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MORFOLOGIA E FONOLOGIA DO PORTUGUÊS

VERBO
• É uma palavra variável que indica uma ação praticada pelo sujeito, podendo
designar também um estado ou qualidade.
CONJUGAÇÕES
• É o conjunto sistematizado das formas flexionadas de um verbo.
• Em português existem 3 conjugações de verbos regulares:
✓ 1.ª conjugação – verbos que terminam em -ar;
✓ 2.ª conjugação – verbos que terminam em -er e -or;
✓ 3.ª conjugação – verbos que terminam em -ir.
FLEXÃO VERBAL
• Os verbos podem variar em modo, tempo, número e pessoa.
Os modos podem ser:
✓ Indicativo, o que indica o real, o concreto, o certo.
Exemplo: O Manuel ouve música clássica.
✓ Conjuntivo, indica o possível, o desejável, o hipotético.
Exemplo: Oxalá, o Manuel ouvisse música clássica.
✓ Condicional, que depende de uma condição.
Exemplo: O Manuel ouviria música clássica, se quisesse.
✓ Imperativo, que indica um pedido, uma ordem, uma sugestão, um conselho.
Exemplo: Francisco, ouve a música, por favor.
FORMAS VERBAIS NÃO FINITAS – INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO
• Estas formas fazem sempre parte de frases complexas e, por si só, não exprimem
nem tempo nem modo.
INFINITIVO
• O infinitivo pessoal flexiona-se em todas as pessoas, apresenta um sujeito e pode
ser simples ou composto.
Exemplo: O João disse para não nos atrasarmos (infinitivo pessoal simples).
Fico contente por teres conseguido traduzir o texto (infinitivo pessoal composto).
• O infinitivo impessoal não é flexionado e apresenta uma ideia geral. Também
pode dar uma ordem (valor imperativo).
Exemplo: É agradável passear no jardim.
Apresentar, armas.
GERÚNDIO
• Pode ser simples, quando expressa uma ação que ainda está a decorrer, ou
composto, quando a ação já foi concluída. Integra orações subordinadas.
Exemplos: Apercebendo-se do perigo, ela desatou a fugir (gerúndio simples).
Não tenho encontrado nada de interessante, resolvi sair daqui (gerúndio
composto).
PARTICÍPIO
- Entra na formação dos tempos compostos, que tem como auxiliares os verbos, ter e
haver. Exemplo: Tinha entrado e havia saído.
- E na formação da frase passiva. Exemplo: foi selecionado.
- Alguns verbos apresentam duas formas de particípio, forma regular e irregular:
✓ Formas regular (fraca) – usa-se nos tempos verbais compostos com o verbo ter e
haver (suspendido; aceitado; entregado; secado; expulsado; imprimido…
✓ Forma irregular (forte) – suspenso; aceite; entregue; expulso; impresso…
VALORES DOS TEMPOS VERBAIS
PRESENTE
- Exprime a atualidade da ação, um facto real. Emprega-se, geralmente para:

✓ Expressar uma ação que se realiza no momento da enunciação.


Exemplo: O meu afilhado já está em casa.
✓ Indicar uma ação habitual.
Exemplo: Telefono-lhe todos os dias.
✓ Dar uma ordem
Exemplo: Agora comes a sopa até ao fim.
✓ Narrar factos passados, aproximando-os da realidade.
Exemplo: Em 1755, assiste-se à destruição da cidade de Lisboa provocada por um
terramoto.
✓ Assinalar uma ação futura.
Exemplo: Amanhã, vou à pastelaria da minha madrinha.
✓ Indicar uma ação que se prolonga no tempo
Exemplo: Ando de bicicleta desde os cinco anos.
✓ Referir uma ação que não sofre alterações.
Exemplo: O ano bissexto tem 366 dias.
PRETÉRITO IMPERFEITO
- Expressa uma ação inacabada, ocorrida num momento anterior ao da enunciação. Pode
ser utilizado para:
✓ Exprimir uma cortesia
Exemplo: Queria um quilo de arroz, por favor.
✓ Expressar uma ação que não se realizou.
Exemplo: Se eu pusesse, ia passear.
✓ Situar temporalmente uma fábula, um conto, uma lenda…
Exemplo: Era uma vez um homem muito pobre…
PRETÉRITO PERFEITO SIMPLES
- Indica uma ação concluída antes do momento da enunciação.
Exemplo: Cheguei a casa às 18 horas.
PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO
- Exprime um facto repetido e contínuo que se iniciou no passado.
Exemplo: O Dinis tem estudado muito nos últimos dias.
FLEXÃO VERBAL
• Sufixos de flexão:
1.ª Pessoa: -o / 2.ª pessoa: -s / 3.ª pessoa: -- / 1.ª pessoa do plural: -mos / 2.ª pessoa do
plural: -is / 3.ª pessoa do plural: -m
- Tempo simples - em que só
existe uma forma do verbo
principal ou do verbo copulativo
- Tempo composto - formado
pelos verbos auxiliares (ter ou
haver) e o particípio passado do
verbo principal ou do verbo
copulativo.
SUBCLASSES DO VERBO
VERBO PRINCIPAL
- Possui um significado pleno;
- Pode surgir sozinho ou acompanhado de um verbo auxiliar.
Exemplos: A Inês comeu um bolo.
Ela tem estado em casa dos tios.
- O verbo principal pode ser:
• Transitivo – seleciona complementos;
• Direto – seleciona complemento direto (Ex: Ele viu um filme.).
• Indireto – seleciona complemento indireto ou oblíquo (Ex: Ele telefonou à Rita.
/ Ele gosta de chocolate).
• Direto e indireto – seleciona complemento direto e indireto ou oblíquo (Ex: Ele
deu uma rosa à mãe. / Ele pousou o livro na estante.).
• Intransitivo – não seleciona complementos (Ex: o bebé acordou.).
VERBO COPULATIVO
- Liga o sujeito ao predicativo do sujeito:
• Os principais verbos copulativos são: ser, estar, ficar, parecer, permanecer,
continuar, andar, tornar-se, revelar-se.
Exemplos: A tua irmã parece simpática.
Ela ficou feliz com a notícia.

VERBO AUXILIAR
- O verbo auxiliar é um verbo que ocorre juntamente com um verbo principal ou com um
verbo copulativo, precedendo-o.
- Dá informação acerca do tempo, modo, pessoa, número, voz, não tendo significado
próprio.
- Na construção com um verbo auxiliar, existe apenas um sujeito exigido pelo verbo
principal.
Exemplo: A Teresa tem estudado.
- O verbo auxiliar pode ser dos tempos compostos, da passiva, temporal, aspetual ou
modal.
VERBO AUXILIAR DOS TEMPOS COMPOSTOS
- Forma-se com o verbo principal no particípio passado e com os auxiliares ter e haver.

Exemplos: A Inês tem assistido às aulas no ZOOM.


Ela havia ido ao supermercado.

VERBO AUXILIAR NA PASSIVA


- Ocorre em frases passivas, exigindo que o verbo principal se encontre no particípio
passado, sendo o auxiliar da passiva, o verbo ser.
Exemplo: O estudante realizou a pesquisa no repositório.
A pesquisa foi realizada pelo estudante no repositório.
VERBO AUXILIAR TEMPORAL
- Se o complexo verbal formado com o verbo principal tem valor de futuro, exige que o
último se encontre no infinitivo. Os auxiliares temporais são haver de e ir.
Exemplo: O estudante vai viajar de avião.
O estudante há de conhecer novas cidades.

VERBO AUXILIAR ASPETUAL


- Se o complexo verbal formado com o verbo principal tem valor aspetual de tipo
durativo, incentivo ou pontual, exige que o verbo principal se encontre no infinitivo.
- Com valor durativo – são, por exem., estar a, continuar a, ficar a, andar a, ir a, vir a.
Exemplo: A Joana está a telefonar à mãe.
- Com valor inceptivo – são, por exemplo, começar a.
Exemplo: Os estudantes começaram a aprender ensino à distância.
- Com valor pontual – são, por exemplo, acabar de, deixar de.
Exemplo: A Isabel acabou de comer.
O Eduardo deixou de fumar.
VERBO AUXILIAR MODAL
- Se o complexo verbal formado com o verbo principal tem valor modal de possibilidade,
probabilidade ou obrigatoriedade, exige que o verbo principal de encontre no infinitivo.
- Os auxiliares aspetuais com valor de possibilidade são, por exemplo, poder (com valor
de probabilidade, obrigatoriedade), dever (com valor de obrigatoriedade), ter de.
Exemplo: Eu posso ir hoje a tua casa. (valor de
possibilidade)
Eu devo ir hoje a tua casa. (valor de
probabilidade)
A Isabel devia ir às compras. (valor de
obrigatoriedade)
Eu tenho de ir hoje a tua casa. (valor de
obrigatoriedade)

NOME
- O nome pertence a uma classe aberta de palavras e pode
designar um ser, um objeto, uma ação, um estado ou uma
qualidade. Permite variação em género (masculino e
feminino), em número (singular e plural) e, por vezes,
em grau (aumentativo e diminutivo), podendo combinar-
se com determinantes ou quantificadores. Pode, ainda,
selecionar complementos.
SUBCLASSES
- A classe do nome divide-se em três subclasses: o nome próprio, o nome comum e
nome comum coletivo.
NOME PRÓPRIO
- O nome próprio designa um referente fixo individualizado (uma pessoa, uma entidade,
uma empresa, um rio, uma região, um país, um monumento...). Escreve-se geralmente
com letra maiúscula.
Exemplos: Mafalda, Porto Editora, rio Vouga, Beira Alta, Portugal, Torre de Belém.
NOME COMUM
- O nome comum designa vários referentes não individualizados (seres, objetos,
entidades, realidades...).
Exemplos: calendário, agrafador, bola, telemóvel, água, leite, pimenta, pessoa, cidade,
amizade, tristeza, luta, perdão.
NOME COMUM COLETIVO
- O nome comum coletivo designa um conjunto de seres ou objetos da mesma índole.
FLEXÃO EM GÉNERO
- Os nomes podem ser do género gramatical masculino ou feminino.
- Nos nomes que designam pessoas e animais, o género gramatical corresponde
normalmente a uma distinção de sexo, corresponde ao género natural (menino; menina;
gato, gata). Nos outros nomes, o género é convencional (o pente, a dança, o tango, a
saudade, o giz, o mar, a terra).
- Por norma, os nomes que designam seres animados variam em género, ou seja, podem
apresentar uma forma para o masculino e outra para o feminino. São os nomes biformes.
Há, porém, nomes que possuem apenas uma forma e um género, independentemente do
sexo do ser a que se faz referência. São os nomes uniformes.
PARTICULARIDADES DA FORMAÇÃO DO FEMININO
- Nomes uniformes de pessoas: usa-se a mesma forma para os dois géneros. Chamam-se
sobrecomuns. Ex.: a testemunha, a criança, a criatura, o cônjuge, o peão, o indivíduo.
- Nomes uniformes em que o género é marcado apenas pela forma masculina ou feminina
do determinante. Chamam-se comuns de dois. Ex.: o estudante, a estudante; o intérprete,
a intérprete; o artista, a artista.
- Nomes uniformes de animais: usa-se a mesma forma para os dois géneros. Chamam-se
epicenos. Se se pretender distingui-los, utilizam-se as designações macho e fêmea. Ex.: a
girafa, a águia, o lagarto, o jacaré, a borboleta.
• Regra geral: o –o final é substituído pelo –a (ex.: filho/filha).
• Nomes terminados em –r, -s ou –z: acrescenta-se o –a (Ex.: Senhor/senhora;
chinês/chinesa; juiz/juíza.
• Nomes terminados em –eu: geralmente, substitui-se a terminação por –eia (Ex.:
plebeu/plebeia).
• Nomes terminados em –ão: altera-se a terminação para –ã (ex.: irmão/irmã), para
–oa (Ex.: leão/leoa), para –ona (solteirão/solteirona), ou para –ana (sultão/
sultana). Porém há exceções: (Ex.: ladrão/ladra).
• Nomes terminados em –dor ou –tor: substitui-se a terminação por -eira ou –triz
(Ex.: vendedor/vendedeira; ator/atriz).
• Nomes que se referem a títulos: o feminino forma-se com as terminações –triz, -
essa, -isa, -ina (Ex.: imperador/imperatriz; abade/abadessa; profeta; profetisa;
maestro/maestrina.
• Alguns nomes formam o feminino com palavras diferentes das do masculino (Ex.:
homem/mulher).
• Alguns nomes, parecendo assumir uma forma para o masculino e uma forma para
o feminino, apresentam significados diferentes nas duas formas (Ex.: o porto/a
porta).
A CONJUGAÇÃO PRONOMINAL E PRONOMINAL REFLEXA
- Os verbos estão acompanhados de um pronome pessoal átono (forma do pronome
pessoal que, geralmente, se liga ao verbo através de um hífen), que remete para a pessoa
que está a ser sentenciada.
- Esses pronomes desempenham a função de complemento direto ou indireto do verbo:
Exemplos: Levem-no e entreguem-no ao dono.
Se não respeitares os limites de velocidade, ser-te-á tirada a carta de condução.
Deram-lhe um livro no aniversário.

- Nestes exemplos podemos substituir o elemento destacado pelo pronome o:


• A aluna lê o livro A aluna lê-o
• A aluna está a ler o livro A aluna está a lê-lo
• As alunas leem o livro As alunas leem-no
VALOR DE REFLEXIBILIDADE
- Utiliza-se acompanhado do pronome se, que indica que a ação expressa pelo verbo recai
sobre o sujeito que a pratica;
- O verbo está conjugado com um pronome que tem um valor de reflexibilidade.
Exemplos: A aluna levantou-se.
Ele resmungou consigo próprio.
Eu vou emendar-me.

VALOR DE RECIPROCIDADE

- O sujeito é necessariamente plural: implica duas ou mais entidades que estão envolvidas
numa relação simultaneamente como agentes e pacientes da ação.
- O verbo está acompanhado de um pronome pessoal (nos, vos e se), com valor de
reciprocidade.
Exemplos: As colegas cumprimentam-se à saída da aula.
Os namorados abraçam-se.

VALOR IMPESSOAL
- Se pode implicar um sujeito nula indeterminado quando é utilizado com formas de 3.ª
pessoa do singular ou com o verbo no infinitivo impessoal. Equivale à expressão há
pessoas que, há quem (alguém):
Exemplos: Diz-se que os preços dos combustíveis vão baixar.
Há quem diga que os preços dos combustíveis vão baixar.
Ao querer-se tudo pode ficar sem nada (= quando alguém quer tudo…).

VALOR PASSIVO
- No entanto, quando se utiliza com formas verbais na 3.ª pessoa do plural, “se” é uma
palavra com valor passivo, dado que se constrói uma frase com sentido passivo sem
recurso ao verbo auxiliar da passiva.
- As frases com se com valor passivo são parafraseáveis por frases com o auxiliar da
passiva.
Exemplos: Vendem-se livros usados aqui. (= Livros usados são vendidos aqui).
Vende-se fruta aqui. (= Fruta é vendida aqui).

VALOR INERENTE
- As formas verbais me, te, se, nos e vos podem também surgir exigidas ou admitidas pela
construção do verbo com que se combinam, mas sem terem valor reflexo ou recíproco.
Não podem ser acompanhadas das expressões a si próprio ou um ao outro. São, nestes
casos, pronomes pessoais com valor inerente:
Exemplo: Eles riram-se de mim.
- Neste caso, a forma do pronome é admitida pelo verbo rir, mas não exigida, poderíamos
dizer:
Exemplo: Eles riram de mim.
- Há, no entanto, verbos que exigem essa construção:
Exemplo: Nós atrevemo-nos a entrar. Os barcos afundaram-se com a tempestade. Eles
portaram-se bem.
GRAUS
- Normal: identifica uma realidade no seu estado natural. (Ex: O Miguel comprou um casaco).
- Aumentativo: identifica uma realidade, sobrevalorizando-a ou depreciando-a. (Ex: O Miguel
comprou um casacão).
- Diminutivo: identifica uma realidade, depreciando-a ou valorizando-a afetivamente. (Ex: O
Miguel comprou um casaquinho).
FONÉTICA E FONOLOGIA

- A Fonologia é um ramo da linguística que estuda o sistema sonoro


de uma língua, ou seja, estuda a maneira como os fonemas se
organizam, classificando-os em unidades capazes de distinguir
significados.

- A Fonética estuda a natureza física da produção e da perceção dos


sons da fala. Esta estuda a produção da fala pelos órgãos do
aparelho fonador. Este é constituído pelo conjunto de órgãos que
permitem ao homem produzir sons, nomeadamente, os sons da fala.

• Este aparelho subdivide-se em 3 partes:


o Pulmões;
o Laringe e cordas vocais
o Cavidades supralaríngeas

- A articulação é realizada por diferentes órgãos que denominamos, no seu conjunto, de


articuladores. Articular é dispor, de modos diferentes, a língua, o véu do palatino e os
lábios, a fim de obtermos determinado som.

• Os articuladores são:
o Maxilar inferior;
o Dentes;
o Maxilar superior;
o Alvéolos;
o Lábio inferior;
o Pré-palato;
o Lábio superior;
o Palato;
o Língua;
o Véu do palato.

Modo de articulação – modo de passagem do ar pelo trato vocal – fechamento/oclusão


total da saída do ar.

Ponto de articulação – É a região do trato vocal onde há maior constrição imposta pelos
articuladores do canal bocal.

PONTOS E MODOS DE ARTICULAÇÃO DAS CONSOANTES


- Em português, os sons dividem-se em 3 grandes grupos:
1. Vogal – é o som produzido sem que o ar encontre qualquer obstáculo na cavidade
bucal;
2. Semivogal – som semelhante ao das vogais, mas que, ao contrário destas, nunca
recebe acento. Combina-se sempre com uma vogal, para forma um ditongo (-i, -
u);
3. Consoante – som produzido quando o ar encontra um obstáculo na cavidade bucal
provocado pela aproximação, por exemplo, dos lábios ou da língua aos dentes
superiores.
- Quando o ar sai apenas pela boca, produzimos sons orais. Nos sons nasais, o ar sai
pela boca e pelo nariz.
VOGAIS
- As vogais são fonemas (sons) formados pela passagem de ar vindo dos pulmões, a qual
passa livremente pela boca ou pelo nariz, fazendo vibrar as pregas vocais.
▪ vogais abertas – pronunciamos com a boca aberta.
Exemplo: pá, lata, céu.
▪ Vogais fechadas – pronunciamos com a boca quase fechada
Exemplo: Três, amor, pena.
CONSOANTES
- As consoantes podem ser classificadas quanto ao modo de articulação, ponto de
articulação, e de acordo com a função das pregas vocais e da cavidade bucal e nasal.
▪ Consoantes sonoras – emitidas com vibração das cordas vocais;
▪ Consoantes surdas – emitidas sem vibração das cordas vocais;
- Quanto ao modo de articulação podem ser:
▪ Consoantes oclusivas – emitidas com bloqueio total da saída do ar. Dentro das
oclusivas temos as:
✓ Oclusivas nasais sonoras
✓ Oclusivas orais
- As orais podem ser surdas ou sonoras.
▪ Consoantes constritivas – emitidas com um bloqueio parcial da saída do ar, sendo
que podem ser:
✓ Constritivas fricativas – emitidas a
partir da fricção do ar num obstáculo;
As fricativas podem ser orais: surdas
ou sonoras.
✓ Laterais – emitidas pela passagem
do ar pelo canto da boca. Estas
podem ser:
o Laterais vibrantes sonoras
– emitidas a partir da vibração
de um dos elementos do
aparelho fonador;
o Laterais nasais sonoras –
emitidas através da saída do
ar pelo nariz.
O ponto de articulação é o lugar onde a corrente de ar é articulada nos lábios, dentes e
palato, e dividem-se em:
▪ Bilabiais – emitidas a partir do contato entre o lábio superior e inferior;
▪ Dentais – emitidas pelo contato entre a língua e os dentes;
▪ Alveolares – emitidas através do contato entre a língua e os dentes;
▪ Labiodentais – emitidas pelo contato entre os lábios e os dentes superiores;
▪ Palatais – emitidas pelo contato entre o dorso da língua e o céu da boca;
▪ Velares – emitidas pelo contato entre a parte superior da língua e o fim do céu da
boca.

- Quando falamos, não produzimos sons individuais, mas sim sequências de sons. Sempre
que dois elementos vocálicos se sucedem, podemos estar perante um hiato ou um ditongo.
HIATO
- Sequência de duas vogais que pertencem a sílabas diferentes.
Exemplo: pa–ís; apati–a; coro–a; ra-íz.
DITONGO
Sequência de uma vogal e de uma semivogal (numa mesma sílaba). De acordo com a
posição em que ocorrem esses sons, o ditongo pode ser ditongo crescente ou decrescente.
▪ Ditongo crescente – Quando a semivogal ocorre antes da vogal.
Exemplo: quadro, quase, tranquilidade, régua, aquário, pinguim.
▪ Ditongo Decrescente – Quando a semivogal ocorre depois da vogal (ai, au, ei, eu,
oi, ou, ui, iu).
Exemplo: cautela, comeu, roubei – Ditongos orais.

▪ Ditongos nasal – estes ditongos podem ser assinalados pelo til, ou pela
combinação da vogal com a consoante m ou n.
Exemplo: pão, limões, pensam, também.
- Quando há um conjunto de duas consoantes seguidas pertencentes à mesma sílaba dá-
se o nome de grupo consonântico. Há também grupos consonânticos cujas consoantes
pertencem a sílabas diferentes (af-ta, bac-téria, ad-vogada).
DÍGRAFO
Conjunto de letras que representam um único som.
▪ Dígrafos consonantais – formados por consoantes ou grupos (“gu” ou “qu”)
seguidos de “e” ou “i”.
Exemplo: chama, trabalho, manhã, garra.
▪ Dígrafos vocálicos – formados por vogais seguidas de “m” ou “n”
Exemplo: embora, amparar, encontrar.
SÍLABAS TÓNICAS E NÚMERO DE SÍLABAS
SÍLABA

- É um som ou um grupo de sons pronunciados por uma emissão sonora, ou seja, de uma
só vez.
- As palavras podem ser classificadas quanto ao seu número de sílabas:
▪ Monossílabas – apenas uma sílaba;
▪ Dissílaba – duas sílabas;
▪ Trissílaba – três sílabas;
▪ Polissílaba – quatro ou mais sílabas.
- Quando pronunciamos uma palavra, distinguimos a sílaba que é dita com maior
intensidade, à qual chamamos de sílaba tónica (as sílabas que têm acentos são sempre
tónicas). As restantes têm o nome de sílaba átona.
- Podemos ainda classificar as palavras quanto à sua sílaba tónica:
▪ Aguda – sílaba tónica é a última:
▪ Grave – sílaba tónica é a penúltima;
▪ Esdrúxula – sílaba tónica é a antepenúltima. Esta sílaba é sempre acentuada.

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