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GEOQUIMICA
AULA-3
ORIGEM DOS ELEMENTOS E EVOLUÇÃO CÓSMICA
ORIGEM DOS ELEMENTOS E EVOLUÇÃO CÓSMICA
No princípio…
A “queima” de hidrogénio é uma forma de fusão nuclear e ocorre ainda hoje no sol.
Depois de todo o hidrogénio se gastar no núcleo duma estrela (o que demorará
mais 5 x 109 anos, no caso do sol), o interior da estrela colapsa e a libertação de
energia gravítica provoca um aumento da temperatura da estrela.
A estrela expande-se e torna-se uma gigante vermelha (durante esta fase, o nosso
sol aumentará para um tamanho tal, que atingirá a presente posição da terra).
Um dos produtos da fusão são os neutrões. Estes neutrões podem ser capturados
pelos núcleos dos elementos no interior das estrelas. Como a captura de neutrões
se dá a uma velocidade relativamente pequena, estas reacções são consideradas
lentas e o processo é conhecido como “slow process” ou processo-s.
Se começarmos, por exemplo, com o 56Fe, verifica-se que a adição sucessiva de
neutrões dá origem a:
Como o 59Fe é instável, sofre decaímento radioactivo, com um tempo de meia-vida
de 44.5 dias.
Nesta reacção, um dos seus neutrões converte-se num protão e num electrão, que será
expelido.
O número de protões do núcleo altera-se, produzindo um novo elemento com a
mesmo nº de massa (A) e diferente nºatómico (Z).
O 59Co é estável e forma 60Co, por adição de outro neutrão. Por sua vez, o 60Co é
instável e decai radioactivamente para 60Ni.
Através deste tipo de reacções, envolvendo a adição sucessiva de neutrões até se
formarem isótopos instáveis, que por decaímento radioactivo gerem novos elementos,
foi possível produzir os átomos dos elementos com maior nºatómico.
Processos r- e p-
1. O sol tem uma dimensão que não permite ultrapassar a fase de fusão do
hidrogénio, razão pela qual se tem que admitir que os restantes elementos que
compoem o sistema solar se tenham formado em episódios prévios de núcleo-síntese
estelar e/ou explosão de supernovas, noutros pontos da galáxia.
5. Os elementos com massas menores do que o ferro são geralmente os mais abundantes
do sistema solar (depois do hidrogénio e do hélio).
6. O lítio (Li), berilio (Be) e o boro (B) têm abundâncias muito inferiores aos dos
outros elementos leves o que reflecte uma origem muito particular. Basicamente,
estes elementos formam-se por interacção dos raios cósmicos com outros núcleos. O
processo (spallation) é muito menos eficiente do que os mecanismos de síntese
nuclear descritos anteriormente.
FORMAÇÃO DA TERRA E DO SISTEMA SOLAR
De acordo com esta teoria, à medida que se dava o colapso, a nébula solar adquiriu a
forma de um disco achatado.
A linha de separação é conhecida como “frost line”. Os gases leves (H, He) nunca
chegam a condensar na nébula solar.
METEORITOS
Os meteoritos são fragmentos de rochas e/ou minerais que atingem a superfície da Terra
sem volatilizar. Dividem-se em duas grandes categorias:
1- Meteoritos não diferenciados – condritos
2- Meteoritos diferenciados – acondritos
Tipos de meteoritos
Enquanto a Terra estava ainda a ser acrecionada, a temperatura seria tão alta que o
ferro e o níquel metálicos fundiram e, devido às suas elevadas densidades migraram
para o centro do planeta por acumulação gravitacional, dando origem ao NÚCLEO.
Figura 3.16: Evolução da Terra: (a) mistura rochosa composta essencialmente por Fe, O,
Si e Mg; (b) os elementos mais densos acumulam-se no centro e os mais leves na
periferia; (c) diferenciação em diferentes camadas concêntricas.
Com efeito, as rochas crustais mais antigas têm idades mais novas (» 4.0 Ga) do que as
da Terra (4.55 Ga) o que indica que nos primeiros 500 milhões de anos da história da
terra não havia crusta. Qualquer tipo de material rochoso que se tenha gerado nessa
altura sofreu uma rehomogeneização total.
Metais altamente reativos tendem a formar íons estáveis com configuração eletrônica
de gás nobre formam ligações covalentes muito fortes com oxigênio comumente
associam-se à sílica (SiO2), formando minerais de baixa densidade concentração
preferencial na crosta (diferenciação) 25 litófilos solúveis (metais alcalinos) se
concentram na água do mar e em evaporitos litófilos pouco solúveis (p.ex. Al) se
concentram em blocos crustais antigos, onde os elementos mais solúveis foram
lixiviados pela alta afinidade por oxigênio os elementos litófilos são enriquecidos na
crosta terrestre em relação à sua abundância no Sistema Solar.
Elementos Litófilos
Metais de transição (Cr, Mo, Fe) apresentam características litófilas e siderófilas não
ocorrem na crosta na forma nativa formam ligações fortes com oxigênio
Elementos Siderófilos – afinidade pelo ferro
Elementos Siderófilos
Baixa afinidade por oxigênio preferência por formar compostos com enxofre (sulfetos)
sulfetos são mais densos que os silicatos separação para níveis mais profundos durante a
diferenciação terrestre 33 crosta terrestre é empobrecida em elementos calcófilos em
comparação com o Sistema Solar alguns calcófilos (Cu, Zn, B) podem ocorrer associados
a ligas metálicas de ferro no núcleo Terrestre outros podem ocorrer associados a oxigênio,
mas de modo mais fraco que os litófilos.
Elementos Atmófilos – afinidade pela atmosfera
Elementos Atmófilos
ocorrem principal- ou exclusivamente no estado gasoso gases nobres – não formar
compostos estáveis, permanecendo como núcleos monoatômicos moléculas
gasosas com ligações covalentes nitrogênio – N2 é mais estável que qualquer
combinação de N e O carbono – C, CO, CO 352 hidrogênio – atmófilo, apesar de
estar presente preferencialmente na forma de água líquida fortemente
empobrecidos na Terra em relação à abundância no Sistema Solar.
Tabela periodica geoquímica
Variação contínua dos raios iônicos dos coeficientes de partição 50 principal exceção
Eu2+ substitui Ca2+