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TEMPO

O tempo é a categoria gramatical que indica o momento em que ocorre a


ação, acontecimento ou estado expressos pelo verbo.

Existem três tempos naturais: presente, passado e futuro. O tempo


presente indica que a ação expressa pelo verbo ocorre no momento exato da
enunciação (ex.: ando); o tempo passado indica que a ação expressa pelo
verbo ocorre num momento anterior ao da enunciação (ex.: andei) e o tempo
futuro refere que a ação expressa pelo verbo é posterior ao momento da
enunciação (ex.: andarei).

Presente do indicativo – situa a ação expressa pelo verbo no momento


atual.
Ex.: Estou em casa.

Outros valores:
– exprime uma ação habitual. Ex.: Leio jornais.
– exprime o futuro próximo. Ex.: Amanhã vou ao teatro.
– indica ações ou estados permanentes e intemporais. Ex.: A
primavera antecede o verão.
– usa-se nas narrativas, para lhes conferir maior expressividade e atualidade.
Ex.: Nesse momento, o homem levanta-se e sai da sala.

Pretérito perfeito simples do indicativo – situa no passado uma ação


pontual e já concluída.
Ex.: A Laura encontrou um cão abandonado.

Pretérito perfeito composto do indicativo – exprime a repetição ou


continuidade de uma ação, que se prolonga até ao momento presente.
Ex.: Tenho ido de autocarro para o trabalho.

Pretérito imperfeito do indicativo – situa no passado uma ação prolongada


no tempo.
Ex.: Quando éramos solteiros, íamos muito ao teatro.

Outros valores:
– exprime um desejo (em vez do condicional). Ex.: Gostava de visitar esse
país.
– exprime delicadeza (em vez do presente). Ex.: Queria a conta, por favor.
Pretérito mais-que-perfeito simples e composto do indicativo – exprimem
um facto passado anterior a outro também passado:
Ex.: Quando chegámos ao auditório, o concerto acabara/tinha acabado.

Futuro simples do indicativo – situa a ação expressa pelo verbo num


momento posterior ao da enunciação.
Ex.: No próximo ano, o marido da Sofia mudará de emprego.

Futuro composto do indicativo – indica uma ação futura, mas anterior a


outra ação também futura já realizada.
Ex.: Quando tu chegares a casa, eu já terei saído.

Presente do conjuntivo – exprime uma dúvida ou um desejo no momento


da enunciação.
Ex.: Hoje talvez possamos ir ao teatro. Por isso, espero que não te atrases.

Pretérito imperfeito do conjuntivo – exprime uma dúvida ou um desejo,


com valor de passado.
Ex.: Talvez ele tenha conseguido apanhar o comboio.
Ex.: Espero que ele tenha conseguido apanhar o comboio.

Pretérito imperfeito do conjuntivo – exprime um desejo ou uma condição,


com valor de passado ou de futuro.
Ex.: Seria bom que ele estudasse mais.
Ex.: Se ele estudasse mais, teria melhores resultados.

Pretérito mais-que-perfeito do conjuntivo – exprime uma ação anterior a


outra ação passada.
Ex.: Desejámos que quando chegássemos à reunião, ainda não tivesse sido
lida a ata.

Futuro simples do conjuntivo – exprime um futuro dependente de uma


condição.
Ex.: Se a Sofia mudar de emprego, eles não farão a viagem.

Futuro composto do conjuntivo – indica uma ação futura, mas


perspetivada enquanto ação passada.
Ex.: Quando tiverem terminado o exame, os alunos poderão sair.
MODO

O modo é a categoria gramatical que exprime a atitude (de certeza, de


dúvida, de suposição, de ordem, etc.) da pessoa que fala em relação ao facto
que enuncia. Em português, distinguem-se os seguintes modos:

Indicativo – exprime uma ação factual, uma certeza.


Ex.: A Mariana faz um bolo todos os sábados.

Conjuntivo – exprime uma ação não factual, hipotética.

Valores:
– dúvida: Talvez a Mariana faça um bolo no sábado.
– desejo: Seria tão bom que a Mariana fizesse um bolo!
– condição: Se a Mariana fizer um bolo, a irmã convidará alguns amigos.

Imperativo – expressa uma ordem, um pedido ou um conselho.


Ex.: Não faças mais do que um bolo!

Infinitivo – apresenta, de uma forma genérica e abstrata, a ideia da ação.


Ex.: Fazer exercício físico faz bem à saúde.

Condicional – exprime uma hipótese dependente de uma condição.


Ex.: Se ela tivesse dinheiro, viajaria pelo mundo inteiro.

Outros valores:
– exprimir uma dúvida, uma incerteza.
Ex.: Quem seria aquele homem?
– exprimir delicadeza (em vez do presente).
Ex.: Se não fosse muito incómodo, poderia dar-me uma ajuda?

Infinitivo impessoal – apresenta, de uma forma genérica e abstrata, a ideia


da ação.
Ex.: Comer é um prazer para muitas pessoas. (= A comida é um prazer para
muitas pessoas.)
Infinitivo pessoal – exprime também a ideia da ação em abstrato, mas
distingue-se do infinitivo impessoal, pois tem flexão em todas as pessoas.
Ex.: Chegámos mais cedo para arranjarmos um bom lugar.

Gerúndio – apresenta o decorrer da ação ou processo expresso pelo verbo.


Ex.: Só fazendo exercício regularmente é que se conseguem bons
resultados.

Particípio passado – apresenta o resultado da ação ou processo expresso


pelo verbo. Entra, regra geral, na formação dos tempos compostos formados
com os verbos auxiliares ter e ser.
Ex.: As crianças já tinham arrumado os brinquedos antes de a educadora
pedir.

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