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CFSD/2020

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL


COMANDO DE POLICIAMENTO ESPECIALIZADO
BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

APOSTILA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADO


PMMS/2020

CFSD/2020
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso


comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações” (Artigo 225 da Constituição da República Federativa do
Brasil)

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Av Mato Grosso s/n.º - Parque das Nações


Sede BPMA - C Grande 3357-1500
Indigenas - Campo Grande-MS
Corumbá - 2.ª Cia PMA 3231-5201 BR Ramão Gomes - KM 05 - Corumbá-MS
Av. Presidente Vargas s/n.º - Cetro - Coxim-
Coxim - 3.ª Cia PMA 3908-6060
MS
Rodovia Bonito/Guia Lopes - KM 0 - Bonito-
Bonito - 4.ª Cia PMA 3255-1247
MS
Rua Candido Mariano, 420 - Centro -
Aquidauana - 2.º Pel/1.ª Cia PMA 3241-3675
Aquidauana-MS
Rua Taufic Farran 341, Vila Piloto, Três
Três Lagoas - 3.ª Pel/1.ª Cia PMA 3929-1360
Lagoas-MS
Rua Santos Dumont, nº 10, Parque Arnulpho
Dourados - 4.º Pel/1.ª Cia PMA 3428-0384
Fioravante - Dourados - MS
Rua Euzébio Veraldo s/n - Centro -
Bataguassu - 5.º Pel/1.ª Cia PMA 3541-9137
Bataguassu-MS
Miranda - 2.º Pel/2.ª Cia PMA 3242 4344 BR 262 - KM 552 - Miranda-MS
Rua Nestor Barbosa, 26 - Centro - Cassilândia-
Cassilândia - 2.º Pel/3.ª Cia PMA 3596 3405
MS
Rua Guaicurus s/m - Vila Major Costa -
Jardim - 2.º Pel/4.ª Cia PMA 3251-2043
Jardim-MS
Rua Dr. Costa Marques, 1105 - Centro - Porto
P Murtinho - 3.º Pel/4.ª Cia PMA 3287-1360
Murtinho-MS
Av. Brasil s/n.º - Bairro Maria Gonçalves -
Batayporã - 3.º GPM/5.º P/1.ª Cia 3443-1095
Batayporã-MS
Bela Vista -2.º GPM/2.º P/4.ª Cia 3439-1769 BR 060 - KM 02 - Bela Vista-MS

Rio Negro - 3.º GPM/1.º P/3.ª Cia 9644-5205 MS 080 - KM 12 - Rio Negro - Ms
Rua Filinto Muller, 442 - Bairro Milani - São
São Gabriel - 2.º GPM/1.º P/3.ª Cia 3295-3094
Gabriel-MS
Mundo Novo - 2.º GPM/4ºP/1.ª Cia 3474-1751 BR 163 - KM 20 - Mundo Novo-MS

Naviraí – 3º GPM/4º Pel/1ª Cia 3461-5232 Rua Bandeirantes, nº 705- Naviraí-MS


Rua José Pereira da Silva, nº 154, Costa Rica-
Costa Rica - 2.º GPM/2.º P/3.ª Cia 3247-5871
MS

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................

0 – Introdução ao Direito Ambienta.............................................................................................

1-POLICIAMENTO OSTENSIVO AMBIENTAL .........................................................................

2-CONCEITOS GERAIS..............................................................................................................

3-TABELA DE UNIDADES E MEDIDAS......................................................................................

4-HISTÓRICO DA POLICIA MILITAR AMBIENTAL.....................................................................

5-TRABALHO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL REALIZADO PELA PMA.............................................

6 – CURSOS DE CAPACITAÇÃO: .............................................................................................

7-INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA...............................................................................................

8-LEI DE CRIMES AMBIENTAIS................................................................................................

9-FISCALIZAÇÃO EM FLORA ................................................................................................

9.1-Desmatamento ................................................................................................
9.2-Queima Controlada.................................................................................................
9.3-Manejo Florestal ................................................................................................
9.4-Uso de Motosserra ................................................................................................
9.5-Transporte de Produto Florestal ........................................................................

10-CUBAGEM EM MADEIRA ................................................................................................

11-FISCALIZAÇÃO DE PESCA .......................................................................................................

12-FISCALIZAÇÃO DE FAUNA ................................................................................................

13-FISCALIZAÇÃO DE ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS ....................................

14-AGROTÓXICOS ...........................................................................................................

15 – TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS ...........................................................

16 - CRIMES CONTRA O ORDENAMENTO URBANO E O PATRIMÔNIO CULTURAL ..................

17 - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL ...............................................

18 – UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ...................................................................................

19-REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................

20-ANEXOS ....................................................................................................................

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

APRESENTAÇÃO

O Homem busca sua realização através do progresso da sociedade, que só ocorre


porque ainda existem os recursos naturais, que são fontes de onde provém o subsídio para que,
projetos sejam arquitetados em benefícios da própria sociedade. Para a solução dos problemas
existentes entre o progresso e a preservação ambiental, surge a ideia de desenvolvimento
sustentável, onde é possível conciliar o crescimento social com o mínimo de degradação possível.

Em cada estado existem medidas de preservação de acordo com as ocorrências mais


evidentes. No estado do Mato Grosso do Sul, que abrange boa parte do Pantanal, portanto de grande
biodiversidade, as agressões mais frequentes estão relacionadas com a pesca predatória, queimadas
e caça de animais silvestres.

A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul é uma das instituições do poder público de
fundamental importância no combate às ações degradadoras do Meio Ambiente, por meio de sua
Unidade de Policiamento e Fiscalização Ambiental (Polícia Militar Ambiental), contribuindo
significativamente para manter uma melhor qualidade de vida a sociedade sul-mato-grossense.

Desenvolve ações preventivas e educativas, somando esforços na busca de uma nova


ética social, firmada no propósito da responsabilidade e o dever constitucional de manter o equilíbrio
entre o homem e o ambiente.

O trabalho de campo do policial militar ambiental requer, além da coragem peculiar,


conhecimento específico dos procedimentos a serem adotados nas mais complexas tarefas do dia-a-
dia. Cada caso exige do homem decisões e iniciativas imediatas, todavia, um ato errôneo pode,
muitas vezes, causar prejuízos ao cidadão e colocar em descrédito a imagem da Corporação. Razão
pela qual, toda ação desenvolvida pela fiscalização deve ser pautada na lisura, no bom senso e, acima
de tudo, dentro do devido amparo legal.

Esperamos, então, que o conteúdo desta apostila possa contribuir na formação


profissional dos futuros policiais militares, servindo como roteiro básico de procedimentos e
consultas diversas, e que seja cada vez mais aperfeiçoada como instrumento permanente de
orientação e aprendizado com a colaboração de todos, fins de propiciar rápido e fácil entendimento.

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

0 – Introdução ao Direito Ambiental

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Constituição da República Federativa
do Brasil, Artigo 225.

0.1 - COMPETÊNCIA LEGAL DAS POLÍCIAS MILITARES PARA EXERCER A FISCALIZAÇÃO NA ÁREA
AMBIENTAL

PENAL: Constituição Federal: “Art. 144 –“A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos”: Parágrafo 5° - Às Polícias Militares cabem a
Polícia Ostensiva e a preservação da ordem pública.

Constituição Estadual-MS: “Art. 47 - À Polícia Militar incumbe, além de outras atribuições que a lei
estabelece... O Policiamento Preventivo e Ostensivo para a DEFESA DO MEIO AMBIENTE”.

Administrativa - (convênios).

0.2 - DIREITO AMBIENTAL

“Não existe crime, sem uma lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal” –
Art. 5º- inciso XXXIX – CF e (Artigo 1.º do Código Penal Brasileiro – CPB). Gestão é exigida, em função
de alguma ocorrência prevista pela Lei Brasileira. POLICIAL – Necessita conhecer a legislação
relacionada a área em questão.

“Hierarquia das Normas”.

• União - Constituição Federal (1988) - Lei Federal - Decreto-Lei (poder de lei) - Decreto Federal
– (Executivo Federal) - Portarias, Instruções normativas e Resoluções dos órgãos federais -

• Estados e DF - Constituição Estadual e DF - Leis Estaduais - Decretos Estaduais – (Executivo


Estaduais) - Portarias e Resoluções dos órgãos estaduais - Municípios – Lei Orgânica.

• Leis Municipais - Decretos Municipais – (Executivo Municipais) - Portarias e Resoluções dos


órgãos municipais.

FUNCIONAMENTO DO DIREITO ENTRE OS ENTES

• ESTADOS e Municípios – ADMINISTRATIVAMENTE - PENAL - (Congresso Nacional) - CIVIL -


(Congresso Nacional).

• PROCESSO DE FORMULAÇÃO DAS LEIS. FEDERAL – Propostas – Executivo, Legislativo e


Judiciário. (Ações populares). Caminhos – Comissões da Câmara dos Deputados ou Senado
Plenário – (Senado-Câmara) – Segue para votação de um ou de outro. Se houve mudança,
volta de onde saiu. Concluído - Executivo para sanção (veto parcial, total, ou nenhum veto).
Mesmo processo nos Estados e Municípios – (assembleias e câmaras).

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Direito Internacional

• Ramo do Direito que regula a relação entre Estados soberanos ou organismos assimilados
(Belfort de Mattos) - É o conjunto de princípios, regras, teorias, que abrangem os entes
coletivos internacionalmente reconhecidos - Estados e organizações internacionais - e o
Homem. (Carlos Husek).

Tratados Internacionais

Expressam a vontade dos Estados - podem regular interesses expressos dos Estados
envolvidos (tratados-contratos) - produzem regras gerais e abstratas para uma série de
Estados (tratados-leis) - criam organismos internacionais (tratados-constituição) - termos
sinônimos: acordo, ajuste, contrato, convenção, declaração, estatuto, memorando, pacto,
protocolo, regulamento - são acordos formais, precisos, definidos num determinado
momento histórico.

FORMATAÇÃO DA LEGISLAÇÃO – ALGUNS TIPOS

• Tratado internacional - aprovado pelo órgão legislativo e executivo.

• A emenda constitucional é uma modificação na Constituição que deve ser aprovada por 2/3
das duas casas do Congresso, em dois turnos. Não podem ser objeto de emenda
constitucional (artigos 60º § 4º, I a IV) as chamadas "cláusulas pétreas", isto é, as que se
referem à federação, ao voto direto, secreto, universal e periódico, à separação de poderes e
aos direitos e garantias individuais.

• Lei complementar -A lei complementar à Constituição é por esta definida quanto às matérias.
Requer maioria absoluta de votos nas duas casas do Congresso para aprovação.

• Lei ordinária - A lei ordinária diz respeito à organização do poder judiciário e do ministério
público, à nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais, planos
plurianuais e orçamentos e a todo o direito material e processual, como os códigos civil,
penal, tributário e respectivos processos.

• Lei delegada - A lei delegada é elaborada pelo presidente, a partir de delegação específica do
Congresso, mas não pode legislar sobre atos de competência do Congresso, de cada casa,
individualmente, sobre matéria de lei complementar nem sobre certas matérias de lei
ordinária (Ex: Lei Delegada 10/1962 - Cria a Superintendência do Desenvolvimento da Pesca
(SUDEPE).

• Decreto Lei - Um decreto-lei é um decreto emanado pelo poder executivo e não pelo poder
legislativo que tem força de lei. Os decretos-leis são normalmente uma ferramenta do chefe
do poder executivo para dar imediata efetividade para um desejo político da administração. O
abuso na promulgação de decretos-leis é normalmente um indicador de problemas
no equilíbrio entre os poderes do Estado. Medida provisória - A medida provisória, editada
pelo presidente da república, deve ser submetida ao Congresso; não pode ser aprovada por
decurso de prazo nem produz efeitos em caso de rejeição. No Brasil, os decretos-leis tiveram

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

um grande número de publicações durante o Estado Novo e a Ditadura Militar, quando o


poder executivo tinha um poder supremo sobre os demais poderes governamentais.
Atualmente não é mais possível a produção de um decreto-lei.

• Decreto legislativo - O decreto legislativo é de competência exclusiva do Congresso Nacional,


sem necessitar de sanção presidencial. A resolução legislativa também é privativa do
Congresso ou de cada casa isoladamente, por exemplo, a suspensão de lei declarada
inconstitucional.

• Decreto - No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da competência


dos chefes dos poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos).
Um decreto é usualmente usado pelo chefe do poder executivo para fazer nomeações e
regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre
outras coisas.

• Resolução - Ato legislativo de conteúdo concreto, de efeitos internos (órgãos do executivo


estão utilizando com força de regulamentação de Leis). É a forma que revestem determinadas
deliberações da Assembleia da República. As Resoluções não estão, em princípio, sujeitas a
promulgação e também não estão sujeitas a controle preventivo da constitucionalidade,
exceto as que aprovem acordos internacionais.

• Portaria - Documento de ato administrativo de qualquer autoridade pública, que contém


instruções acerca da aplicação de leis ou regulamentos, recomendações de caráter geral,
normas de execução de serviço, nomeações, demissões, punições, ou qualquer outra
determinação de sua competência.

• Instruções Normativas.

COMPETÊNCIA LEGISLATIVA E MATERIAL NA ÁREA AMBIENTAL - Constituição Federal/1988

• Competência para legislar.

• Privativa - Só um ente federativo pode legislar sobre o assunto: Ex. Transporte, Mineração... –
União.

• Concorrente - Mais de um ente federativo. Ex: Legislar sobre ambiente – União, Estados e DF.

• Suplementar - Complementar ou suplementar legislação de ente. Um ente Federativo menor -


não pode ser menos restritivo ao maior – Escala decrescente (União – Estado – Município

• Competência Material: (administrativa).

• Art. 23 – É competência da União, dos Estados, do DF e dos municípios: VI – proteger o meio


ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII – preservar as florestas, a
fauna e a flora.

• Competência Legislativa – (formal).

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• Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

• VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos
naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

• VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

• Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

• I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas,


neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

• II – as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas
sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

• III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

• IV – as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

• Art. 30 – o município – legislar em assuntos de interesse local. (suplementar a Leg. Federal e


Estadual no que couber).

• LEI COMPLEMENTAR Nº 140, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2011

• Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da
Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum
relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao
combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da
flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Art. 4o Os entes federativos podem valer-se, entre outros, dos seguintes instrumentos de
cooperação institucional:

Ente federativo pode delegar:

 Por convênio,

 Execução de ações administrativas, e

 Desde que disponha de:


 órgão ambiental capacitado e
 de Conselho de Meio Ambiente

• Art. 5o O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações


administrativas a ele atribuídas nesta Lei Complementar, desde que o ente destinatário da

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delegação disponha de órgão ambiental capacitado a executar as ações administrativas a


serem delegadas e de conselho de meio ambiente.

• Parágrafo único. Considera-se órgão ambiental capacitado, para os efeitos do disposto


no caput, aquele que possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente habilitados e
em número compatível com a demanda das ações administrativas a serem delegadas.

COMPETÊNCIAS – União – Estados – Municípios

Art. 7o São ações administrativas da União: ...

• II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições; ...;

Art. 8o São ações administrativas dos Estados: (DF)

• I ...; II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;

• Art. 9o São ações administrativas dos Municípios: I ...;

• II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;

INSTÂNCIAS DO DIREITO NO BRASIL.

• ADMINISTRATIVA - Ônus da prova invertido – Lei nº 9.784 , de 29 de janeiro de 1999 –


Processo Administrativo na Administração Pública Federal - Art. 36. “Cabe ao interessado a
prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente
para a instrução e do disposto no art. 37 desta Lei”. – (Ambiental) - Decreto 6.514/2008 - Art.
118. “Ao autuado caberá a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever
atribuído à autoridade julgadora para instrução do processo”.

• CRIMINAL – ônus da prova de quem acusa (Estado).

• CIVIL – ônus das partes (decisão do juiz).

DIREITO AMBIENTAL

• Individual

• Direito coletivo – o titular é um grupo, categoria ou classe de pessoas, inserido numa relação
jurídica básica.

• Direito difuso (ambiental) – os titulares são indeterminados, porém inseridos num mesmo
conjunto, onde, de forma indivisível, o direito de cada um cede lugar ao direito de todos eles.
“São os direitos transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato.”

Definições: “O conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos organicamente estruturados


para assegurar um comportamento que não atente contra a sanidade mínima do meio ambiente.”
(Sérgio Ferraz). “Conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos sistematizados e informados

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por princípios apropriados que tenham por fim a disciplina do comportamento relacionado ao meio
ambiente” (Diogo Figueiredo Moreira Neto). “Conjunto de normas e princípios editados objetivando
a manutenção do perfeito equilíbrio nas relações do homem com o meio ambiente” (Tycho Brahe
Fernando Neto).

• Características:

• Vertical: Neste aspecto, vertical denomina-se tal matéria em virtude deste direito abranger
aspecto do direito público, do interesse da coletividade e também do particular, funcionaria
como uma ligação ou um intermédio entre o direito público e particular.

• Horizontal: é a recorrência com que o direito do ambiente faz dentro dos diversos ramos do
direito, lançando mão e espargindo seus institutos. Assim é que se pode extrair e associar
aspectos do direito ambiental no direito penal, civil, processual civil, direito administrativo,
etc.

• Multidisciplinar- seus conceitos, normas e doutrina, necessariamente recorrem às ciências


que estudam o meio ambiente para serem construídos. Neste aspecto, o direito ambiental
necessita grandemente de recorrer à Biologia, Geografia, Agronomia, Engenharia Florestal,
Biotecnologia, Ecologia, etc.

Objetivo do Direito Ambiental

• Direito Ambiental Visa a Proteger Direitos Difusos. Os direitos difusos caracterizam-se por
serem disseminados e não individualizados os seus beneficiários.

1 - POLICIAMENTO OSTENSIVO AMBIENTAL


O Policiamento Ostensivo Ambiental tem por objetivo primordial a fiscalização,
preservação, conservação e o controle dos recursos naturais do meio ambiente. A ação fiscalizatória
exercida pela Polícia Militar Ambiental, além de manter a integridade do meio ambiente, assegura o
uso racional dos recursos naturais e seus subprodutos, visando restringir as ações prejudiciais do
homem sobre a natureza.

1.1. As ações fiscalizatórias terão as seguintes classificações:

1 – Programáticas: desencadeadas na execução de Ordem de Operação ou Ordem de


Serviço;

2 – De Ordem: por determinação superior;

3 – Judiciais: desencadeadas por força de sentença, mandato judicial ou requerimento


do Ministério Público;

4 – De denúncia: em atendimento à denúncia formal e informal e;

5 – Emergenciais: para coibição de infrações de alto impacto ambiental ou para


prevenir danos iminentes ao meio ambiente.

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1.2. À Fiscalização compete:

1 - Cumprir determinação de autoridade competente;

2 - Cumprir e fazer cumprir os documentos legais destinados à proteção, conservação


e preservação dos bens ambientais;

3 - Realizar diligências para averiguação ou apuração de agressões cometidas contra a


fauna, flora e pesca;

4 - Embargar atividades ilegais, interditar empresas reincidentes em infrações


ambientais, apreender produtos e subprodutos, objetos e instrumentos resultantes ou utilizados na
prática de agressão ambiental;

5 - Inspecionar estabelecimentos industriais e comerciais que tenham por objeto a


exploração de produtos e subprodutos dos recursos naturais renováveis;

6 - Acompanhar, fiscalizar, inspecionar e controlar as atividades de exploração dos


recursos naturais renováveis autorizadas;

7 - Orientar contribuintes e a comunidade em geral sobre as atribuições e


competências da Polícia Militar Ambiental, divulgando a legislação ambiental em vigor, propiciando a
formação de uma consciência crítica e ética voltada para ações conservacionistas e preservacionistas.

1.3. Variáveis do policiamento ostensivo ambiental

A fiscalização ambiental e realizada através dos seguintes processos, modalidades,


circunstâncias, lugar e duração de Policiamento Ostensivo:

1.3.1. - Processo:
a) Motorizado
b) Em Embarcação
c) Aéreo

Motorizado Em Embarcação Aéreo

1.3.2. – Modalidade:

a) Patrulhamento – é a atividade móvel de observação, fiscalização, reconhecimento,


proteção ou, mesmo, de emprego da força.

b) Permanência – é a atividade predominantemente estática de observação,


fiscalização e proteção, desempenhada pelo policial militar em um posto fixo. (Posto Avançado

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Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, Posto Avançado Salto Pirapó, Posto Avançado
Cachoeira Branca, Posto Avançado Cachoeira do Sossego, etc.)

1.3.3. – Circunstância:

a) Ordinário – é o emprego rotineiro de meios operacionais em obediência a um plano


sistemático, que contém a escala de prioridades.

b) Extraordinário – é o emprego eventual e temporário de meios operacionais, face


acontecimento imprevisto, que exige manobra de recursos.

c) Especial – é o emprego temporário de meios operacionais em eventos previsíveis


que exijam esforço específico.

1.3.4. – Lugar:

a) Urbano – é a fiscalização ambiental executada nas áreas edificadas e de maior


concentração populacional dos municípios.

b) Rural – é a fiscalização ambiental executada em áreas que se caracterizam pela


ocupação extensiva, fora dos limites da área urbana municipal.

c) Fluvial – é a fiscalização ambiental executada nos rios, córregos e lagos.

1.3.5. – Duração:

É o tempo de empenho diário do policial militar na missão de fiscalização ambiental.

a) Jornada – é o período de tempo, equivalente a 24 horas do dia, em que se


desenvolvem as atividades de policiamento.

b) Turno – é a fração da jornada com um período de tempo previamente determinado

Observamos que o policiamento ambiental normalmente é executado por um período


superior a uma jornada, tendo em vista as peculiaridades do policiamento.

2 - CONCEITOS GERAIS
ANILHAS - Anel próprio para controle de pássaros oriundos de criadouros legalizados, fornecidos pelo órgão
competente (IBAMA).

ACEIRO - Faixa de terreno da qual se retira toda e qualquer material combustível com a finalidade de isolar
determinada área do terreno, evitando que o fogo se propague.

ASSOREAMENTO - É a obstrução de um curso d'água através de areia ou outro sedimento, descaracterizando a


mata ciliar e alterando suas margens.

ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função
ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo
gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL - é uma área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana,
dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a

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qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a
diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos
recursos naturais.

ANIMAIS SILVESTRES - São animais que nascem e sobrevivem na natureza, sem interferência do homem.

ANIMAL EXÓTICO - Espécie de animal presente em uma determinada área geográfica da qual não é originária,
introduzida geralmente por intervenção do homem.

BACIA HIDROGRÁFICA - É a área banhada por um rio e seus afluentes

BIOPIRATARIA - Contrabando de diversas formas de vida da flora e da fauna com o objetivo de se apropriar de seus
princípios ativos, monopolizando esses conhecimentos por meio de patentes.

CAÇA - É uma das ações da perseguição dos animais silvestres, com objetivo de sua captura vivo ou morto.

CAPÃO - São pequenas áreas de mata alta em forma arredondada, isolada no meio do campo

CERRADÃO - Vegetação constituída por três andares, sendo o primeiro de uma rasteira, pequeno porte, o segundo
arbustos e pequenas formas arbóreas, e o terceiro que é principal, formado de árvores geralmente de 5-6 metros
até 18-20 metros de altura, de troncos menos tortuosos e menos duros.

CURRICAR - É o método de pesca utilizando a colher, por meio da embarcação em movimento.

CURVA DE NÍVEL - É uma linha sinuosa que ligam pontos de uma mesma cota, são barreiras construídas em terreno
acidentado com altura mínima de 30 cm para evitar erosão.

DEQUADA – É um fenômeno que normalmente ocorre no pantanal no período de cheia originada pelo
apodrecimento de matéria orgânica depositada nas margens dos rios ou pelas cinzas das queimas, ocasionando a
diminuição de oxigênio na água e causando mortandade de espécies aquáticas.

DESMATAMENTO - É a remoção completa ou parcial de qualquer vegetação com diâmetro acima de 5 cm até altura
do peito, existente numa determinada área.

DEFESO - Época do ano em que se protege determinadas espécies, para que as mesmas se reproduzam.

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL - É o desgaste gradual do meio ambiente.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - Forma socialmente justa e economicamente viável de exploração do ambiente


que garanta a perenidade dos recursos naturais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a diversidade
biológica e os demais atributos ecológicos em benefício das gerações futuras e atendendo às necessidades do
presente.

DOF – Documento de Origem Florestal, licença obrigatória para o transporte e armazenamento de produtos e
subprodutos florestais de origem nativa.

ESTAÇÃO ECOLÓGICA - São áreas de proteção do ambiente natural destinado à realização de pesquisas básicas e ao
desenvolvimento da educação conservacionista.

ESPÉCIE - Conjunto de indivíduos semelhantes entre si e seus ancestrais e que se entrecruzam.

EFLUENTE - Qualquer produto líquido, sólido ou gasoso, tratado ou não, produzido pela atividade industrial ou
resultante dos resíduos urbanos, que é lançado no meio ambiente.

EMBARGO - É a suspensão de atividades que não estejam devidamente autorizadas pelos órgãos competentes.

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EROSÃO - O fenômeno de degradação e decomposição das rochas ou as modificações sofridas pelo solo devido a
variações de temperatura e, principalmente à ação da água e do vento, é chamado de erosão. A erosão também
pode ser induzida pela ação humana que acelera esse processo por meio de culturas não adaptadas às
características das terras; queimadas; desmatamento; mineração; compactação do solo pelo mau uso de máquinas;
plantio feito de forma incorreta; ocupação irregular e não planejada de morros e pisoteio excessivo do gado em
pastagens.

FAUNA - São todos os animais próprios de uma região

FLORA - Conjunto de espécies vegetais, florestas e demais formas de vegetação existente em uma região.

FLORESTA - Formação arbórea densa, ou vegetação cerrada constituída de árvores de grande porte, cobrindo
grande extensão de terras.

FOZ (BARRA) - Ponto onde um rio ou curso d'água termina desaguando em um lago, outro rio, ou outro curso
d'água.

GARATÉIA - Aparelho de pesca formado de vários anzóis na extremidade da mesma linha.

HABITAT - É o ambiente natural, que oferece um conjunto de condições favoráveis para o desenvolvimento,
sobrevivência e reprodução de determinados seres.

ICTIOFAUNA - Conjunto de animais que vivem na água.

IMPACTO AMBIENTAL - Qualquer alteração no sistema ambiental físico, químico, biológico, cultural e
socioeconômico que possa ser atribuída a atividades humanas relativas às alternativas em estudo para satisfazer as
necessidades de um projeto.

ICTIOLOGIA - Parte da zoologia que trata dos peixes

LASCA - São pecas de madeiras obtidas por rachaduras em várias seções longitudinais, geralmente conhecida por
madeira rachada, talhada ou lascada.

LIMPEZA DE PASTOS - É o processo diferente do desmatamento quando não existe aproveitamento de material
lenhoso ou seja capoeira em formação, dependendo de autorização do órgão competente.

LENÇOL FREÁTICO - Lençol d'água subterrâneo que se encontra em pressão normal e que se formou em
profundidade rasa.

LICENÇA AMBIENTAL - Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições,
restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou
jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadores dos recursos
ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental.

MATA CILIAR - É toda vegetação localizada nas margens dos rios, dando sustentação à integridade dos barrancos,
evitando poluições.

MEDIDAS - Alqueire - 24.000 metros quadrado. Légua -6.000 metros. Braça - 2,20 metros. Hectare - 10.000 metros
quadrado.

PALANQUE - É parte de madeira roliça geralmente utilizada como esticadores em cerca e construção de
mangueiros.

CFSD/2020 16
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

PESCA - É toda operação ou ação destinada a retirar, colher, apanhar, extrair ou capturar organismos aquáticos na
natureza, em qualquer de suas fases de desenvolvimento, constituídos pelos elementos da fauna e flora que tenha
água o seu mais frequente meio de vida.

PLANO DE MANEJO - Projeto que orienta o uso dos recursos naturais de uma área natural protegida, dentro de
prática conservacionista, respeitando sua capacidade de regeneração, de modo a não alterar suas características.

PETRECHOS- São instrumentos ou aparelhos utilizados na prática da pesca ou outras atividades.

PISCICULTURA - É a criação de peixes em cativeiro.

PIRACEMA - É o fenômeno migratório para reprodução dos peixes.

PRODUTO FLORESTAL - É todo produto extraído de florestas e demais formas de vegetação (toros, plantas, palmito
etc...).

PARQUE - É uma área delimitada sobre proteção de órgãos ambientais, destinada a preservação de espécies de
Fauna e Flora com a finalidade de estudos e pesquisas.

QUEIMADA - É o uso do fogo, de forma criteriosa, com objetivo de limpar determinada área.

RECURSOS NATURAIS - São todos os materiais obtidos na natureza, disponíveis em quantidade limitada que tenha
propriedade de satisfazer as necessidades humanas.

REPOSIÇÃO FLORESTAL - É todo o replante florestal efetuado decorrente de desmate anterior.

RESERVA LEGAL - É a área de no mínimo 20% da propriedade, obrigatoriamente registrada em cartório, sujeita a
regime especial.

RESERVA ECOLÓGICA - Parque Florestal que serve para assegurar a conservação das espécies animais e vegetais.

SUBPRODUTO FLORESTAL - Tudo aquilo que resulta de produto florestal.

VOÇOROCA - Deslocamento de grandes quantidades de terra, formando fendas profundas e largas, em estágio
avançado e de difícil recuperação.

CFSD/2020 17
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

3 – TABELA DE UNIDADES DE MEDIDA


ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN
ÁRVORE M3 RIPA M3 CAVADOR Un ATPF Vias/Jogos
CAIBRO M3 ROLICINHO M3 ESTICADORES Un CIPÓ tardo/Kg
COMPENSADO M3 RIPAO M3 ENXADA Un PALMITO Kg
DORMENTE M3 TABUA M3 FACA Un PRESV. MADEIRA Utros
ESCORAMENTO M3 TORETE M3 FACÃO Un TRATOR Un
ESTRONCA M3 XAXIM M3 FOICE Un VEÍCULO Un
LAMINADO M3 ACHA St MACHADO Un CARVÃO Mdc
MANCO M3 ESTACA St MOTO-SERRA Un 255 kg de carvão 1 Mdc
MADEIRA SERRADA M3 LASCA St PA Un 7 sacos de carvão 1 Mdc
MADEIRA EM TORA M3 LENHA St ROÇADEIRA Um 3,05 st da carvão 1 Mdc
PALANQ/ESTIC M3 MOURÃO St TRENA Un
PRANCHÃO M3 VARÃO St VASO DE XAXIM Un
FAUNA
ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN
ANIMAIS ABATIDO Un/kg ADORNOS DE Un BORNAL Un JAULA Un
ANIMAIS EMP. Un ANIMAIS
ALÇAPÃO Un CARTUCHOS Un VIVEIROS Un
ANIMAIS VIVOS Un ARPÃO DE CAÇA Un CARTUCHEIRA Un LANTERNAS Un
MAMÍFEROS Un AVES ABATIDAS Un/kg CHUMBO Kg/caixa PÓLVORA Un
PELES Un AVES VIVAS Un ESPOLETA Caixa PORTA Un
RÉPTEIS/ANFlBlOS Un BALADEIRA Un GAIOLA Un

PESCA

ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN

ANZOL Un PÓLVORA Kg LINHA m CANOA Un


AQUÁRIO Un CANIÇO Un MANGUEIRA m JEQUI Un
ARMADILHA DE PESCA Un COMPRESSOR Un MANGOTE Um REDE Un/m
ARPÃO Un CRUSTÁCEOS Kg MOLINETE/ Un REMO Un
BALÃO DE OXIGÊNIO Un ISOPOR Un MOTOR Un TANQUE Un
BARCO/LANCHA Un ESPINHEL Un MOTOR DE POPA Un TARRAFA Un
BÓIAS Um ESPOLETA Caixa NADADEIRA Pares TRENA Un
CHUMBO Kg CILIBRIM Un PESCADO Kg/Un VÁLVULAS Un
CX. DE REFRIGERAÇÃO Un PILTRO DE AR Un PE DE PATO Pares VARA Un
CÂMERA DE AR Un ISCA ARTIFICIAL Un PINDA Un ZAGAIA Un

ESPINGARDA MERGULHO Un CARTEIRA DE PESCADOR Un

DEGRADAÇÃO AMBIENTAL/FONTES POLUIDORAS


ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN ESPECIFICAÇÃO UN
AEROSOL (embalagem) Un MANGUEIRA M PEDRAS Un TRATOR Un
AGROTÓXICO Un MARRETA Un PETRIFICADAS
POLIETILENO Vidro TRITURADOR Un
AREIA M3 MERCÚRIO Kg PURIFICADOR Un TUNELSACADOR Un
BOMBA D ÁGUA Un MOTOR Un PULVERIZADOR Un VENENO Kg/litro
CARREGADEIRA Un ÓLEO ASCAREL Kg PUXADEIRA Un
DRAGA Un PÁ CARREGADEIRA Un PICARETA Un

3
M • Metro Cúbico St-Estéreo Kg-Quilo Vd-vidro MDC - Metro de Carvão M - Metro Un-Unidade

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

4 - HISTÓRICO DA POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Batalhão de Polícia Militar Ambiental


A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul exerce suas atribuições na área
ambiental, através de sua unidade operacional de policiamento ambiental, denominada Batalhão de
Polícia Militar Ambiental (BPMA)

Anteriormente à instituição da Polícia Militar Florestal-MS, as atividades de fiscalização


ambiental eram exercidas pelo INAMB (Instituto de Controle Ambiental de Mato Grosso do Sul). A
Polícia Militar-MS limitava-se a prestar apoio a esse órgão estadual, contribuindo com pessoal,
armamento, material e equipamentos.

O INAMB não prosperou, sendo extinto pela Lei Estadual nº 702 de 12/Fev/87. Daí
surgiu à necessidade de repassar suas atribuições à Polícia Militar Florestal – CIPMFlo, conferindo-lhe
o Poder de Polícia Ambiental em todo o Estado.

A Lei Estadual nº 702 de 12 de fevereiro de 1987 traz em seu artigo 16 a extinção do


INAMB repassando suas atribuições a Polícia Militar.
“Art. 16 – Fica extinto de Controle Ambiental de Mato Grosso do Sul (INAMB),...
passando à competência da Polícia Militar, através da Companhia Independente de
Polícia Florestal, as atividades de fiscalização dos rios e mananciais anteriormente
desenvolvidas pelo mesmo instituto.”
Em 19/Mar/87, o então Comandante Geral da PM/MS, Cel. QOPM Jofeli Paes de
Carvalho, ativou a Companhia Independente de Polícia Militar Florestal (CIPMFlo). Com sede em
Corumbá, iniciou suas atividades com apenas 80 Policiais Militares. Basicamente, o policiamento e a
fiscalização destinavam a coibir, de forma repressiva, a caça do jacaré no pantanal sul-mato-
grossense.

O efetivo foi preparado para atuar repressivamente, recebendo instruções técnicas de


guerrilha. Até o ano de 1990 travaram-se combates violentos, ocorrendo baixas de ambos os lados,
policiais e coureiros.

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Em 2000, através do Decreto Estadual 9773/2000 alterou-se o nome de CIPMFlo para


CIPMA (nome que melhor se adapta às funções da PMA). Em 2002, através do Decreto Estadual
10.848/2002 a Companhia Independente de Polícia Militar Ambiental (CIPMA) passou a ser o 15º
Batalhão de Polícia Militar Ambiental (15º BPMA).

O BPMA executa o policiamento ostensivo ambiental, objetivando preservar a fauna e


a flora, os recursos florestais, as extensões d’água e mananciais, evitando-se a caça e a pesca ilegais,
os desmatamentos indevidos e a poluição.

A missão geral encontra amparo na Constituição Federal, Constituição Estadual e


Decreto Federal nº 88.777 de 30/Set/83 que instituiu o Regulamento para as Polícias Militares da
Federação (R-200), estabelecendo princípios e normas para a aplicação do Decreto Federal nº 667 de
02 de julho de 1969, modificado pelo Decreto nº 2.010 de 12 de janeiro de 1983.

O policiamento preventivo e ostensivo ambiental são atribuições da Polícia Militar,


como pode ser observado na Constituição do Estado de Mato Grosso do Sul, em seu artigo 47:

Art. 47. À Polícia Militar incumbem, além de outras atribuições que a lei estabelecer:
I ...;
II policiamento preventivo e ostensivo para a defesa do meio ambiente;

A fiscalização não se restringe às atividades não legais e não licenciadas, mas também
ao cumprimento de condicionantes das licenças, que são fundamentais para a manutenção da
capacidade de autodepuração ambiental, dentro da quais as atividades são licenciadas. Portanto, a
PMA atua nas três esferas do direito, em defesa do ambiente (Civil, Administrativo e Criminal).

Dentro do Estado, a Polícia Militar Ambiental está distribuída em 26 unidades


operacionais e diversos postos de fiscalização, os quais todas são subordinadas ao BPMA, cuja sede
encontra-se em Campo Grande.

Estas unidades são responsáveis pela atuação nos municípios conforme segue:
1ª Cia (Incorporada) – Campo Grande Campo Grande , Sidrolândia, Ribas do Rio Pardo, Jaraguari,
Bandeirantes e Terenos, além da autonomia para atuar em
todo o estado.;
2º Pel/1ª Cia – Aquidauana Aquidauana, Anastácio e Dois Irmãos do Buriti

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

3º Pel/1ª Cia – Três Lagoas Três Lagoas, Água Clara, Brasilândia e Selvíria

4º Pel/1ª Cia – Dourados Dourados, Ponta Porã, Rio Brilhante, Itaporã, Deodápolis,
Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó, Jateí,
Nova Alvorada do Sul, Douradina e Laguna Caarapã,
2º GPM/4º Pel/1ª Cia – Mundo Novo Mundo Novo, Eldorado, Japorã, Sete Quedas, Tacuru e
Paranhos
3º GPM/4º Pel/1ª Cia – Naviraí Naviraí, Amambai, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Iguatemi,
Itaquiraí e Juti

5º Pel/1ª Cia – Bataguassu Bataguassu e Santa Rita do Pardo


3º GPM/5º Pel/1ª Cia – Batayporã Batayporã, Anaurilândia, Nova Andradina, Taquarussu, Novo
Horizonte do Sul, Ivinhema e Angélica
2ª Cia – Corumbá Corumbá e Ladário
2º Pel/2ª Cia – Miranda Miranda e Bodoquena
3ª Cia – Coxim Coxim, Rio Verde de Mato Grosso, Sonora, Alcinópolis,
Figueirão e Pedro Gomes
2º Pel/3ª Cia – Cassilândia Cassilândia e Paranaíba

2ºGPM/2º Pel/3ª Cia - Costa Rica Costa Rica, Chapadão do Sul, Figueirão, Paraíso das Águas

3º Pel/3ª Cia – Ap. do Tabuado Aparecida do Tabuado e Inocência


4ª Cia – Bonito Bonito
2º Pel/4ª Cia – Jardim Jardim, Guia Lopes da Laguna, Maracaju e Nioaque
3º Pel/4ª Cia – Porto Murtinho Porto Murtinho
2º GPM/2º Pel/4ª Cia – Bela Vista Bela Vista, Antonio João e Caracol
3º GPM/1º Pel/3ª Cia – Rio Negro Rio Negro e Corguinho
2º GPM/1º Pel/3ª Cia – São Gabriel do Oeste São Gabriel do Oeste, Camapuã e Bandeirantes
Posto Avançado PEVRI (Dourados) Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema
Posto Avançado Km 21 (Aquidauana) Distrito Km 21, rio Miranda
Posto Avançado Salto Pirapó (Dourados) Cachoeira rio Amambai, Salto Pirapó
Posto Avançado Porto Primavera Barragem Sérgio Motta

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

MATO GROSSO DO SUL – Distribuição das áreas de atuação das unidades da Polícia Militar Ambiental

Fonte: Arquivo 15º BPMA


Elaboração: Ismael Carlos Frais Junior

Resumindo: a Polícia Militar Ambiental tem como objetivo

1. Fiscalizar:
- as explorações florestais;
- o transporte de produtos e subprodutos florestais;
- o transporte e o comércio de pescados;
- o transporte e o comércio de plantas vivas, procedentes de florestas;
- os desmatamentos e queimadas;
- os criadouros de animais silvestres;
- as atividades de pisciculturas.
2. Coibir as atividades poluidoras do meio ambiente.

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

3. Implementar campanhas educativas na área ambiental.


4. Cooperar com as Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, fornecendo relatórios e
laudos necessários para dar início à ação penal e civil de reparação de danos ao meio ambiente.
Atualmente, a Policia Militar Ambiental tem sua doutrina voltada principalmente para
a prevenção transmitindo maior informação à sociedade a respeito da legislação ambiental
(folhetos), desenvolvendo programas que propiciem conscientizar a respeito da necessidade de usar
racionalmente os recursos naturais renováveis, implementando as atividades de Educação Ambiental
através de equipe de Educação Ambiental volante e ministrando palestras em universidades, escolas,
comunidades, órgãos públicos, empresas, dentre outras.

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

5. O TRABALHO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL REALIZADO PELA POLÍCIA MILITAR


AMBIENTAL DE MATO GROSSO DO SUL
De acordo com o decreto de mudança de nome da Polícia Militar Florestal para
Ambiental (9.773/2.000), os Programas de Educação Ambiental com ações preventivas e educativas,
aparecem como prioridade entre as missões da instituição.

Tem-se a mudança da utilização da força repreensiva, presente em dado momento


histórico quando da sua criação, para a educação e conscientização como instrumento de combate as
ações de degradação ao meio ambiente.

Essa prioridade visa formar multiplicadores na busca da tão esperada transversalidade


do tema Educação Ambiental. Acredita-se que nas escolas, a difusão das idéias é mais fluente e
rápida, pois, mudança cultural, faz-se por meio das crianças e adolescentes.

Dessa forma, visando atender as diversas solicitações diárias das escolas públicas e
privadas, além de outras instituições, para desenvolver palestras sobre temas relacionados à questão
ambiental, o 15º BPMA criou projetos para auxiliar de forma eficaz e didática na transmissão da
Educação Ambiental.

5.1. Núcleo de Educação Ambiental (NEAM):

Criado em 1992, o projeto era constituído basicamente por exposição de “banners”,


fotografias e um mini-museu com animais empalhados (taxidermizados), além de informações sobre
legislações ambientais. O trabalho era praticamente destinado à exposição do material, sendo poucas
as palestras ministradas.

A partir de 1998, o NEAM passou a ser itinerante e além das exposições tem como
prioridade a Educação Ambiental nas escolas.

Atualmente, o trabalho que vem sendo realizado nas escolas consiste em um policial
biólogo, utilizando a atenção despertada pela exposição dos animais e materiais, para fazer uma
palestra sobre o tema fauna, ictiofauna, tráfico de animais silvestres, legislação ambiental etc.

Paralelamente, mais dois policiais ministram palestras nas salas para as outras turmas
sobre outros temas relacionados ao meio ambiente. No final, é apresentado o teatro de fantoches
com peças escritas pelos próprios policiais, abordando os diversos problemas ambientais. A
taxidermia é realizada pelos próprios policiais com animais atropelados e mortos no Centro de
Reabilitação de Animais Silvestres – CRAS.

5.2. Projeto Florestinha:

O projeto Florestinha trabalha com crianças e adolescentes carentes de 07 a 16 anos,


dando-lhes a chance de ter uma profissão e procurando ensinando-lhes a serem cidadãos.

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Esse projeto iniciou-se em 23 de novembro de 1994, no município de Campo Grande-


MS com 40 crianças, em instalações localizadas na reserva ambiental Mata do Segredo, no bairro
Nova Lima, com uma área de 180 hectares.

No início teve apoio da “Fundação o Boticário de Proteção À Natureza”, recebendo


denominação de Guarda Florestal Mirim. Em 23 de março de 1996 foi implantada a Patrulha
Florestinha, que com o convênio firmado com o PROMOSSUL (Secretaria de Promoção Social do MS)
foi possível melhorar o atendimento das crianças que além das aulas de Educação Ambiental, reforço
escolar e treinamentos ministrados por policiais, passaram a receber acompanhamento psicológico,
odontológico, reforço alimentar, vale transporte e orientação profissional feita por profissionais da
Promossul, sempre em conjunto com os Policiais Ambientais.

Em março de 2001 foi assinado novo convênio para continuação do projeto, agora com
a Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Trabalho, a qual engloba a Superintendência de
Assistência Social, que substituiu o PROMOSSUL.

O órgão oficial oferece ainda reforço alimentar e passe de transporte coletivo. A Polícia
Militar Ambiental contribui efetivamente com o aprimoramento do caráter, da disciplina e do senso
de responsabilidade das crianças, ministrando-lhes instruções de Moral e Cívica e, especialmente, de
Educação Ambiental.

5.3. A exposição de materiais apreendidos e animais taxidermizados

Foi a forma encontrada pela Polícia Militar Ambiental de procurar sensibilizar aos
participantes sobre degradações ao meio ambiente.

São montados ambientes que simulam algumas situações de degradação como a caça
de animais sendo apresentados animais taxidermizados, os quais foram mortos por caçadores, armas
utilizadas na caça, armadilhas de captura de animais, entre outros. São montados ainda situações de
pesca, poluição e desmatamento (Figura 09). É uma das formas de Educação Ambiental que mais
atrai a atenção dos alunos, principalmente porque a maioria dos alunos tem a oportunidade de
conhecer diversas espécies de animais da fauna da região.

5.4. Projeto Labirinto Ambiental

O Projeto Labirinto Ambiental foi criado em 2004 para tornar a Educação Ambiental
mais atrativa tanto para o público infantil quanto para adultos. O projeto surgiu como necessidade de
um procedimento que proporcionasse impacto emocional, chamasse atenção, despertasse
preocupação, alertasse para comportamentos errôneos e que requisitasse o envolvimento e a
participação das pessoas, ressaltando uma situação, ou conjunto de situações, que compõem uma
problemática ambiental.

O Projeto Labirinto Ambiental tem por finalidade demonstrar de maneira didática, os


trabalhos executados pela Polícia Militar Ambiental bem como as degradações e crimes que estão
sendo praticados em nosso meio ambiente, despertando para uma consciência ecológica, atenta aos

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

pequenos detalhes que são extremamente nocivos ao ecossistema. O projeto consiste na montagem
de um estande com divisórias feitas de material reciclado onde o percurso interno lembra um
labirinto sendo que no seu interior são montados temas, normalmente quatro, onde são expostos
animais taxidermizados, materiais apreendidos, panfletos, cartazes, entre outros.

No estande de caça são expostos animais taxidermizados simulando animais presos


em gaiolas ou mortos por caçadores, sendo apresentados ainda materiais apreendidos com
caçadores como armas de fogo, armadilhas, redes de capturas entre outros. No estande de pesca são
expostos matérias utilizados para a pesca como barco, motor de popa, molinetes, inclusive matérias
proibidos, tais como redes, tarrafas, fisgas, covos, armadilhas, entre outros.

No estande de degradação são simuladas situações de desmatamento através de


troncos e areia, situações de poluição através de embalagens de agrotóxicos e lixos e as
consequências destas degradações através animais que simulam terem sido mortos por esta
degradação. O último estande normalmente representa o meio ambiente equilibrado: onde é
simulando uma situação de equilíbrio onde são expostos animais em liberdade no meio da vegetação
preservada.

5.5. Canoatas

As canoatas são atividades de educação realizada em parceria, geralmente, com


prefeituras, entidades ambientais e associações onde são realizados passeios fluviais através de
embarcações com o objetivo de recolher lixos, detectar áreas de degradação e despertar nos
participantes a sensibilidade com o meio ambiente.

Esse projeto tem como público alvo os pescadores e fazendeiros buscando mostrar os
prejuízos causados pela falta de consciência ambiental. Entre os principais parceiros da Policia
Ambiental nesse projeto está o Rotary Club e o Lion Club.

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

6 – CURSOS DE CAPACITAÇÃO:
O Batalhão de Polícia Militar Ambiental tem se preocupado em sempre estar
capacitando os Policiais Militares Ambientais para o desempenho de atividades de Policiamento
Ambiental Ostensivo. Para tanto, desenvolve diversos cursos visando o aprofundamento nas áreas do
conhecimento, necessários ao cumprimento das atribuições no exercício da profissão, de modo
atender tanto as demandas da sociedade quanto às dimensões profissionais das atividades da
fiscalização ambiental.

6.1. Curso De Policiamento Ambiental- CPA

Publico Alvo: Oficias e Praças. Obs.: obrigatório destinado aos recentes policiais militares
incorporados no BPMA; Local do Curso: Parque Estadual das Várzeas do Ivinhema, município de Jateí.
Carga Horária: 130 (cento e trinta) horas/aula – 14 (quatorze) dias; Vagas para outras unidades:
10% das Vargas total do Curso;
6.2. Curso De Operações Em Policiamento Ambiental - COPAM

Publico Alvo: Oficias e Praças. (Processo Seletivo para preenchimento de Vagas)


Local do Curso: Teóricas: 15º BPMA Campo Grande, Prática: Posto Avançado Barra do Aquidauana
Corumbá-MS
Carga Horária: 160 (cento e sessenta) horas/aula – 13 (treze) dias;
Número de Vagas: 21 (vinte e uma) vagas, sendo 17 (dezessete) destinada para os integrantes do
BPMA e 06 (seis) vagas para outros órgãos pertencentes a segurança pública;
6.3. Estágio De Nivelamento De Conhecimento

Publico Alvo: Oficias e Praças do BPMA


Local do Curso: Unidades Polo da Polícia Militar Ambiental
Carga Horária: 36 (trinta e seis) horas/aula – 03 (três) dias;
Número de Vagas: Ilimitado.
6.4. Curso De Taxidermia Em Animais
Publico Alvo: Oficias e Praças de todo as Unidades Federativas
Local do Curso: Unidades Polo da Polícia Militar Ambiental
Carga Horária: 140 (trinta e seis) horas/aula – 10 (DEZ) dias;
Número de Vagas: Ilimitado

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

7 - INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA:
O Poder de Polícia Ambiental administrativo conferido à Polícia Militar Ambiental tem
sua legalidade em virtude dos convênios firmados com os órgãos normativos em nível Estadual
(SEMADE – Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico) através do IMASUL –
Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, os quais delegam suas atribuições de fiscalizar,
autuar e notificar os infratores da legislação federal e estadual.

Cabe ainda ressaltar que o Poder de Polícia Ambiental conferido à Polícia Militar
Ambiental tem respaldo na Lei Federal nº 6.938 de 31/Ago/81, com redação dada pela Lei 7.804, de
18/Jul/89, que dispõe sobre a Polícia Nacional do Meio Ambiente.

A Polícia Militar Ambiental foi contemplada como integrante do Sistema Nacional do


Meio Ambiente (SISNAMA), em virtude do estabelecido no Art. 6º da lei federal

Lei nº 6.938/81.

“Art. 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente – SISNAMA, assim estruturado.”

“V – Órgão Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de


programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a
degradação ambiental.”

Lei 9.605/98

“Art. 70 – Considera-se infração administrativa ambiental toda a ação ou omissão que viole as
regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente”

“§ 1º - São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar o


processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do SISNAMA,
designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos
Portos, do Ministério da Marinha.”

O Decreto Federal nº 6.514/08 trata especificamente das infrações e sanções


administrativas ao meio ambiente.

“Art. 2º Considera-se infração administrativa ambiental, toda ação ou omissão que


viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente, conforme o disposto na Seção III deste Capítulo.

Parágrafo único. O elenco constante da Seção III deste Capítulo não exclui a previsão
de outras infrações previstas na legislação.

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Art. 3º As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções:


I - advertência;
II - multa simples;
III - multa diária;
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da biodiversidade,
inclusive fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de
qualquer natureza utilizados na infração;
V - destruição ou inutilização do produto;
VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
VII - embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas;
VIII - demolição de obra;
IX - suspensão parcial ou total das atividades; e
X - restritiva de direitos.”
Entre os documentos administrativos lavrados pela Polícia Militar Ambiental estão:
- Ocorrência Policial, (SIGO); Auto de Infração; - Laudo de Constatação; - Termo de
Apreensão; - Notificação; - Termo de Cessão de Pescado; - Guia de Controle de Pescado; - Relatórios
de Vistoria.
8 – LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (Lei 9.605/98):
Com o objetivo de unificar a legislação ambiental e contemplar em uma única lei as
diversas legislações esparsas, em 12 de fevereiro de 1998 foi editada a Lei 9.605, conhecida como a
“Lei de Crimes Ambientais”. Podemos dizer que a “Lei de Crimes Ambientais” é a espinha dorsal que
sustenta o combate às ações lesivas ao meio ambiente representado um significativo avanço na
tutela do meio ambiente. Referente as infrações penais previstas nesta lei, a ação penal é pública e
incondicionada. (art. 26)

Antes Depois
Leis esparsas, de difícil aplicação A legislação ambiental é consolidada; as penas têm uniformização e
gradação adequadas e as infrações são claramente definidas.

Pessoa jurídica não era responsabilizada Define a responsabilidade da pessoa jurídica – inclusive a
criminalmente responsabilidade penal – e permite a responsabilização também da
pessoa física autora ou co-autora da infração.

A reparação do dano ambiental não extinguia A punição é extinta com apresentação de laudo que comprove a
a punibilidade. recuperação do dano ambiental.

Impossibilidade de aplicação direta de pena A partir da constatação do dano ambiental, as penas alternativas ou a
restritiva de direto ou multa. multa podem ser aplicadas imediatamente

A aplicação das penas alternativas era É possível substituir penas de prisão até 4 (quatro) anos por penas
possível para crimes cuja pena privada de alternativas, como a prestação de serviço à comunidade. A grande
liberdade fosse aplicada até 2 (dois) anos maioria das penas previstas na lei tem limite máximo de 04 (quatro)
anos.

O destino dos produtos e instrumentos da Produtos e subprodutos da fauna e flora podem ser doados ou
infração não era bem definida destruídos e os instrumentos utilizados na infração podem ser vendidos.

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Matar um animal da fauna silvestre, mesmo Matar animais continua sendo crime. No entanto, para saciar a fome do
para se alimentar, era crime inafiançável. agente ou da sua família, a lei descriminaliza o abate.

Maus tratos contra animais domésticos e Além dos maus tratos, o abuso contra estes animais, bem como aos
domesticados, era contravenção. nativos ou exóticos, passa a ser crime.

Pichar e grafitar não tinham penas A prática de pichar, grafitar ou de qualquer forma de poluir edificação
claramente definidas. ou monumento urbano, sujeita o infrator à prisão e multa.

A comercialização, o transporte e o Comprar, vender, transportar, armazenar madeira, lenha ou carvão, sem
armazenamento de produtos e subprodutos licença da autoridade competente, sujeita o infrator a até 1 (um) ano de
florestais eram punidos como contravenção. prisão e multa.

A conduta irresponsável de funcionários de Funcionário de órgão ambiental que fizer afirmação falsa ou enganosa,
órgãos ambientais não estava claramente omitir a verdade, sonegar informações ou dados em procedimento
definidas. ambiental, podem pegar até 3 (três) anos de detenção.

A multa máxima por hectare, metro cúbico A multa administrativa varia de R$ 50 a R$ 50 milhões de reais.
ou fração era de R$ 5 mil reais.

9 - FISCALIZAÇÃO EM FLORA
 Legislação em vigor:
Lei Federal nº 12.651, de 25/05/12;
Lei Federal nº 9.605, de 13/06/98;
Lei Federal nº 11.428, de 22/12/06;
Decreto Federal 6.514, de 22/07/08;
Instrução Normativa nº. 21/14;
TABELA DE MEDIDAS
1 ALQUEIRE MINEIRO = 48.400 m² 1 Km = 1.000m
2
1 ALQUEIRE DO NORTE = 27.225 m 1 Km² 100Ha
2
1 ALQUEIRE PAULISTA = 24.200m 1 LÉGUA MARÍTIMA = 5,555,55m
2
1 HECTARE = 10.000m 1 LÉGUA SESMARIA = 6.600m
2
1 ARE = 100m 1 MILHA= 1609,35m
2
1 BRAÇA = 2,20m 1 MILHA MARÍTIMA = 1.852m
1 JARDA (3 PÉS) = 91,44cm 1 PALMO = 22cm

1 ARROUBA=15,00Kg 1 PÉ (12 polegadas) = 30,48cm


1 POLEGADA - 25,40mm

9.1 - DESMATAMENTO:
De acordo com o IBAMA o desmatamento:

“é a operação que objetiva a supressão total da vegetação nativa de determinada


área para o uso alternativo do solo. Considera-se nativa toda vegetação original,
remanescente ou regenerada, caracterizada pelas florestas, capoeiras, cerradões,
cerrados, campos, campos limpos, vegetações rasteiras, etc. Reforçamos o

CFSD/2020 30
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

entendimento de que qualquer descaracterização que venha a suprimir toda


vegetação nativa de uma determinada área deve ser interpretada como
desmatamento.”

O desmatamento envolve um impacto ambiental dos mais acentuados, devido à


descaracterização total do habitat natural. Considera-se esta prática como sendo a última alternativa
para o uso e ocupação do solo, pois caso a área solicitada para o desmate ainda é madeirável, isto é,
se ela possui madeira de boa qualidade em quantidades economicamente viáveis, ao invés de se
efetuar um desmatamento, deve-se implantar um Plano de Manejo Florestal Sustentado (PMFS).
Caso a área requerida seja para formação de pastagens, dependendo da tipologia, pode-se optar pelo
plantio direto. Nos casos em que a área solicitada realmente depende do corte raso para possibilitar
o uso agrícola, pode-se intercalar faixas de vegetação nativa entre as áreas de plantio, a fim de
minimizar os impactos envolvidos com a perda de solo e processos erosivos.

Conservação e Preservação

Os termos conservação e preservação acabam sendo empregados constantemente


por profissionais das áreas ambientais, jornalistas e políticos que se mostram interessados pelo
meio ambiente. Mesmo na legislação brasileira, os termos são usados de maneira variada, apesar
de se ter a noção das diferenças de significados. Conservação, nas leis brasileiras, significa
proteção dos recursos naturais, com a utilização racional, garantindo sua sustentabilidade e
existência para as futuras gerações.

Já preservação visa à integridade e à perenidade de algo. A preservação se faz


necessária quando há risco de perda de biodiversidade, seja de uma espécie, um ecossistema ou
de um bioma como um todo. Isso pode ser exemplificado nos termos da Lei Federal 12.651/12,
conhecida com Novo Código Florestal.

A área de preservação permanente é a área, coberta ou não por vegetação nativa,


com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das
populações humanas.

A Reserva Legal, na definição da mesma Lei, é a área localizada no interior de uma


propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso
econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a
reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o
abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa.

De uma análise preliminar, pode-se identificar uma diferença bastante acentuada


entre estas duas áreas de proteção ambiental. A Área de Preservação Permanente, como o
próprio nome indica, busca a preservação dos recursos naturais e a Reserva Legal, busca a
conservação dos recursos naturais.

Resumidamente, conservação é a administração de recursos naturais para fornecer


o benefício máximo por um período de tempo estável. A preservação estabelece práticas que
asseguram a proteção integral dos recursos naturais.

CFSD/2020 31
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Vistoria em Desmatamento:
1. Verificada a Autorização de Desmatamento;
2. Verificado se a área desmatada corresponde à área e o ao local autorizado e se o
desmatamento não atingiu áreas de Preservação Permanente, Reserva Legal e espécies
protegidas por atos legais (aroeira, pequizeiro, castanheira, seringueira, etc.).
3. Verificado se houve queima sendo que em caso positivo, é solicitada a apresentação da
Autorização para Queima Controlada.
4. Verificada a licença de porte e uso de motosserra;
5. Verificado se o DOF referente ao transporte de lenha e madeira em toras;
Observação:
- Se não for apresentada a Autorização de Desmatamento no ato da fiscalização e o
proprietário alegar que a possui, notificar, determinando o prazo para a apresentação da
documentação hábil. Não sendo apresentada a autorização no prazo estabelecido na
Notificação, proceder à autuação e, se for o caso, o embargo da área/atividade, apreensão e
depósito do produto/instrumento. Sempre que possível registrar as coordenadas geográficas
no Auto de Infração, no Laudo de Constatação ou na Notificação, utilizando o GPS.
Situações Que Caracterizam Infração:
a) Desmatamento sem autorização;
 infração administrativa: multa e embargo.
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa.

b) Desmatamento superior ao autorizado;


 infração administrativa: multa e embargo.
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa.

c) Desmatamento em local diferente do autorizado;


 infração administrativa: multa e embargo.
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa.

d) Autorização de Desmatamento vencida, desde que em exploração, rasurada ou


utilizada em desacordo;
 infração administrativa: multa e embargo.
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa.

e) Desmatamento ou exploração em área de preservação permanente(APP) ou de


espécies que devem ser preservadas (aroeira, pequizeiro, castanheira, seringueira, etc)
sem autorização;
 infração administrativa: multa, embargo e apreensão da madeira
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil
* desmatamento ou exploração APP detenção 1 a 3 anos;
* corte de espécies protegidas detenção de 1 a 2 anos

CFSD/2020 32
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

f) Utilização de motosserra sem a licença de porte e uso, ou com a licença


vencida/falsificada. (Licença de Porte e Uso – LPU)
 infração administrativa: multa e apreensão.
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Comercializar ou utilizar detenção 3 meses a 1 anos;
* No caso do transporte do motosserra sem a licença apenas infração administrativa.

9.2 - QUEIMA CONTROLADA:

A queimada é uma antiga prática agropastoril ou florestal que utiliza o fogo de forma
controlada para viabilizar a agricultura ou renovar as pastagens. A queimada deve ser feita sob
determinadas condições ambientais que permitam que o fogo se mantenha confinado à área que
será utilizada para a agricultura ou pecuária.

Incêndios e queimadas
É preciso ficar atento para não confundir incêndio com queimadas. Os incêndios florestais são
acidentais e descontrolados na maioria das vezes. Segundo pesquisadores da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), 95% dos incêndios florestais brasileiros
ocorrem por causa da ação humana. A chamada combustão espontânea, quando o fogo nasce
do excesso de calor num clima seco, é muito pequeno no Brasil por causa do clima tropical do
país.

As queimadas são autorizadas pelo Ibama ou pelo órgão ambiental estadual (IMASUL)
sob critérios técnicos, como os aceiros, por exemplo, que impedem a propagação do fogo além dos
limites estabelecidos. Ao receber a autorização para a queimada, o proprietário da área é instruído
sobre a melhor maneira de executar o trabalho. O órgão ambiental também distribui material
educativo sobre as queimadas em regiões onde essa prática é usual. Em situações especiais, o Ibama
pode proibir as queimadas, o que não impede que elas ocorram de forma ilegal, provocando
incêndios florestais.

Vistoria em Área de Queimada:


1. Verificada a Autorização de Queima Controlada;
2. Verificada a sua validade e o objetivo, e se a área queimada corresponde à
autorizada;
3. Verificado se houve desmatamento autorizado;
4. Verificado se a área é de preservação permanente ou reserva legal;
5. Verificada à medição da área atingida em hectare/fração;
6. Mensurado o produto florestal encontrado no local.
7. Verificado se foi tomada a devida providencias para realização da queimada tais
como acero de no mínimo 3 metros de largura, verificar as condições meteorológicas (força do vento
e horário) e medidas de prevenção caso a queimada saía do controle.

CFSD/2020 33
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Situações que caracterizam infração:


a. Queimada sem autorização ou em desacordo com a mesma;
 infração administrativa: multa e embargo
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa

b. Queimada superior ao autorizado:


 infração administrativa: multa e embargo
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa

c. Queimada em local diferente do autorizado;


 infração administrativa: multa e embargo
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa

d. Autorização de queima vencida desde que esteja havendo a queima, rasurada


(especificar o numero do campo), falsificada ou utilizada em desacordo..
 infração administrativa: multa e embargo
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa

e. Fazer uso de fogo em área de preservação permanente (APP):


 infração administrativa: multa e embargo
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil
* Danificar APP detenção 1 a 3 anos;

Fogo em perímetro Urbano:


1. Risco à vida, patrimônio, meio ambiente, e saúde pública.
2. Em caso de existência de foco de incêndio ou queimada em área urbana, acionar
o Corpo de Bombeiros Militar através do Telefone "193" para fazer a contenção do fogo.
3. O Decreto Estadual nº 4.625/88 arbitra multa para quem realiza a queima ao ar
livre.
4. Além da multa administrativa pela queima ao ar livre, o fogo em perímetro
urbano pode caracterizar outras infrações, tais como a poluição do ar, danos a vizinhos, ente outros.

9.3 - MANEJO FLORESTAL:


Projeto que orienta o uso dos recursos naturais de uma área natural protegida, dentro
de prática conservacionista, respeitando sua capacidade de regeneração, de modo a não alterar suas
características.
O que se pretende no Manejo Florestal Sustentável, baseando-se no fato que os
sistemas de exploração e uso das florestas naturais adotados até agora são primitivos, ineficientes e
ecologicamente questionáveis é a conservação dos recursos naturais, a preservação da estrutura da
floresta e de suas funções, a manutenção da diversidade biológica e o desenvolvimento
socioeconômico da região.

Vistoria em atividade de Manejo Florestal:

CFSD/2020 34
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

1. Solicitado a apresentação de Autorização para Exploração, sob regime de manejo


sustentável;
2. Localizar a área do plano de manejo na propriedade, com base nos mapas;
3. Verificado quais são as empresas que estão explorando a respectiva área;
4. Verificado se o talhão e as espécies exploradas são as constantes na Autorização
de Exploração;
5. Verificado se o documento de transporte (DOF ou Selo Florestal), em poder das
empresas está sendo usado corretamente;
6. Verificado se as árvores ou tocos estão com suas respectivas plaquetas de
identificação numéricas apostas, para fins de identificação no mapa logístico;
7. Verificar a licença de porte e uso de motosserra.
Situações que Caracterizam Infração:
a. Manejo sem autorização de exploração;
 infração administrativa: multa e embargo
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa

b. Exploração de espécies não autorizadas (aroeira, pequizeiro, etc);


 infração administrativa: multa, embargo e apreensão da madeira
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil
* corte de espécies protegidas detenção de 1 a 2 anos

c. Volume explorado superior ao autorizado;


 infração administrativa: multa e embargo
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa

d. Exploração em área não autorizada;


 infração administrativa: multa e embargo
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa

e. Autorização vencida desde que esteja havendo a exploração, rasurada ou


utilizar em desacordo;
 infração administrativa: multa e embargo
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa

f. Falta de plaquetas de identificação nas árvores e tocos;


 infração administrativa: multa e embargo
 criminal: não é crime, apenas infração administrativa

g. Utilização de motosserra sem licença de porte e uso ou com licença vencida.


 infração administrativa: multa e apreensão.

CFSD/2020 35
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.


*Comercializar ou utilizar detenção 3 meses a 1 anos;
* No caso do transporte do motosserra sem a licença apenas infração administrativa.

Importante sobre Desmate, Queima e Manejo:

Verificar se o desmate, a queimada e o manejo atingiram área de preservação


permanente ou fixadora de dunas ou protetora de mangue ou de especial preservação. Nestes
casos o ato praticado constitui crime e infração administrativa.
Se a queima não atingir área de preservação permanente, mata ou floresta, o ato
praticado constitui infração administrativa.

Medição da Área:
Para proceder à medição da área o agente deve adotar um dos seguintes
procedimentos:
 o GPS que é um dos instrumentos de maior precisão, para determinar a área que
se pretende medir, devendo ser utilizado conforme a orientação técnicas e treinamento adequado.
 a trena, quando a área for pequena.
 o veículo, quando for possível percorrer a área no seu total ou em parte.
 a vara com determinados números de metros.
9.4 - USO DE MOTOSSERRA:

Ficam obrigados ao registro no IBAMA, os estabelecimentos comerciais responsáveis


pela comercialização de motosserra, bem como aqueles que, sob qualquer forma, adquirirem este
equipamento.

Entende-se por motosserra todo e qualquer equipamento utilizado para o corte de


árvore e/ou madeira em geral, constituído de motor de combustão interna, sabre e corrente.

Para utilizar e transportar o motosserra o proprietário ou o transportador deverá estar


munido da LPU. A LPU (Licença de Porte e Uso) tem validade de 02 (dois) anos a contar da data do
pagamento.
Situações que Caracterizam Infração:
a. Utilização de motosserra sem licença de porte e uso ou com licença vencida.
 infração administrativa: multa e apreensão.
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Comercializar ou utilizar detenção 3 meses a 1 anos;

No caso do transporte do motosserra sem a licença apenas infração administrativa.

9.5 - TRANSPORTE DE PRODUTO FLORESTAL (Instrução Normativa 21/14):

CFSD/2020 36
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Entende-se por produto florestal aquele que se encontra no seu estado bruto ou in
natura, ou seja, madeira em toras, toretes, palanques, lascas, lenha, palmito, xaxim, óleos essenciais,
entre outros.
Entende-se por subproduto florestal aquele que passou por processo de
beneficiamento tais como madeira serrada, carvão de resíduo da indústria madeireira e nativo, xaxim
e seus artefatos na fase posterior à exploração e produção.
Obs.: O DOF é licença obrigatória para o transporte e armazenamento de produtos e
subprodutos florestais de origem nativa. Assim, o carvão vegetal produzido através da lenha de
eucalipto, material lenhoso proveniente de pomares ou poda de arborização urbana, subprodutos já
acabados para uso final (portal, porta, batente, janela, forro, assoalho, caixas, taco, etc.) e bambu.
O DOF (Documento de Origem Florestal) é um documento eletrônico de controle de
produtos florestais gerido por meio de um sistema informatizado com um banco de dados
centralizados. É o documento obrigatório para o controle do transporte e armazenamento de
produto e subproduto florestal de origem nativa, inclusive o carvão vegetal nativo o qual deverá
acompanhar, obrigatoriamente, o produto ou o subproduto florestal nativo, da origem ao destino
independente do meio de transporte: rodoviário, fluvial ou marítimo.
O DOF deve estar com todos os campos preenchidos conforme instrução contida no
verso das vias.
Na parte de baixo do DOF encontramos escrito o tipo de produto florestal o qual esta
sendo transportado conforme segue:
 Verde: madeira em tora, madeira beneficiada, toretes, postes não imunizados,
escoramentos, palanques, dormentes, mourões, lascas e lenha;
 Preta: carvão vegetal nativo;
 Laranja: palmito;
 Amarela: xaxim e óleos essências.

O DOF não poderá conter rasuras ou campos em branco. Atentar, principalmente para a data de
emissão, o volume e o material transportado e a rota do transporte.

Vistoria em Veículos de Transporte de Produto Florestal:


- Identificar-se, esclarecendo os motivos de sua missão, agindo com prudência,
cautela e decisão, demonstrando segurança;
- Solicitar ao condutor do veículo a documentação legal para verificação do produto
que esta sendo transportado (DOF);
- Verificar se o DOF está preenchido corretamente e se a especificação do produto
fiscal, data de emissão, validade e percurso até a devida cubagem;
- Confrontar os dados da Nota Fiscal: nome da espécie, especificação, quantidade,
unidade de medida e valor, com os do DOF, bem como do carregamento.

CFSD/2020 37
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Situações Que Caracterizam Infração:


a. Transporte de produto e subproduto florestal sem o DOF:
 infração administrativa: multa e apreensão.
 criminal: condução do autor à Delegacia de Polícia Civil.
*Transporte detenção 6 meses a 1 anos;
b. Transporte de produto e subproduto florestal com o DOF vencido, rasurado ou em
desacordo.
 infração administrativa: multa e apreensão.
 criminal: condução do autor à Delegacia de Polícia Civil.
*Transporte detenção 6 meses a 1 anos;
c. Receber, Adquirir, vender, ter em depósito produto florestal sem o DOF;
 infração administrativa: multa e apreensão.
 criminal: condução do autor à Delegacia de Polícia Civil.
* detenção 6 meses a 1 anos;
Para verificar a autenticidade do DOF, ligar para o telefone 0800618080
ou pelo Site Oficial do IBAMA.

10 - CUBAGEM EM MADEIRA

CUBAGEM DE MADEIRAS:
É o volume obtido de madeira em toros com ou sem casca, serrados ou não, ou de
várias peças consideradas em conjunto, baseado numa fórmula específica, que será abordada a
seguir.

MÉTODO GEOMÉTRICO
É o método utilizado para se obter o volume “real da madeira, sendo o processo mais
simples e rápido de cubagem”.

PROCEDIMENTOS
Para a medição da madeira, tem-se os seguintes procedimentos, para os casos de:
a) Toras Regulares
Primeiramente, devem ser medidos os diâmetros nas extremidades (base e topo) da
tora, utilizando-se a trena, fita métrica ou qualquer instrumento que permita a medição. Obtemos
dai 02 (dois) diâmetros, por isso teremos que definir o diâmetro médio. Para isso, divide-se o
somatório dos diâmetros pelo número de medidas realizadas.
Tem-se:
D1 = Diâmetro da base (extremidade mais grossa)
D2 = Diâmetro do topo (extremidade mais tina)
e, como exemplo, tomando-se:
D2 = 30 cm
D1 = 50 cm

CFSD/2020 38
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

qual será o Diâmetro Médio (Dm) ?

Aplicando-se a fórmula: D1 + D2;


2

Dm= 50 + 30 = 80 = 40 cm
2 2

Como resposta teremos um diâmetro médio de 40 cm.


Então, o Diâmetro Médio (Dm) é definido como sendo o somatório dos diâmetros
encontrados, que neste caso são 50 cm (D1) e 30 cm (D2), dividido pelo número de medidas
efetuadas.

b) Toras Irregulares
Sendo toras que apresentam deformações em seu tronco, para os cálculos deverão ser
medidos, no mínimo, 04 (quatro) diâmetros, conforme a figura abaixo.
Como exemplo temos:
D1 = 60 cm
D2 = 40 cm
D3 = 40 cm
D4 = 30 cm

Dm = D1+D2+D3+D4
4

Dm = 60 + 40 + 40 + 30 = 170
4 4

Dm = 42.50 cm

Fórmulas:
Para calcular o Volume, utilizando-se o diâmetro, é empregada a seguinte formula:

V = 0,7854 x Dm² x C onde:

V = volume de madeira expresso em metros cúbicos


Dm² = quadrado do diâmetro médio
C = comprimento da tora
0,7854 = constante que é igual a π
4

CFSD/2020 39
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

*Obs.: Sempre converter centímetro em metros antes de realizar o cálculo dividindo


por 100 (cem), ou seja, se você tiver 50 centímetros para transformá-lo em metros, divida por cem.

c) Madeira serrada:

c.1) Caminhão: Dependendo da carga da madeira, existe uma grande diferença entre o
volume real e o volume de madeira no caminhão, devido aos espaços vazios existentes entre uma
peça e outra.
No caso de madeira serrada, torna-se impossível (em nível de madeira) medir peça por
peça e usa-se, então, medir a carroceria do caminhão (largura, comprimento e altura da carga).
(L) =- Comprimento da carroceria
(LG) = Largura da carroceria
(H) = Altura da carga
V = L x LG x H

Hoje, a fiscalização utiliza o coeficiente de 70%, sendo esse valor para eliminar os
espaços vazios. Na prática, o policial deve subir na carroceria do caminhão e verificar a disposição da
carga, principalmente, na variação do comprimento das peças (tábuas, caibros, pranchas e etc.) o que
poderá implicar na variação do coeficiente acima.

Exemplo:
(L) Comprimento da carroceria do caminhão = 7,00m
(LG) Largura da carroceria do caminhão = 3,30m
(H) Altura da carga = 1,50m
(CF) Coeficiente = 70%

Fórmula:
Volume Real (Vr) = L x LG x H x CF
Vr = 7.00 x 2,30 x 1,50 x 0.70
Vr = 16,905 m3

c.2) Cubagem de 01 (uma) Tábua: 0 volume de uma tábua e encontrado


multiplicando-se: Espessura X Largura X Comprimento

V= E x LG x L

Exemplo:
(E) Espessura = 2,50cm = 0,025m
(LG) Largura = 20,0cm = 0,20m
(L) Comprimento = 4,00m

V= 0,025 x 0,20 x 4,00


V = 0,020 m³

CFSD/2020 40
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

d) Cubagem de Lenhas - Estére (ou estéreo):


Para calcular o volume de lenha em um caminhão, usa-se tirar as três medidas que
são: comprimento da carroceria, largura e altura da lenha. Multiplica-se uma pela outra. Assim,
teremos o volume em estéreo (st) de lenha.
O estéreo (st) é uma unidade de volume obtida por um sistema simples de
empilhamento da madeira com vãos, provocados pela tortuosidade das pecas.
Entretanto, como o volume não é exato devido aos espaços vazios entre as pecas, é
necessário que se faça a transformação de estéreo (st) em metro cúbico (m3), dividindo-se o
resultado da cubagem de madeira serrada armazenada, por um coeficiente, conforme Tabela abaixo:

COEFICIENTE DE CONVERSÃO
Amazônia Legal ....... 1,0 m3 = 1,50 st
Nordeste………...….... 1,0 m3 = 2,65 st

6m

2,5m

Exemplo:
Comprimento da carroceria do caminhão (L) = 6,0m
Largura da carroceria do caminhão (LG) = 2,30m
Altura da lenha (H) = 2,50m

V = L x LG x H
V= 6,00 x 2,30 x 2,50
V = 34,50st
Usando o Coeficiente de Conversão:
Nordeste : V = 6,00 x 2,30 x 2,50
2,65
V= 34.50 = 13,018 m³
2,65
Amazônia Legal: V = 6,00 x 2.30 x 2,50
1,50
V= 34,50 = 23,00 m³
1,50

CFSD/2020 41
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

11– FISCALIZAÇÃO DE PESCA


(FAUNA ICTIOLÓGICA)
 Legislação em vigor:

Lei Federal 9.605, de 12/2/1998;

Lei Federal 11.959, de 29/06/09;

Decreto Federal 221, 28/02/67;

Decreto Federal 6.514, de 22/07/08;

Decreto Estadual 15.166, de 21/02/2019.

Conceito

Entende-se por pesca, “todo ato tendente” a retirar, extrair, coletar, apanhar,
apreender, ou capturar espécimes dos grupos de peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios,
suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção
constantes nas listas oficiais de fauna e flora. (art. 36 da Lei 9.605/98)

O parágrafo único, do artigo 42, do Decreto 6.514/08 complementa o ato tendente:


“Entende-se por ato tendente à pesca aquele em que o infrator esteja munido, equipado, ou armado
com petrechos de pesca, na área de pesca ou dirigindo-se a ela”.

Classificação:
De acordo com o Decreto Estadual nº 15.166/19, as categorias de pesca são as
seguintes:
I - comercial, a exercida com finalidade comercial, por pescador profissional autorizado
pelo órgão estadual competente, que faz da pesca a sua profissão ou meio principal de vida;

II - amadora, a exercida com finalidade de lazer, desporto ou turismo, por pescador


amador autorizado pelo órgão estadual competente; É considerada atividade de natureza não
comercial, no que se refere ao produto de sua captura, sendo vedada a comercialização do recurso
pesqueiro capturado.

III - de subsistência, a exercida com finalidade de subsistência, por pescador


profissional artesanal ou ribeirinho que, desembarcado ou em barco a remo e sem motor, utilize
exclusivamente caniço simples, linha de mão e anzol, vedado o comércio;

IV - de pesquisa científica, a exercida com finalidade de pesquisa científica autorizada


pelo órgão estadual competente.

A pesca amadora é exercida nas modalidades desembarcada, embarcada e


Subaquática:

CFSD/2020 42
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Pesca Desembarcada é aquele que não faz uso de embarcação para suporte à pesca.

Pesca Embarcada é aquele que faz uso de embarcação de esporte e/ou recreio para
suporte à pesca.

Pesca Subaquática: realizada com ou sem o auxílio de embarcações e utilizando


espingarda de mergulho, tridente ou petrechos similares sendo vedado o emprego de aparelhos de
respiração artificial;

É ISENTO DO RECOLHIMENTO DA TAXA DE LICENÇA DE PESCA O PESCADOR AMADOR QUE FOR


APOSENTADO OU TENHA MAIS DE 65 ANOS SE FOR HOMEM E DE 60 ANOS SE FOR MULHER.

PROCEDIMENTOS EM ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS DE PESCA:

Ocorrência com Pescador Amador


a) Na abordagem de pescador amador, deverá ser inicialmente identificada a sua
categoria através da respectiva Autorização de Pesca, bem como verificada sua validade.

b) Deverá também ser verificado, no local e/ou embarcação abordada, se os petrechos


utilizados na pescaria são regulamentares e também se o pescado encontra-se no tamanho mínimo
previsto pela legislação.

c) Quanto ao transporte do produto da pescaria pelo pescador amador, deverá ser


verificada a quantidade máxima permitida para esta categoria (de acordo com a sua Autorização de
Pesca), bem como se o pescado não apresenta sinais de captura por petrechos proibidos.

d) Constatando irregularidade. será efetuada a autuação e apreensão do produto da


pesca e petrechos utilizados.
Petrechos proibidos:
 Cercado, pari ou qualquer aparelho fixo (anzol de galho);
 Do tipo elétrico, sonoro ou luminoso;
 Fisga, gancho ou garatéia, pelo processo de lambada;
 Arpão, flecha, covo, espinhel ou tarrafão;
 Substancia tóxica ou explosiva;
 Qualquer aparelho de malha.

Para efeito de mensuração do peixe,


define-se o comprimento total como
sendo a distância tomada entre a
ponta do focinho e a extremidade da
nadadeira caudal.

CFSD/2020 43
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

ILUSTRAÇÃO DE ALGUNS PETRECHOS DE PESCA PROIBIDOS

Fonte: Arquivo 4º Pel/1ª Cia/BPMA Fonte: Arquivo 4º Pel/1ª Cia/BPMA


FIGURA: Ilustração de um Covo FIGURA: Ilustração de uma tarrafa

Fonte: Arquivo 4º Pel/1ª Cia/BPMA Fonte: Arquivo 4º Pel/1ª Cia/BPMA


FIGURA: Ilustração de uma fisga e os sinais que FIGURA: Ilustração de uma rede sendo apreendida no
identificam sua utilização. rio

Petrechos permitidos:
 Caniço simples (vara de bambu);
 Caniço com molinete ou carretilha;
 Linhada de mão;
Ocorrências com pescador Profissional

a) Na abordagem de pescador profissional, devera ser exigida a Autorização de Pesca


competente, bem como verificada sua validade;

b) Deverá ser verificado no local e/ou embarcação abordada, se os petrechos utilizados


na pesca são regulamentares e também se o pescado encontra-se no tamanho mínimo previsto pela
legislação;

CFSD/2020 44
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

c) Quanto ao transporte do pescado pelo pescador profissional, deverá também ser


verificado se o mesmo apresenta sinais de captura por petrechos proibidos;

d) Constatada qualquer irregularidade, será procedida à autuação, apreensão dos


produtos da pesca e materiais utilizados, conforme preconiza a legislação em vigor;
Petrechos proibidos:
 Cercado, pari ou qualquer aparelho fixo;
 Do tipo elétrico, sonoro ou luminoso;
 Fisga, gancho ou garatéia, pelo processo de lambada;
 Arpão, flecha, covo, espinhel ou tarrafão;
 Substancia tóxica ou explosiva;
 Qualquer aparelho de malha.
Petrechos permitidos:
 Caniço simples (vara de bambu);
 Caniço com molinete;
 Linhada de mão;
 Tarrafa para captura de isca (altura máxima de 2m, malha entre 20 e 50 mm e
linha de nylon com espessura máxima de 0,50 mm).
 08 (oito) anzóis de galho devidamente identificados;
 05 (cinco) bóias fixas (cavalinho) devidamente identificados.
Obs.: Na pesca amadora e na pesca profissional não é permitida a menos de 200
metros a montante ou a jusante das barragens, corredeiras, cachoeiras e escadas de peixe.
Situações que Caracterizam Infração:
a. A pesca, o transporte e o armazenamento e o comércio de pescado com tamanho inferior
ao permitido, capturada com petrecho proibido, quantidade superior ao permitido ou espécie
protegida ;
 infração administrativa: multa e apreensão dos peixes e materiais utilizados na infração.
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Detenção 1 ano a 3 anos;
b. Pescar em período proibido (piracema) ou em local interditado:
 infração administrativa: multa e apreensão dos peixes e materiais utilizados na infração.
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Detenção 1 ano a 3 anos;
No caso do transporte de pescado capturado em local interditado, a
constatação do crime se torna muito difícil.

c. Pescar sem licença:.

CFSD/2020 45
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

 infração administrativa: multa e embargo dos peixes e materiais utilizados na infração.


 criminal: não é crime, apenas infração administrativa

Pescar sem licença não é crime, apenas infração administrativa.

Para os pescados provenientes de piscicultura não se aplica a legislação


referente ao tamanho mínimo, petrechos e cota. Neste caso, é necessário
comprovar a origem do pescado, através de nota fiscal.
Captura, transporte e comércio de isca viva:

Isca Viva são todos os organismos vivos aquáticos ou terrestres utilizados para a pesca
com anzóis podendo ser capturada apenas por pescadores profissionais.

O transporte e a comercialização de iscas vivas só é permitido mediante apresentação


de autorização expedida pelo IBAMA e/ou SEMADE.

- Isca viva de piscicultura: são todos os organismos vivos aquáticos ou terrestres, com
reprodução natural ou induzida criadas em cativeiro.

São considerados Pescadores de isca viva, aqueles habilitados com carteiras de pesca
profissional.

Ocorrências com transporte de pescado.

a) Na abordagem do transporte de pescado intermunicipal deverá ser exigida a Guia de


Vistoria e Lacre, devendo ser observado se no local onde foi praticada a pesca existe serviço de
vistoria e lacre do BPMA, caso inexista, deverá ser vistoriado o pescado no local da abordagem.

b) Verificar a documentação competente e inspecionar o lacre e a Guia para constatar


se houve alguma alteração por parte do transportador

c) Se o transporte de pescado estiver sendo feito sem estar vistoriado e lacrado,


deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

- Verificar a comprovação de origem, através das respectivas licenças e/ou notas


fiscais.

- Vistoriar o pescado no local, verificando as condições de captura quanto aos


petrechos proibidos e tamanho mínimo permitido.

d) Quando constatada a irregularidade deverá ser procedida a autuação do


transportador, apreendido o pescado, e de acordo com vulto da ocorrência será apreendido também
o veiculo

CFSD/2020 46
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

e) Caso haja necessidade de romper o lacre, o Cmt da Guarnição deverá utilizar o


Termo de Rompimento de Lacre de Pescado, devidamente assinado pelo Cmt da OPM e encaminhar
a Sede do BPMA para processamento.

f) Tanto para o transporte quanto para o comércio, o pescado ao ser vistoriado não
poderá estar sem cabeça. Obs.: A pessoa jurídica para comercializar pescado sem cabeça, terá que
comprovar a origem.

Ocorrência com Pesca científica:

a) Verificar se existe autorização do órgão competente, se esta dentro do prazo de


validade e ainda se o local e os peixes capturados estão de acordo com o autorizado;

b) Constatar se o material utilizado para a captura esta de acordo com o autorizado na


documentação expedida pelo órgão estadual competente;

c) A condução de organismos aquáticos vivos se sujeita ao controle e expedição de


documento específico, expedido pelo órgão estadual competente (Parágrafo 3 ° do Art. 21 da Lei
3.886/10)

d) Sempre que for praticada a pesca científica, o responsável pela equipe deverá ser
orientado para que o barco e os tripulantes estejam identificados, mostrando o caráter científico da
pesca;

e) Caso seja constatada alguma irregularidade, será efetuada a autuação, apreensão


do produto da pesca, dos petrechos utilizados e respectiva Autorização Ambienta.

TABELA DE TAMANHO MÍNIMO E MÁXIMO DE CAPTURA EM CENTÍMETROS


Nome Vulgar Somente Rios da Bacia do Bacia do Rio Tamanho Máximo
Rio
no Rio Rio Paraná no Paraguai no Estado para captura nos
Nome Científico Paraguai(3)
Paraná(1) Estado de MS do MS rios do MS
JAÚ
Zungaro zungaro – Paulicea lutkeni
90 95(2) 95 95(2) 130(2)
PINTADO
Pseudoplatystoma corruscans
90 90(2) 85 85 (2) 125(2)
CACHARA
Pseudoplatystomafasciatum 70 83(2) 80 80(2) 120(2)
PACU-CARANHA, PACU
Piaractus mesopotamicus
45 45(2) 45 45(2) 65(2)
PIAUÇÚ, PIAVUÇU
Leporinu ssp
40 40(1) 38 38(2) -
PIAU (PIAPARA)
Leporinus aff obtusidens
40 40(1) 25 25(3) -
PIAU VERDADEIRO
Leporinus aff elongatus
40 40(1) 30 30(3) -
PIAU, PIAU-TRÊS-PINTAS
Leporinus friderici
25 25(2) - 25(2) -
CASCUDO-ABACAXI
Megalancistrusaculeatus
25 30(2) - 30(2) -
CASCUDO-PANTANEIRO
Liposarcus anisitisi
30 30(1) - - -
CASCUDO-PRETO
Rinelepisaspera
25 25(2) - 25(2 -
BARBADO, MANDI-ALUMÍNIO
Pinirampuspirinampu
50 60(2) 60 60(2) -
CURIMBATÁ, PAPA-TERRA
Prochiloduslineatus
38 38(2) 38 38(2) -
CURIMBATÁ PIOA
Prochilodus affinis 30 30(1) - - -
BAGRE-SAPO
Pseudopimelodus zungaro
30 30(1) - - -

CFSD/2020 47
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

MANDI, MANDI-AMARELO
Pimelodus maculatus
25 25(2) - 25(2) -
DOURADO
Salminus brasiliensis
60 Proibido(5) 65 Proibido(5) -crime
ARMADO, ARMAL, ABOTOADO
Pterodoras granulosus
40 40(1) 35 35(2) -
PACUPEVA
Mylossoma paraguayensis
- 20(2) - 20(2) -
PALMITO
Ageneiosus spp
- 35(2) - 35(2) -
PAPPATERRAPAPATERRA, CARÁ
Satenoperca
16 26(1) - - -
PIAU-CATINGUDO, PIAVA
Schizodon borelli
25 25(1) - - -
TAGUARA, TIMBORÉ
Schizodon nasutus
25 25(1) - - -
CASCUDO
Hypostomus spp - acari
30 30(1) - - -
PIRAPUTANGA
Brycon microlepis
- 30(2) 30 30(2) -
JURUPOCA
Hemisorubim platyrynchos - 40(2) 40 40(2) -
JURUPENSEN
Surubim cf. lima
- 35(2) 35 35(2) -
PATI
Luciopimelodus pati
- 65(2) 65 65(2) -
CORVINA
Plagioscionspp
- 30(2) 30 30(2) -
TRAÍRA
Hoplias malabaricus
25 25(1) - - -
TUVIRA
Gymnotusinaequilabiatus, Gymnotusparaguaiensis
20 20(1) - 17(4) -
CAMBOTA, CAMBOATÁ
Callichthys callichthys
- 13(4) - 13(4) -
CASCUDINHO
Brochisspp
- 10(4) - 10(4) -
CHIMBORÉ, TIMBORÉ, TAGUARA
Schizodon spp
25 25(1) - 15(4) -
CURIMBATAZINHO, SAIRÚ
Potamorhinasp, Cyphocharaxsp, Steindachnerina ssp
- 10(4) - 10(4) -
CARANGUEJO
Dilocarcinus pagei
- 3(4) - 3(4) -
CARAMUJO
Pomacea spp - 4(4) - 4(4) -
LAMBARI
Astyanax spp
- 5(4) - 5(4) -
JEJUM, JEJU
Hoplerythrinus unitaeniatus
- 10(4) - 10(4) -
PIRAMBÓIA
Lepidosiren paradoxa - 20(4) - 20(4) -
(1): Instrução Normativa IBAMA nº 26/2009 (2): Decreto Estadual nº 15.166/2019 (3): Portaria IBAMA nº 03/2008
(4): Resolução SEMAC nº 003/2011 (5): Lei nº 5.321/2019

12 – FISCALIZAÇÃO DE FAUNA
 Legislação em vigor:
Lei Federal 9.605, de 13/06/98;
Lei Federal 5.197, de 03/01/67;
Decreto Federal 6.514, de 22/07/08;
Portaria 119-N, 17/11/92;
Portaria 139-N, 29/12/93;
Portaria 118-N, 15/10/97;
Decreto 3.607, 21/09/00;

De acordo com o artigo 1º da lei 5.197 os animais de quaisquer espécies, em qualquer


fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna
silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo
proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha.

CFSD/2020 48
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Para fins de interpretação e aplicação da legislação ambiental podemos dividir a fauna


em três grupos:
- Fauna Silvestre: O §3º do artigo 29 da lei 9.605/98 define como espécimes da fauna
silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas
ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do
território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.
- Fauna Exótica: É a originária de outro país
- Fauna Doméstica ou Domesticada: É o conjunto de espécies passíveis de
domesticação.

Atividade de fiscalização em Criadouro, Jardim Zoológico, Exportação e Importação:


1) Inscrição no Cadastre Técnico Federal e Relatório de Atividade Anual, verificando
as categorias das atividades desenvolvidas;
2) Verificar se os animais, produtos e subprodutos têm origem legal, através de
documento vigente;
3) Verificar se os controles das espécies são compatíveis com o registro de
criadouros, entradas, saídas e óbitos ocorridos na atividade fiscalizada;
4) Verificar se as espécies e quantidades, no caso de matadouro, conferem com as
autorizadas;
5) Verificar se os animais existentes estão marcados de acordo com os padrões
estabelecidos pelo IBAMA;
6) Verificar as condições dos animais quanto ao ato de abuso, maus-tratos,
ferimentos ou mutilações (circo, rodeios, exposições, criadouros, zoológico, etc.).

Industria/Beneficiamento de Produtos/subprodutos:
1. Inscrição no Cadastro Técnico Federal e Relatório de Atividade Anual, verificando
as categorias das atividades desenvolvidas;
2. Solicitar Notas Fiscais, autorizações/licenças para verificar as entradas e saídas
dos produtos/subprodutos;
3. Verificar se os produtos/subprodutos tem origem legal.

Comércio de animais silvestres (produtos/subprodutos)


1. Inscrição no Cadastre Técnico Federal e o Relatório de Atividade Anual,
verificando as categorias das atividades desenvolvidas;
2. Verificar se os animais, produtos/subprodutos a serem comercializados constam
na relação de itens autorizados;
3. Verificar a licença/autorização e Nota Fiscal do fornecedor autorizado (criadouro
amador, comercial ou comerciante de produtos, devidamente registrado);
4. Verificar se os animais estão marcados conforme o declarado e aprovado de
acordo com as normas;

CFSD/2020 49
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

5. Verificar se os produtos esta de acordo com as normas relativas a embalagens,


selos, lacres, numeram do registro, carimbos e rótulos;
6. Verificar as condições dos animais quanto ao ato de abuso, maus-tratos,
ferimentos ou mutilações (circo, rodeios, exposições, criadouros, zoológico, etc).

Transporte de Animais Silvestres Nativos e Exóticos:


1. Solicitar a licença do IBAMA e a Guia de Transporte do Animal - GTA, (bem como o
documento de identificação do responsável) pelo transporte;
2. Verificar se as espécies e quantidades relacionadas na autorização conferem com
os animais transportados;
3. Verificar se a marcação do animal (anilha, plaqueta, microchip, etc.) confere com
a que consta na licença;
4. Verificar se a autorização esta de acordo com o prazo de validade e não contem
rasuras.

Transportar Animais Domésticos:


Para transportar gatos, cachorros, coelhos, hamsters, periquitos-australianos,
canários-belga, agapornis, pavões, galinhas, perus, patos e etc., é necessário o GTA- Guia de
Transporte Animal que é fornecido pela Fundação Zoobotânica ou pelo Posto do Ministério da
Agricultura.

Situações que caracterizam infração:


- Falta de autorização/licença;
- Autorização/licença, vencida (especificar o numero do campo), rasurada, falsificada
ou utilizada em desacordo;
- Marcação de identificação em desacordo com a autorização.

Transporte de produtos/subprodutos/objetos da Fauna Silvestre/Exótica (carne,


pele, cabeça, patas, carcaças, membros, asas, dentes, penas, etc.):
1. Solicitar a autorização/licença e Nota Fiscal e CTP - Certificado de Transação de
Passeriformes;
2. Verificar se os produtos/subprodutos/objetos (espécie/quantidade) relacionados
na autorização conferem com o produto transportado e constante na Nota Fiscal e/ou CTP;
3. Verificar se a autorização/licença/Nota Fiscal/CTP estão condizentes com o prazo
de validade, objetivo e não contem rasuras.

Obs.: - No caso de embalagens lacradas (sacos, sacolas, caixas, isopor, etc.), estas
devem ser abertas na presença do proprietário/responsável pelo transporte.
- No caso de produtos perecíveis, impróprios ao consumo humano, deve ser
providenciada a sua destruição/incineração, sendo lavrado o Termo de Incineração.

CFSD/2020 50
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

- Sempre que for confeccionar o Auto de Infração por animais silvestres em cativeiro
ou caça, deverá ser observado se o animal pertence à lista oficial de animais ameaçados de extinção
(CITES I e II).
- Os animais silvestres apreendidos devem ser, sempre que possível, retirados do
local, tendo a seguinte destinação:
a. Libertados em seu habitat natural, apos verificação de sua adaptação às condições
de vida silvestre;
b. Entregues a jardim zoológico, fundações ambientalistas ou entidades assemelhadas;
c. Entregues a criadouros conservacionista/comerciais/científicos, quando autorizado
pelo Setor de Fauna.

Situações que constituem crime contra a fauna (Art. 29, Lei 9.605/98):
a. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre sem autorização:

 infração administrativa: multa e apreensão dos animais e materiais utilizados na


infração.
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.

*Detenção 06 meses a 01 ano;


*Normalmente junto com o crime de caça ainda vem o crime de porte ou posse ilegal
de arma de fogo.

Situações que não constituem crime o abate de animal: (Art. 37, Lei 9.605/98)
 Quando realizado em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua
família;
 Para proteger lavouras, pomares, e rebanhos da ação predatória ou destruidora de
animais, desde que legal e expressamente autorizado pelo órgão competente;
 Por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pela autoridade competente.

b. Vender, expor à venda, exportar ou adquirir, guardar, ter em cativeiro depósito, sem
autorização;
 infração administrativa: multa e apreensão dos animais e materiais utilizados na
infração.
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Detenção 06 meses a 01 ano;
c. Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos.
 infração administrativa: multa e apreensão dos animais e materiais utilizados na
infração.
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Detenção 03 meses a 01 ano;

CFSD/2020 51
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

ATENÇÃO:
A configuração do crime de maus tratos depende de laudo pericial, por isso é imprescindível a
condução do infrator juntamente com o animal a Delegacia de Polícia.

Existe, porém, a forma legal de criar aves silvestres em cativeiro, para tanto o interessados
devem:
 Ser sócio de um cube ornitológico filiado ao IBAMA;
 Ter as matrizes e todo o plantel nascidos em cativeiro e documentos que comprovem;
 Manter a relação dos pássaros devidamente anilhados;
 Ter carteira de associado do clube ornitológico;
 Em caso de falecimento do pássaro, fazer a certidão de óbito;
 Em caso de transação, manter o certificado de transação de pássaros (CTP);
 Manter o registro de nascimento de cada filhote;

ATENÇÃO:
Quando for verificar a autenticidade ou conferir a numeração da anilha de um animal, peça
para que o proprietário faça a captura e a contenção, pois a animal poderá fugir ou até
mesmo vir a morrer devido ao stress.

Foto: Roberto Cabral - Ibama Foto: Roberto Cabral - Ibama


Figura: Anilhas utilizadas em passeriformes legalizados
Tráfico de Animais Silvestres:
Segundo dados do PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Perfil do Pnuma-1992), cerca de cem espécies desaparecem todos os dias da face do planeta, e o
comércio ilegal de animais silvestres surge como uma das principais causas dessa tragédia.
Em menos de 500 anos o Brasil já perdeu cerca de 94% (Veja, Ed. Esp. Amazônia-1997)
da sua cobertura original de Mata Atlântica, um dos principais ecossistemas do país.
O tráfico de animais silvestres é o quarto maior comércio ilegal do mundo, perdendo
apenas para o tráfico de drogas, de armas e humano, que segundo os especialistas, hoje se
misturam tanto que são encarados como único. Movimenta aproximadamente US$ 10 bilhões ao
ano, e o Brasil participa desse mercado com aproximadamente US$ 1 bilhão ao ano. Por ser tratar de

CFSD/2020 52
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

uma atividade ilegal e por não existir uma agência centralizadora das ações contra o tráfico no país
os dados reais sobre esse comércio ilegal são difíceis de serem calculados.
Fontes governamentais estimam que o tráfico de animais silvestres no país seja o
responsável pelo desaparecimento de aproximadamente 12 milhões de espécimes. Em cada 10
animais traficados, apenas 01 chega ao seu destino final, 09 acabam morrendo no momento da
captura ou durante o transporte. Todos os animais traficados sofrem no esquema montado pelos
traficantes, que incluem práticas como furam-lhes os olhos - para não enxergarem a luz do sol e não
cantarem - caso das aves, evitando chamar a atenção da fiscalização, até anestesiá-los para que
pareçam dóceis e mansos.
O Brasil além de ter sua biodiversidade ameaçada, perde anualmente uma quantia
incalculável e irrecuperável com o tráfico de animais silvestres. Só o mercado mundial de
hipertensivos movimenta anualmente cerca de US$ 500 milhões, e o princípio ativo desses
medicamentos é retirado de algumas serpentes brasileiras, como a Jararaca (Bothrops jararaca),
porém o maior fornecedor mundial de venenos ofídicos é a Suíça, que não possui uma única Jararaca
em seu território. A cotação internacional dos venenos ofídicos é altíssima, um grama de veneno de
Jararaca vale US$ 600,00 e o da Cascavel (Crotalus) US$ 1.200,00.
O mercado interno de animais comercializados ilegalmente movimenta muito pouco
se comparado ao mercado externo. Os valores alcançados internamente dificilmente ultrapassam a
casa dos US$ 200,00 , enquanto no mercado internacional esses mesmos animais atingem
facilmente valores na casa de dezenas de milhares de dólares.
O Mico-leão (leontopithecus chrysomelas) é vendido internamente por US$ 180,00 e
na Europa é facilmente comercializado por US$ 15.000,00
Recentemente foi descoberta em sapos amazônica uma substância 247 vezes mais
potente do que a morfina, algo que pode mudar todas as formas de tratamento com anestésicos no
mundo. E o Brasil ganhará com isso, apenas mais um nome para colocar em sua lista de espécies
ameaçadas de extinção.
O tráfico interno é desorganizado e feito principalmente por caminhoneiros e
motoristas de ônibus, de empresas que fazem vista grossa para a atividade. Já o comércio
internacional é sofisticado, incluindo esquemas, subornos e condescendência de funcionários de
empresas aéreas.
A maioria dos animais silvestres brasileiros comercializados ilegalmente provem das
regiões Norte e Nordeste do país. De lá são escoados para a região Sul e Sudeste, utilizando-se as
rodovias federais. Os principais pontos de destino desses animais são os Estados do Rio de Janeiro e
São Paulo, onde são vendidos em feiras livres ou exportados através dos principais portos ou
aeroportos dessas regiões. Nos Estados Nordestinos é comum a presença de pessoas pobres nas
margens das rodovias comercializando esses animais, como forma de garantir seu sustento. São
pessoas aliciadas pelos grandes traficantes, que exploram sua miséria e oferecem alguns trocados
para fazerem a captura dos animais nas matas.
Os destinos internacionais desses animais são a Europa, Ásia e América do Norte,
aonde chegam para engordar coleções particulares, para serem vendidos em Pet Shop´s ou

CFSD/2020 53
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

comporem o plantel de zoológicos, universidades, centros de pesquisa e multinacionais da indústria


química e farmacêutica. Também é grande o número de animais silvestres exportados pelas
fronteiras com os países vizinhos, como Uruguai, Paraguai e Argentina, onde esses animais recebem
documentação falsa para seguirem seu caminho.
As florestas tropicais são um grande reservatório de microrganismos desconhecidos,
que podem provocar sérios problemas de saúde pública, como aconteceu no Brasil durante a
construção da estrada Transamazônica, onde morreram centenas de operários, vítimas de febres
hemorrágicas desconhecidas, e mais recentemente no Estado de São Paulo, mais precisamente na
região de Cotia, quando faleceram seis membros de uma mesma família, vítimas do ataque de um
vírus desconhecido, que recebeu o nome de Sabiá, e que hoje encontra-se em fase de pesquisa pelo
Centro de Controle de Doenças, em Atlanta - EUA, um dos poucos laboratórios no mundo
capacitados para lidar com vírus de nível 4, de altíssimo risco de contaminação e transmissão.
A principal fonte de contágio de seres humanos por esses vírus se dá por meio do
contato com animais silvestres, que através das suas fezes e urina o transmitem. Alguns desses
animais podem tornar-se agressivos e por meio de mordedura, transmitirem também doenças
conhecidas, porém não menos letais ou perigosas, como a raiva, a leschimaniose, entre outras.

13 - ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS


TIPOS DE POLUIÇÃO

• Poluição Atmosférica - contaminação por gases, partículas sólidas, líquidos em suspensão,


material biológico ou energia.
• Causa principal – queima de combustíveis fósseis. (Petróleo, Carvão Mineral etc.).
• Contribui com outras formas de poluição. Ex: Chuva ácida – alto poder de destruição – Desloca
elementos químicos do solo – alteração química dos cursos d’água.
• contribuição com o incremento do efeito estufa.
• A poluição do solo - deterioração ou perda de uma ou mais das funções do solo.
• Presença de elementos químicos estranhos, como os resíduos sólidos ou efluentes líquidos , que
prejudicam as formas de vida e seu desenvolvimento regular.
• A poluição sonora - efeito danoso por sons em determinado volume que superem os níveis
considerados normais para os seres humanos.
• Poluição sonora possui um raio de ação determinado, não é transportada por fontes naturais e é
percebida pela audição.
• Traz graves danos à saúde humana e de outros animais.
• perturba o sono, o descanso e o relaxamento, impede a concentração e aprendizagem, cria
estado de cansaço e tensão que podem afetar significativamente o sistema
nervoso e cardiovascular.
• O som - compressão mecânica ou onda mecânica que se propaga de forma circuncêntrica em
meios que tenham massa e elasticidade sejam eles sólidos, líquidos ou gasosos. Medido em
decibéis.
• Regulamentos – Níveis Permitidos – Resolução CONAMA 01/1990.
• Poluição sonora – Problemas saúde – surdez, úlcera, hipertensão arterial, problemas
psicológicos.

CFSD/2020 54
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

• Poluição visual - excesso de elementos da comunicação visual dispostos em ambientes


urbanos, causando desconforto espacial e visual. (publicidade) - grafite, pichações.
• Fios de eletricidade e telefônicos, as edificações com falta de manutenção, o lixo e outros
resíduos urbanos.
• Alguns psicólogos afirmam que os prejuízos não se restringem à questão material mas
atingiriam também a saúde mental dos usuários, na medida em que sobrecarregaria o indivíduo
de informações desnecessárias.
• Poluição térmica é a mudança da temperatura das águas naturais e ocorre principalmente pela
refrigeração de centrais elétricas, usinas nucleares, refinarias, siderúrgicas e indústrias diversas.
• Aumento da temperatura afeta a solubilidade do O2 na água, que se difunde mais facilmente
para a atmosfera; diminuindo de sua disponibilidade na água.
• A variação térmica exerce um efeito nocivo para as formas estenotérmicas (especialmente
peixes).
• Poluição luminosa - luz excessiva ou obstrutiva criada por humanos. A poluição luminosa
interfere nos ecossistemas, causa efeitos negativos à saúde.
• Fonte - luminárias internas e externas de residências e outros estabelecimentos, anúncios
publicitários, iluminação viária, sinalização aérea e marítma, bem como toda outra fonte
artificial de luz.
• Impacto sobre a saúde humana - disrupção dos ciclos circadianos e pode estar associada a
problemas como depressão e câncer.
• A Poluição Radioativa ou Nuclear designa a poluição gerada pela radiação (materiais
radioativos).
• É considerada o pior tipo de poluição, posto que é a mais perigosa para o planeta.
• Principais fontes: bombas nucleares - principal componente combustível o urânio. Outros gases
e elementos tóxicos são liberados durante os acidentes nucleares: estrôncio, iodo, césio,
cobalto, plutônio.
• A emissão de radiação é utilizada no tratamento de tumores, na conservação de alimentos, na
produção de energia, bem como na produção de armas nucleares.
• Usinas de energia nuclear – Lixo atômico.
• Poluição fotoquímica – gases poluentes em alta concentrações reagem, na presença da energia
solar e formam substâncias mais tóxicas.
• Ex: Ozônio.
• Cidades com problemas
• Grandes centros ex: Los Angeles, Roma e São Paulo, Cidade do México.
• Alterações já comprovadas em virtude da poluição atmosférica.
• Estudo da (WHR, 2002) – avaliou as condições do ar em 304 cidades – 1% das doenças
cardiopulmonares.
• 5% dos casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmões.
• 600 mortes prematuras/ano.
• Universidade Estatal de Ohio (OSU), segundo a qual a exposição a longo prazo à poluição do
ar pode ocasionar mudanças físicas no cérebro, assim como problemas de aprendizagem,
memória e quadros depressivos. "Outros estudos demonstraram os efeitos daninhos da
contaminação do ar no coração e nos pulmões.
• A poluição do ar está matando 3,3 milhões de pessoas por ano no mundo. (autor principal Jos
Lelieveld no Max Planck Institute for Chemistry, na Alemanha - Revista Nature -2015). “Cerca

CFSD/2020 55
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

de 6% de todas as mortes do mundo ocorrem de forma prematura devido à exposição à


poluição do ar.
• A poluição atmosférica vai matar até 256 mil pessoas nos próximos 16 anos(SP). A
concentração de material particulado - internação de 1 milhão de pessoas, e um gasto público
estimado em mais de R$ 1,5 bilhão - projeção inédita do Instituto Saúde e Sustentabilidade,
realizada por pesquisadores da USP. A estimativa prevê que ao menos 25% das mortes, ou 59
mil, ocorram na capital paulista (O Estadão - 8/8-2014).
 Legislação em vigor sobre poluição sonora:
Lei Federal 9.605, de 13/06/98;
Decreto Federal 6.514, de 22/07/08;
Resolução CONAMA- 001, de 23/01/86,
Resolução CONAMA 237/97
Lei Estadual 90, de 02/06/80;
Decreto Estadual 4.625/88
As atividades causadoras de impacto ambiental ou atividades poluidoras são aquelas
que causam quaisquer alterações das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
causadas por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta
ou indiretamente afete a saúde, segurança e o bem estar da população, bem como:
- as atividades sociais e econômicas;
- a biota;
- as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
- a qualidade dos recursos ambientais,

O lançamento de qualquer substância na água, no solo ou no ar, por órgãos


governamentais ou por particulares e a emissão de sons por quaisquer tipos de fontes industriais,
comerciais, agropecuárias, maquinaria, equipamentos e veículos em local de domínio público ou
privado só serão permitidos se não poluírem o meio ambiente e dependerão de aprovação através da
Licença Ambiental.

Licença ambiental é um instrumento de gestão ambiental com o objetivo de


harmonizar o desenvolvimento das atividades econômicas com a sustentabilidade ambiental. A
mesma pode ser solicitada ao órgão ambiental competente, no caso do Estado do Mato Grosso do
Sul ao IMASUL (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).

A Licença Ambiental estabelece as condições, restrições do controle ambiental que


deverão ser obedecidos pelo empreendedor para localizar, instalar, ampliar e operar
empreendimentos ou atividades consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou aquelas que,
sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

CFSD/2020 56
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de


empreendimentos e atividades e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva
ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de
causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente,
sem prejuízo de outras licenças exigíveis.

Modalidades de Licença:

Autorização Ambiental (AA): modalidade de licença, expedida pelo órgão ambiental


competente, que autoriza a execução de atividades de exploração de recurso natural, de acordo com
as especificações constantes dos requerimentos e estudos ambientais exigidos, incluindo as medidas
de controle e demais condicionantes estabelecidas nas normas e diretrizes técnico-legais, sendo
possível sua concessão em decorrência de licenciamento ambiental simplificado;

Licença Prévia (LP): licença concedida na fase preliminar do planejamento de atividade


aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os
requisitos básicos e as condicionantes a serem atendidas nas próximas fases do licenciamento; Prazo
de validade: não superior a cinco anos.

Licença de Instalação (LI): licença que autoriza a instalação de atividade de acordo


com as especificações constantes dos normativos e estudos ambientais dos quais constituem motivos
determinantes; Prazo de validade: não superior a seis anos.

Licença de Operação (LO): licença que autoriza a operação de atividade após a


verificação do efetivo cumprimento das medidas de controle ambiental e condicionantes
determinadas para a sua operação. Prazo de validade: não superior a dez anos.
Licença de Instalação e operação (LIO): licença que, em casos regularmente previstos,
autoriza, concomitantemente, a localização, concepção, implantação e operação de atividade, sendo
possível sua concessão em decorrência de licenciamento ambiental simplificado. Prazo de validade:
poderá variar de 04 (quatro) a 10 (dez) anos em razão da tipologia da atividade e do sistema de
controle ambiental a ser implantado
RENOVAÇÃO DE LICENÇAS E AUTORIZAÇÕES

As Licenças Prévia e de Instalação, assim como a Autorização Ambiental, poderão ser


renovadas, por uma só vez, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos em Lei, a
qual deverá ser formalmente requerida com antecedência mínima de 30 (trinta) dias da data de seu
vencimento, ficando automaticamente prorrogada até manifestação definitiva do IMASUL.

A Licença de Operação poderá ser renovada mediante requerimento do


empreendedor com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias do vencimento, ficando
automaticamente prorrogada até manifestação definitiva do IMASUL.

CFSD/2020 57
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

A renovação da Licença de Instalação e Operação (LIO) deverá ser requerida com


antecedência mínima de 30 (trinta) dias da data de seu vencimento, ficando automaticamente
prorrogada até manifestação definitiva do IMASUL, podendo ensejar nova LIO ou LO, esta última no
caso de concluída a instalação da atividade.

Empreendimentos que necessitam de Licença Ambiental:


 Extração de minerais;  Uso de Recursos Naturais;
 Frigoríficos;  Indústrias de Madeiras
 Laticínios;  Usinas de Álcool e Açúcar;
 Suinocultura;  Plantio de Arroz em área de Várzea;
 Pisciculturas;  Posto de Gasolina;
 Atividades agropecuárias;  Carvoarias;
 Obras civis;  Outros empreendimentos.
 Empreendimento de Turismo
e Laser;

Vistoria em Atividades Potencialmente Poluidoras:


1. Solicitar a presença do proprietário ou responsável;
2. Solicitar a licença ambiental (observar o estágio do empreendimento);
3. Solicitar a apresentação do Cadastro Técnico Federal;
4. Verificar se a atividade está sendo exercida de acordo com a licença e o projeto;
5. Verificar o prazo de validade dos documentos.

Funcionamento de atividade potencialmente poluidora sem a licença/ autorização, vencida


ou em desacordo.

 infração administrativa: multa e embargo


 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Detenção de 6 meses a 1 ano.

Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em
danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição
significativa da flora:

 infração administrativa: multa e embargo


 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
* reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Se o crime é culposo:
*retenção, de seis meses a um ano, e multa.
Se o crime:

CFSD/2020 58
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

 tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;


 causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos
habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
 causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público
de água de uma comunidade;
 dificultar ou impedir o uso público das praias;
 ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou
substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
regulamentos:
* reclusão, de um a cinco anos.

14 - AGROTÓXICOS:
 Legislação em vigor:
Lei Federal 9.605, de 13/06/98;
Decreto Federal 6.514, de 22/07/08;
Lei Federal nº 7.802/89
Lei Federal nº 9.947/00;
Decreto Federal nº 4.074/02

Agrotóxicos são todas as substâncias químicas manipuladas por laboratório, que


utilizada em desacordo com as normas legais podem causar danos irreversíveis à saúde humana,
animal e ao meio ambiente.

Para tanto a legislação ambiental prevê responsabilidade administrativa, civil e


criminal, para quem produz, processa, embala, importa, fornece, transporta, armazena, guarda tem
em depósito ou utiliza a referida substância em desacordo com as exigências prevista em leis e seus
regulamentos. (Art. 56 da lei 9.605/98)

Como podemos observar no texto acima, o legislador procurou atribuir


responsabilidade a todos aqueles que de uma forma ou outra concorrer para o uso irregular de tal
substância, tendo em vista, a sua nocividade.

Em nosso País, existem alguns tipos de agrotóxicos que o seu uso é proibido, por causa
do seu alto grau de toxidade e o tempo em que permanece no solo ou no organismo, é o caso do DDT
(diclorodifeniltricloroetano), que pode ser progressivamente acumulado nos organismos,
especialmente nos tecidos gordurosos, ex. as minhocas que vivem num solo que contém uma
unidade deste inseticida por grama, podem acumular até 40 unidades por grama, e os pássaros que
as comem podem concentrar até 40 unidades por grama, o DDT, além de ser cancerígeno pode
causar distúrbios renais, hepáticos e nervosos, porém existem aqueles de uso permitido, que deve
ser utilizado com certas precauções, e seguir à risca as orientações de manuseio, aplicações, e
destinação final das embalagens.

NORMAS DE APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS E DESTINAÇÃO FINAL DAS EMBALAGENS

CFSD/2020 59
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

As normas de aplicação e destinação final das embalagens estão estabelecidas na Lei


Federal nº 9.947/00 e Dec. nº 4.074/02, sendo que as condutas contrárias serão puníveis de acordo
com a lei 9.605/98 e dec. Decreto Federal 6.514/08.

Quando o agricultor necessitar de utilizar o agrotóxico, antes ele deve preponderar se


realmente precisa, e ainda solicitar orientação de um profissional da área, o qual irá verificar a
necessidade e o tipo de agrotóxico, elaborando assim um receituário, onde prescreve o tipo, a
dosagem e algumas orientações técnicas de uso e cuidados no manuseio, a fim, de não causar danos
irreversível.

Quando da aplicação o agricultor deverá observa o local de captação de água, que não
poderá ser direto do curso d’água ao pulverizador, e ainda deverá dar destino adequado às
embalagens, às quais deverá ser lavada à pressão ou em tríplice lavagem, despejando sempre essa
água que foi usada para a lavagem no tanque do pulverizador, e após deverá retirar o rótulo e ainda
furar as embalagens ao fundo a fim de não serem reutilizadas, após deverá ser acondicionada em
local arejado e coberto e no prazo máximo de um ano deverá encaminhar ao centro de recebimento,
observando as normas de transporte.

Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar,


armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à
saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos
seus regulamentos constitui crime ambiental com pena prevista de reclusão de 01 a 04 anos (Art. 56
da lei 9.605/98).
Situações que caracterizam infração:
a) Armazenamento das embalagens em local inapropriado;
 infração administrativa: multa e apreensão do produto
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Reclusão de 01 a 04 anos.

b) Armazenamento em “céu aberto”;


 infração administrativa: multa e apreensão do produto
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Reclusão de 01 a 04 anos.

c) Transporte em desacordo com as normas;


 infração administrativa: multa e apreensão do produto
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Reclusão de 01 a 04 anos.

d) Armazenamento, utilização e transporte de agrotóxico importado sem a comprovação da


origem
 infração administrativa: multa e apreensão do produto
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Reclusão de 01 a 04 anos.
*Juntamente com o crime ambiental no caso de produto importado sem origem temos
ainda o descaminho ou contrabando.

CFSD/2020 60
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Obs.: Nos rótulos das embalagens dos defensivos agrícolas (agrotóxicos) produzidos e
registrados no Brasil contém todas as informações necessárias para o transporte, armazenamento e
destino final das embalagens.
15 – TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOSOS
 Legislação em vigor:
Lei Federal 9.605, de 13/06/98;
Decreto Federal 6.514, de 22/07/08;
Instrução Normativa Ibama nº 05/09;
Resolução Semac nº 05/13
Resolução ANTT nº 420/12

É considerado produto perigoso todo aquele que representa risco à saúde das pessoas,
ao meio ambiente ou à segurança pública, seja ele encontrado na natureza ou produzido por
qualquer processo.
O transporte de produtos perigosos deve atender a todas as prescrições contidas na
regulamentação referentes à adequação, marcação e rotulagem de embalagens, sinalização das
unidades de transporte, documentação, entre outros.

A Resolução ANTT nº 420/12 classifica os produtos perigosos.

CFSD/2020 61
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

Situações que caracterizam infração:

a) Transporte em desacordo com as normas;

 infração administrativa: multa e apreensão do produto


 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Reclusão de 01 a 04 anos.

Alguns produtos considerados perigosos os quais necessitam de Licença Ambiental


para o Transporte:

COMBUSTÍVEIS AGROTÓXICOS SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS

MATERIAIS RADIOATIVOS INFLAMÁVEIS SUBSTÂNCIAS TÓXICAS

EXPLOSIVOS GASES SUBSTÂNCIAS INFECTANTES

CFSD/2020 62
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

16 - CRIMES CONTRA O ORDENAMENTO URBANO E O PATRIMÔNIO CULTURAL


A Lei de Crimes Ambientais visa à proteção e à integridade do patrimônio histórico, artístico
e arqueológico.
Qualquer alteração das características do bem protegido só pode ser realizada com
autorização do órgão ambiental competente.
Situações que caracterizam infração:
b) Destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo
ou decisão judicial:
 infração administrativa: multa
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Reclusão de 01 a 03 anos.

c) Destruir, inutilizar ou deteriorar arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca,


instalação científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial:
 infração administrativa: multa
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Reclusão de 01 a 03 anos.

d) Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei,


ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico,
turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental,
sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida:
 infração administrativa: multa
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Reclusão de 01 a 03 anos.

e) Promover construção em solo não edificável, ou no seu entorno, assim considerado em


razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso,
arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou
em desacordo com a concedida:
 infração administrativa: multa
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Detenção de 06 meses a 01 ano.

f) Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:


 infração administrativa: multa
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Detenção de 03 meses a 01 ano.

CFSD/2020 63
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

17 - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL

A lei de crimes ambientais visa proteger a administração pública e o meio ambiente, do


exercício irregular da função administrativa.
Situações que caracterizam infração:
a) Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar
informações ou dados técnico-científicos em procedimentos de autorização ou de
licenciamento ambiental:
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Reclusão de 01 a 03 anos.

b) Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com as


normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato
autorizativo do Poder Público:
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Detenção de 01 a 03 anos.

c) Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de
relevante interesse ambiental:
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Detenção de 01 a 03 anos.

d) Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões


ambientais:
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Detenção de 01 a 03 anos.

e) Elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro


procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente
falso ou enganoso, inclusive por omissão:
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Reclusão de 03 a 06 anos.

CFSD/2020 64
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

18 – UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
 Legislação em vigor:
Lei Federal 9.605, de 13/06/98;
Decreto Federal 6.514, de 22/07/08;
Lei Federal nº 9.985-00, SNUC
Decreto nº 4.340, de 22/08/02

Unidade de Conservação (UC) é a denominação dada pelo Sistema Nacional de


Unidades de Conservação da Natureza (SNUC) (Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000) às áreas naturais
passíveis de proteção por suas características especiais. São "espaços territoriais e seus recursos
ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente
instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial
de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei"

O SNUC agrupa as unidades de conservação em dois grupos, de acordo com seus objetivos de manejo
e tipos de uso: Proteção Integral e Uso Sustentável.

a) As Unidades de Proteção Integral têm como principal objetivo preservar a natureza,


sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, ou seja, aquele que não envolve
consumo, coleta ou dano aos recursos naturais: recreação em contato com a natureza, turismo
ecológico, pesquisa científica, educação e interpretação ambiental, entre outras.

Estação ecológica: De posse e domínio público, servem à preservação da natureza e à realização de


pesquisas científicas. A visitação pública é proibida, exceto com objetivo educacional. Pesquisas
científicas dependem de autorização prévia do órgão responsável.

Reserva biológica: Visam a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em
seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as
medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para
recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos.

Parque nacional: Tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande
relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o
desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato
com a natureza e de turismo ecológico.

Monumento natural: Objetivam a preservação de sítios naturais raros, singulares ou de grande


beleza cênica.

Refúgio de vida silvestre: Sua finalidade é a proteção de ambientes naturais que asseguram

CFSD/2020 65
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna


residente ou migratória

a) As Unidades de Uso Sustentável: têm como objetivo compatibilizar a conservação da


natureza com o uso sustentável dos recursos, conciliando a presença humana nas áreas protegidas.
Nesse grupo, atividades que envolvem coleta e uso dos recursos naturais são permitidas, desde que
praticadas de uma forma a manter constantes os recursos ambientais renováveis e processos
ecológicos.

Área de relevante interesse ecológico: Geralmente de pequena extensão, são áreas com pouca ou
nenhuma ocupação humana, exibindo características naturais extraordinárias ou que abrigam
exemplares raros da biota regional, tendo como objetivo manter os ecossistemas naturais de
importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo
com os objetivos de conservação da natureza.

Reserva particular do patrimônio natural: De posse privada, gravada com perpetuidade,


objetivando conservar a diversidade biológica.

Área de proteção ambiental: São áreas geralmente extensas, com um certo grau de ocupação
humana, dotadas de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes
para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos
proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade
do uso dos recursos naturais.

Floresta nacional: É uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e
tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica,
com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas.

Reserva de desenvolvimento sustentável: São áreas naturais que abrigam populações tradicionais,
cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais,
desenvolvidos ao longo de gerações, adaptados às condições ecológicas locais, que desempenham
um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica.

Reserva de fauna: É uma área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou
aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo
econômico sustentável de recursos faunísticos.

Reserva extrativista: Utilizadas por populações locais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e,
complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte,
áreas dessa categoria tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas
populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade.

CFSD/2020 66
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAL

Situações que caracterizam infração:


a) Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o
independentemente de sua localização:
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Reclusão de 01 a 05 anos. (Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.)

b) Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos


próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da
autoridade competente:
 criminal: condução do autor a Delegacia de Polícia Civil.
*Detenção, de 06 meses a 01 ano, e multa.

CFSD/2020 67
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

19 – REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA:

Apostila Curso Básico de Controle e Fiscalização. IBAMA, 2001.

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. 1988

Cap. QOPM GARNES, Renato dos Anjos e 1º Sgt. PM FRAIS JUNIOR, Ismael. Policiamento ostensivo
ambiental. Apostila do curso de formação de soldados, Dourados, 2007. Impresso.

Cap. QOPM GARNES, Renato dos Anjos e 1º Sgt. PM FRAIS JUNIOR, Ismael. Manual Básico de
Fiscalização Ambiental. Apostila do II Curso de Especialização e Atualização em Policiamento
Ambiental, Dourados, 2006. Impresso.

FRAIS JR, Ismael. Educação Ambiental e sua Efetividade na Polícia Militar Ambiental de Dourados-
MS. Monografia apresentação na Graduação do Curso de Bacharel em Geografia da UFGD, Dourados,
2007.

Site Oficial da Presidência da República Federativa do Brasil. Disponível em:


www.planalto.gov.br/ccivil/leis. Acesso em: 07 de out. 2008.

Site Oficial da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul. Disponível em:
http://aacpdappls.net.ms.gov.br/appls/legislacao/secoge/govato.nsf. Acesso em: 07 de out. 2008.

Site Oficial do IBAMA. Disponível em http://www.ibama.gov.br. Acesso em 07 de out 2008.

Site Oficial do IMASUL. Disponível em http://www.imasul.ms.gov.br/. Acesso em 07 de out de 2008.

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POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL PARA SUPRESSÃO VEGETAL

CFSD/2020 69
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

LICENÇA DE PESCA

CFSD/2020 70
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

CFSD/2020 71
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

AUTO DE INFRAÇÃO IMASUL

CFSD/2020 72
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

LAUDO DE CONSTATAÇÃO IMASUL

CFSD/2020 73
POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL

TERMO DE APREENSÃO E DEPÓSITO

CFSD/2020 74

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