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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Iº CICLO DE ENSINO SECUNDÁRIO

FÍSICA

CONTEÚDOS DO PROFESSOR 7ª CLASSE

Elaborado por: Téc. Amândio Serafim

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim “AMILSON”


ÍNDICE GERAL

Tema 1 – O Universo
Subtema: 1.1. O sistema solar
 O sistema solar
 O céu diurno - O Sol
 O movimento aparente do sol
 A influência do sol sobre a Terra
 O céu nocturno. As estrelas. O movimento diário das estrelas
 Luz e cor
 Processos de orientação

TEMA 2 – A FÍSICA E AS GRANDEZAS FÍSICAS


Subtema: 2.1. A Física e a Natureza
 Introdução: O que estuda a Física e origem da Física
 Ramos da Física
 A Física e a tecnologia

Subtema: 2.2. Grandezas Físicas e sua medição


 Grandezas Físicas e sua medição
 Tipos de grandezas físicas
 Sistemas de unidades de medidas
 Medidas de comprimento
 Medidas de peso
 Medidas de capacidade
 Medidas de superfície
 Medidas de volume

Tema 3 – Estrutura e Estado de Agregação de uma Substância


Subtema: 3.1. Estados físicos das substâncias
 Noções elementares sobre a estrutura das substâncias
 Estados físicos de agregação: sólido, líquido e gasoso
 Agregação e movimentos moleculares
 Introdução à teoria Cinética Molecular
 Dilatação e difusão
 Movimento Browniano
 Temperatura e movimentos moleculares

Tema 4 – Força E Massa


Subtema: 4.1. Forças e interacções
 Tipo de forças e seus efeitos
 A força como grandeza vectorial. Sua representação gráfica;
 Unidade de medida da força
 Composição de forças. Força resultante
 Força elástica
 Dinamómetros. Balanças
 Medição de intensidades de forças
 Peso de um corpo. Factores de que depende
 Força de atrito
 Forças de atrito na Natureza e na Técnica

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


 Pressão e força de pressão;
 Unidade S.I de pressão
 A pressão na Natureza e na Técnica

Subtema: 4.2. Massa e inércia


 Medição de massas.
 Unidade de medida de massa
 Outras unidades de medida de massa mais utilizadas
 Densidade de um corpo

Tema 5 – Pressão nos Líquidos e nos Gases

Subtema: 5.1. Líquidos: vasos comunicantes


 Superfície livre dos líquidos
 Vasos comunicantes

Subtema: 5.2. Líquidos: forças de pressão


 Pressão no interior dos líquidos
 Paradoxo hidrostático

Subtema: 5.3. Pressão nos líquidos. Princípio de Pascal


 Princípio de Pascal
 Prensa hidráulica
 Outras aplicações do Princípio de Pascal

Subtema: 5.4. Princípio de Arquimedes: Impulsão


 Princípio de Arquimedes
 Impulsão
 Aplicações

Subtema: 5.5. Pressão dos gases. Pressão atmosférica


 Pressão dos gases
 Pressão atmosférica. Barómetros
 Unidades de pressão atmosférica

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Tema # 1 – O Universo
Subtema: 1.1. O sistema solar
Sumário: O sistema solar

Na Física, a palavra Universo ou Cosmos: é conjunto de tudo o que existe desde


as partículas mais pequenas que formam todos até aos astros situados á distâncias
maiores.
Ex: Os seres vivos, os astros, as moléculas, as células, os objectos e os fenómenos que
decorrem na Natureza, constituem uma parte do Universo. Para além dela, temos o Sol, a
Lua, os Planetas e as Estrelas.

Entre os principais personagens da Física dos raios cósmicos, mencionamos os


seguintes: Louis Leprince-Ringuet, Clifford Butter e Patrick Blackett.

A ciência que estuda os astros, bem como o Universo, chama-se Astronomia e


faz parte das ciências físicas (Geologia, Química e a Física).

Sistema Solar: é conjunto constituído pelo Sol (que está ao centro do sistema) e
por um grande número de outros corpos celestes que giram em torno dele.

Planeta, em latim «errante» “que procede mal, errado”. Como efeito, a posição
dos planetas no céu estrelado muda de modo sensível no decorrer de algumas semanas.
Isto, deve-se ao facto de eles se mover a velocidades entre 8 e 45km/s. Ao redor do Sol
em trajectória léntica é circunferência.

Os Planetas: são corpos celestes sem luz e calor próprios, sólidos, arredondados
e com gravidade própria, os que giram em torno de uma estrela maior.

Os Planetas distinguem-se pelo seu tamanho e pela sua composição:


 Os (04) planetas interiores: Mercúrio, Vénus, Terra e Marte: são pequenos
corpos sólidos, essencialmente rochosos.
 Os (04) planetas seguintes: Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno: são planetas
gigantes formados por gases (hidrogénio e hélio).
 O Plutão é um pequeno planeta constituído aparentemente por gelo.

Diâmetro Período de rotação (em dias Período de translação (em


Planeta (em km) terrestres) dias terrestres)
Mercúrio 4 880 88 59
Vénus 12 100 243 225
Terra 12 756 1 365
Marte 6 700 1,03 187
Júpiter 142 800 0,38 4 380
Saturno 120 000 0,44 29,5
Úrano 51 520 0,83 30 660
Neptuno 50 000 0,67 69 225
Plutão 2 500 6 90 885

Mercúrio: é o planeta mais próximo do Sol e rochoso provavelmente constituído


por um núcleo de ferro rodeado por uma camada de silicatos. Dista do Sol 45 600 000km
e completa a sua orbita em 88 dias e gira sobre si mesmo em 59 dias; a sua superfície

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está alternadamente a longos períodos de calor e frio. A temperatura deste planeta varia
entre os 350ºC ao meio-dia e – 170ºC á noite.

Vénus: é o segundo planeta mais próximo do Sol e mais próximo da Terra. É o


objecto mais brilhante do céu, depois do Sol e da luz. É basicamente formado por dióxido
de carbono e pelas pequenas quantidades de azoto, oxigénio, dióxido de enxofre e
vapor de água.

Terra: é o terceiro planeta mais próximo do Sol. Dista do Sol de 149 565 600km
e completa a sua orbita em 365 dias (Período de translação) e o seu período de rotação
(dia) dura 23h56min4s e com um diâmetro de 12 756km.

A Terra, é o único planeta onde existe vida. É composta por uma atmosfera de
76% de azoto, 21% de oxigénio e pequenas quantidades de dióxido de carbono.

Marte: é o visto a partir da Terra e apresenta uma cor vermelho-alaranjada e é o


planeta mais luminoso de Vénus e Júpiter. É o mais afastado do Sol. Percorre em 687 dias
numa orbita excêntrica. Dista do Sol de 207 000 000km e 6 700km de diâmetro
equatorial. A atmosfera de Marte é constituída por 95% de dióxido de carbono, 5% de
azoto e árgon.

Júpiter: é o maior planeta do Sistema Solar, o quinto a contar do Sol e é um


planeta gigante formado por gases (hidrogénio e hélio); é uma enorme bola de gás, mil
vezes mais volumosa do que a Terra, não exactamente esférico, pois é achatado nos pólos.
Saturno: é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo depois do Júpiter e é um
planeta gigante formado por gases (hidrogénio e hélio). O seu diâmetro equatorial é de
120 000km e dista do Sol a uma distância de 1.375.000. 000km, possuí uma orbita
excêntrica que completa 29,9 anos; efectua rotação rápida sobre si mesmo em 10h39min.

Tem uma temperatura de −𝟏𝟔𝟎 º𝐂. É rodeado por (21) satélites, dentre os quais
destacamos os mais importantes: Titã, Rea e Lapeto, medem respectivamente 1530km
e 1440km de diâmetro.

Úrano: é o sétimo planeta do Sistema Solar e é um planeta gigante formado por


gases (hidrogénio e hélio). Dista do Sol a uma distância de 2.716.000.000km; completa
a sua orbita em 84 anos terrestres, com 51 520km de diâmetro, efectuando uma rotação
sobre si próprio em 17,24h. É composto por (15) satélites, dentre os quais destacamos os
mais importantes: Miranda (130.000km), Ariel (1.160km), Umbriel (1.190km),
Titânia (1.600km) e Oberon (1.600km) diâmetros cada um destes satélites e são
formados por rochas e gelo.

Neptuno: é o oitavo planeta do Sistema Solar e é um planeta gigante formado por


gases (hidrogénio e hélio), completa a sua orbita em 164,8 anos e evoluindo a uma
distância média do Sol 4.496.000.000km, cujo diâmetro equatorial mede 50.000km e o
seu período de rotação é cerca de 16h3min.

Plutão: é o nono planeta do Sistema Solar e é um pequeno planeta constituído


aparentemente por gelo, é o mais afastado do Sol, encontra-se a uma distância do Sol de
7.375.000.000km, completa a sua orbita em 248 anos que dura o seu período de

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


revolução e cujo diâmetro equatorial mede 2.500km, pois a sua orbita está inclinada cerca
de 17º. É constituído por (01) satélite, chamado Carone, com um diâmetro de 1.000km.

Actividades
1. O que chamamos de Universo?
R: Chamamos de Universo ao conjunto de tudo o que existe desde as partículas mais
pequenas que formam todos até aos astros situados á distâncias maiores.

2. Como se chama a ciência que estuda os astros bem como o Universo?


R: A ciência que estuda os astros bem como o Universo chama-se Astronomia.

3. O que entendes por Sistema Solar?


R: Entendo por Sistema Solar como o conjunto constituído pelo Sol e por um grande
número de outros corpos celestes que giram em torno dele.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 1.1. O sistema solar
Sumário: O Céu diurno. O Sol.

Durante o dia vemos sobre nós o céu azul, o Sol e as nuvens. O céu diurno mostra-
se azul, porque, quando os raios de luz do Sol entram na atmosfera terrestre, ocorre o
fenómeno do espalhamento, que destaca a luz de cor azul.

Assim, as moléculas da atmosfera difundem o azul em uma quantidade mais


elevada que as outras cores, espalhando o azul para todas as direcções da atmosfera. É
essa cor reflectida que chega até os nossos olhos na superfície da Terra, por isso
observamos o céu azul.

A luz é uma onda que possui vários comprimentos.

As nuvens são gotículas de tamanho muito maiores que o comprimento de ondas


da luz, ocorrendo dispersão generalizada em todo o espectro visível.

O Sol: é a estrela central do sistema solar. O Sol é a estrela mais próxima da Terra,
dista aproximadamente 150 milhões de quilometros de nós.

A composição do Sol é de 75% de hidrogénio e 24% de hélio, sendo restante


formado principalmente por oxigênio, carbono e ferro.

O Sol pode ser dividido em partes com diferentes propriedades físicas, que são:
 Núcleo: onde ocorrem as fusões nucleares e processo de nucleossíntese e
representa cerca de 25% da massa do Sol.
 Zona radiativa: onde a radiação electromagnética produzida é reflectida por
muitas vezes.
 Zona convectiva: uma camada instável que transmite calor por meio da
convecção, nessa região ocorrem erupções solares.
 Fotosfera: a camada mais externa do Sol, é com base nela que toda a luz solar é
irradiada e tem cerca de 100 km de espessura.
 Cromosfera: uma camada de baixa densidade que marca marca a transição entre
a atmosfera solar e a coroa solar.
 Coroa: uma aura de plasma que permeia milhões de quilométros ao redor do Sol.

O Sol emite uma grande quantidade de radiações electromagnéticas, como


consequência das reacções nucleares que têm lugar no seu interior.
As radiações electromagnéticas que emite luz solar é: raio x, luz ultravioleta, luz
visível, luz infravermelha e ondas de rádio.

A luz visível leva oito (8) minutos para chegar a Terra e tem um comprimento de
onda entre 380 e 780 nanómetros (nm), é uma unidade de grandeza física.

Actividades
1. O que vemos durante o dia?
R: Durante o dia vemos o céu azul, o Sol e as nuvens

2. Porque é que o céu diurno mostra-se azul?

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


R: O céu diurno mostra-se azul, porque quando os raios de luz do Sol entram na
atmosfera terrestre, ocorre o fenómeno do espalhamento, que destaca a luz de cor azul.

3. O que são nuvens?


R: Nuvens são gotículas de tamanho muito maiores que o comprimento de ondas da luz,
ocorrendo dispersão generalizada em todo o espectro visível.

4. Como pode ser dividido o Sol e mencione-os?


R: O Sol pode ser dividido em partes com diferentes propriedades físicas, que são:
núcleo, zona radiativa, zona convectiva, fotosfera, cromosfera e coroa.

a) Define a coroa.
R: A coroa é uma aura de plasma que permeia milhões de quilométros ao redor do Sol.

5. Quais os elementos que compõe o Sol?


R: Os elementos que compõe o Sol são: 75% de hidrogénio e 24% de hélio,
sendo restante formado principalmente por oxigênio, carbono e ferro.

6. Cite as radiações electromagnéticas que emite luz solar?


R: As radiações electromagnéticas que emite luz solar são: raio x, luz ultravioleta, luz
visível, luz infravermelha e ondas de rádio.

7. O que o Sol emite?


R: O Sol emite uma grande quantidade de radiações electromagnéticas.

8. Como se chama a estrela central do Sistema solar?


R: A estrela central do Sistema solar chama-se Sol.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 1.1. O sistema solar
Sumário: O movimento aparente do Sol

Ao amanhacer, vemos o Sol nascer no horizonte. Conforme o dia passa, o Sol


movimenta-se contornando o semi-circulo que atravessa os céus de horizonte, no eixo
leste-oeste e resulta como consequência da rotação sobre o seu eixo de 24 horas, com
uma volta completa equivalente a 360º em cada hora, o planeta roda 15º.

Horizonte: é uma linha plana que vemos ao olhar o mar, ou seja, é um lugar em
que o céu e a Terra parecem que se unem.

O movimento aparente do Sol: é a posição do Sol no céu ao decorrer do dia.


Ex:

O movimento aparente do Sol cruz o equador nos equinócios, os dias do ano em


que a duração do dia e da noite é igual.
Ex:

Durante o percurso diário aparente que o Sol descreve no céu num determinado
lugar de observação, o Sol irá atingir a altura máxima em relação ao horizonte quando
cruzar o meridiano (longitude) desse lugar.
Ex:

Ao longo do ano, o Sol descreve um movimento aparente que se chama por


eclíptica. A eclíptica é a projecção sobre a esfera celeste da trajectória aparente do Sol
quando observada a partir da Terra.

Estações: é um fenómeno que consiste nas mudanças que se produzem na duração


do dia e na inclinação dos raios solares em diferentes épocas do ano.

Estações do ano são os períodos em que o ano é dividido de acordo com as


características climáticas.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Existem quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno.
1. Primavera: é a estação do ano marcada pelo aparecimento das flores, as flores
florescem e os dias e noites têm a mesma duração, que sucede o inverno e antecde
o verão, inicia a 23 de setembro e termina a 22 de dezembro

2. Verão: é um período marcado pelas altas temperaturas e dias mais long do ano
que ocorre por volta do dia 21 de Dezembro e termina no dia 20 de Março, sucede
a primavera e antecede o outono O Sol mostra-se mais alto no céu e durante mais
tempo, pelo que aquece mais, o Sol saí do Este-Nordeste;

3. Inverno: é a duração da noite, a época mais fria do ano, antecede a primavera e


sucede o outono, começando dia 21 de Junho e termina no dia 23 de Setembro.
O Sol apresenta-se a menor altura no céu e durante menos tempo, pelo que aquece
menos, o Sol saí pelo Este-Sudeste e põe-se a Oeste-Sudeste;

4. Outono: é a estação do ano que sucede o Verão e antecede o Inverno e começa a


20 de Março e termina a 21 de Junho.

As estações variam conforme a exposição dos raios solares, ou seja, de acordo


com o movimento orbital da terra em relação ao Sol.

Actividades
1. Como se movimenta o Sol?
R: O Sol movimenta-se contornando o semi-circulo que atravessa os céus de horizonte,
no eixo leste-oeste e resulta como consequência da rotação sobre o seu eixo de 24 horas,
com uma volta completa equivalente a 360º em cada hora, o planeta roda 15º.

2. Como se chama a posição do Sol no céu ao decorrer do dia?


R: A posição do Sol no céu ao decorrer do dia chama-se movimento aparente do Sol.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 1.1. O sistema solar
Sumário: A influência do Sol sobre a Terra

Todos nós reconhecemos o Sol, como uma fonte de luz e calor, ele (Sol) é
chamado de astro rei.

- Luz: é a forma de energia radiante que é transmitida de um corpo luminoso.

- Calor: é a energia transferida de um corpo para outro, em consequência da


diferença de temperatura.

- Temperatura: é uma grandeza física que permite variar o grau de agitação


térmica e é expressa em grau (º).

- A energia: é uma grandeza física.

O Sol influencia o clima na Terra, sem o Sol a Terra congelaria e todos os humanos
morreriam.

O Sol é a fonte de energia de grande parte de todas as coisas na vida.

O Sol fornece energia que permite que a água esteja em um estado líquido aqui na
Terra, o que é vital para toda a vida neste planeta.

Os cientistas descobriram que o calor se produz no interior do Sol através de um


processo similar ao da explosão de uma bomba termonuclear (hidrogénio).

O conjunto da emissão solar resulta a luz. Entre o Sol e a Terra há um vazio quase
absoluto, mas o calor do Sol chega até nós através de uma propagação do calor por
radiação.

Actividades
1. Define a luz.
R: A luz: é a forma de energia radiante que é transmitida de um corpo luminoso.

2. Que diferença há entre o calor e a temperatura?


R: A diferença há entre o calor e a temperatura é: Calor, é a energia transferida de um
corpo para outro, em consequência da diferença de temperatura; enquanto que a
temperatura: é uma grandeza física que permite variar o grau de agitação térmica.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 1.1. O sistema solar
Sumário: O céu nocturno. As estrelas. O movimento diário das estrelas

Durante a noite, vemos as estrelas e a Lua. Vemos as estrelas como pontos, as


suas posições são praticamente fixas.

As estrelas: são massas de gás incandescente que se encontram mais ou menos


dispersas pelo espaço.

As estrelas: são corpos celestes que têm luz própria e calor. Elas são, na verdade,
esferas gigantes compostas de gases que produzem reacções nucleares e tem um diâmetro
de 1 milhão e meio de quilómetro.

Existem estrelas vermelhas, amarelas, brancas e azuis. As estrelas emitem luzes


de cores diferentes em decorrência da sua temperatura, segundo a tabela em baixo:
Cor Temperatura em ºc Nomes
Azul 11.000 – 25.000 Rigel, Régulo
Branca-azulada 8.000 – 11.000 Vega, Altair, Sírio
Branca 6.000 – 8.000 Polar, Prócion
Amarela 5.000 – 6.000 Sol, Capela
Alaranjada 3.500 – 5.000 Albebarã, Arcturo

Tipo de Estrelas
As estrelas dividem-se em vários tipos, dependendo da sua massa, das suas
dimensões, temperatura e magnitude. Entre os principais estão:
 Estrelas duplas: são duas estrelas distintas, mas tão próximas entre si que se torna
impossível distingui-las visualmente.
 Estrelas Variáveis: são estrelas que não brilham de um modo constante,
apresentando variações de magnitudes periódicas ou irregulares.
 Estrelas Novas: são estrelas binárias e formadas por uma estrela grande e por
uma anã branca.
 Super Novas: são estrelas de grandes dimensões que morrem com uma explosão
violenta.
 Quasares: é um corpo celeste, tipo estelar, que emite uma radiação muito intensa.

O movimento diário das estrelas


O movimento das estrelas foi pela primeira vez descoberto por Edmund Halley
em 1718. É uma mudança de posição no céu (mudança na direcção na qual vemos, em
oposição a velocidade radial).
Aprendemos quando crianças que o Sol, a Lua e as estrelas nascem diariamente
no Leste, se põe no oeste e que este fenómeno é provocado pelo movimento de rotação
da Terra.

Todos os movimentos dos corpos celestes observados ao longo de 24 horas, como


o nascer e o pôr do Sol, o nascer e o pôr da Lua, o nascer e o pôr das esterlas, etc., são
consequências do movimento de rotação da Terra.

O movimento diário das estrelas é de Leste para Oeste, pois a Terra gira de Oeste
para Leste.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


A Lua e seu movimento
A Lua (latim, Luna): é o astro mais brilhante do céu nocturno. A Lua é um
Satélite natural da Terra e mede 38 milhões de quilómetros quadrados de diâmetro e 13
vezes menor que a Terra e a distância média da Lua à Terra é de 384 000 km.

Satélite: são quaisquer objectos que orbitam em volta de um planeta.

Principais fases da Lua


A medida que a Lua viaja ao redor da Terra ao longo do mês, ela passa por um
ciclo de (4) fases principais da Lua e dura aproximadamente 29,5 dias, que são:
1. Quarto Crescente – só brilha a parte Oeste da Lua, nasce ao meio-dia (12h) e
põe-se meia-noite (00h);
2. Quarto Minguante – quando brilha a parte Este da Lua, nasce meia-noite (00h)
e põe-se meio-dia (12h);
3. Lua nova – quando não a vemos durante toda a noite, nasce 6h e põe-se 18h;
4. Lua Cheia – quando a vemos durante toda a noite, nasce 18h e põe-se 6h;

No seu movimento, a Lua possui muitos movimentos, mais os principais são:


translação, rotação e revolução.
1) O movimento de translação é o que ela faz em torno do Sol, acompanhando a
Terra e dura 365 dias.
2) O movimento de rotação é o que ela faz em torno do seu próprio eixo.
3) O movimento de revolução é o movimento em que a Lua gira em torno da Terra
e dura aproximadamente 28 dias.

O Eclipse: é somente a passagem de um astro pela sombra do outro.

Tipos de eclipses
Os eclipses mais estudados são os da Lua e do Sol e são facilmente percebidos
pela humanidade, ao longo da história: Solar e Lunar.
Eclipse Solar: ocorre quando a Lua, durante a sua órbita ao redor da Terra, se
posiciona entre o Sol e a Terra.
Ex:

O primeiro Eclipse Solar registrado pelo ser humano ocorreu no dia 30 de


Outubro de 1207 a. C (Bíblia, Josué).

Eclipse do Lunar: ocorre quando a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua e a


sombra da Terra encobre a Lua por alguns minutos.
Ex:

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Actividades
1. O que vemos durante a noite e de que forma vemos as estrelas?
R:Durante a noite, vemos as Estrelas e a Lua. Vemos as estrelas como pontos, as suas
posições são praticamente fixas.

2. Quem descobriu pela primeira o movimento das estrelas e em que ano?


R: O movimento das estrelas foi pela primeira vez descoberto por Edmund Halley em
1718.

3. Quais as principais fases da Lua?


R: As principaisfases da lua são: Quarto Crescente, Quarto Minguante, Lua nova; Lua
Cheia.

4. Quais os eclipses mais estudados na história da humanidade?


R: Os eclipses mais estudados na história da humanidade são os da Lua e do Sol.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 1.1. O sistema solar
Sumário: Luz e cor

Ao nosso redor é possível distinguir várias cores, mesmo quando estamos sob a
luz do Sol, que é branca. Quando caminhas pela floresta e tens oportunidade de ver um
raio de luz que consegue passar pela folhagem das árvores, rapidamente te apercebes que
esse raio de luz é esbranquiçado.

Luz: é uma forma de radiação electromagnética cuja frequência é visível ao olho


humano.

A luz já foi estudada e interpretada de diversas formas, entre algumas de suas


descrições podemos destacar a geométrica, a ondulatória e a corpuscular.
 Geométrica – A luz pode ser representada por rectas, chamadas de raios de luz;
 Ondulatória – A luz capaz de propagar-se no espaço, transportando energia
consigo;
 Corpuscular – A luz é formada por um grande número de partículas dotadas de
movimento linear.

Características da luz
Entre as características da luz, podemos ressaltar algumas das mais importantes:
 Intensidade: A intensidade da luz mede a quantidade de energia que ela irradia,
a cada segundo, por unidade de área.
 Frequência: A frequência da luz mede a quantidade de oscilações que ela sofre a
cada segundo.
 Polarização: A polarização é determinada pelo ângulo de vibração do campo
eléctrico que forma a luz.

Classificação da luz
No estudo da luz, podemos classificá-la quanto à quantidade de cores, que são:
1. Luz monocromática: é aquela que é constituída por uma única cor.
Ex: A luz amarela emitida por lâmpadas de sódio.

2. Luz policromática: aquela que é composta por uma combinação de duas ou mais
cores monocromáticas.

A cor é uma percepção visual provocada pela acção de um feixe de fótons sobre
células especializadas da retina.

Classificação da cor
Tradicionalmente, a cor é classificada em primárias, secundárias e terciárias.
a) Cor primária: são aquelas que não podem ser obtidas por meio de outras
misturas.
Ex: Amarelo, azul e vermelho.
b) Cor secundária: são aquelas que é geradas por meio da mistura de duas cores
primárias.
Ex: Amarelo + vermelho = laranja, vermelho + azul = violeta, azul + amarelo = verde
c) Cor terciária: são aquelas que é geradas por meio da mistura de uma cor primária
e com uma cor secundária.
Ex: Vermelho + laranja = vermelho alaranjado, amarelo + verde = verde escuro.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Actividades
1. Quais as características principais das mais importantes da luz que você
estudaste?
R: As características principais das mais importantes que eu estudei são: Intensidade,
Frequência e Polarização.

2. Como podemos classificá-la a luz quanto a quantidade de cores?


R: Podemos classificá-la quanto à quantidade de cores, que são: luz monocromática e luz
policromática

3. O que entendes por cor?


R: Entendo por cor a uma percepção visual provocada pela acção de um feixe de fótons
sobre células especializadas da retina

4. Como é que se classifica uma cor?


R: A cor é classificada em primárias, secundárias e terciárias.

a) Define as cores secundárias e terciárias. Dê exemplo.


R: Cor secundária: são aquelas que é geradas por meio da mistura de duas cores primárias.
Ex: Amarelo + vermelho = laranja, vermelho + azul = violeta, azul + amarelo = verde

Cor terciária: são aquelas que é geradas por meio da mistura de uma cor primária e com
uma cor secundária. Ex: Vermelho + laranja = vermelho alaranjado, amarelo + verde =
verde escuro.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 1.1. O sistema solar
Sumário: Processos de orientação

Quando você sai de seu bairro para outra cidade, não deves se preocupar apenas
com a distância entre esses lugares ou com o tempo que vai gastar para percorrê-la. É
preciso também observar qual a direcção a ser tomada. São diversos os processos através
dos quais podemos fazer a orientação:
1. Pelo Sol
A orientação pelo Sol, baseia-se no movimento de rotação da Terra. É o
movimento que o nosso planeta realiza girando no sentido Oste – Este em torno de seu
próximo eixo e que se completa a cada 24 horas.

Através da observação do movimento diurno do Sol, podemos identificar três


pontos cardeais diferentes, são eles:
 Ao nascer – indica-nos o ponto cardeal ESTE (nascente, leste ou oriente);
 Ao meio-dia – indica-nos o ponto cardeal SUL (meridião ou austral);
 Ao pôr do Sol – indica-nos o ponto cardeal OESTE (poente ou ocidente).

Este processo de orientação apenas pode ser utilizado durante o dia e além disso,
a sua correcta utilização pode depender das condições atmosféricas.
Ex: Um dia chuvoso e muito nublado podemos ter alguma dificuldade em identificar os
pontos cardeais.

2. pelo cruzeiro do Sul ou Pela estrela


O Cruzeiro do Sul é uma constelação formada por cinco estrelas principais com o
formato de uma cruz (Leste – Oeste – Norte).

Ao meio-dia, se estivermos voltados para o Sol, ele aponta-nos o Sul, ficando a


nossa sombra a apontar o Norte. Por fim, ele irá pôr-se a Oeste. Podemos dizer que o Sol
nasce aproximadamente a Este.
Ex: Se estivermos no hemisfério sul (Argentina, Austrália, Brasil e Sul de
África), devemos imaginar uma linha recta que vá do nascente ao poente, então abrimos
nossos braços paralelamente a esta linha de forma que o braço direito fique na direcção
do nascente – Leste e o braço esquerdo na direcção ao Oeste. Assim, teremos o Norte a
nossa frente e o Sul às nossas costas.

Este processo de orientação apenas pode ser utilizado durante a noite e além disso,
a sua correcta utilização pode depender das condições atmosféricas.
Ex: Numa noite chuvosa e muito nublada não conseguimos identificar as constelações.

3. Pela Bússola
Este processo descoberto na China, tendo depois sido utilizado noutras regiões.
Ela é um instrumento com formato de relógio.

4. Pelo GPS (Sistema Global de Posicionamento)


Este processo de orientação utiliza um aparelho que recorre a uma rede de satélites
artificiais para fornecer a localização.
Ex: Telefone de alta qualidade (Samsung).

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Tema # 2 – A Física e as Grandezas Físicas
Subtema: 2.1. A Física e a Natureza.
Sumário: Introdução: O que estuda a Física. A origem da Física.

A ciência, já foi chamada de Filosofia Natural, e, um dos sábios mais notável


daquela época, foi Aristóteles (384 – 322 a. n. e), que introduziu na ciência a palavra
“Física”.

A Física: é a ciência que a natureza. É responsável por nos levar ao estudo dos
fenómenos naturais e esta palavra tem origem Grega, Physis.

Os primeiros físicos foram os sábios gregos que viveram há várias centenas de


anos. Eles tentaram explicar pela primeira vez os fenómenos observados na Natureza.
- Fenómenos: são mudanças ou transformações que ocorrem na natureza.
Ex: A fusão de gelo, a água em ebulição, a queda de um corpo.

- Natureza: é tudo aquilo que nos rodeia.


Ex: A água, a Terra, os corpos celestes (incluindo o Sol, a Lua e Estrelas), as planta, os
animais, as pessoas, etc.

A Física estuda os fenómenos naturais relacionados com a mecânica, termologia,


acústica, óptica, electricidade e moderna.

A Física, é mais do que um ramo das ciências da natureza. Ela é uma ciência
fundamental, abrange o estudo de coisas vivas e inanimados: as ciências da vida e as
ciências físicas.

 Ciências da vida
- Biologia: é a ciência que estuda os seres vivos e as leis da vida.
- Zoologia: estudo científico dos animais.
- Botânica: é o conjunto das ciências que estudam os vegetais

 Ciências Físicas
- Geologia: é a ciência que trata da origem e constituição da Terra.
- Química: é a ciência que estuda as propriedades das substâncias e as leis que regem as
combinações e decomposições.
- Astronomia e a Física.

Estudamos na 5ª classe, que um corpo é uma porção limitada de matéria que tem
peso e ocupa espaço e que também pode ser designada por corpo físico.
- Matéria: é a composição de tudo o que existe na Natureza.

- Substancia: é tudo aquilo que compõe um corpo físico.


Ex. O ferro, a água, o sal, etc. A água é uma substância, enquanto a gota de água é um
corpo físico; o alumínio é uma substância, enquanto a colher de alumínio é um corpo
físico.

Tudo o que se descobriu e estudou na Física é o resultado do trabalho persistente


de numerosos cientistas de diversos países e povos; muitas descobertas importantes a
partir dos quais a Física se desenvolveu e devem-se a cientistas tais como: Galileu

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Galilei, Isaac Newton, M. V. Lomonosov, M. Faraday, Dimitri Ivanovich Mendeliev,
Pierre e Marie S. Curie, E. Rutheford, Albert Einstein e muitos outros.

Objectivo
O objectivo da Física consiste em descobrir as regularidades e leis a que se
encontram submetidos os fenómenos naturais e utilizá-los para o benefício do Homem.

Importância
A Física contribuiu e ainda contribui de maneira imensurável para o
desenvolvimento humano para o nosso dia-a-dia, daí surge a sua importância.

Actividades
1. O que estuda a Física e qual é a sua origem?
R: A Física: é a ciência que a natureza e a sua origem é Grega, Physis.

2. Quais os fenómenos naturais estudado na Física?


R: Os fenómenos naturais estudado na Física são: a mecânica, termologia, acústica,
óptica, electricidade e moderna.

3. Qual é o objectivo principal da Física?


R: O objectivo principal da Física consiste em descobrir as regularidades e leis a que se
encontram submetidos os fenómenos naturais e utilizá-los para o benefício do Homem.

4. O que chamamos de fenómenos?


R: Chamamos de fenómenos como mudanças ou transformações que ocorrem na
natureza.

a) Define a natureza.
R: Natureza: é tudo aquilo que nos rodeia.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 2.1. A Física e a Natureza
Sumário: Ramos da Física

Didacticamente, a Física é dividida em seguintes ramos:


Mecânica – é o ramo da Física que estuda os fenómenos que são decorrentes dos
movimentos dos corpos.

Termologia – é o ramo da Física que estuda o calor e os efeitos que ele tem sobre
a matéria (temperatura e calor).

 Temperatura: é a grandeza física que se mede utilizando o termómetro.


 Calor: é a energia térmica transferida entre dois corpos que se encontra a
temperatura diferente.

Acústica: é a parte da Física que estuda os fenómenos do som.

 O som é uma onda capaz de propagar-se pelo ar e por outros meios a partir da
vibração de duas moléculas.
Ex: O ar ou a água, o bater do martelo, etc.

Óptica – um dos ramos da Física mais interessantes, tem como principal tema de
estudo os fenómenos luminosos.
Ex: A formação de imagens.

Electricidade – é o estudo dos fenómenos eléctricos e magnéticos.

Existem três conceitos que são os mais amplos dentro desse ramo de estudo,
conheça abaixo:
a) Electrostática: tem como foco estudar os efeitos que são produzidos pelas cargas
eléctricas em repouso.
b) Electrodinâmica: estuda os efeitos das cargas eléctricas em movimento.
c) Electromagnetismo: estuda os efeitos que são produzidos pelas cargas no espaço
ao seu redor enquanto estão em movimento.

Actividade
1. Quais são os ramos principais da Física?
R: Os ramos principais da Física são a Mecânica, Acústica, Termologia, Óptica e
Electricidade.

a) O que é a acústica?
R: Acústica é a parte da Física que estuda os fenómenos do som

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 2.1. A Física e a Natureza
Sumário: A Física e a tecnologia

Com o passar dos anos a Física tem ganhado um espaço cada vez mais maior no
cenário das inovações tecnológicas, de modo que os conceitos, leis e princípios físicos
têm possibilitando a inovação e criação de produtos mais sofisticados, personalizados,
seguros e eficazes.

A partir dos conceitos introduzidos por Max Planck, surgiram muitas


tecnologias presentes no nosso dia-a-dia.
Ex: Computadores e celulares.

É através da inserção da Física na tecnologia que muitos produtos como, por


exemplo, a identificação por meio da íris.

A Física, como se sabe, é a ciência que faz estudo da natureza, buscando descrever
e compreender os fenómenos que ocorrem nela.

A outra tecnologia que envolve princípios e leis da Física e que é muito utilizada
actualmente é o alarme, tanto residencial quanto o automotivo.

Outras aplicações na tecnologia de hoje permitiram a criação de aparelhos como:


 Leitor do código de barras – efeito de um fotodiodo emissor e de um fotodiodo
receptor dispostos frente a capta variações da luz incidente.
 Laser – é a ampliação de micro-ondas por meio da luz visível.

Assim, o estudo da Física torna-se cada vez mais importante, pois possibilita a
compreensão dos conceitos e a aplicação dos mesmos na contínua evolução tecnológica.

Actividades
1. Quais são as tecnologias presentes no dia-a-dia introduzidos por Max
Planck?
R: As tecnologias presentes no nosso dia-a-dia introduzidos por Max Planck, são:
computadores e celulares.

2. Qual é a tecnologia que envolve princípios e leis da Física e usada


actualmente?
R: A tecnologia que envolve princípios e leis da Física e usada actualmente é o alarme.
a) Como pode ser o alarme? R: O alarme pode ser residencial quanto o automotivo.

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Subtema: 2.2. Grandezas Físicas e sua medição
Sumário: Grandezas Físicas e sua medição

Grandezas físicas são aquelas grandezas que podem ser medidas, ou seja, que
descrevem qualitativamente e quantitativamente as relações entre as propriedades
observadas no estudo dos fenómenos físicos.

Grandezas físicas: é a classificação de tudo o que varia em sua quantidade, ou


seja, implicam unidades de medidas que geralmente variam de região para região.

Em Física, elas podem ser divididas em duas, sendo:


a) Grandezas escalares: compostas por números reais (positivos e negativos),
acompanhados por sua respectiva unidade de medida.
Ex: A nossa massa corporal

b) Grandezas vectoriais: caracterizadas por possuir módulo, direcção e sentido.


Ex: O tempo, a massa de um corpo, comprimento, a aceleração, a força, etc.
 Módulo: representa o valor numérico ou a intensidade da grandeza;
 Direcção e sentido: determinam a orientação da grandeza

As grandezas vectoriais possuem uma representação especial. Elas são


representadas por um símbolo matemático chamado vector.

Actividades
1. O que são grandezas físicas?
R: Grandezas físicas são aquelas grandezas que podem ser medidas.

a) O que as grandezas físicas descrevem?


R: As grandezas físicas descrevem qualitativamente e quantitativamente as relações entre
as propriedades observadas no estudo dos fenómenos físicos.

2. Como podem ser divididas as grandezas físicas?


R: As grandezas físicas podem ser divididas em escalares e vectoriais.

3. Como é caracterizada as grandezas vectoriais?


R: As grandezas vectoriais são caracterizadas por módulo, direcção e sentido.

4. Como é representada as grandezas vectoriais?


R: As grandezas vectoriais é representada por um símbolo matemático chamado vector.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 2.2. Grandezas Físicas e sua medição
Sumário: Tipos de grandezas físicas

Nas ciências de forma geral (na Física de forma mais clara), são denominadas
grandezas físicas somente as propriedades mensuráveis de um fenómeno, corpo ou
substância.

As grandezas físicas estão divididas em dois grupos: as escalares e as vectoriais.


1. Grandeza escalar – são perfeitamente caracterizadas apenas quando conhecemos
a medida mais a unidade de medida.
Ex: Quando recebemos a informação de que a duração de determinada viagem é de 2
horas e 45 minutos.

2. Grandeza vectorial – são perfeitamente caracterizadas conhecendo-se apenas a


medida e a sua respectiva unidade.

Grandezas vectoriais e grandezas escalares são tipos de grandezas físicas que


dependem de diferentes informações para serem definidas.

A tabela seguinte apresenta algumas grandezas físicas escalares e vectoriais que


serão estudados ao longo da disciplina de Física.

Grandezas físicas Escalar Vectorial


Deslocamento X
Velocidade X
Aceleração X
Densidade X
Força X
Massa X
Energia X
Distância X
Área X
Volume X
Quantidade de movimento x

Diferenças entre Grandezas vectoriais e grandezas escalares


A diferença mais básica entre esses dois tipos de grandezas é que as escalares
podem ser representadas de forma satisfatória por intermédio de número e de uma unidade
de medida. Em contrapartida, as grandezas vectoriais precisam ser expressas com base
em mais informações, como o seu valor numérico, direcção e sentido, além de uma
unidade de medida.

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Subtema: 2.2. Grandezas Físicas e sua medição
Sumário: Sistemas de unidade de medidas

Um sistema de unidades é um conjunto consistente de unidades de medida que


contém um conjunto de unidades fundamentais de medida das quais se derivam todas as
outras unidades contidas no sistema.

As unidades de medida são modelos estabelecidos para medir diferentes


grandezas, tais como: comprimento, capacidade, massa, tempo e volume.

Comprimento Capacidade Superfície


Unidade Símbolo Unidade Símbolo Unidade Símbolo
Quilometro km Quilolitro Kl Hectare ha
Hectómetro hm Hectolitro Hl Are a
Decâmetro dam Decalitro dal Metro quadrado m2
Metro m Litro L Decímetro quadrado dm2
Decímetro dm Decilitro Dl Centímetro quadrado cm2
Centímetro cm Centilitro Cl Milímetro quadrado mm2
Milímetro mm Mililitro ml
Massa/Peso Volume
Unidade Símbolo Unidade Símbolo
Tonelada t Metro cúbico m3
Quintal q Decímetro cúbico dm3
Decaquilograma kakg Centímetro cúbico cm3
Quilograma kg Milímetro cúbico mm3
Hectograma hg
Dacagrama dag
Grama g
Decigrama dg
Centigrama cg
Miligrama mg
Actividades
1. O que é um sistema de unidades?
R: Um sistema de unidades é um conjunto consistente de unidades de medida que contém
um conjunto de unidades fundamentais de medida das quais se derivam todas as outras
unidades contidas no sistema

2. Quais são as unidades de medidas estabelecidos para medir diferentes


grandezas?
R: As unidades de medida estabelecidos para medir diferentes grandezas, são:
comprimento, capacidade, massa, tempo e volume.

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Subtema: 2.2. Grandezas Físicas e sua medição
Sumário: Medidas de comprimento

Medidas de comprimento: são mecanismos de medição eficazes. A medida base


no Sistema Internacional é o metro (m).

Para realizar as conversões das unidades de medida derivada do metro, podemos


nos basear na seguinte tabela:

Exemplo 1: Transforme:
a) 6 cm para metros
b) 100 mm para centímetros
Solução: De acordo com a tabela para transformar as unidades centímetros para metros
e milimetros para centímetros:
a) 6 cm para metros  6 : 100 = 0,06 m
b) 100 mm para centímetros  100 : 10 = 10 cm.

Exercício 2: Transforme as unidades de medida de comprimento derivada do metro.


a) 10 cm para metros
b) 200 mm para centímetros
Solução:
a) 10 cm para metros  10 : 100 = 0,001m
b) 200 mm para centímetros  200 : 10 = 20cm.

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Subtema: 2.2. Grandezas Físicas e sua medição
Sumário: Medidas de peso

No quotidiano, os conceitos de massa e peso se confundem. É comum as pessoas


dizerem, por exemplo, “peso 62 quilos”, quando o certo seria dizer “peso 62 quilogramas
força”. A massa e o peso são grandezas diferentes.

 Peso é uma força invisível que traí os corpos para a superfície da Terra.
P=m.g
 A massa é a quantidade de matéria que um corpo possui, ela é constante em
qualquer lugar da Terra e fora dela.

Conversão de unidades
As unidades do sistema métrico decimal de massa são: quilograma (kg),
hectograma (hg), decagrama (dag), grama (g), centigrama (cg) e miligrama (mg).

Para transformar as unidades de massa, podemos utilizar a tabela abaixo:

Ex: Transforme as seguintes unidade:


a) 350g em mg
b) Kg em 3000g
Resolução:
a) 350g = 350 . 1000 = 350 000mg
b) 3000g = 3000 : 1000 = 3kg

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Subtema: 2.2. Grandezas Físicas e sua medição
Sumário: Medidas de capacidade

As medidas de capacidade representam as unidades usadas para definir o volume


no interior de um recipiente. A principal unidade de medida da capacidade é o litro (L).

Para transformar de uma unidade de capacidade para outra, utilizamos a tabela


abaixo:

Exemplo 1: Faça as seguintes transformações:


a) 30 mL em L
b) 5 daL em dL
c) 400 cL em L
Solução: Observando a tabela acima, transformamos de seguinte forma:
a) 30 mL em L  30:1000 = 0,03L
b) 5 daL em Dl  5 . 100 = 500 dL
c) 400 cL em L  400:100 = 4L

Exercício 2: Faça as seguintes transformações as unidades de medida de capacidade:


a) 20 mL em L
b) 7 daL em dL
c) 100 cL em L
Solução:
a) 20 mL em L  20:1000 = 0,02L
b) 7 daL em Dl  7 . 100 = 700 dL
c) 100 cL em L  100:100 = 1L

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Subtema: 2.2. Grandezas Físicas e sua medição
Sumário: Medidas de superfície

As medidas de superfície estão directamente ligadas ao nosso quotidiano. A


unidade de medida para expressar uma área é o metro quadrado (m2).
Ex: Ao comprar um lote, pintar uma parede, etc.

As unidades de medidas de superfície podem aparecer em qualquer uma das


unidades citadas. Para transformar de uma unidade de superfície para outra, usamos a
tabela abaixo:

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Subtema: 2.2. Grandezas Físicas e sua medição
Sumário: Medidas de volume

Volume é uma magnitude física extensiva associada à propriedade dos corpos


físicos.

As medidas de volume representam o espaço ocupado por um corpo. A unidade


de medida de volume é o metro cúbico (m3). Nestes casos, utilizamos as seguintes
relações:
 1 m3 = 1000 L
 1 dm3 = 1 L
 1 cm3 = 1 mL

Para transformar de uma unidade de volume para outra, usamos a tabela abaixo:
Ex:

Exemplo 1: Um tanque tem a forma de um paralelepído rectângulo com as seguintes


dimensões: 1,80m de comprimento, 0,90m de largura e 0,50m de altura. Calcule o volume
do tanque?
Solução:
V = 1,80 . 0,90 . 0,50 = 0,81m3

Exercício 2: Um tanque tem a forma de um paralelepído rectângulo com as seguintes


dimensões: 1,50m de comprimento, 0,40m de largura e 0,20m de altura.
a) Calcule o volume do tanque?
Solução:
V = 1,50 . 0,40 . 0,20
V = 0,12m3

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Tema # 3 – Estrutura e Estado de Agregação de uma Substância
Subtema: 3.1. Estados Físicos das Substâncias.
Sumário: Noções elementares sobre a estrutura das substâncias.

Na Física, matéria é estudada como um corpo cujo comportamento é analisado


sob determinadas forças ou certos campos de força. E não só se observam e descrevem
os fenómenos e propriedades dos corpos, como também se trata de os explicar.
Ex: Como se comporta um veículo quando acelerado ou freado.

Tanto para a Física quanto para a Química, o estado físico de um material é


fundamental para sua identificação. A matéria pode estar no estado sólido, líquido ou
gasoso, dependendo do grau de agitação das partículas que a constituem e da intensidade
de atracção entre elas.

 No estado sólido, as partículas estão organizadas de maneira harmoniosa e sob


alto grau de atracção, mas agitam-se pouco.
 No estado líquido, a atracção entre as partículas ainda é grande, mas seu grau de
agitação aumenta um pouco.
 No estado gasoso, a atracção entre as partículas é mínima, e o grau de agitação é
muito grande.

O estudo da estrutura dos corpos permite explicar as suas propriedades e criar


novas substâncias com as propriedades de que o homem necessita, isto é, ligas
duras e resistente e materiais refractárias.

Com ajuda da ciência foi criado diversos material.


Ex. Os plásticos, a borracha e o nylon, etc.

Actividades
1. Segundo a Física, como se define a matéria?
R: Segundo a Física, a matéria é definida como estudo de um corpo cujo comportamento
é analisado sob determinadas forças ou certos campos de força.

2. Como pode estar a matéria?


R: A matéria pode estar no estado sólido, líquido ou gasoso.

3. Que materiais foram criados com ajuda da ciência (Física)?


R: Os materiais que criados com ajuda da ciência foram: os plásticos, a borracha e o
nylon.

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Subtema: 3.1. Estados Físicos das Substâncias.
Sumário: Os três Estados de Agregação das Substâncias

Os estados físicos das substâncias são determinadas pelo distanciamento entre as


moléculas, conexões moleculares e energia cinética que movimenta as partículas de uma
matéria.

As substâncias existentes na natureza podem ser encontradas em três diferentes


estados de agregação, conhecidos como estados físicos, são eles: sólido, líquido e gasoso.

Factores que determinam os estados físicos


 O que determina o estado físico da substância é a organização de suas moléculas,
o espaçamento entre elas e a energia cinética.
 Cada elemento possui um ponto fusão e ebulição que definem o ponto crítico, isto
é, a temperatura e a pressão.
Ex: O ferro em condições ambientes se encontra no estado sólido, mas se a sua
temperatura for suficientemente poderá passar para o estado líquido.

Principais características de cada um dos estados de agregação


Estado sólido: uma substância nesse estado possui forma e volume constantes,
pois o arranjo molecular é bem definido.
Ex: O ouro (material sólido em temperatura ambiente com ponto de fusão de 1064,18 ºC
e ponto de ebulição de 2855,85 ºC).

Estado líquido: quando uma substância passa do estado sólido para o líquido, em
um processo chamado fusão. Nesse estado de agregação, apenas o volume é constante.
Ex: A água (considerada solvente universal).

Estado gasoso: Ao fornecer mais energia para a substância ainda no estado


líquido, a agitação das moléculas aumenta, isso faz com que elas fiquem bastante
afastadas uma das outras em movimento desordenado. Este processo é chamado
vaporização.
Ex: O gás hélio, que é um gás nobre e monoatómico (molécula de um átomo).

Deste modo, constatamos que a água pode existir em dois estados: o gelo (sólido)
e a água (líquido). Além destes dois estados, a água pode ainda tornar a formar em vapor
de água (gasoso).
Ex:

Mudanças de estado físico


As possíveis mudanças no estado físico ocorrem com a alteração de temperatura
e pressão, que são:
1. Fusão – passagem do estado sólido para estado líquido por meio de aquecimento.
2. Vaporização – passagem do estado líquido para o estado gasoso. Esse processo
pode acontecer de três formas diferentes:
a) Ebulição: a mudança do estado líquido para o gasoso, acontece ao se aquecer o
sistema uniformemente;
b) Calefação: a mudança do estado líquido para o gasoso, acontece de forma súbita;

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


c) Evaporação: a mudança acontece gradativamente, pois apenas a superfície de
contacto do líquido com o sistema evapora.
Ex: Secagem de roupas no varal.
3. Condensação – é a passagem do estado gasoso para o estado líquido por meio de
refriamento.
4. Solidificação – ocorre ao se reduzir ainda mais a temperatura, isto é, passagem
do estado líquido para estado sólido.
5. Sublimação – é a transição do estado sólido ao gasoso sem passar pelo estado
líquido.
Ex: Gelo-seco.

Esquema de mudanças de estado físico

Actividades
1. Em quantos diferentes estados de agregação podemos encontrar as
substâncias na natureza?
R: As substâncias na natureza podem ser encontradas em três diferentes estados de
agregação, que, são eles: sólido, líquido e gasoso.

2. Faça o esquema de mudanças de estado físico.


R:

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Subtema: 3.1. Estados Físicos das Substâncias.
Sumário: Introdução à Teoria Cinética dos Gases.

No estudo dos gases ideais vemos que um gás é composto por átomos e moléculas,
que se movem de acordo com as leis estabelecidas pela cinemática.

Com relação à lei dos gases ideais, podemos dizer que ela nos mostra a relação
entre pressão, volume, temperatura e número de moles.

A teoria cinética dos gases: consiste em descrever quantitativamente o modelo


do gás perfeito. As moléculas de um gás perfeito têm movimento teórico caótico e
contínuos, em que a única contribuição para a energia do gás é a energia cinética de
translação.
Ex:

A teoria cinética dos gases permite determinar a relação entre grandezas


macroscópicas a partir do estudo do movimento de átomos e moléculas.

Hipóteses básicas da Teoria Cinética


A teoria cinética dos gases assenta em (03) hipóteses básicas:
a) As moléculas dos gases são esféricas rígidas de diâmetros d e massa m em
movimento aleatório e contínuo;
b) O tamanho das moléculas é desprezável face ao volume ocupado pelo gás;
c) Não existe qualquer tipo de interacção entre as moléculas.

Princípios básicos da teoria cinética dos gases


A teoria cinética dos gases se baseia em quatro princípios:
1. O gás é formado por moléculas que se encontram em movimento desordenado e
permanente e cada molécula pode ter velocidade diferente das demais;

2. Cada molécula do gás interage com as outras somente por meio de colisões
(forças normais de contacto);

3. Todas as colisões entre as moléculas e as paredes do recipeinte que contém o gás


são perfeitamente elásticas, mas a velocidade de cada molécula pode mudar;

4. As moléculas são infinitamente pequenas.

A teoria cinética dos gases foi desenvolvida a partir dos diversos cientistas, em
especial, dos físicos: James Clerk Maxwell, Ludwig Boltzman e Josian Williard
Gibbs, que desenvolveram o modelo cinético para os gases e interpretaram o
comportamento e propriedades da substância na fase gasosa em movimento molecular.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Ao contrário do que propõe a teoria cinética , os gases reais têm o seu volume
bastante reduzido sob temperaturas muito altas e pressões muito baixas, o que com que
suas partículas se interagem e influenciam o movimento das outras.

Na prática, entretanto, os gases perfeitos não existem. O que temos efectivamente


são os gases reais, que são aqueles comuns, cujo comportamento está bem distante dos
gases perfeitos.

Actividades
1. Em que consiste a teoria cinética dos gases?
R: A teoria cinética dos gases consiste em descrever quantitativamente o modelo do gás
perfeito.

2. Quais são as três hipóteses básicas da teoria cinética dos gases?


R: As três hipóteses básicas da teoria cinética dos gases são: as moléculas dos gases são
esféricas rígidas de diâmetros d e massa m em movimento aleatório e contínuo; o tamanho
das moléculas é desprezável face ao volume ocupado pelo gás; não existe qualquer tipo
de interacção entre as moléculas.

3. Mencione os cientistas que desenvolveram a teoria cinética dos gases?


R: Os cientistas que desenvolveram a teoria cinética dos gases foram os físicos James
Clerk Maxwell, Ludwig Boltzman e Josian Williard Gibbs,

4. Cite dois dos quatro princípios básicos da teoria cinética dos gases?
R: Dois dos quatro princípios básicos da teoria cinética dos gases são: as moléculas são
infinitamente pequenas e cada molécula do gás interage com as outras somente por meio
de colisões (forças normais de contacto).

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 3.1. Estados Físicos das Substâncias
Sumário: Dilatação e difusão

Dilatação
Em Física, podemos dizer que dilatação térmica é o aumento das dimensões do
corpo a partir do aumento da temperatura.

Dilatação é a variação nas dimensões de um objecto devido à variação de


temperatura.

Normalmente, são estudadas a dilatação dos sólidos, a dos líquidos e a dos gases
(linear, superficial e volumétrica).

1. Dilatação dos sólidos


De um modo geral, quando aumentamos a temperatura de um corpo sólido,
aumentamos a agitação das partículas que formam esse corpo. Isso causa um afastamento
entre as partículas, resultando em aumento nas dimensões do corpo, por outro lado, uma
diminuição na temperatura de um corpo acarreta uma redução em suas dimensões.
∆L=L-L0
∆L=L0.∝∆T

2. Dilatação dos líquidos


Os líquidos se dilatam obedecendo as mesmas leis de dilatação dos sólidos. Os
líquidos não têm forma própria, e sim a forma do recipiente aonde eles se encontram. O
líquido sofre uma dilatação volumétrica, essas variações podem ser escritas conforme:
∆VL = YL.V0.∆θ

3. Dilatação dos gases


A dilatação dos gases, é mais acentuada que a dos líquidos.
Ex:

a) Dilatação linear é aquela em que predomina a variação em uma única dimensão,


ou seja, o comprimento.
Ex: Dilatação em cabos, barras, etc.

b) Dilatação superficial é aquela que estão ligada ao aumento do comprimento e da


largura do corpo

c) Dilatação volumétrica, que está ligada ao aumento do corpo em três dimensões,


comprimento, largura e a altura.

Difusão

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


A difusão é a capacidade que as moléculas dos gases ou átomos têm se
movimentarem espontaneamente através de outro gás.

Classificação da difusão
Para efeitos de classificação, a difusão é dividida quanto à autodifusão e
interdifusão.
a) Autodifusão – quando a difusão se dá entre átomos de mesma espécie.
Ex: Isótopos.
b) Interdifusão – quando a difusão se dá entre átomos de espécies.
Ex: Os protões.

A difusão é de importância fundamental em muitas disciplinas como a Física, a


Química e a Biologia.

a) Em Biologia
A difusão é a principal forma de transporte para materiais necessários tais como
amonoácios no interior das células.

b) Em Química
A difusão de um gás é um movimento espontâneo de gás através do outro, isto é,
seu espalhamento em outro meio gasoso.

c) Em Física
A difusão é a acção ou efeito de difundir (propagar, divulgar ou espalhar),
passagem de partículas e de dissolvente a favor do gradiente de concentração.
Ex: Os meios de comunicação (a rádio, a televisão, as publicações e internet).

Actividades
1. Que relação existe entre a dilatação e difusão?
R: A relação que existe entre a dilatação e difusão é: dilatação é a variação nas dimensões
de um objecto devido à variação de temperatura; enquanto que, a difusão é a capacidade
que as moléculas dos gases ou átomos têm se movimentarem espontaneamente através de
outro gás.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 3.1. Estados Físicos das Substâncias.
Sumário: Movimento Browniano

O Movimento Browniano: é o movimento aleatório de partículas num líquido ou


gás como consequência dos choques das moléculas do meio nas partículas.
Ex:

O movimento Browniano foi observado pela primeira vez pelo biólogo Robert Brown
em 1827, ao estudar as células masculinas de fecundação das plantas (os grãos de pólen).

Em 1905, Albert Einstein explicou o fenómeno baseando-se na teoria molecular


segundo a qual as pequenas partículas se movem devido às colisões com as moléculas de
água que estão em constante movimento (a matéria é constituída por moléculas).

Em 1926, Jean Perrin, realizou um conjunto de experiencias que comprovaram


as investigações feitas por Einstein permitindo medir o número de Avogadro.

Em Física e Química, o número de Avogadro (NA): representa o número de


partículas contidas em um mol de qualquer substância e o seu valor é igual a 6,023. 1023
mol.

O movimento Browniano é causado pelos choques das moléculas do fluido. Estes


choques, como são muitos e independentes, provocam o movimento aleatório das
partículas.

A descoberta de movimento browniano foi um daqueles acidentes que acontece


na ciência e leva a teorias inovadoras:
 Ao olhar dentro dos vacuólos dos grãos de pólen suspensos em água sob um
microscópio, ele descobriu algo que parecia oscilar e se mover quase
aleatoriamente em torno do meio; As moléculas de água, estando em contínuo
movimento dentro da gota, golpeiam repetidamente os órgãos de pólen.

O movimento Browniano tem dado grande contributo para outras áreas do


conhecimento, nomeadamente: Imagionologia, Biologia e Economia.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 3.1. Estados Físicos das Substâncias
Sumário: Temperatura e movimentos moleculares

Quando estudamos a Física, passamos a expressar nossas sensações térmicas


dizendo que os corpos mais quentes têm temperatura mais alta, enquanto os corpos mais
frios, têm temperatura mais baixa.

A temperatura é um parâmetro físico proporcional à energia térmica do meio,


podendo assim, determinar de uma forma directa a energia térmica desse meio. Ela é
relacionada com os conceitos de frio e calor.

A temperatura pode ser determinada em diferentes escalas termométricas, dentre


as quais pode-se citar: Celsius (ºC), Fahrenheit (ºF) e Kelvin (K).

Movimento molecular – é o movimento das moléculas dentro de uma substância


sem qualquer influência externa.

Cinemática: é o ramo da Física que estuda a descrição dos movimentos dos


corpos.

A teoria cinética dos gases permite determinar a relação entre grandezas


macroscópicas a partir do estudo do movimento de moléculas, que se movem de acordo
com as leis estabelecidas pela cinemática.

Actividades
1. O que é a cinemática?
R: A cinemática é o ramo da Física que estuda a descrição do movimentos dos corpos.

2. O entendes por movimento molecular?


R: Entendo por movimento molecular como o movimento das moléculas dentro de uma
substância sem qualquer influência externa.

3. Como pode ser determinada a temperatura?


R: A temperatura pode ser determinada em diferentes escalas termométricas, dentre as
quais pode-se citar: Celsius (ºC), Fahrenheit (ºF) e Kelvin (K).

4. Em que pode estar relacionada a temperatura?


R: A temperatura pode estar relacionada com os conceitos de frio e calor.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Tema # 4 – Força e Massa
Subtema: 4.1. Força e Interacções.
Sumário: Tipos de Forças e Seus Efeitos.

Força (F) é o agente da dinâmica responsável por alterar o estado de movimento


ou repouso de um corpo.

A força é directamente proporcional ao produto da aceleração de um corpo pela


massa, representa-se pela seguinte expressão: F = m . a

É importante destacar que no Sistema Internacional de unidades de medida da


força (F) é o Newton (N), da massa (m) é quilograma (kg) e da aceleração (a) é metros
por segundo ao quadrado (m/s2).

Interacção: é a acção mútua entre duas partículas ou dois corpos.


Ex: Terra e a Lua (A interacção gravitacional entre a Terra e a Lua é representada
por duas forças).

As interacções podem ser compreendidas em quatro leis fundamentais:


a) A interacção gravitacional – é responsável pelas estruturas muito grandes, como
as galáxias e os sistemas planetários.

b) A interacção electromagnética – é responsável pelas propriedades gerais dos


átomos e das moléculas.

c) A interacção nuclear fraca – é responsável pela transformação espontânea de


protões em neutrões (β+) e de neutrões em protões (β-).

d) A interacção nuclear forte – é responsável por quase todas as propriedades dos


núcleos atómicos, mas não produz efeitos.

Tipos de Forças e Seus Efeitos


As forças são grandezas vectoriais que precisam ser definidas de acordo com o
seu módulo (sua intensidade), direcção (vertical, horizontal e diagonal) e sentido
(positivo e negativo).

Existem diferentes tipos de força na natureza, tais como: força gravitacional


(peso), eléctrica, magnética, elástica e atrito.
a) Força gravitacional (peso): é o tipo de força que faz com que dois corpos que
tenham massa atraiem-se mutuamente.

b) Força eléctrica: é a atracção ou repulsão de cargas eléctricas (positiva e negativa).

c) Força elástica (Fel): é a força exercida sobre uma mola que a deforma ou
comprime.

d) Força magnética (Fm): é a força de atracção e repulsão exercida pelos ímãs.

e) Força de atrito (Fat): é a força exercida entre duas superfícies que estão em
contacto.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Actividades
1. Qual é a relação entre a força e a inércia?
R: A relação entre a força e a inércia é a seguinte: Força é o agente da dinâmica
responsável por alterar o estado de movimento ou repouso de um corpo. Interacção: é a
acção mútua entre duas partículas ou dois corpos.

2. Como podem ser definidas as forças como grandezas vectoriais?


R: As forças são grandezas vectoriais precisam ser definidas de acordo com o seu módulo
(sua intensidade), direcção (vertical, horizontal e diagonal) e sentido (positivo negativo).

3. Quantos tipos de forças na natureza existem?


R: Existem diferentes tipos de força na natureza, tais como: força gravitacional (peso),
eléctrica, magnética, elástica e atrito.

4. Quais são as quatro leis fundamentais que podem ser compreendidas na


inércia?
R: As interacções podem ser compreendidas em quatro leis fundamentais: a interacção
gravitacional, a interacção electromagnética, a interacção nuclear fraca e a interacção
nuclear forte.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 4.1. Força e Interacções
Sumário: A força como grandeza vectorial. Sua representação gráfica.
Unidade de medida da força

A força como grandeza vectorial


Em Geometria Analítica, um vector é uma classe de segmentos de recta
orientados, que possuem todos a mesma intensidade, direcção e mesmo sentido.

Vectores são segmentos de recta orientados e que caracterizam grandezas como


força e velocidade, são chamadas de grandezas vectoriais.

O vector força apresenta as seguintes características: módulo, direcção e sentido.


 O módulo de um vector é representado pelo tamanho do segmento de recta e
indica a intensidade da grandeza.

 A direcção do vector é determinada pela posição do segmento em relação a uma


direcção de referência que normalmente é horizontal.

 Sentido de um vector é indicado na extremidade do segmento por uma seta


deixando o vector semelhante a uma flecha.

A força é uma grandeza vectorial porque ela tem módulo, direcção e sentido.
Ex: Se você empurrar uma cadeira contra o chão, ela não se mover (em situações
normais), mas se aplicar uma força de mesmo módulo na horizontal e não houver nada
além do atrito impedindo o movimento, ela vai se mover.

Sua representação gráfica


As forças são representações de grandezas vectoriais, e por isso representam-se
por meio de vectores.
Ex:

Unidade de medida da força


Newton (N), é uma unidade de medida de força, em homenagem ao físico e
matemático inglês Isaac Newton.

Actividades
1. O que são vectores?
R: Vectores são segmentos de recta orientados e que caracterizam grandezas como força
e velocidade.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 4.1. Força E Interacções
Sumário: Composição de forças. Força resultante

A composição das forças afirma que o efeito produzido por duas forças não
paralelas, F1 e F2, aplicadas a um mesmo ponto, é equivalente ao efeito de uma única
força F3, cuja direcção e módulo são dados pela diagonal do paralelogramo formado a
partir de F1 e F2.

A força resultante (Fr) de um sistema de forças, consite no efeito produzido por


uma força única capaz de produzir um efieto equivalente ao das várias forças aplicadas
ao corpo.
Fr = F1 + F2 + F3 ... + F4 = m . a

A força resultante de um sistema de duas ou mais forças pode determinar-se


graficamente pela adição dos vectores força.

Leis de Newton
As leis de Newton fundamentam a base da Mecânica Clássica. As leis de Newton
são: Lei da Inércia, Princípio fundamental da dinâmica e da Acção e reacção. Essas
leis foram publicadas pela primeira vez pelo físico inglês Isaac Newton em 1687.
1ª Lei da Inércia – Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento
uniforme em uma linha recta.
F = 0 V = 0 ou V = constante

2ª Lei do Princípio fundamental da dinâmica – A mudança de movimento é


proporcional à força motora imprimida e é produzida na direcção de linha recta na qual a
força é aplicada.
𝐅
F=m.a𝐚=𝐦
Onde:
F: força (N)
m: massa do corpo (kg)
a: aceleração (m/s2)

3ª Lei da Acção e Reacção – A toda acção há sempre uma reacção oposta e de igual
intensidade: as acções mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e
dirigidas em sentidos opostos.
ǀF1,2ǀ = - ǀF1,2ǀ

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Exercício 1 – Um corpo de massa igual a 2,0kg move-se sobre um piso horizontal e
sematrito com velocidade inicial de 36,0km/h quando submetido a uma força de 4,0N,
durante um intervalo de 3,0s. Sobre o movimento desse corpo, determine:
a) Aceleração do corpo
b) A velocidade do corpo ao final de 3,0s
c) O espaço percorrido pelo corpo ao final dos 3,0s.
Resolução
F 4,0
a) a = m = 2,0 = 2,0m/s2

𝑉𝑓−𝑉𝑖 𝑉𝑓−10
b) 𝑎 =  2,0 =
𝑡 3,0
 6,0 = VF – 10
 VF = 16m/s →× 3,6 → 57,6km/h

c) V2 = V02 + 2As
 162 = 102 + 2 . 2,0 . S
256−100
 S = 4,0 = 39,0m

Actividades
1. Qual é a lei que fundamenta a base da mecânica clássica? Cite-os.
R: A lei que fundamenta a base da Mecânica Clássica são as leis de Newton. As leis de
Newton são: Lei da Inércia, Princípio fundamental da dinâmica e da Acção e reacção.

2. O que diz a 2ª Lei de Newton “Lei do Princípio fundamental da dinâmica”?


R: A 2ª Lei de Newton “Lei do Princípio fundamental da dinâmica”, diz que mudança de
movimento é proporcional à força motora imprimida e é produzida na direcção de linha
recta na qual a força é aplicada.

3. O que afirma a composição das forças?


R: A composição das forças afirma que o efeito produzido por duas forças não paralelas,
F1 e F2, aplicadas a um mesmo ponto, é equivalente ao efeito de uma única força F3, cuja
direcção e módulo são dados pela diagonal do paralelogramo formado a partir de F1 e F2.

4 – Um corpo de massa igual a 4,0kg move-se sobre um piso horizontal e sematrito com
velocidade inicial de 20,0km/h quando submetido a uma força de 8,0N, durante um
intervalo de 6,0s. Sobre o movimento desse corpo, determine:
a) Aceleração do corpo
b) A velocidade do corpo ao final de 6,0s
c) O espaço percorrido pelo corpo ao final dos 6,0s.
Resolução:
a) a = F/m
a = 8,0/4,0
a = 2,0m/s2

b) a = (Vf – Vi)/t
 2,0 = (Vf – Vi)/6,0
 12,0 = VF – 20
 VF = – 32m/s →×3,6→ – 115,2km/h

c) V2 = V02 + 2aS

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


(– 32)2 = 202 + 2 . 2,0 . S
S = (1024 – 400)/4,0
S = 624/4,0
S = 156m

5 – Um corpo de massa igual a 5,0kg move-se sobre um piso horizontal quando submetido
a uma aceleração de 4,0m/s2, determine:
a) Força
Resolução:
F=m.a
F = 5,0 . 4,0
F = 20,0N

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 4.1. Força e Interacções
Sumário: Força elástica

Força elástica (Fel): é a força exercida sobre uma mola que a deforma ou
comprime.
Ex: Uma mola, borracha ou elástico.

Essa força determina a deformação desse corpo quando ele se estica ou se


comprime, isso dependerá da direcção da força aplicada.
Ex:

Para calcular a força elástica utilizamos uma fórmula elaborada pelo cientista
inglês Robert Hook (1635-1703), designada de Lei de Hook.
Fel = K . x
Onde:
F: força aplicada no corpo elástico (N)
K: constante elástica (N/m)
x: variação sofrida pelo corpo elástico (m)

Exercício 1: Uma mola apresenta uma das extremidades fixadas a um suporte. Ao aplicar
uma força na outra extremidade , essa mola sofre uma deformação de 5m. Determine a
força aplicada, sabendo que a constante elástica da mola é de 110N/m?
Resolução:
F=K.x
F = 110 . 5
F = 550N

Exercício 2: Determine a variação de uma mola que possui uma força actuante de 30N e
sua constante elástica é de 300N/m?
Resolução:
F=K.x
 30 = 300 . x
 x = 30/300
 x = 0,1m

Actividades
1. O que entendes por força elástica?
R: Entendo por força elástica (Fel) como força exercida sobre uma mola que a deforma
ou comprime.

2. Como é que a força elástica se determina a deformação do corpo quando ele


se estica ou comprime?

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


R: A força elástica se determina a deformação do corpo quando ele se estica ou se
comprime, dependerá da direcção da força aplicada.

Exercício 1: Uma mola apresenta uma das extremidades fixadas a um suporte. Ao aplicar
uma força na outra extremidade , essa mola sofre uma deformação de 4m.
a) Determine a força aplicada, sabendo que a constante elástica da mola é de
210N/m?
Resolução:
F=K.x
F = 210 . 5
F = 1050N

Exercício 2: Determine a variação de uma mola que possui uma força actuante de 40N e
sua constante elástica é de 80N/m?
Resolução:
F=K.x
 40 = 80 . x
 x = 40/80
 x = 0,5m

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 4.1. Força e Interacções
Sumário: Dinamómetros. Balanças

Diversas palavras utilizadas no ramo da Física são derivadas de outras línguas, é


o caso do dinamómetro, do grego, dínamo (força) e metro (medida).

Dinamómetro: é um aparelho que mede a intensidade de forças. Este aparelho é


dotado de estrutura, mola, gancho em uma das extremidades mola e graduação na
estrutura.
Ex:

Os dinmómetros são muito úteis no desenvolvimento e preparação de moltores,


bem como apurar as perdas por atrito na transmissão de potência até às rodas.
Ex: Se o dinamómetro mostrar que um dinamómetro motor produz 400N/m de binário,
mas só transmite 350N/m às rodas, então podemos tentar o atrito do conjunto caixa ou
transmissão de forma a minimizar as perdas.

Tipos de dinamómetro
Existem diversos tipos de dinamómetros, dos quais se destacam pela sua
importância e aplicação: Bekk, mola e hidraúlico.
a) Dinamómetro de Bekk: consiste num aparelho utilizado para a determinação da
resistência dinâmica do papel.
b) Dinamómetro de mola: é um instrumento de medida pelo alongamento
produzido numa mola elástica.
c) Dinamómetro hidraúlico: a força é transmitida a um êmbolo que desliza dentro
de um cilindro cheio de óleo.

Balanças
A balança é um dispositivo utilizado para medir a massa dos objectivos.

As balanças são dispositivos utilizados para medir a massa de um corpo e


constituem um dos instrumentos de medida mais antigos utilizados pelo homem.

Ex:

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Tipos de balança
Actualmente existem diversos tipos de balança: balança de precisão, analítica,
industrial, rodoviária, entre outras.
a) Balança de precisão: são usados em laboratórios, mas também em locais
industriais, onde é necessário verificar o peso das peças.
b) Balança analítica: é um instrumento que mede a massa de um corpo.
c) Balança industrial: é um aparelho que mede variadas capacidades de pesagens
com alto padrão de qualidade.
d) Balança rodoviária: é um equipamento bastantante procurado por indústrias de
mineração entre outros segmentos que necessitam pesar os caminhões para não
exceder o limite de peso nas rodovias.

Classificação de balança
De acordo com o tipo de funcionamento, as balanças podem ser classificadas em:
a) Mecânicas: se forem constituídas por elementos mecânicos, como molas, hastes
rígidas entre outros.
b) Electrónicas: são elementos electrónicos, como células de carga,
microprocessadores, circuitos, integrados, entre outros.
c) Híbricas: são elementos mecânicos e eléctricos.

Actividades
1. O que é o dinamómetro?
R: O Dinamómetro é um aparelho que mede a intensidade de forças. Este aparelho é
dotado de estrutura, mola, gancho em uma das extremidades mola e graduação na
estrutura
a) Quais são os diversos tipos de dos quais se destacam pela sua importância e
aplicação?
R: Os diversos tipos de dinamómetros, dos quais se destacam pela sua importância e
aplicação: Bekk, mola e hidraúlico.

2. O que entendes por balanças?


R: Eu entendo por balanças como dispositivos utilizados para medir a massa de um corpo.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 4.1. Força e Interacções
Sumário: Medição de intensidades de forças

Na Física, compreende-se força como sendo uma grandeza capaz de modificar o


estado ou direcção de movimento de um determinado corpo.

A intensidade da força pode ser medida em quilograma-força ou em Newton.

1. Relação entre força, massa e aceleração


A intensidade de uma força aplicada a um determinado objecto é o produto da massa
por uma aceleração.
F=m.a

2. Determine a massa do objecto


A massa de um determinado objecto é a quantidade de matéria que ele contém.

3. Determine a aceleração do objecto


A aceleração é a variação na velocidade do objecto por uma determinada unidade
de tempo.

Actividades:
1. Como pode ser medida a intensidade das forças?
R: A intensidade da força pode ser medida em quilograma-força ou em Newton

2. Como é aplicada a intensidade de uma força?


R: A intensidade de uma força aplicada a um determinado objecto é o produto da massa
por uma aceleração.

3. Qual é a grandeza capaz de modificar o estado ou direcção de movimento de


um determinado corpo?
R: A grandeza capaz de modificar o estado ou direcção de movimento de um determinado
corpo é a força.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 4.1. Força e Interacções
Sumário: Peso de um corpo. Factores de que depende

Diversas vezes em nosso cotidiano, deparamo-nos com situações na quais


deixamos cair algum objecto.
Ex: Uma borracha, caneta, etc.

Os animais, as plantas, a água, o ar, as pedras, todos os corpos, enfim, estão


sujeitos à atracção gravitacional da Terra.

Peso é uma força que surge da atracção gravitacional entre dois corpos
constituídos de massa.
Ex: Um objecto de 10kg na terra, onde a gravidade é de aproximadamente 9,8m/s2, terá
um peso de 98N.

Peso de um corpo é o produto da sua massa pela aceleração da gravidade local.


P=m.g
Onde:
P: peso (N)
m: massa (kg)
g: gravidade local (m/s2)

O peso de um corpo que está nas proximidades de um planeta, satélite e estrela,


é a força com que esse corpo é atraído pelo planeta, satélite e estrela.
Ex:

Exercício 1: Na Lua, onde a gravidade é igual a 1,6m/s2, o peso de uma pessoa é de 80N.
Na Terra, onde a gravidade é de 9,8m/s2, a massa dessa pessoa, em kg, será igual a?
Resolução:
P=m.g
 80 = m . 1,6
80
 m = 1,6 = 50kg

Exercício 2: Um objecto tem peso igual a 2231N na superfície de Júpiter, onde a


gravidade é de 24,79m/s2. Qual deve ser o peso desse corpo em Marte, onde a gravidade
é de 3,7m/s2?
Resolução:
P=m.g
 2231 = m . 24,79
 m =2231/24,79 = 90kg

P=m.g
P = 90 . 3,7
P = 333N

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Actividades
1. O que é o peso?
R: Peso é uma força que surge da atracção gravitacional entre dois corpos constituídos
de massa.

2. Calcule o peso de um objecto de 50kg na superfície terrestre onde a gravidade é


de 9,8m/s2?
Resolução:
P=m.g
P = 90 . 3,7
P = 333N

3. Qual o peso de uma pessoa de 70kg na Lua? Considere que a gravidade na Lua é
de 1,6m/s2.
Resolução:
P=m.g
P = 90 . 3,7
P = 333N

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Subtema: 4.1. Força e Interacções
Sumário: Força de atrito

Quando empuramos ou puxamos um determinado objecto tentando movê-lo,


percebemos que existe certa dificuldade para colocá-lo em movimento. Essa dificuldade
deve-se à força de atrito.

Força de atrito: é uma força que se opõe ao movimento de objectos que estão sob
a acção de uma força.
Ex:

A força de atrito deve-se à existência de rugosidades na superfície de contacto do


objecto ao solo.

Factores de que a força de atrito


A força de atrito depende de dois factores:
a) Coeficiente de atrito – é aquele em que os objectos estão em contacto, ele pode
ser dinâmico ou estáctico.
b) Força normal (N): é a força exercida por um corpo sob uma superfície.
Ex:

Tipos de força de atrito


Existem dois tipos de força de atrito: estáctico e dinâmico.
a) Força de atrito estáctico: é um objecto que está em repouso e dificulta que ele
inicie o movimento. É calculada pela seguinte equação: Fatest = µe . N
Ex:

Onde:
Fatest – é a força de atrito estáctico
µest – é o coeficiente de atrito estáctico
N – é a força normal
b) Força de atrito cinético ou dinâmico: é uma força que surge em oposição ao
movimento de objectos que estão se movendo. A fórmula a ser utilizada é a
seguinte: Fatd = N . µd
Ex:

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Onde:
Fatd: Força de atrito dinâmico
N: é a força normal
µd: é o coeficiente de atrito dinâmico

Os coeficientes de atrito estáctico e dinâmico são grandezas adimensionais, ou


seja, não possuem unidade de medida e são representadas apenas pelo seu valor numérico.

Tabela de valores de coeficientes de atrito estáctico e dinâmico para alguns


materiais:
Materiais µest µd
Madeira sobre madeira 0,4 0,2
Gelo sobre gelo 0,1 0,03
Borracha sobre cimento seco 1 0,8
Aço sobre aço (seco) 0,8 0,6
Aço sobre aço (lubrificado) 0,1 0,05
Madeira sobre neve 0,5 0,2
Importância da força de atrito
O atrito provoca desgaste em peça de máquinas, em solas de sapatos; para vencer;
para vencer, o atrito os automóveis gastam mais combustíveis, entre outros. Porém, sem
o atrito, seria impossível realizar algumas actividades essenciais.

Exercício 1: Um bloco de massa de 20kg é puxado horizontalmente por um barbante. O


coeficiente de atrito entre o bloco e o plano horizontal de apoio é 0,25. Sabendo que g =
10m/s2 e a aceleração de módulo igual a 2,0m/s2. Qual será a intensidade da força de
atracção?
Resolução:
N = m . g  N = 20 . 10 = 200N
Fatest = µe . N
Fatest = µe . N = 0,20 . 200 = 40N
Exercício 2: Um bloco com massa de 3kg está em movimento com aceleração constante
na superfície de uma mesa é 0,4. Calcule a força de atrito entre os dois corpos. Considere
g = 10m/s2.
Resolução:
N=m.g
N = 3 . 10
N = 30N
Fatd = N . µd
Fatd = 30 . 0,4
Fatd = 12N
Exercício3 – Um corpo de 5kg desloca-se numa superfície horizontal. Inicialmente o
corpo está em repouso, a velocidade atinge 30m/s depois de 10s de movimento. O
coeficiente de atrito é 0,1. Determine:
y

FA F

x
P
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FA, F, P, N são as forças que actuam sobre o corpo

a) Aceleração do corpo.
𝑣−𝑣. 30−0 30
a = 𝑡 = 10 = 10 = 3m/s2

b) A força normal e força de atrito


Aplicando 2ª Lei de Newton
FA+F + P + N = m. a
0y: 0 + 0 – P + N = m. a  − P + N = 0
 N = P = m. g = 5 . 10
 N = 50N
FA = μ. N
FA = 0,1.50
FA = 5N

Actividades
1. O que chamamos força atrito?
R: Chamamos força de atrito, a uma força que se opõe ao movimento de objectos que
estão sob a acção de uma força.

2. Quais são os dois tipos de factores de que depende a força de atrito?


R: Os dois factores de que depende a força de atrito são:
Coeficiente de atrito – é aquele em que os objectos estão em contacto, ele pode ser
dinâmico ou estáctico; Força normal (N): é a força exercida por um corpo sob uma
superfície.

Exercício 1: Um bloco de madeira com massa de 10kg é submetido a uma força F que
tenta colocá-lo em movimento. Sabendo que o µe entre o bloco e a superfície é 0,6.
Calcule o valor da força F necessária para colocar o bloco na situação de iminência do
movimento, considere g = 10m/s2.
Resolução:
N=m.g
N = 10 . 10
N = 100N
Fatest = µe . N
Fatest = 0,6 . 100
Fatest = 60N

Exercício 2 – Um corpo de 10kg desloca-se numa superfície horizontal. Inicialmente o


corpo está em repouso, a velocidade atinge 20m/s depois de 5s de movimento. O
coeficiente de atrito é 0,2. Determine:
y

FA F

x
P
FA, F, P, N são as forças que actuam sobre o corpo

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a) Aceleração do corpo.
𝑣−𝑣. 20−0 20
a = 𝑡 = 10 = 10 = 2m/s2

b) A força normal e força de atrito


Aplicando 2ª Lei de Newton
FA+F + P + N = m. a
0y: 0 + 0 – P + N = m. a  − P + N = 0
 N = P = m. g = 10 . 10
 N = 100N
FA = μ. N FA = 0,1.100 FA = 10N

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 4.1. Força e Interacções
Sumário: Forças de atrito na Natureza e na Técnica

Forças de atrito na Natureza


A força de contacto que actua sempre que dois corpos entram em choque e há
tendência ao movimento. É gerada pela rugosidade dos corpos.

Rugosidade é uma medida das variações do relevo que pode ser dada de uma
superfície.
Ex:

A força de atrito é sempre paralela às superfícies em interacção e geralmente


contrária ao movimento relativo entre elas.

Os corpos apresentam rugosidades na superfície, o que dificulta o movimento dos


mesmos quando se deslocam um sobre os outros. Mesmo quando as suas superfícies
parecem perfeitamente lisas, a nível microscópico é possível observar algumas
rugosidades.

As forças de atrito que ocorrem entre as superfícies de contacto entre os corpos.


Ex: O rapaz procura arrastar uma caixa ao longo de uma superfície de madeira.

Apesar de sempre paralelo às superfícies em interacção, o atrito entre estas


superfícies depende da força normal, a componente vertical da força de contacto. Quanto
maior for a força normal maior será o atrito.

Forças de atrito na Técnica


A força de atrito é uma força tem grande importância, pois ela está presente em
todos os momentos do nosso dia-a-dia.

Para que exista a força de atrito, é necessário existir o contacto entre duas
superfícies.
Ex: O pneu de um automóvel e o asfalto.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 4.1. Força e Interacções
Sumário: Pressão e força de pressão; Unidade S.I de pressão

Pressão (P): é a expressão da força aplicada sobre uma área, ou seja, é a razão
entre a força aplicada sobre o tamanho da superfície de contacto. Pode ser expressa a
𝐅
partir da seguinte equação: 𝐏 = 𝐀.
Legenda:
P: pressão (Pa)
F: força aplicada (N)
A: área (m2)

A unidade de pressão no S. I. de unidades é o pascal (Pa), que equivale à aplicação


de uma força de 1N sobre uma área de 1m2.

Exercício 1: Calcule a pressão exercida pelos pés de uma mulher de massa igual a 60,0kg.
a) Considere que a mulher encontra-se em pé e que a área total dos pés seja de
120cm2. Sabendo g = 10m/s2.

b) No caso em que a mulher está usando saltos altos, podemos calcular a pressão
exercida no solo para a nova área de 4cm2 (0,0004m2)
Resolução:
F mg (60,0).(10)
a) P = A → P = A → P = 0,012 = 50 000Pa

F mg (60,0).(10)
b) P = A → P = →P= = 1 500 000Pa
A 0,0004

Força de pressão
A força de pressão consiste na força que é exercida por um corpo sobre uma dada
superfície. Esta força actua perpendicularmente à superfície.
Ex: Se tivermos dois blocos, um com maior peso que o outro, a força de pressão será
maior no bloco que possui maior pesso.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 4.1. Força e Interacções.
Sumário: A pressão na Natureza e na Técnica

A pressão na Natureza
Busca-se contemplar a compreensão de aspectos da construção histórica do
conceito científico em actividades que despertam o pensamento crítico.

Um fluido, como os gases ou líquidos, é uma substância em que as suas moléculas


estão dispostas aleatoriamente e que se mantém juntas devido a forças fracas de coesão
ou devido à substância estar contida dentro de um recipiente.

A força exercida por um fluido (água), em qualquer ponto de um objecto nele


submerso, é perpendicular à superfície do objecto e no sentido do interior do mesmo.

A pressão na Técnica
A técnica para medir a pressão de um fluido consiste em manter o líquido
(geralmente mercúrio, devido a sua alta temperatura).

A pressão faz parte do nosso dia-a-dia. Quando você nota que está difícil cortar
um alimento, o procedimento é o de afiar a faca, ao afiar a faca, estamos diminuindo a
área de corte dela e, com isso, para uma mesma força, a pressão aumenta.

Um casal de namorados caminha em um terreno com grama. Ele calça sapatos;


ela calça sapatos de salto alto. Será que isso vai dar certo? Não! Ele não terá dificuldades
para caminhar, mas o salto dos sapatos da garota vai afundar no solo, pois uma pequena
área exerce pressão maior.

Actividades
1. Em que consite a pressão na técnica de um fluido?
R: A pressão na técnica de um fluido consiste em manter o líquido (geralmente mercúrio,
devido a sua alta temperatura).

2. O que busca contemplar a pressão na natureza?


R: A pressão na natureza busca contemplar a compreensão de aspectos da construção
histórica do conceito científico em actividades que despertam o pensamento crítico.

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Subtema: 4.2. Massa e inércia
Sumário: Medição de massas. Unidade de medida de massa;
Outras unidades de medida de massa mais utilizadas

Os conceitos de força e massa são utilizados diariamente por todos nós fora do
ambiente científico. Neste sentido, veremos as definições da massa e da inércia
relacionadas às nossas tarefas diárias.

 Inércia: é a tendência natural de um objecto em resistir a alterações em seu estado


original de repouso ou movimento. Essa tendência natural que cada corpo tem de
manter seu estado inicial só pode ser alterada pela aplicação de uma força externa.
Ex: Motorista e passageiros de um automóvel devem usar o cinto de segurança.

A inércia foi explicada por Isaac Newton em seu trabalho intitulado Princípios
Matemáticos da Filosofia Natural, publicado em 1687.

Um dos factores que mais contribuí para a inércia é a massa, que é a medida da
inércia. A inércia será maior quanto maior a massa de um corpo. Assim:
Q=m.v
Onde:
Q: quantidade de movimento linear
m: massa
v: velocidade

Inércia e massa respectivamente, representam a propriedade de resistir à


aceleração, a medida da inércia e o que causa uma mudança de velocidade ou deformação
em um corpo.
 Aceleração: é a taxa de variação da velocidade. Ela é uma grandeza vectorial. A
sua unidade no S. I. é metro por segundo quadrado (m/s2)
 Velocidade: é a variação da posição no espaço em relação ao tempo, ou seja, a
distância percorrida por um corpo num determinado intervalo de tempo. Sendo a
medida no S. I. é metros por segundo (m/s).

 Massa: é a quantidade de matéria que um corpo possui. É uma medida da inércia.

Unidade de medida de massa


A unidade padrão de massa no Sistema Internacional de unidades é o quilograma
(kg).

Outras unidades de medida de massa mais utilizadas


A massa é uma magnitude física que mede a quantidade de matéria contida num
corpo. É bastante comum a realização da conversão de uma unidade de medida de massa
para outras:
a) Toneladas: é uma medida bastante comum, usada para massas muito grandes.
Ex: 2000kg, é mais fácil dizer que possui 2 toneladas.

b) Quilate: usado no mercado de metais preciosos.


Ex: 1 quilate corresponde a 0,2g

c) Arroba: é uma medida muito usada na Agropecuária.

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Ex: 1 arroba corresponde a 15kg.

Exercício 1: Uma das medidas agrárias mais comum é a arroba. Desta forma, um gado
tem o peso de 75kg, sabendo-se que uma arroba corresponde a 15kg, o peso desse gado
em arroba é de?
Resolução:
75 : 15 = 5 arroba.

Exercício 2: Um anel de metal foi confeccionado com um diamante com 26 quilates,


além do metal, que possui 5,8mg. Sabendo que 0,2g corresponde a 1 quilate, qual será o
peso do anel todo? Resolução: 26 . 0,2 = 5,2g; logo: 5,2 + 5,8 = 11,0g

Actividades
1. Qual é um dos factores que mais contribuí para a inércia?
R: Um dos factores que mais contribuí para a inércia é a massa.

2. O que representam a inércia e a massa na deformação de um corpo?


R: A inércia e a massa representam a propriedade de resistir à aceleração, a medida da
inércia e o que causa uma mudança de velocidade ou deformação em um corpo.

3. Que diferença existe entre inércia e a massa?


R: A diferença que existe entre a inércia e a massa é seguinte: Inércia: é a tendência
natural de um objecto em resistir a alterações em seu estado original de repouso ou
movimento; enquanto que a massa: é a quantidade de matéria que um corpo possui.

Exercício 1: Uma das medidas agrárias mais comum é a arroba. Desta forma, um gado
tem o peso de 105kg, sabendo-se que uma arroba corresponde a 15kg, o peso desse gado
em arroba é de?
Resolução:
105 : 15 = 7 arroba.

Exercício 2: Um anel de metal foi confeccionado com um diamante com 20 quilates,


além do metal, que possui 4,6mg. Sabendo que 0,8g corresponde a 1 quilate, qual será o
peso do anel todo?
Resolução: 20 . 0,8 = 1,6g; Logo: 4,6 + 1,6 = 6,2g

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Subtema: 4.2. Massa e inércia
Sumário: Densidade de um corpo

No estudo da física, muitos alunos apresentam dificuldades em diferenciar


densidade de massa específica. O que difere densiddade específica é que densidade leva
em conta o volume total de um corpo.
Ex:

Em Física, a densidade de um corpo ou objecto (d) é a razão entre sua massa e


seu volume.
Ex: Para sabermos a densidade de um tijolo, basta sabermos a sua massa total e seu
volume total.

Matematicamente, temos a seguinte equação:


𝐦
𝐝=
𝐯

Onde:
d: densidade (kg/m3)
m: massa do corpo ou objecto (kg)
v: volume (m3)

A unidade de medida de densidade é o quilograma por metro cúbico (kg/m3).

Exercício 1: Um corpo em forma de cubo de aresta a = 2,0m tem massa igual a 40kg.
Qual é a densidade do corpo?
Resolução:
V = a3 = (2,0)3 = 8,0m3
Logo:
d = m/V
d = 40/8,0
d = 5,0kg/m3

Massa específica de uma substância como sendo a massa por unidade de volume
dessa substância. Matematicamente, temos:
𝐦
𝐩=
𝐯
Sendo que:
P: massa específica
m: massa
V: volume da parte massiva

No S. I. de unidades, a unidade de medida da massa específica é quilograma por


metro cúbico (kg/m3).

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Na tabela a seguir temos as massas específicas de alguns materiais e as densidades
de alguns corpos:
Material ou corpo Densidade ou massa específica (g/cm3)
Água (a 4 ºC) 1,0
Gelo (a 0 ºC) 0,998
Mercúrio 13,6
Cobre 8,9
Aço (média) 7,8
Prata 10,5
Ouro 19,3
Alumínio 2,7
Corpo humano (média) 1,07
Terra (média) 5,5
Ar (20 ºC e 1atm) 0,0012

Relações entre as unidades


As unidades mais usadas para a densidade são kg/m3 e g/cm3. Então vamos
verificar qual é a relação entre elas:
1m = 102 ou 1cm = 10-2m
1m3 = 106cm3 ou 1cm3 = 10-6m3
Portanto:

Logo: 1kg/m3 = 10-3g/cm3 ou 1g/cm3 = 103kg/m3

Exercício 1: Estabeleça a relação entre g/cm3 e kg/L


Resolução:
1kg =103g e 1L = 103cm3

1kg/L = 1g/cm3

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Tema 5 – Pressão nos Líquidos e nos Gases
Subtema: 5.1. Líquidos: vasos comunicantes
Sumário: Superfície livre dos líquidos

Blaise Pascal provou no século XVII que a pressão exercida em uma porção
mínima de um líquido é transmitida integralmente e com a mesma intensidade em todas
as direcções.

Pressão: é a relação entre uma determinada força e sua área de distribuição.

Para problemas que envolvem sólidos, líquidos e gases, a expressão matemática


utilizada para expressar pressão é dada por:
𝒑 = 𝒑𝒈𝒉
Sendo:
p: é a pressão em um ponto específico
g: aceleração gravitacional
h: é a profundidade do ponto dentro do líquido

𝑭
𝒑=
𝑨
Legenda:
P: é a pressão
F: é a força normal a superfície
A: é a área total onde a força é aplicada

𝒏𝑹𝑻
𝒑=
𝑽
Onde:
P: é a pressão do gás
n: é o número de mols do gás
R: é a constante dos gases perfeitos
V: é o volume do gás

A unidade de medida no Sistema Internacional para medir a pressão é o Pascal


(Pa). Em homenagem a Blaise Pascal, por suas diversas contribuições relativas à pressão.

Superfície livre dos líquidos


A experiência cotidiana nos mostra que a superfície livre de um líquido é plana e
horizontal.
Ex: A água, preenchendo sem bolhas de ar uma mangueira, apresenta-se no mesmo nível
nas suas duas extremidades.

Esse facto permite determinar se dois pontos do espaço estão no mesmo nível, isto
é, sobre a mesma linha horizontal.

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Para entender porque a superfície livre de um líquido é plana e horizontal,
consideremos a hipótese contrária, isto é, que a superfície livre de um líquido não é plana
nem horizontal (figuira b). Então, dois pontos, A e B, localizados sobre a mesma linha
horizontal, no interior do líquido, estão a profundidades diferentes.

Líquidos formam uma superfície livre, isto é, quando em repouso apresentam uma
superfície estacionária não determinada pelo recipiente que contém o líquido.

A superfície característica dos líquidos é uma propriedade da presença de tensão


interna e atracção ou repulsão entre as moléculas do fluído, bem como da relação entre
as tensões internas do líquido com o fluído ou sólido que o limita.

Podemos concluir, disso tudo, que se a superfície livre de um líquido não é plana
nem horizontal, ele não pode estar em equilíbrio.

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Subtema: 5.1. Líquidos: vasos comunicantes
Sumário: Vasos comunicantes

Vasos comunicantes é um conjunto de recipientes que contém um fluído


homogêneo: quando se acomoda o líquido, ele equilibra-se balances à mesma
profundidade em todos os recipientes, independentemente de sua forma ou de seu volume.

Vasos comunicantes são recipientes geralmente em formato de U que são


utilizados para analisar as relações entre as densidades de líquidos imiscíveis e executar
estudos sobre a pressão exercida por líquidos.
Ex:

Vasos comunicantes é a ligação entre dois recipientes através de um líquido


fechado.

Lei de Stevin
A lei de Stevin propõe que a pressão exercida por um líquido depende apenas da
densidade do líquido, da aceleração da gravidade e da altura da coluna de líquido existente
acima do ponto analisado.

A lei de Stevin pode ser usada para determinar a pressão exercida pela água sobre
o ponto P.
P = PATM + d . g . h
Onde:
P: pressão no ponto P (Pa)
PATM: pressão atmosférica (Pa)
d: densidade do líquido (kg/m3)
g: gravidade (m/s2)
h: altura da coluna de líquido acima do ponto analisado

Por intermédio da lei de Stevin, pode-se observar que a pressão exercida por um
líquido não depende do formato ou do volume do recipiente no qual ele se encontra e que
pontos de mesma altura possuem mesma pressão.
Ex:

Sendo assim, pode-se concluir, por meio da lei de Stevin, que as pressões
exercidas nos pontos 1, 2 e 3 são exactamente iguais (P1 = P2 = P3).

As alturas das colunas de líquido são proporcionais às densidades dos fluídos.


Ex:

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Aplicando a lei de Stevin e sabendo que pontos de mesma altura possuem mesma
pressão, teremos:
P1 = P2
PATM + D1 . g . h1 = PATM + D2 . g . h2
D1 . h1 = D2 . h2

Conclui-se que o produto das densidades pela altura da coluna de líquido deve ser
igual para cada um dos fluídos dentro do recipiente.

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Subtema: 5.2. Líquidos: forças de pressão
Sumário: Pressão no interior dos líquidos

É interessante ressaltar que um fluído é uma substância que pode escoar, ou seja,
ele não apresenta forma própria e assume sempre a forma de qualquer recipiente no qual
se encontra inserido.

Quando um líquido contido em um recipiente aberto está em repouso, um ponto


localizado em seu interior é pressionado pela coluna líquida acima dele, que também é
pressionado pela atmosfera.
Ex:

Dessa forma, podemos determinar a pressão total exercida no ponto P somando a


pressão atmosférica, ou seja, a pressão que o ar exerce sobre o líquido, com a pressão da
coluna líquida de altura h. Desta forma, temos:
P = Patm + Pcoluna
P = Patm + µ . g . h

É prático considerar a origem do referencial na superfície do líquido e orientá-lo


para baixo, medindo a coluna de água como profundidade. O gráfico da pressão P em
função da profundidade h é rectílinea. Quando a altura h = 0, a pressão exercida na
superfície do líquido é a própria pressão atmosférica, assim temos: P = Patm.
Ex:

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Subtema: 5.2. Líquidos: forças de pressão
Sumário: Paradoxo hidrostático

Teorema de Stevin
O teorema de Stevin é a lei fundamental da Hidrostática, a qual relaciona a
variação das pressões atmosféricas e dos líquidos. Simon Stevin (1548 – 1620), físico e
matemático flamengo, contribuiu para o avanço dos estudos sobre a Hidrostática.

A Hidrostática é a parte da Física que estuda as características dos fluidos em


repouso (densidade, pressão e força de empuxo).
 Densidade: é aquela que mede a quantidade de matéria que um fluido apresenta
em um espaço.
 Pressão hidrostática: é aquela que mede a força por uma unidade de área de um
fluido em repouso e é capaz de exercer contra uma superfície.
 Força de empuxo: é a força que todo fluido exerce sobre os corpos nele imersos.

Stevin propôs o conceito de Paradoxo Hidrostático, onde a pressão de um líquido


independe da forma do recipiente, de modo que dependerá, tão somente, da altura da
coluna líquida no recipiente.

Desta forma, o Teorema de Stevin é representado pela seguinte expressão:


∆𝐏 = 𝛄 . ∆𝐡 ou ∆P = d . g . ∆h
Onde:
∆P – variação da pressão hidrostática (Pa)
γ – peso específico do fluído (N/m3)
d – densidade (kg/m3)
g – aceleração da gravidade (m/s2)
∆h – variação da altura da coluna de líquido (m)

Exercício 1: Determine a pressão hidrostática no fundo de um reservatório de água,


aberto em sua superfície, que possui 4m de profundidade. Sabendo que γH2O = 10
000N/m3 e g = 10m/s2?
Resolução:
∆P = γ .∆h
∆P = 10 000 . 4
∆P = 40 000Pa

Exercício 2: Determine a pressão hidrostática no fundo de um reservatório de água,


aberto em sua superfície, que possui 2m de profundidade. Sabendo que γH2O = 10
000N/m3 e g = 10m/s2?
Resolução:
∆P = γ . ∆h
∆P = 10 000 . 2
∆P = 20 000Pa

Após a dedução da lei de Stevin, que afirma que a pressão em um fluido


incompressível devido ao campo gravitacional depende somente da profundidade
(somente vai variar verticalmente), não dependendo do formato e tamanho do
recipiente: P = Pa + pgh

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Exercício 3: Determine a pressão hidrostática no fundo de um reservatório de água,
aberto em sua superfície, que possui 3m de profundidade. Sabendo que γH2O = 10
000N/m3 e g = 10m/s2?
Resolução:
∆P = γ . ∆h
∆P = 10 000 . 3
∆P = 30 000Pa

Actividades:
Exercício 1: Determine a pressão hidrostática no fundo de um reservatório de água,
aberto em sua superfície, que possui 5m de profundidade. Sabendo que γH2O = 10
000N/m3 e g = 10m/s2?
Resolução:
∆P = γ . ∆h
∆P = 10 000 . 5
∆P = 50 000Pa

Exercício 2: Determine a pressão hidrostática no fundo de um reservatório de água,


aberto em sua superfície, que possui 10m de profundidade. Sabendo que γH2O = 10
000N/m3 e g = 10m/s2?
Resolução:
∆P = γ . ∆h
∆P = 10 000 . 10
∆P = 100 000Pa

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Subtema: 5.3. Pressão nos líquidos. Princípio de Pascal
Sumário: Princípio de Pascal

Princípio de Pascal é o princípio elaborado pelo físico e matemático francês Blaise


Pascal (1623 – 1662) no século XVII, que estabelece que a pressão aplicada num ponto
de um fluido em repouso transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido.

O princípio de Pascal é uma lei da Mecânica dos fluidos que afirma que a pressão
aplicada sobre um fluido em equilíbrio estáctico é distribuída igualmente e sem perdas
para todas as suas partes, inclusive para as paredes do recipiente em que está contido.

“O aumento da pressão exercida em um líquido em equilíbrio é transmitido


integralmente a todos os pontos do líquido bem como às paredes do recipiente em que
ele está contido”

A partir da figura acima, a fórmula do Princípio de Pascal é dada pela seguinte


equação:
𝐅𝟏 𝐅𝟐
=
𝐀𝟏 𝐀𝟐
Onde:
F1 e F2: forças aplicadas aos êmbolos 1 e 2.
A1 e A2: áreas dos êmbolos 1 e 2.

Princípio de Pascal: é a diferença de pressão na elevação de uma coluna de fluido.

Exercício 1: A prença hidráulica mostrada na figura está em equilíbrio. Sabendo-se que


os êmbolos possuem uma relação de áreas 2; 5, determine a intensidade da força F?

Resolução:
F1 F2
=
A1 A2
F1 A1
 F2 = A2
A1
 F1 = A2 × F2
F1
 F2 = A1/A2

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28
F2 =2/5
5
 F2 = 2 × 28
F2 = 70kgf

Exercício 2: Considere que, no esquema mostrado abaixo, a área do pistão 1 seja de


10cm2, e a do pistão 2 seja de 25cm2. Se uma força de 45N for aplicada ao pistão 1,
espera-se que sobre o pistão 2 actue uma força de qual intensidade?

Resolução:
F1 F2
=
A1 A2
45 F2
=
10 25

45
F2 = 25 .
10
→ F2 = 112,5N

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Subtema: 5.3. Pressão nos líquidos. Princípio de Pascal
Sumário: Prensa hidráulica. Outras aplicações do Princípio de Pascal

Prensa hidráulica é uma classe de máquina-ferramenta que foi importante em


tornar possível a revolução industrial.

Prensa hidráulica é um equipamento muito usado em oficinas mecânicas,


desenvolvido para projectar uma força específica, geralmente medida em toneladas.

Funcionamento da Prensa hidráulica


A Prensa hidráulica é um equipamento muito simples de ser utilizado. Ela possui
uma mesa com altura regulável, com furos para ajustar.

Para que serve a Prensa hidráulica


Uma das finalidades da prensa hidráulica é tirar e colocar buchas que estejam
montadas em determinadas peças em que a força manual humana não daria.

Toda oficina mecânica ou borracharia necessita de uma prensa hidráulica, pois os


serviços de remoção de rolamento e de buchas são comuns nesse meio.

Outras aplicações do Princípio de Pascal


Não é comum, mas sempre que paramos em um posto de combustível, nos
deparamos com elevadores enormes.

As prensas hidráulicas constituem-se de um tubo preenchido por um líquido confinado


entre dois êmbolos de áreas diferentes. Quando aplicamos uma força F1 no êmbolo de
área A1, surge uma pressão na região do líquido em contacto com esse êmbolo. Como o
incremento de pressão é transmitido integralmente a qualquer ponto do líquido, podemos
dizer que ele também actua no êmbolo de A2 com uma força de intensidade F2
proporcional à área do êmbolo 2.

F1: força aplicada no êmbolo 1.


F2: força que surge no êmbolo 2
A1: área da secção transversal do cilindro 1
A2: área da secção transversal do cilindro 2.

O acréscimo de pressão (∆𝐩) é dado a partir do Princípio de Pascal. Portanto,


temos: ∆p1 = ∆p2
Onde:
𝐅𝟏 𝐅𝟐
∆p1 = 𝐀𝟏 e ∆p2 = 𝐀𝟐

𝐅𝟏 𝐅𝟐
=
𝐀𝟐 𝐀𝟐

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


De acordo com essa relação, vemos que força e área são grandezas directamente
proporcionais.

Dessa forma, dizemos que o êmbolo menor recebe uma força de menor
intensidade, enquanto que o êmbolo de maior área recebe maior força.

Em decorrência da equação enunciada acima (Princípio de Pascal), inúmeros


equipamentos foram construídos de forma a facilitar o trabalho humano. Podemos
encontrar a prensa hidráulica em freios hidráulicos, na direcção de um automóvel, em
aviões e máquinas pesadas, etc.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 5.4. Princípio de Arquimedes: Impulsão
Sumário: Princípio de Arquimedes. Impulsão e Aplicações

Os princípios de Stevin e Pascal, o princípio de Arquimedes é um dos princípios


que formam a base teórica da Hidrostática.

Princípio de Arquimedes
Certamente você já teve a sensação de que os corpos submersos em uma piscina
aparentam diminuir seus pesos, ou já se perguntou porque um cubo de gelo fica boiando
na superfície de um copo contendo água.

O Princípio de Arquimedes foi enunciado pela primeira vez pelo sábio grego
Arquimedes (287 – 212), como:
“Todo corpo mergulhado num fluido em repouso sofre, por arte do fluido, uma força
vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo”

O princípio de Arquimedes, diz que todo corpo totalmente imerso ou parcialmente


imerso em um líquido qualquer fica sujeito a uma força vertical de baixo para cima, igual
ao peso da porção de líquido deslocado pelo corpo.

O princípio de Arquimedes se resume a: I = gVp

Impulsão e Aplicações
Impulsão: é a força hidrostática resultante exercida por um fluido (líquido ou
gás) em condições hidrostáticas sobre um corpo que nele esteje imerso.

Arquimedes diz que os corpos que são mergulhados num líquido recebem da parte
deste uma impulsão vertical e ascendente. Diz também que a impulsão sofrida pelo corpo
tem valor igual ao peso do volume de líquido deslocado.

Factores que depende a impulsão


De acordo com a Lei de Arquimedes, a impulsão sofrida por um corpo depende
de dois factores:
 do volume do corpo;

 da densidade do líquido ou gás em que o corpo é imerso.

Exercício 1: Durante um jogo de futebol, um jogador chuta a bola, aplicando sobre ela
uma força de intensidade igual a 5 . 102N, durante um intervalo de tempo de 0,1s; sabendo
que o volume da bola é de 2kg/m3 e a massa de 4kg. Calcule o Impulso da força aplicada
pelo jogador?
Resolução:
P = m/v

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


P = 4/2
P = 2Pa

I = gVp
I = 10 . 2 . 2
I = 40Pa

Actividades
1. Cite os principais princípios que formam a base teórica da Hidrostática?
R: Os principais princípios que formam a base teórica da Hidrostática são: Stevin, Pascal
e o do Arquimedes.

2. O que é a impulsão?
R: A impulsão é a força hidrostática resultante exercida por um fluido (líquido ou gás)
em condições hidrostáticas sobre um corpo que nele esteje imerso.

3. O que diz o princípio de Arquimedes?


R: O princípio de Arquimedes diz o seguinte: que os corpos que são mergulhados num
líquido recebem da parte deste uma impulsão vertical e ascendente.

4. Segundo a lei de Arquimedes, quais são os dois factores que a impulsão


sofrida por um corpo depende?
R: A Lei de Arquimedes, a impulsão sofrida por um corpo depende de dois factores, que
são: do volume do corpo e da densidade do líquido ou gás em que o corpo é imerso.

1. Quem enunciou pela primeira vez o Princípio de Arquimedes?


R: O Princípio de Arquimedes foi enunciado pela primeira vez pelo sábio grego
Arquimedes (287 – 212)

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 5.5. Pressão dos gases. Pressão atmosférica
Sumário: Pressão dos gases

Gases são fluidos no estado gasoso. A característica que os difere dos fluidos
líquidos é que, quando colocados em um recipiente, eles têm a capacidade de ocupá-lo
totalmente.

Pressão dos gases: são as moléculas do gás, que ao se movimentar colidem com
as outras moléculas e com as paredes do recipiente onde se encontram, exercendo uma
pressão.

Visto que as moléculas dos gases estão em contínua movimentação desordenada,


elas se chocam com as paredes do recipiente que contém.

Assim, a pressão exercida pelos gases presentes na atmosfera sobre uma unidade
de área de determinada superfície nos fornece a pressão atmosférica.

O primeiro cientista a medir o valor da pressão atmosférica foi Evangelista


Torricelli (1608 – 1647).

Pelo facto de os corpúsculos nos gases terem grande liberdade de movimentos,


chocam constantemente com as paredes do recipiente onde se encontram.

Quando maior for a intensidade e o número de choques entre os corpúsculos e as


paredes do recipiente, maior a pressão a que o gás se encontra.

Para calcular a pressão dos gases é necessário usar a seguinte expressão


matemática:
𝐅
𝐏=
𝐀
Onde:
F: força que os corpúsculos exercem nas paredes do recipiente (N)
A: área das paredes do recipiente (m2)

Factores de que depende a presseão de um gás


A pressão de umgás no interior de um recipiente depende de três factores:
a) o número de corpúsculos de gás no interior do recipiente;
b) a temperatura do gás;
c) o volume do recipiente.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


Subtema: 5.5. Pressão dos gases. Pressão atmosférica
Sumário: Pressão atmosférica. Barómetros. Unidades de pressão atmosférica

Pressão atmosférica: é a pressão exercida pela massa de gases da atmosfera


sobre uma determinada superfície.

A pressão atmosférica é uma grandeza escalar resultante da colisão entre inúmeras


moléculas presentes no gás atmosférico e os corpos inseridos nesse gás.

A pressão exercida por um fluido, como o ar atmosférico, pode ser calculado por
meio da seguinte equação:
P=d.g.h
Legenda:
P: pressão
d: densidade (kg/m3)
g: gravidade
h: altura

os aparelhos que usamos para medir a pressão são basicamente de dois tipos: o
Manómetro e o Barómetro.
a) O Manómetro: é mais usado nas medições de pressão de um fluido (líquido ou
gás).

De acordo a figura acima, temos: P1 = Patm . µ . g . h; logo: Pgás = Patm + Phid

O Barómetro: é um aparelho mais utilizado para medidas de pressão atmosférica.

A pressão atmosférica é medida por meio de um equipamento chamado barómetro,


que pode ser de dois tipos: o de mercúrio e o aneroide.

a) Barómetro de mercúrio: consiste em um tubo de aproximadamente 1m de


comprimento, preenchido com mercúrio. Foi inventado pelo matemático e físico
italiano Evangelista Torricelli em 1643.
b) Barómetro aneroide: é um instrumento que possui um sensor formado por discos
metálicos flexíveis fechados.

As unidades utilizadas são: polegada ou milimetros de mercúrio (mmHg),


quilopascal (kpa), atmosfera (atm), milibar (mbar) e hectopascal (hpa).

Exercício 1: Sendo a pressão atmosférica ao nível do mar próxima de 1,1.105Pa,


determine a força exercida pela pressão atmosférica em uma área de 0,5m2?
Resolução:

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim


F
P=
A
F
 1,1.105 = 0,5
 F = (1,1.105) . (0,5) = 0,55.105N  F = 5,5.104N

Actividades
1. O que é a pressão atmosférica?
R: A pressão atmosférica é a pressão exercida pela massa de gases da atmosfera sobre
uma determinada superfície.

2. Quais são aparelhos usados para medir a pressão atmosférica?


R: Os aparelhos usados para medir a pressão são: o manómetro e o barómetro.

3. Define:
a) Manómetro
R: O Manómetro: é mais usado nas medições de pressão de um fluido (líquido ou gás)

b) Barómetro
R: O Barómetro: é um aparelho mais utilizado para medidas de pressão atmosférica.

4. Quantos tipos de barómetros existem? Cite-os.


R: Os barómetros existem de dois tipos, que são: de mercúrio e o aneroide.

Professor: Amândio Caindji Lucas Serafim

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