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Viola brasileira

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Viola brasileira é a designação genérica de uma


categoria diversificada dos cordofones de mão com Viola brasileira
caixa de ressonância (a maioria em forma de 8), braço e
ordens duplas de cordas, derivada da família das violas
aristocráticas euro-latinas dos séculos XVI, XVII e
XVIII, recebida no Brasil ao longo desse período,
popularizada no século XIX (ou talvez antes) e
constituída por variantes regionais, algumas delas mais
rústicas e outras aparentadas às violas portuguesas do
século XIX. Seu repertório, pelo menos desde o século
XIX, é predominantemente de tradição oral, porém
desde o século XX proliferaram-se métodos impressos
para o aprendizado das violas e, a partir do início do
século XXI, somaram-se a essa tradição os primeiros
cursos superiores de viola brasileira.

Índice
Violas europeias
Violas portuguesas
Recepção da viola no Brasil
Antigos intérpretes de viola no Brasil
A construção de violas no Brasil colonial
O repertório antigo para viola Viola caipira com trabalho de marchetaria de
Braz Roberto da Costa (Braz da Viola), 2010.
Tipos de violas brasileiras
Informações
Viola caipira
Classificação cordofone de mão com
Viola angrense ou do litoral cordas duplas
Viola branca
Classificação cordofone composto
Viola de Queluz Hornbostel-Sachs
Viola machete Afinação padrão variável
Viola de cocho
Instrumentos relacionados
Viola de cabaça
viola caipira, viola angrense ou do litoral, viola
Viola de buriti (ou violinha de vereda) branca, viola de Queluz, viola de cocho, viola
Viola dinâmica (ou nordestina) machete, viola de cabaça, viola de buriti, viola
nodestina
Patrimônio cultural
Difusão e ensino
Vídeos
Ligações externas
Referências

Violas europeias
As violas europeias que deram origem às violas brasileiras foram desenvolvidas na Europa Latina renascentista
(principalmente na România ocidental e ainda mais na Península Ibérica), provavelmente a partir de um
instrumento medieval de origem latina (a guitarra latina), mas possivelmente também a partir de um
instrumento de origem árabe (a guitarra mourisca). Suas características essenciais são a caixa de ressonância
em forma de 8 e fundo plano, o emprego de cordas duplas ou triplas (na época denominadas ordens) e a
execução com os dedos, nas versões ponteado e rasqueado.[1][2][3] A estrutura e a forma das violas não deve
ser confundida com a dos alaúdes, diretamente relacionados ao ud árabe ( ), ainda que, no renascimento,
tenha havido afinações e técnicas de execução comum entre algumas violas e alaúdes.[4]

As violas de mão foram denominadas, no século XVI, a partir de duas raízes etimológicas: 1) do provençal
violla ou, segundo alguns autores, do latim fidicula,[5] palavras que designam instrumento genérico de cordas
(dedilhadas ou friccionadas) e geralmente usadas nos instrumentos de maior tamanho; 2) do grego kithara ou
do latim chitara, que também indicam instrumento de cordas, porém geralmente aplicada a instrumentos de
tamanho menor e tocados com dedos ou plectros. Nesse período, os instrumentos de tamanho maior (em torno
de 6 ordens) foram denominados vihuela na Espanha e viola em Portugal, enquanto os de tamanho menor (em
torno de 4 ordens) eram chamados guitarra na Espanha, mas provavelmente mantiveram o nome viola em
Portugal. Nos séculos XVII e XVIII circularam guitarras de 5 ordens em toda a Europa Latina, com algumas
variações nacionais ou locais e, no atual ambiente da música de concerto, denominadas guitarras barrocas.[5]

Violas portuguesas
Além das ricas fontes espanholas de repertório para vihuela do século
XVI, existem compêndios (teóricos e/ou práticos) ibéricos para viola
de mão publicados no século XVII, como o Nuevo modo de cifra
para tañer la guitarra, do português Nicolau Dias de Velasco
(1640),[6] e a Instrucción de música sobre la guitarra española, do
espanhol Gaspar Sanz.[7] Importantes fontes portuguesas de repertório
da transição do século XVII para o XVIII são o Códice da Fundação
Calouste Gulbenkian, o Códice da Biblioteca Geral da Universidade
de Coimbra e o Códice da Biblioteca Nacional de Lisboa (também
conhecido como o Códice do Conde de Redondo), além da Nova arte
de viola de Manuel da Paixão Ribeiro (1798), já contemporânea do
Estudo de guitarra de Antônio da Silva Leite (1796), este dedicado à
guitarra portuguesa. De acordo com Rogério Budasz, os códices do
século XVII da Fundação Calouste Gulbenkian e da Biblioteca Geral
da Universidade de Coimbra possuem principalmente fantasias e
rojões (passacalhes), incluindo possíveis obras de origem afro- Viola de mão (vihuela) representada
brasileira, enquanto o Códice do Conde de Redondo, da segunda ou na capa do El Maestro (1536), de
terceira década do século XVIII, enfatiza marchas e minuetos. Paixão Luis Milán.
Ribeiro, por outro lado, apresenta apenas minuetos e modinhas,
enquanto Antônio da Silva Leite imprime exclusivamente minuetos, marchas, alegros e contradanças.[8]

Quanto às particularidades organológicas das violas portuguesas dos séculos XVI, XVII e XVIII,
principalmente estudadas por Manuel Morais, existem importantes documentos portugueses e espanhóis dos
séculos XVI, XVII e XVIII, sendo estes os portugueses:
♦ Regimento dos violeiros, parte do Regimento dos oficiais mecânicos
da mui nobre e sempre leal cidade de Lisboa (1572)

♦ Regimento dos que fazem cordas de violas (1615)

♦ Acrescentamento do regimento do ofício de violeiro (1712)

♦ Factura da viola de mão que em Espanha chamam guitarra, de


João Vaz Barradas Muito Pão e Morato (1762)

♦ Nova arte de viola de Manoel da Paixão Ribeiro (1789)[9][10][11]

♦ Estudo de guitarra de Antonio da Silva Leite (1796).[12]

Em Portugal esse tipo de instrumento seguiu até hoje denominado


viola, pois nesse país o termo guitarra designa um instrumento
distinto, na origem, forma, repertório e técnica de execução. Nos
séculos XVII e XVIII foram comuns as violas portuguesas de 5 e 6
ordens duplas, porém no final do século XVIII surgiu a viola com Viola de 5 ordens por Belchior Dias
duas ordens triplas e três ordens duplas, descrita por Manuel da (Lisboa, 1581). Royal College of
Paixão Ribeiro em 1798, instrumento que utilizava cordas de metal Music, Londres.
(na época denominadas "de arame") ou de tripa.

Nos séculos XVI, XVII e XVIII, as violas e guitarras ibéricas foram


principalmente cultivadas pela aristocracia, a julgar por descrições
históricas e iconográficas e por fontes organológicas, e somente na
transição do século XVIII para o século XIX, começaram a se
popularizar, quando o violão de 6 cordas simples (em Portugal
denominado viola francesa) passou a ser o principal cordofone de
mão usado pela elite lusitana. Até o século XVIII a principal forma de
representação e leitura musical era feita por meio de tablaturas
numéricas (tanto para notas ponteadas quanto para acordes
rasqueados), porém o cultivo popular das violas, a partir do século Natureza morta com viola, por
XIX deu lugar à transmissão da música preferencialmente pela Tomás Yepes/Hiepes (Valência,
memória.[13] c.1595-1674).

As violas Citação:
portuguesas de 5 e
6 ordens duplas ou “E o oficial do dito ofício, que tenda houver de
triplas ter, fará uma viola de seis ordens, de costilhas
desdobraram-se no de pau preto ou vermelho laurada de fogo
século XX em muito bem moldada e laurada, tampão e
diferentes tipos, fundo de duas metades, junta pelo meio muito
sendo os principais bem feita e marchetada com um marchete de
a viola amarantina, oito e outro de quatro muito bem feitos, e pelo
a viola beiroa, a pescoço arriba levará um rótulo ou uma trena
viola braguesa, a Tablatura para viola (guitarra
com umas encaixaduras com seus remates e
viola campaniça, a espanhola) da Instrucciòn de Mùsica
será grudada com grude de peixe, fundo e
sobre la Guitarra Española (1674) de
viola toeira e a tampão, e será forrada por dentro com forros
Gaspar Sanz
viola de arame de pano. Fará um laço de talha fundo ou raso
(esta nas variedades muito bem feito. Regrará muito bem a dita
viola e a limpará e por esta maneira será
acabada. Encordoará a dita viola muito bem
madeirense, segundo pertencer ao tamanho dela, e
micaelense e apontará e afinará de maneira que possam
terceirense). [14][13] nela tanger. Fará um tabuleiro de xadrez e
tábuas acostumado muito bem desempenado
que seja para passar com as casas do
Recepção tabuleiro muito bem assentadas. Fará uma
da viola no harpa do tamanho que quiserem bem laurada
e bem junta e bem grudada com grude de
Brasil peixe e de bom compasso das cordas que
não vão umas mais largas que outras. Fará
uma viola de arco tiple ou contrabaixa qual
quiserem laurada de fogo e do tampão
cavado de muito boa grossura toda igual e da
regra que venha conforme ao cavalete que
não seja muito alto nem muito baixo. Mandam
que os violeiros que tenda houverem que
façam as violas de seis ordens de duas
costilhas, e sejam forradas com piões ou
lenços, e os laços delas de talha serão de
folha, e se os quiserem fazer no tampão dela
sejam forrados de pergaminho.”

Regimento dos violeiros (1572) [5]

A recepção da viola no Brasil ocorreu ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, com a imigração
principalmente de portugueses e espanhóis (estes numerosos no período da União Ibérica, entre 1580-1640).
Sendo as violas, naquela época, instrumentos de uso urbano, sua difusão iniciou-se nas vilas mais ricas da
costa brasileira, como Salvador, Recife, Olinda, São Luís, Belém e Rio de Janeiro, porém já em inícios do
século XVII está documentada em São Paulo e localidades próximas.[15]

A referência mais antiga ao uso da viola e instrumentos correlatos no Brasil, embora indireta, está na carta de
26 de junho de 1578 do inglês John Whithall (radicado na Vila de Santos - Capitania de São Vicente), para o
comerciante Richard Staper em Londres. Destinada a tentar estabelecer um comércio regular com a Inglaterra
e publicada em Londres em 1600, a carta solicitava o envio, para a Vila de Santos, de “Foure mases of gitterne
strings”, o que pode ser traduzido como “quatro maços de cordas de guitarra”.[16] A solicitação demonstra que
instrumentos de cordas dedilhadas já estavam em uso na Vila de Santos, para estimular a proposta de
importação de cordas, já em 1578.[17]

Os relatos jesuíticos participaram da primeira fase de documentação da recepção das violas no Brasil. Os
primeiros relatos jesuíticos que mencionam instrumentos denominados “viola” estão nas cartas de José de
Anchieta datadas de 19 de janeiro de 1584 e de 27 de dezembro do mesmo ano. O jesuíta Fernão Cardim, na
“Informação da Missão do P. Cristóvão Gouveia às partes do Brasil”, de 16 de outubro de 1585, afirma ter
assistido, no Espírito Santo em junho de 1583, danças de meninos indígenas “ao som da viola, pandeiro e
tamboril e frauta”.[15][18] Fernão Cardim também deixou o interessante relato sobre as aldeias indígenas do
Espírito Santo, Santo Antônio e São João em janeiro de 1584: “Em todas estas três aldeias há escola de ler e
escrever, aonde os padres ensinam os meninos índios; e alguns mais hábeis também ensinam a contar, cantar e
tanger; tudo tomam bem, e há já muitos que tangem frautas, violas, cravos, e oficiam missas em canto d’órgão,
cousas que os pais estimam muito.” O jesuíta Francisco Soares ressaltou, em c.1590, as habilidades musicais
dos meninos indígenas nas aldeias do Brasil: “alguns tangem e dançam, a saber, viola, flautas 7 juntas, cravo e
órgãos e o que lhes ensinam tudo tomam”.[15][18]
Por outro lado, tais relatos não explicitam se as referidas violas são de mão ou de arco: João Felipe Bettendorf
em um manuscrito de 25 de maio de 1698, informa que, entre 1690 e 1692 o padre Diogo da Costa, no
Colégio de São Luís (MA) “sabia cantar e tocar admiravelmente bem a viola, ensinou os rapazes a cantarem e
tocarem”, informação que pode se referir tanto a uma viola de mão quanto a uma viola de arco, pois em 1695
o mesmo recebeu, em uma aldeia do Maranhão, “os domésticos de Diogo Pereira, que eram os meus músicos,
e acompanhavam canto com suas rabecas e violas, que toavam com muita destreza, e sobre todos ele Manoel
Pereira, filho morgado de Diogo Pereira”.[15][18] Em aldeias indígenas do Rio São Francisco, entre 1671-
1686, quando lá esteve o padre Martin de Nantes, este informou, no livro Relation succinte et sincere de la
mission du pere Martin de Nantes (Quimper, c.1707), que presenciou casamentos, nos quais “Encontra-se
sempre, nessas ocasiões, bom número de portugueses, que trazem violas e rabecas para a solenidade, cantam
motetos e dão, eles próprios, muitos tiros de espingarda, para que haja maior regozijo”.[15][18] A representação
de uma viola de mão no teto da sacristia do Convento de Santo Antônio de Igarassu (PE), além da existência
de uma vihuela de c.1600 na igreja da Companhia de Jesus em Quito (Equador),[19] que provavelmente
pertenceu a Santa Mariana de Jesus, indicam a utilização religiosa da viola de mão naquele período.

Em função da perda de grande parte da documentação administrativa


brasileira do período colonial, ao lado da profusão de cartas e
relatórios produzidos e preservados pelos jesuítas (várias das quais
mencionam o uso da viola), surgiu entre os antigos historiadores da
música brasileira a versão incorreta de que a viola havia sido
introduzida na América Portuguesa por esses religiosos no final do
século XVI,[20] porém a documentação do período demonstra que a
viola já estava em pleno uso nos ambientes laicos e urbanos
brasileiros desse período, sem conexão direta com o trabalho
jesuítico,[18] como se observa, entre outros, nos inventários e
testamentos paulistas do século XVII até agora publicados:[21]

Anjo tocando viola, pintura do final


do século XVII ou início do século
XVIII no teto da sacristia do
Convento de Santo Antônio de
Igarassu (PE).
Viola (1700), violino, bandolim e sua
caixa, por Antonio Stradivari.

"Chitarra Spagnola", do Gabinetto


Armonico pieno d'istromenti sonori
(1722) de Filippo Bonanni (1638-
1723).
Instrumentos musicais citados nos inventários e testamentos paulistas (1604-1700)
Instrumento Proprietário Documento Local Data Valor
Pandeiro Manuel Chaves Inventário São Paulo 04/10/1604 $160
Viola Mécia Roiz Inventário São Paulo entre 01/08/1605 e 04/02/1606 $320
Viola / guitarra Paula Fernandes Inventário São Paulo 19/09/1614 $640
Cítara Francisco Ribeiro Inventário São Paulo 22/08/1615 1$280
Viola João do Prado Inventário São Paulo 23/09/1615 1$280
Viola Balthazar Nunes Inventário São Paulo ?/06/1623 1$280
Cítara Francisco Leão Inventário Parnaíba 19/02/1632 $480
Harpa Simão da Mota Requeixo Inventário São Paulo ?/03/1650 6$000
Viola Leonardo do Couto Inventário Parnaíba 03/08/1650 $320
Viola Sebastião Paes de Barros Inventário Parnaíba 24/12/1688 2$000
Harpa Sebastião Paes de Barros Inventário Parnaíba 24/12/1688 $160
Violas Afonso Dias de Macedo Testamento Itu 20/03/1700 -

Entre os 6 instrumentos relacionados às violas e registrados nos inventários paulistas até agora impressos, seus
valores sugerem duas categorias de instrumentos: os grandes (e portanto mais caros) e os menores e mais
baratos. Esses documentos fornecem algumas informações adicionais: a viola de João do Prado (1615) possuía
"oito tastos de cordas", ou seja, oito trastes de cordas enroladas no braço (situação usual para esse instrumento
nessa época), enquanto a viola de Baltazar Nunes (1623) possuía "seis cordas" (provavelmente duplas); as
violas de Afonso Dias de Macedo (1700) eram de "pinho do reino", o que indica que foram provavelmente
construídas em Portugal. De fato, segundo a “Pauta da dízima da Alfândega da Vila de Santos pela do Rio de
Janeiro”, de 1739,[22] entravam frequentemente no Brasil violas feitas em Portugal, sendo seus valores, nesse
ano, os seguintes:

♦ Violas comuns - a dúzia 6$000

♦ Violas marchetadas - cada uma $800

♦ Violas pequenas - a dúzia 1$800

♦ Cordas de viola - o maço $500

Somente em 1796 entraram no Maranhão 1123 violas a $600 réis e 389 violas pequenas a $300 réis originárias
de Portugal,[8] o que revela a intensidade da recepção desse instrumento no Brasil colonial.

Tais informações indicam a primeira grande via receptiva das violas no Brasil, constituída pela transferência de
exemplares acabados, seja como bagagem, seja como produto importado. A segunda grande via, já
comprovada no caso do violeiro português Domingos Ferreira, falecido em Vila Rica em 1771, consistiu na
construção de violas, em território brasileiro, a partir de modelos europeus (especialmente portugueses). A
terceira grande via, cuja investigação histórica é mais difícil, em função da raridade de informações históricas e
documentos organológicos, mas cuja existência é facilmente demonstrável a partir do estudo dos tipos atuais,
foi a difusão de variantes locais mais ou menos distantes dos modelos europeus, como a viola de cocho, a viola
de cabaça, a viola dinâmica e várias outras, variantes nas quais existem características simultaneamente
europeias e brasileiras.[15][13][2]
A recepção das violas no Brasil, pelas três grandes vias acima descritas, ocorreu
tanto a partir dos modelos aristocráticos durante o período colonial (séculos Gregório de Matos (1636-1696)
Romance
XVI, XVII e XVIII), quando a partir dos modelos populares portugueses ao
longo dos séculos XIX e XX, como é demonstrável no caso das violas de Um cruzado pede o homem,
Queluz, produzidas entre o final do século XIX e início do século XX pelas
famílias Meirelles e Salgado na cidade de Queluz (atual Conselheiro Lafaiete - Anica, pelos sapatos,
MG), a partir das violas toeiras, de Portugal. A representação de instrumentos
mas eu ponho isso à
musicais em gravuras de Debret e Rugendas demonstra a variedade dos
viola
cordofones dedilhados que estavam em uso no Brasil, já na primeira metade do
século XIX, incluindo instrumentos de corpo piriforme.[23] na postura do cruzado:

Tais processos produziram grande diversidade nos tipos de violas brasileiras,


cujo estudo acadêmico ainda está em fase inicial.[15][1][13][2] Diz, que são de sete
pontos,
Antigos intérpretes de viola no Brasil
mas como eu tanjo
rasgado
O mais célebre intérprete brasileiro de viola do século XVII foi Gregório de
Matos (1636-1696), cujas obras poéticas possuem importantes informações nem nesses pontos me
sobre a prática da viola no período: sua poesia erótica "Um cruzado pede o meto,
homem", por exemplo, associa a nomenclatura da viola ao cortejo de uma
dama.[24] A documentação dos séculos XVII e XVIII menciona outros nem me tiro desses
intérpretes de viola no Brasil, como Frei Plácido em São Paulo e Francisco trastos.
Rodrigues Penteado em Pernambuco, citados por Pedro Taques de Almeida
Paes Leme,[8] o mestre da capela João de Lima, citado por Domingos do
Loreto Couto em 1757, e o afro-descendente Manuel de Almeida Botelho, Indo assim se eu não
pernambucano nascido em 1721 e transferido para Lisboa em 1749, onde soubera
compôs “várias sonatas e tocatas, tanto para viola como para cravo”,
infelizmente perdidas.[8] José Mazza cita Luís Álvares Pinto na segunda metade o como tens trastejado
do século XVIII e, em Minas Gerais atuava, em 1798, “o Alferes Caetano
na banza dos meus
Furtado de Mendonça, homem pardo morador de presente nesta Vila Rica, que
sentidos
vive de jornais de seus escravos e de ensinar a tocar viola”.[25] No início do
século XIX, é mais conhecido o caso de Joaquim Manoel da Câmara, intérprete pondo-me a viola em
de viola e machete, e a maioria desses casos parece estar relacionada ao uso da cacos:
viola aristocrática portuguesa a partir de fontes escritas.

Gregório de Matos é uma exceção aos registros dos séculos XVII e XVIII, pois O cruzado pagaria,
o poeta usava uma viola de cabaça feita por ele mesmo (portanto já distante do
modelo aristocrático português), e a música que praticava parece ter sido de já que fui tão
tradição oral, embora a maior parte das danças que o poeta menciona fossem desgraçado,
conhecidas em Portugal. A existência de obras de possível origem afro-
brasileira nos códices de música para viola do século XVII, da Fundação que buli co’a
Calouste Gulbenkian e da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra[8] escaravelha,
soma-se à possibilidade de que a viola já estaria sendo usada a partir de
tradições orais, por tocadores nem sempre integrantes da elite colonial. e toquei sobre o buraco.

Inúmeras notícias em jornais brasileiros do século XIX indicam que escravos


africanos frequentemente tocavam viola e guitarra, embora seja difícil saber Porém como já conheço
exatamente a quais instrumentos tais notícias se referem. Humberto Amorim
que o teu instrumento é
encontrou documentou dezenas de ocorrências desse tipo somente no período
baixo,
de 1808-1830, em 10 periódicos do Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, São
Paulo e Minas Gerais,[26] o que atesta a popularização desse instrumento já no
início desse nesse século. Constatações como essa apontam para uma provável e são tão falsas as
popularização dos cordofones dedilhados no Brasil antes do século XIX, ainda cordas,
na fase colonial.
que quebram a cada
passo:
A construção de violas no Brasil colonial
Os mais antigos documentos relacionados à construção de violas no Brasil estão Não te rasgo, nem
no processo de inventário de Domingos Ferreira (Braga, Portugal, 1709 - Vila ponteio,
Rica, Brasil, 1771), mestre violeiro que estabeleceu, em data ainda
desconhecida (porém anterior a 1761), uma oficina de construção de violas em não te ato nem desato,
Vila Rica (atual Ouro Preto - MG). O processo, pertencente ao Arquivo do
Museu da Inconfidência de Ouro Preto (Casa do Pilar, cód. 35, auto 427, 1º que pelo tom, que me
Ofício, de 99 folhas, aberto em 1771 e encerrado em 1777), foi estudado e tanges,
parcialmente publicado por Paulo Castagna, Maria Teresa Gonçalves Pereira e
pelo mesmo tom te
Maria José Ferro de Sousa.[27][28][29][30]
danço.
De acordo com essa documentação, Domingos Ferreira produzia e vendia, com
auxílio do escravo Antônio "Angola", grande quantidade de violas grandes (ou
Busca a outros
ordinárias), meias violas, descantes grandes e pequenos, e machinhos de
temperilhos,
quatro cordas duplas, grandes e pequenos.[27] Nenhum desses instrumentos foi
preservado e não são totalmente claras as suas características, porém a análise que eu já estou
do seu processo de inventário revela que as violas produzidas por Domingos destemperado,
Ferreira e Antônio “Angola” seguiam os padrões portugueses de construção e
eram dependentes de vários itens importados de Portugal, como os “tampos de estou para me rasgar,
Veneza” (na verdade originários das cidades de Veneza, Flandres e Hamburgo)
e os maços de cordas de tripa e bordões cobertos de prata para encordoar seus minhas cousas
instrumentos, importados por altos preços, de Lisboa e do Porto. Os violeiros cachimbando.
produziam os fundos e as costilhas (ripas para a produção de fundos mais
elaborados) de “pau de mangue”, que adquiriam de extração local e
provavelmente também produziam as partes do braço dos instrumentos, embora sobre estas não figure
qualquer informação no processo. Para guardar as violas recém fabricadas, Domingos e Antônio adquiriam
caixões de pinho dos artesãos locais.[27]

O processo de inventário de Domingos Ferreira comprova, portanto, a produção de violas no Brasil em


meados do século XVIII,[27] ao lado da importação de violas europeias. Essas duas maneiras de obtenção de
violas parecem ter coexistido até o final do período colonial, porém ao longo do século XIX, com a adoção do
violão pelas elites e a popularização das violas no Brasil, a quantidade de mestres violeiros (e de fábricas a
partir do século XX) passou a suprir a demanda, gerando as variantes locais que chegaram ao presente.

Violões já eram frequentes no Brasil na primeira metade do século XIX, figurando na iconografia da época,
como na gravura anônima "Negra ao violão, padre dançando" (pertencente a uma colação particular) e na
gravura de Nachtmann, Spix e Martius intitulada "Festa da Rainha in Minas" (1823-1831). A literatura do
período também apresenta indícios da popularização da viola e da adoção do violão pela elite brasileira,
especialmente no Rio de Janeiro.[31] Por outro lado, há uma certa confusão no Brasil entre as designações
viola e violão no século XIX,[32] acarretada, entre outros fatores, pelo uso português da expressão viola
francesa para designar o instrumento que no Brasil é denominado violão, o que torna necessário bastante
cuidado na interpretação da documentação desse período sobre tais instrumentos.[33]

O repertório antigo para viola


As fontes brasileiras desse período relacionadas à viola
são apenas literárias. De acordo com as mesmas, as
violas eram usadas principalmente para o
acompanhamento de canções e para a execução solística
de danças (ou peças aparentadas, como a fantasia). Nos
dois casos eram empregados o ponteado (ou ponteio) e o
rasgado (ou rasqueado).

Na transição do século XVII para o XVIII, foram


comuns no Brasil as danças de origem lusitana e algumas
de origem afro-brasileira. Gregório de Matos (1636-
1696), em sua obra poética,[24] cita pelo menos 12
danças, sendo 7 delas em apenas dois versos de sua
“Regra de bem viver, que a persuasões de alguns amigos
deu a uns noivos, que se casavam”, enquanto Raphael
Bluteau (Suplemento, parte 2, 1728, p.220) indica a
existência, em Portugal, de 11 “sons, ou peças mais
ordinarias, que na viola se tocam” (quadro 13).[34]

As poesias de Gregório de Matos apresentam fortes


indícios de que já havia alguma popularização das violas
na Bahia e Pernambuco do século XVII, com variações
Tangedor de viola, em pintura do século XVIII em
em sua construção e com a prática de repertórios também
teto residencial de Diamantina (MG), exposta no
locais. Uma análise das referências a danças de viola nas
Museu Regional de São João del-Rei (MG).
poesias de Gregório de Matos Guerra e no Dicionário

Citação:

“Viola. Instrumento músico de cordas. Tem


corpo côncavo, costas, tampa, braço,
espelho, cavalete para prender as cordas e
pestana para as dividir, e para as por em
proporção igual; tem onze trastes, para se
dividirem as vozes e para se formarem as
consonancias. Tem cinco [ordens de] cordas,
a saber: a primeira, a segunda e corda prima,
a contraprima e o bordao. Há violas de cinco Joaquim Cândido Guillobel - Festa do Divino (Rio
requintadas, violas de cinco sem requinte, de Janeiro, 1812-1816).
violas de arco, etc. Chamam-lhe comumente
cithara, posto que o instrumento a que os
latinos chamaram cithara podia ser rriuito
diverso do que chamamos Viola”

Raphael Bluteau - Dicionário português e


latino (1713)

português e latino (1712-1728) de Raphael Bluteau revela a existência de 19 tipos de danças, que devem ter
sido comuns em Portugal e no Brasil desse período:[15][27]
Danças de viola, de acordo com Gregório de Matos
(1636-1696) e Raphael Bluteau (1638-1734)
Danças Gregório de Matos Raphael Bluteau
Amorosa ♦
Arrepia ♦
Arromba ♦ ♦
Canário ♦ ♦
Cãozinho ♦ ♦
Cubango ♦
Espanholeta ♦
Fantasia ♦ Possível viola de cabaça na gravura
"Costumes de São Paulo" (1835), de
Gaturda ♦
Johann Moritz Rugendas (1802-
Guandu ♦ ♦ 1858).
Marinheira ♦
Pandunga ♦
Passacalhe ♦
Paturi ♦
Pavana ♦
Saltarelo ♦
Sarabanda ♦
Sarau ♦
Vilão ♦

No século XVIII, a julgar pelas publicações portuguesas


Desconhecido - Negra ao violão, padre dançando
conhecidas, difundiram-se as marchas, minuetos e (c.1829).
modinhas, estas últimas intensamente cultivadas como
gênero refinado e por tradição escrita no século XIX,
porém derivada em muitos tipos brasileiros de canções
populares de tradição oral, no decorrer dos séculos XIX e
XX.[8][9][12] O século XIX marca o período de
popularização da viola e a prática quase exclusiva de
repertório de tradição oral, que, portanto, pode ser
conhecido apenas de forma limitada, por descrições
literárias. Somente a partir do início do século XX o
repertório da viola brasileira começou a ser gravado,
anotado, descrito e estudado, iniciando-se um período de
difusão do conhecimento e repertório da viola brasileira
em gravações, livros, artigos e documentários.[35]

Tipos de violas brasileiras Nachtmann, Spix e Martius - Festa da Rainha in


Minas (1823-1831).

Viola caipira
Comum nos
estados de
Goiás, Paraná,
São Paulo,
Minas Gerais e
Rio de Janeiro.
Possui grande
diversidade de
denominações,
sendo construída
desde o início do
século XX tanto
de forma
artesanal quanto
fabril.[36] Utiliza Almeida Júnior - O Violeiro (1899).
diversas
afinações, sendo as mais comuns Cebolão, Rio Abaixo, Boiadeira e
Natural. A afinação Paraguaçu, mais comum no Nordeste, também é
encontrada no Vale do Paraíba. É utilizada em folguedos tradicionais,
Instrumentos da primeira metade do como Catira, Fandango, Folia de Reis, Dança de São Gonçalo, Dança
século XX do Museu Histórico de Santa Cruz e outras.
Sorocabano (Sorocaba - SP): 1 -
viola Saturnino Rodrigues; 2 - viola
de lata sem indicação de autoria; 3 - Viola
viola Tranquillo Giannini.
angrense
ou do
litoral

Comum no litoral dos estados do Paraná, São Paulo e


Rio de Janeiro, e associada à cultura caiçara.
Frequentemente possui, além das cinco ordens de cordas,
uma corda aguda instalada entre o rastilho e um suporte
de cravelha denominado periquito (aplicado entre o lado
Violas caipiras na "Festa do Divino" (1841), de
esquerdo do braço e a caixa de ressonância), para ser
Miguelzinho Dutra.
tangida pelo polegar, mas não ponteada pela mão
esquerda, uma vez que não passa pelo braço do
instrumento. Em função desse dispositivo, tal corda costuma ser denominada periquito ou turina.[37]

Viola branca

Específica da região de Iguape e Cananéia, no litoral do estado de São Paulo. Provavelmente baseada na viola
beiroa (da região de Beira Baixa, Portugal), possui dez trastes, utiliza as antigas cravelhas de madeira ao invés
das modernas tarraxas metálicas.[37] É construída com a madeira da caixeta ou caxeta (Tabebuia cassinoides) -
também denominada pau-de-tamanco, tabebuia e pau-de-viola - cuja coloração clara é a origem da designação
viola branca. As violas brancas de Cananéia frequentemente possuem a corda periquito ou turina, mais raras
nas violas de Iguape. É o principal instrumento do fandango de Iguape e Cananéia.[37]

Viola de Queluz
Específica da antiga cidade de Queluz (atual Conselheiro Lafaiete - MG), foi produzida entre o final do século
XIX e início do século XX pelas famílias de imigrantes portugueses Meireles e Salgado, a partir do modelo da
viola toeira de Portugal.[38][39][40] Existem antigos exemplares de violas de Queluz, ricos em trabalhos
criativos de marchetaria, na coleção Max Rosa, luthier especializado no estudo e restauração desse tipo de
instrumento.[41]

Viola machete

Também denominada machete, machim, machinho, machetinho ou


mochinho, e possivelmente originária da Ilha da Madeira, possui
quatro ou cinco ordens de cordas, geralmente afinadas em quintas e
corpo menor que a viola ordinária. Foi documentada no cururu rural
de São Paulo e encontra-se ainda em uso no recôncavo baiano e
outras regiões brasileiras.[42] Domingos Ferreira já produzia
"machinhos de quatro cordas duplas, grandes e pequenos" em Vila
Rica, na década de 1760,[27][43] e Arnaud Julien Pallière (1784-1862)
representou um machete em seu desenho "O Pedesto" (São Paulo,
1821).

Viola de cocho

Comum nos estados de Mato Grosso e


Mato Grosso do Sul. É produzida em
Machete, no desenho "O Pedesto"
uma peça de madeira inteiriça, cuja
(São Paulo, 1821), de Arnaud Julien
forma lembra o antigo cocho rural (peça
Pallière (1784-1862).
lavrada em tronco maciço de árvore,
para colocação de alimentos para
animais), e sobre a peça escavada são afixados o tampo, o cavalete, o espelho, o
rastilho e as cravelhas.[44] As madeiras mais usadas são a ximbuva e o sarã (para
a caixa de ressonância), a raiz de figueira branca (para o tampo) e o cedro (para
as demais partes). Com a função de trastes, são enrolados no braço tiras de
barbante comum revestido com cera de abelha, o que aumenta sua aderência à
madeira. A viola de cocho utiliza cinco cordas, denominadas prima, contra, corda
do meio, canotio e resposta, sendo quatro cordas de tripa ou de linhas de pescar e
uma revestida de metal.[45] As principais afinações são canotio solto (de baixo
para cima: ré, lá, mi, ré, sol) e canotio preso (de baixo para cima: ré, lá, mi, dó,
sol). Por meio do Decreto nº 3.551, de 4 ago. 2000, o IPHAN registrou o “modo
de fazer viola de cocho” como Bem Cultural no Livro do Registro dos Saberes
(v.1, f.4, reg. nº 2).[46][47]

Viola de cocho. Viola de cabaça

Foi inicialmente referida na obra poética de Gregório de Matos, no século XVII,


particularmente na série poética Andanças de uma viola de cabaça. Vários cordofones dedilhados
representados na iconografia de Debret e Rugendas, na primeira metade do século XIX,[23] podem ter tido
como modelos violas de cabaça, particularmente o instrumento representado na imagem “Costumes de Rio de
Janeiro”, que repousa sobre um álbum de música em uma almofada (e do qual infelizmente não foi
representada a cravelheira), cujo corpo é piriforme, o fundo visivelmente convexo e o braço longo,
configuração desconhecida em cordofones europeus desse período, apesar de Rugendas referir-se a esse tipo
de viola como “mandolino”. Considerando-se que uma parte
substancial das representações de cordofones dedilhados no Brasil da
primeira metade do século XIX exibe instrumentos de corpo
piriforme,[23] é preciso considerar, além da tentativa de fidelidade,
também a possível "europeização" da iconografia musical em imagens
como as de Debret e Rugendas, evidente em outros autores, como
Jean de Léry e Théodore de Bry.

A viola de cabaça foi revitalizada a partir da segunda metade do


século XX, sendo atualmente produzida na oficina de vários luthiers
Possível viola de cabaça na gravura
brasileiros[48] e utilizada por vários intérpretes, com destaque para o "Costumes de Rio de Janeiro"
violeiro Fabrício Conde.[49] Atualmente é um instrumento cuja lateral (1835), de Johann Moritz Rugendas
da caixa de ressonância é feita com a metade de uma cabaça grande à (1802-1858).
qual são aplicados o tampo e o fundo, o que resulta em uma caixa de
ressonância parcialmente piriforme, com leve reentrância que mantém
a forma de 8 e com fundo plano, menor que o tampo.

Viola de buriti (ou violinha de vereda)

Comum no estado de de Tocantins, a partir da utilização da maderia do buriti. Criada na década de 1940 na
comunidade Mumbuca do Jalapão, a viola de buriti, também denominada violinha de vereda, utiliza, em lugar
da caixa de ressonância, troncos escavados do buriti, com 4 cordas de náilon.[50] A mesma estrutura é usada
na rabeca de buriti, tocada com arco.

Viola dinâmica (ou nordestina)

Comum nos estados do Nordeste brasileiro e muito associada aos repentistas, que utilizam frequentemente a
afinação Paraguaçu. Possui amplificadores acústicos na forma de cones de alumínio aplicados ao tampo
harmônico, que produzem seu timbre característico, e suas 12 cordas metálicas estão agrupadas em duas
ordens triplas e três ordens duplas, portanto com evidente herança das violas portuguesas.[13]

Patrimônio cultural
Apesar da representatividade das violas no Brasil, ainda não existe um registro nacional de sua prática e
somente o “modo de fazer viola de cocho” foi registrado pelo IPHAN como Bem Cultural.[46][47] Por outro
lado, já foi apresentado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em 10 de junho de 2015, o Projeto de Lei
Nº 1.921/2015, que declara patrimônio histórico, cultural e imaterial do Estado a manifestação musical Viola
Caipira Mineira,[51][52] ainda em tramitação, enquanto o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico
de Minas Gerais (IEPHA) prepara a apresentação de um Dossiê de Registro dos “Saberes, Linguagens e
Expressões Musicais da Viola em Minas Gerais” ao Conselho Estadual de Patrimônio Cultural de Minas
Gerais (CONEP), para seu reconhecimento como bem imaterial do Estado de Minas
Gerais.[53][54][55][56][57][58] Paralelamente, a Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte apresentou,
em 1º de dezembro de 2016, um Requerimento para Instauração de Processo Administrativo de Registro, no
IPHAN, do Movimento da Viola Brasileira no Livro III de Registro de Bens Culturais e Natureza Imaterial
que constituem Patrimônio Cultural Brasileiro.

Difusão e ensino
As principais formas de ensino e aprendizado da viola, desde o período colonial, foram a partir da relação
entre mestre e discípulo, da observação e do autodidatismo.[13][2] A necessidade de descobrir por si próprio o
funcionamento do instrumento e a produção de efeitos atrativos gerou lendas como a do pacto com o diabo e
entrega da alma em troca do virtuosismo, provavelmente originada na antiga lenda do Fausto e já aplicada a
músicos do século XIX, como Niccolò Paganini.

O ensino formal de música estabelecido no Brasil a partir do século XIX, por outro lado, adotou
exclusivamente os instrumentos musicais europeus, desconsiderando a viola brasileira,[3] ao contrário de países
como a Índia, em cujas escolas desse período ensinava-se a execução dos seus instrumentos tradicionais.[59] O
surgimento de cursos coletivos de viola brasileira em escolas privadas, a partir da segunda metade do século
XX, bem como o surgimento de gravações, métodos impressos, orquestras de viola e documentários (para a
televisão e em vídeo) não extinguiram a ação dos mestres de viola e a necessidade de observação e
autodidatismo, que ainda existem em muitas regiões do país.[13]

Na segunda metade do século XX a viola começou a ser usada de maneira formal em composições eruditas,
como nos 7 Prelúdios para viola, no Concertino para a viola e orquestra e na Missa a Nossa Senhora dos
Navegantes (em português) de Ascendino Theodoro Nogueira, obras gravados pela Chantecler em 16 de
agosto de 1964.[60][61]

Mesmo na maior parte do século XX, a viola foi vista pela sociedade brasileira como instrumento inculto, e
somente em suas últimas décadas passou a ser mais respeitado, em função da atuação de violeiros de destaque,
como Renato Andrade, e de programas de televisão de grande audiência, como Viola, minha viola, com
Inezita Barroso, e Senhor Brasil, com Rolando Boldrin, ambos na TV Cultura, além de uma visão cada vez
mais aberta sobre as culturas populares. Por conta desses fatores, em 2008 a Universidade de São Paulo abriu
o primeiro curso de Bacharelado em Viola Brasileira, com Ivan Vilela,[62] ocorrendo o mesmo em 2010 na
Universidade de Brasília, com Roberto Correa.[63]

Vídeos
Renato Andrade - Viola Enfeitiçada (TV Câmara) (https://www.youtube.com/embed/e-udPV9k5
Jc)
Sou Viola Caipira - Episódio 1 (https://www.youtube.com/embed/O7VaqnZ9im4)
A viola - história, resistência e transformação (https://www.youtube.com/embed/gVSBfEQ9XiY)
"Viola Caipira" - vídeo documentário (https://www.youtube.com/embed/HDaBYwK0g9Y)
Viola encantada: intergerações viola paulista (https://www.youtube.com/embed/aCRk2a4mR3
E)
Chora viola - documentário (https://www.youtube.com/embed/puBYcr6MHSI)
Programa Viação Cipó - Violas de Queluz Férias - bloco 2 (https://www.youtube.com/embed/hu
YPDSdEuuQ)
Luthieria - viola de cabaça (TV UNESP) (https://www.youtube.com/embed/uMnObMTmEmI)
Viola de cabaça (Fabrício Conde) (https://www.youtube.com/embed/3yjhnsK3D7I)
Construção da viola de cabaça (https://www.youtube.com/embed/2peSbjjtff0)
Sobre a viola de cocho - Roberto Corrêa (https://www.youtube.com/embed/nl4ntj-48hg)
Modo de Fazer Viola de Cocho (IPHAN) - Parte 1 (https://www.youtube.com/embed/nxjdeS_N
X6o)
Modo de Fazer Viola de Cocho (IPHAN) - Parte 2 (https://www.youtube.com/embed/LlRq7Hm
MjrU)
Modo de Fazer Viola de Cocho (IPHAN) - Parte 3 (https://www.youtube.com/embed/MQHEev7
vTgM)
Viola de buriti (https://www.youtube.com/embed/oDDjbvAA1to)
Viola de buriti (dueto) (https://www.youtube.com/embed/vzqwfqnLVvA)
Um Brasil de viola: Oliveira de Panelas 1 - João Pessoa (PB) (https://www.youtube.com/embe
d/cwYwLHTb76I)
Os acordes na viola caipira de Ivan Vilela (https://www.youtube.com/embed/I5htZ0mdIY8)
Almir Sater e Tião Carreiro - solos de viola (https://www.youtube.com/embed/FiL7uUCe1xc)

Ligações externas
Música do Brasil
Cultura do Brasil
Cultura de Portugal
Cultura da Espanha
Instrumentos musicais tradicionais portugueses
Registro do modo de fazer viola de cocho no IPHAN (http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinde
r/arquivos/Dossie_modo_fazer_viola_cocho.pdf)

Referências
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H4H)
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(doutorado) - Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. São Paulo,
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7. «Instruccion de musica sobre la guitarra española y metodo de sus primeros rudimentos, hasta
tañerla con destreza : con dos laberintos ingeniosos, variedad de sones y dances de
rasgueado ... ; con un breue Tratado para acompañar con perfección, sobre la parte muy
essencial para la Guitarra, Arpa, y Organo, resumido en doze reglas, ... compuesto por el
licenciado Gaspar Sanz, aragones, ... - Sanz, Gaspar (1640-1710) - Música impresa - 1674» (ht
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