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FACULDADE DE ENGENHARIA

Departamento de Engenharia Geológica 


Curso de Licenciatura em Engenharia Geológica

GEOQUIMICA
AULA-3
ORIGEM DOS ELEMENTOS E EVOLUÇÃO CÓSMICA
ORIGEM DOS ELEMENTOS E EVOLUÇÃO CÓSMICA

No princípio…

 A visão mais aceite actualmente para a origem do Universo é a teoria do “Big


Bang”, segundo a qual o universo se teria formado, há aproximadamente 15000
milhões de anos, a partir the um objecto infinitamente pequeno, com densidade e
temperatura infinitamente altas.

Tarefa: rever a teoria de Big Bang


 “Big Bang” criou um universo composto quase exclusivamente por hidrogénio e
hélio.
 Não é por isso de estranhar que a maioria dos objectos que constituem o universo
sejam formados por hidrogénio e hélio.
 Estes elementos contribuem com uma massa de 70% e 28%, respectivamente para
toda a matéria do universo.
O Universo começa a organizar-se: instabilidade gravitacional

 Passados cerca de 700-1000 milhões de anos da explosão inicial, formaram-se as


primeiras galáxias por expansão da nuvem de gás. Com efeito, a nuvem de gás
expandiu-se para dimensões tais, que a temperatura baixou para 3000°K e os
electrões ligaram-se aos núcleos dos átomos, dando origem aos átomos dos gases
neutros.

 Esta nuvem de átomos continuou a expandir-se e a atracção gravitacional entre


os núcleos dos átomos mais próximos deu origem a heterogeneidades. Nas áreas
mais densas desenvolveramse campos gravíticos mais fortes, o que acabou por
estimular, ainda mais, o crescimento da nuvem gasosa.
Fusão nuclear

 À medida que o colapso gravitacional prossegue, a densidade de algumas regiões


chega aos 6g/cm3 e a temperatura aumenta para 10-20x106 °K, devido ao crescente
número de colisõesatómicas e à libertação de energia gravítica. Nessas regiões, as
temperaturas tornaram-se suficientemente altas para se dar a “queima” do
hidrogénio;

A “queima” de hidrogénio é uma forma de fusão nuclear e ocorre ainda hoje no sol.
 Depois de todo o hidrogénio se gastar no núcleo duma estrela (o que demorará
mais 5 x 109 anos, no caso do sol), o interior da estrela colapsa e a libertação de
energia gravítica provoca um aumento da temperatura da estrela.

 A estrela expande-se e torna-se uma gigante vermelha (durante esta fase, o nosso
sol aumentará para um tamanho tal, que atingirá a presente posição da terra).

 Quando a gigante vermelha é suficientemente grande para a densidade do núcleo


atingir
104g/cm3 e a temperatura chegar aos 200x106K, ocorre a “queima” do Hélio e podem
formar-se núcleos de átomos mais pesados.
 No entanto, o 8Be é muito instável, tendo um tempo de meia-vida de 10-16 segundos.
 Por isso, para que se forme 12C por fusão do He, é preciso que haja colisão simultânea
de três átomos de 4He, o que requer pressões muito altas.
 Se a estrela fôr pequena, colapsará depois desta reacção e originará uma anã branca que
representa o estádio final da síntese nuclear.
 Se a estrela fôr suficientemente grande, a fusão continuará e o carbono dará origem a
núcleos de átomos ainda mais pesados. A estrela evoluirá para as fases seguintes de
fusão, em que se formarão o Neon e o Oxigénio.

 O Oxigénio queimará a temperaturas de 3000x106K produzindo 28Si.


 O 32S, 36Ar, 40Ca, 44Ca, 48Ti, 52Cr, 56Fe e, em menores proporções, outros
isótopos como o 23Na, irse-ão formando em estádios subsequentes.
 A partir do ponto em que se forma 56Fe, a fusão deixa de produzir isótopos mais
pesados. Isto porque a fusão só liberta energia até à massa 56Fe. A partir daí, só
haverá fusão se houver fornecimento de energia ao sistema.
 Nesta altura, a estrela parecerá uma cebola gigante composta por várias camadas de
núcleos sucessivamente mais pesados e um núcleo de ferro. A temperatura será mais
alta no centro, mas as camadas não se misturarão devido às suas diferenças de
densidade.
O processo-s

 Um dos produtos da fusão são os neutrões. Estes neutrões podem ser capturados
pelos núcleos dos elementos no interior das estrelas. Como a captura de neutrões
se dá a uma velocidade relativamente pequena, estas reacções são consideradas
lentas e o processo é conhecido como “slow process” ou processo-s.
 Se começarmos, por exemplo, com o 56Fe, verifica-se que a adição sucessiva de
neutrões dá origem a:
 Como o 59Fe é instável, sofre decaímento radioactivo, com um tempo de meia-vida
de 44.5 dias.
 Nesta reacção, um dos seus neutrões converte-se num protão e num electrão, que será
expelido.
 O número de protões do núcleo altera-se, produzindo um novo elemento com a
mesmo nº de massa (A) e diferente nºatómico (Z).

 O 59Co é estável e forma 60Co, por adição de outro neutrão. Por sua vez, o 60Co é
instável e decai radioactivamente para 60Ni.
 Através deste tipo de reacções, envolvendo a adição sucessiva de neutrões até se
formarem isótopos instáveis, que por decaímento radioactivo gerem novos elementos,
foi possível produzir os átomos dos elementos com maior nºatómico.
Processos r- e p-

 Quando o núcleo de uma estrela se converte quase completamente em Ferro, a


sua existência chega praticamente ao fim. O núcleo da estrela colapsa, o seu
diâmetro (quase igual ao da terra) passa para apenas 100 km e a densidade para
3x1014g/cm3. Este colapso ocorre em menos de um segundo e produz uma onda
de choque que leva à explosão da estrela.

 Durante a explosão, geram-se grandes quantidades de neutrões, num período de


menos de dois minutos. Os neutrões podem assim ser adicionados aos núcleos
instáveis, antes que estes tenham tempo de decaír.
O processo de formação rápida de neutrões é chamado processo r e dá origem aos isótopos
mais pesados (mais ricos em neutrões) de um elemento.
 O outro processo que ocorre durante a explosão de uma supernova é a captura de
protões, processo p.
 Este processo é responsável pela formação dos isótopos mais leves de um
elemento, mas é menos comum que o processo r, porque a captura de um protão
requer energias muito altas.
 No conjunto, os três processos combinam-se para dar os vários elementos da
Tabela Periódica.
O resultado final: abundância dos elementos no nosso sistema solar. Os diferentes
mecanismos de síntese nuclear descritos anteriormente são responsáveis pela
distribuição dos elementos no nosso sistema solar.
Há vários aspectos importantes a retirar destes diagramas:

1. O sol tem uma dimensão que não permite ultrapassar a fase de fusão do
hidrogénio, razão pela qual se tem que admitir que os restantes elementos que
compoem o sistema solar se tenham formado em episódios prévios de núcleo-síntese
estelar e/ou explosão de supernovas, noutros pontos da galáxia.

2. No sistema solar, o hidrogénio e o hélio são várias ordens de grandeza mais


abundantes do que todos os restantes elementos, representando mais de 98% da matéria
que o constitui.
3. A abundância dos elementos decresce exponencialmente com o aumento do número
atómico até aos elementos com valores de Z próximos de 30, mantendo-se relativamente
constante para os elementos mais pesados.
4. Os elementos com número atómico par são uma ordem de grandeza mais abundantes
do que os elementos com número atómico ímpar adjacentes, reflectindo a maior
estabilidade dos núcleos com esta configuração. A diferença de abundâncias entre os
elementos com nº atómico par e ímpar é ainda mais óbvia no diagrama da Fig. 4.13, em
que se relacionam as abundâncias relativas dos diferentes elementos químicos com o
nºde massa (A). Este efeito é conhecido como o efeito Oddo-Harkins.

5. Os elementos com massas menores do que o ferro são geralmente os mais abundantes
do sistema solar (depois do hidrogénio e do hélio).
6. O lítio (Li), berilio (Be) e o boro (B) têm abundâncias muito inferiores aos dos
outros elementos leves o que reflecte uma origem muito particular. Basicamente,
estes elementos formam-se por interacção dos raios cósmicos com outros núcleos. O
processo (spallation) é muito menos eficiente do que os mecanismos de síntese
nuclear descritos anteriormente.
FORMAÇÃO DA TERRA E DO SISTEMA SOLAR

TEORIA DA NÉBULA SOLAR

 Admite-se, actualmente, que o sistema solar se formou há 4600 milhões de anos a


partir do colapso gravítico de uma nuvem de gás e poeira – Teoria da nébula
solar.

 De acordo com esta teoria, à medida que se dava o colapso, a nébula solar adquiriu a
forma de um disco achatado.

 A sua temperatura aumentou por transformação da energia potencial gravítica em


calor (principio da conservação de energia).
O sol, composto essencialmente por H e He, forma-se no centro do disco e
representa cerca de 98% da massa total do sistema solar (fig. 3.2). A elevada
temperatura e densidade permitem que se desencadeiem reacções de fusão nuclear
no seu interior.

fig. 3.2. sistema solar


FORMAÇÃO DOS PLANETAS

 Os planetas “cresceram” no resto do disco através da acreção gradual de partículas


sólidas (Fig. 3.3).

Fig. 3.3 – Formação dos planetas


 Como a condensação (solidificação) dos elementos e compostos da nébula solar
depende da temperatura, i.e., da distância ao sol, os elementos/compostos com maiores
temperaturas de condensação irão condensar na parte mais interna do disco (e.g.
metais – Fe, Ni, Al; compostos de Si – silicatos - rochas), enquanto os compostos de
Hidrogénio (H2O, CH4, NH3), com temperaturas de condensação mais baixas, só
poderão condensar na periferia (tabela 1; Fig. 3.4).

 A linha de separação é conhecida como “frost line”. Os gases leves (H, He) nunca
chegam a condensar na nébula solar.
METEORITOS

O conhecimento que temos actualmente sobre a abundância dos elementos químicos no


sistema solar baseia-se em três fontes de informação fundamentais: (a) análises
espectroscópicas do sol e outras estrelas; (b) análises de meteoritos, rochas
terrestres e rochas lunares e (c) inferências indirectas baseadas em propriedades
físicas

Os meteoritos são fragmentos de rochas e/ou minerais que atingem a superfície da Terra
sem volatilizar. Dividem-se em duas grandes categorias:
1- Meteoritos não diferenciados – condritos
2- Meteoritos diferenciados – acondritos
Tipos de meteoritos

Figura 3.13: Formação dos condritos


DIFERENCIAÇÃO DA TERRA

 Enquanto a Terra estava ainda a ser acrecionada, a temperatura seria tão alta que o
ferro e o níquel metálicos fundiram e, devido às suas elevadas densidades migraram
para o centro do planeta por acumulação gravitacional, dando origem ao NÚCLEO.

Fig. 3.14 Formação do núcleo


 Por acção de impactos meteoríticos, compressão gravítica e decaímento radioactivo
de elementos como o 40K e o 235U, a Terra continuou a aquecer o que permitiu a
formação de um nível de ferro em fusão que originou o núcleo externo (Fig. 3.15).

Fig. 3.15 Formação do núcleo externo


A migração do ferro em fusão para zonas mais profundas fez com que os elementos mais
leves (O, Si, Al, Mg, Ca, Na, K) se concentrassem na parte mais externa – MANTO.
Esta foi a primeira fase de diferenciação do planeta (Fig. 3.16). A parte silicatada da Terra
era inicialmente homogénea (não havendo distinção entre manto e crusta)

Figura 3.16: Evolução da Terra: (a) mistura rochosa composta essencialmente por Fe, O,
Si e Mg; (b) os elementos mais densos acumulam-se no centro e os mais leves na
periferia; (c) diferenciação em diferentes camadas concêntricas.
Com efeito, as rochas crustais mais antigas têm idades mais novas (» 4.0 Ga) do que as
da Terra (4.55 Ga) o que indica que nos primeiros 500 milhões de anos da história da
terra não havia crusta. Qualquer tipo de material rochoso que se tenha gerado nessa
altura sofreu uma rehomogeneização total.

A CRUSTA, tal como a hidrosfera e a atmosfera, formaram-se mais tarde, a partir do


manto. Como consequência das elevadas temperaturas que prevaleciam na Terra no início
da sua evolução, a actividade vulcânica era muito mais intensa do que actualmente.

Os materiais parcialmente fundidos do manto superior ascenderam e geraram abundantes


magmas basálticos que consolidaram à superfície, originando a CRUSTA OCEÂNICA.
 Com a individualização da crusta, a parte sólida da Terra adquiriu o zonamento
composicional que a caracteriza actualmente (Fig. 3.22)

Figura 3.22: Subdivisão da Terra em camadas de acordo com a sua composição


 O Núcleo é composto essencialmente por Fe, algum Ni e reduzidas quantidades de S
e Si e representa a camada da Terra com maior densidade. A parte externa do núcleo é
líquida porque está a temperaturas superiores ao ponto de fusão, enquanto o núcleo
interno é sólido devido às elevadas pressões.

 O Manto é largamente constituído por rochas de densidade intermédia, ricas em O,


Mg, Fe e Si – os PERIDOTITOS (Tabela 1). Os peridotitos do manto superior são
constituidos predominantemente por silicatos (olivina + piroxena – plagioclase;
olivina + piroxena – espinela; olivina + piroxena – granada), enquanto os materiais
do manto inferior são formados por fases densas: silicatos magnesianos, óxidos (e.g.
periclase, stishovite) e perovskite;.
Tabela 1 : Composição média do manto

Fig. 3.23 Transições de fase no manto


A Crusta corresponde a apenas 0.5% da massa total da Terra e tem como principais
constituintes o O, Si, Al, Fe, Ca, Mg, Na e K (Fig. 3.24). Mostra um enriquecimento
preferencial nos elementos mais leves, com temperaturas de fusão mais baixa.

Fig. 3.24 Distribuição dos elementos na crusta terrestre


Com base em critérios composicionais a crusta pode ser subdividida em duas partes
com espessura e densidade distintas: a crusta continental e a crusta oceânica (Tabela
2). A crusta oceânica estende-se da superfície da Terra até 10 km - 12 km de
profundidade e é constituída essencialmente por rochas ígneas máficas (gabros,
basaltos, doleritos) e sedimentos de águas profundas. A crusta continental, com
espessuras entre 30 km e 50 km, é composta por rochas ígneas vulcânicas e
intrusivas, sedimentares e metamórficas.
Tendo em conta as propriedades mecânicas,
especialmente a resistência às forças de
cisalhamento, a parte mais externa da Terra
pode ainda ser subdividida em litosfera,
astenosfera e mesosfera (Fig. 3.25 e 3.26)

Fig. 3.25 Estrutura da Terra


A origem da atmosfera e da hidrosfera está associada à desgasificação do interior
da Terra.
Desde a altura em que a terra se formou, a composição da atmosfera variou
dramaticamente. A primeira atmosfera da terra consistia essencialmente de H e
He e perdeu-se para o espaço devido à acção dos ventos solares. A segunda
atmosfera terrestre formou-se por libertação de gases (CO2, H2O, CH4 e NH3)
durante as intensas erupções vulcânicas que marcaram o início da história do
planeta.
É provável que a queda de meteoritos e o impacto de cometas também tenha
contribuído para a adição de gases à atmosfera primitiva (Fig. 3.27). Esta
atmosfera não tinha oxigénio livre (Fig. 3.28).
Fig. 3.27 Formação da atmosfera primitiva
 À medida que a superfície da terra arrefecia, o vapor de água condensou e deu
origem à hidrosfera.
 Formaram-se os lagos e os oceanos. O ciclo hidrológico e os processos de
meteorização começam a estabelecer-se.
 Desde há 3500 – 4000 milhões de anos que as algas fotossintéticas começaram a
consumir CO2 e a libertar O2. No entanto, todo o oxigénio era inicialmente
consumido pelos minerais nos oceanos. Só há cerca de 2000 milhoes de anos é que o
oxigénio começou a fazer parte da atmosfera.
 A composição actual veio a atingir-se há 1500 milhões de anos (Fig. 3.28, Tabela 3).
Estrutura do Interior da Terra

 Manto é sólido, mas na escala do


tempo geológico pode comportar-se
como líquido.
 Os diferentes tipos de crosta estão em
equilíbrio hidrostático com o manto
que é muito mais denso
Estruturação Geoquímica
CLASSIFICAÇÃO GEOQUÍMICA DOS ELEMENTOS
Elementos litófilos – afinidade por rochas, tendência a formar óxidos e silicatos
Elementos Litófilos

Metais altamente reativos tendem a formar íons estáveis com configuração eletrônica
de gás nobre formam ligações covalentes muito fortes com oxigênio comumente
associam-se à sílica (SiO2), formando minerais de baixa densidade concentração
preferencial na crosta (diferenciação) 25 litófilos solúveis (metais alcalinos) se
concentram na água do mar e em evaporitos litófilos pouco solúveis (p.ex. Al) se
concentram em blocos crustais antigos, onde os elementos mais solúveis foram
lixiviados pela alta afinidade por oxigênio os elementos litófilos são enriquecidos na
crosta terrestre em relação à sua abundância no Sistema Solar.
Elementos Litófilos
Metais de transição (Cr, Mo, Fe) apresentam características litófilas e siderófilas não
ocorrem na crosta na forma nativa formam ligações fortes com oxigênio
Elementos Siderófilos – afinidade pelo ferro
Elementos Siderófilos

Metais de transição de alta densidade tendem a formar compostos com ligações


metálicas no estado sólido ou líquido pouca ou nenhuma afinidade por oxigênio (p.ex.
Au, Pt) metais preciosos raros na crosta, concentram-se no núcleo terrestre 30 sua
abundância na Terra (média) aproxima-se da abundância do Sistema Solar Mg e Mo
podem formar compostos com oxigênio, mas preferem se combinar com ferro e
portanto são relativamente emporecidos na crosta continental (ao contrário dos
elementos verdadeiramente litófilos) jazidas economicamente significativas são
formadas pelo intemperismo e erosão de rochas ultrabásicas.
Elementos Calcófilos – afinidade pelo cobre
Elementos Calcófilos

Baixa afinidade por oxigênio preferência por formar compostos com enxofre (sulfetos)
sulfetos são mais densos que os silicatos separação para níveis mais profundos durante a
diferenciação terrestre 33 crosta terrestre é empobrecida em elementos calcófilos em
comparação com o Sistema Solar alguns calcófilos (Cu, Zn, B) podem ocorrer associados
a ligas metálicas de ferro no núcleo Terrestre outros podem ocorrer associados a oxigênio,
mas de modo mais fraco que os litófilos.
Elementos Atmófilos – afinidade pela atmosfera
Elementos Atmófilos
ocorrem principal- ou exclusivamente no estado gasoso gases nobres – não formar
compostos estáveis, permanecendo como núcleos monoatômicos moléculas
gasosas com ligações covalentes nitrogênio – N2 é mais estável que qualquer
combinação de N e O carbono – C, CO, CO 352 hidrogênio – atmófilo, apesar de
estar presente preferencialmente na forma de água líquida fortemente
empobrecidos na Terra em relação à abundância no Sistema Solar.
Tabela periodica geoquímica

 elementos maiores : em geral


> 1% peso SiO2 Al2O3 FeO*
MgO CaO Na2O K2O H2O.
 elementos menores : em geral
entre 0,1 - 1% peso TiO2
MnO P2O5 CO2.
 elementos traços: em geral <
0,1% peso.
Elementos traços

Baixas concentrações (ppm, ppb) variações de concentração não afetam as relações


de estabilidade de fases no sistema considerado quando estão muito diluídos e
satisfazem a Lei de Henry: os coeficientes de atividade são diretamente
proporcionais às suas concentrações 42 entram na estrutura dos minerais através
substituições catiônicas em sítios específicos ocupando defeitos em estruturas
cristalinas casos especiais constituintes estruturais essenciais (Zr, P)
Tipos de elementos traços

REE– elementos terras raras .


HFSE– elementos de alto campo.
LILE– grande íons litófilos.
PGE– elementos do grupo da
platina.
Coeficiente de distribuição de Nernst (KD)

 Razão entre as concentrações de um elemento traço muito diluído em uma fase


cristalina (sólida, S) e uma fusão (líquido, L) é uma constante de equilíbrio (KD)
para determinadas condições PTX: ou seja:

A constante de equilíbrio KD independe da concentração do elementos traço e


varia com:
→ temperatura
→ pressão
→ composição dos sólidos e líquidos
Elementos traços compatíveis e incompatíveis

 CS > CL → KD > 1 elemento compatível concentra-se no sólido

 CS << CL → KD << 1 elemento incompatível concentra-se no líquido


Elementos terras raras
Elementos terras raras
Elementos terras raras – lantanídeos

Variação contínua dos raios iônicos dos coeficientes de partição 50 principal exceção
Eu2+ substitui Ca2+

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