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Coimbra
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O Código de Trabalho é um conjunto de normas pelas quais se orienta a
relação empregado/empregador. É a elas que se recorre para dirimir
quaisquer conflitos entre aqueles. Por isso, todas as partes deveriam ser
chamadas a contribuir com a sua experiência e saber para a sua
elaboração. Trata-se de um documento com primordial importância para o
desenvolvimento do País, pelo que dever-se-á acautelar os direitos e
deveres de todas as partes.
Esta relação mais não é que um negócio, que consiste na oferta do trabalho
de cada um em troca de uma remuneração. Um factor decisivo em qualquer
negócio é, sempre foi, a regra da oferta e da procura. Quanto maior é a
oferta, menor é o custo; e por exclusão de partes, quanto menor for a oferta
maior é a procura (regra geral).
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Além disso, o mercado de trabalho hoje é muito mais vasto. Com a abertura
das fronteiras e a livre circulação de pessoas entre Estados, o empregador
dispõe de bastante mão-de-obra disponível.
No caso português (do meu ponte de vista) este factor veio beneficiar mais
os empregadores do que os empregados, porque, a mão-de-obra, regra
geral, que entra é mais qualificada e menos exigente. Não são raras as
notícias de emigrantes que consentem a sua exploração, umas vezes de
forma clara, outras, de forma mais discreta.
O empregador vai sentir com uma maior amplitude para despedir quem e
quando bem entender, tendo sempre a faculdade de evocar os mais
variados formalismos.
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de medidas com um menor risco. Considero também que terá um melhor
desempenho profissional. Pelo contrário, a outra parte argumentará sempre
que não produz porque os normativos na lei do Trabalho são rígidas e por
isso um entrave à competitividade.
Creio que uma boa forma para dirimir este conflito empregador/empregado
seria a partilha de resultados. Ou seja, divisão equitativa de lucros/prejuízos
por todos. Daí poderia resultar uma maior concertação de esforços, a
responsabilização e compreensão das partes e consequentemente um
menor desperdício de tempo em acções de protesto.
Qualquer que seja o via seguida pelo C.T. tem sempre que se levado em
linha de conta duas situações:
- A liberalização do despedimento, sem qualquer outra medida que acautele
a sobrevivência digna do trabalhador será o caos.
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Em resultado disso crescem as fortunas nas mãos de cada vez menos
famílias e aumenta o número daqueles que nada têm, acentuando o
domínio daquelas sobre estes. Aquelas permitem-se até chantagear os
governos, impondo-lhes normativos que lhes possam ainda acentuar a sua
influência. Revoltante é ver tantos a aplaudir.
Joaquim Rodrigues
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