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499 Critica 1262 1263
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The Economist: “Maior do que Marx. Nenhum outro trabalho sólido sobre
economia chegou tão perto de ganhar a condição de ícone pop”.
Bill Gates: “Concordo com as principais conclusões de Piketty. Espero que seu
trabalho estimule mais pessoas competentes a estudar a desigualdade de riqueza e
de renda. Quanto mais entendermos das causas e curas, melhor”.
Paul Krugman: “Piketty transformou nosso discurso econômico; jamais
voltaremos a falar sobre renda e desigualdade da mesma maneira”.
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como aposentadoria, seguro desemprego, seguro acidente/invalidez, férias, 13º
salário, políticas compensatórias nas áreas da saúde, moradia, alimentação,
educação, etc. Unidade da exploração econômica e da miséria da população. Nas
áreas e economias dominadas ela aparece com a predominância da miséria.
Essa característica relação nas economias dominadas entre economia e
política, entre capital e Estado, estabelecida pelo sistema imperialista e pelas
respectivas burguesias dominadas, aparece sempre como desproporcional e
continua expansão da miséria e empobrecimento do exército industrial de reserva
estocado no país, da imensa maioria da população do país.
A impossibilidade da população dessas áreas e economias periféricas
terem acesso pelo menos a uma pequena parte dos meios necessários à sua
reprodução física bloqueia também o desenvolvimento econômico nacional há
muito tempo ocorrido nas economias dominantes – onde predomina a mais-valia
relativa da totalidade. Aumentar o lucro com o aumento da miséria torna-se fator
essencial da valorização do capital nestas economias dominadas, onde predomina
preguiçosamente a mais-valia absoluta. Resultado mais visível (e insolúvel)
dentro do regime capitalista: diferentemente do que ocorre nas economias
dominantes, as economias dominadas das grandes áreas geoeconômicas são
marcadas pela baixíssima produtividade do regime econômico capitalista e pela
permanente instabilidade do regime político burguês.
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dos Bancos (FEBRABAN) e a renda fundiária da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA), limita-se a dizer que é assim que as coisas funcionam.
Argumenta com certa alegria que o ajuste da economia tem sido mais
rápido que o esperado por causa do setor externo, embora isso não seja suficiente
para a retomada do crescimento. “A única boa notícia da economia brasileira é
que o balanço de pagamentos está vindo melhor do que esperávamos. Mesmo
com a queda do preço das commodities, o câmbio tem ajudado. A substituição
das importações já está ocorrendo e vemos sinais de empresas exportadoras
aumentando o volume de vendas”.
É correta a verificação de que estão aumentando as exportações e o
superávit comercial, que ele confunde com “balanço de pagamentos”. Essa
verificação serve para desmentir, de passagem, que a crise econômica nacional
deriva da queda da demanda externa, da queda dos preços das commodities, etc.
Isso pode ser verdade para as demais economias latino-americanas, mas não para
a economia brasileira e nem, em menor medida, para a argentina. Os fatores
endógenos de crise afetam muito mais a economia do que os exógenos. Mas
essas observações preliminares ainda são insuficiente para se dizer muito sobre a
natureza mais profunda dos problemas atuais da economia brasileira. Em nosso
próximo boletim faremos o balanço de outros importantes fatos e números
altamente esclarecedores a respeito.