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História e desenvolvimento

Esta lá, no Dicionário musical brasileiro, de Mário de Andrade:

VIOLÃO (s. m.) – 1. Instrumento de cordas dedilhadas,


constituído por uma caixa de ressonância de madeira com
fundo chato, em forma de oito, e um braço dividido em trastos
em cujas extremidades suas 6 cordas são fixadas e afinadas
por cravelhas. As cordas, de afinação mi-lá-ré-sol-lá-si, são as
três mais graves chamadas bordões e feitas de metal, sendo
as demais feitas de nylon.
O violão, de origem mozárabe, veio da Espanha por
intermédio dos portugueses. Embora já existindo desde o
Renascimento, teve sua forma final estabelecida apenas no
século XIX, tendo o seu tamanho aumentado e lhe sendo
acrescentada a corda correspondente ao mi grave.
Usado principalmente para o acompanhamento do canto,
embora seja também instrumento solista, o violão no Brasil é
essencialmente urbano e, juntamente com a flauta e o
cavaquinho, forma o conjunto básico para a execução de
choros[1].

Ou, então, em diversos verbetes do Dicionário Grove de música:

Não se sabe se o instrumento, com o nome de “guitarra”, foi


introduzido na Europa medieval pelos árabes ou se era nativo
do continente. Termos relacionados à ”guitarra” ocorrem na
literatura medieval a partir do século XIII, mas podem se referir
a instrumentos como a guiterna. Sua história na Europa
remonta ao Renascimento; durante o século XV surgiu uma
guitarra de quatro ordens de cordas, tendo muito em comum
com o alaúde e a vihuela. [...]

VIDEO 1

Guiterna segundo iconografia das Cantigas de Santa Maria, séc. XIII. Interpretacão de cantiga
de Santa Maria por Emilio Villalba. Luthier: Marco Salerno (Italia).

A guiterna era um alaúde medieval de braço curto que,


provavelmente, chegou à Europa vinda dos países árabes, no
final do século XII e, no século XIV, era utilizada por
menestréis e músicos amadores. No século XV deu lugar ao
alaúde. [...]
A vihuela era um instrumento de cordas dedilhadas que
floresceu na Espanha nos séculos XV e XVI. O termo,
originalmente, se aplicava a todos os instrumentos de cordas,
e a distinção era feita segundo o método de execução: vihuela
de pendola – tocada com palheta, vihuela de arco – com
arco, vihuela de mano – com a mão. No século XVI, vihuela
geralmente se referia à vihuela de mão. Era executada como a
guitarra espanhola e tinha 6 ou 7 cordas, em geral afinadas
como as do alaúde.
O alaúde – instrumento de cordas dedilhadas – foi muito
importante para a música do ocidente a partir do final da Idade
Média até o século XVIII. [...] O alaúde europeu descende de
um instrumento árabe, o ud, introduzido no ocidente quando a
Espanha foi conquistada e ocupada pelos mouros, entre 711 e
1492. A palavra alaúde se origina da expressão árabe al’ud[2].

VIDEO
Alaúde e Vihuela
E ainda, no livro Instrumentos musicais:

Subsistem muitas dúvidas no estudo da história da guitarra,


durante o fim da Idade Média e início da Renascença, devido
à grande confusão dos termos usados para designar vários
instrumentos do tipo guitarra: o termo guittern, que surge em
várias fontes medievais e renascentistas, parece dizer respeito
a formas percussoras da guitarra; outras designações –
como guitarra mourisca e guitarra latina – aparecem desde o
século XIV. [...] No século XIV coexistiam na Espanha a
guitarra e a vihuela e compositores, como Mudarra e
Fuenlana, escreveram para ambas – de maneira mais
elaborada para a vihuela e mais simples para a guitarra. No
fim deste século é adicionada à guitarra uma quinta corda,
inovação atribuída a Vincente Espinel, de Madri. Esta versão
do instrumento passa a conhecer-se em toda a Europa por
guitarra espanhola (designação até hoje utilizada) e é, desde
então, considerada o instrumento nacional de Espanha. [...]
No fim do século XVIII é adicionada a sexta corda (mi), e as
cordas passam de duplas a simples. A sonoridade aumenta
bastante, como resultado de grandes alterações no sistema de
barras interiores. Finalmente, em medos do século XIX, o
construtor Antonio Torres altera substancialmente a forma da
caixa, tornando-a mais larga e mais cintada, com a forma de
oito com que hoje a conhecemos. Na execução, Dionísio
Aguado passa a usar as unhas da mão direita, em vez de se
limitar, como até então, a usar unicamente a popa do dedo. A
modificação da caixa tornou a posição de execução muito
melhor, e a utilização das unhas permitiu a obtenção de uma
sonoridade muito mais rica, podendo-se jogar com o contraste
entre o som mais metálico produzido pela unha e o som mais
aveludado produzido pela polpa do dedo[3].
O que se pode depreender dessa leitura é que, assim como a origem da
vida, a do violão é, também, bastante controversa.
O que podemos afirmar, com certeza, é que o termo violão só é usado na
língua portuguesa. Nas outras o nome é guitarra, que para nós, é o instrumento
elétrico, popularizado pelo jazz e, principalmente, pelo rock-n’-roll.

REFERÊNCIAS

TAUBKIN, Myriam. Violões do Brasil. São Paulo: SENAC/SESC, 2007.

Para saber mais

A História do violão e curiosidades

VIDEO 1

VIDEO 2

VIDEO 3

[1] Mário de Andrade, Dicionário musical brasileiro, coord. Oneyda Alvarenga & Flávia Camargo
Tony, Coleção Reconquista do Brasil, 2ª série, vol. 162 (São Paulo: Edusp, 1989).

[2] Stanley Sadie (org.), Dicionário Grove de Música, trad. Eduardo Francisco Alves (Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 1994).

[3] Luís Henrique, Instrumentos musicais (Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1988).
1.2 Aspectos Organologicos

A organologia é a ciência que estuda os instrumentos musicais, a qual se


considera um ramo da musicologia. Deriva do vocábulo grego “órgano”,
equilvalente ao latim “organum”, e que siginifica ferramenta, utensílio,
instrumento em geral. Refere-se ao órgão o termos organum hidraulus.
Segundo esta ciência, um instrumento musical é definido como todo dispositivo
susceptível de produzir som, utilizado como meio de expressão musical. Ela é
responsável por classificar estes instrumentos por diversos parâmetros, desde
os âmbitos sonoros até o material com o qual é construído.
Considera-se instrumento musical todos os objetos construídos com esta
finalidade, assim como todo e qualquer corpo que se possa utilizar como emitir
sons. Dessa forma, os instrumentos podem ser classificados a partir de sua
fonte sonora:
a) Bionergética – vocal (voz humana);
b) Mecânica - instrumento musical (luteria): cordas, palhetas, bocal,
tubos, membranas, sólidos e eletrônicas.
c) Outras fontes energéticas (gerador eletrônico).
Os instrumentos musicais podem ser classificados de forma sistêmica, em
uma interação dinâmica constituído por três componentes: sistema excitador,
sistema ressoador, sistema radiante. O sistema excitador é o mecanismo
físico que gera vibrações transformando energia não-vibratória em energia
vibratória. É o martelar a corda do piano; o fluxo de ar e vibração labial dos
instrumentos de sopro; é a relação da baqueta e da membrana das
percussões; é a fricção do arco nas cordas; é dedilhar as cordas de um violão,
colocando-as em vibração.
O sistema excitador está acoplado ao sistema ressoador, que é o processo
pelo qual as oscilações são amplificadas, filtradas e modificadas. É neste
sistema que se faz ressoar as frequências pretendidas. Atua com a função de
transferência para cada caso, modificando a matéria-prima – o som. Ex: corda
e caixa do violino/violão/piano.
O sistema radiante é constituído pelos mecanismos que o instrumento
possui para radiar o som, isto é, transmitir ao ar circundante originando assim a
onda sonora que se propaga no meio elástico até atingir nossos ouvidos. São
exemplos deste sistemas: os orifícios laterais e pavilhão do clarinete; o tampo
harmônico do piano; o pavilhão no trombone; caixas da guitarra e do
violino/massa de ar interior/furos tipo f; campana do trompete.

Estas duas perspectivas de análise da estrutura de um instrumento musical são


alguns dos parâmetros observados na classificação Hornbostel-Sachs (ou
Sachs-Hornbostel), que é um sistema de classificação dos instrumentos
musicais criado por Erich Von Hornbostel e Curt Sachs e publicado pela
primeira vez no Zeitschrift für Musik, em 1914. Uma versão revisada e em
inglês foi publicada no Galpin Society Journal, em 1961. Embora tenha sofrido
muitas críticas, é o método mais utilizado por profissionais de Etnomusicologia
e Organologia para classificar instrumentos musicais.
De acordo com a classificação Hornbostel-Sachs, os instrumentos
musicais são reconhecidos como: idiofones[1], membranofones, cordofones,
aerofones, eletrofones.

REFERÊNCIAS
CARVALHO, Reginaldo. Organologia: Princípios, histórico, anatomia e particularidades dos
instrumentos musicais. Teresina: Câmara Brasileira do Livro, 1994.
HENRIQUE, Luis. Instrumentos Musicais. 4ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian,
2004.

VASCONCELOS, José. Acústica musical e organologia. Porto Alegre: Movimento, 2002.

[1] O som é produzido primariamente pela vibração do corpo do instrumento ou por alguma de
suas partes, mas esta vibração deve-se à própria elasticidade do material, sem necessidade de
nenhuma tensão adicional nem de cordas, membranas ou colunas de ar. Em essência este
grupo inclui quase todos os instrumentos de percussão além de alguns outros. Os sons
produzidos pelos idiofones podem ter altura definida (podem produzir notas afinadas, como nos
xilofones) ou indefinida.

1.3 Estrutura e nomenclatura das partes

Olá Cursista,
O violão é um instrumento cujo som é produzido pela vibração das cordas,
transmitida através do tampo. Podem ser utilizadas cordas de nylon ou aço,
tendo a configuração mais comum com seis cordas, porém existem
instrumentos com outras configurações com sete ou outras quantidades
(SOARES, 2014, p. 12).
Ele é tradicionalmente construído em uma estrutura feita com peças de
madeiras, acopladas e coladas umas nas outras. Podemos reconhecer três
grandes componentes, chamados de caixa de ressonância, braço e mão[1].
A caixa de ressonância é composta por três grandes peças,
chamadas tampo, laterais e fundo. Estas são “partes muitos importantes para
a sonoridade do instrumento, uma vez que é através da ressonância provocada
pela vibração das cordas através do cavalete no tampo que ocorrerá o
movimento do ar contido na caixa acústica” (GOMES et al, 2004; GARCIA,
2011 apud SOARES, 2014, p. 13).
Ao tampo é acoplado uma peça pequena de madeira
chamada cavalete ou ponte – que é um dos pontos ao qual se amarra as
cordas. É a peça do instrumento que serve como sustentação das cordas,
suportando grande tensão de aproximadamente 40 kgf. Também tem a função
de transmitir, através do rastilho, que pode ser feito de osso de canela de boi
ou ainda plástico, a vibração das cordas para o tampo e, consequentemente,
para a caixa de ressonância (GOMES et al, 2004 apud SOARES, 2014, p. 14).
É necessária muita precisão ao posicionar o cavalete sobre o tampo, tanto
longitudinalmente (para determinar a afinação correta) quanto transversalmente
(para determinar o posicionamento adequado das cordas na escala) (GARCIA,
2011 apud SOARES, 2014, p. 14).
No tampo há o recorte de um buraco, que é conhecido como boca. À boca é
feito um trabalho de marcheteria denominado roseta ou mosaico.
Na parte interna do tampo são colados pedaços longilíneos de madeira
denominados leques harmônicos. A função dos leques harmônicos é a de
disciplinar a vibração do tampo, além de servir como reforço necessário para
que o tampo não afunde com a pressão das cordas sobre o cavalete. Eles são
colados na parte interna do tampo (ANDRADE, 2011 apud SOARES, 2014, p.
13).
O fundo do violão é feito de duas folhas de madeiras inteiriças, de corte
similar ao tampo, sendo o ponto ao qual o instrumentista apoia seu torso. Sua
função é refletir o som produzido pelo tampo e deve ser feito com uma espécie
de madeira mais densa.
Duas folhas similares de madeira são moldadas para compor as laterais,
sendo peças conectoras entre o tampo e o fundo, fechando a caixa de
ressonância e definindo a silhueta do violão. Geralmente é feita da mesma
madeira que o fundo.
A cuidadosa junção destas partes que constituem a caixa acústica são
muitos importantes para a sonoridade do instrumento, uma vez que “é através
da ressonância provocada pela vibração das cordas através do cavalete no
tampo que ocorrerá o movimento do ar contido na caixa acústica” (GOMES et
al, 2004; GARCIA, 2011 apud SOARES, 2014, p. 13).
A segunda grande peça é o braço, feita em madeira maciça[2], à qual é
acoplada uma peça em ébano chamada escala. À escala são fixadas
pequenas peças de metal denominadas trastes[3]. Nesta região do
instrumento é que se colocam os dedos da mão esquerda, com o polegar
apoiado por trás do braço do violão e os demais dedos pressionando as cordas
entre um traste e outro. O espaço entre os trastes é conhecido como casas, e
o violão tradicional tem dezenove delas. São contadas da mais espaçada para
a menos, sendo chamadas progressivamente de casa 1 até casa 19[4].
Em uma de suas extremidades o braço é colado à caixa de ressonância e,
na outra, à mão. Próximo à mão é encaixada uma peça denominada pestana.
Também conhecida como capotraste, a pestana pode ser feita de plástico ou
osso. Quando mal instalada, influencia de forma negativa a vibração das
cordas. Os “dutos” de passagem também devem ser alinhados com a direção
das cordas e respeitar a espessura das mesmas, para evitar perda de
sonoridade, má afinação e pressão excessiva sobre o cavalete (GARCIA,
2011 apud SOARES, 2014, p. 16).
A mão é um pedaço de madeira maciço que suporta as outras pontas das
cordas, amarradas cada qual em seis engrenagens
denominadas cravelhas ou tarraxas. É girando a tarraxa em um sentido ou
outro que se tensiona ou se afrouxa uma corda.
REFERÊNCIAS

SOARES, Maria Angélica. Produção de um violão clássico em madeira de


Teca (Tectona grandis). 2014. 56 f. Trabalho de conclusão de Curso
(Bacharelado em Engenharia Industrial Madeireira) – Universidade Estadual
Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Campus Itapeva, Itapeva, 2014.

Para saber mais

Vídeo do canal Manual do Mundo no qual o apresentador Iberê Thenório


conversa com o luthier paulistano Vicente Palma Jr. sobre as estruturas que
compõe o Violão e seu processo de construção

VIDEO 1

Neste vídeo do canal Cifraclub o instrutor Gustavo Fofão apresenta as partes do violão.

VIDEO 2
[1] Em alguns métodos denominam esta parte como “cabeça”.

[2] O braço do violão requer uma madeira de grande estabilidade dimensional, de media
densidade (GOMES et al, 2004 apud SOARES, 2014, p. 15).

[3] Os trastes são pequenas divisões de metal, distribuídos mediante cálculos matemáticos,
para garantir a afinação do instrumento. Cada corda quando tocada livremente produz uma
nota fundamental quando o músico desejar tocar uma nota mais aguda é necessário dividir a
corda em partes menores fazendo com que ela soe em uma frequência maior. Então basta que
o músico coloque o dedo em um ponto antes do traste para que a corda, apoiada sobre ele,
seja dividida exatamente na medida determinada pelo fabricante do instrumento. É considerada
uma peça-chave para todo o processo de confecção do violão. A partir dela podem-se calcular
as demais dimensões do instrumento (GOMES et al, 2004 apud SOARES, 2014, p. 15).

[4] Podem ser chamadas pelo ordinal: primeira casa... décima nona casa.

1.4 Violonistas e possibilidades estilísticas

Olá Cursista,

Assista aos videos e conheça mais sobre o instrumento e os instrumentistas.


Aproveite para perceber as possibilidades musicais que o violão permite a cada
compositor e intérprete.
Abraço e muito SOM!

Violões do Brasil Parte 01. Esse material (outras partes) pode ser assistido na
integra no YouTube.

VIDEO 1

Grandes Violonistas do Mundo Parte 1. Assista, escute, as outras partes deste


material no YouTube.

VIDEO 2

10 Mestres do Violão Flamenco

VIDEO 3

Finger Style e contemporaneidade.


VIDEO 4

VIDEO 5

Instrumento acompanhador

VIDEO 6

VIDEO 7

1.5 Afinação Tradicional

Olá Cursista,

Para afinar o violão é necessário que se gire as tarraxas para um posição na


qual a nota fundamental de uma corda esteja na mesma frequência ou oitava
abaixo ou acima de um outro som de referência. Este som de referência pode
ser um outro instrumento (já afinado ou de afinação fixa, como a de um teclado
eletrônico), mas é bastante usual que violonistas e outros(as) instrumentistas
utilizem algumas ferramentas chamadas afinadores. Assista os videos ao final
dessa aula para ver algum youtubers afiado o instrumento e utilizado diferentes
processos para isso!

Usando o afinador

Existem dois tipos de afinadores eletrônicos:

O Digital, que normalmente tem uma tela LCD e pode vir acompanhado de
um metrônomo ou não. E também o Analógico, que contem um ponteiro que
tem o papel de apontar as notas. Ambos já vem com um captador de áudio
embutido. Podem ainda ser de pressão (que captam o som do Violão quando
atarraxados na sua superfície de madeira) e de microfones (com um microfone interno
que capta o som das notas e as identifica).

Toque a corda que deseja afinar e gire a tarraxas até que a tela do afinador
mostre o símbolo correspondente a cada nota (Mi, Si, Sol, Ré, Lá e Mi têm como
símbolos E, B, G, D, A e E, respectivamente). Certifique-se de que o símbolo
sustenido (#) não apareça na frente das notas, ou a sua afinação ficará incorreta.

Dessa forma, é preciso apenas que chegue com o violão o mais perto
possível do afinador e toque corda por corda.

O afinador tem o papel de mostrar o quanto você vai ter que apertar ou
afrouxar as cordas.
Usando outro instrumento

Para afinar o Violão usando outros instrumentos, recomendamos que você


lance mão de um teclado (virtual, eletrônico, ou mesmo um piano). É necessário
saber localizar as notas das cordas do violão nesses instrumentos.

O processo consiste em tocar cada uma delas (de novo: Mi, Si, Sol, Ré, Lá e
Mi) no teclado ou outro instrumento e conferir com as cordas soltas do violão,
girando as cravelhas para corrigir as diferenças.

Usando aplicativos ou sites

Os aplicativos e sites que são utilizados para afinar o Violão simulam a


experiência de se usar um afinador. Então, você vai perceber, tão logo baixe um
desses aplicativos, que as dicas que demos sobre afinadores aplicam-se
exatamente a eles também.

Apenas tenha cuidado com imperfeições, porque o processador de


smartphones, tablets e computadores não responde tão bem a tarefas com um
nível de precisão tão alto, o que pode prejudicar a precisão da afinação.

Diapasão

O diapasão é um objeto que, se percutido contra uma superfície qualquer,


emite o som da nota Lá 440 Hertz, que é utilizada como padrão para as
afinações. Tem o formato de garfo bifurcado e é usado para afinar a corda Lá
do Violão que, por sua vez, serve de base para afinar as outras de ouvido.

Ou seja, o diapasão é uma forma de tornar a afinação de ouvido mais precisa,


partindo de um ponto absoluto e não relativo.

Diapasão de Apito

É um dos afinadores menos utilizados, mas também tem o propósito de


afinar o Violão de forma a exercitar a percepção auditiva.
Kallel Cavalcanti apresenta como afinar o Violão utilizando o diapasão tipo apito

REFERÊNCIAS

MATRAFE. Como afinar violão: 5 maneiras fáceis que você precisa


conhecer. Método Violão Prático, 2020. Disponível em:
https://metodoviolaopratico.com/como-afinar-violao-5-maneiras-faceis-que-
voce-precisa-conhecer/. Acesso em: 11 jan. 2021.

SCHIMDT, Rogério. Saiba como afinar um violino de diferentes


formas!. Encorda Acessórios Musicais, 2021. Disponível em:
https://www.encorda.com.br/blog/como-afinar-um-violino/. Acesso em: 12 jan
2021.

Como afinar o violão

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Afinação padrão para Violão de 6 cordas

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Afinação padrão

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1.6 Nomenclatura de Mãos e Dedos

Os dedos das mãos têm sua nomenclatura oriunda dos estudos de Anatomia,
tendo neste contexto os mesmos nomes em ambas as mãos, distinguidos
devidamente o lado ao qual pertencem.
São eles os dedos polegares, indicadores, médios, anelares (ou anulares) e
mínimos.

A nomenclatura mais utilizada nos métodos tradicionais de Violão faz uma


associação dos dedos da mão esquerda à números de 1 a 4, e dos dedos da
mão direita à primeira letra do nome anatômico de cada dedo. As mãos são
abreviadas pela letra inicial de cada qual.

Portanto, ficam as seguintes abreviações (entre parênteses):


Mão Esquerda (M.E.) - Indicador (1); Médio (2); Anelar (3); Mínimo (4).
Mão Direita (M.D.) - Polegar (p); Indicador (i); Médio (m); Anelar (a).
VIDEO 1

Para saber mais


O polegar da mão esquerda serve de suporte para os outros dedos da
mesma mão sobre o braço do violão, não recebendo nenhuma abreviação em
específico. Eventualmente, é utilizado por alguns intérpretes para adaptações ou
novas sonoridades, como a imitação da posição de capotrasto do violoncelo.

O dedo mínimo da mão direita é pouco utilizado dentro da literatura do


Violão, não recebendo assim uma abreviação específica. Quando é requisitado
em alguma obra, aparece como uma nota de rodapé do compositor ou de um
revisor, como é o caso de algumas obras para Violão de Heitor Villa Lobos
(1887-1959).

VIDEO 2

Villa e o uso do mindinho da Mão Direita, por Luciano Morais

1.7 Cifras e diagramação

Olá Cursista,
As cifras são símbolos que representam a formação de acordes e determinam a
categoria harmônica a partir de suas diversas combinações. Inicialmente são
utilizadas letras a partir da grafia musical anglo-saxã, no qual o nome da tônica
dos acordes são determinados da letra A até G.

Mais símbolos são utilizados para determinar as categorias, com o uso de números,
letras minúsculas, dentre outros.

Os quadros usados para ilustrar os acordes são muito fáceis de ler. O quadro mostra
uma parte do braço da guitarra. As linhas verticais representam as cordas do violão com
as cordas mais grossas à esquerda e as cordas mais finas à direita. As linhas horizontais
representam os trastes.

O capotraste do violão é representada pela barra horizontal espessa no topo do


diagrama. Os pontos que aparecem nas molduras ilustram onde você deve colocar os
dedos. Um X acima da linha superior indica que a corda deve ser silenciada ou não
tocada, enquanto um O acima da linha superior indica que a corda deve ser tocada
aberta (solta) (WALLACE; BRIDGES, 2002, p. 3).

Assista ao vídeo

VIDEO 1

Cifras - Notas musicais

VIDEO 2
REFERÊNCIAS

WALLACE, Randall; BRIDGES, Mark. The gig bag book of picture chords for all
guitarists in colour. New York: Amsco, 2002.

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