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viola de mão, ou vihuela (em castelhano), é um instrumento de cordas ibérico


aparentado com o alaúde renascentista
Conta com seis ou sete ordens de cordas que se acredita que afinavam em uníssono. As
cordas eram de tripa, sendo as mais graves banhadas entornadas de prata.
Alguns contavam com uma só roseta central e outras até cinco, de madeira talhada ou
de pergaminho e era frequente a decoração da tampa com incrustações de chapa de
madeira formando as características figuras geométricas que conferiam uma estética muito
especial ao instrumento. Os trastes eram iguais aos de todos os instrumentos de cordas
da época: eram móveis, de tripa enrolada ao redor do braço, no princípio em número de
nove ou dez e mais adiante até doze.

História[editar | editar código-fonte]
A viola de mão é um instrumento que alcança seu máximo esplendor na península
Ibérica durante o século XVI,
Durante os séculos anteriores os instrumentos de cordas adquiriram uma progressiva
configuração, já em meados de 1400, o Arcipreste de Hita faz diferença entre a viola de
mão (vihuela de peñola) tocada com plectro e a viola de arco (vihuela de arco). Mas as
fontes mais valiosas são os próprios tratados dos vihuelista e o tratado de Fray Juan
Bermudo. Em comparação com outros instrumentos de corda do Renascimento.Estão
catalogados somente quatro exemplares. Ao final do século XVI, a viola de mão caiu em
desuso e entrou na moda a guitarra barroca de cinco ordens, à qual foram frequentes as
modificações para adapta-la às novas exigências. Fato que possivelmente tenha
influenciado para que poucas vihuelas originais tenham se conservado.
Um dos instrumentos conservados se encontra no Museu Jaquemart André de Paris e é
conhecido como a Vihuela de Guadalupe, muito provavelmente fabricada em Lisboa no fim
do século XVI pelo violeiro português Belchior Dias. Este instrumento é pouco
representativo, pois suas dimensões são desproporcionais aos instrumentos da época.
Não podemos esquecer, no entanto, que no século XVI não existia uma altura normalizada
de diapasão e que a altura da afinação se buscava com base na experiência e as
necessidades do intérprete. Outra vihuela se encontra outro instrumento digno de menção
é o conservado no Museu Royal College of Music de Londres. Este instrumento pertenceu
ao português Belchior Dias (Lisboa, 1581)[1]. Os vihuelistas espanhóis contribuíram para
muito para o desenvolvimento da linguagem musical do século XVI.

Repertório[editar | editar código-fonte]
A primeira pessoa a publicar uma coleção de música para a viola de mão foi o
compositor valenciano Luis de Milán, com o volume Libro de música de vihuela de mano
intitulado El maestro de 1536, dedicado ao rei João III de Portugal. O sistema de notação
utilizado nesse e em outros livros de música para vihuela é a tablatura numérica. A música
é facilmente executada um violão moderno usando a afinação padrão (44434) ou a
afinação do alaúde clássico e da vihuela (44344).
Os livros de música para vihuela impressos que sobreviveram são, em ordem cronológica:

 'El Maestro' de Luis de Milán (1536)


 'Los seys libros del Delphin' de Luis de Narváez (1538)
 'Tres Libros de Música' de Alonso Mudarra (1546)
 'Silva de sirenas' de Enríquez de Valderrábano (1547)
 'Libro de música de Vihuela' de Diego Pisador (1552)
 'Orphénica Lyra' de Miguel de Fuenllana (1554)
 'El Pamasso' de Estevan Daça (1576).

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