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MEMÓRIA DE CÁLCULO HIDRO

SANITÁRIO

REFORMA E AMPLIAÇÃO DO
BARRACÃO DA MARUJADA

BRAGANÇA – PARÁ
2024
MEMÓRIA DE CÁLCULO

Cálculo do Filtro Anaeróbio

V = 1,6 x N x C x T

Onde:
V = volume útil, em litros
N = número de usuários.
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 3
da NBR 13969)
T = período de detenção hidráulica, em dias (ver Tabela 4 da NBR 13969)

Em média, o cálculo de pessoas por metro quadrado em lugares como cinemas, teatros e
locais de curta permanência varia entre uma a duas pessoas por metro quadrado, sendo
descontado 10% da área para circulação.
Área da edificação (110,29 m²) – Área de circulação (11,02)
Área a considerar: 99 m²

Valor de N: 99 (considerando 1 pessoa por m²)

Valor de C: de acordo com a tabela 1 da NBR 7229, cinemas, teatros e locais de curta
permanência; C= 2 (litros por pessoa)

Valor de T: de acordo com a Tabela 2 da NBR 7229;


Contribuição de despejos por dia = N x C
Contribuição de despejos por dia = 99 x 2
Contribuição de despejos por dia = 198 litros
O período de detenção em dias é de 1

𝑽 = 𝟏, 𝟔 × 𝟗𝟗 × 𝟐 × 𝟏

𝑽 = 𝟑𝟏𝟔 𝒍𝒊𝒕𝒓𝒐𝒔 → 𝟎, 𝟑𝟏 𝒎³

Dimensões adotadas para o Filtro Anaeróbio:


Será utilizado um filtro circular em concreto pré moldado, adotando as dimensões mínimas
disponíveis no mercado, por apresentar melhor desempenho além de atender a quantidade de
volume a ser filtrado.

Diâmentro: 1,40m
Profundidade: 1,80 m
𝑽 = 𝝅 𝒓𝟐 × 𝒉

𝑽 = 𝟑, 𝟏𝟒 × 𝟎, 𝟕𝟐 × 𝟏, 𝟖

𝑽 = 𝟐, 𝟕𝟕 𝒎³
Cálculo do Sumidouro

A= V/C1
Em que:
A= área de infiltração necessária, em m², para sumidouro.
V= volume de contribuição diária, em L/dia, que resulta da multiplicação do número d
e contribuintes (N) pela contribuição unitária de esgotos (C)
C1= coeficiente de infiltração (L/m² x dia) obtido no gráfico para determinação do coeficiente
de infiltração. O Coeficiente de Infiltração é dado por ensaio de absorção no solo com
cronômetro (NBR13.969/1997), mas os dados assemelham com a tabela:

𝑽= 𝑵×𝑪

𝑽 = 𝟗𝟗 × 𝟐 = 𝟏𝟗𝟖 𝒍𝒊𝒕𝒓𝒐𝒔

𝑨 = 𝟏𝟗𝟖/𝟕𝟎

𝑨 = 𝟐, 𝟖𝟐 𝒎²

Dimensões adotadas para o Sumidouro:


Será utilizado um sumidouro circular em concreto pré moldado, adotando as dimensões
mínimas disponíveis no mercado, por apresentar melhor desempenho, além de atender a
quantidade de volume a ser absorvido. É importante frisar que o solo da área apresenta uma
taxa de absorção lenta por estar localizado próximo ao rio, para tanto se propõe uma área de
percolação maior para o sumidouro, pois no período do chuvoso o nível do lençol freático
aumenta,deixando o solo saturado e consequentemente diminuindo a absorção.

Diâmentro: 1,30m
Profundidade 1,50m
Nota: é considerada área de infiltração as paredes e o fundo do sumidouro:

𝑨𝒑𝒂𝒓𝒆𝒅𝒆𝒔 = 𝟐 × 𝝅 × 𝒓 × 𝒉

𝑨𝒑𝒂𝒓𝒆𝒅𝒆𝒔 = 𝟐 × 𝟑, 𝟏𝟒 × 𝟎, 𝟔𝟓 × 𝟏, 𝟓 = 𝟔, 𝟏𝟐 𝒎²
𝑨𝒃𝒂𝒔𝒆 = 𝝅 × 𝒓𝟐

𝑨𝒇𝒖𝒏𝒅𝒐 = 𝟑, 𝟏𝟒 × 𝟎, 𝟔𝟓𝟐 = 𝟏, 𝟑𝟐 𝒎²

𝑨𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟔, 𝟏𝟐 + 𝟏, 𝟑𝟐 = 𝟕, 𝟒𝟒 𝒎²

CALCULO DO RESERVATÓRIO

Cálculo do Consumo diário

𝐶𝑑 = 𝐶 × 𝑃
Onde:
Cd = consumo diário total, em litros/dia
C = consumo diário “per capita”, em
litros/dia
P = população de edificio, em numero
de pessoas

𝐶𝑑 = 2 × 99

𝐶𝑑 = 198 𝑙/𝑑𝑖𝑎
Cálculo do Volume do Reservatorio

𝑉𝑅𝑆 = 0,4 × 𝐶𝑑

Onde:
V = volume do reservatório superior, em litros
Cd = consumo diário total, em litros/dia

𝑉 = 0,4 × 198

𝑉 = 79,2 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠 → 0,079 𝑚³

Dimensões adotadas para o Reservatório:


Adotaremos um reservatório em polietileno de 500 L, por ser a opção de melhor custo benefício
do mercado, além de atender a quantidade de volume necessário.

RAMAL DE ALIMENTAÇÃO DO RESERVATÓRIO ELEVADO


Admitiremos que o abastecimento de água será continuo por parte da rede pública. A NB 92
recomenda que a velocidade máxima nessa tubulação é de 1,0m/s. Então, para efeito de
economia, adotamos esta, porém devemos observar que não pode ser inferior a 0,6m/s.

79,2 ℓ/𝑑𝑖𝑎
𝑄= => 9,16 ℓ/𝑠
86.400 𝑠

Q = vazão de entrada.

Aplicando a formula de Fair-Whipple-HSiao e o Ábaco para tubulação de PVC, o diâmetro do


ramal para o reservatório será em tubos PVC JS DE 50 mm.
DIMENSIONAMENTO PARA O CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL DAS COLUNAS DE
ÁGUA FRIA

AF-01

Fator de
APARELHOS DE Vazões Vazão de Projeto
VAZÃO Uso
UTILIZAÇÃO QUANT
l/dia l/dia l/s

Vaso Sanitário 0,20 1 0,2

TOTAL 1 0,2 1 0,2


*OBS: AF= 50mm

AF-02 = AF-06

Fator de
APARELHOS DE Vazões Vazão de Projeto
VAZÃO Uso
UTILIZAÇÃO QUANT
l/dia l/dia l/s

Vaso Sanitário 0,20 2 0,4

TOTAL 2 0,4 1 0,4

AF-03 = AF-04
Fator de
APARELHOS DE Vazões Vazão de Projeto
VAZÃO Uso
UTILIZAÇÃO QUANT
l/dia l/dia l/s
Lavatório 0,20 2 0,4
TOTAL 2 0,4 1 0,4

AF-05

Fator de
APARELHOS DE Vazões Vazão de Projeto
VAZÃO Uso
UTILIZAÇÃO QUANT
l/dia l/dia l/s
Pia 0,20 1 0,2
TOTAL 1 0,2 1 0,2

AF-07
Fator de
APARELHOS DE Vazões Vazão de Projeto
VAZÃO Uso
UTILIZAÇÃO QUANT
l/dia l/dia l/s
Lavatório 0,20 1 0,2
TOTAL 1 0,2 1 0,2
Trecho 01= AF-01 = 1,18m + 0,60m + 3,33m = 5,11m = Ø50 mm

Trecho 02= AF-02 + AF-03 = 1,20m + 1,35m + 2,46m + 1m + 2,60m = 8,61m = Ø25mm

Trecho 03= AF-04 + AF-05 = 0,60m + 2,46m + 0,60m + 0,40m + 2,46m = 6,52m = Ø25mm

Trecho 04= AF-06 + AF-07 = 1,20m + 1,35m + 2,46 + 2,47m = 7,48m = Ø25mm

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 ÁGUA FRIA

O abastecimento de água fria será através da concessionária, que alimentará um reservatório


localizado na laje acima dos banheiros.

O reservatório alimentará através de tubulações por gravidade todos os pontos de consumo


e deverá ser previsto sistema controlador de níveis de modo a ligar e desligar os sistemas de
recalque.

Deverão ser previstos no sistema de distribuição de água fria, ramais específicos para
alimentação dos banheiros e cozinha.

1.1 CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO

As redes prediais de distribuição foram dimensionadas de tal forma que, no uso simultâneo
provável de dois ou mais pontos de utilização, a vazão de projeto estabelecida na NBR-
5626/98, seja plenamente disponível. Em qualquer ponto das redes de distribuição, a pressão
da água, em condições dinâmicas, não será inferior a 0,5 m.c.a. e, em condições estáticas,
não sejam superiores a 40,0 m.c.a.

As tubulações foram dimensionadas de modo que a velocidade da água em qualquer trecho


da tubulação não atinja valores superiores a 2,5 m/s.

Para o cálculo das vazões de dimensionamento foi utilizado o especificado na norma ABNT
NBR-5626.

As perdas de carga foram calculadas com base no ábaco de Flamant para tubos de PVC.
1.2 MATERIAIS

1.2.1 TUBULAÇÕES

Os tubos de distribuição e recalque, incluindo distribuição interna aos sanitários deverão ser
em PVC Rígido Marrom, classe 15, com ponta de bolsa para junta soldável, pressão de
serviço 7,5 Kgf/cm2. Os tubos deverão ser fabricados conforme ABNT NBR-5648.

Ref.: TIGRE, AMANCO ou equivalente.

1.2.2 CONEXÕES

As conexões dos ramais de distribuição e recalque, incluindo distribuição interna aos


sanitários deverão ser em PVC Rígido Marrom, classe 15, dotados de bolsas para junta
soldável, ou roscadas para ligações em metais sanitários ou registros.

As roscas deverão ser do tipo Withworth-Gas (NPT – Rosca macho e BSP – Rosca fêmea),
conforme prescrito na norma ABNT-NBR-6414.

Ref.: TIGRE, AMANCO ou equivalente.

1.2.3 REGISTRO DE GAVETA

A base dos registros de gaveta deverá ser em liga de cobre, conforme norma NBR-10072,
para os diâmetros de ½ a 1 ½ “, pressão nominal máxima de 14 Kgf/cm², rosca de tomada
BSP, engaxetamento duplo, modelo 1509 e acabamento cromado, modelo C40, linha Targa.

Ref.: DECA ou equivalente.

1.2.4 REGISTRO DE PRESSÃO

A base dos registros de pressão deverão ser em liga de cobre, conforme norma NBR-10076
e NBR-10078, para os diâmetros de ½ a ¾“ ,com pressão nominal máxima de 14 Kgf/cm²,
rosca de tomada BSP, engaxetamento duplo, e acabamento cromado ,modelo C40 , linha
Targa.

Ref.: DECA ou equivalente.


1.2.5 LOUÇAS E METAIS SANITÁRIOS

As especificações dos acessórios, louças e metais (sifão, válvula americana, flexíveis,


parafusos, bolsa para assentamento da bacia, etc) devem atender às especificações
arquitetônicas e estarão nos memoriais e projeto arquitetônicos, e fazem parte integrante do
fornecimento da contratada.

O posicionamento das louças e metais atenderá os desenhos arquitetônicos.

1.2.6 CRITÉRIOS DE MONTAGEM

Os ramais de distribuição de água deverão obedecer ao projeto hidro sanitário, toda tubulação
aparente deverá ser assentada, considerando-se sua verticalidade e horizontalidade, não se
permitindo desaprumo e/ou desvios de encaminhamento. As deflexões das canalizações
serão executadas com auxílio de conexões apropriadas.

Com exclusão dos elementos niquelados, cromados ou de latão polido, todas as demais
partes aparentes da instalação, tais como: canalização, conexões, acessórios, braçadeiras,
suportes, tampas, etc., deverão ser pintadas.

Nos casos em que as canalizações devam ser fixadas em paredes e/ou fixadas em lajes, os
tipos, dimensões e quantidades dos elementos suportes ou de fixação tais como: braçadeiras,
perfilados "U", bandejas, etc. serão determinados pela Fiscalização (de acordo com o
diâmetro, peso e posição das tubulações).

De um modo geral, toda a instalação de água será convenientemente verificada pela


Fiscalização quanto às suas perfeitas condições técnicas de execução e de funcionamento.

A instalação será executada rigorosamente de acordo com as normas da ABNT, com o


projeto e com as respectivas especificações.

As derivações correrão embutidas nas paredes, vazios ou lajes rebaixadas evitando-se suas
inclusões no concreto. Quando indispensável, serão alojadas em reentrâncias (encaixes)
previstas na estrutura para esse fim.

Na passagem através de elementos estruturais de reservatórios, deverão ser tomadas


medidas que assegurem a perfeita estanqueidade e facilidade de substituição.

As canalizações não poderão passar dentro de poços absorventes, caixas de inspeção ou


valas.

Nos cruzamentos das redes de água com as de esgoto, a canalização de água deverá passar
sobre a de esgoto afastada desta, no mínimo, 50 cm na vertical.

Nos casos em que as canalizações devam ser fixadas externamente em paredes ou


suspensas em lajes, os tipos, dimensões e quantidades dos elementos suportes, ou de
fixação (braçadeiras, perfilados “U”, bandejas, etc), serão determinadas de acordo com o
diâmetro, peso e posição das tubulações, conforme recomendações do fabricante.
As furações, rasgos e aberturas necessárias em elementos da estrutura de concreto armado
para passagem de tubulações serão locados e tomados com tacos, buchas ou bainhas antes
da concretagem. Precauções serão adotadas para que não venham a sofrer esforços não
previstos decorrentes de recalque ou deformações estruturais, ficando assim asseguradas as
possibilidades de dilatações e contrações. Na passagem através de elementos estruturais de
reservatórios ou piscinas, serão empregadas as medidas complementares que asseguram
perfeita estanqueidade e facilidade de substituição.

As canalizações de distribuição de água nunca serão inteiramente horizontais, devendo


apresentar declividade mínima de 2% no sentido do escoamento, não se admitindo sentido
inverso.

Os registros de comando dos ramais deverão ser colocados num mesmo plano acima do
piso, de acordo com as seguintes alturas:

a) Para ramais e sub-ramais: 1,80 m


b) Para filtros, chuveiros e mictórios: 1,20 m

1.2.7 TESTES

O instalador deverá fornecer todos os meios necessários para os ensaios, testes e coletas
de informações a respeito de qualquer material empregado nas instalações dos sistemas.

As tubulações de distribuição de água serão antes de eventual pintura ou fechamento dos


rasgos das alvenarias ou de seu envolvimento pôr capas de argamassa ou isolamento térmico
- lentamente cheias de água, para eliminação completa de ar e, em seguida, submetidas à
prova de pressão interna.

Essa prova será feita com água sob pressão 50 % superior à pressão estática máxima na
instalação, não devendo descer, em ponto algum da canalização, a menos de 1 Lg/cm2. A
duração da prova será de 6 horas, pelo menos.

De um modo geral, toda a instalação de água será convenientemente verificada pela


fiscalização, quanto às suas perfeitas condições técnicas de execução e funcionamento.

Todos os testes hidrostáticos para o sistema de água fria deverão seguir o estabelecido na
NBR-5626/98, conforme o descrito a seguir:

As inspeções e ensaios devem ser efetuados para verificar a conformidade da execução da


instalação predial de água fria com o respectivo projeto e, se esta execução foi corretamente
levada a efeito.
2 ESGOTO SANITÁRIO

2.1 SISTEMA

Os efluentes do empreendimento deverão ser coletados através de ramais e sub-ramais e,


posteriormente, lançados em caixas de inspeções locadas nas áreas externas de acordo com
projeto.

Dado a inexistência de Rede Pública de Esgoto Sanitário, a coleta dos Esgotos Primários e
Secundários, será feita através de ramais e sub-ramais e caixas de inspeção (CI) e
posteriormente lançados em Fossa Séptica processando-se o tratamento Primário, os
efluentes da Fossa serão encaminhados para um Filtro Anaeróbio que tem uma eficiência
na remoção de microrganismos na ordem de 95%,para maior segurança sanitária
posteriormente os efluentes dos Filtros serão lançados em sumidouro de drenagem.

2.2 PRODUTOS

2.2.1 TUBULAÇÕES

As tubulações enterradas até o lançamento em caixa de inspeção, assim como os tubos de


coletas internas aos sanitários e os tubos e conectores de ventilação sanitária deverão ser
em PVC rígido Série Normal com pontas e bolsas para juntas soldáveis.

Ref.: TIGRE, AMANCO ou equivalente.

2.2.2 CONEXÕES

As conexões deverão atender às mesmas especificações dos tubos, deverão ser dotadas de
ponta e bolsas para junta soldável.

2.2.3 CAIXA DE INSPEÇÃO

Deverão ser em alvenaria com blocos de concreto e fundo de concreto com tampas de ferro
fundido ou em concreto armado e dimensões conforme detalhes de projeto.

2.2.4 CAIXA RETENTORA DE GORDURA ESPECIAL

Deverão ser em alvenaria com blocos de concreto, revestida com argamassa, dotada de selo
hídrico, com fundo em concreto, tampa em concreto armado e dimensões conforme detalhes
de projeto.

2.3 EXECUÇÃO

2.3.1 CONDIÇÕES GERAIS

A instalação será executada rigorosamente de acordo com as normas da ABNT e com as


seguintes especificações:

As furações, rasgos e aberturas necessários em elementos da estrutura de concreto armado


para passagem de tubulações, serão locados antes da concretagem. Deverão ser tomadas
medidas para se evitar que as tubulações venham a sofrer esforços não previstos,
decorrentes de recalques ou deformações estruturais e para que, também, fiquem
asseguradas as possibilidades de dilatações e contrações das tubulações.

As declividades indicadas no projeto serão consideradas como mínimas, devendo ser


procedida uma verificação geral dos níveis até a rede urbana, antes que seja executada a
instalação dos coletores.

Ramais de descarga, ou seja, ramais secundários e primários dentro dos sanitários, terão
declividade mínima de 2% (dois por cento) e o restante das tubulações deverá respeitar a
normalização de acordo com o diâmetro.

Os coletores de esgotos em PVC Rígido serão assentados sobre leito de areia, cuja
espessura será determinada pela natureza do terreno, ou envolvidos por completo, nos
trechos em que o recobrimento da tubulação for superior a 1,0 metro. Quando a tubulação
for assentada em ruas com pesadas cargas móveis, a instaladora deverá prever canaletas
ou lajes de concreto sobre a tubulação para se evitar deformação diametral.

Os tubos de modo geral serão assentados com a bolsa voltada em sentido oposto ao do
escoamento.

As caixas sifonadas e secas deverão ser assentadas niveladas, não sendo permitida a
utilização de tubo adaptador com altura superior a 30 cm, objetivando-se a minimização de
trabalhos de manutenção e limpeza das caixas.

As ligações entre canalizações só deverão ser feitas mediante peças ou conexões, as quais
deverão obedecer às especificações da ABNT, não sendo permitidas conexões em cruzetas
ou tês.

As valas abertas no solo para assentamento das canalizações só poderão ser fechadas após
a verificação pela Fiscalização das condições das juntas, tubos, proteções e os níveis de
declividade, observando-se o disposto no artigo 36 da NB-8160.

A instalação será dotada de todos os elementos necessários às possíveis e futuras operações


de inspeção e desobstrução.

2.3.2 SERVIÇOS DE TUBULAÇÕES ENTERRADAS

- Locação

A tubulação deverá ser locada de acordo com projeto, no entanto, será admitida certa
flexibilidade na escolha definitiva de sua posição em função das peculiaridades da obra.

- Forma e Dimensão da Vala

A vala deve ser escavada de modo a resultar uma secção retangular.

Caso o solo não possua coesão suficiente para permitir a estabilidade das paredes, admitem-
se taludes a partir do dorso do tubo.
A largura da vala deverá ser tão reduzida quanto possível, respeitando-se o limite mínimo de
D + 30 cm, onde D corresponde ao diâmetro externo do tubo a assentar (em centímetros).

Nas travessias, onde a tubulação passar sob o leito carroçável, a profundidade da vala deverá
ser tal que resulte em um mínimo de 80 cm para o recobrimento da tubulação.

Quando o assentamento se der no passeio, o limite acima poderá ser reduzido para 60 cm.

- Escavação

As valas para receberem as tubulações serão escavadas segundo a linha de eixo,


obedecendo-se o projeto.

A escavação será feita pelo processo mecânico ou manual, qual for julgado ser mais
adequado.

O material escavado será colocado de um lado da vala, de tal modo que, entre a borda da
escavação e o pé do monte de terra, fique pelo menos um espaço de 30 cm.

- Preparo da Vala

No caso em que o fundo da vala apresente solo rochoso, entre este e os tubos deverá ser
interposta uma camada terrosa, isenta de corpos estranhos e que tenha uma espessura não
inferior a 10 cm.

No caso do fundo da vala se apresentar em rocha decomposta, deverá ser interposta uma
camada terrosa, isenta de pedras ou corpos estranhos e que tenha uma espessura não
inferior a 15 cm.

- Transporte até a vala

Os tubos devem ser transportados até a vala com os mesmos cuidados observados por
ocasião da descarga e estocagem, devendo permanecer ao longo da vala o menor tempo
possível, a fim de se evitarem acidentes e deformações.

- Descida à vala

Os tubos devem ser descidos à vala manualmente ou com auxílio de equipamentos e


máquinas, impedindo-se de ser jogado ou arrastado no chão.

- Assentamento

Antes do assentamento, os tubos devem ser dispostos linearmente ao longo da vala (bem
como as conexões e peças especiais) e devem ser colocados com sua geratriz inferior
coincidindo com o eixo do berço, de modo que as bolsas fiquem nas escavações previamente
preparadas, assegurando um apoio contínuo do corpo do tubo.

Para a montagem das tubulações deverão ser obedecidas, rigorosamente, as instruções dos
fabricantes.
Sempre que houver paralisação dos trabalhos de assentamento, a extremidade do último
tubo deverá ser fechada para impedir a entrada de corpos estranhos.

A imobilização dos tubos durante a montagem deverá ser conseguida por meio de terra
colocada ao lado da tubulação, a qual deve ser adensada cuidadosamente. Não será
permitida a introdução de pedras e outros corpos duros.

No caso de assentamento de tubulações de materiais diferentes, deverão ser utilizadas peças


especiais (adaptadores) apropriadas.

Os tubos devem ser montados com as bolsas voltadas para montante, para ser acoplada à
ponta do tubo subsequente.

- Ancoragens

Todas as deflexões das tubulações, sendo por curvas ou tês, deverão ser ancoradas.

A pressão a ser utilizada para o dimensionamento das ancoragens será a equivalente à


diferença de nível entre o nível de água máximo do reservatório que alimenta a rede e a cota
do terreno no ponto considerado (admitindo-se condições estáticas de funcionamento).

- Preenchimento das Valas

Após a colocação definitiva dos tubos e peças especiais na base de assentamento, as partes
laterais da vala serão preenchidas com material absolutamente isento de pedras, em
camadas não superiores a 10 cm, até uma cota de 30 cm acima da geratriz superior do tubo.

Na primeira camada esse material será forçado a ocupar a parte inferior da tubulação, por
meio da movimentação adequada de pás.

O adensamento deverá ser feito cuidadosamente com soquetes manuais, evitando-se o


choque com os tubos já assentados, de maneira que a estabilidade transversal da
canalização fique perfeitamente garantida.

Em seguida, o preenchimento continuará em camadas de 10 cm de espessura, com material


ainda isento de pedras, até cerca de 30 cm acima da geratriz superior da canalização. Em
cada camada será feito um adensamento manual somente nas partes laterais, fora da zona
ocupada pelos tubos.

Na camada seguinte, além da compactação rigorosa nas laterais, será feita uma
compactação cuidadosa da zona central da vala, a fim de garantir a perfeita estabilidade
longitudinal da tubulação.

O reaterro descrito nos itens acima, numa primeira fase, não será aplicado nas regiões das
juntas. Estas serão preenchidas após os ensaios da linha.

Após os ensaios de pressão e estanqueidade das canalizações, deverá ser completado o


aterro das valas.
As zonas descobertas nas proximidades das juntas serão aterradas com os mesmos
cuidados apontados anteriormente, até a altura de 30 cm acima da geratriz superior da
tubulação.

O restante do aterro até a superfície do terreno será preenchido, sempre que possível, com
material da própria escavação, mas não contendo pedras com dimensões superiores a 5 cm.

Este material será adensado em camadas de 20 ou 30 cm, até atingir densidade e


compactação comparável à do terreno natural adjacente.

2.4 MONTAGEM DE APARELHOS

Os aparelhos sanitários serão cuidadosamente montados de forma a proporcionar perfeito


funcionamento, permitir fácil limpeza e remoção, bem como evitar a possibilidade de
contaminação de água potável.

Os aparelhos sanitários, equipamentos afins e respectivos pertences e peças


complementares serão fornecidos e instalados pela instaladora, com apuro e de acordo com
indicações do projeto de arquitetura.

O perfeito estado dos materiais empregados será detidamente verificado pelo instalador
antes de seu assentamento.

Serão executados pelo instalador todos os serviços complementares de instalações


hidrossanitárias, tais como: fechamento e recomposição de rasgos para canalizações,
concordância das pavimentações com as tampas das caixas de esgoto e pequenos trabalhos
de arremate.

2.5 ELEMENTOS DE INSPEÇÃO

Os sifões serão visitáveis ou inspecionáveis na parte correspondente ao fecho hídrico, por


meio de bujões com roscas de metal ou outro meio de fácil inspeção.

2.6 VENTILAÇÃO

O sistema de ventilação da instalação de esgoto constituído por colunas de ventilação, tubos


ventiladores e ramais de ventilação será executado de forma a não haver a menor
possibilidade de os gases emanados dos coletores entrarem no ambiente interno do
empreendimento.

A ligação de um ventilador a uma canalização horizontal deverá ser feita acima do eixo desta
tubulação, elevando-se o tubo ventilador, no mínimo, a 15 cm acima do nível máximo de água
do aparelho servido mais alto (antes de se desenvolver horizontalmente ou de se ligar a outro
tubo ventilador).

A extremidade superior dos tubos ventiladores individuais poderá ser ligada a um tubo
ventilador primário, a uma coluna de ventilação ou a um ramal de ventilação sempre a, pelo
menos, 15 cm acima do nível máximo de água no aparelho correspondente.
Os tubos ventiladores serão verticais e, sempre que possível, instalados em um único
alinhamento reto. Quando for impossível se evitarem mudanças de direção, estas deverão
ser feitas mediantes curvas de ângulo central menor do que 90o.

O trecho de um tubo ventilador primário acima de cobertura do empreendimento deverá


medir, no mínimo 30 cm, no caso de telhado ou 2,0 metros em caso de laje de cobertura
utilizada para outros fins. No caso de laje utilizada para outros fins, o tubo ou coluna de
ventilação deverá ser devidamente protegido contra choque ou acidentes que possam
danificá-lo.

A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou coluna de ventilação situada a menos


de 2,0 metros de distância de qualquer janela ou porta, deverá ser elevada pelo menos 1,0
metro acima da respectiva verga.

As distâncias entre os desconectores aos tubos de ventilação devem ser observadas


rigorosamente de acordo com a NB-19.

Bragança (PA), 03 de Abril de 2024.

THIAGO ROMANO Assinado de forma digital por


THIAGO ROMANO PENHA DE
PENHA DE ANDRADE:80891187200
ANDRADE:80891187200 Dados: 2024.04.08 15:37:19 -03'00'
________________________________________________
THIAGO ROMANO ANDRADE
Engenheiro Civil
CONFEA 150933038-0

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