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Animação Turística

Objetivos:

 Precisar um conceito de Animação Turística.

 Reconhecer a interdependência entre o


Turismo e a Animação.
Objetivos:

 Identificar e explicitar as diferentes


modalidades de Animação Turística
previstas nas áreas protegidas.

 Distinguir as funções do animador:


animador gestor, animador técnico,
animador polivalente.
Conteúdos:

 Animação Turística

 Conceitos

 Objetivos

 Vantagens económicas

 Evolução histórica
Conteúdos:

 Enquadramento Legal

 Empresa de Animação Turística

- Conceito

- Atividades próprias

- Atividades acessórias

- Requisitos principais

- Processo de licenciamento
Conteúdos:

 A Animação Turística no âmbito do turismo


de natureza

 Enquadramento geral

 Modalidades de animação
Conteúdos:

 O Animador Turístico

 Estatuto

 Perfil do animador

 Características gerais

 Características específicas
Conteúdos:

 Funções do animador

 Animador chefe

 Animador gestor

 Animador polivalente

 Animador técnico
Animação turística
O Turismo: aspetos concetuais:

 O QUE É O TURISMO?

 Um dos mais relevantes setores da atividade


económica.

 Contribui para a criação de riqueza e


melhoria do bem estar dos cidadãos.
(Cont.):

 criação de produção e emprego


 investimento e inovação (promoção)
 estimula o desenvolvimento de infraestruturas
coletivas

 favorece a recuperação do património histórico e


cultural
 favorece o desenvolvimento regional
 satisfaz necessidades dos indivíduos
(Cont.):

 A atual dimensão mundial do turismo, como


atividade económica, é impressionante. O
turismo e viagens representam :

 11,7% da economia mundial


 10,9% do consumo mundial
 11,7% do investimento total
 10,5% do emprego global
Algumas definições de turismo

 É o conjunto de relações e fenómenos


originados pela deslocação e permanência de
pessoas fora do seu local habitual de
residência, desde que tais deslocações e
permanências não sejam utilizadas para o
exercício de uma atividade lucrativa
principal.
Association Internationale des Experts Scientifiques du
Tourisme (AIEST)
(Cont.):

 O turismo compreende as atividades


desenvolvidas pelas pessoas ao longo de
viagens e estadas em locais situados fora do
seu enquadramento habitual, por um período
consecutivo que não ultrapasse um ano, para
fins recreativos, de negócios, ou outros.

Organização Mundial do Turismo / World Tourism


Organization (OMT /WTO), 1991.
Definição também adotada pela ONU.
Características do Turismo:

 Deslocação.

 Permanência pouco prolongada.

 Deslocação e permanência não utilizadas


para atividade lucrativa principal.
Variedade de atrações

 Atrações naturais – praias, montanhas, parques


naturais, cataratas, rios, etc.;

 Atrações criadas pelo homem sem a


intenção de atrair visitantes: catedrais,
centros de peregrinação, palácios, centros urbanos,
etc.;
(Cont.):

 Atrações artificiais criadas com o fim de


atrair visitantes: parques temáticos, ecomuseus,
casinos, centros de exposições, centros comerciais,
etc.;

 Eventos especiais e mega eventos: festivais de


arte, jogos desportivos, exposições, aniversários
históricos, etc.
Características da procura turística

 Crescimento constante: dificilmente se encontrará


outra atividade que tenha mantido um tão longo
período de crescimento.

 Nos últimos 50 anos, a procura turística


internacional aumentou de 25 milhões em 1950
para cerca de 700 milhões em 2000.
(Cont.):

As razões que levam as pessoas a viajar são


extremamente diversificadas, conduzindo a
situações díspares.

As pessoas viajam por:


 Motivos de carácter meramente pessoal
 Motivos sociais
 Motivos profissionais
 Motivos familiares
 Outros
(Cont.):

A procura concentra-se no tempo, no espaço e nos


atrativos.

 No Tempo: a nível de cada destino, a procura


concentra-se em poucos meses do ano, durante os
quais se verificam fluxos turísticos mais elevados,
conduzindo ao fenómeno de sazonalidade.
(Cont.):

 No Espaço: a procura turística concentra-se


fortemente no espaço, tanto no ponto de vista das
origens como no ponto de vista dos destinos.

 Em Atrativos: o turismo continua fortemente


concentrado em atrativos como o mar, as
montanhas e as grandes cidades, onde se situam os
grandes centros culturais.
Causas Principais do Turismo

 Condições climatéricas

 Regimes e épocas de férias;

 Hábitos;

 Condições sociais.
Evolução histórica do turismo

 Idade Antiga:

Na História da Grécia Antiga, dava-se grande


importância ao tempo livre, os quais eram
dedicados à cultura, diversão, religião e desporto.

Os deslocamentos mais destacados eram os que se


realizavam com a finalidade de assistir as
olimpíadas (que ocorriam a cada 4 anos na cidade
de Olímpia).
(Cont.):

Durante o Império Romano, os romanos


frequentavam águas termais.

Eram assíduos de grandes espetáculos, em teatros, e


realizavam deslocamentos habituais para a costa.
(Cont.):

 Idade Média:

Ocorreu num primeiro momento, um retrocesso


devido ao maior número de conflitos e à recessão
económica.

Entretanto, surge nesta época um novo tipo de


viagem: as peregrinações religiosas.
(Cont.):

 Idade Moderna:

 As peregrinações continuam durante a Idade


Moderna.

 É neste momento que aparecem os primeiros


alojamentos com o nome de hotel (palavra
francesa que designava os palácios urbanos).
(Cont.):

 Como as grandes personalidades viajavam


acompanhadas de comitivas cada vez mais
numerosas, era impossível alojá-los todos num
palácio.

 Ocorre à criação de novas edificações hoteleiras.


(Cont.):

 Esta é também a época das grandes expedições


marítimas de espanhóis, britânicos e portugueses
que despertam a curiosidade e o interesse por
grandes viagens.
(Cont.):

 Idade contemporânea:

 Com a Revolução Industrial, consolida-se a


burguesia que volta a dispor de recursos económicos
e tempo livre para viajar.

 A máquina a vapor promove uma revolução nos


transportes e reduz o tempo dos deslocamentos.
(Cont.):

 Inglaterra torna-se a primeira a oferecer passagens


de travessias transoceânicas e dominam o mercado
marítimo na segunda metade do século XIX, o que
favorecerá as correntes migratórias europeias para
a América.
(Cont.):

 Começa a surgir na Europa, o turismo de montanha


ou saúde: constroem-se famosos sanatórios e clínicas
privadas europeias, muitos deles ainda existem como
pequenos hotéis guardando ainda um certo charme.
(Cont.):

 Em 1849, Thomas Cook, considerado o pai do


Turismo Moderno, promove a primeira viagem
organizada da história.

 Em 1867, inventa o “voucher”, documento que


permite a utilização em hotéis de certos serviços
contratados e propagados através de uma agência de
viagens.
(Cont.):

 O “boom turístico”:

Entre 1950 e 1973, começa-se a falar de “boom”


turístico.

O turismo internacional cresce a um ritmo superior ao


de toda a sua história devido à estabilidade social
internacional.
(Cont.):

 Na década de 1980, o nível de vida volta a elevar-se


e o turismo se converte no motor económico de
muitos países.

 Esta aceleração do desenvolvimento ocorre devido


à melhoria dos transportes com novos e melhores
aviões da Boeing e da Airbus, comboios de alta
velocidade e a consolidação de charters.
TURISMO EM PORTUGAL
O País

 Portugal é um país com características muito


propicias ao turismo.

 O seu clima, verões quentes e secos/ invernos frios


e húmidos, para além de ser um país desenvolvido
e com um excelente contraste montanha/planície e
litoral/interior, permite variados tipos de turismo,
durante todo o ano.
(Cont.):

 Para além do continente, muito diversificado neste


setor, as ilhas são também um muito importante e
requisitado destino para os turistas, tanto
estrangeiros como nacionais, tornando assim o
território, quase em absoluto, convidativo ao
turismo.

 Assim, o país é reconhecido como um dos


principais destinos turísticos mundiais, sendo o
17º destino mais competitivo do mundo.
TIPOS DE TURISMO MAIS PRATICADOS
EM PORTUGAL:

 Turismo Cultural - Tipo de Turismo relacionado com


atividades culturais e com o património histórico-
cultural.

 Turismo balnear - Tipo de turismo associado à praia,


de mar, rios e albufeiras.

 Turismo Sénior - Tipo de turismo que surge como


consequência do envelhecimento demográfico.
(Cont.):

 Turismo Rural - Tipo de turismo que proporciona


uma vivência no meio rural, quer em antigos
solares e palácios quer em casas tradicionais,
muitas vezes com participação em trabalhos
agrícolas.

 Turismo Religioso - Tipo de turismo dinamizado


pelos lugares mais importantes de culto e
peregrinação.
(Cont.):

 Turismo Ecológico - Tipo de turismo que promove o


contacto direto com a Natureza.

 Turismo de Aventura - Tipo de turismo, geralmente


praticado pela juventude e ligado aos desportos radicais.

 Turismo Termal - Tipo de turismo bastante antigo e


associado ao aproveitamento de nascentes de águas termais
consideradas benéficas para a saúde e o bem-estar.

 Turismo de Montanha - Tipo de turismo associado à neve e


aos desportos de Inverno.
O DESENVOLVIMENTO…

Desde 1930 que o turismo não pára de crescer, vários são


os fatores para este fenómeno:
 Aparecimento do automóvel;
 Atenuação de disparidades;
 Redução do horário laboral;
 Maior esperança de vida;
 Monotonia e stress originado pela urbanização;
 Entre muitos outros.

As escolhas turísticas são influenciadas por valores


pessoais, meios económicos, tempo livre, moda, etc.
NO QUE NOS DIZ RESPEITO…
NO QUE NOS DIZ RESPEITO…

Até a atualidade que o crescimento do turismo


continua, mas 2009 foi um ano de estabilidade ou
mesmo recessão neste campo, devido a crise
económica que se fez sentir em toda a economia do
país.
A IMPORTÂNCIA DO TURISMO NA
ECONOMIA:

Vamos aos números…

 Em 2007, totalizou 8,3 mil milhões de euros, o que


representa 5,1% do PIB nacional;

 No mesmo ano, entraram 18,8 milhões de turistas,


tornando o país o 14º mais competitivo no mercado
mundial, e, para 2020, as previsões são que se integre
nos 10 mais competitivos;
(Cont.):

 Em 2012, as receitas duplicaram para 15,9 mil milhões de


euros, e a entrada de turistas para 26 milhões;

 Em 2007 entraram 8,8 milhões de turistas vindos de


Espanha, 2,9 britânicos, 1,5 alemães, e 1,2 milhões de
franceses;

 A nível europeu, Portugal ocupava a 9ª posição no


mercado. No entanto, atingiu o 7º lugar em 2012.
ORIGEM DOS TURISTAS (EUROPA):
TURISMO OFERECIDO/TURISMO
PROCURADO

Oferta: Procura:
TURISMO NACIONAL/TURISMO
ESTRANGEIRO
Principais Zonas Turisticas De Portugal
50

45
Algarve
40

35
Serras (Estrela/Gerês)
30

25 Madeira
%

20
Açores
15

10 Lisboa

5
Porto
0
O Turismo Português Corresponde Ao Desejado Pelos
Portugueses?

100
90
32.1
80
70
60
%
50
Nao Sim
40 67.9
30
20
10
0
Vantagens Económicas Do Turismo

65 58
60
55
50
Contrubuiçao para a
45 balança de serviços
40 Desenvolvimento
35
%
30 Reconhecimento
Internacional
25
Valorizaçao Cultural
15.8
20
15 10.5 10.5

10
5
0
Qualidades Do Turismo Português

50

45

40
Gastronomia
35
Clima
30 Costa

% 22.7 22.7 22.7 Economia (preço)


25
Cultura
20 Hospitalidade
13.6
Segurança
15
9.1
10
4.6 4.6
5

0
Desvantagens Do Turismo Português

50

45

40
34.8
35 Poluição
30 Perda patrimómio
Perda de cultura
% 25 21.5
Baixo desenvolvimento
17.5 17.5
20 Criminalidade

15
8.7
10

0
Sugestões Para Desenvolver O Turismo
50

45

40

35
Maior investimento
30 Maior Divulgaçao
Diminuiçao da Poluiçao
%

25
Promoçao Cultural
20 Redução de Custos
Maior Segurança
15

10

0
E AGORA…
Uma pequena ideia do que é o nosso país…
Açores
Madeira
Porto
Serra da Estrela
Serra do Gerês
Lisboa
CONCLUSÃO

Ao estudarmos o contributo do turismo na balança de


serviços do nosso país, e depois de muitos números, letras e
gráficos, descobrimos outra coisa muito mais fascinante,
descobrimos o que realmente atrai quem faz turismo em
Portugal, descobrimos do que realmente é feito o nosso
país. As paisagens por trás de cada terra, a beleza natural
visível de norte a sul, e apercebemo-nos de que os
portugueses não desfrutam daquilo que o seu país pode
oferecer.
Apenas uma coisa podemos concluir:
Portugal tem muito para te dar!
Conceitos:

 Animação Turística?

Atividades e serviços prestados a turistas, que


visem o complemento da oferta primária
(alojamento, restauração, viagens, etc.).
(Cont.):

 Estas atividades podem ser lúdicas,


culturais, desportivas, ambientais.

 Por norma, incidem sobre os recursos de


determinadas regiões e devem contribuir
para o desenvolvimento das mesmas.
(Cont.):

 Setor de atuação composto por um conjunto de


atividades que permitem ao turista usufruir de
forma mais plena uma determinada experiência
turística, concedendo aos destinos maior sucesso e
vitalidade.

 Leva à interpretação do espaço envolvente e ao


desenvolvimento de atividades físicas e inteletuais
que provocam um aumento da satisfação do
turista.
(Cont.):

Atividades Experiências

Conhecimento Oportunidades

Novas Sensações
tendências
Definição:

A Animação Turística
caracteriza-se por ser
um conjunto de ações
que procuram:

- motivar o turista a
- promover o
participar ativamente
relacionamento
na descoberta dos
interpessoal.
locais visitados;
Objetivos

 Promover a relação das pessoas com o meio

 Fomentar a integração sociocultural dos indivíduos

 Desenvolver atividades dinâmicas de âmbito


social, cultural e educativo
(Cont.):

 Eliminar “tempos mortos”

 Potenciar o diálogo entre a população nativa e a


visitante
Âmbitos de intervenção

Animação “sociabilidade”:

 Promove o diálogo entre os turistas. Exemplo:


festas de boas vindas.

Animação “em movimento”:

Potencia atividades físicas. Exemplo: caminhadas.


(Cont.):

Animação “criatividade”:

 Desenvolve atividades criativas. Exemplo:


fotografia.

Animação “cultura, descoberta, vida”

 Fomenta a satisfação das necessidades de


informação/formação. Exemplo: Cursos de
línguas.
(Cont.):

Animação “aventura”

 Proporciona a prática de desportos radicais.


Exemplo: Escaladas.

Animação “tranquilidade, reencontro


consigo mesmo”
 Oferece atividades de relaxamento. Exemplo: Yoga.
TURISMO Rural
Turismo Rural

 O Turismo rural é uma modalidade do turismo


que tem por objetivo permitir a todos um contacto
mais direto e genuíno com a natureza, a agricultura
e as tradições locais, através da hospitalidade
privada em ambiente rural e familiar.
Atividades turísticas no meio rural

As atividades turísticas no meio rural concentram-se numa


oferta de serviços, equipamentos e produtos de:
 hospedagem
 alimentação
 receção e visita de propriedades rurais
 entretenimento e atividades pedagógicas do contexto
rural
 outras atividades complementares às acima listadas,
desde que praticadas no meio rural e que tenham sido
criadas em função do turismo.
Oferta no turismo rural

A prestação de serviços relacionados com a


hospitalidade em ambiente rural faz com que as
características rurais passem a ser entendidas de
outra forma que não apenas focadas na produção
primária de alimentos.

 Assim, práticas comuns à vida do campo, como a


criação de animais, manifestações culturais e a
própria paisagem passam a ser consideradas
importantes componentes do produto turístico rural.
(Cont.):

 O Turismo Rural, caracteriza-se pela valorização


do património cultural e natural como elementos da
oferta turística no meio rural.
 Assim, os empreendedores, devem contemplar com
a maior autenticidade possível os fatores culturais,
através das práticas regionais (como o folclore, os
trabalhos manuais e a gastronomia), e primar pela
conservação do ambiente natural.
Turismo rural em Portugal

 Em Portugal, o turismo rural, é criado em 1986,


com três modalidades: turismo habitação, turismo
rural e agro-turismo.
Modalidades do turismo rural

 O turismo de habitação caracteriza-se por solares,


residências de reconhecido valor arquitectónico, com
dimensões adequadas, mobiliário e decoração de
qualidade.
 As Casas de Campo - são casas particulares e casas de
abrigo situadas em zonas rurais que prestam um serviço
de hospedagem, quer sejam ou não utilizadas como
habitação própria dos seus proprietários.
 O agroturismo caracteriza-se por casas de habitação ou
os seus complementos integrados numa exploração
agrícola, caracterizando-se pela participação dos turistas
em trabalhos da própria exploração ou em formas de
animação complementar.
Agroturismo

 O Agroturismo é uma das diferentes modalidades


de turismo no meio rural praticada por famílias de
agricultores dispostos a compartilhar o seu modo de
vida com os habitantes do meio urbano.
Agroturismo

 Neste tipo de turismo os agricultores, devem oferecer


serviços de qualidade, valorizar o ambiente, assim
como, a cultural local ou tradicional. Assim, neste
tipo de turismo, permitem que os turistas fiquem nas
quintas rurais e executem as mesmas tarefas
agrícolas.
É esta última particularidade que se distingue das
restantes modalidades do turismo rural.
Ecoturismo

 O ecoturismo, é um "segmento da atividade


turística que utiliza, de forma sustentável, o
património natural e cultural, incentiva a sua
conservação e procura a formação de uma
consciência ambientalista.
O Ecoturismo é:

 uma forma de praticar turismo em


pequena escala;
 uma prática mais ativa e intensa do
que outras formas de turismo;
 uma prática de pessoas esclarecidas
e bem-educadas, conscientes de
questões relacionadas à ecologia e ao
desenvolvimento sustentável,
 uma prática menos agressiva da
cultura e meio-ambiente locais do
que formas tradicionais de turismo.
Exemplos de ecoturismo

 Tirolesa
 A chamada tirolesa é a prática da travessia de montanhas,
vales, lagos, por meio de cordas, utilizando uma roldana e
equipamentos apropriados.
A animação turística no espaço rural

O turista procura descobrir, conviver e interagir com:


 paisagens;
 espaços verdes;
 património arquitetónico rural;
 artesanato;
 gastronomia;
 festas e romarias tradicionais;
 usos e costumes.
EXEMPLOS DE ROTEIROS REGIONAIS E
RESPETIVAS PRÁTICAS DE ANIMAÇÃO TURÍSTICA

 Roteiro do Vinho e da Vinha: participar na vindima/pisa


das uvas; conhecer diferentes fases do vinho.

 Roteiro do Artesanato: conhecer as etapas do linho;


manusear utensílios artesanais.

 Roteiro da Gastronomia: aprender a confecionar os


pratos; conhecer o meio envolvente.
O Animador turístico

 A missão do animador é coordenar e controlar as


atividades de animação de uma unidade
turística/hoteleira ou de uma instituição pública ou
privada, em função dos objetivos e estratégias
definidas.
(Cont.):

 Procura construir uma boa imagem do local recetor,


garantindo a satisfação dos visitantes e clientes,
criando condições para a fidelização pela qualidade.
(Cont.):

 Esta personalidade reúne em si uma gama de


funções que deve realizar e é chamado a atuar num
vasto campo que exige a sua prestação como
protagonista, consultor e solicitador de
determinadas atividades.
(Cont.):

Também é:
 Responsável pelo grupo,
 Intérprete das suas necessidades,
 Assistente atencioso das exigências individuais e
coletivas,
 Conselheiro nos vários problemas pessoais e nas
várias situações coletivas e individuais.
(Cont.):

A figura do animador, devido às crescentes


necessidades do turista dos nossos tempos, já não
poderá ser identificada com aquela pessoa que sabe
apenas organizar jogos de sociedade ou contar
histórias;
 Deve ser capaz de resolver qualquer problema que
lhe surja, sempre garantindo a animação e satisfação
dos clientes, numa perspetiva de fidelização futura.
O ANIMADOR TEM QUE TER:

 Simpatia e amabilidade
 Tolerância, entusiasmo e disponibilidade
 Capacidade de improviso
 Capacidade pedagógica
 Capacidade de observação
 Dinâmica de grupo
(Cont.):

 Conhecimentos de primeiros socorros


 Atitude permanente de aprendizagem
 Forte capacidade de adaptação
 Excelente poder comunicativo
 Domínio de algumas línguas
(Cont.):

 Grande capacidade de organização


 Resistência física e psíquica
 Domínio de técnicas e recursos
 Muita criatividade, dinamismo e liderança.
(Cont.):

O grupo é extremamente importante:

 O tipo de grupo com que se está a trabalhar?


 Qual a sua dimensão?
 Qual a idade dos participantes?
 Qual o ambiente no seio do grupo?
(Cont.):

O animador deve tentar colocar-se no lugar deles.

 O que significará para aquele grupo específico,


participar num determinado jogo?
 Será o mais apropriado?
 Serão necessárias determinadas regras para se tornar
mais interessante?
 Precisa de organizar o espaço?
ATIVIDADES DO ANIMADOR

 Identifica e estuda as práticas de animação


realizadas pela concorrência.
 Identifica as características e as necessidades do seu
publico alvo.
 Estuda as tradições, hábitos e culturas locais.
 Promove acontecimentos festivos identificados ao
longo do ano.
(Cont.):

 Seleciona e programa novas atividades de animação.


 Elabora programas direcionados a todas as idades.
 Fixa objetivos e metas a atingir relativas à qualidade
da animação.
 Identifica as necessidades de ordem material, técnica
e humana.
 Efetua orçamentos relativos aos programas a
implementar.
(Cont.):

 Ordena as atividades culturais, desportivas e


recreativas em função do espaço, cliente, clima,
época festiva, artistas, disponibilidades, .....
 Cria um clima favorável à participação dos grupos.
 Gere e dá orientações à equipa envolvente.
 Gere conflitos provenientes das relações
interpessoais.
(Cont.):

 Trabalha em equipa e procura descobrir boas ideias.


 Estabelece canais estreitos de comunicação interna.
 Contacta e propõe artistas e figurantes.
 Elabora os cartazes de promoção dos eventos de
animação interna.
(Cont.):

 Assume as responsabilidades dos eventos


promovidos.

 Respeita todas as normas de segurança.


Um bom animador deve:

 Nunca esquecer que o principal objetivo é satisfazer


os gostos e as expetativas do maior número possível
de turistas e entretê-los dentro da estrutura que os
alberga.

 Ter sempre em conta que do seu comportamento


depende o trabalho e a credibilidade de toda uma
equipa e instituição.
(Cont.):

 Tentar desde o primeiro momento, atrair a simpatia


e a benevolência dos colegas, dos diretores, dos
colaboradores e empresas prestadoras de serviços.
Poderá assim obter melhores condições de trabalho.

 Informar toda a equipa de trabalho dos programas a


efetuar.
(Cont.):

 Organizar programas que não se esgotem em pouco


tempo.

 Desfrutar de todas as ocasiões em que se verifique


disponibilidade e entusiasmo dos hóspedes para
implementar atividades que vão ao seu encontro.
(Cont.):

 Recordar que o segredo para agradar a todos é não


ter preferência por ninguém em particular.

 Estar atento e aberto a iniciativas propostas pelos


clientes.

 Ser criativo e dinâmico, procurar surpreender.


(Cont.):

 Procurar juntar uma equipa empreendedora e


motivada: não se podendo ter os melhores , temos
que ter os mais capazes.

 Aprender a gerir a fadiga e o stress, pois necessita de


estar ativo por longos períodos.
Sugestões práticas:

 A função do animador não se limita à explicação dos


jogos ou a servir de árbitro.

 A forma como ele seleciona os programas de


animação, os apresenta e os conduz, condiciona o
efeito nos participantes.

 Isto requer uma atitude especifica; nesse sentido, é


importante possuir as seguintes qualidades:
(Cont.):

Entusiasmo

 É fundamental envolver-se totalmente na atividade:


manifestar interesse pela sua evolução, deixar que os
participantes se apercebam das suas emoções.

 Pela sua forma de comportamento perante o grupo


poderá transmitir-lhe mais ou menos energia.
(Cont.):

Empatia

 É importante que o animador seja capaz de se


colocar na situação dos participantes, pois assim
tomará mais facilmente as decisões adequadas.
(Cont.):

Atitude construtiva

 Ser positivo, valorizar tudo o que os participantes


fazem e incentivá-los.
 Encará-los com seriedade, individualmente e como
grupo.
 Contar-lhes tudo o que observou e o que achou mais
engraçado ou surpreendente.
(Cont.):

Capacidade de Iniciativa
 Explicar com clareza as atividades que está a
orientar.

 Saber exatamente o que está a fazer, como e porquê.

 Em geral, os participantes com menor capacidade de


iniciativa necessitam de animações com uma
estrutura bastante rígida para uma melhor
compreensão e domínio das situações.
(Cont.):

Organização do espaço

 No caso específico dos jogos, os participantes devem


ter espaço suficiente para se moverem.

 Precisam de correr, saltar e fazer barulho; isto é


essencial.

 O animador não deve ter receio de estar num espaço


repleto de jogadores.
O projeto de animação:

Os projetos de animação no turismo deverão criar uma


atmosfera tal, que proporcione ao cliente:

 um ambiente de bem estar,

 diversas possibilidades de se divertir, distrair,


satisfazer a curiosidade,

 a descoberta das particularidades do local onde se


encontra.
Características:

 Flexíveis e abertos a alternativas propostas.


 Diversificados, visando a satisfação dos diferentes
públicos.
 Cativantes, visando o ritmo e a anulação de espaços
mortos.
 Adequados ao público, recursos e equipamentos.
 Complementares, visando a sua harmonia.
Estudo dos mercados:

 Que imagem temos junto dos nossos mercados alvo.


 Características socio-económicas desses mercados.
 Qual o espectro etário dos mesmos.
 Que fatores motivam a deslocação na viagem.
 Como se vão deslocar até ao local de destino.
 Que fatores desmotivam os mesmos.
(Cont.):

 Que expetativas se encontram realmente satisfeitas.


 Que expetativas podem ainda ser aperfeiçoadas.
 Que apetências inovadoras e diferenciadas poderão
ser potenciadas.
 Quais as expetativas inerentes à viagem.
Estrutura do plano:

 Definir a ideia.
 Estratégia de implementação.
 Variáveis do marketing Mix.
 Esquematização das infraestruturas existentes.
 Concretização do local e definição de equipamentos.
 Orçamentação financeira e estrutura legal.
 Estrutura operacional.
Pré-projeto de animação?

 PORQUE se quer fazer?


Origem e fundamentação, análise da situação,
identificação das necessidades.

 O QUE se quer fazer?


Natureza do projeto, denominação.

 PARA QUE se vai fazer?


Finalidade e objetivos.
(Cont.):

 QUANDO se vai fazer?


Alcance temporal, frequência, periodicidade,
calendário.

 COMO se vai fazer?


Atividades e tarefas, metodologia.

 ONDE se vai fazer?


Lugar de realização, âmbito de alcance.
(Cont.):

 A QUEM se dirige?
Pessoas individuais e em grupos, organizações.

 COM QUE recursos?


Meios materiais, técnicos e financeiros.
Recursos disponíveis

 Recursos Naturais: Praias, serras, lagos, clima,


neve, .....

 Recursos Financeiros: Orçamentos, patrocínios,


subsídios, .....

 Atrativos Culturais: Monumentos, ruínas,


tradições, .....
(Cont.):

 Facilidades: Transportes, serviços públicos, saúde, .....

 Equipamentos: Disponíveis ou fáceis de alugar, .....

 Recursos Técnicos: Pessoal e adereços qualificados,


.....

 População Local: Participação e voluntariado, apoios,


.....
Diferenciação face à concorrência

 Atenção especial às crianças e aos jovens.

 Distração adulta dos adultos.

 Programas educacionais para a terceira idade.

 Comunicação continua na língua do turista.

 Apelar à participação coletiva.


(Cont.):

 Respeito pelos turistas não participantes.

 Nunca ferir suscetibilidades.

 Incluir o ensino de gastronomia local, desporto e


cultura.

 Dar uma animação variada dinâmica e criativa.


(Cont.):

 Dar liberdade de atuação ao turista.

 Animação que não ponha em risco o descanso de


outros.

 Locais com condições de segurança.

 Locais confortáveis para outros que queiram assistir.


Empresas de animação turística
Requisitos principais

Seguros

 Nenhuma empresa de animação turística ou


operador marítimo-turístico pode iniciar ou exercer
a atividade sem fazer prova junto do Turismo de
Portugal, de ter celebrado os contratos de seguro
obrigatórios e de que os mesmos se encontram em
vigor.
(Cont.):

1. Acidentes Pessoais

O seguro deve garantir:


• Pagamento das despesas de tratamentos, incluindo
tratamento hospitalar, medicamentos, até ao montante
anual de 3.500 Euros;
• Pagamento de um capital de 20.000 Euros, em caso de
morte ou invalidez permanente dos seus clientes,
reduzindo-se o capital por morte ao reembolso das
despesas de funeral, quando estes tiverem idade inferior
a 14 anos.
(Cont.):

2. Assistência às Pessoas, válido exclusivamente no


estrangeiro

O seguro deve garantir:


• Pagamento do repatriamento sanitário e do corpo;
• Pagamento de despesas de hospitalização, médicas e
farmacêuticas, até ao montante anual de 3.000
Euros.
(Cont.):

3. Responsabilidade Civil

O seguro deve garantir:


• 50.000 Euros por sinistro e anuidade que garanta os
danos causados por sinistros ocorridos durante a
vigência da apólice, desde que reclamados até um
ano após a cessação do contrato.
(Cont.):

 Em todos os seguros devem constar expressamente


nas respetivas condições particulares a identificação
das atividades cobertas.

 Os montantes mínimos fixados em todos os seguros


são atualizados anualmente, em função do índice de
inflação publicado pelo INE no ano imediatamente
anterior, e os montantes decorrentes da atualização
são divulgados no portal do Turismo de Portugal, I.P.
(Cont.):

A utilização de marcas por empresas de animação


turística carece de comunicação ao Turismo de
Portugal, I.P..

No caso das empresas de animação turística, com


registo válido, que pretendam registar-se também
como operadores marítimo-turísticos, não é cobrada
taxa de inscrição.
(Cont.):

Instalações e equipamentos

As instalações e equipamentos devem satisfazer as


normas vigentes para cada tipo de atividade
(licenciadas ou autorizadas nos termos da legislação
aplicável e pelas entidades competentes).
(Cont.):

1. Veículos automóveis autorizados

As empresas podem utilizar veículos automóveis para


passeios turísticos ou transporte de clientes no
âmbito das atividades de animação que
desenvolvam.
(Cont.):

 Veículos automóveis até 9 lugares:

 o motorista deve ter documento comprovativo do


horário de trabalho e da identificação da empresa, a
especificação do evento, a data, a hora e o local de
partida e de chegada, para ser exibido a qualquer
entidade competente que o solicite;
(Cont.):

 Veículos automóveis com mais de 9 lugares: têm que


se licenciar como transportador público rodoviário
de passageiros, interno ou internacional, pelo
Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres
(IMTT) (no caso de serem detentores dos veículos);

 Os veículos podem ser alugados a uma


transportadora.
(Cont.):

2. Embarcações autorizadas e normas

Nas atividades marítimo-turísticas podem ser


utilizadas:

 Embarcações registadas como ”auxiliares”,


designadas como marítimo-turísticas.
(Cont.):

As embarcações auxiliares classificam-se de acordo


com a área de navegação:
 Locais ou de porto (operam dentro dos portos, rios,
rias, esteiros, lagos, lagoas, albufeiras e em águas sob
jurisdição dos órgãos locais da Direção-geral da
Autoridade Marítima);
 Costeiras (operam ao longo da costa à vista de terra);
 Do alto (operam para além da área costeira).
(Cont.):

Embarcações dispensadas de registo:

 Pequenas embarcações de praia sem motor,


nomeadamente botes, barcos pneumáticos,
gôndolas, pranchas com ou sem vela e embarcações
exclusivamente destinadas à prática do remo.
(Cont.):

 Embarcações de recreio: para aluguer e pesca


turística, até ao limite de 12 pessoas (excluindo a
tripulação);

 Embarcações de comércio que transportem menos


de 12 passageiros.
(Cont.):

 As embarcações de apoio devem dispor de uma


inscrição no costado, constituída pelo nome da
embarcação principal a que pertencem, seguida da
palavra «APOIO», de altura não inferior a 6 cm,
devendo ser numeradas, caso haja mais do que uma.
(Cont.):

 Consideram-se embarcações de apoio as


embarcações miúdas, com ou sem motor,
embarcadas ou rebocadas, destinadas a apoiar a
embarcação principal, nomeadamente em situações
de embarque ou desembarque.
(Cont.):

Processo de licenciamento:

 O registo é obrigatório para TODAS as empresas de


animação turística ou operadores marítimo-
turísticos.

 O pedido é efetuado através de formulário eletrónico


está disponível em www.turismodeportugal.pt
(Serviços na Web → Registo Nacional de Turismo →
Serviços de Registo).
(Cont.):

Elementos necessários:
 Número de Identificação Fiscal (NIF) e a password
das Finanças relativa à entidade que vai proceder ao
registo;
 Documento comprovativo do início de atividade ou
certidão do ato constitutivo da empresa;
 Código de acesso à Certidão Permanente ou Certidão
do Registo Comercial;
(Cont.):

 Certificado de Microempresa (se aplicável), mesmo


que seja empresário em nome individual;

 Documento de Registo da Marca no INPI (Instituto


Nacional da Propriedade Industrial) (caso a empresa
pretenda utilizar uma marca);

 Documentos identificativos da Equipa de Gestão;


(Cont.):

 Apólices de Seguros (condições particulares e


gerais);

 Documentos comprovativos do pagamento dos


seguros;

 Declaração em como os equipamentos e/ou as


instalações satisfazem os requisitos legais.
(Cont.):

Taxas de Registo:

 950€ para empresas certificadas como


Microempresas
 1500€ para as restantes
 245€ para operadores marítimo-turísticos
A animação turística no âmbito do turismo de natureza

Enquadramento geral

 As atividades de turismo de natureza são atividades


de animação turística desenvolvidas em áreas
classificadas ou outras com valores naturais, que
sejam reconhecidas como tal pelo Instituto de
Conservação da Natureza e da Biodiversidade, I. P.
(ICNB, I. P.)
(Cont.):

As empresas de animação turística que pretendam


obter o reconhecimento das suas atividades como
turismo de natureza devem apresentar o respetivo
processo instruído com os seguintes elementos:
 a) Lista das atividades disponibilizadas pela
empresa;
 b) Declaração de adesão formal a um código de
conduta das empresas de turismo de natureza;
 c) Projeto de conservação da natureza, quando
aplicável.
(Cont.):

 O projeto de conservação de natureza é opcional para


empresas de animação turística ou operadores
marítimo-turísticos que sejam certificados como
microempresas.
(Cont.):

O reconhecimento da atividade de turismo de natureza


a desenvolver pelas empresas referidas é efetuado
pelo ICNB, I. P., de acordo com os seguintes
critérios:
a) Atividades disponibilizadas pela empresa e seu
impacte no património natural;
b) Adesão ao código de conduta das empresas de
turismo de natureza;
c) Participação da empresa, diretamente ou em
parceria com entidades públicas ou privadas, num
projeto de conservação da natureza.
(Cont.):

O projeto de conservação da natureza é aprovado pelo


ICNB, I. P., de acordo com os seguintes critérios:
a) Proporcionalidade entre o projeto proposto e a atividade
da empresa;
b) Valores naturais alvo do projeto;
c) Localização das ações a executar;
d) Cronograma de execução;
e) Relevância do projeto para a conservação do património
natural;
f) Disponibilização de serviços de visita e atividades de
educação ambiental associados ao projeto.
(Cont.):

 No prazo de três meses a contar da conclusão do


projeto de conservação da natureza, a empresa deve
entregar uma proposta para um novo projeto, o qual
deve ser aprovado pelo ICNB, I. P., caso a empresa
pretenda manter válido o reconhecimento da sua
atividade como turismo de natureza.
(Cont.):

O reconhecimento da atividade de turismo de natureza


pode ser revogado por despacho do presidente do
ICNB, I. P., nos seguintes casos:
a) Incumprimento do código de conduta das
empresas de turismo de natureza;
b) Se não forem entregues, no prazo de seis meses, os
elementos do projeto de conservação da natureza
referidos.
(Cont.):

 Na Rede Nacional de Áreas Protegidas, fora dos


perímetros urbanos, só podem ser oferecidas, por
empresas que tenham obtido o seu reconhecimento
como atividades de turismo de natureza, as seguintes
atividades de animação turística:
(Cont.):

 Passeios pedestres, expedições fotográficas,


percursos interpretativos e atividades de observação
de fauna e flora;
 Atividades de orientação;
 Atividades de teambuilding;
 Jogos populares;
 Montanhismo, escalada, atividades de neve,
canyoning, coasteering, e espeleologia;
(Cont.):

 Percursos de obstáculos com recurso a rapel, slide,


pontes e similares;
 Paintball, tiro com arco, zarabatana, carabina de
pressão de ar e similares;
 Balonismo, asa delta sem motor, parapente e
similares;
 Passeios de bicicleta (cicloturismo ou BTT), passeios
de segway e em outros veículos não poluentes;
(Cont.):

 Passeios equestres, passeios em atrelagens de tração


animal e similares;
 Passeios em veículos todo o terreno;
 Passeios de barco, com ou sem motor;
 Observação de cetáceos e outros animais marinhos;
(Cont.):

 Vela, remo, canoagem e atividades náuticas


similares;
 Surf, bodyboard, windsurf, kitesurf e actividades
similares;
 Rafting, hidrospeed e atividades similares;
 Mergulho.
(Cont.):

Código de conduta das empresas de turismo de


natureza

Responsabilidade empresarial

As empresas organizadoras de atividades de turismo


de natureza:
(Cont.):

 São responsáveis pelo comportamento dos seus


clientes no decurso das atividades de turismo de
natureza que desenvolvam, cabendo -lhes garantir,
através da informação fornecida no início da
atividade e do acompanhamento do grupo, que as
boas práticas ambientais sejam cumpridas;
(Cont.):

 Sempre que os seus programas tenham lugar dentro


de áreas protegidas, devem cumprir as
condicionantes expressas nas respetivas cartas de
desporto de natureza, planos de ordenamento e
outros regulamentos, nomeadamente no que respeita
às atividades permitidas, cargas, locais e épocas do
ano aconselhadas para a sua realização;
(Cont.):

 Devem respeitar a propriedade privada, pedindo


autorização aos proprietários para a sua passagem e
ou utilização das suas propriedades e certificando -se
de que todas as suas recomendações são cumpridas,
nomeadamente no que respeita à abertura e fecho de
cancelas;
(Cont.):

 Na conceção das suas atividades devem certificar-se


de que a sua realização no terreno respeita
integralmente os habitantes locais, os seus modos de
vida, tradições, bens e recursos;
(Cont.):

 Devem assegurar que os técnicos responsáveis pelo


acompanhamento de grupos em espaços naturais
têm a adequada formação e perfil para o
desempenho desta função, quer ao nível da
informação sobre os recursos naturais e os princípios
da sua conservação, quer ao nível da gestão e
animação de grupos;
(Cont.):

 São co-responsáveis pela salvaguarda e proteção dos


recursos naturais devendo, quando operam nas áreas
protegidas e outros espaços naturais, informar o
ICNB, I. P., ou outras autoridades com
responsabilidades na proteção do ambiente, sobre
todas as situações anómalas detetadas nestes
espaços;
(Cont.):

 São agentes diretos da sustentabilidade das áreas


protegidas e outros espaços com valores naturais
devendo, sempre que possível, utilizar e promover os
serviços, cultura e produtos locais;
(Cont.):

 Devem atuar com cortesia para com outros visitantes


e grupos que se encontrem nos mesmos locais,
permitindo que todos possam desfrutar do
património natural.
(Cont.):

Boas práticas ambientais

Em todas as atividades de turismo de natureza:


1) Devem ser evitados ruídos e perturbação da vida
selvagem, especialmente em locais de abrigo e
reprodução;
2) A observação da fauna deve fazer -se à distância e,
de preferência, com binóculos ou outro equipamento
ótico apropriado;
(Cont.):

3) Não devem ser deixados alimentos no campo, nem


fornecidos alimentos aos animais selvagens;

4) Não devem recolher -se animais, plantas, cogumelos


ou amostras geológicas;
(Cont.):

5) Quando forem encontrados animais selvagens


feridos estes devem, sempre que possível, ser
recolhidos e entregues ao ICNB, I. P., ou ao Serviço
de Proteção da Natureza e Ambiente da Guarda
Nacional Republicana (SEPNA), ou a situação
reportada aos referidos organismos, para
encaminhamento para centros de recuperação ou
outros locais de acolhimento adequados;
(Cont.):

6) Os acidentes ou transgressões ambientais detetados


devem ser prontamente comunicados ao serviço SOS
Ambiente e Território, ao ICNB, I. P., ou ao SEPNA;

7) O lixo e resíduos produzidos devem ser recolhidos e


depositados nos locais apropriados;
(Cont.):

8) Só deverá fazer -se lume nos locais autorizados para


o efeito;

9) Seja qual for a natureza da atividade, todas as


deslocações que lhe são inerentes devem utilizar
caminhos e veredas existentes;

10) A sinalização deve ser respeitada.


Legislação

 Decreto-Lei nº 108/ 2009, de 11 de Maio (Regime


Jurídico das empresas de animação turística)
Bibliografia

 AA VV., Animação turística: guia para empresários


e empreendedores, Ed. Turismo de Portugal, 2013
 Laginha, M. (1998) “Reflexões sobre a problemática
da animação no turismo”, Actas do encontro de
turismo – “Praia do sol – O passado, o presente, que
futuro?
 Puertas, Xavier (2004) Animación en el âmbito
turístico, Madrid, Editorial Sintesis.
 Torres, Zilah (2004) Animação Turística, 3ª edição,
São Paulo, Editora Roca.
Webgrafia

 Turismo de Portugal – www.turismodeportugal.pt

 Catálogo Nacional de qualificações –


www.catalogo.anq.gov.pt

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