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FRANCO, Vanessa F. Perfil de expressão de isoformas da osteopontina em tumores de ovário e sua correlação com dados clínico-patológicos.2009
FRANCO, Vanessa F. Perfil de expressão de isoformas da osteopontina em tumores de ovário e sua correlação com dados clínico-patológicos.2009
Coordenação de Pesquisa
Divisão de Medicina Experimental
Dissertação do Programa de
Pós-graduação Stricto-sensu
em Oncologia do INCa
Rio de Janeiro – RJ
2009
F825p Franco, Vanessa Ferreira
71.
Resumo ..............................................................................................................I
Abstract .............................................................................................................II
1. Introdução…………………………………………………………………….........1
1.1. Epidemiologia do câncer de ovário ...................................................1
4. Osteopontina................................................................................................14
4.1. O Gene.............................................................................................14
4.2. O RNA..............................................................................................15
4.3. A proteína.........................................................................................16
4.4. Papel funcional da OPN...................................................................17
4.5. Expressão da OPN nos diversos tumores ......................................19
4.6. OPN e expressão de isoformas variantes em tumores................... 21
4.6.1. Isoformas de “splicing” alternativo como biomarcadores
tumorais........................................................................................21
4.6.2. OPN e suas isoformas de “splicing”...................................22
5. Objetivos......................................................................................................25
5.1. Objetivo Principal.............................................................................25
5.2. Objetivos Específicos.......................................................................25
6. Material e métodos......................................................................................25
6.1. Critérios de inclusão.........................................................................25
6.2. Critérios de exclusão........................................................................25
6.3. Descrição das amostras...................................................................26
6.4. Dados clinico-patológicos.................................................................26
6.5. Coleta do tecido...............................................................................27
6.6. Extração do RNA total......................................................................27
6.7. Síntese de cDNA..............................................................................27
6.8. RT-PCR............................................................................................28
6.9. PCR em tempo real..........................................................................28
6.10. Cálculo do nível de expressão das OPNs......................................30
6.11. Análises estatísticas.......................................................................30
7. Resultados....................................................................................................31
7.1. Caracterização dos parâmetros clínicos e patológicos dos grupos de
pacientes analisados...............................................................................31
7.2. Caracterização do perfil de expressão das isoformas de
OPN........................................................................................................33
7.3. Freqüência de expressão das diversas isoformas da OPN nos
diversos tecidos ovarianos......................................................................35
7.4. Análise do nível de expressão de múltiplas isoformas da
osteopontina em diferentes tecidos ovarianos........................................36
7.5. Relação entre a expressão das diferentes isoformas de OPN em
uma mesma amostra tecidual.................................................................38
7.6. Correlação do nível de expressão das isoformas de OPN com
diferentes parâmetros clínico-patológicos de pacientes com tumores
ovarianos.................................................................................................39
7.7. Relação entre o nível de expressão das OPNs e os valores do CA-
125 e achados cirúrgicos........................................................................42
8. Discussão.....................................................................................................46
9. Referências Bibliográficas..........................................................................53
10. Anexo
Tabela 1: Relação entre o nível de expressão relativo médio das OPNs
e os diversos dados clínicos- patológicos...............................................69
11. Apêndices
Apêndice 1: artigo submetido para publicação em novembro 2009
................................................................................................................70
Resumo
O carcinoma do ovário é um tumor agressivo e diagnosticado no
estadiamento avançado da doença. O desenvolvimento de novos marcadores
moleculares que auxiliem no diagnóstico desta neoplasia é de grande
importância. A osteopontina (OPN) é uma proteína superexpressa em diversos
tumores, com presentes evidências de que a expressão de suas isoformas de
“splicing” parecem ser câncer e tecido específicas. O objetivo desse estudo é
caracterizar o perfil de expressão das diferentes isoformas da osteopontina no
tecido ovariano tumoral do tipo carcinoma, “borderline” e benigno e no tecido
ovariano normal, assim como correlacionar o perfil de expressão dessas
isoformas com os dados clínico-patológicos. A expressão destas isoformas foi
realizada através de PCR quantitativo em tempo real (qRT-PCR) utilizando RNA
total destas diferentes amostras teciduais e oligonucleotídeos iniciadores
específicos para cada uma das isoformas (OPNa, OPNb e OPNc). No presente
estudo, as isoformas OPNa e OPNb mostraram-se expressas nos quatro grupos
teciduais analisados. Por outro lado, a OPNc apresentou expressão
exclusivamente em amostras de carcinoma do ovário e nos tumores “borderline”
do ovário. O nível de expressão da OPNa e OPNc não foi significativamente
diferente entre os grupos de amostras analisados. Entretanto, o nível de
expressão da OPNb foi maior no carcinoma do ovário do que no tumor
“borderline” do ovário. Especificamente no tecido ovariano normal, o nível de
expressão da OPNa foi maior do que o da OPNc. Não observamos correlação
entre o nível de expressão das diversas isoformas da osteopontina e os
parâmetros clínicos e patológicos analisados. Concluímos que o tecido ovariano,
seja ele tumoral ou não, apresenta “splicing” alternativo da OPN. Dentre estas
isoformas, as isoformas OPNa e OPNb apresentam expressão em todas as
amostras de tecido ovariano. Por outro lado, a OPNc é aquela que apresenta
expressão tumor específica. Assim sendo, o presente estudo, em associação
com a avaliação do papel funcional de cada um destas isoformas em modelos in
vitro e in vivo, abre possibilidade de uma melhor compreensão do papel de cada
uma destas isoformas na tumorigênese e progressão do carcinoma de ovário.
II
Abstract
Lista de abreviaturas
APST tumor seroso proliferativo atípico
CA-125 antígeno do câncer 125
CCBT Tumor “borderline” de células claras
CCC carcinoma de células claras
CCT carcinoma de células transicionais
cDNA ácido desoxirribonucléico complementar
CE carcinoma endometrióide
CEO carcinoma epitelial do ovário
CI-BG carcinoma intraepitelial de baixo grau
CM carcinoma mucinoso
CO Câncer de Ovário
CS-BG carcinoma seroso de baixo grau
CS-AG carcinoma seroso de alto grau
EBT tumor endometrióide “borderline”
FIGO Federação Internacional de Ginecologia e Obstetricia
HNF-1β Fator Nuclear do Hepatócito
LOH perda da heterozigosidade
MBT tumor mucinoso “borderline”
MEC matrix extra-celular
MMPs metaloproteinases da matrix
NERM nível de expressão relativo médio
PMP pseudomixoma peritonei
SBT tumor seroso “borderline”
SIM Sistema de Informação Sobre Mortalidade
TGF fator de crescimento transformador
TIMPs inibidores teciduais de metaloproteinases
TMO tumor epitelial misto do ovário
uPA ativador de plasminogêneo tipo urokinase
USTV ultrassonografia transvaginal
WT1 tumor Wilms 1
IV
Lista de tabelas
Lista de figuras
Figura 10: Relação entre o nível de expressão relativo das isoformas de OPNa,
OPNb e OPNc em uma mesma amostra de diferentes tipos teciduais de
ovário...................................................................................................................39
VI
Figura 11: Relação entre o nível de expressão relativo das isoformas da OPNa,
OPNb e OPNc nos tecidos de CO e “borderline” e o estadiamento
tumoral.................................................................................................................40
Figura 12: Relação entre o nível de expressão relativo das isoformas de OPNa,
OPNb e OPNc entre tumores do Tipo I e Tipo II.................................................41
1. Introdução
2.1. Patologia
2.3. Estadiamento
2.4. Diagnóstico
4. Osteopontina
4.1. O Gene
4.2. O RNA
.
O gene da OPN humana (OPNh) apresenta “splicing” alternativo,
gerando três isoformas distintas da OPN (Figura 4). A OPNa representa a
forma completa do mRNA, a OPNb é aquela onde há deleção do éxon 5 e na
isoforma da OPNc há deleção do éxon 4 (He et al, 2006).
4.3. A proteína
maioria das células tumorais apresentou positividade maior do que 50% e essa
marcação foi citoplasmática (O’Neill et al., 2005).
A expressão da OPN parece ter relação com o estadiamento da doença.
Pacientes com CEO no EC IV apresentaram nível plasmático elevado ao
comparar E I e II. O nível plasmático da OPN foi maior nas pacientes com
ascite. Quando o volume de ascite foi comparado com o CA-125, a correlação
não foi significante (Nakae et al., 2006).
Ye et al (2006) demonstraram que o fragmento COOH terminal da OPN
pode ser analisado na urina. O grupo encontrou que o valor médio da
concentração da OPN é maior no CEO do que nos indivíduos normais ou nos
portadores de outros carcinomas. Interessantemente, este estudo mostrou que
o CM e o SBT tiveram níveis mais altos do que os outros subtipos e houve um
aumento significante da OPN em relação ao estadiamento mais avançado.
No seguimento do CEO, há uma tendência para queda do nível de OPN
sérica após o tratamento cirúrgico e quimioterápico. No entanto, a queda do
CA-125 é mais consistente. Embora o nível de expressão de OPN sérica seja
inferior ao CA-125 em predizer resposta à terapia, a OPN aumenta
precocemente em 90% dos pacientes que desenvolvem recidivas.(Schorge et
al., 2004).
5. Objetivos
6. Material e métodos
ND 1000. O cDNA foi então utilizado em uma concentração de 123 ng/µl para a
realização do qRT-PCR.
6.8. RT-PCR
F: forward, R: reverse
30
7. Resultados
Grau Histológico
1 0 (0%) 1 (9.09%)
2 3 (20%) 5 (45.45%)
3 11 (73.33%) 4 (36.36%)
ND 1 (6.66%) 0 (0%)
NA 0 (0%) 6 (100%) 8 (100%) 1 (9.09%)
Cirurgia realizada
HTA do tipo I 8 (53.33%) 4 (66.66%) 6 (75%) 9 (81.81%)
HTA do tipo II 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%) 2 (18.19%)
SOB 13 (86.66%) 4 (66.66%) 6 (75%) 11 (100%)
SOU 2 (13.33%) 2 (33.33%) 2 (25%) 0 (0%)
Linfadenectomia pélvica 8 (53.33%) 4 (66.66%) 1 (12.5%) 8 (72.72%)
Linfadenectomia PA 4 (26.66%) 2 (33.33%) 0 (0%) 2 (18.19%)
Omentectomia/Biópsias 12 (80%) 6 (100%) 1 (12.5%) 1 (9.09%)
Apendicectomia 1 (6.66%) 2 (33.33%) 0 (0%) 0 (0%)
Outros 3 (20%) 1 (16.66%) 0 (0%) 0 (0%)
Presença de ascite 10 (66.7%) 0 (0%) 2 (25%) 0 (0%)
Tamanho do maior 3- 22 cm 7- 27 cm 5 - 21 cm NA
tumor ovariano média: média: média:
ressecado 12.13 cm 18.67 cm 13.14 cm
HTA: histerectomia total abdominal; SOB: salpingooforectomia bilateral; SOU:
salpingooforectomia unilateral; PA: para-aórtica; n: número; LNF: linfonodos; p: pacientes; NA:
não se aplica; ND: não definido. *: O estadiamento no grupo do tecido ovariano normal é
referente ao estadiamento do tumor primário da paciente.
Figura 6: Curva de desnaturação dos produtos de amplificação das isoformas de OPN com
oligoncucleotídeos isoforma específicos a partir de amostras teciduais de CO. Azul: isoforma da
OPNc; verde: OPNa; vermelho: OPNb.
PM 1 2 3 4
Negativo 7/15 3/15 12/15 3/6 1/6 3/6 4/8 4/8 8/8 6/11 5/11 11/11
(46.66% 20% 80%) (50% 16.66% 50%) (50% 50% 100%) (54.54% 45.45% 100%)
90
80
70
FREQUÊNCIA%
60
OPNa
50
OPNb
40
OPNc
30
20
10
0
Carcinoma "Borderline" Benigno Normal
TECIDOS
A partir destes dados, fomos avaliar nas amostras teciduais do ovário que
expressaram a OPN, o nível de expressão de suas isoformas (Figura 9). O nível
de expressão relativo médio (NERM) das isoformas da OPNa, OPNb e OPNc
nos diversos tecidos estudados representam as médias do nível de expressão
relativo dessas isoformas, em cada grupo tecidual analisado (Tabela 9). Ao
avaliarmos o NERM da OPNb observamos que ele é maior no tecido do CO do
que no tecido “borderline” do ovário (p=0.0437). Todavia, para o NERM das
isoformas da OPNa e da OPNc nos quatro grupos teciduais estudados, não
observamos diferenças significantes entre eles (Figura 9).
37
Figura 9: Nível de expressão relativo das isoformas da osteopontina nos diversos tecidos do
ovário. O nível de expressão relativo das diferentes isoformas nos tecidos estudados foi obtido
utilizando uma amostra do tumor “borderline” como referência (nomeado como 119 tumor
direito). Logo, o valor do Δ Ct da OPNa, OPNb e OPNc desta amostra foram utilizados para o
cálculo do nível de expressão relativo das isoformas de todas as amostras desse estudo. Os
símbolos circulares de cor preta, triângulo de cor cinza, quadrado de cor marrom e o losângulo
de cor verde representam o nível de expressão de cada amostra tecidual do CO, tumor
“borderline”, tumor benigno e tecido ovariano normal, respectivamente. No eixo da ordenada
estão representados os níveis de expressão relativo das isoformas da OPNa, OPNb e OPNc
dentro de cada grupo tecidual. * O NERM da OPNb é significativamente maior no CO em relação
ao NERM da OPNb no tecido “borderline” do ovário (p=0.0437). Não foi observada expressão
detectável de OPNc no tecido tumoral benigno e no tecido normal do ovário.
38
a b
c d
**
Figura 10: Relação entre o nível de expressão relativo das isoformas de OPNa, OPNb e OPNc
em uma mesma amostra de diferentes tipos teciduais de ovário. a. amostras de CO. 3 destas
amostras não expressaram nenhuma das isoformas de OPNs, 4 delas expressaram somente a
OPNb; b. amostras de tumor “borderline” do ovário. 1 destas amostras não expressou nenhuma
das isoformas; c. amostras de tumor benigno do ovário. 4 amostras não expressaram nenhuma
das isoformas da OPN; d. amostras de tecido ovariano normal. Dentre elas, 5 não amplificaram
nenhuma das isoformas, uma expressou somente a OPNb; Quadrados de cor rosa: nível de
expressão relativo da isoforma da OPNa na amostra analisada; triângulos de cor roxa: nível de
expressão relativo da OPNb na amostra analisada; triângulos de cor azul: nível de expressão
relativo da isoforma da OPNc na amostra analisada; linhas de cor rosa: conecta o nível de
expressão relativo da isoforma da OPNa ao da OPNb em uma mesma amostra tecidual; linha de
cor roxa: conecta o nível de expressão relativo da isoforma da OPNb ao da OPNc em uma
mesma amostra tecidual. *: amostra 119 TD (tumor direito), utilizada como referência para o
cálculo de nível de expressão relativo. Logo, o valor do Δ Ct da OPNa, OPNb e OPNc desta
amostra foram utilizados para o cálculo do nível de expressão das isoformas de todas as
amostras desse estudo. **: Significância estatística do NERM entre a OPNa e OPNc nas
amostras teciduais de ovários normais (p=0.0432).
a b
Figura 11: Relação entre o nível de expressão relativo das isoformas da OPNa, OPNb e OPNc
nos tecidos de CO e “borderline” e o estadiamento tumoral. Os símbolos circulares de cor preta,
o triângulo de cor cinza e o quadrado de cor marrom representam o nível de expressão da
OPNa, OPNb e OPNc de cada amostra tecidual, respectivamente. a: amostras teciduais de CO.
Em seis destas amostras, os pacientes têm estadiamento I e II e em nove casos o estádio é III e
IV. b: amostras teciduais de tumor “borderline” do ovário. Em três destas amostras, os pacientes
têm estadiamento I e em três casos o estádio é III. E: estadiamento. A amostra 119 TD (tumor
direito) foi referência para o cálculo do nível de expressão relativo. Logo, o valor do Δ Ct da
OPNa, OPNb e OPNc desta amostra foram utilizados para o cálculo do nível de expressão das
isoformas de todas as amostras desse estudo.
ovários e para as quais não foram descritas lesões precursoras) (Kurman et al.,
2008), fomos investigar a relação entre o NERM destas isoformas e os dois tipos
de tumores, nesta série de amostras. Observamos que os grupos de tumores do
tipo I e tipo II analisados neste estudo não apresentam NERM distintos (Figura
12 e Tabela 1 do anexo).
Figura 12: Relação entre o nível de expressão relativo das isoformas de OPNa, OPNb e OPNc
entre tumores do Tipo I e Tipo II. Os símbolos circulares de cor preta representam o nível de
expressão relativo das isoformas nos tumores do tipo I. Os símbolos do tipo triângulo de cor
cinza representam o nível de expressão relativo das isoformas nos tumores do tipo II. Quatro
amostras não foram classificadas (2 tumores mistos G3, 1 tumor G3 com tipo histológico não
definido e 1 tumor seroso com grau histológico não definido). A amostra 119 TD (tumor direito)
foi utilizada como normalizador. Logo, o valor do Δ Ct da OPNa, OPNb e OPNc desta amostra
foram utilizados para o cálculo do nível de expressão das isoformas de todas as amostras desse
estudo.
Figura 13: Relação entre o nível de expressão das isoformas da osteopontina e o grau
histológico nos CO. Os símbolos circulares, triângulos e quadrados representam o nível de
expressão relativo da OPNa, OPNb e OPNc, respectivamente. G2: tumores moderadamente
diferenciados (n=3), G3: tumores pouco diferenciados (n=11), em 1 caso o grau histológico não
foi definido. A amostra 119 TD (tumor direito) foi utilizada como normalizador. Logo, o valor do Δ
Ct da OPNa, OPNb e OPNc desta amostra foram utilizados para o cálculo do nível de expressão
das isoformas de todas as amostras desse estudo.
Figura 14: Relação entre o nível de expressão das isoformas da osteopontina e o nível sérico do
CA-125 nos carcinomas e nos tumores “borderline” agrupados. Os símbolos circulares de cor
preta, tipo triângulo de cor cinza e tipo quadrado de cor marrom representam o nível de
expressão relativo da OPNa, OPNb e OPNc, respectivamente. Dezenove amostras
apresentaram o nível sérico do CA-125 maior do que 35 U/ml e em duas amostras, ele foi menor
do que 35 U/ml. A amostra 119 TD (tumor direito) foi utilizada como normalizador. Logo, o valor
do Δ Ct da OPNa, OPNb e OPNc desta amostra foram utilizados para o cálculo do nível de
expressão das isoformas de todas as amostras desse estudo.
Figura 15: Relação entre o nível de expressão das 3 isoformas da OPN no CO e a presença ou
não de ascite. Verde: ausência de ascite, vermelho: presença de ascite. A amostra 119 TD
(tumor direito) foi utilizada como normalizador. Logo, o valor do Δ Ct da OPNa, OPNb e OPNc
desta amostra foram utilizados para o cálculo do nível de expressão das isoformas de todas as
amostras desse estudo.
Figura 16: Relação entre o nível de expressão das 3 isoformas da OPN no CO e o tamanho do
maior tumor ovariano ressecado. Verde: tumor ressecado > 10cm, vermelho: tumor ressecado ≤
10 cm. A amostra 119 TD (tumor direito) foi utilizada como normalizador. Logo, o valor do Δ Ct
da OPNa, OPNb e OPNc desta amostra foram utilizados para o cálculo do nível de expressão
das isoformas de todas as amostras desse estudo.
8. Discussão
expressão entre os diversos grupos teciduais. Por outro lado, a OPNb mostrou-
se expressa em até 83.3% dos casos e o seu nível de expressão apresenta-se
mais elevado no CO do que no tecido tumoral “borderline”. Entretanto, não
detectamos expressão da OPNc no tecido ovariano normal, tampouco no tecido
ovariano tumoral benigno. Logo, nesta série de amostras analisadas, a OPNc
apenas mostrou-se expressa no CO e no tecido tumoral do tipo “borderline”.
Nestas amostras, a freqüência de expressão da OPNc foi de 20% e 50%,
respectivamente, não havendo diferença significativa no nível de expressão
desta isoforma entre estes dois grupos de amostras teciduais analisados. Estes
dados demonstram que a expressão da OPNc é específica para células tumorais
malignas. Nossos achados confirmam os estudos prévios no tecido mamário,
onde a OPNc mostrou-se expressa no carcinoma de mama e no tecido mamário
adjacente ao tumor e ausente no tecido mamário normal. Neste referido estudo,
as isoformas OPNa e OPNb mostraram-se expressas nas três amostras de
tecido mamário estudadas. Contudo, a freqüência de expressão dessas
isoformas no tecido mamário, variou de 80 a 100%, exceto para o tecido normal
adjacente, o qual expressou OPNc em apenas 36% das amostras estudadas.
Além disso, assim como no tecido ovariano, conforme observado no presente
trabalho, na mama o nível de expressão da OPNa foi semelhante entre os
diversos grupos. Porém, a OPNb e OPNc apresentaram níveis de expressão
maiores no carcinoma do que no tecido mamário normal (Mirza et al., 2008).
Baseando-nos na observação de que a OPNc apresenta uma expressão tumor-
específica, nosso grupo de pesquisa recentemente investigou o papel funcional
destas diferentes isoformas na tumorigênese e progressão do tumor de ovário
(dissertação de mestrado de Tatiana Tilli, concluída em fevereiro de 2009),
utilizando como modelo a linhagem tumoral de ovário OvCar-3. Nosso dados
mostraram que os clones de OvCar-3 que super expressam a OPNc apresentam
um aumento na proliferação e migração celulares, no crescimento celular
independente de ancoragem e na formação de tumores em camundongos
atímicos, em comparação com as células que super-expressam a OPNa, OPNb,
vetor vazio e OvCar-3 não transfectada. De maneira semelhante ao observado
48
“borderline” bem como nos tumores benignos do ovário. Estes dados sugerem
que esta isoforma possa estar envolvida na carcinogênese dos carcinomas
ovarianos em cuja origem as lesões precursoras do ovário estão presentes ou
ausentes. Além disso, nessa série de amostras, o nível de expressão da OPNb é
maior no CO do que no tumor “borderline” logo, sua aplicação no auxilio do
diagnóstico diferencial dessas neoplasias, deve ser melhor explorado. Todavia,
a via através da qual essa isoforma está envolvida nos processos de
tumorigênese requer esclarecimentos, uma vez que no carcinoma pulmonar, a
sua super-expressão aumenta a extensão dos túbulos endoteliais sem
alterações associadas ao VEGF (Blasberg et al., 2009).
De acordo com os dados observados no presente trabalho, a OPNc é um
marcador de malignidade ovariana melhor do que a OPNb, já que sua expressão
está ausente no tecido ovariano normal e no tumoral benigno. Além disso, a
freqüência de expressão da OPNc é maior no tecido “borderline” do que no CO.
Nesta série, a maioria dos casos de CO é do tipo II os quais, não tem relação
com lesões precursoras. Logo, estes dados nos sugere que a OPNc pode se
tratar de uma isoforma de “splicing” mais envolvida com as lesões precursoras
do ovário do tipo “borderline” do que com o carcinoma invasor de alto grau.
Dados semelhantes foram demonstrados através de imunohistoquímica por
Tiniakos el al (1998), cujos dados mostraram que 80% dos tumores “borderline”
apresentaram forte marcação para OPN, em contraste com o CO, onde 93% de
amostras deste tipo tecidual apresentaram marcação fraca ou ausente para
OPN.
Demonstramos no presente trabalho que amostras teciduais de CO e de
tumores “borderline” ovarianos expressam as três isoformas da osteopontina. Da
mesma forma, Mirza et al. (2008) demonstraram que a linhagem celular
metastática do câncer de mama (MDA-MB-435), também expressam as três
isoformas da osteopontina. Apesar de termos observado expressão específica
da OPNc nos tumores malignos e naqueles com baixo potencial de malignidade,
deve-se ressaltar que uma vez que observamos que esta isoforma não é
expressa em todas essas amostras, sua utilização como marcador no
50
9. Referências Bibliográficas
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10. Anexo
11. Apêndice 1
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MANUSCRIPT NUMBER
CAN-09-4356
MANUSCRIPT TITLE
The Splicing Isoform Osteopontin-c Contributes to Ovarian Cancer Progression
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CANCER RESEARCH
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