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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Sistema Solar, Esfera Celeste e a Terra e Seus Movimentos


Luísa Hacina Teteni

708233538

Licenciatura em Ensino de Geografia


Evolução do Pensamento Geográfico
1º Ano, Io Semestre, Turma: S

Nampula, Maio, 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Sistema Solar, Esfera Celeste e a Terra e Seus Movimentos

Licenciatura em Ensino de Geografia

Trabalho de carácter avaliativo apresentado na


cadeira de Evolução do Pensamento Geográfico,
1º Ano, Io Semestre, Turma: S, orientado pelo:

Docente: Caimo Omar Age

Nampula, Maio, 2023


ii

Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 3
Sistema Solar, Esfera Celeste e a Terra e Seus Movimentos .......................................................... 4
1.1. Sistema Solar .................................................................................................................... 4
1.1.1. Formação do sistema solar ........................................................................................ 5
1.1.2. Formação dos planetas e demais corpos ................................................................... 6
1.1.3. Componentes............................................................................................................. 7
1.1.4. Os planetas do Sistema Solar .................................................................................... 7
1.1.5. Planetas Anões ........................................................................................................ 13
1.2. Definição do conceito de esfera celeste e características dos elementos de orientação na
esfera celeste ............................................................................................................................. 14
1.3. Localização da Terra no universo .................................................................................. 17
1.4. Definição e consequências dos movimentos da terra ..................................................... 18
Conclusão...................................................................................................................................... 20
Referências Bibliográficas ............................................................................................................ 21
3

Introdução

O presente trabalho pertence a cadeira de Evolução do Pensamento Geográfico, lecionada nu


curso de licenciatura em Ensino de Geografia – 1º Ano, na Universidade Catolica de
Mocambique. O artigo subordina-se aos seguintes tópicos: Sistema Solar, Esfera Celeste e a
Terra e Seus Movimentos.

Neste artigo pretende-se detalhar os seguintes aspectos ou objectivos:

 Explicar a origem do sistema solar;


 Caracterizar o sistema solar;
 Mencionar os planetas do sistema solar;
 Definir o conceito de esfera celeste;
 Caracterizar os elementos de orientação na esfera celeste;
 Localizar a terra no universo;
 Explicar as consequências dos principais movimentos da terra.

Quando a metodologia para a concretização deste trabalho foi recorrida informação dos livros ou
manuais encontrados na internet tais como: obras, encíclicas, revistas e artigos científicos que
versem sobre a problemática em estudo.
4

Sistema Solar, Esfera Celeste e a Terra e Seus Movimentos

1.1.Sistema Solar
O Sistema Solar corresponde a um conjunto formado pelo Sol, asteroides, satélites, meteoros,
cometas e oito planetas com formas esféricas os quais descrevem órbitas elípticas.

Para Michael (2000, p. 112), “o Sistema Solar compreende o conjunto constituído pelo Sol e
todos os corpos celestes que estão sob seu domínio gravitacional”. A estrela central, maior
componente do sistema, responde por mais de 99,85% da massa total, gera sua energia através
da fusão de hidrogênio em hélio, dois de seus principais constituintes.

Frisar que, existem quatro (4 ) planetas mais próximos do Sol (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte)
possuindo em comum uma crosta sólida e rochosa, razão pela qual se classificam no grupo
dos planetas telúricos ou rochosos. Portanto, mais afastados do sol, há quatro (4) gigantes
gasosos, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, são os componentes de maior massa do sistema logo
após o próprio Sol. Dos cinco planetas anões, Ceres é o que se localiza mais próximo do centro
do Sistema Solar, enquanto todos os outros, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, encontram-se
além da órbita de Netuno.

Indo mais fundo sobre o Sistema Solar, existem incontáveis objectos que constituem a classe
dos corpos menores. Os asteroides rochosos, concentram-se numa faixa entre as órbitas de Marte
e Júpiter que se assemelha a um cinturão. Desta feita, deixando a órbita do último planeta,
a temperatura é suficientemente baixa para permitir a existência de fragmentos de gelo, que se
aglomeram sobretudo nas regiões do Cinturão de Kuiper, disco disperso e na nuvem de Oort;
esporadicamente são desviados para o interior do sistema onde, pela ação do calor do Sol,
transformam-se em cometas. Muitos corpos, por sua vez, possuem força gravitacional suficiente
para manter orbitando em torno de si objetos menores, os satélites naturais, com as mais variadas
formas e dimensões. Os planetas gigantes apresentam, ainda, sistemas de anéis planetários, uma
faixa composta por minúsculas partículas de gelo e poeira.

O Sistema Solar, de acordo com a teoria mais aceita hoje em dia, teve origem a partir de
uma nuvem molecular que, por alguma perturbação gravitacional, entrou em colapso e formou a
estrela central, enquanto seus remanescentes geraram os demais corpos.
5

1.1.1. Formação do sistema solar


A teoria actualmente mais aceite, relactivamente à formação do Sistema Solar, é a hipótese
nebular. Segundo esta hipótese, o Sistema Solar teria sido originado há cerca de 4,6 bilhões de
anos, a partir de uma vasta nuvem de gás e poeiras "a nébula solar”, num processo evolutivo a
que se associa a seguinte sequência de acontecimentos:

1. Formou-se uma nuvem de gases e poeiras, muito difusa, constituída, principalmente, por
hidrogénio e hélio e pequenas quantidades de silicatos, ferro e água congelada;
2. A atracção gravítica entre as partículas constituintes da nuvem levou a que esta se
contraísse, aumentasse a velocidade de rotação e se tornasse achatada.
3. No centro da nébula solar, a altas temperaturas concentrou-se a maior parte da massa da
nébula e reações nucleares originaram o protossol, e, mais tarde, o sol.
4. Nas regiões que rodeavam o protossol, a acreção de partículas, deu origem a
planetesimais.
5. A colisão de planetesimais levou à formação de corpos de maiores dimensões e com
maior força gravítica, os protoplanetas, que, por continuação da acreção, originaram os
planetas.
6. A diferenciação resultante do movimento dos materiais mais densos para o interior da
Terra, por acção da força da gravidade, contribuiu para a atual disposição concêntrica das
diferentes camadas que constituem, com valores decrescentes de densidade do centro
para a periferia.

Um aspeto particular deste processo foi a desgaseificação. Este fenómeno, traduzido na


libertação de grandes quantidades de vapor de água e outros gases do seu interior, estaria na
origem da formação e manutenção da atmosfera primitiva, uma vez que a força gravítica do
nosso planeta é suficientemente forte para reter os gases que se libertaram do seu interior.

A distribuição dos materiais da nébula solar foi condicionada pela distância ao Sol, dando
origem a corpos com características diferentes. Assim, perto do Sol, a altas temperaturas,
acumularam-se materiais de ponto de fusão elevado, como ferro e silicatos, tendo-se formado os
planetas telúricos. Mais longe do Sol, a baixas temperaturas, acumularam-se materiais de baixo
ponto de fusão tendo-se formado planetesimais que incorporaram gelo e gases congelados.
Formaram-se, nestas regiões, os planetas gigantes.
6

Segundo Woolfson (2000), Laplace foi:

o responsável por desenvolver a hipótese de que o Sol teria se formado a partir de uma
nuvem que girava e se contraía e, ao seu redor, os restantes materiais se condensaram nos
demais corpos. Essa teoria, comumente referida como hipótese nebular, passou por
algumas adaptações e se tornou a mais aceita no meio científico, especialmente após
observações recentes da composição de meteoritos, que conservam características do
período em que se formaram, nos primórdios do Sistema Solar. (Woolfson (2000, p. 143-
155)

1.1.2. Formação dos planetas e demais corpos


Durante o processo de acreção, a aglutinação de planetesimais fez aumentar a massa da Terra.
Quanto mais massa a Terra acumulava, maior se tornava a força gravítica e mais planetesimais
eram atraídos e colidiam com a superfície do planeta em formação. Findo o processo de acreção,
a Terra apresentava uma distribuição regular de elementos metálicos, silicatos e água. Durante a
acreção, verificou-se o aquecimento do planeta. Contribuíram para a produção e retenção de
calor os acontecimentos seguintes:

 Impacto de planetesimais: as colisões com a superfície da Terra originavam calor. Este


não se dissipava para o espaço na sua totalidade devido a impactos subsequentes. Assim,
uma parte do calor resultante dos impactos ficou retida no interior do planeta;

 Contração gravítica: quanto mais massa a Terra acumulava, maior era a pressão no
interior do planeta, o que contribuiu para o aumento da temperatura;

 Desintegração radioativa: durante a acreção, a Terra acumulou elementos radioativos,


como urânio e potássio. A desintegração de átomos destes elementos liberta energia.

O calor gerado pelos processos acima referidos terá feito elevar a temperatura do planeta o
suficiente para causar a fusão do ferro. O ferro fundido, devido à sua densidade, migrou para o
centro do planeta, onde se acumulou, originando o núcleo. Materiais menos densos, como os
silicatos, depositaram-se mais à superfície formando o manto e a crusta primitiva. A Terra
adquire, assim, uma estrutura interna em camadas concêntricas. A atividade vulcânica intensa
dos primeiros tempos da história da Terra terá levado ao derrame de grandes quantidades de lava,
que modelaram uma nova crusta, e à libertação de gases, como CO2, H2O, CH4 e NH3. Estes
7

gases, retidos pela força gravítica do planeta, terão formado a atmosfera primitiva. A
condensação de grandes quantidades de vapor de água, quando o planeta começou a arrefecer,
terá conduzido à formação da hidrosfera.

1.1.3. Componentes
O Sistema Solar é constituído essencialmente pelo Sol e pelo conjunto de corpos que estão sob
influência de seu campo gravitacional. Dentre estes, os oito planetas são os componentes mais
massivos do sistema, divididos em planetas telúricos (os quatro menores e mais próximos do Sol,
predominantemente rochosos) e gigantes gasosos (os quatro maiores e mais afastados do Sol). A
maior parte exerce força gravitacional suficiente para manter uma camada de gases ao seu redor,
ou seja, possuem atmosfera, e também satélites naturais orbitando-os. Enquanto a Terra e Marte
apresentam somente um e dois satélites naturais respectivamente, os gigantes gasosos possuem
dezenas cada um, nas mais variadas formas, composições e tamanhos.

1.1.4. Os planetas do Sistema Solar


1. Mercúrio

Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e o que gira mais rápido ao seu redor.

 Distância do Sol: 46 - 69,8 milhões de km.

 Duração do dia: 176 dias terrestres

 Duração do ano: 88 dias terrestres

 Temperatura média: 400°C

 Diâmetro: 4 879,4 km

 Quantidade de satélites naturais: Nenhum

Na topografia de Mercúrio, destacam-se as áreas planas, as crateras de impacto e as cadeias


montanhosas sinuosas, formadas pela contração da crosta durante o período de resfriamento do
planeta. Mercúrio é o segundo planeta mais denso do Sistema Solar, com um núcleo metálico
cujo raio equivale a 75% do total do planeta e que é responsável pela manutenção de um fraco
8

campo magnético. Existem evidências da presença de água sob a forma de gelo em crateras
profundas nos polos norte e sul que nunca recebem a luz do Sol diretamente. 1

2. Vênus

Vênus é o segundo planeta do Sistema Solar, é também o mais quente e o único a realizar a
rotação em seu próprio eixo no sentido anti-horário.

Assim como Mercúrio, a duração do ano (giro ao redor do Sol) é menor que a duração de um dia
(giro ao redor do próprio eixo).

 Distância do Sol: 108 milhões de km.

 Duração do dia: 243 dias terrestres

 Duração do ano: 224 dias terrestres

 Temperatura média: 460°C

 Diâmetro: 12 103,6 km

 Quantidade de satélites naturais: Nenhum

Salientar que, pesar de o núcleo ferroso de Vênus ser similar ao da Terra, a rotação
extremamente lenta de Vênus não permite a existência de um campo magnético. A atmosfera
venusiana, extraordinariamente espessa e violenta, é composta primariamente por dióxido de
carbono e vapores de ácido sulfúrico na forma de nuvens permanentes que envolvem todo o
planeta.

A cobertura permanente de nuvens impede a observação direta das características da superfície,


pelo que o seu mapeamento é efectuado por meio de radar e de sondas enviadas ao planeta. Tais
pesquisas sugerem que o relevo de Vênus foi alterado em quase sua totalidade por ação da
atividade vulcânica entre trezentos e quinhentos milhões de anos atrás. Em seu estado atual
destacam-se duas regiões elevadas, a Terra de Ishtar e a Terra de Afrodite, além dos Montes
Maxwell, um maciço montanhoso onde se localiza o ponto mais alto do planeta, comparável

1
NASA. «Mercury» (em inglês). Solar System Exploration. Consultado em 20 de maio de 2023. Cópia arquivada em
24 de janeiro de 2013
9

ao Monte Everest na Terra. Na geografia do planeta são igualmente característicos diversos


canais que se estendem por milhares de quilômetros, criados por fluxos de lava. 2

3. Terra

O planeta do Sistema Solar e o único que apresenta água em estado líquido e as demais
condições para a existência de vida.

O maior planeta telúrico e o quinto maior do Sistema Solar, é o terceiro a contar do Sol.
Seu núcleo é constituído principalmente por ferro, ao redor do qual encontra-se uma camada de
rochas fundidas, por sua vez cercada por uma crosta relativamente fina e dividida em placas
tectônicas em constante movimento, responsáveis pelas atividades sísmica e vulcânica na Terra.
O núcleo metálico e a rotação do planeta permitem a formação de um substancial campo
magnético.

 Distância do Sol: 150 milhões de km.

 Duração do dia: 23 horas, 56 minutos e 04 segundos

 Duração do ano: 365 dias e 6 horas

 Temperatura média: 14 °C

 Diâmetro: 12 756,2 km

 Quantidade de satélites naturais: 1 (Lua)

O único planeta do sistema solar que apresenta água em estado líquido e as demais condições
para a existência de vida.

4. Marte

Marte é o quarto planeta do Sistema Solar. Por causa da coloração de sua superfície, Marte é
apelidado de "Planeta Vermelho".

 Distância do Sol: 228 milhões de km.

 Duração do dia: 24 horas e 37 minutos

 Duração do dia: 24 horas e 37 minutos

2
NASA. «Venus» (em inglês). Solar System Exploration. Consultado em 20 de maio de 2023. Cópia arquivada em 24
de janeiro de 2013
10

 Duração do ano: 687 dias terrestres

 Temperatura média: -63 °C

 Diâmetro: 6792,4 km

 Quantidade de satélites naturais: 2 (Fobos e Deimos)

Marte é o último dos chamados planetas telúricos, planetas telúricos (planetas sólidos formados
por rocha e ferro).

5. Júpiter

Júpiter é o quinto planeta do Sistema Solar. É o maior planeta, cerca de 120 vezes maior que o
planeta Terra e o de maior massa. Júpiter é o primeiro dos planetas jovianos (planetas gasosos).

 Distância do Sol: 779 milhões de km.

 Duração do dia: 9 horas e 50 minutos

 Duração do ano: 11,86 anos terrestres

 Temperatura média: -108°C

 Diâmetro: 142 984 km

 Quantidade de satélites naturais: 79

 Júpiter

Dentre os gases que compõem sua atmosfera, hidrogênio e hélio são os mais abundantes,
seguidos por pequenas fracções de vapor d'água, metano e amônia. Nas camadas gasosas
inferiores do planeta, a pressão atmosférica é suficiente para liquefazer o hidrogênio. Já nas
camadas mais internas do planeta, o mesmo elemento adquire propriedades metálicas e se torna
eletricamente condutivo, dando origem, através do fluxo de cargas elétricas, a um poderoso
campo magnético cuja intensidade é vinte mil vezes superior ao que é produzido pela Terra.3

3
NASA. «Jupiter» (em inglês). Solar System Exploration. Consultado em 20 de maio de 2023. Cópia arquivada em 25
de janeiro de 2013
11

6. Saturno

O segundo maior planeta do Sistema Solar possui uma composição semelhante à de Júpiter, rica
em hidrogênio e hélio.

 Distância do Sol: 1,4 bilhões de km.

 Duração do dia: 10 horas e 35 minutos

 Duração do ano: 29,5 anos terrestres

 Temperatura média: -139°C

 Diâmetro: 120 536 km

 Quantidade de satélites naturais: 82

Contudo, a característica mais notável de Saturno é seu impressionante sistema de anéis,


formado essencialmente por fragmentos de gelo que se espalham por faixas, com milhares de
quilômetros de extensão e paralelo ao equador do planeta. Os satélites naturais de
Saturno ostentam peculiaridades únicas no Sistema Solar. O maior deles, Titã, é envolvido por
uma espessa atmosfera composta principalmente de nitrogênio, provavelmente similar à da Terra
antes do surgimento das primeiras formas de vida. Jápeto possui um hemisfério com coloração
brilhante e outro escuro, além de uma cordilheira que se estende exatamente sobre seu
equador. Mimas apresenta uma cratera gigantesca resultante de um impacto que quase rompeu o
satélite ao meio. Rico em gelo, Encélado mostra indícios de atividade vulcânica, com ejeções de
vapor de água no hemisfério sul. No total, Saturno possui 53 satélites naturais, muitos deles
descobertos somente através de sondas espaciais. 4

7. Úrano

O sétimo planeta a partir do Sol foi o primeiro a ser descoberto com o auxílio de um telescópio
em 1781. À semelhança de Vênus, o sentido de rotação de Urano é retrógrado relativamente ao
da maioria dos corpos do Sistema Solar. Além disso, seu eixo de rotação é extremamente
inclinado, fazendo com que cada um dos polos do planeta fique diretamente voltado para o Sol
durante um longo período.

4
NASA. «Saturn: Moons» (em inglês). Solar System Exploration. Consultado em 20 de maio de 2023. Cópia
arquivada em 25 de janeiro de 2013
12

 Distância do Sol: 2,88 bilhões de km.

 Duração do dia: 17 horas e 14 minutos

 Duração do ano: 84 anos terrestres

 Temperatura média: -220°C

 Diâmetro: 51 118 km

 Quantidade de satélites naturais: 27

A atmosfera de Urano, formada principalmente de hidrogênio e hélio, além de uma pequena


quantidade de metano (responsável pela coloração azul-esverdeada) e água, mostra-se dinâmica
conforme as mudanças de estação do planeta. No seu interior, possivelmente se aloja uma
camada líquida de água, metano e amônia. Também possui um sistema de anéis com faixas
estreitas e composto por partículas escuras nos anéis mais internos e brilhantes nos mais
externos.5

8. Netuno

O gigante e gelado Netuno é o planeta mais afastado do Sol e foi o primeiro a ser localizado a
partir de cálculos matemáticos em vez de observações regulares do céu. Sua busca foi motivada
por se terem constatado irregularidades na órbita de Urano que só poderiam ser explicadas pela
interação com um corpo de massa considerável ainda desconhecido. Observações subsequentes
da área onde Netuno se deveria encontrar, segundo os resultados calculados, vieram comprovar a
sua existência.

 Distância do Sol: 4,5 bilhões de km.

 Duração do dia: 17 horas

 Duração do ano: 164,79 anos terrestres

 Temperatura média: -220°C

 Diâmetro: 49 528 km

 Quantidade de satélites naturais: 14

5
NASA. «Uranus» (em inglês). Solar System Exploration. Consultado em 20 de maio de 2023. Cópia arquivada em
25 de janeiro de 2013
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1.1.5. Planetas Anões


Muito ouvimos falar sobre Plutão, que já foi considerado o nono planeta do Sistema Solar e hoje
é classificado como um planeta anão. Essa categoria foi criada pela União Astronômica
Internacional em 2006, a partir do descobrimento de novos objetos semelhantes a Plutão e não
tão semelhantes aos outros planetas. Já temos um texto no Blog do Espaço que fala
especificamente sobre Plutão e as discussões que o envolvem (confira aqui!), mas muitas vezes
as pessoas não conhecem os outros planetas anões que existem em nosso Sistema Solar.

Atualmente, reconhecemos quatro planetas anões em nosso Sistema Solar, além de


Plutão: Ceres, Haumea, Makemake e Éris. Geralmente, eles têm massas muito pequenas, de
forma que não são os astros dominantes em suas órbitas e às vezes possuem luas que têm
tamanhos muito parecidos com o do próprio planeta anão que orbitam.

a. Ceres

Ceres está mais próximo do que você pode imaginar. Ele se encontra no cinturão de asteroides
que está entre Marte e Júpiter e é o maior objeto que se encontra nesta região, sendo o planeta
anão mais próximo do Sol. Foi descoberto por um astrônomo que estava à procura de uma
estrela e chegou a ser chamado de asteroide por muito tempo, mas ele é bem maior e diferente de
um objeto desse tipo. Sua massa corresponde a 25% da massa total do cinturão em que se
encontra.

O nome Ceres vem da deusa romana da colheita e a palavra “cereal’ também é derivada deste
nome. Foi o primeiro planeta anão visitado pela sonda da missão Dawn e supostamente tem
água, diferente inclusive de muitos planetas conhecidos, onde essa substância não está presente.

b. Haumea

Haumea é o terceiro planeta anão mais próximo do Sol (após Ceres e Plutão). Ele é o objeto que
possui a rotação mais rápida do nosso Sistema Solar, completando uma volta ao redor de si em
apenas quatro horas.

Ele está localizado no cinturão de Kuiper, uma grande região fria de nosso Sistema Solar, além
da órbita de Netuno, composta por milhões de objetos gelados. Haumea é cercado por duas luas
chamadas Namaka e Hi’iaka, e foi o primeiro objeto do cinturão a ter anéis identificados. O
nome Haumea vem da deusa havaiana da fertilidade.
14

c. Makemake

Makemake é o planeta anão seguinte e também está localizado no cinturão de Kuiper. Ele é o
segundo objeto mais brilhante do cinturão. Seu nome vem da deusa da fertilidade da mitologia
Rapanui. Este planeta anão tem uma lua conhecida por MK 2.

d. Éris

O maior planeta anão é Plutão, mas Éris vem em seguida com um tamanho bem parecido, sendo
um pouco menor que a nossa Lua. O nome Éris vem da deusa grega da discórdia, o que condiz
com as muitas discussões que esse planeta anão gera sobre a definição de um planeta. Éris tem
uma lua chamada Disnomia, que faz uma órbita quase circular ao seu redor. Dentre os planetas
anões identificados, ele é o mais distante do Sol, e está tão longe que a luz do Sol demora mais
de 9 horas para chegar até ele.

Não obstante, salientar o seguinte sobre Plutão, o planeta anão é o mais famoso, por ter sido
considerado o nono planeta do nosso Sistema Solar. Contudo, afirmar que “O admirável mundo
frio e distante de Plutão“, por essa razão, sabe-se das descobertas que foram feitas sobre ele pela
sonda New Horizons.

1.2.Definição do conceito de esfera celeste e características dos elementos de orientação na


esfera celeste
Define-se a esfera celeste como sendo uma abstracção que facilita a compreensão dos
movimentos aparentes dos astros. Trata-se de uma esfera imaginaria com raio arbitrário e centro
num ponto qualquer do espaço.

A esfera celeste é uma esfera imaginária com um raio gigantesco, centralizada na Terra. Todos
os objectos que podem ser vistos no céu podem ser imaginados como repousados na superfície
desta esfera. Esfera Celeste é similar a um palco, que serve de ponto de partida, onde se
desenrola o espectáculo das estrelas, dos movimentos do Sol, da Lua e dos planetas.

Esfera Celeste, tem dimensão do raio é muito maior que o raio terrestre, onde na realidade os
astros que observamos estão situados a distâncias tão grandes um dos outros, que ilusoriamente
para os observadores situados na terra, tudo se passa como se todos os astros estivessem
igualmente afastados de nós, presos na Esfera Celeste a uma mesma distância, em cujo centro se
encontra o observador.
15

Um observador situado em qualquer lugar da Terra enxerga sempre apenas a metade da esfera
celeste.

1.2.1. Elementos de esfera celeste

São elementos da esfera celeste os seguintes: Horizonte, Zénite, Nadir, Meridiano e Equador
Celeste.

1) Horizonte: é um plano imaginário, tangente à Terra e perpendicular à vertical do lugar.


Nele se encontram os pontos cardeais Norte, Sul, Leste e Oeste.
2) Zénite: é o ponto mais alto da esfera celeste e acima do observador.
3) Nadir: é o ponto oposto ao zénite. É o ponto mais baixo na esfera celeste em relação ao
observador, mas que não é visto por ele na posição em que se encontra.
4) Equador celeste: é o círculo máximo da esfera celeste, sendo o prolongamento do
equador da Terra.
5) Meridiano é uma linha imaginária na esfera celeste (céu visível), que une os polos
celestes norte e sul e que contem o ponto zénite.

Todos esses elementos dependem do ponto da Terra onde se encontra esse observador e,
portanto, da latitude do lugar.

Para conhecer a esfera celeste temos que recorrer a cosmografia que é a ciência que se preocupa
em estudar corpos celestes distribuídos nos espaços celestes.

1.2.2. Polos e Sistema Equatorial da Esfera Celeste

Polos Celestes são pontos imaginários onde o eixo de rotação da Terra intercepta a esfera celeste.

Os polos sul e norte celeste, são as projecções gráficas dos polo sul e norte geográfico, sobre a
esfera celeste. São vistos respectivamente na latitude de 25 graus dos respectivos polos
geográficos.

Os polos Celestes apresentam a característica de permanecerem fixos no céu, enquanto os outros


pontos parecem girar em volta deles, conforme foto acima.

O Sistema Equatorial Celeste, encontra-se em relação aos polos celestes na latitude 90 e -90
graus respectivamente Sul e norte.
16

1.2.3. Movimento aparente da Esfera Celeste

O movimento “aparente” dos astros durante o dia ou a noite ocorre de leste para oeste dando uma
visão errónea e geocêntrica do movimento da esfera celeste. Dizemos aparente, porque não são
os astros que se movem, e sim a terra é que gira de Oeste para Leste dando essa aparente e
errónea impressão e reforçando o facto de que no céu os astros parecem girar de leste para oeste,
e não de oeste para leste como efectivamente ocorre, concluindo uma volta em aproximadamente
24 horas (dias sideral), lembrando que esse fenómeno aparente é devido a rotação da Terra que
gira efectivamente de Oeste para Leste.

a) Constelações na Esfera Celeste

As constelações na Esfera Celeste podem ser agrupadas segundo sua posição relativa às
principais referências, ou seja, o Equador Celeste, os Hemisférios Celestes Norte e Sul e a
Eclíptica. Desse modo, nós temos as constelações Equatoriais, Boreais, Austrais e Zodiacais.

b) Constelações Austrais

São denominadas constelações austrais, as que fazem parte do hemisfério sul celeste, como por
exemplo: o Cruzeiro do Sul, cujas principais estrelas são: a Estrela de Magalhães ou Acrux
(Crucis), Mimosa (Graciosa, Crucis), Rubídea ou Gacrux (Crucis), Pálida (Crucis) e Intrometida
(Crucis). (Faria, 1985, p. 182)

c) Constelações Boreais

Faria (1985), “denomina constelações boreais, aquelas que fazem parte do hemisfério norte
celeste, como por exemplo: o Cisne, cujas estrelas principais são: Deneb (a Cauda, Cygni),
Albireo ( Cygni) e Sadr (o Peito, Cygni), Gienah (a Asa, Cygni) e Azelfafage ( Cygni)”. (p. 182)

d) Constelações Equatoriais

Segundo Farias (1985), considera constelações equatoriais “as constelações se encontram numa
faixa ao longo do Equador Celeste, como por exemplo, a constelação de Orion, o gigante
caçador, cujas principais estrelas são: Betelgeuse (o Ombro do Gigante, Orionis), Rigel (o Pé,
Orionis), Bellatrix (Mulher Guerreira, Orionis), Saiph (a Espada do Gigante, Orionis), Mintaka (
Orionis), Alnilan (a Pérola, Orionis), Alnitak ( Orionis), Meissa (a Cintilante, Orionis) e
Algjebbah ( Orionis)”. (p.183)
17

e) Constelações Zodiacais

São aquelas constelações que se situam na faixa da linha da Eclíptica e que estejam
compreendidas entre 8 graus ao norte e 8 graus ao sul da Eclíptica Ao todo, são treze as
constelações zodiacais: Pisces (Peixe), Aries (Áries), Taurus (Touro), Gemini (Gêmeos), Cancer
(Caranguejo), Leo (Leão), Virgo (Virgem), Libra (Balança), Scorpius (Escorpião), Sagittarius
(Sagitário), Ophiuchus (Ofíuco, O Portador da Serpente), Capricornus (Capricórnio) e Aquarius
(Aquário, ou Aguadeiro).

1.3.Localização da Terra no universo


O conhecimento sobre a localização da Terra no universo tem sido moldado por 400 anos de
observações telescópicas, e expandiu-se radicalmente no último século. Inicialmente, acreditava-
se ser a terra o centro do universo, que consistia apenas os planetas visíveis a olho nu e uma
esfera distante de estrelas fixas. Portanto, após a aceitação do modelo heliocêntrico, no século
XVII, as observações de William Herschel e outros mostraram que o Sol e a Terra estavam
dentro de um vasto disco, em forma de galáxia de estrelas, mais tarde revelou ser sóis como o
nosso. Por volta do século XX, as observações de nebulosas espirais revelaram que
nossa galáxia era apenas uma das milhares de milhões em um universo em expansão, agrupado
em complexos e superaglomerados.

Por volta do século XXI, a estrutura geral do universo visível estava se tornando mais clara, com
superaglomerados formando em uma vasta teia de filamentos e vazios. Superaglomerado de
galáxias, filamentos e vazios são provavelmente as maiores estruturas coerentes que existem no
Universo. Em escalas ainda maiores (mais de 1000 megaparsecs6 no Universo se torna
significado como homogêneo que todas as suas peças têm em média a mesma densidade,
composição e estrutura.7

Uma vez que não se acredita haver "centro" ou "borda" do universo, não há nenhum ponto de
referência específico com o qual traçar a localização geral da Terra no universo.8 A Terra está no
centro do universo observável, pois a observação deste é determinada em relação a sua distância

6
Um parsec (pc) é a distância na qual a paralaxe de uma estrela, vista da Terra, é igual a um segundo de arco, igual
a aproximadamente 206,000 AU ou 3.0857×1013 km. Um megaparsec (Mpc) é equivalente a um milhão parsecs.
7
Robert P Kirshner (2002). The Extravagant Universe: Exploding Stars, Dark Energy and the Accelerating Cosmos.
[S.l.]: Princeton University Press. p. 71. ISBN 0691058628
8
Klaus Mainzer and J Eisinger (2002). The Little Book of Time. [S.l.]: Springer. ISBN 0387952888. P. 55.
18

da Terra. Pode ser feita referência para a posição da Terra em relação a estruturas específicas,
que existem em várias escalas. Ele ainda é indeterminado se o universo é infinito, e há
especulações de que nosso universo pode ser apenas um dos incontáveis trilhões dentro de um
maior multiverso, no entanto, nenhuma evidência direta de qualquer tipo de multiverso, já foi
observada, e alguns argumentaram que a hipótese não é falsificável.[9][10]

1.4.Definição e consequências dos movimentos da terra


Existem dois movimentos da terra a citar: rotação e translação.11

Movimento de rotação: a terra está animada de um movimento de rotação em torno do seu eixo,
fazendo com o plano da elíptica um ângulo de 660 33´. Este movimento realiza-se em sentido
directo, isto é, de oeste para este.

Consequências

As consequências da rotação da terra são várias. Dos quais existem duas principais
consequências da rotação que são:

 Sucessão dos dias e das noites;

 Movimento diurno aparente do sol.

Movimento de translação: a terra está também animada de um movimento de translação em


volta do sol, segundo uma orbita elíptica, que define o plano da elíptica, em que o sol ocupa um
dos focos. Faz-se igualmente em sentido directo e a uma volta completa corresponde o intervalo
do tempo de um ano sideral, que equivale a 365, 2564 dias, tempo solar médio.

Consequências

Entre as consequências do movimento de translação da terra contam-se as seguintes:

 Movimento anual aparente do sol;

 Sucessão das estacões do ano.

9
Clara Moskowitz (2012). «5 Reasons We May Live in a Multiverse». space.com. Consultado em 23 de maio de 23
10
Kragh, H. (2009). «Contemporary History of Cosmology and the Controversy over the Multiverse». Annals of
Science. 66 (4): 529–551. doi:10.1080/00033790903047725
11
https://escola.mmo.co.mz/geografia/definicao-e-consequencias-dos-movimentos-da-terra-rotacao-e-
translacao/ Acesso no dia 23 de maio de 2023
19

No meu ponto de vista a Terra apresenta dois (2) movimento a citar: rotação e a translação.
Portanto, a rotação ocorre no sentido anti-horário, ou seja, de oeste para leste, o que faz com que
o movimento aparente do sol seja de leste (nascente) para oeste (poente) e tem como
consequência é a sucessão dos dias e das noites. E para a translação, o movimento denomina-se
elíptico que a Terra executa ao redor do sol, com uma duração de 365 dias, 5 horas e 48 minutos
em uma velocidade de 107.000 km/h. A principal consequência desse movimento é a variação
das estações do ano.
20

Conclusão

Ao terminar a pesquisa, pode-se afirmar que, o Sistema Solar é um conjunto de corpos celestes
que gravitam na órbita de um sol (uma estrela). O nosso sistema solar é formado por oito
planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Além deles, existem
mais cinco planetas anões.

Planetas anões são corpos celestes que orbitam uma estrela e têm massa suficiente para assumir
uma forma quase redonda e não são uma lua. Eles são menores que os planetas comuns e não
limparam a órbita ao seu redor. O planeta anão mais conhecido é Plutão, que foi rebaixado em
2006 após a revisão das definições de planeta realizadas pela União Astronômica Internacional.

A Terra realiza uma série de movimentos envolvendo a órbita em torno de si mesma e ao redor
do sol. Ela realiza dois movimentos principais. Em um primeiro movimento, chamado de
translação, ela traça uma órbita em torno do Sol. Realiza também um giro em seu próprio eixo,
chamado de rotação. Cada volta ao redor do Sol representa um ano, enquanto cada giro em torno
de seu próprio eixo define um dia.
21

Referências Bibliográficas

 Clara Moskowitz (2012). «5 Reasons We May Live in a Multiverse». space.com.


Consultado em 23 de maio de 23
 Faria, R.P. et al.. (1985). Fundamentos de Astronomia. 2ed.. Campinas, Papirus.
 https://escola.mmo.co.mz/geografia/definicao-e-consequencias-dos-movimentos-da-terra-
rotacao-e-translacao/ Acesso no dia 23 de maio de 2023
 Kaler J.B. V et al... (2000). Astronomia: Uma visão geral do Universo. São Paulo,
Brasil: EDUSP.
 Klaus Mainzer and J Eisinger (2002). The Little Book of Time. [S.l.]:
Springer. ISBN 0387952888. P. 55.
 Kragh, H. (2009). «Contemporary History of Cosmology and the Controversy over the
Multiverse». Annals of Science. 66 (4): 529–551. doi:10.1080/00033790903047725
 Robert P Kirshner (2002). The Extravagant Universe: Exploding Stars, Dark Energy and
the Accelerating Cosmos. [S.l.]: Princeton University Press. p. 71. ISBN 0691058628

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