Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Foi aprovado, nessa quarta-feira, o novo código florestal brasileiro (PL 1876/99).
Prontamente, ambientalistas e diversas vertentes da sociedade civil se manifestaram
contra e exigiram o veto da presidenta Dilma, que pode ratificá-lo ou não. Muitos
foram os argumentos utilizados por esses atores, entre eles a comunidade científica,
para desqualificar a nova lei ambiental brasileira: Anistia ao desmatamento; Retrocesso
da legislação ambiental; Vitória dos ruralistas e do poder econômico; Ataque à
biodiversidade; Descaso com as metas de clima; Afronta à Rio+20; Desrespeito à
ciência… Junto com as diversas críticas colocadas, em sua maior parte pertinentes, não
demorou para que os culpados fossem apontados: os deputados que votaram a favor e
o agronegócio brasileiro. Lindo, já temos os nossos vilões! Será mesmo?
Todo mundo sabe que a aprovação do novo Código Florestal,
com todas as suas permissividades, teve como objetivo
legalizar a expansão das fronteiras agrícolas que já
vem ocorrendo no Brasil. O que nem sempre se fala é que, na
verdade, o grande motivador é uma expansão em específico:
A expansão da pecuária. Estudo divulgado pelo governo
ano passado demonstra que a pecuária respondeu por 62%
dos 719,2 mil quilômetros quadrados desflorestados na
Amazônia.
Segundo o relatório do Greenpeace, publicado em 2008, o desmatamento da Amazônia
é responsável por 14% do desmatamento global anual. Isso sem incluir o
desmatamento da soja, uma vez que, segundo a FAO, os pastos e as terras
usadas para produção de ração compreendem quase 80% de toda a terra agrícola.
Com toda essa devastação, não é de se espantar que a pecuária seja, hoje, o maior
vetor do aquecimento global, emitindo 18% dos gases de efeito estufa (GEEs) no
mundo e sendo responsável por cerca de 50% das emissões brasileiras.
Essa conjuntura se torna mais preocupante quando somos 7 bilhões de pessoas no
mundo, com a perspectiva de atingirmos 9 bilhões em 2050, e o consumo de carne/per
capita continua aumentando. Aumento esse que leva ao revoltante dado de hoje termos
mais pessoas obesas no mundo do que pessoas que passam fome… O agronegócio
não está aumentando sua produção por acaso, mas sim por haver aumento da
demanda. Por isso, hoje, quando você for fazer suas refeições, reflita: Será que eu
também não sou responsável pela aprovação do novo Código Florestal?
Principais mudanças do código florestal de 1965
OS INSENSATOS
Ribeirinhos Acre
11
Atividades em APP’s
13
A Definição das APP’s
APP Fluvial
< DECLIVIDADE > DECLIVIDADE
maior
largura
sistemas
de
produção
lâmina lâmina
d´água d´água
CÔNCAVA-RETILÍNEA CÔNCAVA-RETILÍNEA
15
O MAPA DA DISCÓRDIA
28/05/2012 07h38
'Diário Oficial' publica justificativas de Dilma aos vetos do Código Florestal
Texto da lei ambiental com mudanças saiu nesta segunda-feira.
Segundo a presidente, vetos parciais atendem 'interesse público'.