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Humanização em UTI e

Assistência à família de pessoas


internadas em UTI
Humanização em UTI

 O fato de um paciente estar em uma UTI provoca, em seus


familiares e amigos, sentimentos de apreensão, angústia,
sofrimento e medo, pois é sabido que se trata de um setor onde
encontram-se internados pacientes com graves disfunções
fisiológicas e com risco de morte.

 Além do aparato tecnológico e de todo conhecimento técnico


cientifico que envolve o cuidado ao paciente critico, a atenção, o
diálogo, o conforto e o acolhimento também devem estar
presentes na relação entre os profissionais da saúde e os pacientes
e familiares.
 O ambiente de UTI frequentemente é avaliado como altamente
estressante tanto pelos pacientes e seus familiares, quanto pela
equipe de saúde que atua na unidade.

 A equipe também sofre com várias situações estressantes, como as


solicitações constantes do paciente e da família, a intensa jornada
de trabalho, o contato com a dor e com o processo da morte, estar
constantemente em alerta e submetida às pressões quanto à
tomada de decisões em momentos críticos, além dos dilemas
éticos como a questão sobre o prolongamento ou não da vida em
casos sem prognóstico.
Dificuldades enfrentadas pelos
familiares

 A vulnerabilidade do paciente, mudanças repentinas do estado


geral,
 A falta de informação, informação excessiva ou desencontrada,
 O lidar com a troca constante de médicos
 O o acesso restrito à unidade.
DESESPERO

A maneira como a família irá lidar


com tal situação depende de sua
história familiar,
do quanto o sistema era saudável
emocionalmente e dos
mecanismos de defesa que
utilizam
no cenário de gravidade.

NEGAÇÃO
CHOQUE
Humanização em UTI

 O termo Humanização tem múltiplas definições e conceitos.

Segundo Ferreira (2009), humanizar significa "tornar humano, dar


condição humana, humanizar; tornar benévolo, afável, tratável“
(FERREIRA, A.B.H., 2009). Outra definição relata que "o cuidado
humanizado implica, por parte do cuidador, a compreensão do
significado da vida, a capacidade de perceber e compreender
a si mesmo e ao outro, situado no mundo e sujeito de sua
própria história" (PESSINI, L., BERTACHINI, L. organizadores, 2004).
Humanização em UTI

 Em consonância, o Ministério da Saúde lançou, em 2001,

 O Programa Nacional de Humanização da Assistência


Hospitalar (PNHAH), a fim de direcionar a criação de
novas políticas de saúde para que se possa prestar um
atendimento com qualidade, aliando a tecnologia ao
acolhimento, melhorando as condições dos ambientes
de trabalho e dos trabalhadores da saúde (BRASIL,
2004).
Humanização em UTI

 A Humanização deve permear as relações entre os


usuários e os profissionais da saúde, entre os próprios
profissionais da saúde e entre os estabelecimentos de
saúde que compõem o SUS. Estabelece a ênfase na
troca de saberes entre os profissionais de saúde e os
pacientes e familiares e entre os colaboradores de uma
equipe multiprofissional, para a construção de um novo
saber (BRASIL, 2004).
Em relação à assistência prestada ao
paciente na UTI, o PNHAH preconiza ações
a serem implementadas pelos serviços de
saúde:
 criação de um Grupo de Trabalho de Humanização, com
programa de trabalho definido e implantado;
 garantia de visita aberta, com a presença dos acompanhantes e
sua rede social, respeitando a dinâmica de cada unidade
hospitalar e as peculiaridades das necessidades dos
acompanhantes;
 mecanismo de recepção com acolhimento aos usuários;
 mecanismo de escuta para a população e os trabalhadores;
 garantia de continuidade da assistência com sistema de referência
e contra referencia;
Em relação à assistência prestada ao
paciente na UTI, o PNHAH preconiza ações
a serem implementadas pelos serviços de
saúde:
 equipe multiprofissional de atenção à saúde, com horário
pactuado para atendimento à família e/ou à sua rede
social;
 existência de mecanismos de deshospitalização, visando a
alternativas às praticas hospitalares, como as internações
domiciliares.
 mecanismos de escuta para os usuários e os profissionais da
saúde;
 plano de educação permanente para os profissionais da
saúde, com temas de Humanização em implementação
(BRASIL, 2004)
Quando um paciente é internado na UTI, sua vida
diária sofre uma transformação; ele sai de seu
espaço habitual e de suas relações pessoais e
passa a integrar um ambiente estranho, ao qual
terá que se adaptar, deixando de lado, muitas
vezes, sua própria identidade (SILVA, M.J.P.,
ARAUJO, M.M.T., PUGGINA, A.C.G, 2010).
A seguir, seguem algumas propostas de ações a
serem implantadas para a humanização do
cuidado em UTI:
 tratar o paciente pelo nome;
 permitir que os familiares e amigos possam afixar fotos,
recados, mensagens próximo ao leito do paciente;
 explicar todos os procedimentos que serão realizados
com o paciente, estando ele consciente ou não;
 durante a manipulação do paciente, estar atento para
sinais comportamentais de dor, desconforto;
A seguir, seguem algumas propostas de ações a
serem implantadas para a humanização do
cuidado em UTI:

 disponibilizar um relógio que seja visível ao paciente,


para que ele possa se orientar em relação ao tempo;
 assim que possível, permitir que o paciente faca uso de
seus óculos, aparelhos auditivos, próteses dentárias,
para maior conforto e sensação de bem estar;
 facilitar a convivência dos familiares com o paciente
internado;
A seguir, seguem algumas propostas de ações a
serem implantadas para a humanização do
cuidado em UTI:

 aplicar escala de dor (numérica ou comportamental), e


promover alívio, se necessário;
 preservar a privacidade do paciente;
 solicitar autorização do paciente e/ou familiar para
mexer nos pertences pessoais do paciente;
 falar com o paciente olhando nos olhos, para transmitir
confiança.
A seguir algumas propostas de ação para o
cuidado de Enfermagem humanizada
relacionado aos familiares do paciente internado
na UTI:
 permitir mais horários de visitação e maior número de
familiares por visita;
 apresentar-se disponível para o esclarecimento de dúvidas,
questionamentos, envolvendo os familiares no cuidado ao
paciente;
 relacionar-se com a família com respeito e clareza, utilizando
uma linguagem acessível e adequada;
 ouvir os familiares com atenção e empatia.
 disponibilizar folhetos ilustrativos para os familiares, com
informações a respeito das normas, rotinas,
equipamentos, estrutura física e organizacional da UTI.
Seguem propostas de ações para a
humanização nas relações entre a equipe
de saúde:
 o profissional deve procurar realizar alguma atividade de lazer
prazerosa, expor seus sentimentos e procurar ajuda profissional, se
necessário;
 procurar melhorar a comunicação interpessoal entre os membros
da equipe de saúde, entre os profissionais e o paciente e entre os
profissionais e os familiares;
 ser solidário com os colegas de trabalho;
 promover atividades que integrem a equipe de Enfermagem,
como confraternizações, etc.;
 procurar a atualização constante, através de cursos,
palestras, discussões de casos.
Assistência de enfermagem ao paciente
clínico e/ou cirúrgico em estado grave:
critérios para admissão do paciente na UTI
e principais doenças relacionadas
Critérios de admissão do paciente na
UTI
 Os pacientes internados na UTI podem vir transferidos
de diferentes setores: pronto-socorro, centro cirúrgico,
unidades de internação, hemodinâmica, ambulatórios.
Além disso, o paciente também pode vir transferido de
outros hospitais, clinicas e consultórios externos.

 No entanto, devido ao número limitado de leitos de UTI


disponíveis e os altos custos de uma internação neste
setor, tornou-se necessário criar critérios de elegibilidade
de pacientes para a UTI, como forma de racionalizar as
admissões.
prioridade 1: Pacientes criticamente doentes,
instáveis do ponto de vista hemodinâmico, que
necessitam de tratamento e monitorização
intensiva. A terapêutica pode incluir ventilação
mecânica, infusão de drogas vasoativas, etc.
São exemplos de pacientes nesta categoria
aqueles com insuficiência respiratória aguda ou
em choque hemodinâmico;
prioridade 2: Pacientes que necessitam de
monitorização hemodinâmica e podem
potencialmente requerer uma intervenção
imediata. Não ha limites para a instituição de
terapias para estes pacientes. Pacientes que
pertencem à esta categoria: os portadores de
doenças crônicas, como DPOC;
prioridade 3: pacientes instáveis
hemodinamicamente e gravemente doentes
mas com reduzidas chances de recuperação,
devido à evolução da doença. Estes pacientes
podem receber um tratamento intensivo para
aliviar o estado agudo da sua doença de base,
mas há limites para os esforços terapêuticos.
Pacientes com metástases complicadas com
infecções.
A SCCM também propõe um modelo baseado
no diagnóstico médico, para avaliar as doenças
e condições que justificam a admissão do
paciente na UTI.

 sistema cardíaco:
 infarto agudo do miocárdio com complicações;
 choque cardiogênico;
 arritmias complexas que necessitam de intervenção;
 insuficiência cardíaca congestiva aguda que requer suporte
hemodinâmico;
 emergências hipertensivas;
 angina instável, principalmente se houver arritmias,
instabilidade hemodinâmica ou dor torácica refratária;
 aneurisma dissecante de aorta;
 bloqueio cardíaco completo.
 sistema pulmonar:
 insuficiência respiratória aguda com necessidade de ventilação
mecânica;
 embolia pulmonar com instabilidade hemodinâmica;
 pacientes em semi-intensivas que evoluam para instabilidade
respiratória;
 hemoptise maciça;
 insuficiência respiratória com risco de intubação orotraqueal
iminente.
 distúrbios neurológicos:
 acidente vascular encefálico;
 coma metabólico, tóxico ou anóxico;
 hemorragia intracraniana ;
 hemorragia subaracnóide aguda;
 meningite com alteração mental ou com comprometimento respiratório;
 distúrbios do sistema nervoso central (SNC) ou neuromuscular com
deterioração neurológica ou de função pulmonar;
 crises epilépticas;
 morte cerebral ou potencial para morte cerebral;
 pacientes com lesão cerebral grave.
 ingestão de drogas ou overdose de drogas:
 ingestão de drogas que causem instabilidade hemodinâmica;
 ingestão de drogas que provoquem alteração significativa do
estado mental e inadequada proteção de vias aéreas;
 convulsões após a ingestão de drogas.

 distúrbios gastrointestinais:
 sangramento gastrointestinal significante, com hipotensão arterial,
angina ou condições de comorbidade;
 insuficiência hepática fulminante;
 pancreatite aguda;
 perfuração de esôfago com ou sem mediastinite.
 endócrino:
 cetoacidose diabética complicada por instabilidade hemodinâmica,
confusão, insuficiência respiratória ou acidose aguda;
 outros problemas endócrinos, como crise adrenal com instabilidade
hemodinâmica;
 distúrbios hidroeletrolíticos com repercussões hemodinâmicas.

 cirúrgico:
 pacientes em pós-operatório com necessidade de monitorização
hemodinâmica e/ou suporte ventilatório ou cuidado intensivo de
Enfermagem.

 outras indicações:
 choque séptico com instabilidade hemodinâmica;
 monitorização hemodinâmica;

 lesões ambientais (afogamento, acidentes com raios, eletrocussão).


Critérios de alta do paciente da UTI

 estabilidade hemodinâmica do paciente, não sendo


mais necessária monitorização e cuidados intensivos;

 deterioração do estado fisiológico do paciente, sem


previsão de intervenções terapêuticas. Neste caso, há a
indicação da transferência do paciente para uma
unidade semi-intensiva.
Os critérios de admissão e de alta dos
pacientes na UTI devem ser continuamente
revistos por toda a equipe multiprofissional,
para melhor otimização e alocação dos
recursos materiais e humanos na
assistência ao paciente crítico.
Assistência de Enfermagem ao paciente
clínico e/ou cirúrgico em estado grave: uso
de cateteres venosos na UTI
O dispositivo vascular escolhido deve
atender a 2 critérios fundamentais:
 Não provocar riscos ou danos à rede vascular do paciente;
 Garantir um acesso vascular seguro para infusão de
medicamentos, soluções, drogas vasoativas, nutrição parenteral;

 A instalação de um dispositivo vascular (periférico ou central) deve


ser autorizado pelo familiar e/ou paciente, após orientações sobre
a sua necessidade, seus riscos e vantagens.
Cateteres venosos de curta
permanência
 Cateter curto sobre agulha
 É um dispositivo composto por poliuretano em biomaterial
termossensível, hemocompatível, tromborresistente, ultraflexível,
inerte, e que reduz a incidência de flebite mecânica. Como marca
comercial temos o Jelco®, Angiocath®, Insyte®. Este cateter está
disponível nos calibres 14, 16, 18, 20, 22, 24.
 É indicado nas seguintes situações:
 reposição de eletrólitos;
 reposição volêmica;
 transfusões de hemoderivados;
 administração de contraste para exames diagnósticos;
 administração de medicamentos.
 Entre as vantagens do cateter curto sobre agulha,
podemos citar:
 o mandril é retirado no momento da punção; apenas o
cateter de poliuretano fica no interior do vaso sanguíneo;
 permite movimentação do membro que foi puncionado;
 menor risco de extravasamento;
 permite infusão segura;
 maior tempo de permanência;
 é radiopaco, portanto pode ser visualizado ao raio-X.
 Entre as possíveis complicações decorrentes do uso do cateter
curto sobre agulha, estão:
 quebra do cateter durante a punção;
 infecção no local da inserção do cateter;
 hematoma: infiltração de sangue no tecido subcutâneo do
paciente. É recomendada a aplicação de compressas mornas no
local para facilitar a reabsorção;
 infiltração: extravasamento da solução/medicamento para fora do
vaso, provocando edema local;
 oclusão do cateter: não se deve tentar retirar o êmbolo, que pode
ser causado por um coágulo ou trombo, pois há o risco deste
êmbolo ser levado pela corrente sanguínea e provocar uma
trombose;
 flebite: é a uma inflamação da túnica intima do vaso sanguíneo,
causada por um elemento estranho. Provoca sinais flogísticos (dor,
calor, rubor) na inserção e/ou ao longo do trajeto da veia.
Cuidados de enfermagem

 Lavar as mãos ou realizar assepsia das mãos com álcool gel


antes e após manusear o cateter e o circuito;
 Utilizar swab álcool;
 Realizar a punção venosa distalmente das punções previas,
alternando os braço;
 Não puncionar região de articulação;
 Tricotomia não é recomendada por causa de escoriações
que aumentam o risco de infecção;
 Preparar todo o material a ser utilizado inclusive para fixação
 Cateter agulhado
 São cateteres com asa, construídos em aço inoxidável.
Como marca comercial temos o Scalp®. Este cateter está
disponível no mercado nos calibres 17, 19, 21, 23, 25, 27
Gauge, com comprimento entre 1,25 cm a 3,0 cm.
 Está indicado para terapêutica endovenosa de curta
duração (menor que 12 horas), medicamentos de dose
única, administração em bolus de medicamentos e para
coleta de amostra de sangue para exames laboratoriais.
 Cateteres venosos centrais
 Cateter venoso central de inserção periférica (PICC)
 O PICC é um cateter flexível, feito com poliuretano ou silicone. É
radiopaco, biocompatível e termossensível. Pode ter de 25 a 60 cm
de comprimento e apresenta demarcação, em toda sua extensão,
a cada 5 cm. Pode ser monolúmen ou ter 2, 3 ou 4 vias.

 A passagem do PICC pode ser realizada pelo medico ou por


enfermeiro habilitado para inserção deste cateter, conforme
Resolução COFEN 258, de 12 de julho de 2001 (CONSELHO FEDERAL
DE ENFERMAGEM, 2001).
 Está indicado nos seguintes casos:
 antibióticoterapia;
 quimioterapia;
 transfusão de hemoderivados;
 uso de anticoagulação endovenosa contínua;
 uso de analgesia endovenosa prolongada;
 nutrição parenteral;
 drogas vasoativas;
 pacientes em internação domiciliar (home care);
 uso de infusão irritantes ou vesicantes;
 infusão de soluções com alta osmolaridade
 Antes de realizar a passagem do PICC, o enfermeiro deve atentar se o
paciente possui alguma contra-indicação, como por exemplo:
 distúrbios de coagulação;
 trombose venosa;
 infiltração e extravasamento;
 queimaduras e necrose no local da punção;
 alterações anatômicas
 Entre as complicações advindas do PICC, podemos citar:
 embolia;
 endocardite;
 necrose tecidual;
 alergia ao material (CARRARA, D., 2010).

 Conforme a Resolução COFEN 258/2001, apenas o enfermeiro está habilitado


a realizar o curativo do PICC (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2001).
Cuidados de enfermagem para
manutenção do cateter
 Utilizar somente seringas acima de 10 ml;
 O sítio de inserção deve ser observado a cada plantão
para sinais de extravasamentos, sangramentos, sinais de
infecção, vazamento da infusão, seguranças da fixação
do cateter e do curativo oclusivo;
 Não puncionar veias do membro em que for inserido;
 Em caso de obstrução parcial ou total do cateter, não
tentar desobstruí-lo diretamente com uma seringa;
 Em caso de banho de imersão envolva o membro onde foi
inserido o cateter com saco plástico protegendo-o do
contato com a água;
Cuidados de enfermagem para
manutenção do cateter
 Lavar as mãos ou realizar assepsia com álcool gel antes e após
manusear o cateter e o circuito;
 Utilizar swab álcool;
 Não deve ser administrada soluções terapêuticas até confirmar
localização do cateter;
 Proceder diluição adequada e infusão em tempo adequado;
 Controle do posicionamento do cateter;
 Após a infusão de medicamentos, salinizar o cateter com solução
salina a 0,9%;
 Não é recomendada a infusão de hemoderivados devido ao risco
de obstrução, hemólise e perda do cateter/acesso venoso.
Cateter venoso central de inserção
percutânea (CVC)
 É composto, geralmente, por poliuretano hidrofílico. É radiopaco e
pode ter de 2 a 4 vias. Estão disponíveis no mercado cateteres com
calibres de 3, 4, 5, 6, 7 French (CARRARA, D., 2010). A inserção do
CVC é de responsabilidade médica.
 As principais indicações para a passagem do CVC são:
 pacientes sem condições de punção periférica;
 monitorização hemodinâmica;
 administração de drogas vasoativas, soluções, nutrição parenteral,
medicamentos endovenosos, reposição volêmica, soluções
eletrolíticas, transfusão de hemoderivados.
 Entre as contra-indicações ao uso do CVC, estão:

 distúrbios de coagulação;
 tromboflebite no local da punção;
 pele com lesão no local da punção;
 alterações anatômicas.

A passagem do CVC pelo médico deve ser realizada sob rigorosa


técnica asséptica, para que não ocorra contaminação do material e,
posteriormente, ocorrência de infecção de corrente sanguínea. Para
isso, o material a ser preparado para a instalação do CVC deve contar
com paramentação cirúrgica completa (avental estéril, gorro,
máscara cirúrgica, luvas estéreis e campos cirúrgicos estéreis).
 O CVC pode ser implantando nas veias jugular (interna ou externa),
subclávia ou femoral.
 O CVC pode apresentar as seguintes complicações:
 punção arterial: é a mais frequente;
 punção pleural: pode provocar pneumotórax no paciente,
pneumomediastino, hemotórax, enfisema subcutâneo e causar
insuficiência respiratória;
 lesão nervosa: pode ser transitória ou permanente;
 trombose;
 embolia gasosa.

O curativo do CVC pode ser realizado pelo enfermeiro ou técnico de


Enfermagem, com utilização de técnica asséptica rigorosa. O curativo
do CVC pode ser realizado com gaze (e deverá ser trocado a cada
24 horas) ou com filme transparente (a troca deverá ser efetuada a
cada 7 dias). Deve-se utilizar solução de clorexidine alcoólica.
Dissecção venosa

 Procedimento cirúrgico, indicado na impossibilidade de


acesso venoso periférico para hidratação venosa,
infusão de nutrição parenteral e outros medicamentos
que necessitam infusão continua.
Cateter de longa permanência: semi -
implantado ( Hickman )
São cateteres desenvolvidos para pacientes crônicos, com
implantação através de um túnel subcutâneo que é dividido
em três porções:
 Externa;
 Intra Túnel Subcutânea;
 Intra Vascular (cava superior).
São dispositivos desenvolvidos para o uso adulto e
pediátrico, para a administração de drogas ou soluções
irritantes, transfusões sanguíneas, hemodiálise, aférese e
coleta de sangue para exames.
Possuem diversos tamanhos e comprimentos para melhor
atender as necessidades terapêuticas.
Totalmente implantado ( Port - cath )

 É um cateter totalmente implantado no subcutâneo do paciente e


desemboca no átrio direito;

 Seu reservatório é confeccionado em titânio ou poliuretano;

 A punção é realizada com uma agulha chamada “hubber”;

 A punção é uma atividade privativa do enfermeiro.


Cuidados de enfermagem
 Sistema fechado: 4 dias;

 Curativo transparente: 7 dias, trocar antes em caso de sujidade ou se


estiver molhado;

 Curativo com gazes: após implantação manter o mesmo curativo por 48


horas. Caso necessário realizar em 24 horas (presença de sujidade,
sangue). Proteger o local da punção;

 Orientar o acompanhante a não molhar o local, explicar os riscos de


infecção;

 Não desconectar o sistema fechado;

 Após o banho retirar a proteção e avaliar o curativo.

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