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GEOLOGIA E MECÂNICA DOS SOLOS
AULA 1
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02/08/2022 13:34 UNINTER
CONVERSA
INICIAL
Nossa trajetória na geologia
começará pelo Big Bang, que foi a explosão que deu início ao universo e,
consequentemente, ao sistema solar e à
Terra, nosso planeta. Aliado a isso,
conheceremos melhor alguns fenômenos e elementos do universo, além das camadas
internas do planeta Terra e
seus limites físicos e químicos. Passaremos pelo tempo
geológico, suas características e divisões e conheceremos as técnicas para
determinar a
Conheceremos
de perto os tipos de placa tectônica e como elas se relacionam, além de saber
como surgem terremotos, vulcões e as cordilheiras.
A Geologia é
responsável pelo estudo do planeta Terra, sua composição e seus processos. Para
entender o contexto do nosso planeta
Bang.
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fundamentais da natureza, a
gravidade. Cabe ressaltar que atualmente existem duas definições importantes
sobre a gravidade – a clássica de
Newton que diz que a força da gravidade é
diretamente proporcional as massas dos corpos, e a definição de Einstein que
postula que a gravidade é
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No início da formação
do universo foram criados os primeiros elementos químicos primordiais, como o hidrogênio
e outros elementos de
pequena massa. Por conta da força gravitacional esses elementos
químicos foram-se aglutinando e formando as estrelas, depois de 300 milhões de
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que
influenciam na sua órbita.
No
sistema solar, existem objetos menores que os planetas, mas que desenvolvem uma
órbita em torno do Sol que é elíptica, grande e sem
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Os asteroides são
objetos celestes que navegam pelo espaço, mas que são atraídos pela gravidade
dos planetas. Quando um asteroide é
cadente.
Figura 3 – Chuva de meteoros, asteroides atraídos pela gravidade terrestre, tornando-se meteoritos
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Como já compreendemos,
os corpos celestes são formados pela gravidade, que atrai as partículas que vagam
pelo universo, desde a explosão
estudada pela
Geofísica.
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Crosta Continental –
composição granítica, rica em silício e alumínio
Crosta Oceânica –
composição basáltica, rica em silício e magnésio.
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Ondas P: chamadas
também de primária, porque são as primeiras a serem em função da sua
maior velocidade. São longitudinais e fazem a
rocha vibrar paralelamente à
direção de propagação da onda, como um elástico. Quando atingem a superfície se
propagam em forma de
onda sonora, mostrando que essas ondas sempre se propagam,
independente do material que atravessam.
Ondas S: chamadas
também de secundárias, têm velocidade ligeiramente menor que as ondas P.
São transversais, fazendo com que com a
rocha movimente-se de modo
perpendicular a direção de propagação desta onda. A característica mais
importante da onda S é que ela não
se propaga em meio líquido, nem gasoso. Assim,
pelas características do comportamento das ondas sísmicas P e S pode-se
determinar uma
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A astenosfera é uma
camada estreita, mas de grande importância para a dinâmica terrestre. Ela é
levemente fluida, principalmente em função
do alívio de pressão, e essa
característica confere a ela a responsabilidade pelo equilíbrio isostático – a
capacidade das placas tectônicas afundarem
ou subirem, e também se deslocar
sobre essa camada. Separa-se da crosta por meio da descontinuidade de
Mohorovicic, em que as ondas P e S
É importante perceber
que as camadas da Terra, mesmo sendo subdivididas pela Geofísica e pela
Geoquímica, são bastante semelhantes em
espessuras e comportamento. Assim, as
características físicas e químicas dos materiais que a compõem são
complementares.
Os acontecimentos que
marcaram a humanidade são narrados pelo tempo histórico e os acontecimentos que
marcaram o planeta Terra são
o
primeiro cientista que estabeleceu os princípios usados pelas datações
relativas, pela observação dos estratos (camadas) das rochas. Hoje
sabemos que
os estratos podem ser modificados por movimentações tectônicas, mas as
observações de Steno formularam a base da estratigrafia e
consequentemente do
entendimento do tempo geológico.
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Figura 5 – Fóssil usado para estabelecer uma idade relativa (a); minério com urânio usado para estabelecer a idade absoluta (b)
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Créditos: ABRILLA/SHUTTERSTOCK.
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Créditos: RHJPHTOTOANDILUSTRATION/SHUTTERSTOCK.
A identificação das
camadas e tipos diferentes de rocha na crosta terrestre possibilita dividirmos
a história da Terra, nomeando estes momentos
importantes e os colocando em uma escala
do tempo geológico. Ela pode ser dividida em unidades cronoestratigráficas éons,
eras, períodos,
épocas e idades.
Éon é um
intervalo de tempo enorme e indeterminado, e dividimos o tempo geológico em quatro
éons: Hadeano, Arqueano, Proterozoico e
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Eoaqueano: quando a
Terra era bombardeada por muitos meteoritos.
Paleoarqueano: quando
surgiu o Vaalbara.
Mesoarqueano:
intervalo onde os estromatólitos dominaram a crosta terrestre e o Vaalbara se
partiu.
Neoarqueano: havia água
líquida, a tectônica de placas começa a se estabelecer e as primeiras bacias
sedimentares se formaram, assim como
as formações ferríferas e outras rochas de
grande importância econômica nos dias de hoje.
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O Éon Proterozoico se
inicia a 2,5 bilhões de anos e termina em 540 milhões de anos, sendo o
mais longo intervalo da história geológica da
Terra. Divide-se em:
Paleoproterozoico (2,5 a 1,6 b.a.), quando surgem os seres eucariontes;
Mesoproterozoico (1,6 a 1.0 b.a.), marcado pela
era Paleozoica.
É na Era Mesozoica
(250 a 65 m.a.) que acontece o desenvolvimento dos dinossauros; era também
marcada pela separação do continente
Pangeia, formado no final do Paleozoico. É
dividido nos períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo. O Período Triássico (250
a 200 m.a.) apresenta
sobre o Pangeia o grande deserto que originou o Arenito
Botucatu – atual reservatório de água conhecido como Aquífero Guarani; este
período
também é marcado pelo desenvolvimento dos répteis, principalmente os
dinossauros. No Período Jurássico (200 a 145 m.a.) inicia-se a divisão do
Pangeia,
originando os continentes Laurásia e Gondwana, evento marcado por extenso
vulcanismo e que separou o Brasil da África.
O período Cretáceo
(145 a 65 m.a.) é quando os continentes tomam formas bastante parecidas com o
atual e os dinossauros chegam ao seu
auge e também são extintos, provavelmente
por causa do impacto gigantesco de um meteorito de 10 km de diâmetro que caiu
onde hoje situa-se
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Finalizando o Éon
Fanerozoico, entramos na era Cenozoica, que é também onde nos situamos hoje.
Ela se inicia a 65 m.a. e é dividida nos
períodos Paleógeno (65 a 23 m.a.), o Neógeno
(23 a 2,6 m.a.) além do Quaternário, que se estende desde 2,5 m.a. até os dias
de hoje. É neste
período que os continentes assumem a forma que conhecemos,
tendo sido criados neste período as Cordilheiras dos Andes e dos Himalaias e o
Oceano
Atlântico como conhecemos hoje.
No Quaternário, temos
a época do Pleistoceno, marcada pela Era do Gelo, uma grande glaciação do Hemisfério
Norte, que também atingiu,
menos intensivamente, o Sul. Também temos a época
atual, o Holoceno é conhecido como um intervalo interglacial. O mais importante
acontecimento do Quaternário é o aparecimento dos hominídeos; há cerca de 450
mil anos existem controvérsias sobre o aparecimento do homo
sapiens, mas
ele provavelmente surgiu entre o Pleistoceno e o Holoceno. É no Holoceno que temos
a expansão da civilização humana.
Continente e Oceanos.
Após observar o
formato da costa da América do Sul e da África, ele percebeu que elas eram
muito semelhantes e que podiam se encaixar,
assim afirmou que
antigamente os continentes estavam unidos em um grande continente, chamado por
ele de Pangeia. Porém, ele não sabia
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Os movimentos entre
placas são classificados em divergentes ou construtivas, convergentes ou destrutivas,
e transformantes ou conservativas.
A velocidade de deslocamento das placas é
variável, mas tem média de 3 a 4 cm por ano, sendo que placas com crosta
oceânica têm velocidades
maiores que placas de crosta continental.
Os limites divergentes
são também chamados de construtivos, porque eles constroem novos pedaços
de crosta, normalmente oceânica. O
exemplo mais clássico de um limite
divergente de placas tectônicas é entre a Placa Sul-americana e a Placa
Africana, e que se situa no meio do
Oceano Atlântico e é representado pela
Cadeia Meso-Oceância – a maior cadeia de montanhas do globo, mas que não vemos
porque está
submersa. Nesse exemplo, também fica fácil compreender porque um
limite divergente é construtivo. As partes continentais dessas placas estão se
afastando divergindo de direção, e está sendo expandido o assoalho oceânico, criando
crosta oceânica.
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Créditos: DESIGNUA/SHUTTERSTOCK.
Os limites
convergentes ou destrutivos são o posto dos divergentes, isto é, as placas
estão colidindo. A placa mais densa e fria mergulha sobre
outra placa, gerando
fossas submarinas, cordilheiras e províncias vulcânicas. Essa colisão de placas
destrói uma das placas pelo processo de
subducção, criando as fossas submarinas.
Créditos: DESIGNUA/SHUTTERSTOCK.
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Um limite convergente
com subducção mais clássico é o encontro da Placa Sul-Americana com a Placa do Pacífico,
onde existe a Cordilheira
dos Andes. Neste limite, a placa do Pacífico,
oceânica, mais densa e fria, subducta na Placa Sul-Americana em sua porção
continental, e com esse
processo é criada a Cordilheira dos Andes. A Cordilheira
dos Himalaias também é formada por esses processos, mas neste caso são duas
placas
Os limites
transformantes ou conservativos não produzem nem destroem placas tectônicas,
mas conserva-as, pois elas deslizam lateralmente
uma com as outra. Estes
limites criam grandes falhas transformantes, como a clássica Falha de San
Andreas, entre a Placa do Pacífico e a Placa
Norte-Americana, deixando as
cidades de Los Angeles e São Francisco em permanente risco de terremotos.
Créditos: DESIGNUA/SHUTTERSTOCK.
Agora que já
entendemos os principais movimentos das placas tectônicas e compreendemos essa
dinâmica, podemos entender os produtos
gerados pela tectônica de placas.
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Terremotos são
notícias comuns nos telejornais e eles são produtos da acomodação das placas
tectônicas. Quando há aumento de tensão nos
limites das placas, há acumulação
de força que é liberada na forma de tremor ou sismo. Os terremotos, portanto,
estão diretamente relacionados
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Créditos: BOGADEVA1983/SHUTTERSTOCK.
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Os tsunamis são
terremotos em placas oceânicas, que ao se movimentarem fazem com que o mar se
acomode, podendo ocasionar grandes
E, como já comentado,
os limites convergentes das placas tectônicas produzem orogênese, que é a
formação de cadeias de montanhas, ou
cordilheiras. Essas montanhas são formadas
pelo dobramento da crosta continental juntamente do denominado prisma de
acreção, que é produto
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
TEIXEIRA, W.;
FAIRCHILD, T. R.; TOLEDO, M. C. M. de; TAIOLI, F. 2009. Decifrando a Terra. 1.
ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 623 p.
CPRM. SGB Educa. Serviço Geológico do Brasil. Disponível em: <http://sgbeduca.cprm.gov.br/>. Acesso em: 26 ago. 2021.
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