. MANTER A
CAPACIDADE PARA
DECIDIR ONDE E COMO É
PARTILHADA A NOSSA
Informação médica. Crenças religiosas INFORMAÇÃO PESSOAL.
Com a família e com o resto?

Partilhar isto mas não aquilo!

Redes sociais:
Capacidade reduzida dos subscritores controlarem
a sua própria informação.
O roubo de identidade é um problema global
3. PREVENIR PERCAS
Demasiada informação facilita este crimes FINANCEIRAS
1. Segurança máxima na forma como utiliza a
Internet
eliminar e-mails suspeitos senhas fortes antivírus
evitar o preenchimento automático online “Não guardar senha”

2. Contenção nas redes sociais


Quanto menos informação pessoal colocarmos nas redes sociais,
melhor!
4. PRESERVAR A NOSSA
LIBERDADE
Muitos governos controlam frequentemente as
redes sociais.
Liberdade de expressão e movimentos
Prendem pessoas com base nas declarações
feitas (por eles ou não) nas redes sociais!
Prisão e tortura!

Impossibilidade de aceder a informação.

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