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Modelagem de Banco de Dados Pos Graduaca 1688761840
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Unidade 2 | Aula 1
Unidade 2 Modelo Relacional de Banco de Dados
Apresentação
1. Histórico
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Professor(a): Anderson Nascimento
De modo simples e prático, podemos dizer que um banco de dados do tipo relacional
armazena dados em linhas e colunas, sendo as linhas as instâncias de um banco de dados,
e as colunas as suas características.
De modo genérico, esse formato se assemelha a uma planilha eletrônica, em que cada
linha representa uma instância. Por exemplo, em uma tabela aluno, cada linha trará um aluno
diferente, e cada coluna uma característica, como nome, endereço, gênero, telefone etc.
A partir do advento dos bancos de dados relacionais, os bancos de dados antigos passaram
a ser classificados como bancos de dados hierárquicos e bancos de dados em rede. Eles foram
sendo preteridos por essa nova forma de armazenar dados, porém alguns ainda continuaram
a ser utilizados, dada a dificuldade de esforço e custo que a substituição demandaria.
Essa forma de armazenar dados trouxe algumas inovações importantes, sendo a principal
delas a independência de dados, que significa que os bancos de dados não dependem mais
do software, podendo ser acessado por diversas aplicações e usuários ao mesmo tempo.
Com o surgimento dos bancos de dados relacionais, surgiram também os Sistemas de
Gerenciamento de Bancos de Dados (SGBDs), que são as ferramentas que apoiam o processo
de criação e manutenção dos bancos de dados, tornando-se uma interface importante
para que o profissional possa acessar e se comunica com os dados que foram armazenados.
Mas como podemos definir se um banco de dados é ou não relacional? Em 1985, Codd
criou treze regras para que um SGBD fosse considerado relacional. Essas regras foram
chamadas de “As 12 regras de Codd”, que forma numeradas de 0 a 12.
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Todos os dados necessitam ser acessíveis. Esta regra é essencialmente uma reafirmação
do requisito fundamental para chaves primárias. Diz que todo valor na base de dados
necessita ser logicamente endereçável por um nome específico do conteúdo tabela, o nome
do conteúdo da coluna e o valor da chave primária do conteúdo registro.
• Regra 3 – Tratamento Sistemático de Valores Nulos:
O SGBD deve permitir que cada campo possa permanecer nulo (ou vazio). Especificamente,
ele deve suportar uma representação de “falta de informação e informações inaplicáveis” que é
sistemática, diferente de todos os valores regulares (por exemplo, “diferente de zero ou qualquer
outro número”, no caso de valores numéricos), e independente de tipo de dados. É também
implícito que tais representações devem ser manipuladas pelo SGBD de maneira sistemática.
• Regra 4 – Catálogo Online Baseado no Modelo Relacional:
O sistema necessita suportar ao menos uma linguagem relacional que possua uma
sintaxe linear; possa ser utilizada interativamente ou por meio de programas; suporte
operações de definição de dados (incluindo definições de Visualizações); suporte operações
de manipulação de dados (atualização, bem como recuperação), de segurança e restrições
de integridade e transação; suporte operações de gerenciamento (begin, commit e rollback).
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Adaptado de https://pt.wikipedia.org/wiki/12_regras_de_Codd.
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Se o SGBD dá suporte ao acesso de baixo nível aos dados, não deve haver um modo de
negligenciar as regras de integridade dele.
Essas regras foram definidas justamente para garantir que o seu modelo fosse respeitado
ao ser utilizado em novos produtos e ferramentas de bancos de dados.
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Uma vez que você entendeu quais são as características que fazem com que um banco
de dados seja considerado relacional, podemos destacar algumas principais características
desse tipo de tecnologia.
Os bancos de dados possuem estrutura de dados tabular, ou seja, armazena os dados
em tabelas, que são estruturas relativamente fáceis de entender. Esse processo faz com
que o armazenamento e a recuperação de dados sejam mais eficientes e fáceis de gerenciar.
Quanto à consistência, o modelo relacional permite definir relações entre tabelas,
garantindo a integridade dos dados, o que chamamos de Integridade Referencial, ou seja,
um objeto só é referenciável se ele existir.
Como abordei anteriormente, a independência dos dados e do software é outra
característica marcante no modelo relacional, porque os dados são separados do software
que os acessa. Isso permite que seja possível alterar o programa sem precisar alterar as
bases de dados, e que diferentes softwares acessem os mesmos dados.
Os bancos de dados relacionais também se destacam pela sua flexibilidade, pois permitem
a criação de querys (consultas) complexas, que podem envolver várias tabelas e condições,
tornando mais simples o processo de manipulação dos dados.
O fato de os bancos de dados relacionais serem independentes do software também
favorece o quesito da escalabilidade, ou seja, o crescimento do tamanho do banco de dados
é algo bastante simples.
Por fim, cabe destacar que os bancos de dados relacionais possuem outra característica
marcante e fundamental para o seu sucesso. Trata-se da Linguagem SQL, que é padrão no
que diz respeito à criação, manipulação, controle e consultas em qualquer SGBD.
Atualmente, os bancos de dados relacionais continuam sendo os bancos de dados mais
populares, sendo encontrados em praticamente qualquer aplicação comercial.
3. Ferramentas
Existem diversos SGBDs que permitem ao profissional utilizar bancos de dados relacionais.
Essas ferramentas apoiam o dia a dia do profissional de banco de dados na criação,
armazenamento, atualização e recuperação eficiente de dados, assim como garantem a
integridade e a segurança dos dados armazenados.
Essas ferramentas também oferecem recursos de segurança para proteger os dados
armazenados contra acesso não autorizado, controle de autenticação de usuário, backup
e recuperação de dados através de arquivos de log.
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• Oracle Database
• Microsoft SQL Server
• MySQL
• PostgreSQL
• DB2
• MariaDB
Notem que os bancos de dados citados são todos do tipo relacionais, ou seja, armazenam
dados em relações (tabelas) organizadas em linhas e colunas. Vale a pena chamar a atenção
para isso, pois existem outros bancos de dados muito populares, como o MongoDB, Cassandra
e Redis, mas estes não são do tipo Relacional.
A Figura 2 mostra o ranking dos 10 bancos de dados mais populares em março de 2023.
Alguns desses bancos de dados são livres, como é o caso do PostgreSQL e do MySQL, ou
seja, você pode instalar em seu computador para estudar e para criar os bancos de dados
de suas aplicações.
O site https://db-engines.com/en/ranking traz não apenas o ranking dos bancos de
dados, mas também dados detalhados sobre mais de 400 ferramentas diferentes, basta
clicar em cima do nome da ferramenta que você deseja pesquisar.
Há também alguns serviços de banco de dados na Web, em que você pode praticar a
linguagem SQL sem precisar instalar nada em seu computador.
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Materiais Complementares
Referências
CODD, Edgar Frank. Is Your DBMS Really Relational?. ComputerWorld, 1985. Disponível:
em https://www.seas.upenn.edu/~zives/03f/cis550/codd.pdf. Acesso em: 22 mar. 2023.
ELMASRI, Ramez; NAVATHE, Shamkant B. Sistemas de Banco de Dados. 7. ed. São Paulo:
Pearson, 2016.
HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de Banco de Dados. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
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