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I
Nébula solar
O processo da formação estelar e planetária descrito na Figura 1 começa com o colapso de uma
nuvem molecular (1). À medida que a nuvem colapsa, o material começa a deslocar-se rapidamente para o
centro onde ocorre o aquecimento. Junto do centro da nuvem, onde a densidade é maior, as colisões entre a
poeira e o gás libertam energia até que as partículas deixam de colidir levando a um ligeiro achatamento da
nuvem de poeira e migração das partículas para um plano central, no qual estas orbitam na mesma direção
(2). Durante o colapso, a energia gravitacional é convertida em calor. Este aumenta de tal forma que quebra
as ligações moleculares e vaporiza a poeira das regiões centrais. Nas regiões exteriores, onde os gases
arrefecem, algum do material vaporizado recondensa em grãos micrométricos - os núcleos dos côndrulos e
das partículas de elevada temperatura (CAIs) que formam os condritos (3).
Perto da região central e próximo da protoestrela, apenas os materiais mais refratários podem
condensar. Mais longe, os voláteis também condensam dando origem a compostos e minerais diferentes.
Isto explica a segregação e diferença de composição entre planetas próximos do Sol e planetas mais
afastados.
O material condensado começa lentamente a acrecionar. Eventualmente, alguns aglomerados
crescem mais do que outros tornando-se nos planetesimais, os núcleos dos corpos parentais dos meteoritos
e dos futuros planetas. Quando os planetesimais se tornam maiores, as velocidades aumentam e as colisões
tornam-se mais violentas. Na proximidade dos planetas gigantes, alguns planetesimais ricos em voláteis
acabam por cair para a zona mais interior da nébula trazendo alguns gases para os planetas interiores.
Uma vez que o centro da nébula se tornou suficientemente quente para as reações termonucleares se
iniciarem, o colapso da nébula para e o material restante acaba por ser limpo do sistema por dois efeitos
complementares: a atração gravítica dos planetesimais maiores e os ventos fortes da estrela Sol. Nesta
altura a primeira era de formação planetária termina (5) e os planetas estão com órbitas estabelecidas. É de
salientar que todo o processo ocorre relativamente rápido, levando apenas alguns milhões de anos.
(Adaptado de http://www.portaldoastronomo.pt/tema_pag.php?id=9&pag=3, pesquisado em novembro de 2014)
am (Adaptado de
1
Fig. 1: Fases de evolução da Nébula Solar
documentados pela química, mineralogia e textura dos meteoritos (Adaptado de Meech, 1997).
Selecione a alternativa que completa corretamente as afirmações seguintes.
2. Da análise dos dados pode inferir-se que durante o colapso da nuvem molecular
(A) a energia gravitacional provoca a migração de matéria menos densa para o centro da nuvem molecular.
(B) a energia calorífica provoca a migração de matéria menos densa para o exterior da nuvem molecular.
(C) a energia gravitacional provoca a migração de matéria mais densa para o centro da nuvem molecular.
(D) a energia calorífica provoca a migração de matéria mais densa para o exterior da nuvem molecular.
4. O facto de no ponto 2. da Figura 1 as partículas que migraram para um plano central orbitarem na mesma direção
pode ter estado na origem de planetas que
(A) efetuam o movimento de translação no mesmo sentido.
(B) efetuam o movimento de rotação no mesmo sentido.
(C) são constituídos por materiais gasosos.
(D) são constituídos por materiais rochosos.
8. Com base nos dados, relacione a ação do protossol e as condições existentes na zona em que se formaram os
condritos com a natureza dos minerais que os compõem.
9. Com base nos dados, explique qual foi o papel da acreção e dos planetesimais vindos das proximidades dos
planetas gigantes na formação do planeta Terra e da sua atmosfera.
2
II
Sistema Terra Lua
A Lua é um corpo rochoso constituído por zonas mais escuras e planas e outras mais escarpadas e mais claras.
A crosta da Lua tem 68km de espessura média e por baixo desta está um manto e provavelmente um pequeno
núcleo. Ao contrário da Terra, no entanto, o interior da Lua já não está ativo. O centro de massa da Lua está
afastado do seu centro geométrico uns 2km na direção da Terra e a crosta é mais fina no lado voltado para a Terra.
O movimento das marés resulta da ação das interações gravitacionais da Terra com a Lua e, em menor
intensidade, com o Sol. Dado que a Terra, e particularmente os oceanos, não são perfeitamente rígidos, esticam-se
ao longo da linha direta para a Lua, formando, na superfície da Terra, duas pequenas protuberâncias, uma na
direção da Lua e outra na direção oposta. O efeito é muito maior na água do que na crosta sólida, por isso as
protuberâncias na água são maiores. E porque a Terra gira muito mais rapidamente que a Lua na sua órbita, estas
protuberâncias movem-se pela Terra uma vez por dia resultando duas marés cheias diárias num dado local. A maré
sobe aquando das passagens meridianas superior e inferior da Lua, isto é, ocorre maré cheia quando a Lua passa
por cima de nós e quando a Lua passa por baixo de nós, ou seja, por cima dos nossos antípodas.
Sem atmosfera e magnetismo remanescente, a superfície da Lua está diretamente exposta ao vento solar.
Durante os seus 4 bilhões de anos de existência, muitos iões de hidrogénio oriundos do vento solar incorporam-se
no rególito da Lua. Assim, as amostras de rególito trazidas da Lua mostram-se valiosas para o estudo do vento
solar. A maioria das rochas na superfície da Lua parece ter entre 4.6 e 3 mil milhões de anos enquanto as rochas
terrestres têm apenas um pouco mais que 3 mil milhões de anos. Sendo assim a Lua providencia dados sobre a
história do Sistema Solar que não estão disponíveis na Terra. A tabela 1 apresenta algumas caraterísticas da Terra,
Lua e Sol. (Adaptado de http://www.ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/lua.htm, pesquisado em novembro de 2014)
Tabela 1
3. A existência de uma maior abundância de crateras de impacto nos continentes lunares do que nos mares lunares
deve-se ao facto de os primeiros
(A) se situarem na face oculta da Lua.
(B) se situarem na face da Lua visível da Terra.
(C) apresentarem altitudes mais elevadas que os mares lunares.
(D) serem mais antigos que os mares lunares.
5. A Terra assemelha-se à Lua pois apresenta uma estrutura interna ________ mas difere dela pois _______
(A) homogénea (…) é um planeta geologicamente ativo.
(B) homogénea (…) é um planeta geologicamente morto.
(C) heterogénea (…) é um planeta geologicamente ativo.
(D) heterogénea (…) é um planeta geologicamente morto.
6. Ao contrário da Terra a Lua não apresenta atmosfera e tem sempre a mesma face voltada para a Terra devido,
respetivamente, à
(A) exposição aos ventos solares e sincronismo nos movimentos de translação e rotação.
(B) exposição aos ventos solares e diferenças nos movimentos de translação e rotação.
(C) massa insuficiente e sincronismo nos movimentos de translação e rotação.
(D) massa insuficiente e diferenças nos movimentos de translação e rotação.
7. A análise do rególito lunar constitui um método _______, que contribui para o conhecimento dos ventos solares,
tal como os dados fornecidos _______.
(A) direto (...) pela sismologia. (C) indireto (...) pela sismologia.
(B) direto (...) pelo vulcanismo. (D) indireto (...) pelo vulcanismo.
9. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com
o impacto meteorítico na superfície da Terra.
A. Formação de uma cratera por embate de um meteorito.
B. Interação de um meteoroide com o campo gravítico da Terra.
C. Vaporização de matéria na superfície de um meteoro.
D. Interação de um corpo celeste com a atmosfera terrestre.
E. Fragmentação de um corpo em órbita na cintura de asteróides.
4
10. Explique em que medida as amostras de rochas da Lua podem ser usadas para reconstituir a História da Terra, de
acordo com a Hipótese Nebular.
III
Gravidade e magnetismo
As cartas globais revelam valores altamente negativos de anomalias na proximidade das cadeias montanhosas
recentes em movimento ascendente como os Alpes e os Himalaias, por baixo dos quais o manto se encontra a maior
profundidade do que em zonas sem montanhas.
Pode-se deduzir que os mais leves continentes flutuam sobre o manto mais pesado e que as altas cadeias
montanhosas devem ser compensadas por baixo pela "raiz" mais leve que garante a sua flutuabilidade. Pelo
contrário os fundos oceânicos compostos de rochas basálticas mais densas ocuparão a nível global a posição mais
baixa.
Em certas substâncias como o ferro, ligas de ferro, alguns óxidos, hidróxidos e sulfuretos de ferro, a
magnetização adquirida possui valores francamente positivos e permanece no tempo, desde que a temperatura se
mantenha abaixo da temperatura Curie (Tc). Abaixo da Tc os ferromagnéticos adquirem de forma permanente, a
magnetização que é concordante com a direção do campo magnético terrestre, ficando esta magnetização fóssil
“gravada” nas rochas vulcânicas do fundo dos oceanos.
As Figuras 4 e 5 apresentam, respetivamente, a Escala de reversões do campo geomagnético nos últimos 80
M.a. e a elevação do ponto da gravidade sobre a superfície de referência que por um lado diminui o valor da
gravidade por efeito do afastamento do centro da Terra mas por outro aumenta-a por ação da massa das rochas
entrepostas.
(http://w3.ualg.pt/~tboski/TomaszBoski/DIDACTICA_files/gravmag.pdf, novembro de 2014)
Figura 5
Figura 4
1. As rochas do fundo marinho representadas na Figura 4 por uma faixa clara apresentam polaridade magnética
(A) normal e estão sempre associadas a um evento geológico.
(B) normal e são mais antigas que as representadas por uma faixa escura.
(C) inversa e nem sempre estão associadas a um evento geológico.
(D) inversa e são mais antigas que as representadas por uma faixa escura.
4. As elevadas anomalias gravimétricas registadas sobre os Alpes e Himalaias podem ser explicadas pela
(A) baixa densidade dos materiais das montanhas.
(B) redução do raio terrestre.
(C) baixa densidade dos materiais do manto.
(D) elevada densidade da raiz da montanha.
7. Explica de que forma a descida da temperatura do magma a partir do ponto de Curie contribui para apoiar a
hipótese da expansão dos fundos oceânicos a partir das dorsais oceânicas.
8. Faça corresponder a cada uma das letras relativas ao ciclo celular (coluna A), um número da coluna B.
Coluna I Coluna II
(A) Cadeia de montanhas submarinas com uma profunda depressão central.
1. Escudo
(B) Região extensa e profunda, constituída por basalto.
2. Talude continental
(C) Zona de declive acentuado em continuidade estrutural com o
3. Fundo abissal
fundo oceânico.
4. Cintura orogénica
(D) Região elevada e altamente deformada, junto às margens dos
5. Fossa oceânica
continentes.
(E) Depressão profunda, situada na zona de fronteira de placas litosféricas.5 6. Dorsal oceânica
(F) Região extensa em que afloram rochas antigas. 7. Plataformas
estáveis.
(G) Zonas continentais cobertas por sedimentos marinhos.
FIM
Cotação:
Grupo I 1. a 7. 8. 9.
Cotação (valores) 6 12 12
Grupo II 1. a 8. 9. 10.
Cotação (valores) 6 7 15
Grupo III 1. a 3. 4. a 6. 8. 9.
Cotação (valores) 6 7 12 7
6
Agrupamento de Escolas da Senhora da Biologia e Geologia – 10º Ano Aplicado às Turmas:
Hora Ano Letivo 2014/2015 Professora: Maria José Alves
PROPOSTA DE CORRECÇÃO DO TESTE DE AVALIAÇÃO Nº1
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GRUPO I QUESTÃO TESTE A- pg. nº árabe TESTE B-pg. nº romamo COTAÇÃO
1. 2. D B 6+6
3.4. A A 6+6
5.6. D C 6+6
7. B 6
. Os ventos solares do protossol empurraram os materiais voláteis, menos densos para
longe do centro da nébula solar
8. . Daí que os condritos se tenham formado a partir desses materiais nas zonas mais 12
afastadas do sol e por isso mais frias.
GRUPO II QUESTÃO 66
1. 2. 3. B C A 7+7+7
4. 5. 6. B C C 7+7+7
7. 8. C A 6+6
9. 524 31 7
. De acordo com a Hipótese Nebular, todos os astros que compõem o Sistema Solar
formaram-se na mesma altura, a partir dos mesmos materiais e pelos mesmos processos;
. A Lua deixou de ser geologicamente ativa há 3.000 milhões de anos e por outro lado não
tem atmosfera nem água líquida, o que permitiu que as suas rochas não tivessem sofrido
10. 15
alterações.
. Assim sendo, a Lua tem rochas mais antigas que a Terra que permitem tirar conclusões
sobre o passado da Terra.
a) 7a 8- 10;5 a 6 - 7; 3 a 4 – 4; 0 a 2 – 0 pontos.
b) 15 / 13 pontos: aborda os 3 tópicos / apresenta falhas de coerência na organização dos conteúdos e falhas na aplicação da linguagem científica;
10 / 8 pontos: aborda os 2 tópicos / apresenta falhas de coerência na organização dos conteúdos e falhas na aplicação da linguagem científica;
5 / 3 pontos: aborda 1 tópico / apresenta falhas na aplicação da linguagem científica.
8
Qualquer rocha é a expressão das condições em que é gerada. Rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares
estão intimamente relacionadas, pois a mesma matéria pode integrar diferentes tipos litológicos.
Reconstitua a sequência temporal dos acontecimentos, de a) a e), a seguir descritos, começando pelo:
As condições de temperatura e de pressão provocam a fusão dos minerais constituintes das rochas, originando
magmas.
a) As rochas que sofrem afundimento na crusta terrestre sofrem a acção do peso das rochas suprajacentes, são
comprimidas por tensões oriundas do interior da terra e aquecidas pelo calor do interior da Terra.
b) As rochas da superfície terrestre passam por fenómenos de meteorização, erosão, transporte, sedimentação e
diagénese.
c) Ocorrem alterações nos minerais que adquirem novas formas e orientações, no estado sólido.
d) Os magmas ascendem à superfície através da erupção vulcânica, arrefecem e consolidam originando rochas
magmáticas.
e) À medida que o tempo decorre, as alterações mineralógicas acentuam-se.
2.4. Faça corresponder uma letra da Coluna I a cada número da coluna II:
Coluna I Coluna II
A. Formam-se à superfície da crusta terrestre 1. Rochas Metamórficas
B. Caracteriza-se por apresentar cristais orientados 2 Rochas Magmáticas Plutónicas
numa dada direcção 3. Rochas Magmáticas Vulcânicas
C. Dispõem-se frequentemente em estratos 4. Rochas Sedimentares
D. Formam-se a partir de rochas pré-existentes por
acção de temperaturas e pressões elevadas
E. Têm textura amorfa ou vítrea
F. Contêm a maior parte dos fósseis
G. Formam-se em profundidade, por arrefecimento
e consolidação lentas do magma
Ex 07
Seleccione a alternativa que permite preencher os espaços e obter uma afirmação correcta.
Em condições subaéreas, submetidos a valores de pressão e de temperatura mais _____ que os
da sua génese, os minerais constituintes de um granito tendem a transformar-se, dando origem a
rochas _____.
(A) baixos […] sedimentares
(B) baixos […] metamórficas
(C) elevados […] sedimentares
(D) elevados […] metamórficas
Ex 10 1ªf
Faça corresponder a cada um dos fenómenos do ciclo litológico, expressos na coluna A, a respectiva
designação, que consta da coluna B.
Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
GRUPO II
COLUNA A COLUNA B
(a) Formação de uma rocha a partir da solidificação de materiais da
crosta ou do manto, total ou parcialmente fundidos.
(b) Remoção de material da superfície rochosa.
9
(c) Litificação de sedimentos, nas condições que predominam na parte
mais superficial da crosta terrestre.
(d) Transformação mineralógica e estrutural de uma rocha, no estado
sólido, no interior da crosta terrestre.
(e) Alteração de uma rocha sob a acção de águas ácidas, levando à
formação de precipitados dos seus minerais.
– (a) – (4); (b) – (3); (c) – (2); (d) – (5); (e) – (7)
(1) Deposição
(2) Diagénese
(3) Erosão
(4) Magmatismo
(5) Metamorfismo
(6) Meteorização mecânica
(7) Meteorização química
(8) Transporte
Prova 702.
Explique em que medida a Lua condritoconsiderada como um fóssil do sistema Solar, pode ser usado para
reconstituir a História da Terra, de acordo com a Hipótese Nebular.
..Exp por que raz a acreção cont para o facto de uma planeta acabar por reter uma atmosfera.
Dados Exp qual foi o papel da acreção e dos planetas gigantes na formação do planeta terra e da sua atmosfera.
Exp a influência da variação de temperatura na diferença de composição entre planetas próximos do Sol e planetas
mais afastados.
À medida que aumenta a distância ao sol a temperatura diminuitendo em conta a temperatura de condensação dos
materiais que os compõem
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