Você está na página 1de 12

PROCEDIMENTOS

O novo CPC está dividido em PARTE GERAL e PARTE ESPECIAL:

PARTE GERAL:
Livro I – DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS – ARTS. 1º A 15;
(estudamos em anos anteriores)
Livro II – DA FUNÇÃO JURISDICIONAL – ARTS. ARTS. 16 A 20;
(estudamos em anos anteriores)
Livro III – DOS SUJEITOS DO PROCESSO – ARTS. 70 A 187;
(estudamos em anos anteriores)
Livro IV – DOS ATOS PROCESSUAIS – ARTS. 188 A 293; (estudamos
em anos anteriores)
Livro V – DA TUTELA PROVISÓRIA – ARTS. 294 A 311; (estudaremos
no 4º ano)
Livro VI – DA FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO
– ARTS. 312 A 317; (estudamos em anos anteriores)
PROCEDIMENTOS

PARTE ESPECIAL:
Livro I – DO PROCEDIMENTO COMUM – ARTS. 318
A 512; (estudaremos no 3º ano)
Livro II – DO PROCESSO DE EXECUÇÃO – ARTS. 771
A 925(estudaremos no 4º ano)
Livro III – DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS E DOS
MEIOS DE IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS
– ARTS. 926 A 1044 (estudaremos no 3º ano)
Livro Complementar – DISPOSIÇÕES FINAIS E
TRANSITÓRIAS
PROCEDIMENTOS
Conceitos
1. O QUE É PROCESSO?
2. O QUE É PROCEDIMENTO?
QUAL A FINALIDADE DOS PROCEDIMENTOS?
A- PROCESSO DE CONHECIMENTO – na ação de conhecimento se busca
o pronunciamento de uma sentença que declare entre os litigantes quem
tem razão e quem não a tem. Decide a lide através de uma sentença.
Atualmente, no processo de conhecimento, temos o procedimento comum
e o especial.
B- PROCESSO DE EXECUÇÃO – se busca a satisfação de uma obrigação
representada por um título executivo (judicial ou extrajudicial)
Processo de execução com fundamento em título judicial (sentença ou
acórdão – art. 513 a 538
Processo de execução com fundamento em título executivo extrajudicial
(títulos: art. 784)
PROCEDIMENTOS
3. Processo de conhecimento
AÇÕES DO PROCESSO DE CONHECIMENTO:
A- Ação meramente declaratória. Apenas declara a existência ou a
inexistência de uma relação jurídica ou falsidade ou não de um
documento. Exemplos:
OBS.:A ação meramente declaratória, se procedente, dá ensejo à
prolação de sentença meramente declaratória, surtindo efeitos ex
tunc. Se improcedente, será igualmente declaratória negativa.

B- Ação constitutiva. Além de declarar o direito da parte, cria,


modifica ou extingue um estado ou relação jurídica material.
Exemplos:

OBS.: Dá ensejo à prolação de sentença constitutiva, surtindo


efeitos ex nunc. Se improcedente, será meramente declaratória
negativa.
PROCEDIMENTOS
C- Ação condenatória. Além de declarar o direito da parte,
contém a aplicação de uma regra sancionadora em que incorre
o réu por desobediência à lei.
OBS.: A condenação corresponde a uma obrigação de dar, de
fazer ou de não fazer (DIREITO DAS OBRIGAÇÕES). Toda
sentença condenatória se constitui em um título executivo
judicial. Dá ensejo à prolação de sentença condenatória,
surtindo efeitos ex tunc. Se improcedente, será meramente
declaratória negativa.

Ações de prestação
•Obrigação de dar – A obrigação de dar é uma obrigação
positiva, que consiste na prestação, na entrega de uma coisa,
seja para lhe transferir a propriedade, seja para lhe ceder a
posse, seja para restituí-la. EXEMPLOS:
PROCEDIMENTOS
Ações condenatórias (cont.)
•Obrigação de fazer – Também é uma obrigação positiva. É uma
atividade, um serviço que vincula o devedor ao credor. EXEMPLOS:
Diferença entre a obrigação de dar e obrigação de fazer: a obrigação
de dar consiste numa prestação de coisa e a obrigação de fazer
numa prestação de fato.

• Obrigação de não fazer ou de desfazer – É uma prestação


negativa; é o vínculo jurídico entre o credor e o devedor, pelo qual o
devedor se compromete a não executar determinado ato, que podia
livremente praticar, se não estivesse obrigado em relação ao credor
ou terceiro. O devedor estará inadimplindo a obrigação quando não
se abstiver do que se obrigou a não fazer.
•Se acaso realizou o ato que não deveria fazer, poderá ser
condenado a desfazê-lo. EXEMPLOS:
PROCEDIMENTOS
Lembrar que todas estas demandas, se
procedentes, geram título executivo judicial – arts.
513 a 538 – CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Exercício em classe (perspectiva interdisciplinar)


PROCEDIMENTOS
Ao lado da teoria clássica da tripartição das ações -
classificação trinária- há a classificação quinária,
idealizada por Pontes de Miranda, acrescentando:
Ação executiva lato sensu do processo de
conhecimento: são ações que têm ao mesmo tempo,
conhecimento e execução. Não se pede a condenação
a fim de que o inquilino que, porventura descumpra a
sentença que lhe concedeu um prazo para
desocupação espontânea, seja submetido a uma nova
demanda executória. A sentença auto-executa-se, em
caso de procedência, de modo que a atividade
executiva realiza-se na mesma relação processual.
Basta a expedição de um mandado judicial. Não há
nova citação.
PROCEDIMENTOS
Ação mandamental. A pretensão da parte, contida na
demanda, dirige-se à obtenção de uma determinada
conduta a ser adotada pelo demandado, como
acontece com as condenatórias. Quer-se que o Juiz
não condene, mas ordene, impondo, geralmente a
autoridades ou órgãos públicos, mas em muitos casos
também a particulares, um determinado
comportamento traduzido em fazer ou não fazer.
Diferencia-se das ações executivas lato sensu porque
a determinação judicial não é cumprida através de um
mandado; quem deve cumprir a ordem é o próprio
requerido ou impetrado, cabendo ao juiz estabelecer
medidas coercitivas para assegurar o cumprimento.
Exemplos:
PROCEDIMENTOS
4- Classificação dos procedimentos
No sistema brasileiro, cada ação (pedido) tramita por um tipo
de procedimento. Equivale a dizer que o procedimento variará
de acordo com o pedido formulado.

Os procedimentos se classificam em:


A) procedimento comum: no NCPC, está previsto apenas o
procedimento comum ordinário.
OBS.: modificações no direito processual passam a viger
desde logo, isto é, a partir do momento em que o NCPC entrou
em vigor (art. 1046 CPC).

Pergunta-se: como ficam as demandas que tramitavam no


procedimento sumário?
PROCEDIMENTOS
b) procedimentos especiais:
*procedimentos especiais - art. 539 a 770 NCPC (exemplos:
ação de consignação em pagamento; ação de exigir contas;
inventário e partilha, ações possessórias em regra; ação
monitória, etc.)
*leis esparsas (alienação fiduciária, alimentos,
desapropriação, ação popular, locação, JUIZADOS CÍVEIS (Lei
9099/95), mandado de segurança, etc.)
*processos de competência originária dos tribunais (Ex.:
ação rescisória; mandado de segurança contra ato do
governador)
c) procedimentos de execução: cuida das várias espécies de
execução. Existência de título (Ex.: execução por quantia certa
contra devedor solvente; execução de prestação alimentícia;
execução contra a Fazenda Pública; execução fiscal)
PROCEDIMENTOS
OBSERVAÇÃO:
O PROCESSO CAUTELAR, tal como constava no CPC
revogado, não existe mais. Nessa legislação, era tratado como
um processo ao lado do processo de conhecimento e cautelar.
Era destinado à proteção provisória, rápida e emergencial de
bens jurídicos envolvidos no processo que estava em trâmite
(cautelar incidental) ou que será proposto futuramente
(cautelar preparatória). O processo cautelar era sempre
subsidiário e dependente de uma ação principal, que poderia
ser do processo de conhecimento ou de execução.

No NCPC, como dito, não está previsto o processo cautelar.


Mas estão previstas ações em que se visa à prestação da
tutela cautelar, no CAPÍTULO III, do LIVRO V (DA TUTELA
PROVISÓRIA), mais especificamente nos arts. 305 a 310, da
PARTE GERAL. É matéria a ser tratada no 4º ano.

Você também pode gostar