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Curso com Planos Próprios de Aplicações de

Tecnologias e Segurança Alimentar Biologia e Geologia


10º ano

Sistema Solar
A vida é possível na Terra devido à:
✓ massa da Terra
• Influencia a energia interna do planeta, logo, a sua atividade geológica visível a nível da
ocorrência dos sismos e vulcões.
• Influencia a força gravítica, que permite que a Terra conserve uma atmosfera, rica em O 2
e uma camada de Ozono.
✓ distância ao Sol
• Permite a existência de uma temperatura compatível com a vida.
• Permite a formação e manutenção de água, no estado líquido.

Origem do Sistema Solar


A teoria nebular reformulada é a atualmente mais aceite e admite que a origem do sistema solar se
deve á existência de uma nébula de gases e poeiras, que por atracão gravítica, adquiriu rotação e
sofreu acreção, elevando os materiais á temperatura de fusão, o que implicou a existência de uma
diferenciação dos materiais por densidade.

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Factos que apoiam a Teoria Nebular Reformulada:
• A datação dos corpos celestes do Sistema Solar atribui a mesma idade à Terra e aos restantes
astros;
• Os planetas próximos do Sol são constituídos por materiais densos e com pontos de fusão
elevados (silicatos, ferro e níquel), enquanto os mais distantes são ricos em elementos menos
densos e gasosos (hidrogénio e hélio);
• Os planetas principais realizam translação no mesmo sentido e num mesmo plano, em torno do
mesmo centro, o sol;
• O processo de acreção parece ser corroborado pela existência de meteoritos e crateras de
impacto em vários planetas.
• Todos os planetas orbitam no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, sentido direto.
• Os planetas orbitam no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, sentido direto, igual à
rotação do sol, à exceção de Vénus e Urano que têm movimentos de rotação ao contrário dos
outros, sentido retrógrado.
NOTA: Esta teoria ainda não consegue explicar a baixa rotação do sol.

Constituição do Sistema Solar:


Planetas

O estudo das formas e morfologias presentes nos planetas é feito comparando com estruturas
existentes na Terra.
Conhecendo as estruturas, é possível inferir os processos que as originaram (partindo do
princípio que as forças e os processos que ocorrem na Terra se podem aplicar a outos planetas).
Assim, foram definidos três tipos de estruturas: estruturas endógenas, exóticas e exógenas.

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As estruturas endógenas resultam da ação de processos e forças que atuam no interior dos
planetas, como, por exemplo, dobras, falhas, fissuras, cones vulcânicos, filões,… (fig. A).
As estruturas exógenas são originadas por processos que ocorrem na superfície do planeta, tais
como rios, dunas e ravinamento (fig. B).
As estruturas exóticas têm uma origem exterior ao planeta, como é o caso de crateras de
impacto de meteoritos e outros corpos celestes (fig. C)

Asteroides – são corpos celestes de pequenas dimensões.


Os asteroides de maiores dimensões encontram-se diferenciados em camadas, ao contrário dos
de pequena dimensão, que se encontram indiferenciados. Por este motivo se pensa que os
asteroides correspondem a falhas na formação de planetas a partir dos materiais da nébula solar
primitiva.
A cintura principal de asteroides corresponde à área do espaço entre orbitas dos planetas de
Marte e Júpiter, onde orbitam cerca de um milhão de asteroides.
A composição dos asteroides pode variar de material rochoso a uma liga de ferro e níquel.

Cometas – os astros mais primitivos do sistema solar – possuem uma forma esferoidal e são
constituídos essencialmente por gelo e rochas. Encontram-se agrupados numa nuvem cometária,
que orbita nas regiões exteriores do nosso sistema, fora da orbita de Plutão.
Os cometas, provavelmente, têm origem na cintura de Kuiper e na nuvem de Oort (zona para
além da cintura de Kuiper).
Os cometas são constituídos por um núcleo, formado por rochas envolvidas por água e gases
congelados.
Os cometas, que possuem orbitas excêntricas á volta do Sol, quando e só quando se aproximam
do sol, adquirem a cabeleira e a cauda. Um cometa, junto do Sol, atinge a sua maior visibilidade,
sendo constituído por um núcleo, envolvido por uma cabeleira e uma cauda.

Meteoroides – são corpos rochosos ou metálicos, de dimensões variáveis que, ao chocarem com a
superfície de um planeta telúrico, originam as crateras de impacto (meteoritos). A maioria dos
meteoroides tem origem em cometas ou asteroides
Quando se desintegram na atmosfera deixam um rasto luminoso e é designado por meteoro
(estrelas cadentes).
A entrada do meteoroide na atmosfera origina o som característico do romper da atmosfera
(efeito sonoro); o atrito desenvolvido nesta entrada provoca um aumento da temperatura, que
torna incandescente e, deste modo, visível o meteorito (efeito luminoso); o seu embate no solo, a
grande velocidade, provoca a formação de uma cratera de impacto (efeito mecânico).
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Nota: As crateras de impacto são menos visíveis na Terra do que na Lua, pois, como possui
atmosfera, a Terra sofre erosão, enquanto a Lua, sem atmosfera, não apresenta erosão,
permanecendo as crateras de impacto inalteradas ao longo dos tempos. Além disso, a atmosfera
terrestre funciona como uma barreira, impedindo que muitos deles embatam na sua superfície, já
que o choque dos meteoroides com a atmosfera os pulveriza.

A Terra e os planetas telúricos


Planetas geologicamente ativos:
• Influência da atmosfera sobre a superfície (responsável pela meteorização e erosão das
rochas, observada na Terra) – geodinâmica externa.
• Calor interno dos planetas (vulcanismo na Terra e Vénus; sismos na Terra e Vénus;
movimentos tectónicos na Terra) – geodinâmica interna.
Nota: A atmosfera venusiana não possui oxigénio, mas possui um elevado teor de dióxido de
carbono, que origina o efeito de estufa, impedindo a existência de vida devido às altas temperaturas
que provoca. A atmosfera, rica em CO2, impede a saída da energia solar (sob a forma de energia
calorífica), o que provoca um aumento gradual da temperatura de Vénus. Vénus é, por este motivo
(efeito de estufa), o planeta do sistema solar que possui maior temperatura.

Planetas geologicamente inativos:


• Mercúrio (ausência de atmosfera, devido à pequena massa, logo fraca atração gravítica, com
enormes amplitudes térmicas; reduzido calor interno). Existia antigamente vulcanismo induzido
pelo choque de asteroides.
• Marte tem vestígios de atividade vulcânica (o atual vulcanismo deve-se a impactos) e de água
líquida.

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Fontes de energia

Sistema TERRA-LUA
O satélite da Terra, a Lua, como se formou (como todos os corpos do sistema solar) ao mesmo
tempo permitiu retirar conclusões sobre a história da Terra, pois é geologicamente inativo.
Caraterísticas “Mares” “Continentes”
Cor Escura Clara
Relevo Plano Mais acidentado
Número de crateras de Poucas crateras Maior número de crateras
impacto meteorítico
Reflexão da luz incidente Reflete pouca luz Reflete mais luz
(albedo)
Litologia Basalto Anortosito (rocha rica em
feldspato)

A formação dos mares, que são mais abundantes na face visível do que na face não visível,
relaciona-se com os impactos meteoríticos.
Formação dos mares lunares:
1) Impacto meteorítico com a superfície lunar;
2) Formação da cratera de impacto;
3) Fusão do material lunar;
4) Obtenção de magma;
5) O magma como é menos denso vai ascender (rapidamente formando rochas magmáticas
extrusivas como o basalto) e preencher a cratera formando os mares lunares.

Para além dos mares e continentes lunares, possui ainda outras formações típicas da sua superfície:
• Crateras de impacto
• Mascons – são regiões rochosas de massa muito concentrada, localizadas nos mares lunares e
detetadas por anomalias gravimétricas. Admite-se que os mascons estejam relacionados com a
ascensão de lava basáltica, de elevada densidade, proveniente do manto lunar, que preencheu
depressões originadas pelos impactos de corpos celestes.
• Rególito – cobertura de material sólido não consolidado que cobre a rocha subjacente,
resultante de contrações e dilatações que experimentam os minerais lunares devidos às grandes
amplitudes térmicas que suportam.
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➔ A lua exerce uma ação regularizadora do movimento de rotação da terra impedindo a
alteração da posição do eixo
➔ A duração da rotação da lua é igual à duração da sua translação à volta da Terra, o que faz
com que sempre se veja a face visível da lua (rotação sincronizada)
➔ Protege parcialmente a Terra de impactos meteoríticos (escudo protetor)

A lua não tem erosão devido á ausência de atmosfera e de água no estado líquido, no entanto, pode
verificar-se a desagregação de rochas devido às grandes amplitudes térmicas.

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