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EQUIPAMENTOS E SISTEMAS
TÉCNICOS

COMPUTADOR VS MÁQUINA DE ESCREVER

Com utilização de novos sistemas técnicos, não


apenas eu como também os utentes do meu
serviço, tivemos a tarefa muito mais facilitada.
Senão vejamos.

Quando iniciei a minha carreira profissional, em


mil e novecentos e noventa e dois, a instituição que
represento estava a iniciar a sua modernização
introduzindo equipamento informático.

Para elaborar qualquer documento, utilizava a


máquina de escrever. Como quase sempre eram
necessárias várias cópias, tinha sempre que colocar
cinco folhas de papel e quatro de químicos.

Durante a preparação do trabalho, se


porventura me enganava, tinha que me socorrer da
borracha de tinta para apagar ou, numa fase
posterior, do corrector. Caso contrário via-me
obrigado a inutilizar todos os papéis. Assim, para
além de perder bastante papel, perdia também o
tempo que havia gasto na execução do trabalho.

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Ainda assim, a apresentação do trabalho final não
era a melhor.

Para levar a efeito a elaboração de qualquer


documento gastava muito tempo, visto que tinha
teclar sobre nove folhas (cinco folhas de papel
branco e quatro de químico), as quais tinham que
ser introduzidas, bem alinhadas umas com as
outras, na máquina. A pressão que exercia sobre as
teclas era de tal forma, que por vezes me fazia doer
a extremidade dos dedos.

Como eram muito utilizadas, a fita, não raras


vezes, quebrava e por isso exigiam alguma
manutenção, especialmente ao nível da limpeza,
caso contrário o seu desempenho não era nada
satisfatório. Quanto à sua mobilidade também
deixava bastante a desejar. Eram geralmente
bastante pesadas pelo que o seu transporte era
pouco prático.

Com o aparecimento do computador, tudo


mudou.

Podemos dispor do computador nas versões


portátil e não portátil.
Permite um melhor tratamento do texto, pode reler-
se a vezes necessárias para que o termine sem
incorrecções e sem inutilizar papel. Possibilita
manter por tempo indeterminado, algumas partes
do texto, evitando a perda de tempo a reescrevê-las
quantas as vezes que delas preciso, bastando para
isso que as proteja, mantendo assim o essencial do
texto.

Permite uma maior rapidez na execução dos


trabalhos sem necessidade de exercer grande
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pressão sobre o teclado, ao contrário do que fazia
na máquina de escrever. Possibilita também dar a
conhecer, em simultâneo, a toda rede (quando
instalados em rede) o que está a acontecer no
momento.

Se precisar de comunicar também me permite


fazê-lo, podendo obter resposta quase de imediato,
evitando assim, nomeadamente, o consumo de
combustível, o emprego de mão-de-obra e o
desperdício de tempo.

Permite ainda que o público possa apresentar o


seu assunto sem necessidade da sua presença física
no local. Poderá fazê-lo comodamente na sua casa,
sentado junto do seu computador, enviá-lo por via
electrónica e obter resposta pela mesma via.

Como em todas as mudanças, inicialmente


resisti um pouco à mudança e senti alguma
dificuldade na adaptação. Percebi que teria
apreender por minha iniciativa, teria que saber tirar
partido da nova tecnologia.

Superadas as primeiras dificuldades, apercebi-


me que mais potencialidades haviam a explorar,
sentindo por isso necessidade em aprender mais,
pelo que frequentei uma acção de formação
proporcionada pelos meus serviços.

Nessa formação descobri então as inúmeras


possibilidades da utilização da máquina, não só a
nível profissional, na elaboração de tabelas e
gráficos, como também artístico.

Porém, como no meu dia-a-dia apenas utilizo o


computador como processador de texto, para
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mandar e receber e-mails e pouco mais, já esqueci
parte do que entretanto aprendi.

Poder-se-ão apontar também algumas desvantagens:

Um maior consumo de energia eléctrica.

Maior desgaste na visão dos utilizadores, maior propensão


para o aparecimento de tendinites devido à repetição
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sistemática dos movimentos e encargos financeiros
inerentes a aquisição do aparelho e todos os seus
consumíveis.

Podemos ser vítimas de hackers que nos podem causar


alguns danos, bem como de vírus que nos
destroem/bloqueiam todos os sistemas e não permitem a
sua utilização, assim como efectuar cópias de todo o
conteúdo existente no computador, implicando ainda a
possibilidade de perda de todos os dados existentes.

Para obstar a isso poderão adoptar-se alguns cuidados,


como efectuar cópias dos documentos, instalar anti-vírus e
toda uma panóplia de sistemas de defesa dos sistemas.

Resumindo, estamos na era da comunicação. Hoje, quem


não souber comunicar, em “linguagem” informática sentirá
bastantes dificuldades no seu dia-a-dia. Direi que
estagnará. Entendo que a faculdade “do saber comunicar”
é fundamental para qualquer cidadão.

Joaquim Rodrigues

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