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MOVIMENTO ORGULHO

AUTISTA BRASIL
(MOAB)
ATITUDES E
PROCEDIMENTOS
COM O ESTUDANTE
AUTISTA
Setembro 2013

EAPE
Fernando Cotta

1
MOVIMENTO ORGULHO
AUTISTA BRASIL
(MOAB)
 O Movimento Orgulho Autista
Brasil (MOAB) é uma Organização
Não-Governamental, sem
finalidades lucrativas, com sede em
Brasília e Coordenações em
diversos estados brasileiros.
Formado por mães, pais, autistas, e
interessados no tema, todos
voluntários que trabalham pela
melhoria da qualidade de vida das
pessoas Autistas e de suas famílias.
JUNTOS SOMOS MAIS FORTES !

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MOVIMENTO ORGULHO
AUTISTA BRASIL
(MOAB)
 Para isso, promove eventos, cursos,
encontros, seminários, palestras,
audiências públicas, sessões solenes,
atos públicos, proposição e
acompanhamento de leis, propostas
de emendas constitucionais, normas
regulatórias, celebrações,
caminhadas, manifestações,
premiações, etc, em parceria com
outras entidades, órgãos públicos e
empresas privadas.

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MOVIMENTO ORGULHO
AUTISTA BRASIL
(MOAB)
 Desde 2005, o MOAB realiza
eventos, entre muitos, destacam-se:

- "BLITZ DO AUTISMO" - Realizada


principalmente nas datas alusivas
aos autistas, em parceria com a
Polícia Rodoviária Federal, Polícias
Militares e com os Detran's, consiste
na abordagem aos motoristas e seus
familiares nas rodovias, após
receberem sinal de parada dos
agentes de trânsito, para receberem
informações sobre o autismo. Tem
alto número de retornos.

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MOVIMENTO ORGULHO
AUTISTA BRASIL
(MOAB)
 - "DESABAFO AUTISTA e
ASPERGER" - Realizado todos os
meses em parceria com uma escola
pública ou privada. Durante a realização
dos encontros, autistas, aspies, pais,
familiares, amigos, especialistas,
professores e outras pessoas interessadas
no tema autismo trocam experiências,
apresentam novas informações e,
principalmente, relatam e debatem sobre
suas vivências com outras pessoas,
filhos, conhecidos ou familiares autistas
e aspergers. Considerado fator de
mudança na qualidade de vida de muitas
pessoas.

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MOVIMENTO ORGULHO
AUTISTA BRASIL
(MOAB)
 - "PRÊMIO ORGULHO
AUTISTA"- Realizado todos os
anos, desde 2005, em parceria com a
Rádio Nacional, o denominado
Prêmio Orgulho Autista, busca
evidenciar pessoas, órgãos e
entidades que verdadeiramente
trabalharam significativamente pela
melhoria da qualidade de vida destas
pessoas. Várias pessoas concorrem
em 15 categorias, votadas pelos
fundadores, diretores, conselheiros e
coordenadores diversos estados e
municípios do Brasil.

6
MOVIMENTO ORGULHO
AUTISTA BRASIL
(MOAB)

 - "AUTISMO e
FAMÍLIA" - Através de
apoio psicológico,
objetiva preservar a união
e a relação afetiva entre o
casal de pais de pessoas
com autismo.

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MOVIMENTO ORGULHO
AUTISTA BRASIL
(MOAB)
 - "02 de ABRIL - DIA MUNDIAL DE
CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O AUTISMO"-
Celebrações diversas buscando evidenciar a
causa das pessoas com autismo e de suas
famílias.

 - "18 de JUNHO - DIA DO ORGULHO


AUTISTA"- Celebra o respeito a diversidade
das pessoas e o direito das mães, pais, irmãos,
avós, tios, etc, de através do acesso a serviços e
produtos, poder sentir orgulho de seus filhos
autistas.

 - "09 de OUTUBRO - DIA DO AUTISMO NO


ORÇAMENTO"- Através de ato público, cobrar
e demonstrar a necessidade de recursos
orçamentários para o desenvolvimento das
atividades de voltadas para as pessoas com
autismo e suas famílias.

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MOVIMENTO ORGULHO
AUTISTA BRASIL
(MOAB)

 - "PROJETO AUTISTAS NO
PARQUE"- Realizado em um
parque da cidade, chama a
atenção da sociedade para
conhecer quem são as pessoas
autistas, objetivando através
do conhecimento, o respeito, a
aceitação e a parceria para um
mundo melhor.

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MOVIMENTO ORGULHO
AUTISTA BRASIL
(MOAB)
 - "PROJETO AUTISTAS e
ARTISTAS"- Busca ensinar
atividades artísticas com pessoas
autistas e com suas famílias,
objetivando o aprendizado, o
entretenimento, a diversão, terapia
ocupacional e a geração de renda.

 - "PROJETO AUTISTAS
PLÁSTICOS"- Trabalha com a
identificação e posterior promoção
de talentos de destaque que, muitas
vezes, não tem a oportunidade de
serem conhecidos.

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MOVIMENTO ORGULHO
AUTISTA BRASIL
(MOAB)

 - "AUTISMO e DIREITOS" -
Orientações para pessoas
diagnosticadas autistas ou
para familiares no sentido de
entender e buscar seus direitos
com a finalidade de
resguardar o acesso dessas
pessoas e famílias a todos os
serviços oferecidos à
comunidade.
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MOVIMENTO ORGULHO
AUTISTA BRASIL
(MOAB)
 - "AUTISMO NA ESCOLA"-
Palestras e cursos sobre o autismo,
que são realizados desde a pré-escola
até os cursos de pós graduação, além
de aconselhamento para o corpo
docente do estabelecimento de ensino.

 - "AUTISMO NA IGREJA"- Propõe


que a pessoa autista e seus familiares
sejam realmente aceitos pelas igrejas,
independentemente de religião, credo
ou fé, através de palestras,
comentários oportunos,
acompanhamentos e consultorias
previamente agendadas.

12
A IMPORTÂNCIA DOS MONITORES

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Inclusão Social
 Conjunto de meios e ações que
combatem a exclusão aos benefícios
da vida em sociedade.

 Oferecer aos mais necessitados


oportunidades de acesso a bens e
serviços.

 Meios de tentar promover a


igualdade, através de medidas
específicas, denominadas, políticas
públicas.
Nos últimos anos, o princípio da
inclusão social orientou a criação
de políticas públicas para as
pessoas com deficiência no Brasil
e no mundo. 14
Inclusão não pode excluir
Em se tratando de políticas públicas este
é, atualmente, o maior desafio.
Plano Nacional de Educação
Cotas nas universidades
Educação especial

15
Inclusão Social na Família
Família
Grupo social primário.
Grupo de pessoas ligadas por descendência, a
partir de um ancestral comum.

16
TGD
* CID 10, versão 2008 :
** F84 Transtornos globais do desenvolvimento:
Grupo de transtornos caracterizados por
alterações qualitativas das interações sociais
recíprocas e modalidades de comunicação e por
um repertório de interesses e atividades restrito,
estereotipado e repetitivo. Estas anomalias
qualitativas constituem uma característica global
do funcionamento do sujeito, em todas as
ocasiões.
http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/v2008.htm

17
TGD
F84.0 Autismo infantil
F84.1 Autismo atípico
F84.2 Síndrome de Rett
F84.3 Outro transtorno desintegrativo da infância
F84.4 Transtorno com hipercinesia associada a
retardo mental e a movimentos estereotipados
F84.5 Síndrome de Asperger
F84.8 Outros transtornos globais do
desenvolvimento
F84.9 Transtornos globais não especificados do
desenvolvimento 18
TEA

TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO
AUTISMO (TEA)

LEVE
MODERADO
GRAVE

19
Estatística
 Os TEA são mais frequentes em
meninos do que em meninas, numa
proporção de 4:1.

 Segundo estatísticas recentes, a


prevalência aponta 1 autista a cada 50
nascimentos aproximadamente.

20
Características

21
Proposta Educacional
 Rotina preestabelecida/ (ensino
estruturado).
 Valorização de elementos da natureza.
 Abordagem vivencial da aprendizagem:
 participação;

 Funcionalidade.

 Utilização de temas de interesse.


 Respeito à condição humana.

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Rotina Diária Estruturada
Por quê?
 Aluno:
 Previsibilidade.
 Diminui a ansiedade.
 Situa no tempo.
 Transmite segurança.
 Diminui a angústia.
 Diminui os distúrbios de comportamento.
 Organização.

 Cumprimento do planejamento.

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Atitudes do Educador
 Olhar nos olhos.
 Articular devagar, utilizar gestos e mímicas ou ainda
dicas físicas. Garantir que compreenda o que se
espera dele.
 Colocar limites de forma clara, com frases curtas e
simples. Simplificar a linguagem.
 Cumprir as promessas. Não fazer ameaças
impossíveis.
 Manter um ambiente de sala de aula calmo.
 Conhecer os interesses dos estudantes para
trabalhar a partir deles.

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Atitudes do Educador
 Evitar mudanças bruscas de rotina e, quando
acontecerem, comunicar ao aluno.
 Evitar comentários inadequados perto do estudante.
 Concluir as atividades propostas.
 Diminuir a quantidade e aumentar a qualidade dos
estímulos dados.
 Comunicar a estrutura da aula.
 Usar expressões faciais e gestos simples.
 Dar tempo para que possa responder.
 Preparar situações diversas que estimulem a
comunicação e interação com os pares.

25
Atitudes do Educador
 Descrever o comportamento desejado com precisão
e clareza.
 Envolver a família.
 Demonstrar estabilidade emocional e constância de
humor.
 Buscar sempre formação, sendo auto crítico no
trabalho.
 Avaliar as estratégias.
 Usar programações e calendários.
 Manter listas das atribuições.

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Inclusão Social na Família
Relatos retirados do evento Desabafo
Autista e Asperger (MOAB):
1 - “Meu filho é muito amável, mas não
tem limites em nossa casa”.
2 – “Ele só faz as atividades com a mãe”.
3- “Sinto que ele está melhor na associação
do que em casa”.
4- “Minha vida mudou com essas
informações que recebi”.
27
Inclusão Social na Família
“O cuidado que demanda uma criança com autismo
envolve toda a família, especialmente os pais, pelos
desafios quotidianos que comporta, tanto no emocional
como no econômico e cultural.
Por isso, os profissionais ajudam os pais para
compreender de que forma manejar condutas e quais são
as intervenções mais adequadas no caso. Mesmo assim, é
necessário que, se o seu filho é dotado de autismo, você
mantenha a calma e leve em conta o cenário novo no qual
você e sua família vão viver.”

*Nilton Salvador é pai de Autista e coordenador do


Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB) no Paraná.
28
Inclusão Social na Família
-Buscar uma forma de trabalhar as informaçôes para a
família.
-Ajudar os membros da família a manter a calma diante da
gama de informaçôes recebidas.
-Evidenciar a importância da participaçâo da família em
todas as atividades da pessoa comTGD.
-Encorajar, se necessário for, a criaçao de alternativas
específicas.
-Elucidar e diferenciar o que é mito, e o que é realidade.
-Indicar onde esta família poderá buscar ajuda.

“A exclusáo social tem sido apresentada como algo


frequente na maior parte das famílias”.
29
Inclusão Social na Família
“De acordo com a Constituição Brasileira, o Estado deve
assegurar os direitos das pessoas com deficiência bem como o
atendimento adequado, mas, compatível com a perspectiva capitalista,
estes indivíduos são vistos como pessoas incapazes, improdutivas,
normalmente não consumidoras e que custam alto para os cofres
públicos.

As iniciativas familiares, muito embora tenham contribuído bastante,


reforçam a idéia de que esta pessoa é um problema da família e não
da sociedade e é ela quem deve ‘carregar a cruz’.

A família do indivíduo com autismo possui um papel decisivo no seu


desenvolvimento. Sabemos que se trata de famílias que
experimentam dores e decepções em diversas fases da vida, desde o
momento da notícia da deficiência e durante todo o processo de
desenvolvimento de seus filhos.” – Dayse Serra
30
Inclusão Social - Lazer
1-“As atividades dos autistas se resumem ao
binômio casa-escola. Eu não tenho tempo, faltam
opções adequadas e também não tenho dinheiro”
2-”Eu tenho vergonha…”
Desabafo Autista e Asperger - MOAB

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Inclusão Social - Lazer
Articulaçãode Políticas Públicas
Conceito amplo de Acessibilidade
Conceito amplo de Inclusão

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Inclusão Social - Lazer
- Aprender a relaxar
- Fazer curtos momentos de espera
- Permitir as estereotipias
- Aprender a brincar( com a presença do adulto)
-Trabalhar o jogo simbólico

“Deverá existir material que ajude a descontrair, como


tapetes, almofadas, sofás, brinquedos variados, música e
outros materiais que se entendam adequados.
É o local privilegiado para a inclusão inversa, onde os
pares da escola desenvolvem atividades criativas e
estimulantes que podem servir de modelo.” Rosa Ribeiro

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Inclusão Social - Trabalho
REVISTA ISTO É
COMPORTAMENTO
| N° Edição: 2191 | 04.Nov.11

Autistas chegam ao mercado de trabalho

Como o maior conhecimento sobre o transtorno, terapias


adequadas e diagnóstico precoce têm permitido às pessoas
com autismo trabalhar

34
Inclusão Social - Trabalho
GAZETA DO POVO - PARANÁ
| publicado em 28/03/2011|
SAÚDE

Autismo no trabalho

Como seria se um dia você chegasse para trabalhar e


descobrisse que ganhou um colega com autismo? Aos
poucos, o mercado de trabalho está reconhecendo que,
mesmo com o transtorno, alguns podem realizar um bom
trabalho

35
Inclusão Social - Trabalho
-PESSOASCOM AUTISMO SÂO PESSOAS COM
DEFICÏÊNCIA

-DIREITO AO TRABALHO (CONVENCAO DA ONU)

-TODOS OS AUTISTAS TEM CONDIÇAO DE TRABALHAR ?

-PEC528/2010 – BPC PARA AUTISTAS SEM LIMITAÇAO DE


RENDA

-DISCRIMINAÇAO NO TRABALHO

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Importância dos Conceitos:
Pessoa com Necessidades Especiais
(PNE) - São pessoas que fogem ao pré-concebido
modelo do “homem-padrão”. São pessoas com capacidade
física reduzida, idosos, excessivamente altas ou baixas,
obesas, gestantes e outros. Representam grande parcela da
população mundial.
Toda pessoa com deficiência tem uma necessidade
especial, mas nem toda pessoa com necessidade especial
tem deficiência.

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A quem recorrer
ASSOCIAÇÕES
DEFENSORIA PÚBLICA
CODDEDE
MPDFT-PRODIDE
MPT – 10ª região
JUSTIÇA

CIDADANIA

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Deficiências no Mundo, no Brasil
e em Brasília:
Nas comunidades pré históricas eram
mortos ao nascer
Na Idade Média eram animalizados e
tratados de forma cruel
No século XVIII floresce a figura do
coitado
Referências ao fim da 1ª Guerra
Mundial
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Deficiências no Mundo, no Brasil
e em Brasília:
Mutilados da 2ª Guerra Mundial
Décadas de 1960 e 1970 – maior
evidência - esporte
Declaração do Deficiente Mental(1971)
Declaração da Pessoa Deficiente(1975)
Declaração da Organização das Nações
Unidas (ONU) que fixou 1981 – Ano
Internacional da Pessoa Deficiente
40
Deficiências no Mundo, no Brasil
e em Brasília:
Organização Mundial de Saúde (OMS)
1989 – criação do CIDID Classificação
Internacional de Deficiências,
Incapacidades e Desvantagens.
1994 – Declaração de Salamanca/Espanha
88 países – Política para educação especial
OMS – 1997 criação do CIDDM-2
Classificação Internacional das
Deficiências, Atividades e Participação.
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Deficiências no Mundo, no Brasil
e em Brasília:
Convenção sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência - ONU 2007/ratificação
em 2008 no legislativo brasileiro.
No Brasil, destacam-se as APAES,
Pestalozzi, outras associações de
familiares.
Criação da CORDE nacional e CONADE,
incentivo para criação de órgãos colegiados
estaduais e municipais.
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Legislação e Prática:
Distanciamento da prática
Constituição Federal de 1988
Lei 7.853/1989-cria Corde/atuação MP
Lei 8.742/1993-LOAS/BPC
Lei 9.455/1997-Lei da Tortura
Decreto 3.298 / 1999-define PcD
Lei 10.048/2000-prioridade
Lei 10.098/2000-acessibilidade
Decreto 5.296/2004-regulamenta 43
Legislação e Prática:
Distanciamento da prática
Estatuto da PcD(ainda em discussão no
Congresso Nacional)
Convenção da ONU 2007 - ratificada no
Congresso Nacional 2008
Lei 4.317/2009/DF
 Institui a política distrital para a Pessoa
com Deficiência – publicada no DODF
13abril2009 (evidencia o autismo)
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Legislação e Prática:
Lei Distrital nº4.568/2011
é a Lei Fernando Cotta, específica para os
autistas no DF.
Lei Federal nº 12.764/2012
é a Lei Berenice Piana, específica para os
autistas, válida em todo o Brasil.
Lei Distrital nº 5.089/2013
É a Lei Lourdes Marques Lima, proíbe
cobranças extraordinárias no DF.
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Acessibilidade e Inclusão:
Arquitetônica

Educacional

Precisamos pensar nestas duas palavras em


seus sentidos amplos !!!

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Barreiras Arquitetônicas e
Atitudinais:
Arquitetônicas: ausência de rampas,
ausência de corrimãos, ausência de
calçadas rebaixadas, calçadas em
dimensões pequenas, placas no meio dos
calçamentos, ônibus sem adaptação, etc.

Atitudinais: pessoas sem qualificação,


pessoas sem paciência, vida corrida do dia-
a-dia, falta de cuidado, ausência de bom
senso.
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Valor da sensibilização

•Urbanidade
•Respeito
•Cumprimento da leis
•Bom senso

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Objetivo Maior
 Proporcionar boa qualidade de vida
às pessoas com autismo (TEA) e
suas famílias, visando a plena
participação destes na sociedade
como um todo.

49
movimentoorgulhoautistabrasil@gmail.com
(61) 8275-8885 – Muito Obrigado !!!

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