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Mensagem

Poema
«Nevoeiro»
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Carlos Alberto Santos, Numa manhã de nevoeiro (1990).


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Terceira Parte: O ENCOBERTO


III. Os Tempos Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Quinto: Nevoeiro
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.


Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a Hora!
Valete, Fratres.
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Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Expressões que traduzem
[…] o estado da Pátria
(v. 1)

Ninguém sabe que coisa quer. Indefinição:


Ninguém conhece que alma tem, crise política, decadência,
Nem o que é mal nem o que é bem. incerteza e desorientação
[…]
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
[…] — «fulgor baço da terra»
(vv. 7-9, 11-12) (v. 3)
Antíteses — «brilho sem luz» (v. 5)
— «Que ânsia distante
perto chora?» (v. 10)
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«Que ânsia distante perto chora?» (v. 10)


Desejo ardente ou intenso;
enleio; comoção do espírito
que receia que uma coisa
Um apelo que Uma dor que existe suceda ou não
vem do futuro no presente
 
Esperança Angústia
«É a Hora!»

Exortação aos Portugueses:


Renascimento
o sujeito poético deseja uma

mobilização que permita o
Fim do Nevoeiro
renascimento de Portugal

Indefinição Expectativa
e incerteza e esperança

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