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Glossário

TEMA I. A POPULAÇÃO, UTILIZADORA DE RECURSOS E ORGANIZADORA DE ESPAÇOS

1.1. A população: evolução e diferenças regionais


1.1.1. A evolução da população na 2ª metade do século XX

Censo ou recenseamento: conjunto de operações que têm como objetivo recolher, agrupar e publicar
dados respeitantes ao estado da população residente de um determinado território e num período de
tempo especificado.
Crescimento efetivo: soma do crescimento natural e do saldo migratório.
CE = (N − M) + (I − E)
CE = CN + SM
Crescimento natural (ou saldo fisiológico): crescimento da população de um território devido ao
nascimento e à morte, isto é, aos processos naturais. Traduz a diferença entre a natalidade e a
mortalidade durante um ano num determinado território.
CN = natalidade (N) − mortalidade (M)
Demografia: ciência que se dedica ao estudo quantitativo e qualitativo da população humana, tendo por
objeto o estudo e a explicação do modo como evolui e se modifica.
Emigração: deslocação da população para um país estrangeiro.
Êxodo rural: movimento migratório da população no sentido do meio rural para o meio urbano.
Imigração: entrada de estrangeiros num país.
Índice de renovação de gerações: número médio de filhos que cada mulher devia ter durante toda a sua
vida para que as gerações pudessem ser substituídas. Aparentemente seria 2, para que, morrendo os
pais, estes pudessem ser numericamente substituídos. Contudo, como à nascença há mais rapazes que
raparigas (105 rapazes para 100 raparigas), o índice tem de ser 2,1.
Índice sintético de fecundidade: número médio de filhos que cada mulher tem durante a sua vida.
População absoluta ou população total: número total de habitantes num determinado período de
tempo e numa dada área.
População residente: população que, mesmo não estando presente no momento da observação, vive na
sua residência habitual há pelo menos 12 meses consecutivos ou habita a atual residência nos últimos
doze meses com a intenção de aí permanecer por um período de pelo menos um ano.
Saldo migratório: diferença entre a imigração e a emigração, durante um ano, num dado território.
SM = imigração (I) − emigração (E)
Taxa de crescimento efetivo: crescimento real da população durante um ano por mil habitantes ou cem
habitantes. Expressa-se em permilagem ou percentagem.
(natalidade − mortalidade) + (imigrantes − emigrantes)
TCE = ∗ 1000 = ⋯ ‰
população absoluta
Taxa de crescimento natural: crescimento natural por mil habitantes; é a diferença entre a taxa de
natalidade e a taxa de mortalidade.
Taxa de fecundidade: número total de nados-vivos por cada mil mulheres em idade fértil (dos 15 aos 49
anos). Exprime-se em permilagem.
nº total de nados − vivos
TF ‰
Taxa de mortalidade infantil: úmero de óbitos de crianças com menos de um ano por mil nados-vivos
durante um ano. Exprime-se em permilagem.
nº total de óbitos < 1 ano
TMi ‰
Taxa de mortalidade: número total de óbitos por cada mil habitantes, numa dada área e num dado
período de tempo. Exprime-se em permilagem.
nº total de óbitos
TM = ∗ 1000 = ⋯ ‰
populaçao absoluta
Taxa de natalidade: número total de nascimento por cada mil habitantes, numa dada área e num dado
período de tempo. Exprime-se em permilagem.
nº total de nados − vivos
TN = ∗ 1000 = ⋯ ‰
populaçao absoluta
Taxa de saldo/crescimento migratório: saldo migratório por cada mil habitantes numa dada área e num
dado período de tempo.

1.1.2. As estruturas e comportamentos sociodemográficos


a) A estrutura etária

Classes ocas: classes etárias que representam uma redução do número de efetivos relativamente à
classe etária superior. Traduzem, através de reentrâncias, acontecimentos passados como: diminuição
da natalidade, aumento da mortalidade, emigração, guerras, fomes, epidemias…
Esperança média de vida / Esperança de vida à nascença: número médio de anos que uma pessoa à
nascença pode esperar viver, mantendo-se as taxas de mortalidade por idades observadas no período
de referência.
Estrutura etária: constituição da população por idades.
Envelhecimento demográfico:
Grupo etário: intervalo de idades, em anos, no qual o individuo se enquadra, de acordo com o momento
de referência. A população pode ser representada por grupos etários de cinco em cinco anos (grupos
quinquenais) ou por grandes grupos etários: jovens (0-14 anos); adultos (15-64 anos); idosos (65 e mais
anos).
Índice de dependência (total, jovens e idosos):
Índice de dependência de idosos (IDI): relação entre a população idosa (65 e mais anos) e a população
em idade ativa (entre os 15 e os 64 anos)
idosos
IDJ = *100 = …% ativos
Índice de dependência de jovens (IDJ): relação entre a população jovem (dos 0 aos 14 anos) e a
população em idade ativa (entre os 15 e os 64 anos)
jovens
IDJ = *100 = …% ativos
Índice de dependência total (IDT): relação entre a população dependente (jovem e idosa) e a população
em idade ativa (adulta)
jovens+idosos
IDT = * 100 = …%
ativos
Índice de envelhecimento: relação entre o número de idosos (população com 65 ou mais anos) e o
número de jovens (população entre os 0-14 anos). Exprime-se habitualmente pelo número de idosos por
cada 100 pessoas entre 0-14 anos.
Pirâmide etária: gráfico de barras que representa a repartição da população por idades e por sexos.

b) A estrutura ativa

Estrutura ativa: distribuição da população por setores de atividade: setor primário: agricultura,
silvicultura, pesca e extração mineira – tudo o que está relacionado com a exploração dos recursos
naturais; setor secundário: indústria transformadora, construção civil e obras públicas, distribuição de
energia e água – tudo o que está relacionado com a transformação dos recursos; setor terciário:
comércio e serviços.
População ativa: conjunto de indivíduos com idade mínima de 15 anos que, no período de referência,
constituíam a mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços que entram no circuito
económico (empregados e desempregados).
População inativa: conjuntos de indivíduos que, independentemente da sua idade, no período de
referência, não podiam ser considerados economicamente ativos, isto é, não estavam empregados nem
desempregados.
Taxa de atividade: percentagem da população ativa em relação à população total.

c) O nível de instrução e qualificação profissional

Nível de instrução: situação do indivíduo face ao sistema formal de ensino, isto é, o número de anos de
escolaridade que concluiu e/ou o respetivo grau académico que possui.
Nível de qualificação profissional: conjunto de saberes e competências que o trabalhador deve utilizar
no desempenho de determinadas tarefas que fazem parte do perfil da profissão que exerce.
Qualificação profissional: conjunto de competências profissionais que permitem exercer um conjunto
de atividades profissionais.
Taxa de alfabetização: percentagem da população, com 15 ou mais anos, que pode, com compreensão,
ler e escrever um pequeno texto sobre o seu quotidiano.
Taxa de analfabetismo: percentagem da população que não sabe ler nem escrever.
Taxa de escolarização: relação percentual entre o número de alunos matriculados num determinado
ciclo de estudos, em idade normal de frequência desse ciclo, e a população residente dos mesmos níveis
etários.

1.1.3. Os principais problemas sociodemográficos


a) O envelhecimento
b) O declínio da fecundidade
c) O baixo nível educacional
d) A situação perante o emprego

Desemprego: situação em que um indivíduo, embora disponível para trabalhar, não trabalha e procura
novo/primeiro emprego.
Desemprego de longa duração: população desempregada à procura de emprego há mais de 12 meses.
Empregado: indivíduo com a idade mínima de 15 anos que se encontre numa das seguintes situações:
tenha efetuado um trabalho de pelo menos uma hora, mediante o pagamento de uma remuneração ou
com vista a um benefício ou ganho familiar em dinheiro ou em géneros; tenha um emprego, podendo
não estar ao serviço, mas continua com uma ligação formal ao seu emprego; tenha uma empresa mas
não esteja temporariamente ao trabalho por uma razão específica; esteja em situação de pré-reforma
mas encontra-se a trabalhar no período de referência. Emprego temporário: emprego com contrato a
prazo.
Índice de sustentabilidade potencial: relação existente entre a população em idade ativa (população
entre os 15 e os 64 anos) e a população idosa (com mais de 65 anos). Mede o esforço que a população
idosa exerce sobre a população ativa.
ativos (15−64 anos)
ISP = * 100 = …% idosos
(+65 anos)

Situação na profissão: relação de dependência ou independência de um indivíduo ativo no exercício da


profissão, em função dos riscos económicos em que incorre e da natureza do controlo que exerce na
empresa.
Subemprego: trabalho precário, salário baixo.
Taxa de desemprego: percentagem da população desempregada face ao total da população ativa.

1.1.4. O rejuvenescimento e a valorização da população


a) Os incentivos à natalidade
b) A qualificação da mão-de-obra

Desenvolvimento sustentável: desenvolvimento através do qual se pretende alcançar a satisfação das


necessidades do presente sem comprometer a capacidade de satisfação das necessidades das gerações
futuras.
Planear: organizar ações a realizar no território, visando a transformação física, social e económica de
forma ordenada e harmoniosa.
Política natalista: política que visa o aumento da natalidade através da aplicação de medidas de apoio às
famílias por parte do Estado

1.2. A distribuição da população


1.2.1. Os condicionantes da distribuição da população
a) Fatores naturais
b) Fatores humanos
1.2.2. Os problemas na distribuição da população
a) A litoralização do povoamento/o despovoamento do interior

Assimetrias regionais: desigualdades acentuadas na distribuição da população, atividades económicas,


qualidade de vida, entre outras de um determinado território.
Densidade populacional: número de habitantes numa determinada área, normalmente km2.
Despovoamento: diminuição do número de indivíduos que vivem numa dada região, geralmente devido
à dinâmica demográfica negativa e a movimentos migratórios como a emigração e o êxodo rural.
Litoralização: processo de progressiva concentração da população e das atividades económicas ao longo
da faixa litoral (associado à perda de importância do litoral).
Bipolarização: concentração da população e das atividades económicas em dois polos (no caso
português, Lisboa e Porto).
Capacidade de carga humana: total de indivíduos de uma dada espécie que um dado ecossistema ou
paisagem pode suportar indefinidamente sem degradação. Sempre que a população excede a
capacidade de carga correspondente para si, a degradação ambiental torna-se inevitável.
Êxodo rural: movimento migratório em que a população abandona o meio rural e se dirige para o meio
urbano (as cidades).
Ordenamento do território: organização do território através da elaboração de planos, a diferentes
níveis e em diversas áreas, tendo em vista um desenvolvimento económico e social com base nos
recursos naturais e humanos, e com objetivos e estratégias bem definidos.

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