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80 LLP Semana 33
80 LLP Semana 33
PRONOMES
A classe gramatical dos pronomes tem duas funções básicas: ou eles ocupam o lugar de um
substantivo (de acordo com a sua pessoa gramatical) ou eles dizem a que pessoa gramatical o
substantivo está relacionado.
Você deve estar perguntando: Mas quem são essas pessoas gramaticais? Elas têm
endereço? Passam pela gente na rua?
A sora Vivian responde: Chamamos de pessoa gramatical as únicas 3 posições possíveis e,
qualquer situação de comunicação. Também podemos chama-las de pessoas do discurso,
porque a Linguística e os Estudos de Gramática chamam qualquer comunicação com
sentido de discurso.
Mas e o VOCÊ? Ele não conjuga verbo também? Não é a mesma coisa que TU?
Usamos a palavra você ao invés de tu em várias situações de comunicação, sim.
Por exemplo, nas placas de trânsito e sinalizações.
A placa é PARE porque se dirige a você. Se fosse tu, teria de ser PARA.
Os pronomes de tratamento são uma lista de formas de se dirigir a pessoas com algum
cargo e/ou autoridade. São expressões como Vossa Majestade e Vossa Alteza (para reis e
rainhas), Vossa Senhoria (para qualquer pessoa que ocupa posição superior) e Vossa Santidade (o
Papa).
A palavra Vossa Mercê com o tempo virou vosmecê e vossuncê e, depois, você. Em
algumas regiões do Brasil, inclusive, temos ocê ou cê.
Note que os pronomes de tratamento são uma forma de reforçar o poder de uma pessoa
sobre a outra. Quando alguém diz Vossa Alteza (ou Sua Alteza), ela está dizendo que a outra
pessoa está ‘nas alturas’, ou seja, é superior, em relação a ela – tanto que a 1ª pessoa nem está
se dirigindo diretamente a ela, e sim falando da sua (dela) alteza, por exemplo.
A expressão Vossa Mercê tem a ver com isso: estar à mercê é estar à disposição, estar
submetido às vontades de alguém. É a mesma lógica do agradecimento, em Língua Portuguesa:
dizer Obrigado e Obrigada é dizer que se deve um favor, originalmente – que se está ‘na
obrigação’ com a outra pessoa.
Portanto, como você vem de Vossa Mercê, que era uma forma respeitosa de não se
dirigir diretamente à 2ª pessoa, ele é um pronome de 3ª pessoa, e por isso conjugado
como 3ª pessoa.
Portanto, para conjugar verbo a 1ª pessoa usa eu, mas se a 1ª pessoa sofreu influência do verbo,
ela precisa usar me, mim ou comigo.
Exemplo errado: O gato encarou eu por um tempão.
Exemplo certo: O gato encarou-me por um tempão ou O gato me encarou por um tempão.
Da mesma forma, para conjugar verbo indicando 2ª pessoa usa-se tu, mas se a 2ª pessoa sofreu
influência do verbo, precisa ser te, ti ou contigo.
Exemplo errado: O gato encarou tu por um tempão.
Exemplo certo: O gato encarou-te por um tempão ou O gato te encarou por um tempão.
ALERTA: Estamos falando aqui de formas consideradas corretas na escrita formal. Na fala do dia
a dia, usamos os pronomes retos de 3ª pessoa em qualquer lugar da frase, e não tem problema
algum. O importante é que nos entendemos.
PRONOMES POSSESSIVOS: informam a qual pessoa gramatical algo pertence (a posse). Toda
vez que se usa meu, minha, teu, tua, dele, dela, nosso, nossa sabemos a quem algo pertence.
Exemplos:
Meu caderno estava embaixo das cobertas. >>>O caderno pertence à 1ª pessoa.
Eu trouxe teu lanche. >>>O lanche pertence à 2ª pessoa.
TAREFA 1: Nas frases abaixo estão sinalizados pronomes mal utilizados de 1ª e 2ª pessoa: eles
são retos, mas estão ocupando lugar de pronomes oblíquos. Consulte a tabela para substituir o
pronome marcado pelo pronome oblíquo correto (da mesma pessoa).
a)Por favor, vem com eu no mercado! b)Uma encomenda chegou para tu.
c)Eu tu falei que o plano iria dar certo. d)Venham e nós contem a história.